3. ISRAEL E A IGREJA
NOTA INTRODUTÓRIA
No segundo capítulo da segunda carta de Paulo a Timóteo, o crente
em Jesus Cristo é apresentado sob sete aspectos diferentes:
1. Filho (versículo 1);
2. Soldado (versículo 3);
3. Atleta (versículo 5);
4. Lavrador (versículo 6);
5. Obreiro (versículo 15);
6. Vaso (versículo 21);
7. Servo (versículo 24).
Para cada um desses sete aspectos, há uma exortação apropriada:
1. Como filho, somos exortados a ser fortes e crescer na graça.
2. Como soldado, somos exortados a sofrer as aflições como um bom
guerreiro de Cristo.
3. Como atleta, somos exortados a lutar segundo as normas.
4. Como lavrador, somos exortados a trabalhar e esperar com
paciência os frutos.
5. Como obreiro, somos exortados a manejar bem a Palavra da
Verdade (aprovado)1.
6. Como vaso, devemos nos santificar para ser utensílio de honra.
7. Como servo, somos exortados a ser humildes e submissos.
1
A palavra manejar, neste texto, pode ser traduzida por “dividir” ou “repartir” (a Palavra da Verdade).
Manejar a Palavra da verdade é a grande responsabilidade de um obreiro.
4. 2
ISRAEL Versus IGREJA
Qualquer pessoa que estuda a Bíblia com interesse genuíno, logo
perceberá que grande parte do seu conteúdo é aplicada a uma só nação – Israel.
Somente a história dos judeus é apresentada no Velho Testamento, quer em
narrativa, quer em profecia. As demais nações são mencionadas apenas no que se
refere a suas relações com os israelitas.
Parece também que todas as comunicações de Deus com Israel, como
nação, têm conexão ou relação com a terra. Sendo fiel e obediente, a nação
israelita receberá como prêmio grandezas, riquezas e poder terrestre. Sendo porém
infiel e desobediente, a nação será espalhada “entre todos os povos” (Deuteronômio
28:64).
Continuando as pesquisas bíblicas, o estudante descobrirá muitas
menções da existência de um outro corpo distinto – a Igreja. Este corpo também
mantém uma relação peculiar com Deus e, juntamente com Israel, têm recebido de
Deus promessas especiais. Mas a semelhança termina aí, iniciando-se um contraste
dos mais dignos de nota.
Em vez de ser constituída tão somente pelos descendentes de Abraão,
a Igreja é um corpo no qual desaparece a distinção entre judeus e gentios. Em lugar
de um mero conceito, a Igreja é constituída de um nascimento.
Israel Igreja
• Pela obediência teria grandezas e • É instruída a se contentar com o
riquezas terrestres. alimento, vestuário, perseguição e
ódio.
• A Israel ficam ligadas as coisas • A Igreja está ligada às coisas
terrestres e temporais. espirituais e celestiais.
As Escrituras revelam que, tanto Israel como a Igreja, nem sempre
existiram. Cada qual teve um princípio – Israel com a chamada de Abraão (Gênesis
12:1-2); a Igreja no Pentecostes (Atos 2:37-41).
Há os que ensinam que Adão e os patriarcas pertencem à Igreja, mas
ela não existia antes, nem durante a vida terrena de Jesus Cristo, que se referindo a
sua Igreja, fê-lo como tendo de ser estabelecida no futuro (Mateus 16:18). Notemos
que Cristo não disse “tenho edificado” nem “estou edificando”, mas “edificarei”.
5. 3
Comparando o que diz as Escrituras sobre Israel e a Igreja, o
estudante notará contrastes na vocação, na promessa, no culto, na conduta e no
futuro de ambos:
Na Vocação
Israel Igreja
• Gênesis 12:1 • Hebreus 3:1
• Deuteronômio 8:7-9 • Mateus 8:20
• I Pedro 1:4
• I Coríntios, 4:11
• Gênesis 24:34-35 • Marcos 10:23
• Tiago 2:5
• Deuteronômio 28:7 • João 16:2
• Mateus 10:23
• Atos 8:14
• Deuteronômio 28:15 • Mateus 18:4
Na Conduta
Israel Igreja
• Deuteronômio 7:1-2 • Mateus 5:44
• I Coríntios 4:12-13
• Mateus 5:39
No Culto
Israel Igreja
• Levítico 17:8-9 • Mateus 18:20
• Levítico 1:10 • Hebreus 10:19-23
• Números 3:10 • I Pedro 2:5
Até aqui mostramos o contraste entre Israel versus Igreja, agora
analisaremos um pouco sobre a tipologia Israel x Igreja.
Apesar de Israel desobedecer a Deus, e em virtude disso terem sido
disperso por todas as nações, eles continuam como o povo de Deus. Nas
passagens seguintes vemos como a Bíblia afirma:
• Levítico 20:26: “E ser-me-eis santos, porque Eu, o Senhor, sou
santo, e separei-vos dos povos para serdes meus”.
