Tradução da 5ª edição
WOLD
EnfermagemGerontológica•Wold•5ªedição
Enfermagem
Gerontológica
Classificação de Arquivo Recomendada
ENFERMAGEM GERONTOLÓGICA
SAÚDE DO IDOSO
SAÚDE DO ADULTO
GERONTOLOGIA
www.elsevier.com.br/enfermagem
ENFERMAGEM GERONTOLÓGICA, 5ª EDIÇÃO
WOLD
DESTAQUES
• Discussão atualizada de tópicos e tendências, incluindo os fatores
demográficos e as influências econômicas, sociais, culturais e familiares.
• Ênfase no processo de enfermagem, apontando os diagnósticos, as intervenções
e os resultados de enfermagem observados nas principais condições comumente
encontradas no envelhecimento.
• ÚNICO! Quadros com alertas de segurança! Destacam os objetivos de
segurança da Joint Commission, com atenção especial à segurança do paciente no uso de
medicamentos, à comunicação, ao envolvimento dos pacientes em seus próprios cuidados,
às infecções, úlceras por pressão e prevenção de quedas.
• ÚNICO! Guia de exames laboratoriais que apontam os valores de referência
para idosos, úteis para a prática clínica de enfermagem.
Aborda desde a teoria e conceitos da idade, incluindo as mudanças fisiológicas
e psicossociais esperadas no idoso, até a prática do cuidado desse paciente.
Enfermagem Gerontológica, o livro-texto de enfermagem geriátrica mais vendido no mundo, agora no Brasil com
conteúdo adaptado à nossa realidade.
Recomendado para a graduação de Enfermagem nas disciplinas de Saúde do Idoso e Saúde do Adulto, apresenta
as teorias e os conceitos sobre o envelhecimento, as alterações fisiológicas e psicossociais associadas ao
envelhecimento, além de destacar os cuidados colaborativos, os cuidados no fim da vida, a educação em saúde, a
qualidade de vida, a segurança e os cuidados domiciliares. Esta edição contém os últimos assuntos e tendências em
enfermagem geriátrica, incluindo dados demográficos e as mudanças nos sistema de saúde.
Os conteúdos foram revisados e adaptados à realidade brasileira não só em relação aos
aspectos demográficos e epidemiológicos do envelhecimento, mas, sobretudo, aos culturais
envolvidos nos cuidados direto e indireto para com os idosos no Brasil e legislação brasileira
do SUS e competências.
AF02-EnfGeronto.indd 1AF02-EnfGeronto.indd 1 07/03/13 17:0807/03/13 17:08
v
REVISÃO CIENTÍFICA E ADAPTAÇÃO
Maria Inês Nunes (Caps. 10 a 20, Apêndices B, C e D, Glossário e Guia de Estudo)
Professora e Coordenadora Adjunta do Curso de Enfermagem do Centro Universitário São Camilo
Mestre em Ciências da Saúde pelo St. Georgés Hospital and Medical School da Universidade de Londres.
Doutoranda em Bioética pelo Centro Universitário São Camilo
Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Humanização em Saúde do Centro Universitário São Camilo
Pesquisadora Clínica do Imperial College (Reino Unido) na área de geriatria/gerontologia de 1996 a 2003.
Enfermeira Especialista em Administração Hospitalar pela Universidade de Saúde Pública da Universidade de São
Paulo (USP)
Experiência em Enfermagem Gerontológica, tendo trabalhado em unidade específica para reabilitação de idosos no
Reino Unido. Realizou curso de extensão em Enfermagem Gerontológica pelo Institute of Nursing and Midwifery da
Universidade de Sussex – Reino Unido.
Renata Eloah de Lucena Ferretti-Rebustini (Caps. 1 a 9, Apêndice A e Índice)
Professora Doutora do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da Escola de Enfermagem da USP (EEUSP)
Professora Assistente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário São Camilo
Enfermeira e Especialista em Enfermagem Geriátrica e Gerontológica pela Universidade Federal de São Paulo
(UNIFESP)
Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP)
Pós-doutoranda pela Universidade de Quebec em Trois-Rivières, Canadá.
Coordenadora do Laboratório de Fisiopatologia no Envelhecimento do SGHC-FMUSP/LIM 22.
TRADUÇÃO
Alexandre Aldighieri (Caps. 4 e 20)
Médico pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Especialista em Clínica Médica e Endocrinologia
Alexandre Gengo e Silva (Glossário)
Farmacêutico
Especialista em Análises Clínicas e Toxicológicas
Ana Helena Pereira Correia Carneiro (Caps. 1 a 3)
Médica do Serviço de Anatomia Patológica da UFRJ
Mestre em Ciências Morfológicas pelo Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ
Doutoranda de Medicina (Anatomia Patológica) pela UFRJ
Ana Maria Rossini Teixeira (Cap. 19 e Apêndice C)
Professora Adjunta do Departamento de Bioquímica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
Doutora em Ciências pela UERJ
Ana Paula Teixeira Monteiro (Caps. 5 a 7)
Bacharel em Ciências Biológicas pela UERJ
Mestre em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biofísica da UFRJ
Doutoranda em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biofísica da UFRJ
Bruna Romana de Souza (Caps. 12 e 13)
Professora Adjunta do Departamento de Histologia e Embriologia da UERJ
Mestre em Morfologia pela UERJ
Doutora em Ciências (Biologia Humana e Experimental) pela UERJ
Revisão Científica e Tradução
C0165.indd vC0165.indd v 12/03/13 7:31 PM12/03/13 7:31 PM
vi REVISÃO CIENTÍFICA E TRADUÇÃO
Carlos Henrique Saraiva Garcia (Caps. 17 e Índice)
Mestre em Bioquímica pela UFRJ
Doutorando pela Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília
Frederico Mancuso (Caps. 8, 10, 15, 18 e Gabarito)
Doutor em Ciências (Cardiologia) pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP
Médico Assistente da Escola Paulista de Medicina pela UNIFESP
Gabriela Cavalcante Fróes de Souza (Caps. 9 e 11)
Mestre em Literaturas de Língua Inglesa
Tradutora Técnica
Gisela Cardoso Ziliotto (Guia de Estudo)
Enfermeira Especialista em Psiquiatria e Saúde Mental pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Mestre em Ciências da Saúde pela UNIFESP
Doutoranda em Ciências da Saúde pela UNIFESP
Rita de Cassia Gengo e Silva (Apêndices A, B e D)
Enfermeira do Serviço de Educação do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP
Professora Doutora do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da EEUSP
Doutora e Mestre em Ciências pela FMUSP
Rita Lacerda Aquarone (Caps. 14 e 16)
Enfermeira
Pós-Graduada em Gerontologia e Geriatria, Administração Hospitalar, Clínica Médica e Cirúrgica e Neurologia
Mestranda do Programa em Saúde do Adulto – PROESA
C0165.indd viC0165.indd vi 12/03/13 7:31 PM12/03/13 7:31 PM
vii
Margaret Barnes, MSN, RN
Assistant Professor
Indiana Wesleyan School of Nursing
RNBSN Post-Licensure Program
Florence, KY
Kathy Bredberg, MSN, RN
Vocational Nursing Program Director
Grayson County College
Van Alstyne, Texas
Belinda Douglas, MSN, PMHNP-BC, GNP-BC
Four Rivers Regional Nursing Director
Tennessee Technology Center - Ripley
Ripley, Tennessee
Phyllis Graves, RN, BSN
PN Educator
Waynesville Career Center
Waynesville, Missouri
Donna M. Kuenstler, MSN, RN
Director
Sul Ross State University
Vocational Nursing Program
Alpine, Texas
Christina A. Lamb, MSN, RN
Director of Practical Nursing Education
Bolivar Technical College
Bolivar, Missouri
Jennifer Lucsko, BSN, RN
Pediatric Specialty Clinic
Clinical Team Leader
Pediatric Endocrinology
Roanoke, Virginia
Carolyn W. Lyon, MSN, RN
Assistant Professor
Director of Practical Nursing Program
Jefferson College of Health Sciences
Roanoke, Virginia
Melaine Moore, PhD, MSN, RN
Associate Professor
Virginia Western Community College
Roanoke, Virginia
Teresa G. Newby, MSN, RN
Assistant Professor
Crown College
Saint Bonifacius, Minnesota
Jennifer Ponto, BSN, RN
Instructor
Vocational Nursing Program
South Plains College
Levelland, Texas
Beth Jackson-Rumbaoa, RN, BSN
Coordinator/Instructor PN Program
Boonslick Technical Education Center
Boonville, Missouri
Carmen Toca, RN, C
Assistant Coordinator/Instructor Skills Lab
Practical Nursing Program
Union County College
Plainfield, New Jersey
Laura Travis, MSN, RN
Health Careers Coordinator
Tennessee Technology Center at Dickson
Dickson, Tennessee
Elise Webb, MSN, RN
Allied Health Program Coordinator
Wilson Community College
Wilson, North Carolina
Revisores
C0170.indd viiC0170.indd vii 12/03/13 10:17 AM12/03/13 10:17 AM
viii
Karin M. Allen, BSN, RN
Coordinator, Practical Nurse Program
Hutchinson Community College
McPherson, Kansas
Tawne D. Blackful, RN, MSN, Med
Supervisor of Health Services and School Nurse
Lawrence Hall Youth Services
Chicago, Illinois
Barbara Carrig, BSN, MSN, APN
LPN Nurse Program Coordinator, Academic/Clinical
Instructor
Passaic County Technical Institute
Wayne, New Jersey
Mary-Ann Cosagarea, RN, BSN
Practical Nursing Coordinator
Portage Lakes Career Center W. Howard Nicol School
of Practical Nursing
Uniontown, Ohio
Dolores Cotton, MSN, RN
Practical Nursing Coordinator
Meridian Technology Center
Stillwater, Oklahoma
Phyllis Del Mastro, RN, MSN
Corporate Director, Nursing
Porter and Chester Institute
Rocky Hill, Connecticut
Laurie F. Fontenot, BSN, RN
Department Head, Health Services Division
Acadiana Technical College – C.B. Coreil Campus
Ville Platte, Louisiana
Shelly R. Hovis, RN, MS
Director, Practical Nursing
Kiamichi Technology Centers
Antlers, Oklahoma
Joe Leija, MS, RN, DON
Director of Nursing, Vocational Nursing
RGV Careers
Pharr, Texas
Janet M. Kane, RN, MSN
Director of Nursing
NewCourtland Education Center
Philadelphia, Pennsylvania
Patty Knecht, MSN, RN
Director of Practical Nursing
Center for Arts and Technology-Brandywine
Campus
Coatesville, PA
Hana Malik, MSN, FNP-BC
Family Nurse Practitioner
Take Care Health Systems
Villa Park, Illinois
Barb McFall-Ratliff, MSN, RN
Director of Nursing, Program of Practical Nurse
Education Butler Technology and Career
Development Schools Hamilton, Ohio
Toni L.E. Pritchard, BSN, MSN, EdD
Allied Health Professor, Practical Nursing Program
Central Louisiana Technical College – Lamar Salter
Campus Leesville, Louisiana
Barbra Robins, BSN, MSN
Program Director
Leads School of Technology
New Castle, Delaware
Fleur de Liza S. Tobias-Cuyco, BSc, CPhT
College Dean, Director of Student Affairs, and
Instructor
Preferred College of Nursing
Los Angeles, California
Conselho Consultivo de Enfermagem
C0175.indd viiiC0175.indd viii 12/03/13 10:22 AM12/03/13 10:22 AM
Para minha mãe, Esther Hoffmann,
e para meu sogro, Rev. W.R. Wold,
que sempre me encorajaram e demonstraram
a resiliência dos idosos. Que descansem em paz.
Para minha filha Rebecca,
que me ajuda a me manter jovem de coração;
e para meu marido Norm,
com quem desejo continuar a envelhecer.
