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5–PONDERAÇÕES TÉCNICAS:
Grupos (Hortaliças/Tubérculos/Frutas/Carnes)
Os preços médios praticados na CEASA-PE em março/14, com relação a
março/13, se apresentaram com redução no segmento das hortaliças (26,06%)
nos cereais (6,87%) já as frutas aumentaram 24,10%, e as carnes/laticínios
20,95%.
O sistema produtivo ainda enfrenta dificuldades por conta da irregularidade das
chuvas e diminuição do nível dos reservatórios e mananciais destinados à
irrigação em nosso Estado e nos circunvizinhos.
Os efeitos da recente seca regrediram um pouco em função das últimas chuvas.
Detectamos uma redução no nível da oferta e, por conseguinte uma alteração
expressiva dos preços de alguns produtos.
Outro fator relevante é o aumento dos custos de produção, com mão de obra,
insumos e transporte.
Vale ressaltar que os preços praticados na CEASA-PE ainda são muitos
inferiores aos de outros pontos comerciais. Consolidando este centro como a
melhor opção de compras já que este atua como um forte distribuidor do
mercado.
Faremos alguns comentários sobre as oscilações e outros que achamos pertinente.
Abóbora – A queda expressiva de (32,93%) no preço médio em março/2014, com
relação a março/2013, é um realinhamento nos valores de comercialização já que os
preços estavam muito elevados neste período do ano passado, com esta redução os
valores de comercialização ficaram abaixo da faixa média histórica, que é R$ 1,15 o
quilo.
A tendência é de queda dos preços no curto, médio prazo em nível de consumidor não
obstante estarmos na entressafra que ocorre de fevereiro a agosto.
Vale salientar, que entre janeiro e março a oferta predominante neste entreposto é do
Rio Grande do Norte, Pernambuco e Maranhão.
Alface, coentro e cebolinha - Por serem culturas com características de cultivo
peculiar, ciclos vegetativos curto, muito susceptíveis as boas condições climáticas, têm
oscilações abruptas na oferta e no preço.
A alface - teve uma queda média no preço de (54,63%) a cebolinha (55,99%) e o
coentro (24,45%) em março/14 com relação a março/13.
A tendência é de oscilações positivas em nível de consumidor, no curto, médio prazo,
Por conta da entressafra que ocorre de março a julho em virtude da instabilidade
climática, que normalmente ocorre neste período.
Aipim (Macaxeira) – A queda expressiva de (55%) no preço médio em março/14, com
relação a março/13, decorre do aumento gradativo da oferta a partir do segundo
semestre do ano passado, já que as condições gerais de cultivo estão melhores, os
valores de comercialização recuaram e já se encontram dentro da faixa média
histórica que é em torno de R$ 1,15 o quilo ou 17,00 a arroba de 15 kg.
Os municípios que se destacam como produtores são Petrolina e Alhandra.
A tendência é de queda dos preços em nível de consumidor, no curto médio prazo, e
muito abaixo dos preços praticados no 1º semestre do ano passado, também em
função do período de safra que ocorre de abril a setembro.
Alho nacional – A queda de (14,12%) no preço em março/14, com relação ao mesmo
período de 2013, decorre do aumento da produção nacional em torno de 11%, em
função da boa produtividade (16 toneladas por hectare).
Além da importação do alho da China maior produtor global e direciona boa
parte para o Brasil, 70% do nosso consumo é importado principalmente da
China.
A nossa produção gira em torno de 10 milhões de caixas de 10 quilos.
Os valores de comercialização estão dentro da faixa média histórica, ou seja, R$ 70,00
a cx com 10 quilos.
Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, e Rio Grande do Sul, são os maiores produtores
do país.
A tendência é de oscilações negativas discretas dos preços no curto, médio
prazo em nível de consumidor, haja vista, estarmos no período de safra que
ocorre de outubro a abril.
Embora tenha havido uma quebra em torno de 60% na produção Argentina,
importante fornecedor de alho para o Brasil, em função de problemas climáticos.
Batatinha – O aumento de 8,84% no preço médio em março/14, com relação a
março/13, é reflexo da diminuição da oferta decorrente do período da entressafra que
ocorre de março a junho, com destaque para abril e maio.
A falta de chuva e as altas temperaturas na região sudeste do país em janeiro e
fevereiro provocaram queda de 40% na produção da safra das águas, que por sinal
está no final, no sul de Minas Gerais, maior produtor nacional que responde por 35%
da produção nacional.
A tendência é de aumentos ainda maiores dos preços em nível de consumidor no
curto médio prazo, já que as beneficiadoras estão ociosas por falta do produto.
O preço disparou em nível de produtor que já vendem o saco de 50 kg. a R$ 120,00.
O preço médio histórico é R$ 1,85 o quilo ou R$ 92,00 o saco de 50 kg.
Batata doce – A queda de 14,60% no preço médio de março/14, com relação ao
mesmo período do ano passado, deixou os valores de comercialização dentro da
faixa média histórica, ou seja R$ 20,00 a arroba ou R$ 1,35 o quilo.
Este cenário decorre essencialmente do equilíbrio entre oferta e demanda, já que
estamos no período de safra que ocorre de dezembro a abril.
Pernambuco (Correntes) Rio Grande do Norte, Paraíba (Alhandra) São Paulo e Ceará,
todos estes são importantes fornecedores de batata doce deste entreposto.
A tendência é de estabilidade dos preços no curto médio prazo em nível de
consumidor.
Cará São Tomé – Apesar da queda expressiva de (25%) no preço médio de
março/14, quando comparado com igual período do ano passado, os valores de
comercialização continuam ligeiramente acima da faixa média histórica, ou seja, R$
1,65 o quilo e R$ 25,00 a arroba de 15 quilos.
Este cenário decorre do aumento da demanda decorrente da migração dos
consumidores do INHAME DO NORTE.
Outra variável importante é o aumento dos custos de produção principalmente com
mão de obra, insumos e transporte.
Os principais municípios produtores são Barra de Guabiraba, Bonito, Gravatá e
Alhandra.
A tendência é de recuo dos preços em nível de consumidor no curto, médio prazo, já
que estamos no período de safra que ocorre de março a agosto.
Cebola Pera – A queda de (47,51%), no preço médio de março/14, quando
comparado com março/13, significa um realinhamento do preço em busca dos valores
históricos, ou seja, R$ 27,00 o saco com 20 quilos. já que os valores estavam
muito elevados.
A tendência é de preços elevados em nível de consumidor, no curto, médio prazo, em
função da entressafra regional que ocorre entre fevereiro e junho, no entanto
muito abaixo dos preços praticados neste período do ano passado.
Cenoura – Apesar da queda de (32,87%) no preço em março/14, com relação ao
mesmo período do ano passado, os valores estão elevados e acima da média
histórica, ou seja, R$ 1,50 o quilo, este cenário decorre da diminuição da oferta e da
movimentação do produto, em virtude das variações climáticas sobretudo no
nordeste, Lapão na Bahia é um dos maiores produtores em nível nacional e importante
fornecedor deste entreposto.