• I Reis 8:53: “... os elegeste de todos os povos da terra”.
• Levítico 26:12: “E andarei no meio de vós, e Eu vos serei por Deus,
e vós sereis meu povo”.
6. 4
Esta promessa é repetida várias vezes na Bíblia Sagrada.
• Jeremias 7:23; 11:4; 24:7; 30:22; 31:1,33; 32:38.
• Ezequiel 11:20; 14:11; 36:28; 37:23,27.
• Oséias 2:23.
• Zacarias 2:11; 8:8.
• Hebreus 8:10.
As Escrituras afirmam 30 vezes que Israel é o povo escolhido de Deus:
Êxodo 6:7; 15:16; 33:13. Deuteronômio 4:20; 7:6; 9:29; 26:18; 27:9; 29:13; 32:9. II
Samuel 7:23,24. I Reis 3:8. II Reis 9:6; 11:17. I Crônicas 17:21,22; II Crônicas 7:14;
23:16; Salmos 33:12. Isaías 43:21; 51:16; 63:8. Jeremias 13:11. Ezequiel 34:30.
Oséias 2:1 e Zacarias 13:9.
A capital de Israel é Jerusalém. É terrena, e os israelenses pelejam por
ela até os dias de hoje. Porém, a Igreja peleja pela Jerusalém Celestial, porque “a
nossa cidade está nos céus” (Filipenses 3:20,21).
Quem foi o primeiro rei em Jerusalém?
1º. Seu nome (Gênesis 14:18-20; Hebreus 7:2)
Melquisedeque2 era rei de Salém3, que é abreviação de Jerusalém4,
cujo significado mais aceito é “Cidade de Paz”.
O seu último rei será o Senhor Jesus Cristo.
2º. Suas palavras (Gênesis 14:19-20)
Melquisedeque era rei e sacerdote (veja Gênesis 14:18), o que serviu
mui apropriadamente para ilustrar o mesmo ofício5, ocupado em forma muito mais
2
O título de Melquisedeque, rei de Salém (Hebreus 7:1), significa “rei de paz” no versículo seguinte
(Hebreus 7:2), destacando seu sentido de segurança, prosperidade e bem-estar.
3
No hebraico, significa completa. Também é uma forma abreviada de Jerusalém. Embora ocorra
apenas por quatro vezes nas Escrituras Sagradas, o nome Salém é a primeira designação dessa
cidade, identificando o lugar da cobertura, tenda ou habitação de Deus (Salmo 76:2).
4
Jerusalém é uma das mais antigas cidades do mundo a ter sido continuamente ocupada. Apesar da
etimologia do nome não ser indubitável, aparentemente é de origem semítica, estando relacionado
esse nome ao termo hebraico shalom, ou shalem, que significa paz.
5
Figura de Cristo.
7. 5
significativa, pelo Senhor Jesus Cristo (Salmo 110:1). Foi o único rei-sacerdote, pois
esse acúmulo de função era proibido pela lei mosaica (Números 3:10).
Como rei representava a justiça e como sacerdote, a paz (veja Salmo
85:11). Foi isto que Jesus cumpriu no Gólgota. Deus fez justiça através de Jesus, ao
morrer por nossos pecados e através da Sua morte temos paz.
3º. Ação profética
A significação profética de Melquisedeque é claríssima. O salmo 110
mostra a divindade do Messias (ver Salmo 110:1, comparar com Mateus 22:41-46).
Também fica destacada a sua realeza (ver Salmo 110:1 e seguintes; comparar com
Atos 2:34-36). O seu sacerdócio é igualmente destacado. Nas referências da
epístola aos Hebreus sua significação profética é ainda mais amplamente
esclarecida. Ele ilustra a superioridade do sacerdócio de Cristo sobre o de Aarão
(Hebreus 5:6 e 7:7). Seu sacerdócio é eterno, é real (Hebreus 7:1).
Melquisedeque foi ao encontro do cansado Abrão, oferecendo
profeticamente as substâncias da nossa redenção: pão e vinho (Gênesis 14:18).
Compare Mateus 26:26-28: Jesus desceu do céu e veio ao encontro
do cansado pecador, oferecendo o pão vivo (João 6:51-58).
4º. Quem era Melquisedeque? (Hebreus 7:1-3)
Melquisedeque não estava preso a uma determinada genealogia, sua
origem é desconhecida (Hebreus 7:3).
A Igreja também não está vinculada a genealogias, mas a Deus (I João
3:2: “... somos filhos de Deus”).
Quando Melquisedeque veio ao encontro de Abrão oferecendo pão e
vinho – uma figura de Jesus – Abrão inclinou-se diante dele e recebeu a oferta.
Simboliza o crente quando aceita a Jesus como seu Salvador.
