O documento discute a gestão da qualidade em saúde, incluindo a história do conceito de qualidade, métodos como os 5S e benchmarking, indicadores de saúde, auditoria e acreditação hospitalar.
1. ADMINISTRAÇÃO E GERENCIA EM ENFERMAGEM
AULA 10: GERENCIAMENTO DA QUALIDADE EM SAÚDE
Profa
. Andréia Neves
2. Aula 10: Gerenciamento da qualidade em saúde
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
• Conhecer os conceitos de qualidade em serviços
• Conhecer o conceito de auditoria administrativa e sua
aplicação na assistência de enfermagem
• Conhecer o conceito de acreditação hospitalar e sua
evolução histórica
3. Aula 10: Gerenciamento da qualidade em saúde
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HISTÓRIA DO CONCEITO DE QUALIDADE EM
SERVIÇOS
• Podemos dizer que a história da qualidade começou com
a Revolução Industrial e a disseminação da produção em série,
• a qualidade como conhecemos hoje surgiu devido
a segunda guerra mundial,
• Nessa época já existia preocupação com a qualidade dos
produtos,
• Para isso, foram criados os inspetores de qualidade,
responsáveis por inspecionar produto por produto.
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• Com uma dívida para pagar devido à derrota, os
japoneses começam a investir em suas industrias.
• O que fez com que os japoneses logo se sobressaíssem
foi o fato de que a maioria de sua população tinha
instrução, possuía pelo menos o nível médio, ao contrário
dos americanos, e eram disciplinados, o que facilitou, e
muito, o desenvolvimento de suas indústrias.
5. Aula 10: Gerenciamento da qualidade em saúde
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• os japoneses desenvolveram um método de controle de
qualidade que ao invés de encontrar e eliminar as peças
defeituosas buscava evitar que os defeitos ocorressem
• O próximo grande passo da história da qualidade pode
ser chamado de “normalização”.
•A partir de 1987, com a criação da ISO9000, o que houve
foi mas uma popularização impressionante em meio às
indústrias das certificações dos “sistemas de garantia da
qualidade” segundo padrões adotados internacionalmente.
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• Quando se fala em qualidade em saúde, não se pode deixa
de falar de Florence Nightingale (1820-1910) que implantou o
primeiro modelo de melhoria continua da qualidade em
saúde, em 1854 durante a Guerra da Crimeia, baseando-se
também em dados estatísticos.
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A qualidade na saúde é composta por três domínios:
• a função biológica (que é medida por uma série de exames),
• o domínio físico (que observa a parte funcional) e,
• o bem-estar (que analisa a parte mental).
• Na área de saúde, a repetição da técnica não garante o
resultado.
• A opção pelo uso da técnica está respaldada por critérios
de probabilidade.
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Qualidade da assistência à saúde deve maximizar medidas
abrangentes para o bem-estar do cliente, em todas as suas
partes, levando em consideração o equilíbrio entre ganhos e
perdas, inerentes ao processo de atenção médico hospitalar.
Conceito
Refere-se às atividades que avaliam, monitoram ou
regulamentam os serviços prestados aos consumidores. Na
enfermagem, o objetivo do cuidado com qualidade é
assegurar qualidade e, o mesmo tempo, atender as metas
planejadas.
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METODOLOGIA DOS 5 S
A prática do 5S representa hoje uma ferramenta de sucesso
para a melhoria do padrão de qualidade dentro das
organizações. Bem planejado e implementado, traz
excelentes resultados, mas não substitui um programa de
Qualidade Total.
O 5S possibilita o estabelecimento de ambiente favorável à
instalação da Qualidade Total.
O 5S foi desenvolvido no Japão, e a prática, junto com o
conceito de Qualidade Total, tornou-se uma eficiente
ferramenta para a melhoria contínua da qualidade e
produtividade
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O processo do 5S , isto é, a prática de “bons hábitos”,
parte do princípio de que as pessoas mudam o
comportamento influenciadas por projetos bem-sucedidos de
comportamento grupal e pelas condições ambientais que o
cercam .
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Elementos dos 5S :
SEIRI: Seleção, utilização, descarte.
Tem como objetivo eliminar o que não tem utilidade.
Liberar espaço para realizar a arrumação e a organização.
SEITON : Arrumação, organização .
Depois de jogar fora o que não serve pra nada, é hora de
jogar coisas importantes no lugar apropriado. Uma boa
arrumação permite diminuir o desperdício de tempo e
materiais, além de reduzir custos desnecessários (com
manutenção, espaço, limpeza, etc.). Lembre-se do princípio
da ordem da teoria clássica da administração: “Um lugar pra
cada coisa, cada coisa em seu lugar”.
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SEISO : limpeza .