A tendência é de preços elevados em nível de consumidor no curto, médio prazo, em
função do período de entressafra que ocorre de fevereiro a julho, porém abaixo dos
valores praticados neste mesmo intervalo do ano passado, (ápice da seca.)
Chuchu – Por conta de sua produção ter alta dependência nas boas condições
climáticas (sobretudo temperatura), sofre grandes oscilações na oferta e no preço.
A queda de (71,57%) no preço em março/14, com relação a março/13, em nível de
consumidor exprime bem isto, ou seja, depende essencialmente das boas condições
de cultivo. (chuvas amenas, temperatura equilibrada, insolação e ventilação
moderada).
Vale salientar que entramos no período de entressafra que ocorre de janeiro a
maio.
Os valores de comercialização em março ficaram muito abaixo da média histórica, ou
seja, em torno de R$ 25,00 o cento ou R$ 0,80 o kg.
Inhame da costa – A queda de (16,21%) no preço em março/14 quando comparado
com março/13, decorre do fato que no ano passado os preços estavam muito
elevados, os valores de comercialização continuam elevados, esse cenário decorre
principalmente da queda progressiva na oferta, em virtude da diminuição da área
cultivada e conseqüentemente da produção, reflexo do movimento migratório para a
produção e consumo do cará São Tomé.
Esta realidade está sendo verificada nos últimos anos, em função da melhor
produtividade do cará são Tomé, que tem boa aceitação com sabor e valores
nutricionais muito semelhantes ao inhame da costa, além da diferença no preço
que em março/14 chegou a mais de xx%.
A tendência é de recuo dos preços em nível de consumidor no curto, médio prazo
embora acima da média histórica, ou seja, R$ 41,00 a arroba de 15 quilos.
O primeiro intervalo de safra que ocorre em março, abril e maio.
Os principais municípios fornecedores são Bonito, Amarají, Barra de Guabiraba,
Camocim de São Felix e Alhandra na Paraíba.
Pepino – O aumento de 39,26% no preço em março/14, com relação a março/13,
deixou os valores de comercialização muito acima da média histórica, ou seja, R$ 0,85
o quilo, e decorre da diminuição da oferta provocada pela entressafra do produto,
que ocorre de fevereiro a junho, além da instabilidade climática, o aumento dos
custos de produção com mão de obra, insumos e frete.
A tendência é de preços elevados no curto, médio prazo, em nível de consumidor.
Pimentão – A queda de (10,38%) em março/14, quando comparado com março/13, é
um realinhamento já que os valores estavam elevados no ano passado, provocado
pela instabilidade climática seca, chuvas, umidade, oscilação da temperatura, que
favorece o aparecimento de pragas e fungos.
Outro fator altista é o aumento dos custos de produção com mão de obra cara e
escassa, insumos defensivos e fertilizantes, além do frete.
Vale salientar que estamos no período de entressafra que ocorre de março a
agosto.
A tendência é de preços elevados em nível de consumidor no curto, médio prazo
e acima da média histórica, ou seja, R$ 18,00 o cento ou R$ 1,70 o quilo.
Repolho – Apesar da queda expressiva de (52,18%) no preço em março/14, quando
comparado com o mesmo período do ano passado, os valores continuam bastante
elevados e acima do preço médio histórico, ou seja, R$ 1,50 o quilo.
Este cenário decorre da diminuição da oferta provocada pelo período de
entressafra que ocorre de fevereiro a junho, da instabilidade climática com a
irregularidade das chuvas, e aumento nos custos de produção, com mão de
obra, defensivos e transporte.
A expectativa é de preços elevados em nível de consumidor no curto, médio
prazo, porém muito abaixo dos praticados neste mesmo período do ano
passado.
Tomate – O aumento da oferta em função das boas condições climáticas no agreste
pernambucano, região que se destaca como produtora provocou a retração de 56,77%
no preço médio em março/14, com relação a março/13, os valores ficaram abaixo da
média histórica, ou seja, R$ 1,20 o kg. ou 30,00 a cx de 25 quilos.
A tendência é de aumento dos preços no curto, médio prazo em nível de consumidor
em função do período da entressafra regional que ocorre de fevereiro a julho com
destaque para abril e maio.
Outra variável altista importante foi à seca com altas temperaturas desde o início do
ano no sudeste do país, que favoreceu o ataque de pragas, que mesmo com
pulverizações acarretaram perdas de 50% na produção paulista 2º maior produtor
nacional, atrás apenas de Goiás, provocando aumentos significativos no preço final do
produto.
Vagem – Apesar da queda de (3,17%) no preço em março/14, quando comparado
com março/13, os valores de comercialização continuam acima da média histórica, ou
seja, R$ 2,85 o quilo.
Esta realidade decorre da diminuição da oferta, decorrente do período de entressafra
que ocorre de março a julho.
Os valores desde o ano passado estão bastante elevados, reflexo da instabilidade
climática, além do aumento dos custos de produção com mão de obra e transporte.
A tendência é de preços ainda mais elevados no curto, médio prazo em nível de
consumidor em virtude do cenário exposto.
.
Sugestões de consumo: Abóbora,chuchu,macaxeira,tomate
Grupo II (Frutas)
Abacaxi – O aumento de 15,20%, no preço em março/14, quando comparado com o
mesmo período do ano passado, decorre especialmente da diminuição da oferta, em
função da queda na produção e da qualidade do produto decorrente do período
da entressafra que ocorre de fevereiro a julho, potencializado pelos efeitos da
seca que ainda assola parte do nordeste, região que se destaca como produtora,
além do aumento dos custos com aumento da mão de obra, transporte,
fertilizantes e defensivos agrícolas.
A tendência é de preços elevados em nível de consumidor no curto, médio prazo, e
bem acima da média histórica, que é em torno de R$ 135,00 o cento.
Banana Pacovan – O aumento de 11,77% no preço em março/14, com relação ao
mesmo período do ano passado, deixou os valores elevados e acima do preço médio
histórico, ou seja, em torno de R$ 10,00 o cento.
Este cenário é reflexo da queda na oferta e na qualidade do produto, decorrente dos
efeitos da seca que assolou os estados nordestinos nos últimos anos.
Outra variável altista é o aumento dos custos operacionais principalmente com mão de
obra e transporte.
Os principais municípios produtores são Vicência, São Vicente Férrer, Machados,
Macaparana, Petrolina, e Santa Maria da Boa vista onde se produz o ano inteiro em
perímetros irrigados, Pernambuco responde por 8% da produção nacional.
Limoeiro do norte e Missão Velha-CE e vale do Açu RN também são grandes
fornecedores deste entreposto.