Logo em seguida veio o rei de Sodoma (Gênesis 14:21) e fez sua
oferta, porém Abrão rejeitou-a decididamente. Uma figura clara de quando o crente
aceita a Jesus e a sua oferta, ou seja, pão e vinho. Nunca devemos esquecer que a
seu lado está Satanás, o rei de Sodoma, também fazendo sua oferta, oferecendo
vantagens passageiras e os prazeres do pecado. Devemos fazer nossa decisão
como Abrão.
8. 6
Exemplos
• Assim que Abrão rejeitou a oferta do rei de Sodoma, o Senhor
apareceu a ele e lhe fez promessas (Gênesis 15:1).
• Quando Jesus rejeitou as ofertas de Satanás, chegaram os anjos e
o serviram (Mateus 4:1-11).
• Assim acontece com o crente, quando ele rejeita as ofertas do
maligno, o Senhor derrama bênçãos em sua vida.
ISRAEL E A IGREJA FORAM TIRADOS DO EGITO “MUNDO”
Israel Igreja
• Israel foi tirado do Egito para ser o • A Igreja foi tirada do Egito
povo de Deus (Êxodo 3:7-8). “simbolicamente”, ou seja, do mundo
(João 17:6).
• José foi vendido ao Egito, mas não se • José é figura de Cristo que veio ao
deixou levar pelos costumes do povo mundo para salvá-lo.
e do país.
• Governou o Egito e tornou-se o seu
salvador (Gênesis 39:1-6; 41:38-43).
• O novo Faraó não conheceu a José • O mundo não conheceu a Jesus
(Êxodo 1:8). (João 1:10).
• “Tenho visto atentamente a aflição de • Deus via a humanidade toda
meu povo, ... desci para livrá-lo” destituída da sua glória (Romanos
(Êxodo 3:7-8). 3:10-12).
• “Desci do céu” (João 6:38-42).
• Israel foi tirado para receber uma • A Igreja foi salva por Jesus para
herança (Êxodo 32:13). receber uma herança (I Pedro 1:3-4).
ISRAEL E A IGREJA ESTÃO PROIBIDOS DE VOLTAR AO EGITO
Conseqüências para aos que vão ao Egito
9. 7
• A primeira pessoa a entrar no Egito foi Abraão (Gênesis 12:10), por
causa da fome. Quase ficou sem sua esposa.
• A segunda pessoa foi impedida pelo Senhor – Isaque (Gênesis
26:1-2).
• A terceira pessoa, Jacó, resultou na escravidão de seus
descendentes (Gênesis 46:1-7).
• A quarta pessoa foi Salomão que casou (I Reis 3:1) e caiu na
idolatria (I Reis 11:1-3).
• A quinta pessoa foi buscar socorro e acabou sendo prisioneiro,
findando seus dias como escravo (o rei Oséias, II Reis 17:4).
• Em sexto lugar foi o restante de Judá, quando até o profeta sofreu
(Jeremias 42:19).
Avisos
• Isaías 31:1; 30:1-2.
• Estamos no mundo mas não somos dele (João 17:11-16).
• “Não ameis o mundo” (I João 2:15).
Antes de Israel entrar na terra prometida, o Senhor fê-los passar pelo
deserto para:
• prová-los (Deuteronômio 8:2);
• ensiná-los a viver segundo a ordem divina (Deuteronômio 8:3-4);
• corrigi-los (Deuteronômio 8:5);
• ensiná-los a confiar somente no Senhor (Hebreus 11:27-31);
A Igreja ou os crentes:
• Somos tentados (Tiago 1:2,3,12).
• I Pedro 1:6-7.
O PROPÓSITO DE DEUS PARA COM ISRAEL E A IGREJA
10. 8
Israel Igreja
• O propósito de Deus para com Israel • Assim como Abraão foi escolhido por
era abençoá-lo, e que essa bênção, Deus, nós também fomos escolhidos
por extensão, alcançasse outros (Efésios 1:4; João 15:16; Hebreus
povos, ou seja, todas as nações. 6:4).
o Deus escolheu Abraão • Porém, a Igreja terá que desenvolver
dentre os povos (Gênesis a missão que lhe foi incumbida, que é
12:1-3). evangelizar o mundo (Mateus 28:19;
o “Elegeste a Abraão”: Marcos 16:15; Lucas 24:47; Atos
Neemias 9:7. 13:2-5; Atos 16:9; Atos 26:17).
o Gênesis 18:17-18; • Dentre as obrigações da Igreja estão:
28:13-14. o Ser santa: Efésios 5:26-27;
• Notamos que Israel seria o I Pedro 1:15-16; I Pedro
transmissor das bênçãos de Deus ao 2:9-10.
mundo. Porém, como Israel o Dar fruto: Lucas 13:6-9;
desobedeceu a Deus, Ele na sua Mateus 3:10; João
misericórdia e através de Cristo, seu 15:2,8,16.
Filho, fez-nos herdeiros desta bênção
(Gálatas 3:29).
Enquanto Israel peregrinava no deserto, Deus mandou Moisés
construir o tabernáculo. Mais tarde, quando o povo estava de posse da terra, Davi
pôs em seu coração construir um templo para Deus.
