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SERIGRAFIA - ESTAMPARIA
INTRODUÇÃO
 Serigrafia -------------------------------------------------------------- 01

Estampa ---------------------------------------------------------------- 01

Preparo da matriz ------------------------------------------------ 01

Reaproveitamento da matriz ----------------------------- 05


                                                            ARTE FINAL
Tipos de estampa ------------------------------------------------- 07

Arte final a mão --------------------------------------------------- 08

Estampas localizadas ------------------------------------------- 09

                                                               EMULSÃO
Emulsão fotográfica ---------------------------------------------13

Preparação do tecido serigráfico ------------------------15

Aplicação da emulsão ----------------------------------------- 16


                    GRAVAÇÃO, REVELAÇÃO E IMPRESSÃO
 Mesa de luz --------------------------------------------------------- 18

 Gravação ------------------------------------------------------------ 19

 Revelação ------------------------------------------------------------ 21

  Tintas ------------------------------------------------------------------ 25

  Impressão ---------------------------------------------------------- 27
SERIGRAFIA
                         “A serigrafia é, basicamente, a arte e técnica de imprim-
                         ir sobre qualquer superfície, fazendo passar uma tinta
                         através de um tecido, que serve de ordenador da pressão e
                         impressão.”(SABOYA, Wagner) Através da serigrafia (Silk-
                         Screen) pode-se imprimir quase todo tipo de suporte. Exis-
                         tem tintas e materiais próprios para a impressão sobre vidro,
                         madeira, papel, tecido, metal, plástico, etc. É um método de
                         baixo custo que permite realizar uma impressão “artesanal”
                         de boa qualidade. Para que isso aconteça é necessário o en-
                         tendimento de todo o processo serigráfico.



ESTAMPA
A estampa imprime, mostra, identifica, comunica e carac-
teriza uma coleção. Funcionando como um veículo de
identidade visual, que por si só é uma narrativa. Através
da imagem da estampa, sua composição, aplicação, inter-
ligação com outras estampas ou elementos como borda-
dos e sua coloração pode-se ler o tema escolhido, todo o
contexto de uma coleção de produtos.




             PREPARO DA MATRIZ
                   A matriz é o conjunto do chassi e da malha de estampar. In-
                   strumento que permite a impressão serigráfica. Chassi/caixilio
                   O chassi é um quadro de madeira, ferro ou alumínio. A mol-
                   dura pode ser de diferentes tamanhos e é ela que determina
                   a dimensão da arte que vai ser impressa. No caso de uma
                   estamparia artesanal a escolha mais adequada é o quadro de
                   madeira. Por sua facilidade de manuseio e tensionamento.
                   Obs.a dimensão do quadro deve ser escolhida de acordo os
                   equipamentos de impressão disponíveis.




                                                                                         01
MALHA/TECIDO SERIGRÁFICO
         A malha é o tecido usado nas matrizes serigráficas. Os materiais constituintes
         desse tecido, hoje, podem ser diversos: aço, bronze, nylon, poliéster, níquel.
         A escolha da malha ideal depende do tipo de trabalho a ser feito, afinal cada
         uma tem suas propriedades. No caso da estamparia artesanal em questão é
         aconselhável o uso do nylon. O nylon recebe uma numeração que equivale à
         quantidade de tramas (fios) por centímetro quadrado. Assim quanto mais fios
         (maior a numeração) mais fechada é a trama, quanto menos fios (menor nu-
         meração) mais aberta é a trama. Esse número geralmente varia de 7 à 180 fios.
         A escolha da trama depende da arte à ser gravada. Quanto mais detalhada e de
         traços finos a arte mais fechado deve ser o nylon. Para a estamparia artesanal a
         trama intermediária de 55 fios é satisfatória para a execução de diversos trabal-
         hos, sendo uma boa opção de compra. A malha é a responsável pela dosagem
         da tinta por igual sobre toda a área de impressão. Portanto o tipo de tecido
         determina a quantidade de tinta a ser depositada na impressão.




TENSIONAMENTO DA MATRIZ
  O tensionamento é a fixação da malha no chassi. Na estamparia artesa-
  nal pode ser realizada com um grampeador mecânico. Essa etapa, no
  processo, é muito importante já que, quanto mais esticada a tela melhor
  será a qualidade de impressão. Para o melhor aproveitamento e resultado,
  recomenda-se tencionar duas telas de uma vez.


                            MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A PRODUÇÃO DA MATRIZ:
                                            2 quadros de madeira, nylon,
                                          tesoura, grampeador, grampos
                                        106/06, espaçador (régua de ma-
                                             deira na largura do quadro)




                                                                                     02
PASSO A PASSO:
1    Coloque as duas telas lado - a - lado e entre elas o espaçador;




2   Corte o nylon num tamanho maior que as duas telas juntas (8 cm de sobra nas bordas);




      3   Prenda a malha em uma das bordas externas (comprimento) da madeira com uma
          sequência de grampos, sem espaço entre eles;




      4   Em seguida grampeie a largura do quadro formando um L em uma das telas;
                                                     (repita essa operação na outra matriz)




                   5   Dobre as matrizes encontrando suas bordas (sem retirar o espaçador);




                                                                                         03
6 Observe se o tensionamento está ideal nas duas telas;
                                         (se estiver, grampeia as outras partes das matrizes)




                          7   Corte o excesso do nylon separando novamente as telas;




 Deixe descansar por pelo menos 72 horas (3 dias).




OBSERVAÇÃO:
A tela deve ter tensão igual (uniforme) em toda a área
da imagem, ou haverá deformação da imagem, na im-
pressão, nas áreas mais frouxas.
O tecido perde tensão e esta perda se reduz até uma
“estabilização”. Com o uso, sob a pressão do rodo e
ação do fora-contato, a tela perderá gradativamente
mais tensão, até um ponto em que sua utilização não
será mais possível.




                                                                                           04
REAPROVEITAMENTO DA MATRIZ:
Pode-se reutilizar a tela desgravando-a e gravando-a novamente. O
processo de desgravação pode ocorrer com produtos especializados,
que garantem um melhor resultado, porém tem um maior custo ou
com o cloro.
                 MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA O REAPROVEITAMENTO DA MATRIZ:
                                       Telas para desgravar, recipiente
                                        maior que a dimenção da tela,
                                       cloro, thinner, luvas, estopa, pia
                                               de água corrente, bucha.




PASSO A PASSO:
 1   Deixe a tela de molho no cloro por aproximadamente 20 mim,
     podendo deixar mais tempo caso a emulsão não tenha soltado.




2    Esfregue o cloro na parte externa da tela com uma estopa ou
     retalho de tecido.




                                                                            05
3   Se a emulsão estiver agarrada na tela, passar thinner em ambos
                           os lados com uma estopa.




             4   Lavar a matriz com água fria corrente, esfregando-a com uma
                 bucha até sair toda a emulsão.




5   As sombras da arte anterior (fantasmas) não irão interferir a
    próxima gravação.




Inicie a nova gravação.




OBSERVAÇÃO:                USE SEMPRE LUVAS.




                                                                                   06
TIPOS DE ESTAMPA:
Antes de explicar sobre a realização de uma arte final, precisa-se
entender os dois tipos de estampa:



                           ESTAMPA LOCALIZADA:
Como o nome já diz, estampa localizada é a estampa cujo local de
 aplicação é determinado na peça. Imprimi-se na peça já cortada.




ESTAMPA CORRIDA:
A estampa corrida é aquela que cobre toda a extensão do tecido.
Imprimi-se na peça inteira.




OBSERVAÇÃO:
Obs. O “corrido alternativo” é gravado numa tela de estampa localizada,
porém seu resultado final é de estampa corrida (ver impressão pág X).




                                                                          07
ARTE FINAL
A arte final é um desenho que pode ser executado manualmente ou
através de programas de computador. A imagem, depois de pronta, é
gravada na tela serigráfica.Uma vez gravada pode ser impressa diversas
vezes em diferentes cores e suportes.




ARTE FINAL À MÃO:                                              MATERIAIS NECESSÁRIOS:
                                             Lápis, borracha, papel vegetal/poliéster,
                                                   caneta nanquim, régua, esquadro.