A tendência é de preços elevados em nível de consumidor, no curto médio prazo,
sobretudo agora em função do período de entressafra que ocorre de abril a
setembro.
Coco seco – O aumento expressivo de 137,49% no preço médio de março/14, com
relação a março/13, decorre da queda expressiva na oferta reflexo dos efeitos da
extrema seca que atingiu o nordeste desde 2011, atrelada a uma demanda firme,
principalmente das empresas beneficiadoras do produto instaladas em todos estados
nordestinos, e agora o aumento do consumo do produto in-natura por conta da
páscoa, produtores da Bahia maior produtor nacional estão muito satisfeito com
a demanda e o preço.
A liberação das importações a partir de 31/08/2012, que estavam proibidas desde
2002, de produtos derivados de países exportadores como Vietnam, Siri-Lanka,
Indonésia, este último maior produtor mundial de coco, não tem evitado esta escalada
altista.
A tendência é de preços elevados em nível de consumidor e acima dos valores médios
históricos, não obstante estarmos no período de safra que ocorre de janeiro a maio.
Os valores de comercialização estão muito acima da média histórica, ou seja,
R$104,00 o cento ou R$ 1,65 o quilo.
Coco verde – O aumento de 6,79% no preço em março/14, com relação a março/13,
é reflexo da diminuição notória da oferta reflexo dos efeitos da seca severa que atingiu
o nordeste desde 2011, provocando déficit hídrico, e prejudicando a produção dos
perímetros irrigados, sobretudo Paraíba, Pernambuco e Bahia, o primeiro era de longe
o maior fornecedor de coco verde deste entreposto, oriundo do município de Souza,
que teve plantações inteiras dizimadas, causando enorme prejuízo e desemprego na
região, os agricultores irão levar de 02 a 03 anos para voltarem a produzir plenamente.
A expectativa é de preços elevados para o consumidor, no curto, médio prazo, em
virtude do cenário exposto, sobretudo agora que estamos na entressafra que ocorre
de outubro a abril.
Os valores de comercialização estão muito acima da média histórica, ou seja,
R$ 90,00 o cento.
Goiaba – Apesar da queda de (12,03%), no preço em março/14, quando comparado
com o mesmo período do ano passado, reflexo do aumento da oferta decorrente do
período de safra que ocorre de janeiro a abril, os valores estão elevados e acima
da média histórica, ou seja, R$ 1,80 o quilo ou R$ 35,00 a caixa com 20 quilos.
A expectativa é de recuo discreto dos preços no curto, médio prazo em nível de
consumidor.
Laranja pera – Apesar da queda de (10%) no preço de março/14, com relação a
março/13, os valores continuam acima da faixa média histórica, ou seja, R$ 16,00 o
cento ou R$ 0,80 o quilo.
Este cenário decorre principalmente dos efeitos da seca severa que incidiu nos
estados de Sergipe e Bahia, nos últimos anos importantes fornecedores do produto
neste entreposto.
A qualidade estar comprometida o tamanho do fruto está muito misturado, daí a
diferença no preço entre os tipos grandes e pequenos.
A safra paulista este ano está estimada em 297 milhões de caixas, 20% a menos
que a anterior, reflexo da erradicação de pomares mais velhos e mesmo falta de
tratos culturais. São Paulo tem o maior parque citrícula global.
A tendência é de recuo dos preços com relação a abril do ano passado, porém
elevado em nível de consumidor no curto, médio prazo, em função da entressafra
que ocorre em março, abril e maio.
Outra variável que pode provocar oscilações na oferta e no preço no mercado interno,
é o panorama internacional da produção, estoques e demanda. O Brasil exporta mais
de 90% de suco concentrado, destes, 70% vai para a União Européia, 15% para os
EUA., o restante Japão e outros.
Obs.: O Ministério da Agricultura estabeleceu preço mínimo em torno de R$ 11,00 a cx
de 40,8 kg.
Limão taity – Apesar da queda de (20%) no preço de março/14, com relação a
março/13 os valores de comercialização ficaram muito acima da média histórica, ou
seja, R$ 7,00 o cento, ou R$ 1,40 o quilo.
Este cenário decorre ainda dos efeitos da instabilidade climática que ainda perdura em
várias regiões produtoras.
A tendência é de recuo discreto dos preços em nível de consumidor no curto, médio
prazo, em função do período de safra que ocorre de janeiro a agosto, todavia com
valores elevados quando comparado com o mesmo período do ano passado.
Maçã nacional – O aumento de 40,74% no preço em março/14, quando comparado
com o mesmo período do ano passado, decorre da diminuição da oferta e da
qualidade em virtude das variações climáticas desde o final do ano passado como
chuvas, geada, seca no início do ano com temperaturas muito elevadas e mais
recentemente chuvas e granizo, acarretando perdas de 20% na produção no sul do
país (São Joaquim SC e Vacaria Rio Grande do Sul).
Estamos no período de safra que ocorre de fevereiro a julho, no entanto os valores
de comercialização estão muito superiores a média histórica, ou seja, R$ 43,00 a cx
com 18 quilos.
A tendência é de preços elevados em nível de consumidor no curto, médio prazo, em
função do cenário exposto.
Mamão hawai – O aumento de 14,29% no preço médio de março/14, quando
comparado com igual período de 2013, é reflexo da queda de produção em nível
nacional, decorrente ainda das alterações climáticas (seca no nordeste desde 2012 –
Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte) principais fornecedores desse entreposto.
O Espírito Santo maior exportador nacional de mamão, enfrentou chuvas torrenciais e
enchentes no final do ano passado com destruição de grandes áreas produtivas e
agora estiagem e altas temperaturas.
A tendência é de oscilação discreta dos preços em nível de consumidor.
O período de safra que ocorre de janeiro a julho.
Os valores de comercialização estão acima da média histórica, ou seja, R$ 1,50 o
quilo.
Maracujá – A queda de (10,87) no preço médio de março/14, quando comparado com
março/2013, decorre principalmente do aumento da oferta, reflexo do período de safra
que ocorre de janeiro agosto.
A expectativa é de retrações ainda maiores nos preços em nível de consumidor, com
acomodação dos valores dentro da faixa média histórica, ou seja, R$ 35,00 o cento ou
R$ 2,60 o quilo.
As condições de cultivo estão mais favoráveis este ano embora tenha havido um
aumento nos custos de produção com mão de obra, fertilizantes além do investimento
com estacas e arame.
Melancia – O Reajuste de 24,19% no preço em março/14, com relação a março/13,
deixou os valores acima da média histórica, ou seja, R$ 0,55 o quilo, esse aumento
decorre da diminuição natural da oferta em função do período de entressafra que
ocorre de março a setembro.
A tendência é de oscilação positiva dos preços no curto, médio prazo em virtude do
cenário exposto.
Melão espanhol – O aumento de 22,50% no preço em março/14, quando comparado
com igual período do ano passado, é reflexo da diminuição natural da oferta
decorrente do período de entressafra que ocorre de março a agosto.