Este templo foi:
• construído por Salomão em 961 a.C.
• destruído pelos caldeus em 568 a.C.
• reconstruído por Esdras, ou Zorobabel, em 515 a.C.
• saqueado pelo rei sírio Antíoco Epifâneo em 168 a.C.
• reconstruído por Judas Macabeu.
• novamente profanado pelo romano Pompeo em 63 a.C.
• totalmente reconstruído por Herodes, o Grande, no período de 20 a
10 a.C.
• destruído completamente pelos romanos em 70 d.C.
Tanto o tabernáculo como o templo era o ponto de encontro de Deus
com seu povo.
11. 9
O DESEJO DE DEUS É HABITAR ENTRE OS HOMENS
No Templo Na Igreja
• No tabernáculo: Êxodo 25:9; • João 14:23; I Coríntios 3:16-17; II
40:34-35. Coríntios 6:16; Efésios 2:20-22;
• I Reis 6:11-14; 9:3; II Coríntios 7:15 Hebreus 3:6.
• Deus colocou quatro coisas no • Quando Jesus disse em Mateus 16:18
templo, ou seja, ouvidos, olhos, nome que edificaria a sua Igreja, não se
e coração. referia a um templo material, mas
espiritual.
• O sacrifício era contínuo • O sacrifício deve ser contínuo
(Deuteronômio 12:11). Hoje o templo (Romanos 12:1-2):
não existe mais, porém em breve será 1. apresenteis;
reconstruído. O anti-Cristo se 2. sacrifício;
assentará no trono e tirará a oferta do 3. vossos corpos;
sacrifício (Deuteronômio 9:27). 4. santo e agradável a Deus.
Lembre-se: Satanás quer tomar o lugar de Cristo em seu coração. Se
alcançar, primeiro cortará o sacrifício, depois a oferta de manjares, que é a oração.
• Joel 1:9,13.
• Falta a oração.
• Falta o perfeito louvor.
• Falta a entrega completa e diária.
Quando isto ocorre, em vez de rios de água viva (João 7:38), do
coração sai a calúnia, a inveja, os mexericos e abominações (Mateus 24:15).
ISRAEL E A IGREJA ESTÃO EM CRISE
Israel Igreja
• Israel está em crise política. Os • A Igreja está em crise espiritual.
palestinos, os árabes e seus aliados Nossa luta é contra o deus deste
querem exterminar Israel. século.
12. 10
Israel Igreja
• Comparação: • Comparação:
• Esse era o destino dos judeus: a • A salvação da cidade de Nínive
destruição total (Ester 3:8-13). dependia da mensagem de Jonas. Ele
era o responsável por aquelas almas
(Jonas 1:1-2).
• Jonas embarcou num navio
(negligência): Jonas 1:3.
• O que Deus Fez:
• Fugiu o sono do rei (Ester 6:1). Da
insônia do rei dependia a
sobrevivência da nação eleita, e
conseqüentemente o cumprimento da
profecia. Enfim, a nossa redenção.
Pecados de omissão
Juizes 5:23; Mateus 23:23; 25:45; Lucas 11:42; 12:47; Tiago 4:17.
Os marinheiros lançavam ao mar as fazendas (tecidos) para aliviar o
peso do navio, mas o peso era o pecado de Jonas (Jonas 1:5).
Assuero não dormiu (Ester 6:1); Jonas, ao contrário, dormia um
profundo sono durante a tempestade (Jonas 1:5).
Jonas Dormiu:
• Todas as virgens loucas dormiram (Mateus 25:5).
• Os discípulos estavam carregados de sono (Mateus 26:40-43).
A Igreja está dormindo espiritualmente ante a fase que o mundo está
passando. Assim como Jonas era o responsável pelas almas de Nínive, a Igreja é
responsável pela evangelização do mundo (Provérbios 6:4; 6:9-10; 10:5; 23:21).
Advertências
Isaías 56:10; Marcos 13:35-37; Romanos 13:11; Efésios 5:14; I
Tessalonicenses 5.
Porém
Sempre há um porém: “Mas o Senhor mandou ao mar um grande
vento, e fez-se no mar uma grande tempestade...” (Jonas 1:4).
13. 11
“O Senhor tem o seu caminho na tormenta, e na tempestade...”: Naum
1:3b.
Exemplos
Elias no monte Horebe (I Reis 19:11-12; Atos 8:1-4).
A Igreja precisa ser despertada em nossos dias para pregar o
Evangelho. O seu tempo se finda; a porta da graça vai se fechar.
Israel Igreja
• Politicamente está desempenhando o • Está dormindo em seu conforto,
seu papel. É uma nação pequena, enquanto as almas estão perecendo
porém está movimentando as grandes nas trevas do pecado. Se não
potências mundiais. despertarmos enquanto é tempo, a
tempestade virá.
• Israel e a Igreja é um dos 11 mistérios
que a Bíblia registra.