OBSERVAÇÕES:
No caso das artes feitas à mão, para se obter uma qualidade e durabilidade, deve-se
utilizar papel apropriado e caneta nanquim de numeração específica para cada tipo
de arte. Para uma boa gravação é necessário que a área do desenho esteja 100%
preta (bloqueando a passagem de luz durante a gravação pág. X), por isso a caneta
adequada é a caneta nanquim (em boas condições). Há diversos tipos de caneta nan-
quim no mercado com diversas pontas. As canetas de pena são mais caras e exigem
um cuidado minucioso, já as descartáveis são fáceis de manusear, porém seu tempo
de vida é mais curto. Quanto mais fino o traço do desenho, mais fina será a caneta
(ex: 0.2 , 0.3 , 0.4); Areas mais grossas ou chapadas, canetas mais grossas (ex. 0.6,
0.8, 1.0, 1.2). O papel pode ser poliéster, acetato ou vegetal. Nesse caso o vegetal é
aconselhável por seu baixo custo. Porém, o poliéster, apesar de caro, tem uma vida
mais longa para arte. Obs. Antes de fazer a arte verifique o tamanho dos quadros
disponíveis para a gravação. Toda arte final deverá ser executada em tamanho ad-
equado para a tela que se destina. Deve se lembrar que a arte é sempre menor do
que a área da tela. Ao gravá-la, é preciso deixar livre um espaço de no mínimo 10 cm
na borda inferior (área de tinteiro), onde o impressor colocará a tinta antes da im-
pressão, e 5 cm nas demais margens. Ao finalizar a arte escrever o nome da coleção
ou pessoa que a desenhou, na margem inferior do desenho, no sentido de gravação
da tela, evitando erros de leitura da imagem e identificando-a.




                                                                                         08
ESTAMPA LOCALIZADA:
        Passo a passo




1   Verificar o tamanho interno da tela;




    2       Estipular o tamanho máximo do desenho de acordo com a tela;




        3    Escolher as canetas nanquim que melhor se adequem ao
             traço desejado;




             4   Separar o papel;




                                                                          09
5   Esquadrar, no papel, um retângulo de ocupação máxima da
        imagem;




6   Realizar o desenho;




7   Colori-lo com nanquim 100% preto.




                                                                  10
ESTAMPA LOCALIZADA:
                  A DUAS OU MAIS CORES.


                      1   Desenha-se o lay-out (desenho original)à cores, em um pa-
                          pel branco, para que se tenha uma idéia exata de como ele
                          ficará depois de impresso (é importante que as cores sejam
                          bem definidas e delimitadas);




 2   O desenho referente a cada cor é copiado para o papel
     “transparente” com nanquim, devidamente preto, sepa-
     radamente (cada cor em um papel diferente);




 3   Marca-se as cruzes de registro;


                           Cruz de Registro: Para o funcionamento da estampa é
                           preciso fazer devidos registro de sobreposição de cores no
                           desenho e na gravação. São duas cruzes de encaixe nas
                           “margens” das imagens. Assim quando sobrepostas se en-
                           caixaram formando o desenho original.




OBSERVAÇÃO:
As cruzes devem ser muito precisas para que não ocorra erro de encaixe.




                                                                                       11
ESTAMPA CORRIDA:
Como visto anteriormente, a estampa corrida cobre toda a extensão do tecido.
Assim a arte gravada , na impressão, será repetida diversas vezes até formar
a estampa . Portanto, é necessário que haja um encaixe pra que essas im-
pressões sucessivas aconteçam de forma adequada, com perfeita união entre
elas, sem que as formas se sobreponham ou haja “buracos”.
             O desenvolvimento da arte final para a estampa corrida chama-se RAPPORT
             (uma palavra francesa que significa encaixe, intercâmbio, concordância). As-
             sim, esse encaixe das formas deve acontecer nos quatro lados da arte, funcion-
             ando como macho e fêmea.



PASSO A PASSO:
            1   Observar as medidas internas da tela que será utilizada.




            2    Desenha-se um retângulo de tamanho inferior à tela 5 cm
                 em cada lado.




           3    Desenvolver o desenho de maneira a permitir o encaixe nas
                margens superior e inferior, direita e esquerda.




                                                                                         12
EMULSÃO
EMULSÃO FOTOGRÁFICA:
  A emulsão é um preparado químico fotossensível que permite a transferência da
  imagem para a tela. Quando exposta à luz a película endurece fixando-se na matriz.
  A emulsão deve ser sempre mantida e manipulada em local escuro ou com iluminação
  apropriada (luz amarela ou vermelha). As emulsões utilizadas atualmente são dividi-
  das em três grupos:

          - Emulsões bicomponentes (sensibilizadas com diazo ou bicromato).
          - Emulsões dupla cura (fotopolímeros e diazo).
          - Emulsões monocomponentes (fotopolímero puro).


A EMULSÃO USADA NO PROJETO ASAS É A EMULSÃO
BICOMPONENTE, SENSIBILIZADA COM BICROMATO.

Propriedades:

  Resistência a tintas                       Base d’água e plastisol
  Sensibilizador                             Bicromato
  Cor                                        Rosa ou Verde
  Tecido indicado                            42 a 120 fios/cm
  Vida útil - pote lacrado                   24 meses
  Vida útil – emulsão sensibilizada          4 dias
  Vida útil – aplicada na matriz             4 horas
  Resolução                                  Muito boa



OBSERVAÇÃO:
Nunca manipular/expor a emulsão à luz que não seja apropriada (amarela ou
vermelha) até ocorrer a gravação.




                                                                                        13
SENSIBILIZAÇÃO DA EMULSÃO:
MATERIAIS NECESSÁRIOS:
Emulsão, sensibilizador, espátula, recipiente para armazenar
e misturar.




Devido às características do bicromato, sensibilizar apenas a quantidade
de emulsão que será utilizada num período máximo de 4 dias.



INSTRUÇÕES:
1    Adicionar o sensibilizador à emulsão na proporção de 9 partes
     de emulsão para cada parte de sensibilizador (em volume);


2     Mexer bem;




     •Deixar descansar por um período de duas horas para a elimi-
     nação das bolhas de ar.
     •Quando a aplicação não for feita imediatamente conservar a
     emulsão sensibilizada em recipiente bem fechado e em ambi-
     ente fresco.




                                                                           14
PREPARAÇÃO DO TECIDO SERIGRÁFICO
 MATERIAIS NECESSÁRIOS:
 Sabão, bucha, pia com água corrente, cloro e estopa.




Antes de emulcionar é preciso preparar o tecido, que deve estar
completamente limpo, livre de pó, gordura, graxa, resíduos de tin-
tas e de emulsões. A limpeza é indispensável para se conseguir uma
perfeita adesão da emulsão nos fios do tecido, melhor uniformidade
da camada aplicada, evitar furos e manchas e, consequentemente,
aumentar a vida útil da matriz.


    PASSO A PASSO:
   1   Usar sabão de coco ou detergente e uma esponja;



  2    Esfregar bem toda a tela de ambos os lados;




   3   Lavar em água corrente;




   4   Secar a tela em lugar livre de poeira;


                                                         Se tiver restos de
                                                         emulsão, esfregar cloro.
                                                                                    15
APLICAÇÃO DA EMULSÃO
MATERIAIS NECESSÁRIOS:
Emulsão sensibilizada, tela, calha (aplicador), mosquetes, local para apoiar tela.




    A emulsão deve ficar uniformemente aplicada
    no tecido, para que não haja problemas na
    hora da gravação e impressão.




PASSO A PASSO:
1      Usar um aplicador de modelo convencionado (calha);




2      Escolher o aplicador de acordo com o tamanho da tela. Sua di-
       mensão deve se do tamanho da parte interna da matriz;




3      Colocar a tela apoiada na posição vertical, ligeiramente incli-
       nada;




                                                                                     16
4   Colocar emulsão no aplicador, em quantidade suficiente para
    não transbordar;




5   Apoiar o aplicador na borda inferior da moldura, deixar cair um
    pouco de emulsão na superfície da tela, puxando de uma só vez,
    de baixo pra cima, espalhando a emulsão;

    Virar a tela de cabeça para baixo, repetir o movimento
    descrito acima;

    Se necessário aplicar uma terceira vez a emulsão;




6   Deixar secar na posição horizontal. O lado interno da tela (lado
    do rodo de impressão) deve ficar virado para cima. Usar quatro
    batentes como apoio nas laterais.




CUIDADOS ESPECIAIS:
Observar o tempo de secagem, para que não ultrapasse 40 minutos. Ligar um
ventilador para auxiliar na secagem, porém, tomar cuidado para o vento não
incidir diretamente na tela deslocando a emulsão ainda molhada.
Expor a tela à luz somente depois da emulsão estar completamente seca.
Observar se a tela esta seca pelo toque grau de luminosidade, se a emulsão
estiver fosca estará seca, se estiver brilhante estará molhada;
É importante que a câmara escura esteja isenta de poeira.