C0185.indd ixC0185.indd ix 12/03/13 10:45 AM12/03/13 10:45 AM
xi
O envelhecimento não é bom nem ruim – é uma fase da
vida. Começa no dia em que nascemos e termina no dia em
que morremos. Todos temos uma visão diferente do que
significa envelhecer. Crianças e adolescentes raramente
consideram o significado de ficar velho; o envelhecimento
está muito longe e eles estão muito ocupados vivendo cada
dia para se preocupar com isso. Os jovens estão muito
envolvidos com a diária luta por sobrevivência e sucesso
para prestar atenção à idade mais velha. A meia-idade
traz uma nova consciência sobre a passagem do tempo,
especialmente quando os pais de alguém envelhecem e
morrem. A realidade sobre o envelhecimento não pode
ser mais negada quando se torna parte da geração mais
velha de uma família.
O mundo de hoje contém uma porcentagem maior de
pessoas de meia-idade e idosos como nunca visto. Essa
demografia instigante apresenta um grande desafio para
os profissionais de saúde e para a sociedade como um
todo. Como os enfermeiros estão na linha de frente da as-
sistência de saúde, eles devem estar bem-preparados para
reconhecer e responder apropriadamente às necessidades
de nossa população que envelhece. O objetivo deste texto
é dar ao iniciante em enfermagem uma perspectiva equili-
brada sobre a realidade do envelhecimento e ampliar o
ponto de vista da enfermagem com relação aos idosos,
de modo que suas necessidades possam ser atendidas de
maneira compassiva, cuidadosa e apropriada.
SOBRE O TEXTO
A 5ª edição de Enfermagem Gerontológica apresenta as teo-
rias e conceitos do envelhecimento, as alterações fisio-
lógicas e psicossociais e os problemas associados a esse
processo, e as intervenções de enfermagem adequadas.
Muitas características-chave foram mantidas, incluindo
cobertura extensiva de questões culturais, situações clíni-
cas, delegação, cuidados de saúde domiciliar, promoção
de saúde, ensino do paciente e terapias integrativas. Nu-
merosos exercícios de Pensamento Crítico tornam prática
a síntese de informações e sua aplicação nos cuidados de
enfermagem de idosos.
CARACTERÍSTICAS DO LIVRO
A 5ª edição de Enfermagem Gerontológica tem em comum
com outros livros de enfermagem algumas características
e elementos de design:
• É realizada uma avaliação do nível de leitura do ma-
nuscrito de cada capítulo durante a elaboração do livro
para garantir a coesão entre os capítulos e assegurar que
o texto seja fácil de entender.
• Objetivos iniciam cada capítulo e fornecem um resumo
do conteúdo.
• Palavras-chave são listadas no início de cada capítulo.
Elas aparecem em azul no capítulo e são definidas bre-
vemente, mas contêm definições completas no Glos-
sário.
• Pontos-chave no final de cada capítulo se correlacionam
com os objetivos e servem como uma revisão do capí-
tulo.
• Além do conteúdo consistente, do design e de fontes de
apoio, esses livros se beneficiam das considerações do
Conselho Consultivo de Enfermagem (ver p. viii).
ORGANIZAÇÃO
A Unidade I apresenta um panorama geral do envelheci-
mento, examinando as tendências e questões que afetam
o idoso. Essas incluem fatores demográficos e influências
econômicas, sociais, culturais e familiares. A unidade ex-
plora várias teorias e mitos associados ao envelhecimento
e faz uma revisão das alterações fisiológicas que ocorrem
com o envelhecimento.
A Unidade II inclui uma ampla variedade de informa-
ções sobre as habilidades básicas da enfermagem para a
população idosa. Há um grande foco sobre (1) promoção
de saúde e manutenção da saúde dos idosos; (2) comu-
nicação verbal e não verbal apropriada para a idade; (3)
necessidades nutricionais e de líquidos, alterações na
farmacodinâmica e preocupações relacionadas à adminis-
tração de medicamentos em idosos; (4) avaliação da saúde
dos idosos; e (5) suprir as necessidades de segurança dos
idosos.
A Unidade III aborda as necessidades psicossociais
do idoso por meio do processo de enfermagem. O cuidado
psicossocial precede o cuidado fisiológico, refletindo a or-
dem na qual o conteúdo é mais frequentemente ensinado.
Áreas de conteúdo incluem (1) problemas cognitivos, (2)
autopercepção e autoconceito, (3) papéis e relacionamentos
que mudam, (4) lidar com o estresse e como conduzi-lo, (5)
valores e crenças e (6) sexualidade.
A Unidade IV aborda as necessidades físicas do adulto
idoso por meio do processo de enfermagem. As áreas de
conteúdo incluem (1) segurança, (2) higiene e cuidados
com a pele, (3) eliminação, (4) atividades e exercícios físicos
e (5) sono e repouso. Ambas as Unidades III e IV oferecem
acesso, diagnósticos de enfermagem e intervenções de
enfermagem nos centros de cuidados.
CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS
• As seções de processos de enfermagem fornecem uma
forte moldura para discutir os cuidados com idosos no
contexto de desordens específicas
• As intervenções de enfermagem são agrupadas por
conjunto de cuidados de saúde (p. ex. cuidados agudos,
cuidados extensivos, cuidados domiciliários)
Para o Professor
C0190.indd xiC0190.indd xi 12/03/13 8:20 PM12/03/13 8:20 PM
xii PARA O PROFESSOR
• Quadros especiais de pensamento crítico, situações
clínicas, promoção de saúde, segurança, educação em
saúde, terapias integrativas, cuidado colaborativo e
mais (ver p. x)
• Aumento do conteúdo cultural sobre o impacto do
envelhecimento em várias culturas
• Foco nas mudanças demográficas incluindo baby boo-
mers e o impacto do seu envelhecimento sobre a assis-
tência à saúde
• Informações adicionais sobre saúde domiciliária tanto
para os pacientes como para os cuidadores
• Novas Questões de Revisão ao final de cada capítulo
• Valores de Exames Laboratoriais para Idosos (Apên-
dice A)
• Escala de Depressão Geriátrica (EDG) (Apêndice B)
• Informações Nutricionais para idosos (Apêndice C)
• Lista revisada de Recursos para Idosos, incluindo web-
sites relevantes (Apêndice D)
• Bibliografia agrupada por capítulo e listada ao final do
livro para fácil acesso
Adaptação à realidade brasileira
Os conteúdos foram revisados e adaptados à realida-
de brasileira, não só em relação aos aspectos demo-
gráficos e epidemiológicos do envelhecimento, mas,
sobretudo, aos culturais envolvidos nos cuidados
direto e indireto para com os idosos no Brasil e à legis-
lação brasileira do SUS e às competências.
Além da adaptação à realidade brasileira, foram
inseridas ao longo do livro complementações ao texto
original e notas de revisão elucidativas. As caixas que
trazem o ícone da bandeira brasileira apontam in-
formações complementares ao texto, resguardando os
aspectos culturais e a aplicabilidade das informações
à realidade do país.
AGRADECIMENTOS
Eu gostaria de agradecer a Teri Hines Burnham, Jennifer
Shropshire, Tiffany Trautwein, Johnny Gabbert e Jessica
Williams – assim como outros profissionais da equipe da
Elsevier – por seus conhecimentos profissionais, tenaci-
dade, percepções, paciência e encorajamento constante ao
longo de todo o desenvolvimento desta edição.
C0190.indd xiiC0190.indd xii 12/03/13 8:20 PM12/03/13 8:20 PM
xiii
FERRAMENTAS DE LEITURA E DE REVISÃO
• Os Objetivos introduzem os tópicos do capítulo.
• As Palavras-chave são listadas no início de cada capí-
tulo e suas definições completas estão no Glossário.
• Cada capítulo termina com a seção Exercícios de Pensa-
mento Crítico que inclui (1) Pontos-chave que reiteram
os objetivos do capítulo e servem como uma revisão
útil de conceitos; (2) uma lista extensa de Questões de
Revisão com respostas localizadas na página 397 do
livro.
• Bibliografia e Referências para o Leitor completas
citam informações baseadas em evidências e fornecem
recursos para aumentar o conhecimento.
• Um Glossário que fornece definições para todos os
termos que aparecem no início dos capítulos.
• Um Guia de Estudo dentro do texto inclui as seções
Pensamento Crítico e Aplicação e Atividades Selecionadas
por Capítulo com questões de múltipla escolha, de com-
pletar e de correspondência.
CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS
As seguintes características especiais são desenhadas para
promover aprendizado e compreensão eficazes e refletir o
design do livro:
Quadros de Situação Clínica relacionam o texto às
situações do paciente e aos cenários de cuidados.
Quadros de Terapias Integrativas abordam tera-
pias não tradicionais e auxiliares.
Quadros de Cuidado Colaborativo abordam
questões de liderança e incluem tópicos como
restrições e cuidados ao fim da vida.
Quadros de Pensamento Crítico lançam questões
destinadas a estimular o pensamento e a ajudar
os estudantes a desenvolver e aprimorar suas
habilidades de pensamento crítico.
Quadros de Considerações Culturais fornecem
conselhos sobre cuidados de idosos culturalmente
diferentes.
Quadros de Promoção de Saúde recomendam
dicas de qualidade de vida para idosos.
Quadros de Considerações para o Cuidado Do-
miciliário são informações essenciais para cuida-
dos domiciliários de idosos.
Tabelas de medicamentos fornecem acesso rápido a
informações sobre medicamentos comumente utili-
zados nos cuidados de enfermagem gerontológica.
Planos de Cuidados de Enfermagem com Ques-
tões de Pensamento Crítico fornecem aos estudan-
tes exemplos de planos de cuidados de enferma-
gem e os encorajam a pensar criticamente sobre os
cenários apresentados.
Quadros de Educação em Saúde instruem e in-
formam tanto os pacientes idosos como seus cui-
dadores sobre promoção de saúde, prevenção de
doenças e intervenções específicas para a idade.
