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Alfabetização
numa
perspectiva
discursiva
Dra. Fabiana Rodrigues
Cruvinel
fabianarde@ig.com.br
14/07/2013
Para iniciar a conversa...o
discurso das crianças
 Vamos começar analisando as seguintes
situações com crianças de 6 anos
(Último ano da Educação Infantil)
 [...] A professora explica que farão uma atividade de leitura.
Entrega a cada aluno um pequeno texto retirado de um manual
de alfabetização. Á medida que entrega, pede que eles o colem
no caderno. As crianças colam e por alguns instantes olham
fixamente para o pequeno texto. Quando todos terminam de
colar o escrito, a professora pede que circulem as palavras que
começam com a letra L. Enquanto isso, ela copia esse texto na
lousa. A-15 ao meu lado diz, “Aqui está escrito leão, não está?”,
confirmo com um gesto que sim, e imediatamente A-15 me
pergunta: “Você já viu um leão? Eu já, foi no zoológico de Bauru”.
Respondo que também já vi, e nesse momento a professora
pergunta se estão conseguindo achar as palavras. Ela começa a
transmissão vocal da leitura do texto, e logo é interrompida por A-
6, “Credo ,prô, o éle está no leão? Como assim?” A-8 com
expressão de admiração diz “Ele foi pra lua também, nooossa!”“.
A professora tenta explicar que não é no leão e na lua de
verdade, é no nome deles, na palavra escrita. Percebo que as
crianças ficam confusas [...] (Protocolo 7 de observação - 10/05)
 POR QUE AS CRIANÇAS FICARAM
CONFUSAS?
Uma outra situação...
 [...] Os alunos tentam ler com a
professora: “A quinta-feira gostava de
agrião”. A-7 interrompe: “Gostava de
quê, prô? De gavião?” A-11 intervém:
“Que gavião, é de agrião! Gavião é de
voar! Agrião é de farinha”. A professora
sorri e diz: Agrião é uma verdura para
fazer salada e os alunos em coro
produzem um: “Ah!”.
 (Protocolo 4 de observação -12/04)
 A palavra „Agrião‟ parece ser
desconhecida pelas crianças, que
rapidamente se manifestam na busca
por sua significação, pois não é a rima, a
sonoridade da palavra que está em jogo
para os sujeitos da pesquisa, mas seu
sentido na produção do ato discursivo.
 A atitude das crianças revela que desde
o início a linguagem está relacionada de
forma indissociável ao sentido.
 A professora diz aos alunos que irão ouvir uma
música diferente. Escreve o nome da música na
lousa: “Outono” e a pronuncia em voz alta. A-19
pergunta: “O que é isso”?”, A-14 responde: “ É o
nome do homem que tira foto”. A professora diz:
“Não, é o nome de uma estação do ano. Vocês
sabem as estações do ano?” Alguns alunos
respondem afirmativamente dizendo: Primavera,
verão, frio... A professora intervém: “Mas como
chama a estação do frio?” A-7 diz: “Frio”. A-15 diz:
“Não, é inverno”. A-6 se manifesta dizendo: “O Prô,
que nem no jornal disse que ia fazer frio e fez mesmo
na minha casa”. A Professora pede silêncio aos
alunos e diz: “Agora vou escrever quem fez a
música. E escreve: “Vivaldi”, em seguida A-1 diz
“Que nome estranho!”E a professora explica que o
nome é diferente porque é italiano. Ela coloca a
música e A-6 pergunta: É para dormir? A-16
intervém: “É a música do Harry Potter!”A professora
chama atenção das crianças e pede silêncio [...]
(Protocolo 8 de observação - 18/05)
 As crianças tecem relações a todo instante com seu
conhecimento de mundo e a linguagem.
 Apenas uma palavra e os discursos são produzidos
na tentativa de encontrar o sentido do que estão
vivenciando.
 Procuram a significação das palavras outono,
inverno e Vivaldi operando com a língua escrita num
processo vivo, dinâmico, que é possível porque
fazem da aula espaço de diálogo, de interlocução.
 São 8h35. As crianças entram na sala. A-11 é ajudante do dia e ajuda
a professora a distribuir o caderno de atividades. A professora avisa a
todos que vão ler uma poesia. Diz que entregará o texto a cada um
para que colem no caderno e tentem ler. A-14 recebe o texto, mas
antes de colar no caderno procura ler o título da poesia. Para isso,
observo que ele não faz uso da estratégia de oralização, utiliza
apenas os olhos e após uns instantes se levanta, vai até a professora e
diz baixinho “Eu já sei o nome da poesia, é engraçado né, prô?”. A
professora ouve, balança a cabeça em sinal de afirmação e pede
que ele volte a seu lugar e continue a ler o texto. Ele volta, mas antes
de sentar diz a A-18 sentado à sua frente: “Você sabe o que está
escrito aqui?”, apontando para o título do texto. A-18, olhando para o
texto, diz “Não, eu ainda não sei ler”, A-14 se propõe ajudá-lo: “Aqui
está escrito A chácara do Chico Bolacha”. A-18 sorri, acha também
engraçado o título do texto e diz “Eu já fui numa chácara!”, A-14
responde: “Eu também, mas não era do Chico Bolacha, era do amigo
do meu tio, quer que eu te ajude a ler?”.