                                                                             17
GRAVAÇÃO
REVELAÇÃO
IMPRESSÃO
MESA DE LUZ
A mesa de gravação é composta por:

Uma mesa com tampo de vidro e uma fonte de luz. Há diversos
modelos de mesa que podem ser utilizados, depende do tipo de
fonte de luz que vai ser adotado e do trabalho a ser realizado. Um
modelo convencional para uma estamparia artesanal pode seguir as
seguintes medidas:

Vidro de 80x80 de superfície por 5mm de espessura,
Altura de 80 cm;
Distância de 60 cm entre a fonte de luz e o tampo de vidro.




FONTES DE LUZ
 Há diversos tipos de fontes de luz, com variadas potências.
 Quanto maior a radiação do espectro, mais potente é a fonte luminosa.
 Os exemplos abaixo são os mais utilizados em laboratórios de estamparia
 caseiros:

 •Lâmpadas “Photo – Flood’ de 500W: Ideais para as mesas que apresen-
 tam 60 cm de distância entre o foco e o vidro. O tempo de exposição à
 luz é de 3 a 8 minutos.

 •Arco Voltáico: A luz é produzida entre dois elétrodos. O espectro lumi-
 noso é contínuo, dando um excelente resultado no transporte, cujo tem-
 po varia de 4 a 6 minutos.

 •Lâmpadas halogenas: Ideais para as mesas que apresentam 60 cm de
 distância entre o foco e o vidro. Só fotografam emulsões sensibilizadas
 com bicromato. O tempo de exposição à luz é de 3 a 8 minutos.

 No atelier do projeto ASAS está utilizando-se lâmpada halogena.



                                                                            18
TEMPO DE EXPOSIÇÃO
             O tempo de exposição à luz é muito importante, pois determina a quali-
             dade da definição, o nível de resolução e a vida útil da matriz. O tempo
             depende da arte a ser gravada. Quanto mais fino for o traço mais rápida
             será a exposição. O traço precisa estar bem escuro e opaco para se con-
             seguir o melhor resultado. Se o tempo de exposição for insuficiente, a
             emulsão não estará completamente endurecida e se soltará durante a
             revelação. No caso de super exposição, a difração de luz provocará uma
             perda dos detalhes finos e da nitidez dos contornos.
             As condições de iluminação do laboratório e as condições climáticas tam-
             bém interferem no tempo de exposição.




GRAVAÇÃO
MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A GRAVAÇÃO:

             Arte final, tela emulsionada, fita adesiva,
             pano/plástico preto, peso, mesa de gravação, fonte luminosa.




                                                                                   19
INSTRUÇÕES INICIAIS:
      •Prende-se a arte final, com fita adesiva transparente, na parte externa
      da tela. O lado do traço deve ficar em contato com a emulsão. Verificar o
      nome, no canto inferior, para certificar que o sentido de leitura da ima-
      gem está correto;

      •Adaptar um pano ou plástico preto na superfície de trás da tela;

      •Pressionar com um peso para assegurar o perfeito contato da arte com
      a emulsão;

      •Pressionar com um peso para assegurar o perfeito contato da arte com
      a emulsão;




 PROCEDER À EXPOSIÇÃO À LUZ, NO TEMPO DETERMINADO PREVIAMENTE, DE ACORDO COM AS
 CONDIÇÕES DESCRITAS ACIMA.


 OBSERVAÇÃO:
 Para artes a duas ou mais cores, a cruz de registro deve se marcada à caneta,
 com régua, em todas as telas antes da gravação, elas devem esta exatamente
 no mesmo local. Após marcar com a caneta encaixar a cruz da arte exata-
 mente em cima da cruz desenhada na tela. E proceder da mesma maneira
 descrita acima.




                                                                                  20
REVELAÇÃO
MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A REVELAÇÃO:

Pia de água corrente, recipiente para deixar tela de molho,
borrifador e ventilador.




IMEDIATAMENTE APÓS A GRAVAÇÃO INICIA-SE A REVELAÇÃO EM AMBIENTE
TAMBÉM POUCO ILUMINADO.



PASSO A PASSO:
 1    Deixar de molho por aproximadamente 10 minutos na água fria;




 2    Molhar ambos os lados da tela de preferência com um espa-
      lhador (bucha, retalho de tecido);




                                                                     21
3       Incidir sobre a tela jatos de água corrente (utilizando uma man-
             gueira de pressão ou borrifador);




         4    A emulsão que não sofreu a disposição de luz (parte preta do
              desenho), escorrerá com a água deixando o desenho aparecer.

              Continue a lavar abundantemente a tela para retirar o resto da
              emulsão (na parte do desenho);




         5    Colocar a tela para secar em posição horizontal, em local ven-
              tilado, iluminado ou não (utilizar o ventilador para acelerar o
              processo);




A TELA DEVE APRESENTAR UMA CAMADA UNIFORME E BRILHANTE.
                                                                                22
RETOQUES
Depois da gravação, com a tela já seca, é preciso observar aonde será
preciso realizar alguns retoques.




INSTRUÇÕES:
        •Passar com uma espátula, a própria emulsão, nos pequenos orifícios
        que tenham surgido na superfície da tela (olhar contra a luz para
        melhor visualização), na cruz de registro marcada e o nome.

        •Retocar, também, as bordas dificultando a penetração de tinta na
        hora da impressão.




 SE POSSÍVEL COLOCAR A TELA NO SOL, POR ALGUNS MINUTOS, PARA SECAR A EMULSÃO DO RETOQUE.




                                                                                           23
ACABAMENTO
Após seco o retoque, pelo lado externo da tela, cobrir as bordar com fita
gomada ou fita crepe grossa, desde a madeira até mais ou menos 1 cm
pra dentro do nylon.

Esse acabamento serve para que a tinta não suje as bordas, os grampos,
e para que o tecido fique limpo.

Obs: Durante a impressão essas fitas de acabamento podem ser trocadas
quando necessário.

Identificar cada arte com o nome da coleção e a referência da estampa
em uma fita colada na parte de fora da madeira, aonde a tinta não suje.



         CAUSAS DE DEFEITOS NO EMULSIONAMENTO, EXPOSIÇÃO E REVELAÇÃO:

         “Olho de peixe” (bolotas sobre a tela):

               •desengorduramento insuficiente da tela;
               •partículas de poeira sobre a tela.

         Bolhas de ar ao emulsionar:

               •ao aplicar muito rapidamente a emulsão,
                pode-se criar ar entre a malha da tela.

         Emulsão “soltando” após a gravação:

               •a emulsão não secou suficientemente antes da exposição;
               •o tempo de exposição foi muito curto;
               •a lâmpada da exposição perdeu potência.




                                                                            24
TINTAS
Antes de escolher qual tinta usar, devem ser observadas com rigor as es-
pecificações químicas e adequações para cada tipo de superfície a ser es-
tampada. Existem, no mercado, várias tintas para diferentes suportes.

Para o tecido e papel, materiais utilizados no projeto ASAS, recomenda-se
as pastas CLEAR e MIX a serem pigmentadas.

PASTA MIX
Composição: ligante, espessante, amaciante, uréia, querosene, água e pig-
mento branco.

Utilização: a pigmentação da base mix resultará a cobertura suficiente para
se estampar tecidos de fundo escuro, fazendo possível a leitura do desenho.

PASTA CLEAR
Composição: Ligante, espessante, amaciante, uréia, querosene e água.

Utilização: Usada para impressão de tecidos de fundo claro. Pode ser pig-
mentada numa proporção máxima de 10%.

Essas tintas são à base d’água. Dessa forma, não danificam as matrizes,
são fáceis de manusear e a limpeza das telas é feita com água.

ESPESSANTE
É um aditivo formulado para das mais viscosidade (engrossar) as tintas à
base d’água. Utilize a tampinha do frasco de Espessante como medida:
aproximadamente 2 tampinhas cheias para cada litro de tinta.
Misturar bem.

RETARDADOR
Pode ser usado como retardador de secagem das tintas à base d’água. Colo-
car aos poucos e misturar bem até chegar na viscosidade desejada.

Obs. A tinta deve atingir uma viscosidade ideal para uma melhor
qualidade de impressão.




                                                                              25
TINTAS ESPECIAIS
 Há, ainda, no mercado, tintas de “efeitos especiais” como a tinta de expan-
 são “puff” e a tinta perolada. Essas tintas também são bases a serem pig-
 mentadas e deve-se proceder como descrito acima
 (verificando as recomendações do fabricante).

 “PUFF”
 É uma tinta que, em contato com o calor, se expande criado uma textura
 em alto relevo. É aplicada da mesma forma que as tintas Clear e Mix, porém
 depois da aplicação e secagem devem ser submetidas a uma pressão e calor
 (podendo utilizar o ferro de passar).

