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A ORIENTAÇÃO
EDUCACIONAL – UMA
PERSPECTIVA
CONTEXTUALIZADA
GRISPUN, Mirian P.S. Zippin
(org.) A prática dos
orientadores educacionais. São
Paulo: Cortez, 1994.
 “(…) O cerne da questão não é mais o
ajustamento do aluno à escola, família ou
sociedade, e sim a formação do cidadão para uma
participação mais consciente no mundo em que
vive. A orientação, hoje, está mobilizada com
outros fatores que não apenas e unicamente
cuidar e ajudar os alunos com problemas” (p. 13).
“(…).O trabalho do orientador
tem uma conotação de
pluralidade dos objetivos, que
envolve, além dos aspectos
pessoais dos alunos, os aspectos
políticos e sociais do cidadão” (p.
14).
 “(…) A orientação era caracterizada
sempre, como um processo, uma ação, um
método, um trabalho cujos objetivos
diretos eram apresentados como: o aluno e
sua personalidade, o aluno e seus
problemas, o aluno e sua opções
conscientes; e cujos objetivos indiretos
diziam respeito ao desenvolvimento das
potencialidades, à auto-realização nas
esferas familiar, pessoal, escolar e social,
à resolução dos problemas de ajustamento
dos alunos” (p. 15).
 “A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
CONTINUARÁ SENDO UMA CAIXA-
PRETA, ENQUANTO A PRÓPRIA
EDUCAÇÃO ASSIM FOR
CONSIDERADA; DISCUTE-SE A
EDUCAÇÃO, SABE-SE DOS SEUS
ÍNDICES, SABE-SE DA IMPORTÂNCIA
DE SEU PROCESSO, MAS NÃO SE
CONFIGURA UMA VONTADE
POLÍTICA PARA RESOLVÊ-LA E
ENRIQUECÊ-LA” (P. 16).
OS PERÍODOS DA
ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
 PERÍODO IMPLEMENTADOR (1920-
1941):
 Começa a aparecer no cenário brasileiro
timidamente associada à orientação
profissional, com ênfase nos trabalhos de
seleção e escolha profissional;
 PERÍODO INSTITUCIONAL (1942-1960):
 Exigência legal da Orientação nas escolas,
o esforço do MEC para dinamizá-la e os
cursos que cuidavam da formação dos O.E.
PERÍODO TRANSFORMADOR (1961-
1970):
 Orientação educacional caracterizada como
educativa na Lei 4024/61;
 Ganham maior dimensão os eventos da classe,
apresentados em seminários, encontros e
congressos;
 O aluno ia sendo “objeto” significativo das
mudanças na educação à época: currículo,
programas, métodos de ensino, materiais
didáticos.
 Aspecto preventivo da O.E.
 Lei 5.564, de 21.12.1968, que regulamenta a
profissão.
PERÍODO DISCIPLINADOR (1971-
1980):
 Lei 5692/71 (LDB), determinando a sua
obrigatoriedade, inclusive, o aconselhamento
vocacional. A legislação dos profissionais da àrea
se comprometem ainda, com atribuições e funções
voltadas para a Psicologia.
 Decreto 72.846, de 26.09.1973 que regulamenta a
Lei que trata do exercício da profissão. Vai
disciplinar os passos que deverão ser seguidos (A
lei é disciplinadora).
 A leitura crítica da escola e dos processos
educacionais por Bourdieu, Passeron e Althusser
(reprodutora das relações sociais) possibilita uma
outra “leitura” da mesma.
 “(…) A orientação estava dentro da escola
e não se deu conta do seu papel. Aliás,
assumiu, em alguns momentos, uma
ingenuidade pedagógica, ouvindo, muitas
vezes calada, as críticas às suas
atividades, como sendo responsável pela
fragmentação do trabalho escolar, como
não resolvendo todos os conflitos que a
própria escola não dava conta de resolver”
(p. 20).
PERÍODO QUESTIONADOR (DÉCADA DE
1980):
 O O.E. quer participar do planejamento escolar,
procurando discutir procedimentos, estratégias,
critérios de avaliação, sempre voltados para os
alunos;
 O O.E. quer evidenciar a sua contribuição em uma
escola que se quer democrática e de qualidade;
 Os O.E. organizam-se em entidades de classe,
ampliando e fortalecendo sua relação com os
demais profissionais da educação;
 A educação deve ser entendida como um “ato
político”, como uma instituição que está
intrinsecamente relacionada com as mudanças
ocorridas no próprio núcleo da sociedade.