A-18 concorda e então A-14 diz apontando para a
primeira estrofe do texto: “Tente ler o que está
escrito aqui.” A-18 olha fixamente para o texto.
Percebo que ele também não faz uso da
oralização, sua primeira atitude é comparar as
palavras da estrofe às palavras do titulo, pois diz:
“Aqui tem as mesmas palavras que você leu para
mim. Está escrito na chácara do Chico bolacha
tem piscina?”. A-14 responde: “Não, aqui está
escrito assim: na chácara do Chico Bolacha o que
se procura [...]” Nesse momento, a professora
interrompe o diálogo, advertindo A-14 porque ele
ainda não tinha colado no caderno e ela já ia
começar a atividade sobre o texto. A-14 senta em
sua carteira e a professora começa a perguntar
aos alunos que letras e sílabas eles conseguiram
identificar na poesia [...] (Protocolo 10 de
observação - 13/08/).
 Enquanto o foco da escola é o ler como
identificação de letras, sílabas, palavras, a
atitude das crianças indica que para elas o
ler envolve o diálogo com o escrito, a
possibilidade de ao compreendê-lo tecer
com ele uma relação de interlocução.
 A primeira atitude das crianças na educação
infantil é a de lidar com a linguagem escrita
em perspectiva dialógica; elas procuram
operar com enunciados. (BAKHTIN, 2003).
 As crianças não procuravam a letra, a
sílaba ou os sons das palavras,
procuravam sua significação de
acordo com sua teoria do mundo.
Alfabetização discursiva: ensinar a ler e
a escrever com e para produzir
discursos.
 Mais vozes das crianças.... 6 anos
Perguntas Respostas dos alunos Nº de alunos
O que você faz de
"atividade" de leitura
na sala de aula?
De ler, uma vez a gente leu
o livro “Menina Bonita do
Laço de Fita”, e livrinhos
quando a gente acaba. 1
Às vezes eu leio livrinhos. 2
De ler, não sei, de escrever é
um monte. 3
A gente lê livros da
professora. 4
Não sei. 1
Nada. 1
Livros de história . 6
Atividade para aprender a
escrever e livro. 1
Perguntas Respostas dos alunos Nº de
alunos
Só livros de história? E
outros textos vocês não
leem?
Não. Só escreve. 6
Lê, mas é para aprender a escrever 5
A gente só escreve. 4
(Ficaram em silêncio) 4
Mas eu vejo vocês
lendo poesias, músicas
que a professora entrega
para vocês...
É para ensinar a gente a escrever. 3
Não, é para escrever certo. 1
Aquelas atividade? É para colar no nosso caderno e
escrever.
1
(Ficam em silêncio). 5
Não, tem que ler para escrever. 5
A gente só escreve, todo dia. 4
 Por que as crianças afirmam isto em
relação à aprendizagem da leitura e da
escrita?
 Parece que, para as crianças, aprender a
relação entre letra-som, as famílias
silábicas e a junção de sílabas para
formar palavras, era aprender a escrever.
Assim, concebiam o trabalho com textos
não como “atividade de leitura”, mas
como “atividade” para lhes ensinar a
escrever.
 Mas, então quem está ensinando você a
ler?
Respostas dos alunos. Nº. de
Alunos
Família
Eu aprendi a ler com o meu pai. (2)
Minha mãe está me ensinando. (7)
Minha irmã me ensina, ela lê para mim. (2)
Aprendi na minha casa com minha mãe.
Minha mãe e meu pai. (2)
Meu pai está me ensinando, no meu aniversário ele
leu comigo.
Minha mãe e minha irmã. Elas leem comigo e eu
repito.
16
Professor
A professora. Ela fala umas letrinhas e depois eu tenho
que juntar e escrever como que forma.
1
Nenhum mediador
Ninguém está me ensinando... não sei nada ainda.
2
 Mas, e a professora não ensina a ler?
Respostas dos alunos à pergunta: Mas, e a professora,
não ensina a ler?
Nº.
de
Alun
os
A prô ensina escrever. 15
A professora não. 2
Às vezes, mas é difícil. 1
Como você está aprendendo
a ler?
Respostas das crianças em relação a como os familiares as
ensinam a ler.
Nº de
Aluno
s
Situações a partir dos livros literários
Minha irmã lê histórias para mim e vai me ensinando a ler
também.
Ela lê histórias comigo. (2)
Com os livrinhos pequenos que eu tenho em casa. (3)
Minha mãe me ensina a juntar as palavras da história e ler.
Ah, não sei... Lendo livros, ué!
Lendo... histórias. (5)
13
Situações a partir de contextos diversos
Ele me ensinou a ler com as coisas da televisão, nos desenhos.