 PEROLADA
 É uma base que deixa o pigmento com um aspecto perolado. É aplicada da
 mesma forma que as tintas Mix e Clear.

 Obs. O resultado de aplicação de qualquer tinta, dependerá da realização
 de testes prévios.



CONFECÇÃO E ARMAZENAMENTO DE TINTAS
  Misturar, na proporção indicada pelo fabricante, a base com os pig-
  mentos desejados para a obtenção de uma cor (é possível misturar os
  pigmentos, entre si, para conseguir as mais diversas cores). A adição de
  pigmento deve ocorrer aos poucos, gota por gota, para acompanhar o
  desenvolvimento da cor misturando bem;

  Guardar a tinta em um pote bem fechado, em local de temperatura am-
  biente e etiquetar especificando: base, pigmentos utilizados (coloração e
  quantidade), nome da coleção, nome da cor
  (criar nomes para as cores da coleção).

  Obs. Se não houver o etiquetamento será praticamente impossível
  identificar e reproduzir as cores.




                                                                         26
IMPRESSÃO
   Para realizar uma boa impressão é necessário que se obedeça aos princípios
   básicos. Não há qualidade sem método.

   MESA DE IMPRESSÃO
   A mesa de impressão deve ser uma superfície plana coberta de cola perma-
   nente (para impressão em tecido). A cobertura deve ser feita através do rolo
   de tinta ou puxador e deve secar por aproximadamente 20 minutos antes da
   impressão.

   Obs. Não é necessário cobrir a mesa com cola toda vez que se vai
   imprimir, apenas quando necessário.

   A mesa possui um trilho de metal que contorna seu comprimento,
   onde será afixado o batente de marcação. O batente é móvel, podendo ser
   adaptado de acordo com as necessidades de impressão. Sua função é “afix-
   ar” a tela no local correto e é muito importante para o sucesso da impressão
   além de fundamental na impressão do corrido alternativo e localizada com
   mais de uma cor.



RODO / PUXADOR
   O instrumento utilizado para passar a tinta através do tecido serigráfico
   chama-se rodo ou puxador. É uma régua de madeira com uma tira de borra-
   cha sintética ou poliuretano.

   A função do rodo é prover a pressão necessária sobre a pasta contra os fios
   do tecido. A velocidade e ângulo de passagem do rodo promovem grande
   diferença na moldagem em questão.




                                                                                  27
NO ATELIÊ DO PROJETO ASAS UTILIZA-SE DOIS TIPOS DE RODO:
       PERFIL RETO
       Para impressão manual em superfícies com detalhes finos. Esse tipo de rodo
       “deposita” mais tinta sobre a superfície. Recomenda-se utilizá-lo para
       imprimir no papel.


       PERFIL ARREDONDADO
       Para impressão manual em têxteis.



COMO UTILIZAR O RODO:
       A medida do rodo deve coincidir aproximadamente com a medida da parte
       interna da tela, para correr livremente sem deixar espaço vazio sobre a es-
       tampa. Os rodos podem ser adquiridos em tamanhos grandes e serrados na
       medida desejada.

        •Segurar o rodo com ambas as mãos e formar um ângulo de aproximada-
       mente 45 graus com o plano horizontal.

        •Utilizar sempre uma pressão uniforme, firme e constante:
       Quando for “empurrar” a tinta, fazê-lo suavemente, sem muita pressão.




       Na hora de recolher a tinta, remove-la completamente do tecido aumentan-
       do a pressão do rodo.




                                                                                     28
OBSERVAÇÃO:
    Se o puxador for arrastado na posição vertical, a impressão pode ficar fraca e
    falhada. Se o ângulo for muito agudo, a impressão será fraca e ficará excesso de
    tinta sobre a tela.

    Se a pressão for insuficiente, haverá áreas fracamente impressas. Se a pressão
    for demasiada a tinta borrara a superfície impressa. Portanto, o ângulo e a
    pressão do rodo são de extrema importância para uma impressão bem suce-
    dida. Com a prática e atenção é possível dominar bem a arte da impressão.

    Imediatamente após utilizar o rodo deve-se lavá-lo com água, bucha e deter-
    gente. Os materiais devem ser mantidos sempre limpos e cuidados.



    MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA IMPRESSÃO:

    Tela gravada, tintas, rodo, morcetes, água para lavar a tela,
    estopa (ou esponja) e secador.




      PASSO A PASSO:
       1   Na mesa de impressão, com a superfície previamente preparada
           com cola permanente, estica-se o material a ser estampado;




                                                                                     29
2   Enquadra-se a matriz na posição desejada sobre o material. O enquadra-
    mento se faz através da correta utilização dos parafusos, da chaveta cen-
    tral que são fixados na madeira da borda da tela e dos morcetes, encosta-
    dos no batente de marcação servirão de registro da posição da matriz;

    •Se estiver estampando sobre tecido, depositar com a espátula um pouco
    de tinta na borda inferior da tela. Empurrar a tinta, espalhando-a sobre
    a superfície da tela de baixo para cima e depois recolhe-la de cima para
    baixo;

     •Se estiver estampando sobre papel, colocar um pedaço de tecido entre
    a mesa e o papel para esse não grudar na mesa. Depositar com a espátula
    um pouco de tinta na borda inferior da tela. Levantar a matriz de forma
    que a tela não fique em contato com a superfície a ser estampada. Em-
    purrar a tinta, espalhando-a no nylon. Abaixar a tela na posição correta e
    recolher a tinta com o rodo de impressão;




3   Para imprimir diversas vezes a mesma estampa, organizar a mesa otimi-
    zando a produção. Estica-se o material a ser estampado e marca-se com
    fita crepe ou caneta a posição do material. Calcula-se a distância exata e
    marca-se ao longo da mesa a posição dos demais materiais a serem estam-
    pados. Prender os batentes nos locais apropriados;




                                                                                 30
OBSERVAÇÃO:
No intervalo entre uma impressão e outra, deve-se
recobrir a tela com tinta, pois o contato da mesma com
o ar produz o entupimento das tramas impossibilitando
a impressão, para utilizar outras cores com a mesma
tela lavar e secar a matriz entre uma cor e outra e para
maior velocidade de trabalho acelerar a secagem com
secador de cabelo.



ESTAMPA LOCALIZADA COM DUAS OU MAIS CORES


INSTRUÇÕES:
 •Ao realizar impressão de artes com mais de uma cor proceder como
descrito acima, realizando as devidas marcações.

 •Imprimir a primeira cor e secar com secador.
Em seguida, com a primeira cor já seca, imprimir a segunda cor.

 •Secar com secador e assim por diante.

 •O que garante o encaixe das cores na hora da impressão é o
posicionamento correto da tela no batente de marcação.




                                                                     31
ESTAMPA CORRIDA ALTERNATIVA

  INSTRUÇÕES:
 •Para realização do corrido alternativo precisa-se, além do material comum à
impressão, régua e giz de quadro negro (de cor diferente do suporte a ser estam-
pado).

 •Esticar o material a ser estampado na mesa. Observar se está bem esticado,
sem nervuras, e eqüidistante da borda da mesa.

 •Prender o primeiro morcete de marcação no local de início da impressão.




  •Posicionar a tela no primeiro morcete, passar o giz, na parte interna da tela, a
fim de marcar no material a faixa final da estampa.

 •Ao retirar a tela, a superfície a ser estampada estará marcada aonde terminará a
primeira impressão.

 •posicionar a tela encaixando, no olho, o início da segunda impressão com o final
da primeira.

 •Ao escolher o local apropriado de encaixe para a segunda impressão prender o
segundo batente.

•Medir, com a régua, a distância entre os dois batentes.


 •Aplicar essa medida exata para prender o terceiro batente e assim por diante.
Para conferir a mediada repetir a operação do giz e verificar o encaixe.

 •Realizar a impressão no primeiro batente.

 •Pular o segundo e imprimir no terceiro, e assim por diante.




                                                                                      32
•Secar bem e voltar imprimindo o segundo batente, quarto e assim por diante, até
completar a fileira.




•Quando a primeira fileira estiver completa e seca subir o “tecido” na mesa de im-
pressão (se necessário continuar a imprimir).

•Subir o “tecido” de maneira igual em toda sua extensão e colocar a tela no primeiro
morcete, encaixando a parte superior da arte com a borda da estampa já impressa.

•Testar todos os batentes para visualizar se o encaixe está equivalente, se não, arru-
mar o “tecido”.

•Quando o encaixe estiver perfeito, em todos os morcetes, proceder a impressão
como feito anteriormente.