O mistério do endurecimento de Israel: O mistério da Igreja:
• Este endurecimento de Israel é na • O texto de I Coríntios 10:32 menciona
verdade um mistério de Deus para a judeu, gentio e a Igreja (Efésios
elevação dos gentios (“origem da 3:8-10).
Igreja” — Romanos 11:25). • Paulo mostra em Efésios 2:11-22 que
• E isto (Romanos 11:12,15,32), judeus e gentios são unidos através
resultou num belo hino de adoração da cruz de Cristo, formando um
para o apóstolo (Romanos 11:33-36). edifício, a “Igreja” para morada de
Deus em espírito.
ISRAEL E A IGREJA NO FUTURO
14. 12
Israel Igreja
• A grande diferença entre Israel e a • Por diversas vezes o arrebatamento
Igreja será no futuro. A Igreja será da Igreja aparece em modo figurado
arrebatada, porém Israel ficará (Lucas na Bíblia, como por exemplo, o
1:31-33; Isaías 11:12; 14:1; Jeremias arrebatamento de Enoque.
16:14-15; 23:5-6; 32:37-38; Sofonias • Nesse estudo nós vamos tomar como
3:14-15; Amós 9:14-15). figura para a Igreja, o arrebatamento
• O futuro de Israel é muito valioso, do profeta Elias.
porém para nós agora, o mais • O Senhor estava para tomar Elias ao
importante é o futuro da Igreja. céu (II Reis 2:1-2). Esta é a
vontade do Senhor: levar seus servos
ao céu (João 14:3).
• Foi de Gilgal que Israel partiu para a • De onde Elias partiu? De Gilgal.
conquista de Canaã (Jeremias • Com quem? com Eliseu.
4:19-20). • Gilgal significa revolvimento. Dali Elias
começou sua última jornada. Gilgal foi
o ponto de partida.
• Gilgal representa o Gólgota.
• “Hoje revolvi de sobre vós o opróbrio • Foi no Gólgota que Jesus revolveu,
do Egito” (Josué 5:8-10). ou seja, tirou de sobre nós a nossa
ignomínia.
• Em Gilgal celebraram a Páscoa • “Desejei muito comer convosco esta
(Josué 5:10). Páscoa” (Lucas 22:15).
O Alvo: O Alvo:
• Os israelitas partiram de Gilgal para a • Elias partiu de Gilgal para o
conquista de Canaã. arrebatamento.
• Do Gólgota partimos também para
nosso alvo – arrebatamento.
• De Gilgal, Elias partiu para Betel (II
Reis 2:2).
Betel
Betel significa “Casa de Deus”. Quem vem do Gólgota (ou Gilgal),
alcança a Casa de Deus – a Igreja.
• Três coisas importantes que devem ocorrer em Betel (Gênesis
35:1-3):
1. recebimento das promessas;
2. entrega imediata e um voto;
3. cumprimento de seu voto.
• Gilgal significa redenção; Betel, santificação.
• “O Senhor me enviou a Jericó” (II Reis 2:4).
15. 13
• Em Josué 6:1-2 aconteceu a primeira prova para Israel. Todo crente
que está em Betel, tem que enfrentar Jericó.
• Quantos retrocedem ante o inimigo. Jesus viu esses crentes quando
perguntou “Quereis também vos retirar?”
• O texto de II Reis 2:3, 5 e 7 demonstra um fato muito importante
acerca de uma classe específica – os filhos dos profetas. Sabiam
sobre o arrebatamento de Elias, mas não caminhavam com ele,
como Elizeu o fazia.
• “Fica-te aqui, porque o Senhor me enviou ao Jordão” (II Reis 2:6). O
Jordão para nós tem grande importância. Parece que estamos no
aproximando do Jordão e seremos arrebatados a qualquer
momento. Passaremos o Jordão de nossa vida para outra. Será a
meia-noite, quando ouviremos a voz dizendo: “Aí vem o esposo,
saí-lhe ao encontro”.
• “Indo eles andando e falando” (II Reis 2:11-12). Você está andando
ou está parado ao longe como os 50 homens citados em II Reis
2:7?!? Você está falando ou está calado?
• Gilgal é o símbolo da nossa redenção.
• Betel é o símbolo de nossa santificação.
• Jericó simboliza nossa provação.
• Jordão é o símbolo de nossa transfiguração.
• Elias simboliza a Igreja, que será arrebatada.
• Eliseu simboliza Israel, que vai ficar e cumprir sua missão.
• Os filhos dos profetas, as virgens loucas são símbolos dos que não
vão subir, são os crentes descuidados, que sabem que Jesus vêm,
mas que não se preparam para subir ao encontro do Senhor.
16. 14
CARTA DE UM JUDEU AO MUNDO
Aqui se abre um coração judeu, que fala em nome do seu povo:
Não sou um ser de outro planeta, como vocês parecem crer. Sou um
habitante de Jerusalém, uma pessoa de carne e osso, como vocês também. Sou
um membro da minha cidade, uma parte integrante de meu povo.