 Que aluno se quer? A que tipo de sociedade o aluno,
hoje, deveria se ajustar? Que família? Que escola?
Que sociedade?
PERÍODO ORIENTADOR (A PARTIR
DE 1990):
 Extinção da FENOE (Federação Nacional de
Orientação Educacional;
 Tentativa de unificar os trabalhadores da
Educação na CNTE (Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Educação, da CUT);
 Acabou-se a O.E.? Qual será a nova prática?
 Para a autora, o centro do processo educacional é
o aluno. Assim, a O.E. jamais acabaria.
 A LDB 9394/96 (LDB), em seu artigo 64 afirma
que a formação dos profissionais em
administração, planejamento, inspeção,
supervisão e O.E. será realizada em curso
superior (graduação em Pedagogia) ou em nível
de pós-graduação.
PERSPECTIVAS PARA A O.E. (P.27-
28):
 Mobilização para o conhecimento;
 Busca de uma cultura escolar;
 Construção de um homem mais crítico,
participativo e consciente de seus direitos e
deveres;
 Promoção do desenvolvimento da linguagem dos
alunos, através do estabelecimento do diálogo;
 Trabalhar a questão da afetividade e da cognição
como características interligadas ao indivíduo;
 Trabalhar a questão da totalidade como uma
tecelã que se compromete com todos os fios que
ajudam a formar o homem para o tempo de
amanhã.
A orientação educacional, hoje, caracteriza-se por um trabalho muito mais
abrangente, no sentido de sua dimensão pedagógica. Possui caráter mediador junto
aos demais educadores, atuando com todos os protagonistas da escola no resgate de
uma ação mais efetiva e de uma educação de qualidade nas escolas.” (GRINSPUN.
M. P. A. A orientação educacional – conflito de paradigmas e alternativas para a
escola. 3ª ed. São Paulo. Cortez, 2006). De acordo com o conceito acima é correto
afirmar que:
I- a orientação educacional está comprometida com a formação da cidadania do
aluno.
II- a orientação educacional deve analisar as dificuldades de aprendizagem dos
alunos tendo como referência o sistema educacional.
III- a orientação educacional possibilita a construção do conhecimento por meio de
intervenção pedagógica junto aos professores.
IV- a orientação educacional busca a construção coletiva da escola, sem perder de
vista que o coletivo é composto por pessoas, que devem pensar e agir a partir de
questões contextuais.
Estão corretas somente as afirmativas:
A) I, III e IV.
B) II e III.
C) I, II e III.
D) II e IV.
Nas afirmações a seguir, coloque V para as verdadeiras e F para as falsas,
considerando a atuação do orientador educacional na organização do trabalho
pedagógico.
( ) o orientador educacional deve envolver-se com a comunidade, resgatando sua
realidade sócioeconômica-cultural, como meio de contribuir para a adequação
curricular.
( ) o orientador deve trabalhar com um planejamento participativo sempre voltado
para uma concepção critica da realidade.
( ) o orientador discute as questões da cultura escolar promovendo
meios/estratégias para que essa realidade não se cristalize em verdades
instransponíveis, mas se articule como verdades vividas no dia a dia.
( ) o orientador participando ativamente junto a todos os atores da escola e à
comunidade, procurará refletir sobre as ações desenvolvidas no presente, visando ao
caminho futuro da escola e da sociedade.
O preenchimento correto é:
A) F V V F
B) V F V F
C) V V V V
D) F F F V
Do ponto de vista da atuação da orientação educacional, no contexto escolar, é
correto afirmar que ela auxilia a educação em um país na medida em que a
educação é fator de desenvolvimento. Assim, a orientação educacional deve:
I- organizar meios e condições de promoção da cidadania.
II- investir no desenvolvimento das características individuais dos alunos.
III- elaborar propostas e estratégias de ação que visem a tornar legal a atuação do
orientador na escola.
IV- trabalhar no sentido de incluir na vida da sociedade todos os alunos, diminuindo
ou eliminando o fator de exclusão.