Os valores de comercialização estão ligeiramente acima da faixa média histórica, ou
seja, R$ 1,20 o quilo.
Os estados do CE e RN, são os maiores produtores e exportadores de melão do país.
A tendência é de aumento discreto dos preços em nível de consumidor no curto
médio prazo, em função do cenário exposto.
Uva Itália - O aumento de 10,47% no preço médio de março/14, com relação a
março/13 decorre da entressafra, que ocorre de dezembro a abril, os valores estão
bem acima da média histórica, ou seja, R$ 2,70 o quilo ou 48,00 a caixa com 18 kg.
Este cenário decorre também do aumento dos custos de produção com mão de obra,
fertilizantes, defensivos e transporte.
A tendência é de preços elevados em nível de consumidor, no curto, médio prazo, em
função do cenário exposto.
Sugestões de consumo : laranja, goiaba, graviola.
Grupo III (Cereais/Oleaginosas).
Açúcar - A conjunção dos fatores abaixo relacionados, justifica o recuo de (12,98%)
no preço do fardo de 30 quilos, em 12 meses, R$ 37,21 em março/2014 e R$ 42,76
em março/2013.
1º Previsão de produção de açúcar em torno de 34 milhões de toneladas da safra
2013/2014 do centro-sul do país, o Brasil é o maior produtor e exportador mundial de
açúcar.
2º Isenção do PIS/COFINS – Artigo faz parte da lista de produtos desonerados pelo
governo.
3º Excedente Global em torno de 4,7 milhões de toneladas.
Os maiores produtores são Brasil, Índia, Tailândia, Austrália, Rússia e Europa.
Embora em direção contrária atualmente os canaviais paulistas foram prejudicados no
seu desenvolvimento vegetativo por conta da seca no sudeste e temperaturas
altíssimas, bem como o nordeste sobretudo Alagoas, além do aumento dos custos de
produção com mão de obra, renovação dos canaviais, fertilizantes e defensivos além
das dificuldades logísticas com aumentos significativos no frete. (20%)
Arroz Parboilizado – O aumento de 5,43% no preço médio de março/14 com relação
a março/13 decorre do aumento em torno de 14% em nível de produtor neste
mesmo período.
A previsão total da safra de arroz de 12.516 milhões de toneladas é 4% superior a do
ano passado a colheita se estenderá até abril, os valores continuam acima da média
histórica, ou seja, R$ 48,00 o fardo de 30 quilos.
A concentração da produção na região sul 9.2(nove milhões e duzentas mil toneladas)
equivalente a algo em torno de 77% da produção nacional, dificulta a logística de
distribuição e aumenta os custos dos fretes que tiveram reajustes em torno de 20%.
No período de setembro a novembro, ocorre o plantio do arroz no Rio Grande do Sul e
a colheita ocorre de fevereiro a abril.
A tendência é de preços elevados no curto, médio prazo, em nível de consumidor, em
função do cenário exposto.
Farinha de Mandioca – Apesar da queda de (28,54%) no preço de março/2014, com
relação a março/2013 os valores continuam muito elevados com relação ao preço
médio histórico, ou seja, R$ 48,00 o fardo de 30 quilos.
Este cenário decorre principalmente da falta de matéria prima (mandioca) nas
casas de farinha.
As perdas são reflexos das condições climáticas ocorridas no nordeste desde 2012
(seca, com irregularidade das chuvas) e que se mantém.
Ao contrário do nordeste, o sul/sudeste está com uma boa produção e os produtores
destas regiões naturalmente estão satisfeitos com os preços praticados acima de
100% com relação ao ano passado.
Com o objetivo de manter a mão de obra local ocupada nas casas de farinha, o
nordeste passou a importar mandioca do Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Pará.
A expectativa do mercado é de preços elevados, com oscilações negativas, em nível
de consumidor no curto, médio prazo.
Feijão carioquinha – A queda de (38%) no preço médio de março/14 com relação a
março/13 decorre do aumento total da oferta segundo a CONAB a previsão em
2013/14 é de 3.446 milhões de toneladas, a média histórica da nossa produção
gira em torno de 3.400 milhões e quatrocentas mil toneladas.
Os produtores do centro-sul estimulados pelos bons preços aumentaram a área de
plantio, no entanto a falta de chuva em janeiro e fevereiro com temperaturas elevadas
prejudicaram o desenvolvimento da planta, elevando o preço de R$ 75,00 em janeiro
para R$ 120,00 em março.
A colheita da 1ª safra no Paraná deverá ser 40% maior que a do ano passado, em
Minas Gerais e no centro-oeste (Cristalina Goiás) e em parte do nordeste, Sergipe, por
exemplo, a colheita avança elevando a oferta do feijão carioquinha extra-novo
provocando a retração dos preços em nível de consumidor.
A tendência é que no curto, médio prazo os preços fiquem oscilando dentro e até
abaixo da faixa média histórica, que é de R$ 95,00 o fardo com 30 quilos.
Grupo IV (Carnes e Laticínios).
Boi gordo – O Aumento gradativo de 12,47% no preço da arroba em março/14 com
relação a março/13, foi provocado pela diminuição da oferta de animais decorrente do
abate de fêmeas em anos anteriores, má qualidade das pastagens devido a estiagem
no sul/sudeste e centro-oeste no início do ano, deixando os frigoríficos com a escala
de abate muito apertada.
Outro fator altista é o crescimento da demanda interna, e a boa performance das
exportações.
A expectativa é de elevação dos preços em nível de consumidor no curto, médio
prazo, não obstante ainda estarmos no período da safra nacional que ocorre de
dezembro a abril.
Frango – As oscilações ocorridas no preço em março/14, com relação a março/2013,
o frango resfriado aumentou 1,87% já o congelado recuou (2,34%) e o vivo (19,14%)
Os valores de comercialização continuam acima da média histórica, e, decorre
essencialmente do aumento nos custos de produção, embora tenha havido retração
dos preços do milho e soja no mercado interno, os problemas logísticos ligados ao
transporte, aos custos operacionais com mão de obra, e tarifas, impede queda
maiores no preço final do produto.
A tendência é de oscilações positivas dos preços em nível de consumidor no curto
prazo puxado pelo aumento recente do preço do milho em função das alterações
climáticas atuais no centro-oeste.
OVOS – A queda de (10,88%) no preço médio em março/14, com relação a março/13,
decorre do fato de que no ano passado os preços do produto estavam muito elevados,
Houve uma redução do plantel de aves poedeiras em nível nacional, e no nordeste
com maior destaque, em função dos altos custos operacionais, com insumos, mão de
obra, e transporte.
A tendência é de aumento discreto dos preços, no curto prazo, em função do aumento
do consumo decorrente do retorno as aulas e da diminuição da oferta reflexo das altas
temperaturas verificadas no sudeste (São Paulo) maior produtor nacional, provocando
estresse e até morte das aves, porém abaixo dos valores praticados no ano passado.