É mais fácil manter a limpeza daquilo que está organizado e
tem utilidade certa.
SEIKETSU : padronização .
Utilizando muitas vezes a descrição de processos que
objetivam padronizar a organização, arrumação e rotina de
limpeza, o verdadeiro foco é a transformação cultural das
pessoas.
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SHITSUKE : autodisciplina, ordem mantida.
Significa atitude positiva, colaboração, responsabilidade e
respeito ao próximo. As pessoas adquirem a compreensão dos
valores necessários para a convivência com o grupo de
trabalho e com o público em geral.
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METODOLOGIA DOS 5 S
É uma metodologia que permite constante evolução.
Benefícios conquistados com a implementação do 5S:
eliminação de desperdícios, otimização de tempo,
redução de riscos no trabalho, administração
participativa, espírito de equipe, enriquecimento de
conhecimentos, comportamentos e hábitos positivos,
padronização de processos, incremento de eficiência,
melhoria da Qualidade.
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O BENCHMARKING
• O Benchmarking é um método que tem como objetivo a
comparação entre referências (benchmarks) de processos,
práticas ou medidas de desempenho
• Baseia-se no enfoque de que a maneira eficaz para
promover uma mudança é aprendendo com a experiência
dos outros.
•O benchmarking deve estar focalizado naqueles poucos
processos vitais que exercerão maior influência na obtenção
dos objetivos da empresa.
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São 4 os tipos de benchmarking:
1.Interno: é a comparação entre operações semelhantes
dentro da própria organização.
2. Competitivo: é a comparação com o melhor dos
concorrentes diretos e leva a resultados mais óbvios.
3. Funcional: é a comparação das mesmas funções em
setores distintos entre empresas com processos
semelhantes.
4. Genérico: é a comparação de processos de trabalho com
outros que tenha processos exemplares de trabalhos
inovadores.
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INDICADORES DE SAÚDE
A construção de um indicador é um processo cuja
complexidade pode variar desde a simples contagem
direta de casos de um determinado problema, até o
cálculo de proporções, razões, taxas ou índices mais
sofisticados.
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O grau de excelência de um indicador deve ser definido
por:
Sua validade (capacidade de medir o que se pretende)
Sua confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando
aplicado em condições similares).
Outros atributos de um indicador são:
oMensurabilidade (basear-se em dados disponíveis ou fáceis
de conseguir),
oRelevância (responder a prioridades de saúde)
oCusto-efetividade (os resultados justificam o investimento
de tempo e recursos).
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Tipos de indicadores:
-Indicadores de processo
informam se aquilo que foi planejado está acontecendo, ou
seja, verifica o andamento dos meios.
Ex: O índice de evoluções realizadas pelos enfermeiros.
-Indicadores de resultados
informam se as metas e objetivos planejados foram
alcançados, ou seja, verifica os fins.
Ex: O índice de infecções hospitalares
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Auditoria
É a avaliação sistemática e formal de uma atividade, por
alguém não envolvido diretamente na sua execução, para
determinar se essa atividade está sendo levada a efeito de
acordo com seus objetivos
Auditoria em enfermagem:
é a avaliação sistemática da qualidade da assistência de
enfermagem, verificada através das anotações de
enfermagem no prontuário do paciente e/ou das próprias
condições deste.
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BREVE HISTÓRICO DA AUDITORIA EM
ENFERMAGEM NO BRASIL
1950 - Primeiros trabalhos de auditoria em enfermagem;
1970 - os trabalhos sobre o assunto abordavam a definição e
classificação de auditoria em saúde com similaridade a área
contábil, mas o enfoque primordial era na assistência
prestada ao paciente;
1983 - no Hospital Universitário - USP foi implantada a
auditoria de processo, constituindo-se numa atividade
pioneira em hospital público;
Atualidade, na área pública predomina-se auditoria de
cuidados e nas instituições privadas auditoria de contas.
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FINALIDADES:
Identificar áreas (unidades) deficientes no serviço de
enfermagem (dimensionamento do pessoal, procedimentos,
registros, relacionamento, etc...);
Fornecer dados para melhoria dos programas de
enfermagem;
Obter dados para programação da educação continuada.
“A análise constitui a essência da ação auditorial.
Verificar sem interpretar, criticar e orientar é tarefa
ineficaz e não interessa aos métodos científicos”.
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TIPOS DE AUDITORIA
Retrospectiva: após a alta do paciente .
É utilizado o prontuário do paciente.
(até 50 altas/mês(100%), mais de 50 altas/mês (10%)
+ 100% dos óbitos em qualquer situação).
Operacional ou concorrente: Durante a internação.
Utiliza-se: exame do paciente, entrevista com paciente,
equipe e acompanhantes, pesquisa junto à equipe
médica.
