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A Menina que Sonhava
Muitas vezes, ao final de mais um dia, ela, uma
menina dourada, juntamente com seu pai bronzeado, subiam
ao telhado de barro da casa em que moravam a fim de
apreciar as maravilhas do mundo ao redor. Que vista mais
bela. As nuvens eram como tintas jogadas ao céu, todas as
cores se entrelaçavam formando uma tela viva, exuberante e
de valor inestimável. Obra do Deus criador. O por do sol,
por sua vez, sempre era um encanto. Um show de luzes o
fazia brilhar de tal maneira que tanto pai como filha sentiam
o calor provocado por cada raio brilhante que os envolviam com exímio cuidado. Era o amor
de Deus.
Ali, naquele lugar, os sonhos não tinham limites. A menina viajava na sua imaginação,
porque seus sonhos eram maiores que o próprio universo e em seus versos, o finito era
ilimitado e tudo estava ao alcance de suas mãos, porque seu coração sonhava alto e assim,
tudo lhe era possível. Acreditava que se não sonhasse, a vida não teria graça e decidia viver
intensamente cada minuto seu.
O vento que suavemente soprava sobre nós, trazia sentimentos bons e nos ensinava
que o mundo precisava ser melhor. Era preciso haver mais cuidado por parte de cada ser. A
menina sonhava com um mundo onde as pessoas pudessem viver com mais amor e respeito
umas pelas outras. Sonhava com um mundo de paz e alegria onde as famílias vivessem
unidas, cada um com seu pedaço de chão, um teto para morar e criar seus filhos em boas
condições de vida.
Sabia que somente suas atitudes não seriam capazes de mudar o mundo, mas,
acreditava que se cada um fizesse a sua parte, o planeta seria bem melhor. Haveria menos
doenças, as drogas seriam usadas somente para o bem, a poluição diminuiria, as florestas
seriam mais preservadas e os animais viveriam sempre livres, as guerras acabariam e teríamos
mais paz entre todos os povos. Sonhava com um mundo onde as crianças poderiam ser só
crianças, livres da maldade de pessoas cruéis para assim, poderem pular, gritar, brincar,
cantar, tocar, fazer arte, estudar, ler uma infinidade de livros e serem felizes em cada fase da
vida até se tornarem adultos saudáveis e bons.
Ao olhar para o horizonte, ela conseguia ver um futuro brilhante, e no seu coração,
decidia lutar por tudo que trouxesse felicidade. Sonhos de vida, de justiça, de bondade, de
amor, de igualdade, de realizações. Seus sonhos, não eram apenas seus, mas envolviam a
todos que ela amava, na verdade, todos que faziam parte do seu mundo. Sua família, seus
amigos.
Uma menina visionária, destemida, corajosa, audaz, cheia de força, fé e coragem,
principalmente em Deus, aquele que fortalece o cansado, anima o desencorajado, cura o
doente, dá alegria ao que está triste e liberta o preso das
correntes da solidão da alma. Fera e bela, bela e fera, tudo numa
mesma esfera. Apesar de nova, sabe ser ousada e desafia suas
simples, mas, importantes limitações.
Flor do cerrado que de bom grado, foi colocada neste
mundo para ser especial como qualquer outra criança, ser
esperança. Trás em seu nome “rica em glórias e honras” “a que
reina como uma águia”, ou “eterna soberana” . De lutadora à
bailarina, Érica, mulher, moça, menina.
Érica Ullmann de Andrade, aluna da Escola Prof.ª Eunice Souza dos Santos
Raimundo Soares de Andrade, Pai da Érica. Escritor por natureza. prrsoares@hotmail.com

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  • 1. A Menina que Sonhava Muitas vezes, ao final de mais um dia, ela, uma menina dourada, juntamente com seu pai bronzeado, subiam ao telhado de barro da casa em que moravam a fim de apreciar as maravilhas do mundo ao redor. Que vista mais bela. As nuvens eram como tintas jogadas ao céu, todas as cores se entrelaçavam formando uma tela viva, exuberante e de valor inestimável. Obra do Deus criador. O por do sol, por sua vez, sempre era um encanto. Um show de luzes o fazia brilhar de tal maneira que tanto pai como filha sentiam o calor provocado por cada raio brilhante que os envolviam com exímio cuidado. Era o amor de Deus. Ali, naquele lugar, os sonhos não tinham limites. A menina viajava na sua imaginação, porque seus sonhos eram maiores que o próprio universo e em seus versos, o finito era ilimitado e tudo estava ao alcance de suas mãos, porque seu coração sonhava alto e assim, tudo lhe era possível. Acreditava que se não sonhasse, a vida não teria graça e decidia viver intensamente cada minuto seu. O vento que suavemente soprava sobre nós, trazia sentimentos bons e nos ensinava que o mundo precisava ser melhor. Era preciso haver mais cuidado por parte de cada ser. A menina sonhava com um mundo onde as pessoas pudessem viver com mais amor e respeito umas pelas outras. Sonhava com um mundo de paz e alegria onde as famílias vivessem unidas, cada um com seu pedaço de chão, um teto para morar e criar seus filhos em boas condições de vida. Sabia que somente suas atitudes não seriam capazes de mudar o mundo, mas, acreditava que se cada um fizesse a sua parte, o planeta seria bem melhor. Haveria menos doenças, as drogas seriam usadas somente para o bem, a poluição diminuiria, as florestas seriam mais preservadas e os animais viveriam sempre livres, as guerras acabariam e teríamos mais paz entre todos os povos. Sonhava com um mundo onde as crianças poderiam ser só crianças, livres da maldade de pessoas cruéis para assim, poderem pular, gritar, brincar, cantar, tocar, fazer arte, estudar, ler uma infinidade de livros e serem felizes em cada fase da vida até se tornarem adultos saudáveis e bons. Ao olhar para o horizonte, ela conseguia ver um futuro brilhante, e no seu coração, decidia lutar por tudo que trouxesse felicidade. Sonhos de vida, de justiça, de bondade, de amor, de igualdade, de realizações. Seus sonhos, não eram apenas seus, mas envolviam a todos que ela amava, na verdade, todos que faziam parte do seu mundo. Sua família, seus amigos. Uma menina visionária, destemida, corajosa, audaz, cheia de força, fé e coragem, principalmente em Deus, aquele que fortalece o cansado, anima o desencorajado, cura o doente, dá alegria ao que está triste e liberta o preso das correntes da solidão da alma. Fera e bela, bela e fera, tudo numa mesma esfera. Apesar de nova, sabe ser ousada e desafia suas simples, mas, importantes limitações. Flor do cerrado que de bom grado, foi colocada neste mundo para ser especial como qualquer outra criança, ser esperança. Trás em seu nome “rica em glórias e honras” “a que reina como uma águia”, ou “eterna soberana” . De lutadora à bailarina, Érica, mulher, moça, menina. Érica Ullmann de Andrade, aluna da Escola Prof.ª Eunice Souza dos Santos Raimundo Soares de Andrade, Pai da Érica. Escritor por natureza. prrsoares@hotmail.com