Minha mãe me ensina a ler as placas... Eu pergunto: “Mãe, o que
está escrito, aí ela diz, e eu vou aprendendo.
Quando eu vou com ela no mercado ela me ajuda a ler o nome
3
Na perspectiva das crianças...
 Ensinar a ler e a escrever inserindo o aprendiz no
fluxo da linguagem.
 De acordo com as crianças, é assim que ocorre o
aprendizado dessa atividade, pois, ao atribuírem
o ensino do ler à família, indicaram que
aprenderam a ler lendo histórias infantis, placas
nas ruas, informações na TV, embalagens de
supermercados, enfim, participando junto com
um parceiro mais experiente de vivências com a
leitura como valor de comunicação, como de
fato essa atividade é objetivada nas relações
sociais.
Alfabetizar na perspectiva dos
aprendizes: ensinar a ler e a
escrever como práticas
culturais.
O ensino parte de uma
situação discursiva e chega a
uma situação discursiva.
Por exemplo....
 Experiência da EMEF Prof. Olímpio Cruz
- Proposta inicial: “Leitura do livro Os Dez
Sacizinhos” (Antes, durante e depois-Leitura)
(Trabalho discursivo- linguagem como
enunciado)
- A proposta de dramatização; (A oralidade)
- A proposta de dramatização à outra
turma: CONVITE – Produção de texto.
- Produzir o convite (A sistematização do
trabalho com a apropriação do sistema
de escrita- relação fonema-grafema e as
convenções da língua portuguesa)
- A concretização da apresentação: se a
outra turma foi, o convite fora bem feito
(Valorização da cultura Escrita)
Foto- EMEF Prof. Olímpio Cruz
PORTANTO,
 Alfabetizar na perspectiva discursiva:
Trabalhar semanalmente os cinco eixos da
alfabetização:
- Oralidade
- Leitura
- Apropriação do sistema de escrita.
- Produção de texto.
- Valorização da cultura escrita.
ALERTA DAS CRIANÇAS...
 Não cair na armadilha de utilizar uma proposta
artificial, focada no código escrito.
 Se nossa prioridade é o código não criamos
necessidades autênticas de leitura/escrita no
aprendiz, uma vez que essa atividade fica
esvaziada de sentido, perde-se o contexto de
produção, a situação discursiva.
(BAKHTIN, 2005).
Vamos esclarecer...
 Considerar o ensino do sistema alfabético
de escrita como parte do processo de
ensino da linguagem escrita, não como
ponto de chegada nem como ponto de
partida.
Importantíssimo...
 A reflexão sistemática sobre o
funcionamento do sistema de escrita não
constitui-se em um trabalho
fundamentado na perspectiva
tradicional;
 1° ano: não pode abrir mão deste
momento, eixo.
A Crítica...
 Embora muitos alunos da educação
brasileira domine o funcionamento do
sistema de escrita (saiba as relações letra-
som), não compreendem ou produzem
textos.
 Alfabetização: ensino da leitura
(compreensão) e da produção de textos-
Esperança da sociedade.
Nosso trabalho...
 Trabalhar a apropriação do sistema de
escrita de forma contextual numa
situação discursiva da linguagem escrita.
 Como prevê o Programa Pacto pela
Alfabetização na Idade Certa.
A concepção de
alfabetização no PNAIC
 Letramento: conjunto de práticas de leitura e
de produção de textos escritos que as
pessoas realizam em nossa sociedade, nas
diferentes situações cotidianas formais e
informais.
 Alfabetização: domínio do sistema de escrita
alfabética- Apropriação do sistema de
escrita.
 Alfabetização discursiva: não há separação.
A concepção de
alfabetização no PNAIC
- Crítica aos antigos métodos de
alfabetização: fônico, silábico, alfabético.
- Memorização fonema/grafema;
- Memorização das famílias silábicas;
- Crianças: memorizam sílabas, nomeiam letras
mas, ainda assim, não conseguem ler: não
compreendiam como nosso sistema de
escrita funciona.
Para o PNAIC:
 Alfabetizar letrando/Alfabetizar: ensinar a ler
e a escrever como prática cultural
 Ao final do 2° ano todos os alunos devem ter
conquistado a compreensão do sistema de
escrita alfabético em situação discursiva;
 3° ano: consolidação do processo: leitura e
produção de diversos gêneros;
Como estes textos nos
mostram...
1. SAREM/3° ANO
2. EMEF Prof.ª GERALDA CÉSAR
VILLARDI-PROF. ANDERSON
Na perspectiva discursiva:
 O que as crianças já sabem sobre a linguagem
escrita? Que pistas usam para desvendar o
mundo escrito?
 Organizar cada semana de trabalho a partir dos
cinco eixos de acordo com o nível de
desenvolvimento real dos alunos – Semanário-
Zona de Desenvolvimento Potencial.
 Ao chegar no 1° ano as crianças
possuem pistas e muitas informações!