Em meu peito pesam alguns assuntos, dos quais preciso ficar livre. Por
não ser um diplomata não preciso medir minhas palavras. Não preciso agradá-los
ou persuadi-los. Não lhes devo nada. Vocês não construíram esta cidade, vocês
não moram aqui, vocês não a defenderam quando chegaram os inimigos para
destruí-la. E nós estaremos perdidos se permitirmos a vocês tirá-la de nós.
Muito antes de existir Nova Iorque, havia Jerusalém. Num tempo
quando Berlim, Moscou, Londres e Paris eram regiões de matas e pântanos
infestados, aqui vivia uma florescente comunidade judaica. Ela deu ao mundo aquilo
que vocês, nas nações, desde que se firmaram neste mundo, rejeitam, ou seja, um
código humano moral.
Por aqui andaram os profetas, cujas palavras iluminavam a terra como
relâmpagos. Aqui vivia um povo que nada mais queria do que viver em paz, que
lutava contra as contas de atacantes gentios, um povo que se esvaiu em sangue e
morreu nos campos de batalha, que se lançou nas chamas de seu templo
incendiado ao invés de render-se, e quando finalmente foi vencido numericamente e
levado ao cativeiro, jurou: “Que nossa língua se apegue ao paladar e se resseque a
nossa mão direita, se esquecermos Jerusalém!”
Durante dois milênios repletos de aflições, enquanto fomos seus
hóspedes indesejados, oramos diariamente pelo retorno a esta cidade. Três vezes
ao dia apresentamos nossas petições ao Altíssimo: “Reúne-nos dos quatro cantos
da Terra, leva-nos à nossa terra, volta em graça a Jerusalém, para a cidade, e
habita nela, como o prometeste”.
17. 15
Em cada grande dia do perdão e em cada festa do pesach, levantamos
insistentemente nossa voz na esperança de nos encontrarmos no próximo ano em
Jerusalém. Os julgamentos como hereges, pogroms e expulsões que sofremos de
vocês, os guetos em que nos encurralaram, os batismos à força, os sistemas de
quotas, seu anti-semitismo sutil e, finalmente, o indescritível domínio do terror — o
Holocausto (e o é ainda mais horrível — seu terrível desinteresse) — tudo isso não
nos fez sucumbir. Talvez isso tenha acabado com o resto da sua força moral, mas a
nós, a forjou como aço. Vocês pensam que podem nos bater, depois que passamos
por tudo isso? Vocês pensam, realmente, que após Dachau e Auschwitz, somos
amedrontados pelas suas ameaças, bloqueios e outras medidas? Estivemos no
inferno — e voltamos — um inferno que vocês nos prepararam. O que mais vocês
teriam em seus arsenais, que nos poderia atemorizar?
Vi a cidade duas vezes sob o bombardeio das nações, nações que a si
mesmas se declararam “civilizadas”. Em 1948, enquanto vocês assistiam inativos,
eu vi mulheres e crianças sendo despedaçadas. Isso depois de termos concordado
com seu desejo de “internacionalizar” a cidade. Foi uma aliança mortífera que
executou essa tarefa: oficiais britânicos, artilheiros árabes com canhões
americanos. E em seguida, o selvagem saque e a destruição da cidade velha: a
trucidação proposital, a destruição consciente de cada sinagoga e escola religiosa, a
profanação de cemitérios judeus, as vendas das lápides por um governo diabólico,
como material de construção para edificações de granjas avícolas, depósitos
militares e até instalações sanitárias públicas.
E vocês nunca disseram uma palavra sobre isso!
Vocês não deixaram ouvir o mínimo protesto quando os jordanianos
cercaram o mais sagrado dos nossos lugares santos — o Muro das Lamentações —
desrespeitando as promessas que haviam feito após a guerra, uma guerra que
realizaram apesar de uma decisão correspondente da ONU, que os proibiam. Não
se ouviu uma palavra de vocês, quando os mercenários, de suas posições de abrigo
atrás dos muros, abriram fogo contra nossos cidadãos.
Os seus corações sangraram quando Berlim foi bloqueada. Vocês
apressaram-se a auxiliar os “corajosos berlinenses” com uma ponte aérea, mas não
enviaram um grama de alimentos para Jerusalém cercada e esfomeada.
18. 16
Vocês gritaram contra a construção do muro que os alemães orientais
fizeram no meio de Berlim, mas não se ouviu um pio de vocês por causa do outro
muro que dividiu Jerusalém.
E quando vinte anos depois se repetiu o mesmo e os árabes
realizaram um bombardeio selvagem e não provocado sobre a cidade santa,
alguém de vocês tomou alguma providência? Somente depois que a cidade estava
definitivamente unificada, sob nosso sangue derramado, vocês despertaram. Então
torceram as mãos e disseram as palavras empoladas sobre “justiça” e “ética cristã”,
principalmente sobre oferecer a outra face.