O preço médio histórico é de R$ 19,00 o cento.
Recife, 31 de março de 2014
Marcos Antônio Barros
Chefe do Setor de Informações de Mercado Agrícola
Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545 - 08002813966 - FAX: 3182-3534
Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado
Acesso a internet : www.ceasape.org.br

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Análise dos preços de hortaliças na CEASA-PE em março de 2014

  • 1. 5–PONDERAÇÕES TÉCNICAS: Grupos (Hortaliças/Tubérculos/Frutas/Carnes) Os preços médios praticados na CEASA-PE em março/14, com relação a março/13, se apresentaram com redução no segmento das hortaliças (26,06%) nos cereais (6,87%) já as frutas aumentaram 24,10%, e as carnes/laticínios 20,95%. O sistema produtivo ainda enfrenta dificuldades por conta da irregularidade das chuvas e diminuição do nível dos reservatórios e mananciais destinados à irrigação em nosso Estado e nos circunvizinhos. Os efeitos da recente seca regrediram um pouco em função das últimas chuvas. Detectamos uma redução no nível da oferta e, por conseguinte uma alteração expressiva dos preços de alguns produtos. Outro fator relevante é o aumento dos custos de produção, com mão de obra, insumos e transporte. Vale ressaltar que os preços praticados na CEASA-PE ainda são muitos inferiores aos de outros pontos comerciais. Consolidando este centro como a melhor opção de compras já que este atua como um forte distribuidor do mercado. Faremos alguns comentários sobre as oscilações e outros que achamos pertinente. Abóbora – A queda expressiva de (32,93%) no preço médio em março/2014, com relação a março/2013, é um realinhamento nos valores de comercialização já que os preços estavam muito elevados neste período do ano passado, com esta redução os valores de comercialização ficaram abaixo da faixa média histórica, que é R$ 1,15 o quilo. A tendência é de queda dos preços no curto, médio prazo em nível de consumidor não obstante estarmos na entressafra que ocorre de fevereiro a agosto. Vale salientar, que entre janeiro e março a oferta predominante neste entreposto é do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Maranhão. Alface, coentro e cebolinha - Por serem culturas com características de cultivo peculiar, ciclos vegetativos curto, muito susceptíveis as boas condições climáticas, têm oscilações abruptas na oferta e no preço. A alface - teve uma queda média no preço de (54,63%) a cebolinha (55,99%) e o coentro (24,45%) em março/14 com relação a março/13. A tendência é de oscilações positivas em nível de consumidor, no curto, médio prazo, Por conta da entressafra que ocorre de março a julho em virtude da instabilidade climática, que normalmente ocorre neste período.
  • 2. Aipim (Macaxeira) – A queda expressiva de (55%) no preço médio em março/14, com relação a março/13, decorre do aumento gradativo da oferta a partir do segundo semestre do ano passado, já que as condições gerais de cultivo estão melhores, os valores de comercialização recuaram e já se encontram dentro da faixa média histórica que é em torno de R$ 1,15 o quilo ou 17,00 a arroba de 15 kg. Os municípios que se destacam como produtores são Petrolina e Alhandra. A tendência é de queda dos preços em nível de consumidor, no curto médio prazo, e muito abaixo dos preços praticados no 1º semestre do ano passado, também em função do período de safra que ocorre de abril a setembro. Alho nacional – A queda de (14,12%) no preço em março/14, com relação ao mesmo período de 2013, decorre do aumento da produção nacional em torno de 11%, em função da boa produtividade (16 toneladas por hectare). Além da importação do alho da China maior produtor global e direciona boa parte para o Brasil, 70% do nosso consumo é importado principalmente da China. A nossa produção gira em torno de 10 milhões de caixas de 10 quilos. Os valores de comercialização estão dentro da faixa média histórica, ou seja, R$ 70,00 a cx com 10 quilos. Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, e Rio Grande do Sul, são os maiores produtores do país. A tendência é de oscilações negativas discretas dos preços no curto, médio prazo em nível de consumidor, haja vista, estarmos no período de safra que ocorre de outubro a abril. Embora tenha havido uma quebra em torno de 60% na produção Argentina, importante fornecedor de alho para o Brasil, em função de problemas climáticos. Batatinha – O aumento de 8,84% no preço médio em março/14, com relação a março/13, é reflexo da diminuição da oferta decorrente do período da entressafra que ocorre de março a junho, com destaque para abril e maio. A falta de chuva e as altas temperaturas na região sudeste do país em janeiro e fevereiro provocaram queda de 40% na produção da safra das águas, que por sinal está no final, no sul de Minas Gerais, maior produtor nacional que responde por 35% da produção nacional. A tendência é de aumentos ainda maiores dos preços em nível de consumidor no curto médio prazo, já que as beneficiadoras estão ociosas por falta do produto. O preço disparou em nível de produtor que já vendem o saco de 50 kg. a R$ 120,00. O preço médio histórico é R$ 1,85 o quilo ou R$ 92,00 o saco de 50 kg. Batata doce – A queda de 14,60% no preço médio de março/14, com relação ao mesmo período do ano passado, deixou os valores de comercialização dentro da faixa média histórica, ou seja R$ 20,00 a arroba ou R$ 1,35 o quilo. Este cenário decorre essencialmente do equilíbrio entre oferta e demanda, já que estamos no período de safra que ocorre de dezembro a abril. Pernambuco (Correntes) Rio Grande do Norte, Paraíba (Alhandra) São Paulo e Ceará, todos estes são importantes fornecedores de batata doce deste entreposto.