Para o Estudante
C0195.indd xiiiC0195.indd xiii 12/03/13 11:50 AM12/03/13 11:50 AM
xv
UNIDADE I PANORAMA GERAL
DO ENVELHECIMENTO
1 Tendências e Questões, 1
Introdução à enfermagem gerontológica, 1
Perspectiva histórica do estudo
do envelhecimento, 1
O significado de um nome: geriatria,
gerontologia e enfermagem
gerontológica, 2
Atitudes com relação ao envelhecimento, 3
Gerontofobia, 5
Demografia, 6
Estimativas para o envelhecimento
populacional, 7
Disparidade étnica e de gênero, 8
Os baby boomers, 8
Distribuição geográfica da população idosa, 9
Estado civil, 10
Escolaridade, 10
Economia do envelhecimento, 11
Pobreza, 11
Rendimentos, 11
Riqueza, 14
Tipos de moradia, 14
Sistema de saúde, 17
Custos elevados e legislação, 17
Custos e cuidados no final da vida, 17
Diretrizes antecipadas de vontade, 18
Impacto dos membros idosos sobre
a família, 19
Reflexão pessoal, 19
Interações entre a enfermagem
e a família, 21
Autonegligência, 21
Maus-tratos ou negligência da família, 22
Maus-tratos cometidos por pessoas
de fora da família, 24
Grupos de apoio, 25
Descanso temporário para o cuidador, 26
2 Teorias do Envelhecimento, 28
Teorias biológicas, 28
Teorias psicossociais, 30
Implicações para enfermagem, 30
3 Alterações Fisiológicas, 32
Sistema tegumentar, 33
Alterações esperadas
no envelhecimento, 33
Distúrbios comumente observados
no envelhecimento, 35
Sistema músculo-esquelético, 36
Ossos, 36
Vértebras, 37
Articulações, 37
Tendões e ligamentos, 37
Músculos, 37
Alterações esperadas
no envelhecimento, 38
Distúrbios comumente observados
no envelhecimento, 39
Sistema respiratório, 40
Trato respiratório superior, 41
Trato respiratório inferior, 41
Troca gasosa (respiração), 41
Alterações esperadas
no envelhecimento, 41
Distúrbios comumente observados
no envelhecimento, 42
Sistema cardiovascular, 44
Coração, 44
Vasos sanguíneos, 44
Sistema de condução, 44
Alterações esperadas
no envelhecimento, 45
Distúrbios comumente observados
no envelhecimento, 45
Sistemas hematopoiético e linfático, 48
Sangue, 48
Sistema linfático, 49
Alterações esperadas
no envelhecimento, 49
Distúrbios comumente observados
no envelhecimento, 50
Sistema gastrointestinal, 50
Cavidade oral, 50
Língua, 51
Glândulas salivares, 51
Esôfago, 51
Estômago, 51
Intestino delgado, 51
Intestino grosso, 51
Alterações esperadas
no envelhecimento, 52
Distúrbios comumente observados
no envelhecimento, 52
Sistema urinário, 54
Sumário
C0200.indd xvC0200.indd xv 12/03/13 4:50 PM12/03/13 4:50 PM
xvi SUMÁRIO
Rins, 54
Ureteres e bexiga, 54
Características da urina, 54
Alterações esperadas
no envelhecimento, 55
Distúrbios comumente observados
no envelhecimento, 55
Sistema nervoso, 56
Sistema nervoso central, 56
Sistema nervoso periférico, 57
Alterações esperadas
no envelhecimento, 57
Distúrbios comumente observados
no envelhecimento, 58
Sistema sensorial, 61
Refração, 62
Alterações esperadas
no envelhecimento, 62
Distúrbios comumente observados
no envelhecimento, 63
Alterações esperadas
no envelhecimento, 65
Distúrbios comumente observados
no envelhecimento, 65
Alterações esperadas
no envelhecimento, 66
Sistema endócrino, 66
Glândula pituitária, 67
Glândula tireoide, 67
Glândula paratireoide, 67
Pâncreas, 67
Glândulas adrenais, 67
Ovários e testículos, 67
Alterações esperadas
no envelhecimento, 68
Distúrbios comumente observados
no envelhecimento, 69
Sistemas reprodutor e genitourinário, 70
Órgãos reprodutores femininos, 70
Órgãos reprodutores masculinos, 71
Alterações esperadas
no envelhecimento, 71
Distúrbios comumente observados
no envelhecimento, 72
UNIDADE II HABILIDADES BÁSICAS PARA
A ENFERMAGEM GERONTOLÓGICA
4 Promoção da Saúde, Manutenção da Saúde
e Considerações de Cuidados Domiciliários, 74
Práticas de saúde recomendadas
para os idosos, 75
Dieta, 75
Atividade física, 75
Álcool e tabaco, 75
Avaliação clínica e cuidados gerais, 76
Exames dentários e cuidado
oral preventivo, 77
Mantendo atitudes saudáveis, 78
Fatores que afetam a promoção
e a manutenção de saúde, 78
Crenças religiosas, 79
Crenças culturais, 79
Conhecimento e motivação, 79
Mobilidade, 80
Percepções do envelhecimento, 80
Impacto das alterações cognitivas
e sensoriais, 80
Impacto das alterações relacionadas
com a acessibilidade, 80
Cuidado domiciliário, 81
Cuidadores informais, 81
Cuidadores formais, 82
Tipos de serviços domiciliários, 82
5 Comunicando-se com Idosos, 88
Troca de informação (construindo
a mensagem), 88
Comunicação formal ou terapêutica, 89
Comunicação informal ou social, 90
Comunicação não-verbal, 90
Símbolos, 90
Tom de voz, 90
Linguagem corporal, 91
Espaço, distância e posição, 91
Gestos, 91
Expressões faciais, 92
Contato visual, 92
Ritmo ou velocidade
de comunicação, 92
Tempo e afinação, 92
Toque, 93
Silêncio, 93
Aceitação, dignidade e respeito
na comunicação, 93
Barreiras na comunicação, 94
Deficiência auditiva, 95
Afasia, 95
Demência, 95
Diferenças culturais, 96
Habilidades e técnicas, 97
Informação, 97
Questionamento direto, 97
Perguntas abertas, 97
Confrontação, 97
Comunicação com familiares
e visitantes, 97
Comunicando as más notícias, 98
Conversas difíceis, 98
Melhorando a comunicação
entre pacientes idosos e médicos, 99
Comunicando-se com médicos, 99
Educação em saúde, 99
C0200.indd xviC0200.indd xvi 12/03/13 4:50 PM12/03/13 4:50 PM
SUMÁRIO xvii
6 Manutenção do Balanço Hídrico
e Atendimento das Necessidades Nutricionais
do Idoso, 102
Nutrição e envelhecimento, 102
Consumo calórico, 102
Nutrientes, 103
Água, 109
Desnutrição e os idosos, 110
Fatores que afetam a nutrição
em idosos, 110
Aspectos sociais e culturais
da nutrição, 112
Processo de enfermagem
para o risco de aspiração, 126
7 Medicações e Idosos, 131
Riscos relacionados aos métodos usados para
testar medicamentos, 131
Riscos relacionados às mudanças fisiológicas
do envelhecimento, 132
Farmacocinética, 132
Farmacodinâmica, 133
Critérios de beers para uso de medicação
potencialmente inapropriada em idosos, 134
Riscos relacionados com mudanças cognitivas e
sensoriais, 134
Riscos relacionados a conhecimento inadequado,
137
Riscos relacionados a fatores financeiros, 140
Administração de medicação
em uma instituição, 140
Investigação clínica de enfermagem
e medicação, 140
Medicações e plano de cuidados
de enfermagem, 142
Intervenções de enfermagem
relacionadas à administração
da medicação, 142
Direitos do paciente e medicação, 146
Automedicação e idosos, 146
Em uma instituição, 146
Em casa, 147
Ensinando idosos sobre medicamentos, 147
Segurança e problemas de não adesão
terapêutica, 148
8 Avaliação da Saúde dos Idosos, 151
Rastreio de saúde, 151
Avaliações de saúde, 151
Anamnese de idosos, 152
Preparando o espaço físico, 152
Estabelecendo vínculo, 152
Estruturando a anamnese, 153
Obtendo o histórico clínico, 154
Exame físico dos idosos, 154
Inspeção, 155
Palpação, 155
Ausculta, 156
Percussão, 156
Avaliando os sinais vitais nos idosos, 156
Temperatura, 156
Pulso, 156
Respiração, 157
Pressão arterial, 157
Avaliação dos sentidos nos idosos, 161
Avaliações cognitiva e psicossocial dos idosos, 161
Avaliações especiais, 162
Avaliação das alterações nas condições
do idoso, 163
Acrônimo spices, 163
Acrônimo conheppas, 163
9 Atendendo às Necessidades
de Segurança dos Idosos, 167
Fatores de risco intrínsecos, 167
Quedas, 168
Fatores de risco extrínsecos, 169
Riscos de incêndio, 169
Segurança em casa, 170
Acidentes com automóveis, 170
Perigos térmicos, 172
Resumo, 174
UNIDADE III CUIDADOS PSICOSSOCIAIS
DOS IDOSOS
10 Cognição e Percepção, 180
Funcionamento cognitivo-perceptivo normal, 180
Cognição e inteligência, 181
Cognição e linguagem, 181
11 Autopercepção e Autoconceito, 200
Autopercepção e autoconceito normais, 200
Autopercepção/autoconceito e envelhecimento, 202
Depressão e envelhecimento, 203
Suicídio e envelhecimento, 203
12 Papéis e Relacionamentos, 214
Papéis e relacionamentos normais, 214
Papéis, relacionamentos e envelhecimento, 215
13 Enfrentamento e Estresse, 224
Estresse e enfrentamento normais, 224
Sinais físicos do estresse, 224
Sinais cognitivos do estresse, 225
Estresse e doenças, 227
Estresse e eventos cotidianos, 227
Redução do estresse e estratégias
de enfrentamento, 227
14 Valores e Crenças, 234
Valores e crenças comuns em idosos, 236
Valores econômicos, 237
Valores interpessoais, 237
Valores culturais, 237
Valores espirituais ou religiosos, 237
15 Cuidados no Final da Vida, 243
Morte nas culturas ocidentais, 243
Atitudes em relação ao planejamento no final da
vida, 243
Diretrizes antecipadas, 244
C0200.indd xviiC0200.indd xvii 12/03/13 4:50 PM12/03/13 4:50 PM
xviii SUMÁRIO
Atitudes dos profissionais de saúde
em relação ao final da vida, 245
Esclarecimento dos valores relacionados à morte
e aos cuidados no final da vida, 245
O que é uma “boa” morte, 246
Onde as pessoas morrem, 246
Cuidados paliativos, 247
Avaliação e intervenções multidisciplinares
nos cuidados ao final da vida, 247
Comunicação no final da vida, 247
Perspectivas, avaliações
e intervenções psicossociais, 248
Perspectivas culturais, 248
Comunicação sobre a morte, 248
Processo de tomada de decisões, 249
Considerações espirituais, 249
Depressão, ansiedade e medo, 250
Alterações, avaliações e intervenções
fisiológicas, 250
Dor, 250
Fadiga e sonolência, 252
Alterações cardiovasculares, 252
Alterações respiratórias, 253
Alterações gastrointestinais, 253
Alterações urinárias, 254
Alterações de pele, 254
Alterações nos sentidos, 254
Alterações na cognição, 255
Morte, 255
Arranjos para o funeral, 256
Luto, 256
16 Sexualidade e Envelhecimento, 259
Fatores que afetam a sexualidade dos idosos, 259
Mudanças normais nas mulheres, 259
Disfunção erétil em homens, 260
Doença e diminuição da função sexual, 260
Álcool e medicamentos, 260
Perda de um parceiro sexual, 260
Casamento e idosos, 261
Cuidadores e a sexualidade dos idosos, 261
Saúde sexual e orientação sexual, 261
Privacidade e direitos pessoais de idosos, 262
UNIDADE IV O CUIDADO FÍSICO DO IDOSO
17 Cuidados com o Envelhecimento
da Pele e das Membranas da Mucosa, 266
Alterações na pele, cabelos e unhas relacionadas
à idade, 266
A cor da pele, 267
Pele seca, 267
Exantema e irritação, 268
Pigmentação, 268
Integridade do tecido, 268
Úlceras por pressão, 269
Quantidade, distribuição, aparência
e consistência dos cabelos, 271
Alterações nas membranas da mucosa oral
relacionadas à idade, 279
Cáries dentárias, 279
Doença periodontal, 279
Dor, 279
Dentadura, 279
Boca seca, 280
Leucoplasia, 280
Câncer, 280
Desordens causadas por deficiência
de vitaminas, 280
Superinfecções, 280
Problemas relacionados ao álcool
e ao tabaco, 281
Problemas causados por condições
neurológicas, 281
18 Eliminação, 286
Padrões normais de eliminação, 286
Eliminação e envelhecimento, 286
Constipação, 286
Impactação intestinal, 288
Diarreia, 291
Incontinência intestinal, 292
Retenção urinária, 293
Infecção do trato urinário, 294
Incontinência urinária, 294
19 Atividade e Exercício, 302
Padrões normais de atividade, 302
Atividade e envelhecimento, 303
Recomendações de exercício
para os idosos, 303
Efeitos dos processos patológicos
sobre a atividade, 305
Reabilitação, 324
20 Sono e Repouso, 328
Padrão saudável de sono
e repouso, 328
Sono e repouso normais, 328
Sono e envelhecimento, 329
Distúrbios do sono, 329
Apêndice A Valores de Exames Laboratoriais
para Idosos, 337
Apêndice B A Escala de Depressão Geriátrica
(EDG), 341
Apêndice C Informações Nutricionais
para Idosos, 343
Apêndice D Recursos para Idosos, 345
Bibliografia e Referências para o Leitor, 347
Glossário, 358
Créditos de Ilustração, 363
Índice, 365
Guia de Estudo, 379
Respostas para as Questões
de Revisão, 397
C0200.indd xviiiC0200.indd xviii 12/03/13 4:50 PM12/03/13 4:50 PM
capítulo
131
7
Objetivos
1. Identificar os fatores que aumentam o risco
de problemas relacionados a medicações.
2. Discutir as razões pelas quais cada um desses fatores
aumenta o risco para a saúde do idoso.