Cuidados na impressão:

Utilizar o secador (de cabelo) para ajudar na secagem da tinta impressa.
Entre uma impressão e outra, nunca deixar a tela, suja, descoberta de tinta.
Ao terminar de usar uma tinta, recolhe-la na tela com uma espátula e devolver ao
pote. Utilizar, em toda impressão em série, um tecido de mata borrão. Utilizar um
varal para secagem dos tecidos impressos. Após o uso do material, lavá-lo bem com
água corrente, bucha e sabão de coco ou detergente.




                                                                                     33
BIBLIOGRAFIA:
Livro: SILK – Screen
Autor: Arnaldo Belmiro

6ª edição
Editora: Ediouro 1990

Livro: Iniciação à Serigrafia
Autor: Wagner de Saboya

SENAI CETIQT
4ª edição
(SÉRIE: TECNOLOGIA TEXTIL)
Rio de janeiro 1993

Livro: Manual de estamparia têxtil
Autor: Jorge Neves
Escola de engenharia da universidade do minho. 2000.




                                                       34
SERIGRAFIA - ESTAMPARIA
PESQUISA   Marcela Torres

DESIGN GRÁFICO   Bruno Mourão

ILUSTRAÇÕES   Mariana Padrão

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Arte e técnica da serigrafia

  • 2. INTRODUÇÃO Serigrafia -------------------------------------------------------------- 01 Estampa ---------------------------------------------------------------- 01 Preparo da matriz ------------------------------------------------ 01 Reaproveitamento da matriz ----------------------------- 05 ARTE FINAL Tipos de estampa ------------------------------------------------- 07 Arte final a mão --------------------------------------------------- 08 Estampas localizadas ------------------------------------------- 09 EMULSÃO Emulsão fotográfica ---------------------------------------------13 Preparação do tecido serigráfico ------------------------15 Aplicação da emulsão ----------------------------------------- 16 GRAVAÇÃO, REVELAÇÃO E IMPRESSÃO Mesa de luz --------------------------------------------------------- 18 Gravação ------------------------------------------------------------ 19 Revelação ------------------------------------------------------------ 21 Tintas ------------------------------------------------------------------ 25 Impressão ---------------------------------------------------------- 27
  • 3. SERIGRAFIA “A serigrafia é, basicamente, a arte e técnica de imprim- ir sobre qualquer superfície, fazendo passar uma tinta através de um tecido, que serve de ordenador da pressão e impressão.”(SABOYA, Wagner) Através da serigrafia (Silk- Screen) pode-se imprimir quase todo tipo de suporte. Exis- tem tintas e materiais próprios para a impressão sobre vidro, madeira, papel, tecido, metal, plástico, etc. É um método de baixo custo que permite realizar uma impressão “artesanal” de boa qualidade. Para que isso aconteça é necessário o en- tendimento de todo o processo serigráfico. ESTAMPA A estampa imprime, mostra, identifica, comunica e carac- teriza uma coleção. Funcionando como um veículo de identidade visual, que por si só é uma narrativa. Através da imagem da estampa, sua composição, aplicação, inter- ligação com outras estampas ou elementos como borda- dos e sua coloração pode-se ler o tema escolhido, todo o contexto de uma coleção de produtos. PREPARO DA MATRIZ A matriz é o conjunto do chassi e da malha de estampar. In- strumento que permite a impressão serigráfica. Chassi/caixilio O chassi é um quadro de madeira, ferro ou alumínio. A mol- dura pode ser de diferentes tamanhos e é ela que determina a dimensão da arte que vai ser impressa. No caso de uma estamparia artesanal a escolha mais adequada é o quadro de madeira. Por sua facilidade de manuseio e tensionamento. Obs.a dimensão do quadro deve ser escolhida de acordo os equipamentos de impressão disponíveis. 01
  • 4. MALHA/TECIDO SERIGRÁFICO A malha é o tecido usado nas matrizes serigráficas. Os materiais constituintes desse tecido, hoje, podem ser diversos: aço, bronze, nylon, poliéster, níquel. A escolha da malha ideal depende do tipo de trabalho a ser feito, afinal cada uma tem suas propriedades. No caso da estamparia artesanal em questão é aconselhável o uso do nylon. O nylon recebe uma numeração que equivale à quantidade de tramas (fios) por centímetro quadrado. Assim quanto mais fios (maior a numeração) mais fechada é a trama, quanto menos fios (menor nu- meração) mais aberta é a trama. Esse número geralmente varia de 7 à 180 fios. A escolha da trama depende da arte à ser gravada. Quanto mais detalhada e de traços finos a arte mais fechado deve ser o nylon. Para a estamparia artesanal a trama intermediária de 55 fios é satisfatória para a execução de diversos trabal- hos, sendo uma boa opção de compra. A malha é a responsável pela dosagem da tinta por igual sobre toda a área de impressão. Portanto o tipo de tecido determina a quantidade de tinta a ser depositada na impressão. TENSIONAMENTO DA MATRIZ O tensionamento é a fixação da malha no chassi. Na estamparia artesa- nal pode ser realizada com um grampeador mecânico. Essa etapa, no processo, é muito importante já que, quanto mais esticada a tela melhor será a qualidade de impressão. Para o melhor aproveitamento e resultado, recomenda-se tencionar duas telas de uma vez. MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A PRODUÇÃO DA MATRIZ: 2 quadros de madeira, nylon, tesoura, grampeador, grampos 106/06, espaçador (régua de ma- deira na largura do quadro) 02
  • 5. PASSO A PASSO: 1 Coloque as duas telas lado - a - lado e entre elas o espaçador; 2 Corte o nylon num tamanho maior que as duas telas juntas (8 cm de sobra nas bordas); 3 Prenda a malha em uma das bordas externas (comprimento) da madeira com uma sequência de grampos, sem espaço entre eles; 4 Em seguida grampeie a largura do quadro formando um L em uma das telas; (repita essa operação na outra matriz) 5 Dobre as matrizes encontrando suas bordas (sem retirar o espaçador); 03
  • 6. 6 Observe se o tensionamento está ideal nas duas telas; (se estiver, grampeia as outras partes das matrizes) 7 Corte o excesso do nylon separando novamente as telas; Deixe descansar por pelo menos 72 horas (3 dias). OBSERVAÇÃO: A tela deve ter tensão igual (uniforme) em toda a área da imagem, ou haverá deformação da imagem, na im- pressão, nas áreas mais frouxas. O tecido perde tensão e esta perda se reduz até uma “estabilização”. Com o uso, sob a pressão do rodo e ação do fora-contato, a tela perderá gradativamente mais tensão, até um ponto em que sua utilização não será mais possível. 04
  • 7. REAPROVEITAMENTO DA MATRIZ: Pode-se reutilizar a tela desgravando-a e gravando-a novamente. O processo de desgravação pode ocorrer com produtos especializados, que garantem um melhor resultado, porém tem um maior custo ou com o cloro. MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA O REAPROVEITAMENTO DA MATRIZ: Telas para desgravar, recipiente maior que a dimenção da tela, cloro, thinner, luvas, estopa, pia de água corrente, bucha. PASSO A PASSO: 1 Deixe a tela de molho no cloro por aproximadamente 20 mim, podendo deixar mais tempo caso a emulsão não tenha soltado. 2 Esfregue o cloro na parte externa da tela com uma estopa ou retalho de tecido. 05
  • 8. 3 Se a emulsão estiver agarrada na tela, passar thinner em ambos os lados com uma estopa. 4 Lavar a matriz com água fria corrente, esfregando-a com uma bucha até sair toda a emulsão. 5 As sombras da arte anterior (fantasmas) não irão interferir a próxima gravação. Inicie a nova gravação. OBSERVAÇÃO: USE SEMPRE LUVAS. 06
  • 9. TIPOS DE ESTAMPA: Antes de explicar sobre a realização de uma arte final, precisa-se entender os dois tipos de estampa: ESTAMPA LOCALIZADA: Como o nome já diz, estampa localizada é a estampa cujo local de aplicação é determinado na peça. Imprimi-se na peça já cortada. ESTAMPA CORRIDA: A estampa corrida é aquela que cobre toda a extensão do tecido. Imprimi-se na peça inteira. OBSERVAÇÃO: Obs. O “corrido alternativo” é gravado numa tela de estampa localizada, porém seu resultado final é de estampa corrida (ver impressão pág X). 07
