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Episódio de Inês de Castro
Vais ouvir as estâncias 118 a 137 do Canto III (Episódio de Inês de Castro).
Sabendo que cada sequência abaixo apresentada corresponde à paráfrase de uma estância, ordena as
sequências de acordo com o texto ouvido.

EXPOSIÇÃO (estâncias 118 – 119)
(a) Foi o Amor, unicamente, que deu causa à sua morte, como se ela fosse uma inimiga. Dizem que
o Amor cruel não se contenta com as lágrimas: exige, como um deus despótico, vítimas
humanas.
(b) D. Afonso IV voltou para Portugal a lograr a paz com a mesma felicidade que já tivera na guerra;
aconteceu então o caso memorável da malfadada que foi rainha depois de morta.
CONFLITO (estâncias 120 – 132)
Estâncias 120-125
(c) Alevantando os olhos ao céu – só os olhos, porque um carrasco lhe atava as mãos – e olhando
depois para as acrianças que iam ficar órfãs falou para o avô.
(d) Ela estava em Coimbra, gozando a alegria enganosa e breve da juventude. Nos campos e nos
montes, entre lágrimas de amor, repetia o nome do seu amado.
(e) Quando os carrascos trouxeram Inês, já o rei estava comovido e arrependido. Mas o povo
incitava-o a matá-la. Então ela, com palavras inspiradas pela pena e saudade do príncipe e dos
filhos, mais que pela própria morte,
(f) Recusou outros casamentos, porque o amor rejeita tudo quanto não seja o rosto amado. Vendo
este estranho amor e o capricho do filho em não se querer casar, o pai, atendendo ao murmurar
do povo,
(g) Resolveu matar Inês para libertar dela o filho. Julgava que o sangue da morte basta para apagar
o fogo do amor. Que fúria foi essa que fez levantar contra uma débil mulher a espada cortante
que desbaratara o poder dos Mouros?
(h) Respondiam-lhe, em pensamentos e em sonhos, as lembranças do Príncipe. Ele nunca a
esquecia quando estava longe; pensava nela e sonhava com ela, e tudo quanto via ou pensava o
fazia feliz.
Estâncias 126 a 129
(i)

E se era capaz de dar a morte, como o mostrara contra os Mouros, que soubesse também dar a
vida a quem estava inocente. Mas se, apesar da sua inocência, a quisesse castigar, que a
desterrasse para uma região tórrida ou gelada;

(j)

Lembrou-lhe os animais ferozes e as aves de rapina que a gente viu terem sentimentos de
piedade, como o mostram o caso de Semiramis e o dos fundadores de Roma;

(k) Que a mandasse mesmo para junto das feras, onde procuraria a piedade que não encontrara
entre os homens. Ali, por amor e bem querer daquele por quem morria, criaria os filhos,
memórias do pai, consolação da mãe.
(l)

Se assim era, ele, que tinha coração e rosto humanos, se é humano matar uma mulher só
porque a ama um homem que a enamorou, devia pelo menos ter em consideração as
criancinhas, já que o não impressionava a triste morte da mãe. Pedia-lhe que se compadecesse
dela mesma e das crianças, já que não queria absolvê-la de uma culpa que ela não tinha
praticado.

Estâncias 130 a 132
(m) Assim como Pirro se prepara para matar Policena por ordem do espectro de Aquiles e ela,
serenamente, se oferece à imolação, pondo os olhos na mãe, louca de dor,
(n) Assim os assassinos de Inês se encarniçavam raivosamente, sem pensarem no castigo que os
esperava; embebem as espadas no pescoço que sustenta as belas feições de que se enamorou o
príncipe, que depois a fará rainha; o sangue banha também as faces pálidas molhadas de
lágrimas.
(o) Comovido por estas palavras, o Rei queria perdoar a Inês. Mas o povo e o destino dela não o
quiseram. Os que aconselham a morte puxam das espadas. Mostram a sua valentia atacando
uma dama.
DESENLACE (estâncias 133 – 137)
(p) As ninfas do Mondego recordaram a morte de Inês durante muito tempo com lágrimas que
transformaram, para memória perpétua, numa fonte, chamada «dos amores de Inês», que ali
aconteceram.
(q) Como uma flor colhida e amachucada pelas mãos travessas de uma criança para a pôr numa
grinalda, assim está Inês, morta, já sem cor e sem perfume, faces murchas.
(r) Este rei foi muito justiceiro e o seu maior gosto era castigar os maus. Defendia as cidades contra
as opressões dos poderosos e matou muitos salteadores, como outrora Hércules e Teseu.
(s) Foi sucesso não menos cruel que o banquete em que Atreu deu a comer a seu irmão Tiestes os
próprios filhos deste. A última palavra de Inês foi o nome de Pedro, que os ecos repetiram
longamente.
(t) Pedro vingou-se pouco tempo depois, quando subiu ao trono. Fez um injusto acordo com outro
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Fonte: Luís de Camões, Os Lusíadas, Introdução, notas e vocabulário do Prof. António José Saraiva (adaptação)

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Ficha de Trabalho - Episódio de Inês de Castro - Paráfrase