3. Descrever como a farmacocinética é alterada
com o envelhecimento.
4. Descrever as mudanças na farmacodinâmica observadas
no idoso.
5. Identificar a importância dos critérios de Beers.
6. Explicar as precauções específicas necessárias
ao administrar medicação em idosos
em uma instituição.
7. Identificar os riscos relacionados ao envelhecimento
e as observações da enfermagem pertinentes
a categorias específicas de medicamentos.
8. Discutir como as medicações se encaixam no plano
de cuidados da enfermagem.
9. Descrever as intervenções específicas de enfermagem e
as modificações na técnica relacionadas à administração
de medicação em idosos.
10. Descrever os direitos do idoso assim como ele
se relaciona com a administração da medicação.
11. Identificar a informação que deve ser fornecida
para o idoso no que tange à medicação.
12. Discutir o impacto das mudanças relacionadas
ao envelhecimento na autoadministração
de medicação.
13. Descrever as intervenções de enfermagem que podem
reduzir os problemas relacionados à autoadministração
da medicação em casa.
Medicações e Idosos
Palavras-Chave
absorção
distribuição
excreção
farmacocinética
farmacogeriatria
meia-vida
metabolismo
polifarmácia
Os problemas relacionados às medicações são comuns em
idosos, e eles são caros em termos de tempo e dinheiro. Me-
dicações podem alterar a capacidade do idoso de realizar
as funções normais, podem levar a alterações de compor-
tamento e podem ser arriscadas para sua vida. Reações ad-
versas são mais comuns em idosos. Os estudos revelaram
que 17% das hospitalizações de idosos com idade superior
a 66 anos foram relatadas apresentando reações adversas a
medicamentos. Além disso, uma em cada três pessoas
idosas está propensa a desenvolver complicações iatro-
gênicas (relacionadas ao tratamento) secundárias à me-
dicação tomada durante a estadia no hospital. As reações
adversas à medicação também foram relacionadas ao
aumento do risco de quedas e de acidentes automobilís-
ticos. Os estudos mostram que as hospitalizações resul-
tantes custam aos idosos e aos contribuintes bilhões de
dólares a cada ano.
As estimativas indicam que, para um idoso de 65 anos, a
média é tomar três ou mais medicações prescritas por dia.
Além disso, a média de medicamentos isentos de prescrição
(MIP) é de três ou quatro. O custo desses medicamentos
excede US$ 3 bilhões por ano. Os estudos mostraram que
40% de todos os medicamentos prescritos são destinados
a idosos com mais de 65 anos. Muitos idosos preferem
tentar a automedicação com MIP antes de consultar um
médico. Os estudos mostram que os idosos compram 40%
dos MIPs vendidos e que 90% desse grupo usa MIPs pelo
menos ocasionalmente.
Considerando esses números, não é surpreendente
que o uso, mau uso e abuso de medicações represente
ameaças sérias para essa população. Medicações são subs-
tâncias potentes. Para cada efeito desejado, muitos efeitos
colaterais e adversos normalmente ocorrem. Embora os
medicamentos sejam frequentemente úteis ou necessários
para a manutenção da vida, representam riscos para pes-
soas de todas as idades, e os idosos estão em risco maior
que a população mais nova (Quadro 7-1).
RISCOS RELACIONADOS AOS MÉTODOS USADOS
PARA TESTAR MEDICAMENTOS
Em geral, a metodologia usada para testar medicamentos
e estabelecer doses terapêuticas não leva em considera-
ção as características únicas dos idosos. Muitos testes
de medicamentos são realizados em homens adultos e
saudáveis. Devido ao fato dos idosos normalmente terem
algumas mudanças nas funções corporais e serem mais
propensos a sofrer de pelo menos uma doença, eles não
são fisiologicamente como os adultos mais novos. Parece
óbvio esperar que uma mulher de 80 anos com 42,63 kg
com doença cardíaca não reaja da mesma forma que um
C0035.indd 131C0035.indd 131 05/03/13 3:50 PM05/03/13 3:50 PM
132 UNIDADE II Habilidades Básicas para a Enfermagem Gerontológica
homem de 35 anos com 90 Kg. Os medicamentos e as doses
apropriados para um podem não ser para outro. Nenhum
profissional da área médica pensaria em dar uma dose de
adulto para uma criança, mas a mesma consideração nem
sempre é dada para a situação única observada nos idosos.
A farmacogeriatria, o estudo de quanto o idoso responde à
medicação, é uma área nova, mas em crescimento. Até que
todos os médicos reconheçam a singularidade dos idosos e
modifiquem o tratamento de acordo, a superdosagem vai
continuar a acontecer.
RISCOS RELACIONADOS ÀS MUDANÇAS
FISIOLÓGICAS DO ENVELHECIMENTO
As pessoas não vivenciam as mudanças fisiológicas rela-
cionadas à idade na mesma intensidade. Quando se consi-
dera a resposta dos idosos à medicação, é mais importante
considerar a idade fisiológica que a cronológica. Quanto
mais mudanças fisiológicas vivenciadas, maior o risco
de resposta alterada à medicação. Mesmo as mudanças
fisiológicas mais comuns do envelhecimento podem ter
um efeito significante na farmacocinética e na farmacodi-
nâmica (Tabela 7-1).
FARMACOCINÉTICA
A farmacocinética é o estudo das ações do medicamento
no corpo, o que inclui absorção, distribuição, metabolismo
e excreção.
Absorção dos Medicamentos
Muitos medicamentos são tomados oralmente e são absor-
vidos através do trato gastrointestinal. A secreção ácida
gástrica diminui com a idade, resultando em pH gástrico
aumentado. Quando a concentração de ácido é menor
que a normal, a absorção do medicamento é reduzida.
A acidez diminuída também afeta a quebra de cápsulas
e tabletes no estômago, resultando em taxas variáveis
de absorção dependendo da forma que o medicamento
é fabricado.
Motilidade gástrica diminuída e taxa diminuída de
esvaziamento do estômago são comuns com o envelheci-
mento. Isso pode aumentar o tempo de contato da medica-
ção com a mucosa gástrica e levar a absorção aumentada.
Peristaltismo diminuído também pode afetar a velocidade
com que cada medicação chega ao intestino. Pode levar
mais tempo para um medicamento chegar ao local de
absorção; portanto, sua ação seria retardada. Mudanças
na capacidade das células do trato gastrointestinal de ab-
sorver e transportar o medicamento também influenciam
na absorção. Se a medicação não é captada eficazmente
através da membrana celular, a quantidade de absorção
será diminuída.
Distribuição dos Medicamentos
Comumente, há uma diminuição da massa corporal,
massa magra corporal e água total do corpo, e aumento
na gordura corporal total, com o envelhecimento. Essas
mudanças podem alterar significativamente a distribuição
dos medicamentos. Como há redução da água corporal
total, fármacos solúveis em água, como gentamicina,
bloqueadores de receptor de histamina e lítio, tendem a
permanecer em altas concentrações na corrente sanguínea.
Isso resulta em concentrações sanguíneas aumentadas de
medicamentos solúveis em água.
Como a massa muscular diminui e a porcentagem do
tecido adiposo aumenta, fármacos solúveis em gordura,
como o fenobarbital e os benzodiazepínicos, ficam depo-
sitados no tecido gorduroso, resultando em níveis sanguí-
neos anormalmente baixos. Se a dosagem é aumentada
baseada nesses níveis sanguíneos, uma concentração exces-
siva pode ser administrada. Como os medicamentos so-
lúveis em gordura continuam sendo liberados lentamente
da gordura para a corrente sanguínea, os idosos podem
exibir efeitos retardados e cumulativos. A meia-vida de
uma única dose de diazepam, que em um adulto jovem é
de 36 horas, pode se estender para até 100 horas em um
indivíduo idoso.
Uma diminuição na hemoglobina e na proteína plas-
mática albumina é comum com o envelhecimento. Isso
resulta em poucos locais disponíveis para medicamentos
que se ligam a proteína, tais como warfarina, fenitoína,
teofilina, salicilato e tolbutamida. O perigo de reações ad-
versas ou tóxicas é alto, mesmo em doses menores, pois
um agente ativo, mas não ligado, ainda está na circulação
sanguínea. O risco de toxicidade é maior em idosos des-
nutridos. Pessoas com idade avançada que consomem
muito carboidrato e pouca proteína são mais propensas a
desenvolver toxicidade do que uma pessoa com uma dieta
balanceada. Como nem todos os exames de medicamentos
sanguíneos conseguem distinguir entre medicações ligadas
Quadro 7-1
Fatores que Aumentam o Risco
de Problemas Relacionados
à Medicação
• Metodologia usada em estudos com medicação para libe-
ração de seu uso.
• Mudanças fisiológicas relacionadas ao envelhecimento.
• Uso de múltiplas medicações.
• Mudanças cognitivas e sensoriais.
• Déficit de conhecimento.
• Preocupações financeiras.
Tabela 7-1 Fatores que Afetam a Resposta à Medicação
em Idosos
EFEITO CAUSA
Absorção
do medicamento
diminuída
Ácido hipoclórico diminuído;
motilidade gastrointestinal
alterada
Distribuição
do medicamento
alterada
Armazenamento de medicamentos
solúveis em gordura no
tecido adiposo; albumina
sérica diminuída para ligação
dos medicamentos
Metabolismo
do medicamento
alterado
Atividade enzimática diminuída
no fígado
Excreção
do medicamento
alterada
Fluxo renal diminuído; taxa
de filtração glomerular diminuída;
número diminuído da função
dos túbulos renais
C0035.indd 132C0035.indd 132 05/03/13 3:50 PM05/03/13 3:50 PM
Medicações e Idosos CAPÍTULO 7 133
e não ligadas, esses exames podem não fornecer medições
tóxicas confiáveis.
Metabolismo dos Medicamentos
O fígado é o local primário do metabolismo dos medica-
mentos. O envelhecimento frequentemente resulta em
atividade diminuída das células hepáticas, diminuição
das enzimas metabólicas e débito cardíaco diminuído,
o que resulta em fluxo sanguíneo reduzido para o fíga-
do. Aos 65 anos, o fígado tem apenas 55% a 65% da per-
fusão de um adulto jovem. Essa redução na perfusão
diminui a eficácia do fígado em metabolizar medica-
mentos. Quando os fármacos não são metabolizados
eficazmente pelo fígado do idoso, o risco de toxicidade
aumenta. A toxicidade é sempre uma preocupação em
relação aos medicamentos frequentemente prescritos
para os idosos, entre eles, digoxina, -bloqueadores,
bloqueadores de canal de cálcio e antidepressivos
tricíclicos.
Excreção dos Medicamentos
Os rins de idosos são significativamente menos eficazes
em remover produtos do metabolismo, incluindo os sub-
produtos dos medicamentos. Com os rins tornando-se
menos eficazes na excreção de medicamentos, mais
medicamentos permanecem na circulação, levando a
níveis elevados de medicamentos e sintomas de toxici-
dade. As mudanças na circulação que reduzem o fluxo
sanguíneo para os rins resultam em acumulação de me-
dicamentos na corrente sanguínea e aumentam o risco de
toxicidade.
Como as mudanças na função renal são acompanha-
das por mudanças na massa magra corporal, os níveis de
creatinina sérica frequentemente permanecem constantes,
mascarando a diminuição na função. Quando os riscos
para toxicidade são avaliados, exames de depuração da
creatinina fornecem uma medida mais eficaz da função
renal do que a medida da creatinina sérica.
Medicações como aminoglicosídeos, digoxina, lítio,
procainamida e cimetidina têm possibilidade de alcançar
níveis tóxicos devido a excreção renal prejudicada. Subs-
tâncias não prescritas como álcool e nicotina também po-
dem afetar a função renal e causar mudanças na eliminação
de medicamentos em idosos.