As vozes dos aprendizes...
 A-15: Professora, nós vamos fazer isso de
novo? (21/02)
 A-1: Professora, eu já sei essas letras com as
vogais, posso pular esta atividade? (20/03)
 A- 15: Eu também já sei o ma me mi mo mu,
mas tem que fazer, não é professora? (20/03)
 A-6: Credo, professora, isso aqui é muito
babinha! Coisa de pré! (referindo-se à
situação de pintar palavras com E- 21/02).
 A-18: Professora, nós já aprendemos o
alfabeto o ano passado. (21/02).
Na Educação Infantil:
 Oralidade
 Leitura
 Produção de texto
 Apropriação do sistema de escrita
 Valorização da cultura escrita
Projeto com Professor Bajard
 Desde a entrada na Educação Infantil:
- Linguagem escrita: sessão de mediação
com a literatura infantil;
- A descoberta do nome;
- A descoberta do texto em busca da
autonomia com a linguagem escrita.
 Contação de História
- História contada: domínio da língua
oral/enriquece a língua oral do ouvinte.
Oralidade
Linguagem Escrita: Sessão de
Mediação
 Iniciada por uma brincadeira;
 Transmissão do livro para o grupo;
 Livro ao alcance das mãos;
 Guarda dos livros
 Final da sessão de mediação: roda de
conversa, música ou brincadeira.
Foto
 O Brincar: início da sessão de mediação
Foto
 A Sessão de mediação
O cuidado com os livros
Mediadores:
 Pais da EMEI Sementinha
 Alunos da EMEF Prof. Paulo Freire na EMEI
Sementinha
 Alunos da EMEF Prof. Antônio Moral na
EMEI BEM TE VI
A mediação em outros
lugares...
O Pé de livro!!!
Convite a todos:
vamos plantar um em
cada uma de nossas
escolas?
EMEI BEM TE VI
A descoberta do nome...
 O trabalho com a apropriação do
sistema de escrita...
A cerimônia da entrega do crachá com
foto(Letra maiúscula e minúscula)
O crachá com uma figura
O crachá sem figura- filipetas
Imagem do nome no quebra
cabeça
Báu das Letras: nome com
modelo, sem modelo, nome
dos colegas
Produção de Texto
A Descoberta do texto
 Texto apresentado aos alunos: lousa, cartaz,
projetado.
 1ª leitura silenciosa/visual
 Questionamentos do professor: Do que se
trata o texto? Como você sabe? As
perguntas seguem...as crianças sublinham,
grifam, realizam destaques no texto.
 Síntese do conteúdo/leitura
 Transmissão vocal do texto/leitura em voz
alta.
Prof.ª. Rose- EMEF Paulo R. N.
Freire
 Produção de texto
Aula passeio na sorveteria
A caixa baixa...
São inúmeras as possibilidades
de ensino da língua escrita...
Alfabetização
- Alfabetizar na perspectiva dos aprendizes:
ensinar a ler e a escrever como práticas
culturais.
- Ensinar na perspectiva do letramento ativo.
- Ler, escrever, desenhar, falar, ouvir e
investigar são as pedras angulares desse
processo: as idéias e pensamentos dos alunos
são considerados...
Falamos para eles ou com
eles?
OUVIMOS OS APRENDIZES?
Seus pensamentos são
Explicitados?
Atividade para ou com Eles?
Letramento ativo
 Professores não são os únicos a falar e
dar opiniões...
 Fala-se com...
 Sujeitos em atividade...
Os aprendizes
 conversam entre si, dialogam com o texto,
deixam pistas de seus pensamentos...
 Questionam fazendo conexões, inferindo,
discutindo, debatendo.
Os professores
Ensinam estratégias de leitura e escrita
desde a educação infantil, ou seja....
 As atividades relacionadas a esse ensino
iniciam com crianças ainda não
alfabetizadas, mas em contato direto com os
livros e os diversos suportes de textos para as
práticas de leitura/escrita.
É por meio da inserção na linguagem escrita
que os aprendizes melhor aprendem e se
desenvolvem. (VYGOTSKI, 1995).
Alfabetizar é responsabilidade
de todos
 Apropriação do sistema de escrita não é
responsabilidade da Educação Infantil nem
do 1º ano!
 Essas crianças do 2° ano não sabem porque
o 1° ano não fez nada, só brincou, agora
como trabalho tudo?
 Ah, o 2º ano não alfabetizou agora no 3° não
tem como dar jeito em tudo não.
Vídeo
Para concluir...
Ensinar a ler e a escrever formar leitores e
produtores de textos.