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CLASSIFICAÇÃO DA AUDITORIA
• Quanto à forma de intervenção: interna ou externa.
• Quanto ao tempo: contínua ou periódica.
• Quanto à natureza: Normal ou específica.
• Quanto ao limite: Total ou parcial
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MODALIDADES DE AUDITORIA:
Auditoria de cuidados: Sistematização da Assistência de
Enfermagem (Resolução nº 272/2002), etapas – entrevista,
histórico, exame físico, diagnóstico, prescrição e evolução; e
Controle da qualidade.
Auditoria de contas : Elaboração, definição e apresentação
de contas; Processo de avaliação dos enfermeiros auditores
do hospital e operadora/seguradora; Ferramentas para
avaliação das contas; e Negociação dos profissionais que
atuam na área.
Auditoria de gestão - Trabalha-se com avaliação;
supervisão, planejamento, execução, controle e gestão; e
Contribuição com a administração da instituição de atuação.
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COMPETÊNCIA DO ENFERMEIRO AUDITOR:
• Direito de acessar, in loco toda a documentação necessária,
sendo-lhe vedada a retirada dos prontuários ou cópias da
instituição, podendo, se necessário, examinar o paciente,
desde que devidamente autorizado pelo mesmo, quando
possível, ou por seu representante legal;
• Havendo identificação de indícios de irregularidades no
atendimento do cliente, cuja comprovação necessite de
análise do prontuário do paciente, é permitida a retirada de
cópias exclusivamente para fins de instrução de auditoria;
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ACREDITAÇÃO HOPITALAR
Caracteriza-se por ser um sistema de avaliação externa, de
caráter voluntário, periódico e reservado. Envolve aspectos
relacionados ao desenvolvimento da qualidade tais como, o
acesso e a garantia da continuidade do atendimento;
os processos diagnósticos, terapêuticos e de
reabilitação/recuperação; a segurança dos procedimentos e
atos médicos; o desempenho dos recursos humanos e, ainda,
as adequadas condições das instalações e equipamentos.
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ACREDITAÇÃO HOPITALAR
É uma das estratégias mais importantes no campo da
garantia da qualidade, permitindo uma abordagem
inovadora e integradora para tratar a questão da saúde a
partir de sua lógica e especificidade, e que vem sendo
utilizada em vários países.
O sistema de acreditação foi utilizado originalmente para
proteção da profissão médica e dos pacientes contra os
efeitos nocivos de ambientes e organizações inadequadas à
prática.
A história da acreditação aponta um deslocamento da
ênfase sobre o ambiente para a ênfase da prática clínica.
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PROCESSO DE ACREDITAÇÃO
A acreditação visa, a melhoria da qualidade do atendimento
prestado.
Em nosso país esta é uma demanda crescente da rede de
hospitais públicos e privados.
A gestão dos serviços de saúde, o aumento crescente dos
custos dos cuidados médicos, a necessidade de atender aos
direitos do consumidor dos serviços de saúde, as
expectativas crescentes quanto às "boas práticas"
hospitalares e a ética profissional, a preocupação com a
garantia da segurança no atendimento e nos procedimentos
médico-hospitalares, são aspectos que exigem métodos
inovadores para seu adequado enfrentamento.
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A ACREDITAÇÃO POSSIBILITA:
• Ampliar a segurança dos usuários na escolha e utilização
dos serviços;
• Introduzir a qualidade como um processo permanente de
aprimoramento institucional; •Buscar maior eficiência e
efetividade do atendimento;
• Racionalizar a utilização de recursos humanos, financeiros
e tecnológicos;
•Desenvolver e aprimorar continuamente os recursos
humanos;
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A ACREDITAÇÃO POSSIBILITA:
•Colocar a disposição de profissionais e hospitais, referenciais
de excelência dos cuidados prestados em torno dos quais
possam reorganizar suas práticas, diminuir riscos para os
pacientes e profissionais e melhorar o desempenho
institucional;
• Obter avaliação objetiva do desempenho da organização,
utilizando uma abordagem em que a avaliação está centrada
no processo do cuidado ao paciente;
• Demonstrar padrões de excelência para clientes e
financiadores ampliando o diferencial de qualidade em um
mercado cada vez mais competitivo.
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33. AULA 10: GERENCIAMENTO DA QUALIDADE EM SAÚDE
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Nesta Aula, você:
• Entendeu os conceitos de qualidade em serviços
• Conheceu o processo histórico do controle de qualidade
nas organizações
• Conheceu os conceitos de auditoria e acreditação
hospitalar.
34. Aula 10: Gerenciamento da qualidade em saúde
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ESPERO POR VOCÊ !!