FARMACODINÂMICA
As respostas a medicamentos são menos previsíveis em
idosos. Mudanças patológicas no órgão-alvo podem afe-
tar a resposta aos medicamentos. Os locais do receptor
nos órgãos-alvo podem responder com mais ou menos
sensibilidade ao medicamento. Os receptores podem res-
ponder normalmente a algumas medicações, mas não a
outras. Os receptores frequentemente podem ser mais
sensíveis aos medicamentos, colocando os idosos em risco
aumentado de reações tóxicas. Receptores cerebrais são
particularmente sensíveis, ocasionando uma forte res-
posta da maioria dos idosos à medicação psicotrópica.
Quando os locais do receptor são menos sensíveis, o in-
divíduo pode precisar de doses maiores que o normal para
atingir os efeitos terapêuticos. Se os locais dos receptores
no miocárdio são afetados, os idosos podem precisar de
doses mais altas de medicamentos como propranolol e
lidocaína. A administração dessas doses maiores aumenta
o risco de toxicidade.
Polifarmácia
Polifarmácia, ou seja, a prescrição, administração ou uso
de mais medicação do que é clinicamente indicado, é um
problema comum nos idosos (Fig. 7-1). De acordo com
muitos estudos, os idosos ingerem um número de medi-
camentos muito maior que as pessoas mais novas. Uma
pesquisa recente revelou que um idoso-padrão em ins-
tituição toma 7,5 medicações. Aproximadamente 10% dos
que vivem independentemente tomam 12 medicamentos
prescritos. Esse número não inclui os MIPs, que podem
ser tomados com ou sem recomendação ou conhecimento
do médico. É estimado que os idosos compram 40% das
medicações não prescritas. Quanto mais medicamentos
tomados, maior o risco de reações indesejáveis, intera-
ção de medicamentos e toxicidade dos medicamentos.
A interação dos medicamentos e a toxicidade em idosos
costumam resultar em alterações cognitivas e no com-
portamento que são frequentemente confundidas com
demência.
Muitos fatores contribuem para o aumento do uso
de medicações entre os idosos, incluindo um aumento
da probabilidade de múltiplas doenças agudas ou crô-
nicas, disponibilidade aumentada de uma variedade
de prescrições e MIPs, mudanças nas expectativas dos
pacientes, e mudanças no sistema de prestação de tra-
tamento.
Medicamentos mais novos, melhores e mais potentes
são desenvolvidos todos os dias. Condições médicas de
FIGURA 7-1 O uso concomitante de muitas medicações prescritas
pode levar o idoso à polifarmácia.
C0035.indd 133C0035.indd 133 05/03/13 3:50 PM05/03/13 3:50 PM
134 UNIDADE II Habilidades Básicas para a Enfermagem Gerontológica
idosos que foram antes consideradas intratáveis, hoje são
tratadas rotineiramente usando-se medicamentos. Como
os idosos tendem a ter mais queixas físicas ou doenças que
indivíduos mais novos, o uso de medicamentos aumenta
exponencialmente.
Os idosos procuram intervenção médica por muitos
motivos. Alguns vivem com seus problemas e só procuram
intervenção médica quando estão muito preocupados.
Quando a pessoa procura orientação médica, sua con-
dição pode ter se deteriorado seriamente, precisando de
prescrição de múltiplos medicamentos. Outros idosos
fazem visitas frequentes aos médicos para garantir que
não há nada de grave com eles. Em vez de gastar o tempo
necessário para tranquilizar o idoso, alguns médicos en-
tregam uma prescrição como forma de encerrar a visita.
Infelizmente, essa péssima prática médica ocorre com
frequência e pode resultar em idosos tomando medicação
desnecessária.
Além disso, outros idosos esperam que seus médicos
sejam capazes de eliminar todos os seus problemas e doen-
ças com remédios. Cada programa de televisão, artigo
de revista ou recomendação de um amigo exaltando os
benefícios de um novo medicamento direcionam alguns
idosos ao consultório de seus médicos para pedir, ou até
mesmo exigir, o novo medicamento. Eles esperam que o
médico forneça medicamentos para atenuar sua doença
e frequentemente acham que o médico não está fazendo
nada por eles a menos que alguma medicação seja pres-
crita. Alguns idosos até vão de médico em médico até
que achem um que lhes dê o que eles querem. Sob essa
pressão, alguns médicos prescrevem medicações que não
prescreveriam usualmente.
As mudanças na prestação de cuidados com a saúde,
particularmente o aumento da especialização médica,
têm contribuído para os problemas relacionados à medi-
cação. É crescentemente comum para um idoso ter três
ou mais médicos fornecendo tratamento. Quando mais de
um médico prescreve medicamentos, o risco de reações
a medicações e de supermedicação aumenta dramatica-
mente. Se o médico desconhece quais medicamentos o
paciente já está tomando, ele não poderá considerar esses
fármacos quando determinar a segurança da próxima
prescrição. Todos os médicos que fornecem tratamento
para um idoso devem estar atentos a todas as medicações
que esse idoso está tomando, independente de quem as
prescreveu.
Situação Clínica
Efeitos Colaterais da Medicação
Um paciente que estava tomando timolol colírio prescrito por um
oftalmologista para tratar um glaucoma começou a sentir dor nas
articulações. Não vendo nenhuma conexão entre seus problemas
no olho e suas dores nas articulações, procurou um reumatologista.
Felizmente, o reumatologista perguntou ao paciente se ele estava
tomando algum outro medicamento. Quando o timolol foi identi-
ficado, o reumatologista reconheceu a possibilidade de problema
induzido por medicamento e contatou o oftalmologista, que então
mudou a medicação. A dor nas articulações desapareceu sem
intervenção médica adicional.
CRITÉRIOS DE BEERS PARA USO DE MEDICAÇÃO
POTENCIALMENTE INAPROPRIADA EM IDOSOS
O fato de que os idosos respondem diferentemente às
várias medicações quando comparados com os adultos
mais novos já foi reconhecido há algum tempo. Até recen-
temente, não existiam diretrizes específicas para ajudar
o médico na seleção da medicação menos provável de
causar reações adversas. Em 1991, os critérios de Beers,
uma lista dos medicamentos que deveriam ser evitados
pelos idosos, foram desenvolvidos. Essa lista foi melhorada
e expandida em 1997, e novamente em 2002. Duas listas
separadas existem. A Parte I identifica as medicações mais
bem evitadas pelos idosos independentemente do diagnós-
tico ou condição (Tabela 7-2). AParte II usa os diagnósticos
ou as condições como consideração primária (Tabela 7-3).
Nos Estados Unidos, os sistemas de saúde desenvolveram
regulamentos para os locais especializados em atendimen-
to de enfermagem que são baseados nos critérios de Beers.
Instalações de cuidados especializados são requeridas para
ter protocolos que garantam que a prescrição médica está
em observância. Penalizações são emitidas para os es-
tabelecimentos que falham em seguir as recomendações.
Para proteger o idoso, os médicos e os outros profissio-
nais que têm autoridade legal para prescrever medicações
devem lembrar-se de seis diretrizes básicas: (1) começar
com dose baixa e aumentar devagar, (2) começar com
um medicamento e interromper dois, (3) não usar um
medicamento se o efeito adverso for pior que a doença,
(4) usar a menor quantidade de medicamentos e recorrer
a abordagens não farmacológicas sempre que possível,
(5) frequentemente avaliar a resposta do paciente, e
(6) considerar a interrupção dos medicamentos desneces-
sários.
RISCOS RELACIONADOS COM MUDANÇAS
COGNITIVAS E SENSORIAIS
Alterações cognitivas e sensoriais aumentam os riscos de
erros de medicação em idosos. Os problemas cognitivos
se apresentam de várias formas, o que inclui falta de ha-
bilidade com a leitura necessária de rótulos e orientações,
inabilidade de entender e obedecer orientações, e inabili-
dade de fazer julgamentos corretos sobre a medicação. Em
vários casos de comprometimento cognitivo, os indivíduos
idosos podem nem mesmo reconhecer que precisam tomar
medicação. Se eles tentarem tomar a medicação, erros sé-
rios e potencialmente lesivos podem ocorrer. Idosos com
problemas cognitivos não devem ser responsáveis por sua
própria medicação, mas devem ser supervisionados por
um membro da família ou enfermeiro.
Alterações sensoriais, particularmente visuais, e, em
uma menor extensão, alterações na audição representam
problemas para os idosos. Quando as mudanças na visão
impedem ou dificultam a leitura do rótulo do medicamento
pelo idoso ou sua capacidade de reconhecer os diferentes
tamanhos, formas e cores dos vários remédios, podem sur-
gir sérios problemas. Por não serem capazes de ler a pres-
crição médica e as orientações, muitos idosos tomam suas
medicações sem nenhum critério, sem seguir a prescrição,
frequentemente tomando a medicação errada no horário
C0035.indd 134C0035.indd 134 05/03/13 3:50 PM05/03/13 3:50 PM
Medicações e Idosos CAPÍTULO 7 135
(Continua)
Tabela 7-2 Critérios de 2002 para Uso de Medicações Potencialmente Inapropriadas em Idosos: Independente de Diagnóstico
ou Condições−Critérios de Beers
MEDICAMENTO PREOCUPAÇÃO
GRAVIDADE
(ALTA OU
BAIXA)
Propoxifeno (Darvon®
) e produtos
de combinação (Darvon com ASA®
,
Darvon-N®
e Darvocet-N®
)*
Oferece pouca vantagem analgésica sobre o acetaminofeno,
ainda tem efeitos adversos de outro medicamento narcótico.
Baixa
Indometacina (Indocin®
ou Indocin SR®
) De todos os medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais
disponíveis, esse medicamento produz o maior efeito adverso
no SNC.
Alta
Pentazocina (Talwin®
) Analgésico narcótico que causa mais efeitos adversos no SNC,
incluindo confusão e alucinação, mais comumente que outras
medicações narcóticas. Além disso, é misturado agonista
e antagonista.
Alta
Trimetobenzamida (Tigan®
) Uma das medicações antieméticas menos eficazes, ainda pode
causar efeitos adversos extrapiramidais.
Alta
Relaxantes musculares e antiespasmódicos:
metocarbamol (Robaxin®
), carisoprodol
(Soma®
), clorzoxazona (Paralon®
), metaxalona
(Skelaxin®
), ciclobenzaprina (Miosan®
)
e oxibutinina (Ditropan®
). Não considerar
o Ditropan XL®
liberação estendida.
A maioria dos medicamentes relaxantes musculares
e antiespasmódicos é pouco tolerada por idosos, uma vez
que causam efeitos adversos anticolinérgicos, sedação
e fraqueza. Além disso, sua eficácia em doses toleradas
por pacientes idosos é questionável.
Alta
Flurazepam (Dalmadorme®
) Esse benzodiazepínico hipnótico tem uma meia-vida extremamente
longa em idosos (vários dias), produzindo sedação prolongada
e aumentando a incidência de quedas e fraturas. Os
benzodiazepínicos de média e curta ações são preferíveis.
Alta
Amitriptilina (Elavil®
), clordiazepóxido-amitriptilina
(Limbitrol®
) e ferfenazina-amitriptilina (Triavil®
)
Devido às suas propriedades anticolinérgicas e sedativas,
a amitriptilina é raramente o antidepressivo de escolha
para pacientes idosos.
Alta
Doxepina (Sinequan®
) Devido às suas propriedades anticolinérgicas e sedativas, a doxepina
é raramente o antidepressivo de escolha para pacientes idosos.
Alta
Meprobamato (Miltown®
e Equanil®
) Esse é um ansiolítico altamente ativo e sedativo. Os usuários
de meprobamato por períodos prolongados podem tornar-se
dependentes e pode ser necessário suspender lentamente.
Alta
Doses de benzodiazepínicos de curta ação:
doses maiores de lorazepam (Ativan®
),
3mg; oxazepam (Serax®
), 60mg; alprazolam
(Xanax®
), 2mg; temazepam (Restoril®
),
15mg; e triazolam (Halcion®
), 0,25 mg
Devido à sensibilidade aumentada a benzodiazepínicos
dos pacientes idosos, doses menores podem ser eficazes
assim como mais seguras. A dose total diária raramente deve
exceder o máximo sugerido.