  • 11. A arte final é um desenho que pode ser executado manualmente ou através de programas de computador. A imagem, depois de pronta, é gravada na tela serigráfica.Uma vez gravada pode ser impressa diversas vezes em diferentes cores e suportes. ARTE FINAL À MÃO: MATERIAIS NECESSÁRIOS: Lápis, borracha, papel vegetal/poliéster, caneta nanquim, régua, esquadro. OBSERVAÇÕES: No caso das artes feitas à mão, para se obter uma qualidade e durabilidade, deve-se utilizar papel apropriado e caneta nanquim de numeração específica para cada tipo de arte. Para uma boa gravação é necessário que a área do desenho esteja 100% preta (bloqueando a passagem de luz durante a gravação pág. X), por isso a caneta adequada é a caneta nanquim (em boas condições). Há diversos tipos de caneta nan- quim no mercado com diversas pontas. As canetas de pena são mais caras e exigem um cuidado minucioso, já as descartáveis são fáceis de manusear, porém seu tempo de vida é mais curto. Quanto mais fino o traço do desenho, mais fina será a caneta (ex: 0.2 , 0.3 , 0.4); Areas mais grossas ou chapadas, canetas mais grossas (ex. 0.6, 0.8, 1.0, 1.2). O papel pode ser poliéster, acetato ou vegetal. Nesse caso o vegetal é aconselhável por seu baixo custo. Porém, o poliéster, apesar de caro, tem uma vida mais longa para arte. Obs. Antes de fazer a arte verifique o tamanho dos quadros disponíveis para a gravação. Toda arte final deverá ser executada em tamanho ad- equado para a tela que se destina. Deve se lembrar que a arte é sempre menor do que a área da tela. Ao gravá-la, é preciso deixar livre um espaço de no mínimo 10 cm na borda inferior (área de tinteiro), onde o impressor colocará a tinta antes da im- pressão, e 5 cm nas demais margens. Ao finalizar a arte escrever o nome da coleção ou pessoa que a desenhou, na margem inferior do desenho, no sentido de gravação da tela, evitando erros de leitura da imagem e identificando-a. 08
  • 12. ESTAMPA LOCALIZADA: Passo a passo 1 Verificar o tamanho interno da tela; 2 Estipular o tamanho máximo do desenho de acordo com a tela; 3 Escolher as canetas nanquim que melhor se adequem ao traço desejado; 4 Separar o papel; 09
  • 13. 5 Esquadrar, no papel, um retângulo de ocupação máxima da imagem; 6 Realizar o desenho; 7 Colori-lo com nanquim 100% preto. 10
  • 14. ESTAMPA LOCALIZADA: A DUAS OU MAIS CORES. 1 Desenha-se o lay-out (desenho original)à cores, em um pa- pel branco, para que se tenha uma idéia exata de como ele ficará depois de impresso (é importante que as cores sejam bem definidas e delimitadas); 2 O desenho referente a cada cor é copiado para o papel “transparente” com nanquim, devidamente preto, sepa- radamente (cada cor em um papel diferente); 3 Marca-se as cruzes de registro; Cruz de Registro: Para o funcionamento da estampa é preciso fazer devidos registro de sobreposição de cores no desenho e na gravação. São duas cruzes de encaixe nas “margens” das imagens. Assim quando sobrepostas se en- caixaram formando o desenho original. OBSERVAÇÃO: As cruzes devem ser muito precisas para que não ocorra erro de encaixe. 11
  • 15. ESTAMPA CORRIDA: Como visto anteriormente, a estampa corrida cobre toda a extensão do tecido. Assim a arte gravada , na impressão, será repetida diversas vezes até formar a estampa . Portanto, é necessário que haja um encaixe pra que essas im- pressões sucessivas aconteçam de forma adequada, com perfeita união entre elas, sem que as formas se sobreponham ou haja “buracos”. O desenvolvimento da arte final para a estampa corrida chama-se RAPPORT (uma palavra francesa que significa encaixe, intercâmbio, concordância). As- sim, esse encaixe das formas deve acontecer nos quatro lados da arte, funcion- ando como macho e fêmea. PASSO A PASSO: 1 Observar as medidas internas da tela que será utilizada. 2 Desenha-se um retângulo de tamanho inferior à tela 5 cm em cada lado. 3 Desenvolver o desenho de maneira a permitir o encaixe nas margens superior e inferior, direita e esquerda. 12
  • 17. EMULSÃO FOTOGRÁFICA: A emulsão é um preparado químico fotossensível que permite a transferência da imagem para a tela. Quando exposta à luz a película endurece fixando-se na matriz. A emulsão deve ser sempre mantida e manipulada em local escuro ou com iluminação apropriada (luz amarela ou vermelha). As emulsões utilizadas atualmente são dividi- das em três grupos: - Emulsões bicomponentes (sensibilizadas com diazo ou bicromato). - Emulsões dupla cura (fotopolímeros e diazo). - Emulsões monocomponentes (fotopolímero puro). A EMULSÃO USADA NO PROJETO ASAS É A EMULSÃO BICOMPONENTE, SENSIBILIZADA COM BICROMATO. Propriedades: Resistência a tintas Base d’água e plastisol Sensibilizador Bicromato Cor Rosa ou Verde Tecido indicado 42 a 120 fios/cm Vida útil - pote lacrado 24 meses Vida útil – emulsão sensibilizada 4 dias Vida útil – aplicada na matriz 4 horas Resolução Muito boa OBSERVAÇÃO: Nunca manipular/expor a emulsão à luz que não seja apropriada (amarela ou vermelha) até ocorrer a gravação. 13
  • 18. SENSIBILIZAÇÃO DA EMULSÃO: MATERIAIS NECESSÁRIOS: Emulsão, sensibilizador, espátula, recipiente para armazenar e misturar. Devido às características do bicromato, sensibilizar apenas a quantidade de emulsão que será utilizada num período máximo de 4 dias. INSTRUÇÕES: 1 Adicionar o sensibilizador à emulsão na proporção de 9 partes de emulsão para cada parte de sensibilizador (em volume); 2 Mexer bem; •Deixar descansar por um período de duas horas para a elimi- nação das bolhas de ar. •Quando a aplicação não for feita imediatamente conservar a emulsão sensibilizada em recipiente bem fechado e em ambi- ente fresco. 14
  • 19. PREPARAÇÃO DO TECIDO SERIGRÁFICO MATERIAIS NECESSÁRIOS: Sabão, bucha, pia com água corrente, cloro e estopa. Antes de emulcionar é preciso preparar o tecido, que deve estar completamente limpo, livre de pó, gordura, graxa, resíduos de tin- tas e de emulsões. A limpeza é indispensável para se conseguir uma perfeita adesão da emulsão nos fios do tecido, melhor uniformidade da camada aplicada, evitar furos e manchas e, consequentemente, aumentar a vida útil da matriz. PASSO A PASSO: 1 Usar sabão de coco ou detergente e uma esponja; 2 Esfregar bem toda a tela de ambos os lados; 3 Lavar em água corrente; 4 Secar a tela em lugar livre de poeira; Se tiver restos de emulsão, esfregar cloro. 15
  • 20. APLICAÇÃO DA EMULSÃO MATERIAIS NECESSÁRIOS: Emulsão sensibilizada, tela, calha (aplicador), mosquetes, local para apoiar tela. A emulsão deve ficar uniformemente aplicada no tecido, para que não haja problemas na hora da gravação e impressão. PASSO A PASSO: 1 Usar um aplicador de modelo convencionado (calha); 2 Escolher o aplicador de acordo com o tamanho da tela. Sua di- mensão deve se do tamanho da parte interna da matriz; 3 Colocar a tela apoiada na posição vertical, ligeiramente incli- nada; 16
  • 21. 4 Colocar emulsão no aplicador, em quantidade suficiente para não transbordar; 5 Apoiar o aplicador na borda inferior da moldura, deixar cair um pouco de emulsão na superfície da tela, puxando de uma só vez, de baixo pra cima, espalhando a emulsão; Virar a tela de cabeça para baixo, repetir o movimento descrito acima; Se necessário aplicar uma terceira vez a emulsão; 6 Deixar secar na posição horizontal. O lado interno da tela (lado do rodo de impressão) deve ficar virado para cima. Usar quatro batentes como apoio nas laterais. CUIDADOS ESPECIAIS: Observar o tempo de secagem, para que não ultrapasse 40 minutos. Ligar um ventilador para auxiliar na secagem, porém, tomar cuidado para o vento não incidir diretamente na tela deslocando a emulsão ainda molhada. Expor a tela à luz somente depois da emulsão estar completamente seca. Observar se a tela esta seca pelo toque grau de luminosidade, se a emulsão estiver fosca estará seca, se estiver brilhante estará molhada; É importante que a câmara escura esteja isenta de poeira. 17