Avaliação Nacional da
Alfabetização- A.N.A
- Será realizada pela primeira vez no Brasil;
- Todos os alunos de 3° ano;
- 11 a 21/11/2013
- Língua Portuguesa e Matemática (todos
farão uma produção escrita)
Documento referência
 Fundamentado no PNAIC;
 Capacidade discursiva do aluno ao final
do 3° ano;
 Domínio de leitura e escrita;
 Importante: todos conhecerem as
matrizes de referência
 Língua Portuguesa: Eixos (leitura e escrita)
 Matemática: Eixos (Numérico, Geometria,
Grandezas e Medidas, Tratamento da
Informação)

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Alfabetização discursiva

  • 2. Para iniciar a conversa...o discurso das crianças  Vamos começar analisando as seguintes situações com crianças de 6 anos (Último ano da Educação Infantil)
  • 3.  [...] A professora explica que farão uma atividade de leitura. Entrega a cada aluno um pequeno texto retirado de um manual de alfabetização. Á medida que entrega, pede que eles o colem no caderno. As crianças colam e por alguns instantes olham fixamente para o pequeno texto. Quando todos terminam de colar o escrito, a professora pede que circulem as palavras que começam com a letra L. Enquanto isso, ela copia esse texto na lousa. A-15 ao meu lado diz, “Aqui está escrito leão, não está?”, confirmo com um gesto que sim, e imediatamente A-15 me pergunta: “Você já viu um leão? Eu já, foi no zoológico de Bauru”. Respondo que também já vi, e nesse momento a professora pergunta se estão conseguindo achar as palavras. Ela começa a transmissão vocal da leitura do texto, e logo é interrompida por A- 6, “Credo ,prô, o éle está no leão? Como assim?” A-8 com expressão de admiração diz “Ele foi pra lua também, nooossa!”“. A professora tenta explicar que não é no leão e na lua de verdade, é no nome deles, na palavra escrita. Percebo que as crianças ficam confusas [...] (Protocolo 7 de observação - 10/05)
  • 4.  POR QUE AS CRIANÇAS FICARAM CONFUSAS?
  • 5. Uma outra situação...  [...] Os alunos tentam ler com a professora: “A quinta-feira gostava de agrião”. A-7 interrompe: “Gostava de quê, prô? De gavião?” A-11 intervém: “Que gavião, é de agrião! Gavião é de voar! Agrião é de farinha”. A professora sorri e diz: Agrião é uma verdura para fazer salada e os alunos em coro produzem um: “Ah!”.  (Protocolo 4 de observação -12/04)
  • 6.  A palavra „Agrião‟ parece ser desconhecida pelas crianças, que rapidamente se manifestam na busca por sua significação, pois não é a rima, a sonoridade da palavra que está em jogo para os sujeitos da pesquisa, mas seu sentido na produção do ato discursivo.  A atitude das crianças revela que desde o início a linguagem está relacionada de forma indissociável ao sentido.
  • 7.  A professora diz aos alunos que irão ouvir uma música diferente. Escreve o nome da música na lousa: “Outono” e a pronuncia em voz alta. A-19 pergunta: “O que é isso”?”, A-14 responde: “ É o nome do homem que tira foto”. A professora diz: “Não, é o nome de uma estação do ano. Vocês sabem as estações do ano?” Alguns alunos respondem afirmativamente dizendo: Primavera, verão, frio... A professora intervém: “Mas como chama a estação do frio?” A-7 diz: “Frio”. A-15 diz: “Não, é inverno”. A-6 se manifesta dizendo: “O Prô, que nem no jornal disse que ia fazer frio e fez mesmo na minha casa”. A Professora pede silêncio aos alunos e diz: “Agora vou escrever quem fez a música. E escreve: “Vivaldi”, em seguida A-1 diz “Que nome estranho!”E a professora explica que o nome é diferente porque é italiano. Ela coloca a música e A-6 pergunta: É para dormir? A-16 intervém: “É a música do Harry Potter!”A professora chama atenção das crianças e pede silêncio [...] (Protocolo 8 de observação - 18/05)
  • 8.  As crianças tecem relações a todo instante com seu conhecimento de mundo e a linguagem.  Apenas uma palavra e os discursos são produzidos na tentativa de encontrar o sentido do que estão vivenciando.  Procuram a significação das palavras outono, inverno e Vivaldi operando com a língua escrita num processo vivo, dinâmico, que é possível porque fazem da aula espaço de diálogo, de interlocução.
  • 9.  São 8h35. As crianças entram na sala. A-11 é ajudante do dia e ajuda a professora a distribuir o caderno de atividades. A professora avisa a todos que vão ler uma poesia. Diz que entregará o texto a cada um para que colem no caderno e tentem ler. A-14 recebe o texto, mas antes de colar no caderno procura ler o título da poesia. Para isso, observo que ele não faz uso da estratégia de oralização, utiliza apenas os olhos e após uns instantes se levanta, vai até a professora e diz baixinho “Eu já sei o nome da poesia, é engraçado né, prô?”. A professora ouve, balança a cabeça em sinal de afirmação e pede que ele volte a seu lugar e continue a ler o texto. Ele volta, mas antes de sentar diz a A-18 sentado à sua frente: “Você sabe o que está escrito aqui?”, apontando para o título do texto. A-18, olhando para o texto, diz “Não, eu ainda não sei ler”, A-14 se propõe ajudá-lo: “Aqui está escrito A chácara do Chico Bolacha”. A-18 sorri, acha também engraçado o título do texto e diz “Eu já fui numa chácara!”, A-14 responde: “Eu também, mas não era do Chico Bolacha, era do amigo do meu tio, quer que eu te ajude a ler?”.