Alta
Doses de benzodiazepínicos de longa
ação: clordiazepóxido (Librium®
),
clordiazepóxido-amitriptilina (Limbitrol®
),
clidiniumclordiazepóxido (Librax®
), diazepam
(Valium®
), quazepam (Doral®
), halazepam
(Paxipam®
) e clorazepate (Tranxeno®
)
Esses medicamentos têm uma meia-vida longa em pacientes
idosos (frequentemente, vários dias), produzindo sedação
prolongada e aumento do risco de quedas e fraturas. Os
benzodiazepínicos de ação curta ou intermediária são
preferíveis se benzodiazepínicos forem necessários.
Alta
Disopiramida (Norpace®
ou Norpace CR®
) De todas as medicações antiarrítmicas, essa é o inotrópico
negativo mais potente e, portanto, pode induzir falência
cardíaca em idosos. Também é fortemente anticolinérgico.
Outra medicação antiarrítmica deve ser usada.
Alta
Digoxina (Lanoxina®
) (não deve exceder mais
de 0,125 mg/dia, exceto quando tratando
arritmias)
Remoção renal diminuída pode levar a risco aumentado
de efeitos tóxicos.
Baixa
Dipiridamol (Persantine®
) de curta ação. Não se
deve considerar o dipiridamol de longa ação
(que tem melhores propriedades que o de
curta ação em idosos), exceto em pacientes
com válvulas cardíacas artificiais.
Pode causar hipotensão ortostática. Baixa
C0035.indd 135C0035.indd 135 05/03/13 3:50 PM05/03/13 3:50 PM
136 UNIDADE II Habilidades Básicas para a Enfermagem Gerontológica
Tabela 7-2 Critérios de 2002 para Uso de Medicações Potencialmente Inapropriadas em Idosos: Independente de Diagnóstico
ou Condições−Critérios de Beers—cont.
MEDICAMENTO PREOCUPAÇÃO
GRAVIDADE
(ALTA OU
BAIXA)
Metildopa (Aldomet®
) e
metildopa-hidroclorotiazida (Aldoril®
)
Pode causar bradicardia e exacerbar depressão em pacientes
idosos.
Alta
Reserpina em doses>0,25 mg Pode induzir depressão, impotência, sedação e hipotensão
ortostática.
Baixa
Clorpropramida (Diabinese®
) Tem uma meia-vida prolongada em pacientes idosos e pode
causar hipoglicemia prolongada. Além disso, é o único agente
hipoglicemiante oral que causa SIADH.
Alta
Medicamentos antiespasmódicos
gastrointestinais: diciclomina (Bentyl®
),
hiosciamina (Levsin ou Levsinex®
),
propantelina (Pró-Bantine®
) beladona
alcaloides (Donatal®
e outros) e
clidinium-clordiazepóxido (Librax®
)
Medicamentos antiespasmódicos do GI são altamente
anticolinérgicos e têm eficácia incerta. Essas medicações
devem ser evitadas (especialmente o uso de longa duração).
Alta
Anticolinérgicos e anti-histamínicos:
clorfeniramina (Clor-Trimetom®
), difenidramina
(Benadril®
), hidroxizina (Vistaril®
ou Atarax®
),
ciproeptadina (Periactina®
), prometazina
(Fenergam®
), tripelenamina, dexclorfeniramina
(Polaramine®
)
Todos os anti-histamínicos não prescritos e muitos
dos prescritos podem ter propriedades anticolinérgicas
potentes. Os anti-histamínicos não anticolinérgicos
são os preferidos em pacientes idosos quando se trata
de reações alérgicas.
Alta
Difenidramina (Benadril®
) Pode causar confusão e sedação. Não deve ser usado
como hipnótico; e, quando usado para tratar emergências
de reações alérgicas, deve ser dado na menor dose possível.
Alta
Ergot mesiloide (Hydergine®
) e ciclandelato
(Ciclospasmol®
)
Não foi demonstrado tendo eficácia nas doses estudadas. Baixa
Sulfato ferroso>325 mg/dia Doses>325 mg/dia não aumentam consistentemente
a quantidade absorvida, mas aumentam bastante a incidência
de constipação.
Baixa
Todos os barbitúricos (exceto fenobarbital),
exceto quando usados no controle
de convulsões
São altamente viciantes e causam mais efeitos adversos
que a maioria dos medicamentos sedativos ou hipnóticos
em pacientes idosos.
Alta
Meperidina (Demerol®
) Não é um analgésico oral eficaz nas doses usadas normalmente.
Pode causar confusão e tem muitas desvantagens em relação
a outras medicações narcóticas.
Alta
Ticlopidina (Ticlid®
) Tem sido mostrado não sendo melhor que a aspirina
na prevenção de coágulo e pode ser consideravelmente mais
tóxico. Existem alternativas mais seguras e eficazes.
Alta
Cetorolaco (Toradol®
) O uso imediato e de duração longa deve ser evitado em idosos,
uma vez que muitos destes têm uma condição patológica
assintomática no GI.
Alta
Anfetaminas e agentes anoréxicos Essas medicações têm potencial para causar dependência,
hipertensão, angina e infarto do miocárdio.
Alta
Dose inteira com uso de longa duração,
meia-vida mais longa, AINES não seletivos
de COX: naproxeno (Naprosin®
, Avaprox®
e Aleve®
), oxaprozina (Dayprol®
) e piroxicam
(Feldene®
)
Têm potencial para produzir sangramento no GI, falência renal,
pressão sanguínea alta e falência cardíaca.
Alta
Fluoxetina diária (Prozac®
) Meia-vida longa da medicação e risco de produzir estimulação
excessiva do SNC, distúrbios do sono e aumento na agitação.
Existem alternativas mais seguras.
Alta
Estimulantes laxativos de uso de longa duração:
bisacodil (Dulcolax®
), cáscara sagrada
e Neoloide, exceto na presença de analgésico
opiáceo
Podem exacerbar disfunção intestinal. Alta
C0035.indd 136C0035.indd 136 05/03/13 3:50 PM05/03/13 3:50 PM
capítulo
151
8
Objetivos
1. Identificar os diferentes níveis de avaliação.
2. Descrever as diferenças entre dados objetivos e
subjetivos.
3. Discutir a importância da avaliação global.
4. Descrever os métodos apropriados para estruturação e
condução da anamnese.
5. Identificar as abordagens que facilitam a realização
de um bom exame físico no idoso.
6. Discutir as modificações utilizadas ao preparar um idoso
para o exame físico.
7. Descrever as técnicas utilizadas para realização
do exame físico.
8. Explicar as adaptações utilizadas na avaliação dos sinais
vitais dos idosos.
9. Discutir o significado do Conjunto de Dados Mínimo
(Minimum Data Set) como ferramenta para avaliação
global de idosos institucionalizados.
Palavras-Chave
avaliação
ausculta
inspeção
palpação
percussão
rastreio
Avaliação da Saúde dos Idosos
A avaliação da saúde dos idosos pode ser realizada de
diversas formas, desde rastreios simples até avaliações
mais complexas. Para realizar uma boa avaliação, os en-
fermeiros e os outros profissionais de saúde devem ter os
conhecimentos e as habilidades necessárias para fazer uma
avaliação correta. Eles devem saber como utilizar as fer-
ramentas e os equipamentos diagnósticos com segurança.
Além disso, eles devem ter conhecimento e sensibilidade
em relação às necessidades e características particulares
dos idosos.
RASTREIO DE SAÚDE
Os rastreios são realizados para identificar quais idosos
necessitam uma avaliação mais detalhada (Tabela 8-1).
Rastreios para hipertensão arterial, problemas auditivos,
problemas nos pés e problemas em atividades diárias são
geralmente realizados nos centros de idosos e nas unidades
de atendimento básico de saúde. Os serviços de triagem
são geralmente organizados por escolas médicas e de en-
fermagem ou por outros grupos de saúde comprometidos
em ajudar idosos com necessidades. Muitos rastreios são
realizados por leigos sob a supervisão de profissionais. Os
rastreios específicos para depressão e risco de suicídio, em-
bora menos frequentes, são recomendados para a popula-
ção idosa. Alguns problemas são mais frequentes em certas
etnias. Rastrear os problemas mais frequentes presentes
em determinadas etnias pode promover identificação e
tratamento precoces.
Os rastreios não têm como objetivo fornecer tratamen-
to; eles servem para identificar os idosos com alterações
significativas e encaminhá-los para o serviço de saúde
mais apropriado (isto é, médico, assistente social, nu-
tricionista ou enfermeiro). Avaliações precoces e encami-
nhamentos adequados ajudam a garantir que os idosos,
que são os que mais necessitam de cuidados, sejam vistos
no momento apropriado. Eles também ajudam a reduzir
a frustração nos idosos e a perda de tempo e recursos.
Dependendo do que está sendo avaliado, os rastreios de
saúde podem ser realizados pessoalmente, por telefone,
por teleconferência ou, menos frequentemente, por pes-
quisas pelo correio.
AVALIAÇÕES DE SAÚDE
As avaliações detalhadas de saúde são demoradas e devem
ser realizadas por profissionais especializados. Os enfer-
meiros realizam avaliações de saúde de idosos na comuni-
dade, em clínicas e em instituições de longa permanência.
As avaliações de saúde incluem a coleta de todos os dados
importantes relacionados à saúde com o uso de diversas
técnicas. Dados são todas as informações que o enfermeiro
reúne sobre um indivíduo. Estas informações são utilizadas
para formular diagnósticos de enfermagem e para planejar
os cuidados ao paciente; assim, é essencial que os dados
coletados sejam precisos e completos. Os dados podem ser
objetivos ou subjetivos.
Dados objetivos são informações que podem ser obti-
das utilizando os sentidos da visão, audição, tato e olfato.
As informações objetivas são coletadas pela observação
direta, exame físico, e exames laboratoriais e de imagem.
Como os dados objetivos são concretos por natureza, todos
os observadores treinados devem relatar achados seme-
lhantes sobre uma pessoa ou sobre seu comportamento
C0040.indd 151C0040.indd 151 05/03/13 4:10 PM05/03/13 4:10 PM
152 UNIDADE II Habilidades Básicas para a Enfermagem Gerontológica
em qualquer momento. Comportamentos como chorar,
mancar e segurar o abdômen podem ser verificados por
qualquer um que observe o paciente. Erosões, lesões de
pele e secreção em feridas também podem ser observadas
por todos. Os dados objetivos podem ser mais precisos e
específicos com o uso de monitores, medidores e outros
equipamentos. Medida da pressão arterial, peso, tamanho
de uma ferida, volume urinário e resultados de exames
laboratoriais são exemplos de dados objetivos específicos.
Sempre que possível, os dados objetivos devem ser rela-
tados com informações específicas, já que dados precisos
aumentam a capacidade do enfermeiro de detectar altera-
ções no estado de saúde de um indivíduo. Por exemplo,
é melhor medir diretamente a temperatura do que tocar
a pele e sentir se ela está quente. Ambas são observações
objetivas; porém, uma é mais precisa que a outra.
Dados subjetivos são informações coletadas do ponto
de vista do idoso. Medo, ansiedade, frustração e dor são
exemplos de informações subjetivas. Os dados subjetivos
são mais bem descritos nas próprias palavras do indivíduo,
tais como: “Eu tenho muito medo do que vai acontecer
comigo aqui” ou “Dói tanto que podia morrer!”
Ao avaliar a saúde de uma pessoa idosa, o enfermeiro
necessita modificar sua abordagem e as técnicas habituais
para torná-las mais adequadas aos idosos*.
ANAMNESE DE IDOSOS
A anamnese realizada na admissão em uma clínica ou em
uma instituição de longa permanência geralmente é pla-
nejada e conduzida formalmente. Em algumas situações,
pode ser espontânea, informal e baseada nas necessidades
imediatas reconhecidas pelo enfermeiro. Antes de iniciar
uma anamnese com um idoso, o enfermeiro deve planejar
estratégias para estabelecer e manter um clima que pro-
mova conforto e confiança. Isto inclui preparar o espaço
físico, estabelecer um vínculo com o paciente e estruturar
o fluxo da anamnese. Durante esta fase de planejamento, o
enfermeiro deve considerar as necessidades particulares
do idoso.