  • 23. MESA DE LUZ A mesa de gravação é composta por: Uma mesa com tampo de vidro e uma fonte de luz. Há diversos modelos de mesa que podem ser utilizados, depende do tipo de fonte de luz que vai ser adotado e do trabalho a ser realizado. Um modelo convencional para uma estamparia artesanal pode seguir as seguintes medidas: Vidro de 80x80 de superfície por 5mm de espessura, Altura de 80 cm; Distância de 60 cm entre a fonte de luz e o tampo de vidro. FONTES DE LUZ Há diversos tipos de fontes de luz, com variadas potências. Quanto maior a radiação do espectro, mais potente é a fonte luminosa. Os exemplos abaixo são os mais utilizados em laboratórios de estamparia caseiros: •Lâmpadas “Photo – Flood’ de 500W: Ideais para as mesas que apresen- tam 60 cm de distância entre o foco e o vidro. O tempo de exposição à luz é de 3 a 8 minutos. •Arco Voltáico: A luz é produzida entre dois elétrodos. O espectro lumi- noso é contínuo, dando um excelente resultado no transporte, cujo tem- po varia de 4 a 6 minutos. •Lâmpadas halogenas: Ideais para as mesas que apresentam 60 cm de distância entre o foco e o vidro. Só fotografam emulsões sensibilizadas com bicromato. O tempo de exposição à luz é de 3 a 8 minutos. No atelier do projeto ASAS está utilizando-se lâmpada halogena. 18
  • 24. TEMPO DE EXPOSIÇÃO O tempo de exposição à luz é muito importante, pois determina a quali- dade da definição, o nível de resolução e a vida útil da matriz. O tempo depende da arte a ser gravada. Quanto mais fino for o traço mais rápida será a exposição. O traço precisa estar bem escuro e opaco para se con- seguir o melhor resultado. Se o tempo de exposição for insuficiente, a emulsão não estará completamente endurecida e se soltará durante a revelação. No caso de super exposição, a difração de luz provocará uma perda dos detalhes finos e da nitidez dos contornos. As condições de iluminação do laboratório e as condições climáticas tam- bém interferem no tempo de exposição. GRAVAÇÃO MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A GRAVAÇÃO: Arte final, tela emulsionada, fita adesiva, pano/plástico preto, peso, mesa de gravação, fonte luminosa. 19
  • 25. INSTRUÇÕES INICIAIS: •Prende-se a arte final, com fita adesiva transparente, na parte externa da tela. O lado do traço deve ficar em contato com a emulsão. Verificar o nome, no canto inferior, para certificar que o sentido de leitura da ima- gem está correto; •Adaptar um pano ou plástico preto na superfície de trás da tela; •Pressionar com um peso para assegurar o perfeito contato da arte com a emulsão; •Pressionar com um peso para assegurar o perfeito contato da arte com a emulsão; PROCEDER À EXPOSIÇÃO À LUZ, NO TEMPO DETERMINADO PREVIAMENTE, DE ACORDO COM AS CONDIÇÕES DESCRITAS ACIMA. OBSERVAÇÃO: Para artes a duas ou mais cores, a cruz de registro deve se marcada à caneta, com régua, em todas as telas antes da gravação, elas devem esta exatamente no mesmo local. Após marcar com a caneta encaixar a cruz da arte exata- mente em cima da cruz desenhada na tela. E proceder da mesma maneira descrita acima. 20
  • 26. REVELAÇÃO MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A REVELAÇÃO: Pia de água corrente, recipiente para deixar tela de molho, borrifador e ventilador. IMEDIATAMENTE APÓS A GRAVAÇÃO INICIA-SE A REVELAÇÃO EM AMBIENTE TAMBÉM POUCO ILUMINADO. PASSO A PASSO: 1 Deixar de molho por aproximadamente 10 minutos na água fria; 2 Molhar ambos os lados da tela de preferência com um espa- lhador (bucha, retalho de tecido); 21
  • 27. 3 Incidir sobre a tela jatos de água corrente (utilizando uma man- gueira de pressão ou borrifador); 4 A emulsão que não sofreu a disposição de luz (parte preta do desenho), escorrerá com a água deixando o desenho aparecer. Continue a lavar abundantemente a tela para retirar o resto da emulsão (na parte do desenho); 5 Colocar a tela para secar em posição horizontal, em local ven- tilado, iluminado ou não (utilizar o ventilador para acelerar o processo); A TELA DEVE APRESENTAR UMA CAMADA UNIFORME E BRILHANTE. 22
  • 28. RETOQUES Depois da gravação, com a tela já seca, é preciso observar aonde será preciso realizar alguns retoques. INSTRUÇÕES: •Passar com uma espátula, a própria emulsão, nos pequenos orifícios que tenham surgido na superfície da tela (olhar contra a luz para melhor visualização), na cruz de registro marcada e o nome. •Retocar, também, as bordas dificultando a penetração de tinta na hora da impressão. SE POSSÍVEL COLOCAR A TELA NO SOL, POR ALGUNS MINUTOS, PARA SECAR A EMULSÃO DO RETOQUE. 23
  • 29. ACABAMENTO Após seco o retoque, pelo lado externo da tela, cobrir as bordar com fita gomada ou fita crepe grossa, desde a madeira até mais ou menos 1 cm pra dentro do nylon. Esse acabamento serve para que a tinta não suje as bordas, os grampos, e para que o tecido fique limpo. Obs: Durante a impressão essas fitas de acabamento podem ser trocadas quando necessário. Identificar cada arte com o nome da coleção e a referência da estampa em uma fita colada na parte de fora da madeira, aonde a tinta não suje. CAUSAS DE DEFEITOS NO EMULSIONAMENTO, EXPOSIÇÃO E REVELAÇÃO: “Olho de peixe” (bolotas sobre a tela): •desengorduramento insuficiente da tela; •partículas de poeira sobre a tela. Bolhas de ar ao emulsionar: •ao aplicar muito rapidamente a emulsão, pode-se criar ar entre a malha da tela. Emulsão “soltando” após a gravação: •a emulsão não secou suficientemente antes da exposição; •o tempo de exposição foi muito curto; •a lâmpada da exposição perdeu potência. 24
  • 30. TINTAS Antes de escolher qual tinta usar, devem ser observadas com rigor as es- pecificações químicas e adequações para cada tipo de superfície a ser es- tampada. Existem, no mercado, várias tintas para diferentes suportes. Para o tecido e papel, materiais utilizados no projeto ASAS, recomenda-se as pastas CLEAR e MIX a serem pigmentadas. PASTA MIX Composição: ligante, espessante, amaciante, uréia, querosene, água e pig- mento branco. Utilização: a pigmentação da base mix resultará a cobertura suficiente para se estampar tecidos de fundo escuro, fazendo possível a leitura do desenho. PASTA CLEAR Composição: Ligante, espessante, amaciante, uréia, querosene e água. Utilização: Usada para impressão de tecidos de fundo claro. Pode ser pig- mentada numa proporção máxima de 10%. Essas tintas são à base d’água. Dessa forma, não danificam as matrizes, são fáceis de manusear e a limpeza das telas é feita com água. ESPESSANTE É um aditivo formulado para das mais viscosidade (engrossar) as tintas à base d’água. Utilize a tampinha do frasco de Espessante como medida: aproximadamente 2 tampinhas cheias para cada litro de tinta. Misturar bem. RETARDADOR Pode ser usado como retardador de secagem das tintas à base d’água. Colo- car aos poucos e misturar bem até chegar na viscosidade desejada. Obs. A tinta deve atingir uma viscosidade ideal para uma melhor qualidade de impressão. 25
  • 31. TINTAS ESPECIAIS Há, ainda, no mercado, tintas de “efeitos especiais” como a tinta de expan- são “puff” e a tinta perolada. Essas tintas também são bases a serem pig- mentadas e deve-se proceder como descrito acima (verificando as recomendações do fabricante). “PUFF” É uma tinta que, em contato com o calor, se expande criado uma textura em alto relevo. É aplicada da mesma forma que as tintas Clear e Mix, porém depois da aplicação e secagem devem ser submetidas a uma pressão e calor (podendo utilizar o ferro de passar). PEROLADA É uma base que deixa o pigmento com um aspecto perolado. É aplicada da mesma forma que as tintas Mix e Clear. Obs. O resultado de aplicação de qualquer tinta, dependerá da realização de testes prévios. CONFECÇÃO E ARMAZENAMENTO DE TINTAS Misturar, na proporção indicada pelo fabricante, a base com os pig- mentos desejados para a obtenção de uma cor (é possível misturar os pigmentos, entre si, para conseguir as mais diversas cores). A adição de pigmento deve ocorrer aos poucos, gota por gota, para acompanhar o desenvolvimento da cor misturando bem; Guardar a tinta em um pote bem fechado, em local de temperatura am- biente e etiquetar especificando: base, pigmentos utilizados (coloração e quantidade), nome da coleção, nome da cor (criar nomes para as cores da coleção). Obs. Se não houver o etiquetamento será praticamente impossível identificar e reproduzir as cores. 26