  • 3. A tendência é de estabilidade dos preços no curto médio prazo em nível de consumidor. Cará São Tomé – Apesar da queda expressiva de (25%) no preço médio de março/14, quando comparado com igual período do ano passado, os valores de comercialização continuam ligeiramente acima da faixa média histórica, ou seja, R$ 1,65 o quilo e R$ 25,00 a arroba de 15 quilos. Este cenário decorre do aumento da demanda decorrente da migração dos consumidores do INHAME DO NORTE. Outra variável importante é o aumento dos custos de produção principalmente com mão de obra, insumos e transporte. Os principais municípios produtores são Barra de Guabiraba, Bonito, Gravatá e Alhandra. A tendência é de recuo dos preços em nível de consumidor no curto, médio prazo, já que estamos no período de safra que ocorre de março a agosto. Cebola Pera – A queda de (47,51%), no preço médio de março/14, quando comparado com março/13, significa um realinhamento do preço em busca dos valores históricos, ou seja, R$ 27,00 o saco com 20 quilos. já que os valores estavam muito elevados. A tendência é de preços elevados em nível de consumidor, no curto, médio prazo, em função da entressafra regional que ocorre entre fevereiro e junho, no entanto muito abaixo dos preços praticados neste período do ano passado. Cenoura – Apesar da queda de (32,87%) no preço em março/14, com relação ao mesmo período do ano passado, os valores estão elevados e acima da média histórica, ou seja, R$ 1,50 o quilo, este cenário decorre da diminuição da oferta e da movimentação do produto, em virtude das variações climáticas sobretudo no nordeste, Lapão na Bahia é um dos maiores produtores em nível nacional e importante fornecedor deste entreposto. A tendência é de preços elevados em nível de consumidor no curto, médio prazo, em função do período de entressafra que ocorre de fevereiro a julho, porém abaixo dos valores praticados neste mesmo intervalo do ano passado, (ápice da seca.) Chuchu – Por conta de sua produção ter alta dependência nas boas condições climáticas (sobretudo temperatura), sofre grandes oscilações na oferta e no preço. A queda de (71,57%) no preço em março/14, com relação a março/13, em nível de consumidor exprime bem isto, ou seja, depende essencialmente das boas condições de cultivo. (chuvas amenas, temperatura equilibrada, insolação e ventilação moderada). Vale salientar que entramos no período de entressafra que ocorre de janeiro a maio. Os valores de comercialização em março ficaram muito abaixo da média histórica, ou seja, em torno de R$ 25,00 o cento ou R$ 0,80 o kg. Inhame da costa – A queda de (16,21%) no preço em março/14 quando comparado com março/13, decorre do fato que no ano passado os preços estavam muito
  • 4. elevados, os valores de comercialização continuam elevados, esse cenário decorre principalmente da queda progressiva na oferta, em virtude da diminuição da área cultivada e conseqüentemente da produção, reflexo do movimento migratório para a produção e consumo do cará São Tomé. Esta realidade está sendo verificada nos últimos anos, em função da melhor produtividade do cará são Tomé, que tem boa aceitação com sabor e valores nutricionais muito semelhantes ao inhame da costa, além da diferença no preço que em março/14 chegou a mais de xx%. A tendência é de recuo dos preços em nível de consumidor no curto, médio prazo embora acima da média histórica, ou seja, R$ 41,00 a arroba de 15 quilos. O primeiro intervalo de safra que ocorre em março, abril e maio. Os principais municípios fornecedores são Bonito, Amarají, Barra de Guabiraba, Camocim de São Felix e Alhandra na Paraíba. Pepino – O aumento de 39,26% no preço em março/14, com relação a março/13, deixou os valores de comercialização muito acima da média histórica, ou seja, R$ 0,85 o quilo, e decorre da diminuição da oferta provocada pela entressafra do produto, que ocorre de fevereiro a junho, além da instabilidade climática, o aumento dos custos de produção com mão de obra, insumos e frete. A tendência é de preços elevados no curto, médio prazo, em nível de consumidor. Pimentão – A queda de (10,38%) em março/14, quando comparado com março/13, é um realinhamento já que os valores estavam elevados no ano passado, provocado pela instabilidade climática seca, chuvas, umidade, oscilação da temperatura, que favorece o aparecimento de pragas e fungos. Outro fator altista é o aumento dos custos de produção com mão de obra cara e escassa, insumos defensivos e fertilizantes, além do frete. Vale salientar que estamos no período de entressafra que ocorre de março a agosto. A tendência é de preços elevados em nível de consumidor no curto, médio prazo e acima da média histórica, ou seja, R$ 18,00 o cento ou R$ 1,70 o quilo. Repolho – Apesar da queda expressiva de (52,18%) no preço em março/14, quando comparado com o mesmo período do ano passado, os valores continuam bastante elevados e acima do preço médio histórico, ou seja, R$ 1,50 o quilo. Este cenário decorre da diminuição da oferta provocada pelo período de entressafra que ocorre de fevereiro a junho, da instabilidade climática com a irregularidade das chuvas, e aumento nos custos de produção, com mão de obra, defensivos e transporte. A expectativa é de preços elevados em nível de consumidor no curto, médio prazo, porém muito abaixo dos praticados neste mesmo período do ano passado. Tomate – O aumento da oferta em função das boas condições climáticas no agreste pernambucano, região que se destaca como produtora provocou a retração de 56,77% no preço médio em março/14, com relação a março/13, os valores ficaram abaixo da média histórica, ou seja, R$ 1,20 o kg. ou 30,00 a cx de 25 quilos.
  • 5. A tendência é de aumento dos preços no curto, médio prazo em nível de consumidor em função do período da entressafra regional que ocorre de fevereiro a julho com destaque para abril e maio. Outra variável altista importante foi à seca com altas temperaturas desde o início do ano no sudeste do país, que favoreceu o ataque de pragas, que mesmo com pulverizações acarretaram perdas de 50% na produção paulista 2º maior produtor nacional, atrás apenas de Goiás, provocando aumentos significativos no preço final do produto. Vagem – Apesar da queda de (3,17%) no preço em março/14, quando comparado com março/13, os valores de comercialização continuam acima da média histórica, ou seja, R$ 2,85 o quilo. Esta realidade decorre da diminuição da oferta, decorrente do período de entressafra que ocorre de março a julho. Os valores desde o ano passado estão bastante elevados, reflexo da instabilidade climática, além do aumento dos custos de produção com mão de obra e transporte. A tendência é de preços ainda mais elevados no curto, médio prazo em nível de consumidor em virtude do cenário exposto. . Sugestões de consumo: Abóbora,chuchu,macaxeira,tomate Grupo II (Frutas) Abacaxi – O aumento de 15,20%, no preço em março/14, quando comparado com o mesmo período do ano passado, decorre especialmente da diminuição da oferta, em função da queda na produção e da qualidade do produto decorrente do período da entressafra que ocorre de fevereiro a julho, potencializado pelos efeitos da seca que ainda assola parte do nordeste, região que se destaca como produtora, além do aumento dos custos com aumento da mão de obra, transporte, fertilizantes e defensivos agrícolas. A tendência é de preços elevados em nível de consumidor no curto, médio prazo, e bem acima da média histórica, que é em torno de R$ 135,00 o cento. Banana Pacovan – O aumento de 11,77% no preço em março/14, com relação ao mesmo período do ano passado, deixou os valores elevados e acima do preço médio histórico, ou seja, em torno de R$ 10,00 o cento. Este cenário é reflexo da queda na oferta e na qualidade do produto, decorrente dos efeitos da seca que assolou os estados nordestinos nos últimos anos. Outra variável altista é o aumento dos custos operacionais principalmente com mão de obra e transporte. Os principais municípios produtores são Vicência, São Vicente Férrer, Machados, Macaparana, Petrolina, e Santa Maria da Boa vista onde se produz o ano inteiro em perímetros irrigados, Pernambuco responde por 8% da produção nacional. Limoeiro do norte e Missão Velha-CE e vale do Açu RN também são grandes fornecedores deste entreposto.