A verdade é – e vocês a conhecem bem em seu íntimo – que vocês
gostariam muito mais de ver a cidade destruída, do que sabê-la nas mãos dos
judeus. Por mais diplomáticas que sejam as frases, os antigos preconceitos se
revelam em cada palavra.
Caso o retorno da cidade tenha causado nós de dificuldade em sua
teologia, então estaria em tempo de verificar seus catecismos. Depois daquilo que
passamos, não nos submeteremos passivamente às idéias extravagantes de vocês,
de acordo com as quais, temos de nos sujeitar eternamente a ficar sem pátria, até
que nos tornemos cristãos como vocês.
Pela primeira vez desde o ano 70 d.C. há liberdade religiosa em toda
Jerusalém. Pela primeira vez, desde que os romanos lançaram suas tochas
incendiárias sobre o templo, há direitos iguais para todos (mas vocês preferiram ter
direitos um pouco melhores que os dos outros). Nós detestamos a espada - mas
vocês nos obrigaram a tomá-la na mão. Ansiamos pela paz, mas não voltaremos à
paz de 1948, como vocês exigem de nós.
Finalmente estamos em casa. Esta é uma maravilhosa certeza para
nós como nação, que fomos obrigados por vocês a peregrinar por toda a face da
Terra. Não sairemos. Resgatamos o penhor dos nossos antepassados: Jerusalém é
edificada. “No próximo ano e no próximo ano e no próximo ano e, até ao final dos
tempos,“ em Jerusalém!.
Eliezer Ben Tisrael
Carta escrita após a Guerra dos Seis Dias,
após a unificação de Jerusalém sob domínio israelita.
Publicada na revista “Notícias de Israel”
20. 18
“O QUE VEM A SER UM CRISTÃO?”
Apologia de Aristides6
Vim ao mundo, ó rei, pela graça de Deus. E quando havia contemplado
os céus, a terra e os mares, quando havia observado o sol e as demais partes
integrantes da bem ajustada criação, maravilhei-me diante de sua beleza.
Compreendi que o mundo e tudo o que nele há são impulsionados pelo poder de
um outro – compreendi que aquele que os impulsiona é Deus.
É fato bem conhecido que aquilo que impulsiona alguma coisa é mais
poderosa do que a coisa impulsionada. Seria perda de tempo para mim, procurar
descobrir a natureza deste impulsionador primordial, sendo que a sua natureza é
totalmente inescrutável. O tentar colocar sob escrutínio o seu governo, seria
também debalde, pois de que maneira poderá o homem compreender os atos e as
leis de Deus?
Mas sou franco em afirmar que o Impulsionador, que no princípio
estabeleceu e agora controla o universo, é verdadeiramente o Deus de todos e que
ele criou todas as coisas, tendo em vista a felicidade de ser humano. Daí achamos
razoável deduzir que devemos ser tementes a Deus e não oprimir os nossos
semelhantes.
Quem é Deus? Ele nem nasceu e nem foi criado. Ele é da natureza
imutável, sem princípio e sem fim. Ele é imortal, auto-suficiente, acima de todas as
paixões e enfermidades, integralmente completo em si mesmo. Quando digo que é
completo, quero dizer que nele não ha nenhuma deficiência e que não depende de
coisa alguma, mas que tudo depende dele. Dizendo que é sem princípio, quero
dizer que tudo o que tem princípio tem fim, e aquilo que tem fim, de fato chegará ao
seu fim.
6
Aristides foi um apologeta cristão do século II d.C. Aparentemente nasceu e viveu em Atenas.
Escreveu e dirigiu sua Apologia ao imperador Adriano (décimo quinto imperador romano),
responsável pela dispersão dos judeus pelo mundo.
21. 19
DEUS SE REVESTIU DE CARNE HUMANA
Ele não tem forma nem composição de membros, pois o ser que
possui isto, associa-se aos seres que foram feitos. Os céus não o comportam,
contudo, os céus e todas as coisas visíveis e invisíveis nele são contidos. Não há
ninguém mais poderoso que ele e nada pode opor-se a Ele. O errar não está em
sua natureza, pois nele consiste toda a plenitude. Ele não exige nenhuma liberação
nem sacrifício. Nada requer, no entanto, todos os seres viventes requerem a sua
presença.
Os cristãos remontam ao tempo de Jesus, o Messias (o início de sua
fé), o mesmo Jesus que é chamado Filho do Deus Altíssimo. Conta-se que Deus
desceu do céu e, por uma virgem hebréia revestiu-se de carne, de maneira que
numa filha dos homens vivia o Filho de Deus. Este fato foi ensinado no Evangelho,
como é chamado, o qual há pouco tempo foi pregado aos hebreus. Se vossa
majestade o ler, descobrirá o poder do mesmo.