  • 32. IMPRESSÃO Para realizar uma boa impressão é necessário que se obedeça aos princípios básicos. Não há qualidade sem método. MESA DE IMPRESSÃO A mesa de impressão deve ser uma superfície plana coberta de cola perma- nente (para impressão em tecido). A cobertura deve ser feita através do rolo de tinta ou puxador e deve secar por aproximadamente 20 minutos antes da impressão. Obs. Não é necessário cobrir a mesa com cola toda vez que se vai imprimir, apenas quando necessário. A mesa possui um trilho de metal que contorna seu comprimento, onde será afixado o batente de marcação. O batente é móvel, podendo ser adaptado de acordo com as necessidades de impressão. Sua função é “afix- ar” a tela no local correto e é muito importante para o sucesso da impressão além de fundamental na impressão do corrido alternativo e localizada com mais de uma cor. RODO / PUXADOR O instrumento utilizado para passar a tinta através do tecido serigráfico chama-se rodo ou puxador. É uma régua de madeira com uma tira de borra- cha sintética ou poliuretano. A função do rodo é prover a pressão necessária sobre a pasta contra os fios do tecido. A velocidade e ângulo de passagem do rodo promovem grande diferença na moldagem em questão. 27
  • 33. NO ATELIÊ DO PROJETO ASAS UTILIZA-SE DOIS TIPOS DE RODO: PERFIL RETO Para impressão manual em superfícies com detalhes finos. Esse tipo de rodo “deposita” mais tinta sobre a superfície. Recomenda-se utilizá-lo para imprimir no papel. PERFIL ARREDONDADO Para impressão manual em têxteis. COMO UTILIZAR O RODO: A medida do rodo deve coincidir aproximadamente com a medida da parte interna da tela, para correr livremente sem deixar espaço vazio sobre a es- tampa. Os rodos podem ser adquiridos em tamanhos grandes e serrados na medida desejada. •Segurar o rodo com ambas as mãos e formar um ângulo de aproximada- mente 45 graus com o plano horizontal. •Utilizar sempre uma pressão uniforme, firme e constante: Quando for “empurrar” a tinta, fazê-lo suavemente, sem muita pressão. Na hora de recolher a tinta, remove-la completamente do tecido aumentan- do a pressão do rodo. 28
  • 34. OBSERVAÇÃO: Se o puxador for arrastado na posição vertical, a impressão pode ficar fraca e falhada. Se o ângulo for muito agudo, a impressão será fraca e ficará excesso de tinta sobre a tela. Se a pressão for insuficiente, haverá áreas fracamente impressas. Se a pressão for demasiada a tinta borrara a superfície impressa. Portanto, o ângulo e a pressão do rodo são de extrema importância para uma impressão bem suce- dida. Com a prática e atenção é possível dominar bem a arte da impressão. Imediatamente após utilizar o rodo deve-se lavá-lo com água, bucha e deter- gente. Os materiais devem ser mantidos sempre limpos e cuidados. MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA IMPRESSÃO: Tela gravada, tintas, rodo, morcetes, água para lavar a tela, estopa (ou esponja) e secador. PASSO A PASSO: 1 Na mesa de impressão, com a superfície previamente preparada com cola permanente, estica-se o material a ser estampado; 29
  • 35. 2 Enquadra-se a matriz na posição desejada sobre o material. O enquadra- mento se faz através da correta utilização dos parafusos, da chaveta cen- tral que são fixados na madeira da borda da tela e dos morcetes, encosta- dos no batente de marcação servirão de registro da posição da matriz; •Se estiver estampando sobre tecido, depositar com a espátula um pouco de tinta na borda inferior da tela. Empurrar a tinta, espalhando-a sobre a superfície da tela de baixo para cima e depois recolhe-la de cima para baixo; •Se estiver estampando sobre papel, colocar um pedaço de tecido entre a mesa e o papel para esse não grudar na mesa. Depositar com a espátula um pouco de tinta na borda inferior da tela. Levantar a matriz de forma que a tela não fique em contato com a superfície a ser estampada. Em- purrar a tinta, espalhando-a no nylon. Abaixar a tela na posição correta e recolher a tinta com o rodo de impressão; 3 Para imprimir diversas vezes a mesma estampa, organizar a mesa otimi- zando a produção. Estica-se o material a ser estampado e marca-se com fita crepe ou caneta a posição do material. Calcula-se a distância exata e marca-se ao longo da mesa a posição dos demais materiais a serem estam- pados. Prender os batentes nos locais apropriados; 30
  • 36. OBSERVAÇÃO: No intervalo entre uma impressão e outra, deve-se recobrir a tela com tinta, pois o contato da mesma com o ar produz o entupimento das tramas impossibilitando a impressão, para utilizar outras cores com a mesma tela lavar e secar a matriz entre uma cor e outra e para maior velocidade de trabalho acelerar a secagem com secador de cabelo. ESTAMPA LOCALIZADA COM DUAS OU MAIS CORES INSTRUÇÕES: •Ao realizar impressão de artes com mais de uma cor proceder como descrito acima, realizando as devidas marcações. •Imprimir a primeira cor e secar com secador. Em seguida, com a primeira cor já seca, imprimir a segunda cor. •Secar com secador e assim por diante. •O que garante o encaixe das cores na hora da impressão é o posicionamento correto da tela no batente de marcação. 31
  • 37. ESTAMPA CORRIDA ALTERNATIVA INSTRUÇÕES: •Para realização do corrido alternativo precisa-se, além do material comum à impressão, régua e giz de quadro negro (de cor diferente do suporte a ser estam- pado). •Esticar o material a ser estampado na mesa. Observar se está bem esticado, sem nervuras, e eqüidistante da borda da mesa. •Prender o primeiro morcete de marcação no local de início da impressão. •Posicionar a tela no primeiro morcete, passar o giz, na parte interna da tela, a fim de marcar no material a faixa final da estampa. •Ao retirar a tela, a superfície a ser estampada estará marcada aonde terminará a primeira impressão. •posicionar a tela encaixando, no olho, o início da segunda impressão com o final da primeira. •Ao escolher o local apropriado de encaixe para a segunda impressão prender o segundo batente. •Medir, com a régua, a distância entre os dois batentes. •Aplicar essa medida exata para prender o terceiro batente e assim por diante. Para conferir a mediada repetir a operação do giz e verificar o encaixe. •Realizar a impressão no primeiro batente. •Pular o segundo e imprimir no terceiro, e assim por diante. 32
  • 38. •Secar bem e voltar imprimindo o segundo batente, quarto e assim por diante, até completar a fileira. •Quando a primeira fileira estiver completa e seca subir o “tecido” na mesa de im- pressão (se necessário continuar a imprimir). •Subir o “tecido” de maneira igual em toda sua extensão e colocar a tela no primeiro morcete, encaixando a parte superior da arte com a borda da estampa já impressa. •Testar todos os batentes para visualizar se o encaixe está equivalente, se não, arru- mar o “tecido”. •Quando o encaixe estiver perfeito, em todos os morcetes, proceder a impressão como feito anteriormente. Cuidados na impressão: Utilizar o secador (de cabelo) para ajudar na secagem da tinta impressa. Entre uma impressão e outra, nunca deixar a tela, suja, descoberta de tinta. Ao terminar de usar uma tinta, recolhe-la na tela com uma espátula e devolver ao pote. Utilizar, em toda impressão em série, um tecido de mata borrão. Utilizar um varal para secagem dos tecidos impressos. Após o uso do material, lavá-lo bem com água corrente, bucha e sabão de coco ou detergente. 33
  • 39. BIBLIOGRAFIA: Livro: SILK – Screen Autor: Arnaldo Belmiro 6ª edição Editora: Ediouro 1990 Livro: Iniciação à Serigrafia Autor: Wagner de Saboya SENAI CETIQT 4ª edição (SÉRIE: TECNOLOGIA TEXTIL) Rio de janeiro 1993 Livro: Manual de estamparia têxtil Autor: Jorge Neves Escola de engenharia da universidade do minho. 2000. 34
  • 40. SERIGRAFIA - ESTAMPARIA PESQUISA Marcela Torres DESIGN GRÁFICO Bruno Mourão ILUSTRAÇÕES Mariana Padrão