  • 6. A tendência é de preços elevados em nível de consumidor, no curto médio prazo, sobretudo agora em função do período de entressafra que ocorre de abril a setembro. Coco seco – O aumento expressivo de 137,49% no preço médio de março/14, com relação a março/13, decorre da queda expressiva na oferta reflexo dos efeitos da extrema seca que atingiu o nordeste desde 2011, atrelada a uma demanda firme, principalmente das empresas beneficiadoras do produto instaladas em todos estados nordestinos, e agora o aumento do consumo do produto in-natura por conta da páscoa, produtores da Bahia maior produtor nacional estão muito satisfeito com a demanda e o preço. A liberação das importações a partir de 31/08/2012, que estavam proibidas desde 2002, de produtos derivados de países exportadores como Vietnam, Siri-Lanka, Indonésia, este último maior produtor mundial de coco, não tem evitado esta escalada altista. A tendência é de preços elevados em nível de consumidor e acima dos valores médios históricos, não obstante estarmos no período de safra que ocorre de janeiro a maio. Os valores de comercialização estão muito acima da média histórica, ou seja, R$104,00 o cento ou R$ 1,65 o quilo. Coco verde – O aumento de 6,79% no preço em março/14, com relação a março/13, é reflexo da diminuição notória da oferta reflexo dos efeitos da seca severa que atingiu o nordeste desde 2011, provocando déficit hídrico, e prejudicando a produção dos perímetros irrigados, sobretudo Paraíba, Pernambuco e Bahia, o primeiro era de longe o maior fornecedor de coco verde deste entreposto, oriundo do município de Souza, que teve plantações inteiras dizimadas, causando enorme prejuízo e desemprego na região, os agricultores irão levar de 02 a 03 anos para voltarem a produzir plenamente. A expectativa é de preços elevados para o consumidor, no curto, médio prazo, em virtude do cenário exposto, sobretudo agora que estamos na entressafra que ocorre de outubro a abril. Os valores de comercialização estão muito acima da média histórica, ou seja, R$ 90,00 o cento. Goiaba – Apesar da queda de (12,03%), no preço em março/14, quando comparado com o mesmo período do ano passado, reflexo do aumento da oferta decorrente do período de safra que ocorre de janeiro a abril, os valores estão elevados e acima da média histórica, ou seja, R$ 1,80 o quilo ou R$ 35,00 a caixa com 20 quilos. A expectativa é de recuo discreto dos preços no curto, médio prazo em nível de consumidor. Laranja pera – Apesar da queda de (10%) no preço de março/14, com relação a março/13, os valores continuam acima da faixa média histórica, ou seja, R$ 16,00 o cento ou R$ 0,80 o quilo. Este cenário decorre principalmente dos efeitos da seca severa que incidiu nos estados de Sergipe e Bahia, nos últimos anos importantes fornecedores do produto neste entreposto.
  • 7. A qualidade estar comprometida o tamanho do fruto está muito misturado, daí a diferença no preço entre os tipos grandes e pequenos. A safra paulista este ano está estimada em 297 milhões de caixas, 20% a menos que a anterior, reflexo da erradicação de pomares mais velhos e mesmo falta de tratos culturais. São Paulo tem o maior parque citrícula global. A tendência é de recuo dos preços com relação a abril do ano passado, porém elevado em nível de consumidor no curto, médio prazo, em função da entressafra que ocorre em março, abril e maio. Outra variável que pode provocar oscilações na oferta e no preço no mercado interno, é o panorama internacional da produção, estoques e demanda. O Brasil exporta mais de 90% de suco concentrado, destes, 70% vai para a União Européia, 15% para os EUA., o restante Japão e outros. Obs.: O Ministério da Agricultura estabeleceu preço mínimo em torno de R$ 11,00 a cx de 40,8 kg. Limão taity – Apesar da queda de (20%) no preço de março/14, com relação a março/13 os valores de comercialização ficaram muito acima da média histórica, ou seja, R$ 7,00 o cento, ou R$ 1,40 o quilo. Este cenário decorre ainda dos efeitos da instabilidade climática que ainda perdura em várias regiões produtoras. A tendência é de recuo discreto dos preços em nível de consumidor no curto, médio prazo, em função do período de safra que ocorre de janeiro a agosto, todavia com valores elevados quando comparado com o mesmo período do ano passado. Maçã nacional – O aumento de 40,74% no preço em março/14, quando comparado com o mesmo período do ano passado, decorre da diminuição da oferta e da qualidade em virtude das variações climáticas desde o final do ano passado como chuvas, geada, seca no início do ano com temperaturas muito elevadas e mais recentemente chuvas e granizo, acarretando perdas de 20% na produção no sul do país (São Joaquim SC e Vacaria Rio Grande do Sul). Estamos no período de safra que ocorre de fevereiro a julho, no entanto os valores de comercialização estão muito superiores a média histórica, ou seja, R$ 43,00 a cx com 18 quilos. A tendência é de preços elevados em nível de consumidor no curto, médio prazo, em função do cenário exposto. Mamão hawai – O aumento de 14,29% no preço médio de março/14, quando comparado com igual período de 2013, é reflexo da queda de produção em nível nacional, decorrente ainda das alterações climáticas (seca no nordeste desde 2012 – Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte) principais fornecedores desse entreposto. O Espírito Santo maior exportador nacional de mamão, enfrentou chuvas torrenciais e enchentes no final do ano passado com destruição de grandes áreas produtivas e agora estiagem e altas temperaturas. A tendência é de oscilação discreta dos preços em nível de consumidor. O período de safra que ocorre de janeiro a julho. Os valores de comercialização estão acima da média histórica, ou seja, R$ 1,50 o quilo.
  • 8. Maracujá – A queda de (10,87) no preço médio de março/14, quando comparado com março/2013, decorre principalmente do aumento da oferta, reflexo do período de safra que ocorre de janeiro agosto. A expectativa é de retrações ainda maiores nos preços em nível de consumidor, com acomodação dos valores dentro da faixa média histórica, ou seja, R$ 35,00 o cento ou R$ 2,60 o quilo. As condições de cultivo estão mais favoráveis este ano embora tenha havido um aumento nos custos de produção com mão de obra, fertilizantes além do investimento com estacas e arame. Melancia – O Reajuste de 24,19% no preço em março/14, com relação a março/13, deixou os valores acima da média histórica, ou seja, R$ 0,55 o quilo, esse aumento decorre da diminuição natural da oferta em função do período de entressafra que ocorre de março a setembro. A tendência é de oscilação positiva dos preços no curto, médio prazo em virtude do cenário exposto. Melão espanhol – O aumento de 22,50% no preço em março/14, quando comparado com igual período do ano passado, é reflexo da diminuição natural da oferta decorrente do período de entressafra que ocorre de março a agosto. Os valores de comercialização estão ligeiramente acima da faixa média histórica, ou seja, R$ 1,20 o quilo. Os estados do CE e RN, são os maiores produtores e exportadores de melão do país. A tendência é de aumento discreto dos preços em nível de consumidor no curto médio prazo, em função do cenário exposto. Uva Itália - O aumento de 10,47% no preço médio de março/14, com relação a março/13 decorre da entressafra, que ocorre de dezembro a abril, os valores estão bem acima da média histórica, ou seja, R$ 2,70 o quilo ou 48,00 a caixa com 18 kg. Este cenário decorre também do aumento dos custos de produção com mão de obra, fertilizantes, defensivos e transporte. A tendência é de preços elevados em nível de consumidor, no curto, médio prazo, em função do cenário exposto. Sugestões de consumo : laranja, goiaba, graviola. Grupo III (Cereais/Oleaginosas). Açúcar - A conjunção dos fatores abaixo relacionados, justifica o recuo de (12,98%) no preço do fardo de 30 quilos, em 12 meses, R$ 37,21 em março/2014 e R$ 42,76 em março/2013.