  • 1. Agrupamento de Escolas n.º 1 de Serpa ESCOLA BÁSICA DE PIAS UNIDADE 3: Ficha de Trabalho n. º 2 9.º Ano de Escolaridade Português Ano Letivo 2012/2013 | 07 de março de 2013 9.º A Os Lusíadas – Canto III Episódio de Inês de Castro Vais ouvir as estâncias 118 a 137 do Canto III (Episódio de Inês de Castro). Sabendo que cada sequência abaixo apresentada corresponde à paráfrase de uma estância, ordena as sequências de acordo com o texto ouvido. EXPOSIÇÃO (estâncias 118 – 119) (a) Foi o Amor, unicamente, que deu causa à sua morte, como se ela fosse uma inimiga. Dizem que o Amor cruel não se contenta com as lágrimas: exige, como um deus despótico, vítimas humanas. (b) D. Afonso IV voltou para Portugal a lograr a paz com a mesma felicidade que já tivera na guerra; aconteceu então o caso memorável da malfadada que foi rainha depois de morta. CONFLITO (estâncias 120 – 132) Estâncias 120-125 (c) Alevantando os olhos ao céu – só os olhos, porque um carrasco lhe atava as mãos – e olhando depois para as acrianças que iam ficar órfãs falou para o avô. (d) Ela estava em Coimbra, gozando a alegria enganosa e breve da juventude. Nos campos e nos montes, entre lágrimas de amor, repetia o nome do seu amado. (e) Quando os carrascos trouxeram Inês, já o rei estava comovido e arrependido. Mas o povo incitava-o a matá-la. Então ela, com palavras inspiradas pela pena e saudade do príncipe e dos filhos, mais que pela própria morte, (f) Recusou outros casamentos, porque o amor rejeita tudo quanto não seja o rosto amado. Vendo este estranho amor e o capricho do filho em não se querer casar, o pai, atendendo ao murmurar do povo, (g) Resolveu matar Inês para libertar dela o filho. Julgava que o sangue da morte basta para apagar o fogo do amor. Que fúria foi essa que fez levantar contra uma débil mulher a espada cortante que desbaratara o poder dos Mouros? (h) Respondiam-lhe, em pensamentos e em sonhos, as lembranças do Príncipe. Ele nunca a esquecia quando estava longe; pensava nela e sonhava com ela, e tudo quanto via ou pensava o fazia feliz.
  • 2. Estâncias 126 a 129 (i) E se era capaz de dar a morte, como o mostrara contra os Mouros, que soubesse também dar a vida a quem estava inocente. Mas se, apesar da sua inocência, a quisesse castigar, que a desterrasse para uma região tórrida ou gelada; (j) Lembrou-lhe os animais ferozes e as aves de rapina que a gente viu terem sentimentos de piedade, como o mostram o caso de Semiramis e o dos fundadores de Roma; (k) Que a mandasse mesmo para junto das feras, onde procuraria a piedade que não encontrara entre os homens. Ali, por amor e bem querer daquele por quem morria, criaria os filhos, memórias do pai, consolação da mãe. (l) Se assim era, ele, que tinha coração e rosto humanos, se é humano matar uma mulher só porque a ama um homem que a enamorou, devia pelo menos ter em consideração as criancinhas, já que o não impressionava a triste morte da mãe. Pedia-lhe que se compadecesse dela mesma e das crianças, já que não queria absolvê-la de uma culpa que ela não tinha praticado. Estâncias 130 a 132 (m) Assim como Pirro se prepara para matar Policena por ordem do espectro de Aquiles e ela, serenamente, se oferece à imolação, pondo os olhos na mãe, louca de dor, (n) Assim os assassinos de Inês se encarniçavam raivosamente, sem pensarem no castigo que os esperava; embebem as espadas no pescoço que sustenta as belas feições de que se enamorou o príncipe, que depois a fará rainha; o sangue banha também as faces pálidas molhadas de lágrimas. (o) Comovido por estas palavras, o Rei queria perdoar a Inês. Mas o povo e o destino dela não o quiseram. Os que aconselham a morte puxam das espadas. Mostram a sua valentia atacando uma dama. DESENLACE (estâncias 133 – 137) (p) As ninfas do Mondego recordaram a morte de Inês durante muito tempo com lágrimas que transformaram, para memória perpétua, numa fonte, chamada «dos amores de Inês», que ali aconteceram. (q) Como uma flor colhida e amachucada pelas mãos travessas de uma criança para a pôr numa grinalda, assim está Inês, morta, já sem cor e sem perfume, faces murchas. (r) Este rei foi muito justiceiro e o seu maior gosto era castigar os maus. Defendia as cidades contra as opressões dos poderosos e matou muitos salteadores, como outrora Hércules e Teseu. (s) Foi sucesso não menos cruel que o banquete em que Atreu deu a comer a seu irmão Tiestes os próprios filhos deste. A última palavra de Inês foi o nome de Pedro, que os ecos repetiram longamente. (t) Pedro vingou-se pouco tempo depois, quando subiu ao trono. Fez um injusto acordo com outro Pedro crudelíssimo, pelo qual alcançou os homicidas refugiados em Castela, semelhante ao de Lépido, António e Augusto. Fonte: Luís de Camões, Os Lusíadas, Introdução, notas e vocabulário do Prof. António José Saraiva (adaptação)