  • 10. A-18 concorda e então A-14 diz apontando para a primeira estrofe do texto: “Tente ler o que está escrito aqui.” A-18 olha fixamente para o texto. Percebo que ele também não faz uso da oralização, sua primeira atitude é comparar as palavras da estrofe às palavras do titulo, pois diz: “Aqui tem as mesmas palavras que você leu para mim. Está escrito na chácara do Chico bolacha tem piscina?”. A-14 responde: “Não, aqui está escrito assim: na chácara do Chico Bolacha o que se procura [...]” Nesse momento, a professora interrompe o diálogo, advertindo A-14 porque ele ainda não tinha colado no caderno e ela já ia começar a atividade sobre o texto. A-14 senta em sua carteira e a professora começa a perguntar aos alunos que letras e sílabas eles conseguiram identificar na poesia [...] (Protocolo 10 de observação - 13/08/).
  • 11.  Enquanto o foco da escola é o ler como identificação de letras, sílabas, palavras, a atitude das crianças indica que para elas o ler envolve o diálogo com o escrito, a possibilidade de ao compreendê-lo tecer com ele uma relação de interlocução.  A primeira atitude das crianças na educação infantil é a de lidar com a linguagem escrita em perspectiva dialógica; elas procuram operar com enunciados. (BAKHTIN, 2003).
  • 12.  As crianças não procuravam a letra, a sílaba ou os sons das palavras, procuravam sua significação de acordo com sua teoria do mundo. Alfabetização discursiva: ensinar a ler e a escrever com e para produzir discursos.
  • 13.  Mais vozes das crianças.... 6 anos
  • 14. Perguntas Respostas dos alunos Nº de alunos O que você faz de "atividade" de leitura na sala de aula? De ler, uma vez a gente leu o livro “Menina Bonita do Laço de Fita”, e livrinhos quando a gente acaba. 1 Às vezes eu leio livrinhos. 2 De ler, não sei, de escrever é um monte. 3 A gente lê livros da professora. 4 Não sei. 1 Nada. 1 Livros de história . 6 Atividade para aprender a escrever e livro. 1
  • 15. Perguntas Respostas dos alunos Nº de alunos Só livros de história? E outros textos vocês não leem? Não. Só escreve. 6 Lê, mas é para aprender a escrever 5 A gente só escreve. 4 (Ficaram em silêncio) 4 Mas eu vejo vocês lendo poesias, músicas que a professora entrega para vocês... É para ensinar a gente a escrever. 3 Não, é para escrever certo. 1 Aquelas atividade? É para colar no nosso caderno e escrever. 1 (Ficam em silêncio). 5 Não, tem que ler para escrever. 5 A gente só escreve, todo dia. 4
  • 16.  Por que as crianças afirmam isto em relação à aprendizagem da leitura e da escrita?
  • 17.  Parece que, para as crianças, aprender a relação entre letra-som, as famílias silábicas e a junção de sílabas para formar palavras, era aprender a escrever. Assim, concebiam o trabalho com textos não como “atividade de leitura”, mas como “atividade” para lhes ensinar a escrever.
  • 18.  Mas, então quem está ensinando você a ler?
  • 19. Respostas dos alunos. Nº. de Alunos Família Eu aprendi a ler com o meu pai. (2) Minha mãe está me ensinando. (7) Minha irmã me ensina, ela lê para mim. (2) Aprendi na minha casa com minha mãe. Minha mãe e meu pai. (2) Meu pai está me ensinando, no meu aniversário ele leu comigo. Minha mãe e minha irmã. Elas leem comigo e eu repito. 16 Professor A professora. Ela fala umas letrinhas e depois eu tenho que juntar e escrever como que forma. 1 Nenhum mediador Ninguém está me ensinando... não sei nada ainda. 2
  • 20.  Mas, e a professora não ensina a ler? Respostas dos alunos à pergunta: Mas, e a professora, não ensina a ler? Nº. de Alun os A prô ensina escrever. 15 A professora não. 2 Às vezes, mas é difícil. 1
  • 21. Como você está aprendendo a ler? Respostas das crianças em relação a como os familiares as ensinam a ler. Nº de Aluno s Situações a partir dos livros literários Minha irmã lê histórias para mim e vai me ensinando a ler também. Ela lê histórias comigo. (2) Com os livrinhos pequenos que eu tenho em casa. (3) Minha mãe me ensina a juntar as palavras da história e ler. Ah, não sei... Lendo livros, ué! Lendo... histórias. (5) 13 Situações a partir de contextos diversos Ele me ensinou a ler com as coisas da televisão, nos desenhos. Minha mãe me ensina a ler as placas... Eu pergunto: “Mãe, o que está escrito, aí ela diz, e eu vou aprendendo. Quando eu vou com ela no mercado ela me ajuda a ler o nome 3
  • 22. Na perspectiva das crianças...  Ensinar a ler e a escrever inserindo o aprendiz no fluxo da linguagem.  De acordo com as crianças, é assim que ocorre o aprendizado dessa atividade, pois, ao atribuírem o ensino do ler à família, indicaram que aprenderam a ler lendo histórias infantis, placas nas ruas, informações na TV, embalagens de supermercados, enfim, participando junto com um parceiro mais experiente de vivências com a leitura como valor de comunicação, como de fato essa atividade é objetivada nas relações sociais.