O correto está somente em:
A) I e II.
B) I e IV.
C) II e III.
D) III e IV.

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A orientação educacional e sua evolução histórica

  • 1. A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL – UMA PERSPECTIVA CONTEXTUALIZADA GRISPUN, Mirian P.S. Zippin (org.) A prática dos orientadores educacionais. São Paulo: Cortez, 1994.
  • 2.  “(…) O cerne da questão não é mais o ajustamento do aluno à escola, família ou sociedade, e sim a formação do cidadão para uma participação mais consciente no mundo em que vive. A orientação, hoje, está mobilizada com outros fatores que não apenas e unicamente cuidar e ajudar os alunos com problemas” (p. 13).
  • 3. “(…).O trabalho do orientador tem uma conotação de pluralidade dos objetivos, que envolve, além dos aspectos pessoais dos alunos, os aspectos políticos e sociais do cidadão” (p. 14).
  • 4.  “(…) A orientação era caracterizada sempre, como um processo, uma ação, um método, um trabalho cujos objetivos diretos eram apresentados como: o aluno e sua personalidade, o aluno e seus problemas, o aluno e sua opções conscientes; e cujos objetivos indiretos diziam respeito ao desenvolvimento das potencialidades, à auto-realização nas esferas familiar, pessoal, escolar e social, à resolução dos problemas de ajustamento dos alunos” (p. 15).
  • 5.  “A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL CONTINUARÁ SENDO UMA CAIXA- PRETA, ENQUANTO A PRÓPRIA EDUCAÇÃO ASSIM FOR CONSIDERADA; DISCUTE-SE A EDUCAÇÃO, SABE-SE DOS SEUS ÍNDICES, SABE-SE DA IMPORTÂNCIA DE SEU PROCESSO, MAS NÃO SE CONFIGURA UMA VONTADE POLÍTICA PARA RESOLVÊ-LA E ENRIQUECÊ-LA” (P. 16).
  • 6. OS PERÍODOS DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL  PERÍODO IMPLEMENTADOR (1920- 1941):  Começa a aparecer no cenário brasileiro timidamente associada à orientação profissional, com ênfase nos trabalhos de seleção e escolha profissional;  PERÍODO INSTITUCIONAL (1942-1960):  Exigência legal da Orientação nas escolas, o esforço do MEC para dinamizá-la e os cursos que cuidavam da formação dos O.E.
  • 7. PERÍODO TRANSFORMADOR (1961- 1970):  Orientação educacional caracterizada como educativa na Lei 4024/61;  Ganham maior dimensão os eventos da classe, apresentados em seminários, encontros e congressos;  O aluno ia sendo “objeto” significativo das mudanças na educação à época: currículo, programas, métodos de ensino, materiais didáticos.  Aspecto preventivo da O.E.  Lei 5.564, de 21.12.1968, que regulamenta a profissão.
  • 8. PERÍODO DISCIPLINADOR (1971- 1980):  Lei 5692/71 (LDB), determinando a sua obrigatoriedade, inclusive, o aconselhamento vocacional. A legislação dos profissionais da àrea se comprometem ainda, com atribuições e funções voltadas para a Psicologia.  Decreto 72.846, de 26.09.1973 que regulamenta a Lei que trata do exercício da profissão. Vai disciplinar os passos que deverão ser seguidos (A lei é disciplinadora).  A leitura crítica da escola e dos processos educacionais por Bourdieu, Passeron e Althusser (reprodutora das relações sociais) possibilita uma outra “leitura” da mesma.
  • 9.  “(…) A orientação estava dentro da escola e não se deu conta do seu papel. Aliás, assumiu, em alguns momentos, uma ingenuidade pedagógica, ouvindo, muitas vezes calada, as críticas às suas atividades, como sendo responsável pela fragmentação do trabalho escolar, como não resolvendo todos os conflitos que a própria escola não dava conta de resolver” (p. 20).