  • 9. 1º Previsão de produção de açúcar em torno de 34 milhões de toneladas da safra 2013/2014 do centro-sul do país, o Brasil é o maior produtor e exportador mundial de açúcar. 2º Isenção do PIS/COFINS – Artigo faz parte da lista de produtos desonerados pelo governo. 3º Excedente Global em torno de 4,7 milhões de toneladas. Os maiores produtores são Brasil, Índia, Tailândia, Austrália, Rússia e Europa. Embora em direção contrária atualmente os canaviais paulistas foram prejudicados no seu desenvolvimento vegetativo por conta da seca no sudeste e temperaturas altíssimas, bem como o nordeste sobretudo Alagoas, além do aumento dos custos de produção com mão de obra, renovação dos canaviais, fertilizantes e defensivos além das dificuldades logísticas com aumentos significativos no frete. (20%) Arroz Parboilizado – O aumento de 5,43% no preço médio de março/14 com relação a março/13 decorre do aumento em torno de 14% em nível de produtor neste mesmo período. A previsão total da safra de arroz de 12.516 milhões de toneladas é 4% superior a do ano passado a colheita se estenderá até abril, os valores continuam acima da média histórica, ou seja, R$ 48,00 o fardo de 30 quilos. A concentração da produção na região sul 9.2(nove milhões e duzentas mil toneladas) equivalente a algo em torno de 77% da produção nacional, dificulta a logística de distribuição e aumenta os custos dos fretes que tiveram reajustes em torno de 20%. No período de setembro a novembro, ocorre o plantio do arroz no Rio Grande do Sul e a colheita ocorre de fevereiro a abril. A tendência é de preços elevados no curto, médio prazo, em nível de consumidor, em função do cenário exposto. Farinha de Mandioca – Apesar da queda de (28,54%) no preço de março/2014, com relação a março/2013 os valores continuam muito elevados com relação ao preço médio histórico, ou seja, R$ 48,00 o fardo de 30 quilos. Este cenário decorre principalmente da falta de matéria prima (mandioca) nas casas de farinha. As perdas são reflexos das condições climáticas ocorridas no nordeste desde 2012 (seca, com irregularidade das chuvas) e que se mantém. Ao contrário do nordeste, o sul/sudeste está com uma boa produção e os produtores destas regiões naturalmente estão satisfeitos com os preços praticados acima de 100% com relação ao ano passado. Com o objetivo de manter a mão de obra local ocupada nas casas de farinha, o nordeste passou a importar mandioca do Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Pará. A expectativa do mercado é de preços elevados, com oscilações negativas, em nível de consumidor no curto, médio prazo.
  • 10. Feijão carioquinha – A queda de (38%) no preço médio de março/14 com relação a março/13 decorre do aumento total da oferta segundo a CONAB a previsão em 2013/14 é de 3.446 milhões de toneladas, a média histórica da nossa produção gira em torno de 3.400 milhões e quatrocentas mil toneladas. Os produtores do centro-sul estimulados pelos bons preços aumentaram a área de plantio, no entanto a falta de chuva em janeiro e fevereiro com temperaturas elevadas prejudicaram o desenvolvimento da planta, elevando o preço de R$ 75,00 em janeiro para R$ 120,00 em março. A colheita da 1ª safra no Paraná deverá ser 40% maior que a do ano passado, em Minas Gerais e no centro-oeste (Cristalina Goiás) e em parte do nordeste, Sergipe, por exemplo, a colheita avança elevando a oferta do feijão carioquinha extra-novo provocando a retração dos preços em nível de consumidor. A tendência é que no curto, médio prazo os preços fiquem oscilando dentro e até abaixo da faixa média histórica, que é de R$ 95,00 o fardo com 30 quilos. Grupo IV (Carnes e Laticínios). Boi gordo – O Aumento gradativo de 12,47% no preço da arroba em março/14 com relação a março/13, foi provocado pela diminuição da oferta de animais decorrente do abate de fêmeas em anos anteriores, má qualidade das pastagens devido a estiagem no sul/sudeste e centro-oeste no início do ano, deixando os frigoríficos com a escala de abate muito apertada. Outro fator altista é o crescimento da demanda interna, e a boa performance das exportações. A expectativa é de elevação dos preços em nível de consumidor no curto, médio prazo, não obstante ainda estarmos no período da safra nacional que ocorre de dezembro a abril. Frango – As oscilações ocorridas no preço em março/14, com relação a março/2013, o frango resfriado aumentou 1,87% já o congelado recuou (2,34%) e o vivo (19,14%) Os valores de comercialização continuam acima da média histórica, e, decorre essencialmente do aumento nos custos de produção, embora tenha havido retração dos preços do milho e soja no mercado interno, os problemas logísticos ligados ao transporte, aos custos operacionais com mão de obra, e tarifas, impede queda maiores no preço final do produto. A tendência é de oscilações positivas dos preços em nível de consumidor no curto prazo puxado pelo aumento recente do preço do milho em função das alterações climáticas atuais no centro-oeste.
  • 11. OVOS – A queda de (10,88%) no preço médio em março/14, com relação a março/13, decorre do fato de que no ano passado os preços do produto estavam muito elevados, Houve uma redução do plantel de aves poedeiras em nível nacional, e no nordeste com maior destaque, em função dos altos custos operacionais, com insumos, mão de obra, e transporte. A tendência é de aumento discreto dos preços, no curto prazo, em função do aumento do consumo decorrente do retorno as aulas e da diminuição da oferta reflexo das altas temperaturas verificadas no sudeste (São Paulo) maior produtor nacional, provocando estresse e até morte das aves, porém abaixo dos valores praticados no ano passado. O preço médio histórico é de R$ 19,00 o cento. Recife, 31 de março de 2014 Marcos Antônio Barros Chefe do Setor de Informações de Mercado Agrícola Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545 - 08002813966 - FAX: 3182-3534 Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado Acesso a internet : www.ceasape.org.br