  • 23. Alfabetizar na perspectiva dos aprendizes: ensinar a ler e a escrever como práticas culturais. O ensino parte de uma situação discursiva e chega a uma situação discursiva.
  • 24. Por exemplo....  Experiência da EMEF Prof. Olímpio Cruz - Proposta inicial: “Leitura do livro Os Dez Sacizinhos” (Antes, durante e depois-Leitura) (Trabalho discursivo- linguagem como enunciado) - A proposta de dramatização; (A oralidade)
  • 25. - A proposta de dramatização à outra turma: CONVITE – Produção de texto. - Produzir o convite (A sistematização do trabalho com a apropriação do sistema de escrita- relação fonema-grafema e as convenções da língua portuguesa) - A concretização da apresentação: se a outra turma foi, o convite fora bem feito (Valorização da cultura Escrita)
  • 26. Foto- EMEF Prof. Olímpio Cruz
  • 27. PORTANTO,  Alfabetizar na perspectiva discursiva: Trabalhar semanalmente os cinco eixos da alfabetização: - Oralidade - Leitura - Apropriação do sistema de escrita. - Produção de texto. - Valorização da cultura escrita.
  • 28. ALERTA DAS CRIANÇAS...  Não cair na armadilha de utilizar uma proposta artificial, focada no código escrito.  Se nossa prioridade é o código não criamos necessidades autênticas de leitura/escrita no aprendiz, uma vez que essa atividade fica esvaziada de sentido, perde-se o contexto de produção, a situação discursiva. (BAKHTIN, 2005).
  • 29. Vamos esclarecer...  Considerar o ensino do sistema alfabético de escrita como parte do processo de ensino da linguagem escrita, não como ponto de chegada nem como ponto de partida.
  • 30. Importantíssimo...  A reflexão sistemática sobre o funcionamento do sistema de escrita não constitui-se em um trabalho fundamentado na perspectiva tradicional;  1° ano: não pode abrir mão deste momento, eixo.
  • 31. A Crítica...  Embora muitos alunos da educação brasileira domine o funcionamento do sistema de escrita (saiba as relações letra- som), não compreendem ou produzem textos.  Alfabetização: ensino da leitura (compreensão) e da produção de textos- Esperança da sociedade.
  • 32. Nosso trabalho...  Trabalhar a apropriação do sistema de escrita de forma contextual numa situação discursiva da linguagem escrita.  Como prevê o Programa Pacto pela Alfabetização na Idade Certa.
  • 33. A concepção de alfabetização no PNAIC  Letramento: conjunto de práticas de leitura e de produção de textos escritos que as pessoas realizam em nossa sociedade, nas diferentes situações cotidianas formais e informais.  Alfabetização: domínio do sistema de escrita alfabética- Apropriação do sistema de escrita.  Alfabetização discursiva: não há separação.
  • 34. A concepção de alfabetização no PNAIC - Crítica aos antigos métodos de alfabetização: fônico, silábico, alfabético. - Memorização fonema/grafema; - Memorização das famílias silábicas; - Crianças: memorizam sílabas, nomeiam letras mas, ainda assim, não conseguem ler: não compreendiam como nosso sistema de escrita funciona.
  • 35. Para o PNAIC:  Alfabetizar letrando/Alfabetizar: ensinar a ler e a escrever como prática cultural  Ao final do 2° ano todos os alunos devem ter conquistado a compreensão do sistema de escrita alfabético em situação discursiva;  3° ano: consolidação do processo: leitura e produção de diversos gêneros;
  • 36. Como estes textos nos mostram... 1. SAREM/3° ANO 2. EMEF Prof.ª GERALDA CÉSAR VILLARDI-PROF. ANDERSON
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  • 40. Na perspectiva discursiva:  O que as crianças já sabem sobre a linguagem escrita? Que pistas usam para desvendar o mundo escrito?  Organizar cada semana de trabalho a partir dos cinco eixos de acordo com o nível de desenvolvimento real dos alunos – Semanário- Zona de Desenvolvimento Potencial.
  • 41.  Ao chegar no 1° ano as crianças possuem pistas e muitas informações!