PREPARANDO O ESPAÇO FÍSICO
O local onde a anamnese será realizada deve ser cuidado-
samente escolhido. As distrações devem ser mínimas; sons
de televisão, rádio ou de outros ruídos do ambiente não
devem ser altos o suficiente que possam distrair o idoso ou
interferir na capacidade dele de escutar as palavras e en-
tender as questões. A iluminação deve ser difusa, já que
luzes brilhantes ou muito fortes podem dificultar a visão
do idoso. Os móveis devem ser confortáveis. Privacidade
é muito importante. O ideal é realizar a anamnese em uma
sala em que haja chances mínimas de interrupção. Se tal
local não for disponível, o quarto do paciente pode fornecer
privacidade suficiente — as cortinas e a porta devem ser
fechadas. O quarto deve estar com temperatura agradável
e livre de correntes de ar que possam causar desconforto.
Como muitos idosos apresentam aumento do número de
micções ou urgência miccional, é recomendável levá-lo ao
banheiro ou avisá-lo da disponibilidade de um banheiro
próximo, caso ele precise.
ESTABELECENDO VÍNCULO
É recomendado que a anamnese seja iniciada cumprimen-
tando o paciente e se apresentando. Durante o primeiro
contato, é melhor se referir ao indivíduo usando um tom
mais formal (p. ex., “Sr. José” ou “Sra. Maria”).** O uso ade-
quado da tratativa indica respeito e ajuda a construir um
vínculo. Usar um tom informal sem o consentimento do
indivíduo é presunçoso e muito familiar. Esta familiaridade
é sentida pelo idoso, mesmo que ele não verbalize. Quando
há alguma dúvida sobre a preferência do indivíduo, é
melhor que o enfermeiro pergunte para a pessoa como ela
prefere ser chamada.
Tabela 8-1 Medicina Preventiva: Recomendações
para Rastreamento em Idosos
EXAME RECOMENDAÇÃO
Pressão arterial Em todas as consultas, a cada
1-2 anos (USPSTF)
Exame clínico da mama Anualmente se>40 anos
(USPSTF)
Mamografia A cada 1-2 anos se 50-69 anos
A cada 1-3 anos se 70-85+ anos
(AGS, USPSTF)
Exame pélvico/
Papanicolau
A cada 2-3 anos; após três
exames negativos, pode
diminuir após 65-69 anos (AGS,
USPSTF)
Colesterol A cada 5 anos
Sem dados para>85 anos
Toque retal Anualmente se>40 anos (ACS)
Pesquisa de sangue
oculto nas fezes
Anualmente se>50 anos (ACS)
Retossigmoidoscopia A cada 3-5 anos se>50 anos
(ACS)
Exame de próstata/PSA Anualmente se>50 anos (ACS)
Não é recomendado (USPSTF)
Exames para déficit
auditivo, acuidade
visual, função
tireoidiana, ECG;
glicemia; pesquisa de
glaucoma
Periodicamente (USPSTF)
Exame do coração,
pulmões, linfonodos,
testículos, pele, boca
Anualmente (ACS)
Estado funcional/
mental, pesquisa
de osteoporose,
radiografia de tórax
Conforme necessidade (USPSTF)
ACS, American Cancer Society; AGS, American Geriatrics Society; USPSTF,
United States Preventive Services Task Force
*Nota da Revisão Científica: De um modo geral, pode-se dizer que
os dados subjetivos representam os sintomas, enquanto os dados
objetivos representam os sinais de uma determinada condição.
**Nota da Revisão Científica: Jamais utilize tratativas que infantilizem
o idoso, como “vozinho e vozinha”, do mesmo modo que não se
deve usar diminutivos durante a comunicação (p. ex., “Vamos tomar
um remedinho?”, “O senhor está com fominha?”). Não se deve usar
colocações que despersonalizem o idoso.
C0040.indd 152C0040.indd 152 05/03/13 4:10 PM05/03/13 4:10 PM
Avaliação da Saúde dos Idosos CAPÍTULO 8 153
O enfermeiro deve explicar brevemente os objetivos da
anamnese para que o paciente saiba o que esperar. A ex-
plicação ajuda a diminuir a ansiedade, que pode interferir
no entendimento. O enfermeiro deve orientar quanto ao
tempo estimado para a entrevista, assim como o que irá
acontecer após o término.
O enfermeiro deve focar e falar diretamente com o
idoso que está sendo avaliado (Fig. 8-1). Isto pode parecer
óbvio, mas é frequentemente ignorado na prática. Com
frequência, um familiar mais jovem presente durante a
anamnese responde pelo idoso. Então, a conversa ocorre
entre o enfermeiro e o familiar, enquanto o idoso assiste
passivamente. Um idoso mais assertivo pode levantar
a voz e dizer “Deixe que eu falo por mim!”, enquanto
um idoso mais passivo pode se sentir frustrado e pouco
importante. O enfermeiro deve continuar a direcionar a
conversa para o idoso e, se necessário e com tato, pedir ao
familiar que o idoso responda antes do parente acrescentar
outras informações. Em alguns casos, como quando o idoso
está confuso, não responsivo ou não fala português, será
necessário que o familiar participe mais ativamente para
fornecer informações.
Considerações Culturais
Avaliação e Cultura
Os norte-americanos tendem a abordar os assuntos diretamente.
Isto é considerado inapropriado em muitos países hispânicos e
asiáticos, onde um contato mais social, delicado, e uma conversa
indireta são mais apropriados. Também é culturalmente apropriado
incluir familiares e determinar quem irá responder as questões e
participar no processo de avaliação.
No Brasil, os assuntos devem ser abordados garantindo
a autonomia do idoso, e a família é inserida no proces-
so sobretudo quando o idoso apresenta comprome-
timento cognitivo. Considerando que os idosos que
residem no Brasil são descendentes de muitas culturas
diferentes e muitos deles vieram para o país em perío-
dos de guerra, há que se considerar que os aspectos
culturais devem ser resguardados tanto na anamnese
quanto na execução do exame físico, pois, apesar de
viverem no Brasil há muito tempo, ainda mantêm as
tradições culturais de seus países de origem.
Durante o exame físico, o enfermeiro deve ser cuidadoso para
manter os padrões determinados por cada cultura.
• Em algumas culturas, é desejável que um familiar esteja presente
durante o exame físico. Na maioria dos casos, isto deve ser per-
mitido.
• Os valores culturais devem determinar se o contato físico com
um enfermeiro do sexo oposto é inapropriado. Nestes casos, o
paciente ou a família podem solicitar um enfermeiro do mesmo
sexo do paciente para realizar o exame físico.
Na dúvida, um especialista sobre a cultura específica ou um
texto de referência deve ser consultado.
No Brasil, as instituições de saúde devem manter dis-
poníveis manuais de conduta frente à abordagem de
pacientes de diferentes culturas e religiões, seja no
que se refere à comunicação efetiva para a boa con-
dução da anamnese, seja para a execução do exame
físico e também para a realização dos cuidados de
enfermagem.
O vínculo aumenta ao iniciar a anamnese conversando
sobre os problemas que mais estão preocupando o paciente
e, após, ao focar nestes problemas. Isto ajuda a diminuir a
ansiedade e faz com que o idoso perceba que o enfermeiro
está realmente preocupado com ele. A avaliação deve ini-
ciar com uma visão geral e só depois focar em problemas
específicos.
ESTRUTURANDO A ANAMNESE
É importante reservar tempo suficiente para a anamnese.
Os idosos geralmente têm um histórico de vida longa e
complexa para contar. Lembre-se que a velocidade da
memória e as repostas verbais ficam mais lentas com a
idade. O indivíduo pode se sentir pressionado ou tenso se
a velocidade da anamnese for muito rápida.
O enfermeiro não deve tentar obter todas as informações
em uma única conversa. O esforço envolvido na comunica-
ção pode ser cansativo para o idoso, particularmente para
aqueles com problemas de saúde. É melhor ter algumas
interações breves com duração de até 30minutos cada, do
que uma só conversa longa que deixe o paciente exausto.
Os enfermeiros devem estar alertas para sinais de cansaço
(p. ex., cabeça ou ombros caindo, suspiros, mudança na
expressão facial e irritabilidade), os quais indicam a neces-
sidade de encerrar a anamnese.
Durante a anamnese, diversas técnicas de comunicação
devem ser utilizadas para garantir que o paciente com-
preenda corretamente as informações. Os enfermeiros
devem evitar o uso de termos técnicos e devem utilizar
apenas palavras que os idosos entendam. O enfermeiro
deve falar lenta e claramente, e deve conversar de forma
simples mas sem ser ofensivo aos idosos. O fato de o idoso
precisar de mais tempo não significa que o indivíduo tenha
deficiência mental. Mesmo que o idoso apresente algum
grau de deficiência mental, ele merece respeito e respostas
profissionais. Os enfermeiros devem permanecer calmos e
empáticos. O enfermeiro não deve interromper quando o
paciente estiver falando. O enfermeiro deve ouvir tanto as
mensagens verbais quanto as não verbais. Muitos idosos
tendem a divagar durante a conversa e necessitam seremFIGURA 8-1 Realizando uma anamnese.
C0040.indd 153C0040.indd 153 05/03/13 4:10 PM05/03/13 4:10 PM
266
capítulo
Unidade IV O Cuidado Físico do Idoso
17
Objetivos
1. Discutir as alterações relacionadas ao envelhecimento
que têm um efeito na pele e em membranas da mucosa.
2. Identificar os adultos idosos que estão mais em risco
de problemas relacionados à pele e às membranas
da mucosa.
3. Descrever as intervenções que ajudam os idosos
no cuidado com a pele intacta e com as membranas
da mucosa.
Palavras-Chave
alopecia
asséptico
cuidados
escabiose
exsudato
gengivite
halitose
hiperqueratose
leucoplasia
pigmentação
prurido
úlceras por pressão
xerostomia
Cuidados com o Envelhecimento
da Pele e das Membranas da Mucosa
A pele sofre diversas alterações com o envelhecimento
que a tornam mais susceptível a dano. Ao longo do
tempo, a epiderme torna-se mais fina e as camadas
subcutâneas diminuem, aumentando o risco de lesões
traumáticas como rupturas da pele ou úlceras por pres-
são. Os hematomas são mais frequentes devido às pa-
redes capilares mais frágeis. As medicações usadas para
tratar problemas de saúde diversos podem causar novos
problemas. Os corticosteroides tornam a pele mais frágil,
e os anticoagulantes aumentam o risco de sangramento
até nos menores traumas. Secreção sebácea reduzida e
mudanças circulatórias contribuem para a pele seca
e para a descamação das extremidades inferiores que é
comum no envelhecimento. A pele envelhecida é mais
susceptível a inflamação, infecção e exantema. O pruri-
do, que é uma reclamação comum dos idosos, pode ser
causado por ressecamento, irritação ou infecção, mas
pode estar relacionado a doenças como diabetes melito,
doença renal, malignidade ou anemia. As alterações
na função das células receptoras da derme resultam
em uma diminuição da habilidade do indivíduo idoso
na percepção de sensações, tais como a de toque e de
pressão, elevando o risco de lesões causadas por pres-
são. Embora os problemas de pele usualmente não re-
presentem risco à vida, eles são importantes porque
podem causar ansiedade na pessoa idosa e levar a uma
diminuição de sua qualidade de vida. Os problemas de
pele deveriam ser prevenidos sempre que possível; eles
deveriam ser reconhecidos, tratados e resolvidos em
tempo hábil.
ALTERAÇÕES NA PELE, CABELOS E UNHAS
RELACIONADAS À IDADE
As alterações na pele, cabelos e unhas podem indicar uma
variedade de problemas relacionados à adequação nu-
tricional e circulatória. Devido a estas estruturas serem
as mais facilmente observadas, elas podem fornecer uma
grande quantidade de informações sobre a saúde metabó-
lica de todo o corpo (Tabela 17-1).