  • 10. PERÍODO QUESTIONADOR (DÉCADA DE 1980):  O O.E. quer participar do planejamento escolar, procurando discutir procedimentos, estratégias, critérios de avaliação, sempre voltados para os alunos;  O O.E. quer evidenciar a sua contribuição em uma escola que se quer democrática e de qualidade;  Os O.E. organizam-se em entidades de classe, ampliando e fortalecendo sua relação com os demais profissionais da educação;  A educação deve ser entendida como um “ato político”, como uma instituição que está intrinsecamente relacionada com as mudanças ocorridas no próprio núcleo da sociedade.  Que aluno se quer? A que tipo de sociedade o aluno, hoje, deveria se ajustar? Que família? Que escola? Que sociedade?
  • 11. PERÍODO ORIENTADOR (A PARTIR DE 1990):  Extinção da FENOE (Federação Nacional de Orientação Educacional;  Tentativa de unificar os trabalhadores da Educação na CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, da CUT);  Acabou-se a O.E.? Qual será a nova prática?  Para a autora, o centro do processo educacional é o aluno. Assim, a O.E. jamais acabaria.  A LDB 9394/96 (LDB), em seu artigo 64 afirma que a formação dos profissionais em administração, planejamento, inspeção, supervisão e O.E. será realizada em curso superior (graduação em Pedagogia) ou em nível de pós-graduação.
  • 12. PERSPECTIVAS PARA A O.E. (P.27- 28):  Mobilização para o conhecimento;  Busca de uma cultura escolar;  Construção de um homem mais crítico, participativo e consciente de seus direitos e deveres;  Promoção do desenvolvimento da linguagem dos alunos, através do estabelecimento do diálogo;  Trabalhar a questão da afetividade e da cognição como características interligadas ao indivíduo;  Trabalhar a questão da totalidade como uma tecelã que se compromete com todos os fios que ajudam a formar o homem para o tempo de amanhã.
  • 13. A orientação educacional, hoje, caracteriza-se por um trabalho muito mais abrangente, no sentido de sua dimensão pedagógica. Possui caráter mediador junto aos demais educadores, atuando com todos os protagonistas da escola no resgate de uma ação mais efetiva e de uma educação de qualidade nas escolas.” (GRINSPUN. M. P. A. A orientação educacional – conflito de paradigmas e alternativas para a escola. 3ª ed. São Paulo. Cortez, 2006). De acordo com o conceito acima é correto afirmar que: I- a orientação educacional está comprometida com a formação da cidadania do aluno. II- a orientação educacional deve analisar as dificuldades de aprendizagem dos alunos tendo como referência o sistema educacional. III- a orientação educacional possibilita a construção do conhecimento por meio de intervenção pedagógica junto aos professores. IV- a orientação educacional busca a construção coletiva da escola, sem perder de vista que o coletivo é composto por pessoas, que devem pensar e agir a partir de questões contextuais. Estão corretas somente as afirmativas: A) I, III e IV. B) II e III. C) I, II e III. D) II e IV.
  • 14. Nas afirmações a seguir, coloque V para as verdadeiras e F para as falsas, considerando a atuação do orientador educacional na organização do trabalho pedagógico. ( ) o orientador educacional deve envolver-se com a comunidade, resgatando sua realidade sócioeconômica-cultural, como meio de contribuir para a adequação curricular. ( ) o orientador deve trabalhar com um planejamento participativo sempre voltado para uma concepção critica da realidade. ( ) o orientador discute as questões da cultura escolar promovendo meios/estratégias para que essa realidade não se cristalize em verdades instransponíveis, mas se articule como verdades vividas no dia a dia. ( ) o orientador participando ativamente junto a todos os atores da escola e à comunidade, procurará refletir sobre as ações desenvolvidas no presente, visando ao caminho futuro da escola e da sociedade. O preenchimento correto é: A) F V V F B) V F V F C) V V V V D) F F F V
  • 15. Do ponto de vista da atuação da orientação educacional, no contexto escolar, é correto afirmar que ela auxilia a educação em um país na medida em que a educação é fator de desenvolvimento. Assim, a orientação educacional deve: I- organizar meios e condições de promoção da cidadania. II- investir no desenvolvimento das características individuais dos alunos. III- elaborar propostas e estratégias de ação que visem a tornar legal a atuação do orientador na escola. IV- trabalhar no sentido de incluir na vida da sociedade todos os alunos, diminuindo ou eliminando o fator de exclusão. O correto está somente em: A) I e II. B) I e IV. C) II e III. D) III e IV.