  • 42. As vozes dos aprendizes...  A-15: Professora, nós vamos fazer isso de novo? (21/02)  A-1: Professora, eu já sei essas letras com as vogais, posso pular esta atividade? (20/03)  A- 15: Eu também já sei o ma me mi mo mu, mas tem que fazer, não é professora? (20/03)  A-6: Credo, professora, isso aqui é muito babinha! Coisa de pré! (referindo-se à situação de pintar palavras com E- 21/02).  A-18: Professora, nós já aprendemos o alfabeto o ano passado. (21/02).
  • 43. Na Educação Infantil:  Oralidade  Leitura  Produção de texto  Apropriação do sistema de escrita  Valorização da cultura escrita
  • 44. Projeto com Professor Bajard  Desde a entrada na Educação Infantil: - Linguagem escrita: sessão de mediação com a literatura infantil; - A descoberta do nome; - A descoberta do texto em busca da autonomia com a linguagem escrita.
  • 45.  Contação de História - História contada: domínio da língua oral/enriquece a língua oral do ouvinte. Oralidade
  • 46. Linguagem Escrita: Sessão de Mediação  Iniciada por uma brincadeira;  Transmissão do livro para o grupo;  Livro ao alcance das mãos;  Guarda dos livros  Final da sessão de mediação: roda de conversa, música ou brincadeira.
  • 47. Foto  O Brincar: início da sessão de mediação
  • 48. Foto  A Sessão de mediação
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  • 50. O cuidado com os livros
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  • 54. Mediadores:  Pais da EMEI Sementinha  Alunos da EMEF Prof. Paulo Freire na EMEI Sementinha  Alunos da EMEF Prof. Antônio Moral na EMEI BEM TE VI
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  • 56. A mediação em outros lugares... O Pé de livro!!! Convite a todos: vamos plantar um em cada uma de nossas escolas?
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  • 60. A descoberta do nome...  O trabalho com a apropriação do sistema de escrita... A cerimônia da entrega do crachá com foto(Letra maiúscula e minúscula) O crachá com uma figura O crachá sem figura- filipetas
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  • 63. Imagem do nome no quebra cabeça
  • 64. Báu das Letras: nome com modelo, sem modelo, nome dos colegas
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  • 70. A Descoberta do texto  Texto apresentado aos alunos: lousa, cartaz, projetado.  1ª leitura silenciosa/visual  Questionamentos do professor: Do que se trata o texto? Como você sabe? As perguntas seguem...as crianças sublinham, grifam, realizam destaques no texto.  Síntese do conteúdo/leitura  Transmissão vocal do texto/leitura em voz alta.
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  • 73. Prof.ª. Rose- EMEF Paulo R. N. Freire
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  • 81. Aula passeio na sorveteria
  • 83. São inúmeras as possibilidades de ensino da língua escrita...
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  • 87. Alfabetização - Alfabetizar na perspectiva dos aprendizes: ensinar a ler e a escrever como práticas culturais. - Ensinar na perspectiva do letramento ativo. - Ler, escrever, desenhar, falar, ouvir e investigar são as pedras angulares desse processo: as idéias e pensamentos dos alunos são considerados...
  • 88. Falamos para eles ou com eles?
  • 91. Atividade para ou com Eles?
  • 92. Letramento ativo  Professores não são os únicos a falar e dar opiniões...  Fala-se com...  Sujeitos em atividade...
  • 93. Os aprendizes  conversam entre si, dialogam com o texto, deixam pistas de seus pensamentos...  Questionam fazendo conexões, inferindo, discutindo, debatendo. Os professores Ensinam estratégias de leitura e escrita desde a educação infantil, ou seja....
  • 94.  As atividades relacionadas a esse ensino iniciam com crianças ainda não alfabetizadas, mas em contato direto com os livros e os diversos suportes de textos para as práticas de leitura/escrita. É por meio da inserção na linguagem escrita que os aprendizes melhor aprendem e se desenvolvem. (VYGOTSKI, 1995).
  • 95. Alfabetizar é responsabilidade de todos  Apropriação do sistema de escrita não é responsabilidade da Educação Infantil nem do 1º ano!  Essas crianças do 2° ano não sabem porque o 1° ano não fez nada, só brincou, agora como trabalho tudo?  Ah, o 2º ano não alfabetizou agora no 3° não tem como dar jeito em tudo não.
  • 97. Para concluir... Ensinar a ler e a escrever formar leitores e produtores de textos.
  • 98. Avaliação Nacional da Alfabetização- A.N.A - Será realizada pela primeira vez no Brasil; - Todos os alunos de 3° ano; - 11 a 21/11/2013 - Língua Portuguesa e Matemática (todos farão uma produção escrita)
  • 99. Documento referência  Fundamentado no PNAIC;  Capacidade discursiva do aluno ao final do 3° ano;  Domínio de leitura e escrita;  Importante: todos conhecerem as matrizes de referência
  • 100.  Língua Portuguesa: Eixos (leitura e escrita)  Matemática: Eixos (Numérico, Geometria, Grandezas e Medidas, Tratamento da Informação)