Aavaliação completa da pele, cabelos e unhas é mais bem
realizada quando o paciente está despido; portanto, toda
a superfície da pele pode ser inspecionada. A avaliação da
pele pode ser realizada durante o banho, durante a higie-
nização pessoal diária, na hora de dormir, ou em qualquer
outro horário conveniente para a pessoa idosa. Pessoas idosas
autônomas devem estar cientes do que é normal para elas, e
devem chamar a atenção do médico para qualquer alteração
que percebam. Em um hospital ou em outras modalidades de
cuidado, a privacidade deve ser mantida e o pudor, protegido
durante a inspeção da pele.Aavaliação da pele e das estrutu-
ras adjacentes é uma importante responsabilidade dos enfer-
meiros. Técnicos, auxiliares de enfermagem e cuidadores que
auxiliam com o banho ou outro cuidado devem ser instruídos
para relatar imediatamente qualquer observação não usual
ou questionável para que um enfermeiro possa fazer inves-
tigações adicionais.Ainspeção deve seguir uma ordem lógica
para que as informações pertinentes não sejam perdidas. A
maioria dos enfermeiros acha que a progressão da cabeça aos
pés é a mais útil, como também o é um diagrama de corpo
livre, no qual as observações são indicadas (Fig. 17-1).
C0085.indd 266C0085.indd 266 11/03/13 12:31 PM11/03/13 12:31 PM
Cuidados com o Envelhecimento da Pele e das Membranas da Mucosa CAPÍTULO 17 267
A COR DA PELE
Mudanças na cor da pele podem indicar uma variedade
de desordens. Quando avaliar a cor da pele, é importante
estar ciente das diferenças dos pigmentos da pele entre os
grupos étnicos. O exame da pele deve ser realizado com
boa luz, preferencialmente luz natural; um lado do corpo
deve ser comparado com o outro lado; e o toque deve ser
usado para determinar a temperatura da pele ou a presença
de exantemas ou irritações. Um estiramento suave da pele
pode ajudar na determinação dos tons subjacentes. Mudan-
ças de cor, incluindo palidez, cianose, icterícia ou eritema,
podem indicar uma variedade de problemas. A extensão
e a localização de qualquer mudança de cor devem ser
registradas e relatadas prontamente.
Considerações Culturais
Úlceras por Pressão
Quando avaliar pessoas com pele de tom escuro, as mudanças na
cor do tecido que indicam úlcera por pressão em estágio I podem
ser mais bem diferenciadas usando luz halógena, que pode revelar
uma tonalidade roxa. Não esqueça de usar o toque para determinar
alterações de temperatura do tecido e apalpe em busca de sinais
de edema localizado sobre pontos de pressão.
PELE SECA
Pele seca é um dos problemas mais comuns do enve-
lhecimento. Diversos estudos têm mostrado que de 75%
a 85% das pessoas acima dos 65 anos de idade sofrem
em algum grau com o problema de pele seca. Alterações
fisiológicas, banho excessivo, uso de sabonetes ásperos e
ambiente seco, todos contribuem para o aparecimento da
pele ressecada.
Tabela 17-1 Alterações na Pele, Cabelos e Unhas Relacionadas à Idade
PARÂMETROS ALTERAÇÕES OBSERVÁVEIS CAUSA
Pele
Cor Palidez em peles brancas Reduzida vascularização da derme; perda de melanócitos
Manchas marrons (lentigos senis) Hiperpigmentação
Áreas roxas (púrpuras senis) Vazamento de sangue de capilares frágeis e fracamente
suportados
Umidade Pele seca, perspiração reduzida Redução da atividade das glândulas sebáceas e sudoríparas
Elasticidade, turgor Elasticidade reduzida Perda de fibras de colágeno e fibras elásticas
Dobras da pele e rugas
Turgor reduzido
Textura Algumas áreas ásperas Efeitos do ambiente ao longo do tempo; menos umidade
Delgada, pele mais transparente Afinamento da epiderme pela redução da vascularização
da derme; perda de tecido subjacente
Cabelos/Pelos
Cor Acinzentamento Número de melanócitos reduzido nos cabelos/pelos
Consistência Mais fino na cabeça e no corpo Reduzidas densidade e taxa de crescimento dos cabelos/pelos
Grosso no nariz dos homens Densidade dos pelos nasais aumentada
Distribuição Perda de cabelo na cabeça e no corpo Reduzida taxa de crescimento dos cabelos/pelos; redução
de hormônios; redução da circulação sanguínea periférica
Aumento de pelos no rosto das mulheres Razão maior entre andrógenos/estrógenos
Unhas
Mais quebradiças Diminuição do crescimento das unhas; redução da circulação
sanguínea periférica
Cristas longitudinais
Espessamento e amarelamento das unhas
dos pés
Obtido de Phipps WJ, et al.: Medical-surgical nursing: concepts and clinical practice, ed. 4, St Louis, 1991, Mosby.
FIGURA 17-1 Exemplo de diagrama de corpo que pode ser usado
na avaliação de pacientes idosos para pele prejudicada.
C0085.indd 267C0085.indd 267 05/03/13 3:17 PM05/03/13 3:17 PM
268 UNIDADE IV O Cuidado Físico do Idoso
A pele seca pode resultar em coceira (prurido), quei-
madura, e rachadura da pele (Fig. 17-2). Muitas pessoas
de idade desenvolvem o hábito de coçar ou descascar a
pele seca ou rachada, aumentando o risco de maior dano
e infecção do tecido. A irritação da pele pode ser grave e
causar desconforto intenso aos idosos. De fato, a irritação
pode ser tão dispersiva que os indivíduos afetados param
de participar de atividades sociais.
EXANTEMA E IRRITAÇÃO
Exantema e irritação da pele podem ser causados por fa-
tores outros que não o ressecamento. Medicações, doenças
transmissíveis, e contato com substâncias químicas são
causas comuns de exantemas e pruridos (Fig. 17-3).
Uma reação alérgica a medicamentos pode manifestar-
se como exantemas difusos ao longo do corpo. Sempre que
um exantema se desenvolve logo após a administração de
uma medicação nova, pode ser suspeitado de uma reação
alérgica. O apropriado é a suspensão da medicação em
questão e contatar um médico para relatar o sintoma.
Uma fonte transmissora de irritação da pele e de pru-
rido intenso é a escabiose. A escabiose é uma infecção
superficial causada por um ácaro (Sarcoptes scabiei var. ho-
minis) que faz túneis debaixo da pele (Fig. 17-4). Os idosos,
especialmente os que sofrem de doença crônica, demência,
ou depressão do sistema imunológico, são particularmente
vulneráveis à infecção por escabiose. Os sinais da escabiose
incluem prurido intenso, e linhas onduladas, escuras e es-
treitas na superfície flexora do punho ou do cotovelo, na
área interdigital dos dedos, na axila, e nas genitais. O reco-
nhecimento da escabiose pode ser difícil nos idosos devido
ao período assintomático de incubação de 4 a 6 semanas
e porque a manifestação irregular é comum. Quando há
suspeita de infestação, uma raspagem da pele deve ser exa-
minada para determinar a presença de ovos ou de ácaros.
Aescabiose é transmitida de pessoa a pessoa por contato
direto. Devido à dificuldade de diagnóstico, o início do
tratamento pode demorar, permitindo ao parasita infectar
outra pessoa. Para reduzir a ocorrência de surtos dentro
das instituições, todos os novos residentes das instituições
de longa permanência devem ser avaliados cuidadosamen-
te na sua admissão. Todos os casos devem ser identificados
e tratados prontamente para prevenir contágios ou reinfes-
tação com o parasita.
PIGMENTAÇÃO
Mudanças na pigmentação da pele são comuns com o enve-
lhecimento. Estas mudanças são discutidas no Capítulo 3.
Muitas das mudanças são estéticas e não causam pro-
blemas, a menos que estejam localizadas no rosto ou nos
braços, onde elas podem ser aflitivas para a pessoa afetada.
Condições comuns como acne rosácea podem ser tratadas
com medicações de uso tópico, que ajudam a curar a pele
e reduzem a vermelhidão; ao passo que outras podem
ser disfarçadas através do uso apropriado de cosméticos.
Mudanças no tamanho ou na pigmentação de verrugas são
de grande significância porque estas alterações podem in-
dicar a presença de condições pré-cancerosas ou cancerosas
que precisam de atenção médica imediata.
INTEGRIDADE DO TECIDO
Orompimentodaintegridadedotecidoaumentaoriscodein-
fecção em idosos e, com frequência, resulta na necessidade de
tratamentoslongosedispendiosos.Estesrompimentospodem
causar desfiguração e são assustadoras para os idosos. Peles
rompidas, abrasões, lacerações, e úlceras são com frequência
resultado de fricção, forças de cisalhamento, umidade e pres-
são. Mesmo incidentes simples como o contato com móveis,
deslizar sobre a roupa de cama, uma segurada mais forte
FIGURA 17-2 Pele seca e escamosa vista comumente em idosos.
FIGURA 17-3 As reações na pele induzidas por medicação são vistas
mais comumente entre pacientes idosos do que em pacientes mais
jovens. O uso de um potente corticosteroide tópico resultou em estria
grave. A atrofia foi tão grande que a pele rachou, formando uma úlcera.
FIGURA 17-4 Lesões de escabiose em três diferentes estágios estão
evidentes na mão deste paciente. A lesão na extrema esquerda
apresenta uma borda arredondada bem demarcada que circunda
uma bolha, enquanto a ferida mais próxima da dobra do polegar já
irrompeu e parece estar cicatrizando.
C0085.indd 268C0085.indd 268 11/03/13 12:31 PM11/03/13 12:31 PM
Tradução da 5ª edição
WOLD
EnfermagemGerontológica•Wold•5ªedição
Enfermagem
Gerontológica
Classificação de Arquivo Recomendada
ENFERMAGEM GERONTOLÓGICA
SAÚDE DO IDOSO
SAÚDE DO ADULTO
GERONTOLOGIA
www.elsevier.com.br/enfermagem
ENFERMAGEM GERONTOLÓGICA, 5ª EDIÇÃO
WOLD
DESTAQUES
• Discussão atualizada de tópicos e tendências, incluindo os fatores
demográficos e as influências econômicas, sociais, culturais e familiares.
• Ênfase no processo de enfermagem, apontando os diagnósticos, as intervenções
e os resultados de enfermagem observados nas principais condições comumente
encontradas no envelhecimento.
• ÚNICO! Quadros com alertas de segurança! Destacam os objetivos de
segurança da Joint Commission, com atenção especial à segurança do paciente no uso de
medicamentos, à comunicação, ao envolvimento dos pacientes em seus próprios cuidados,
às infecções, úlceras por pressão e prevenção de quedas.
• ÚNICO! Guia de exames laboratoriais que apontam os valores de referência
para idosos, úteis para a prática clínica de enfermagem.
Aborda desde a teoria e conceitos da idade, incluindo as mudanças fisiológicas
e psicossociais esperadas no idoso, até a prática do cuidado desse paciente.
Enfermagem Gerontológica, o livro-texto de enfermagem geriátrica mais vendido no mundo, agora no Brasil com
conteúdo adaptado à nossa realidade.
Recomendado para a graduação de Enfermagem nas disciplinas de Saúde do Idoso e Saúde do Adulto, apresenta
as teorias e os conceitos sobre o envelhecimento, as alterações fisiológicas e psicossociais associadas ao
envelhecimento, além de destacar os cuidados colaborativos, os cuidados no fim da vida, a educação em saúde, a
qualidade de vida, a segurança e os cuidados domiciliares. Esta edição contém os últimos assuntos e tendências em
enfermagem geriátrica, incluindo dados demográficos e as mudanças nos sistema de saúde.
Os conteúdos foram revisados e adaptados à realidade brasileira não só em relação aos
aspectos demográficos e epidemiológicos do envelhecimento, mas, sobretudo, aos culturais
envolvidos nos cuidados direto e indireto para com os idosos no Brasil e legislação brasileira
do SUS e competências.
AF02-EnfGeronto.indd 1AF02-EnfGeronto.indd 1 07/03/13 17:0807/03/13 17:08