Este Jesus, então, nasceu da tribo dos hebreus. Ele reuniu a si 12
discípulos, a fim de que seu plano e propósito se cumprissem. As autoridades o
traspassaram com uma lança: morreu, foi sepultado e afirmam que após três dias
ele ressuscitou e ascendeu ao céu. Em seguida, os 12 apóstolos saíram pelo
mundo conhecido e ensinaram a sua grandeza com modéstia e santidade. Aqueles
que hoje crêem nesta pregação são chamados de cristãos.
Agora, ó rei, os cristãos, por procurarem tem encontrado a verdade,
pois conhecem a Deus e confiam nele, que não tem igual. De Deus receberam
aqueles mandamentos, os quais cravaram em suas mentes, observando-os na
esperança e na expectativa do mundo vindouro.
Por essa razão, não cometem adultério ou imoralidade, não dizem
falso testemunho, não defraudam e não cobiçam a propriedade alheia. Honram ao
pai e a mão e praticam o bem para com seus vizinhos. Quando ocupam a posição
de juiz, o fazem de maneira correta. Não adoram os ídolos feitos à imagem do
homem. Tudo o que não desejam que os outros lhe façam, também não o praticam.
De igual modo, não comem carne sacrificada aos ídolos.
22. 20
EXORTAM SEUS OPRESSORES
Exortam com a Palavra de Deus aqueles que os oprimem e
conseguem torná-los amigos. Fazem bem aos seus inimigos. Suas esposas, ó rei,
são tão puras quanto virgens, e suas filhas vivem no pudor. Os varões abstêm-se
de todo contato sexual ilegal e de toda impureza, na esperança da recompensa a vir
na outra vida.
Quanto a seus escravos e escravas e a seus filhos, se os há,
persuadem-nos a se tornar cristãos. Quando assim o fazem, chamam-nos de
irmãos, sem qualquer distinção.
Recusam-se a adorar deuses estranhos. Procedem no seu viver com a
maior humanidade e alegria. A mentira não se encontra entre eles. Amam-se uns
aos outros. Tomam conhecimento das necessidades das viúvas e resgatam os
órfãos das mãos das pessoas que os maltratam. Aquele que tem, dá ao que não
tem, de boa vontade e sem ostentação. Quando os cristãos se deparam com um
estranho, levam-no para suas casas e tratam-no como se fosse irmão. Não chamam
de irmãos apenas aos irmãos de sangue, mas também aos que são irmãos segundo
o Espírito de fé em Deus.
Quando um dos seus pobres passa deste mundo para o outro, cada
irmão provê para o sepultamento segundo as suas posses. Tomando o
conhecimento de que alguém dos seus esteja aprisionado ou perseguido pelo nome
do Mestre, todos provêem para suas necessidades e se for possível efetuar o seu
resgate, eles o fazem...
ELES JEJUAM PARA ALIMENTAR OS OUTROS
Se houver um caso de extrema pobreza entre eles, e se não tiverem
alimento suficiente, então jejuam dois ou três dias para que o necessitado receba o
que precisa. Observam escrupulosamente os mandamentos do seu Messias,
vivendo honesta e sobriamente conforme o Senhor seu Deus ordenou-lhes. Todas
as manhãs e de hora em hora, louvam e agradecem a Deus por sua bondade para
com eles; pelo alimento e bebida agradecem a Deus.
Quando um justo entre eles morre, regozijam-se e dão graças a Deus,
acompanhando o féretro como se o falecido estivesse iniciando uma curta jornada
de um lugar para outro. Quando lhes nasce uma criança, dão glórias a Deus. Se
23. 21
esta morrer na infância, louvam a Deus ainda mais, julgando que esta pessoa ao
menos passou pelo mundo sem conhecer o pecado. Mas quando algum deles
morre em seus pecados e iniqüidades, então são compungidos e sentem tristeza,
sabendo que esta pessoa foi receber sua sentença.
Tal, ó rei, é o mandamento dado entre os cristãos e tal é a sua
conduta. Sendo homens que conhecem a Deus, pedem-lhe somente aquilo o que
seja próprio a Deus conceder e a eles receber. Sendo que reconhecem a bondade
de Deus, eis que por causa deles há tanta beleza neste mundo. O bem que eles
praticam, não publicam aos ouvidos da multidão para que seja notado, antes
ocultam as obras beneméritas como quem oculta um tesouro. Esforçam-se pela
justiça na expectativa de contemplar o rosto do seu Messias e dele receber as
promessas.
Verdadeiramente, este povo é um novo povo e existe algo de divino
repartido no meio deles. Tome os seus escritos e leia-os: descobrirá que não tenho
apresentado estas coisas arbitrariamente. As coisas que tenho lido, escritas por
eles, nessas creio firmemente, não somente no tocante às coisas presentes, como
também às futuras. A meu modo de ver, não há dúvida de que o mundo existe hoje
em razão da intercessão dos cristãos. Os seus ensinos são o portal da luz.
Que se aproximem então os que não conhecem a Deus e recebam as
palavras incorruptíveis e eternas, para que escapem do terrível julgamento que,
através de Jesus, o Messias, virá sobre a raça humana.
OLSON, N. L. O homem na lua.