4. A Vida Teocêntrica
◦O senso puritano de prioridades na vida foi uma
de suas maiores forças;
◦Os puritanos sabiam que apenas Deus pode
satisfazer as pessoas permanentemente e no
nível mais profundo;
5. “Os homens em geral tomam suas medidas da observação
da providência externa: se há paz e fartura externas, eles
os chamam dias felizes; no desconforto e problemas
externos, eles os chamam dias maus. Mas nós temos uma
regra melhor e mais segura para os cristãos... Quanto mais
de Cristo um povo goza, mais felizes são, e quanto menos
Ele é conhecido e reconhecido no seu grande desígnio de
meditação, maior é a infelicidade de tal povo.”
Samuel Willard
6. A Vida Teocêntrica
◦Deleite na presença de Deus foi o que os
puritanos buscaram e encontraram;
◦Para os puritanos, a vida teocêntrica significava
fazer da busca pela santidade espiritual e moral o
grande negócio da vida;
7. A Vida Teocêntrica
◦O caráter do Puritanismo foi determinado por
suas prioridades espirituais; os puritanos se
preocupavam com os grandes assuntos – a glória
de Deus, a renovação da alma humana em
Cristo, o perdão dos pecados, a vida eterna, a
amizade de Deus e a vida santa.
8. TODA A VIDA É
DE DEUS
Os Puritanos Como Realmente Eram
9. Toda a Vida é de Deus
◦Os puritanos viviam simultaneamente em dois
mundos;
◦Os puritanos foram determinados em tornar as
coisas terrenas em divinas, não proibindo-as,
mas infundindo-as de santidade. Nenhuma área
da vida estava isenta de tal infusão;
10. “Não apenas minha vida espiritual,
mas até minha vida civil neste mundo,
e toda a vida que vivo, é pela fé no
Filho de Deus: ele não isenta qualquer
parte da vida da agência da fé.”
John Cotton
11. Toda a Vida é de Deus
◦Essa visão puritana impactou a família, o
trabalho diário pessoal e até mesmo a
política se tornou uma parte da vida cristã;
◦A santidade em toda fase da vida de uma
pessoa era o objetivo puritano.
13. Vendo Deus no Lugar Comum
◦Para os puritanos, tudo na vida tornou-se um
indicador de Deus e um condutor de graça;
◦A santidade do comum foi um tema puritano
constante;
◦Para eles, qualquer coisa na vida pode tornar-se
canal da graça de Deus;
14. Vendo Deus no Lugar Comum
◦A visão puritana de santidade do comum jazia
em parte num extraordinário sendo da
providência de Deus;
◦Em suma, não havia lugar onde os puritanos
não pudessem potencialmente encontrar a Deus.
16. A Importância da Vida
◦Richard Baxter aconselhou: “Escreve sobre a porta
de tua loja e sobre o teu quarto: ‘Deverei estar no
céu ou no inferno para sempre’, ou ‘este é o tempo
sobre o qual depende a minha vida infinita’”;
◦Juntamente com o potencial da vida para o bem,
havia uma consciência do perigo da vida;
17. O perigo da vida estimulou Richard
Sibbes a escrever que “são ateus
zombadores os que brincam com a religião,
como se não fosse uma grande questão...
Portanto, o caráter do verdadeiro professor é
ser esforçado para fazer avançar sua religião
no curso de Cristo, no curso da religião, deverá
ser ardente e fervoroso.”
19. Vivendo Num Espírito de
Expectativa
◦Os puritanos regozijavam-se com esperanças no
que se estendia à sua frente;
◦Edward Johnson disse: “O inverno passou, a
chuva parou e se foi... não temam porque seu
número é apenas pequeno, reúnam-se nas igrejas e
deixem Cristo ser seu rei.”
20. Vivendo Num Espírito de
Expectativa
◦A visão geral dos puritanos não era nada menos
do que uma sociedade totalmente reformada
baseada em princípios bíblicos;
◦Num nível mais pessoal, o temperamento puritano
foi marcado por uma forte expectativa do que
Deus enviaria a seguir;
21. Vivendo Num Espírito de
Expectativa
◦Os puritanos possuíam um espírito ativo que
influenciou profundamente a maneira de
conceberem a vida cristã;
◦O espetáculo de uma vida cristã sem esforço
não continha nenhum atrativo para os puritanos.
22. “O cristianismo não é uma profissão ou um
emprego sedentário, nem consiste em meros
negativos... Sentar quieto lhe fará perder o céu,
da mesma forma como se corresse dele... Se o
caminho para o céu não for muito mais difícil
do que o mundo imagina, então Cristo e seus
apóstolos não sabiam o caminho, ou doutra
forma nos enganaram.” Richard Baxter
24. O Impulso Prático no
Puritanismo
◦Para os puritanos, a marca do verdadeiro
cristianismo era que fazia uma diferença em
como as pessoas de fato vivem;
◦Este impulso prática permeou o pensamento
puritano em muitas áreas;
25. O Impulso Prático no
Puritanismo
◦A inclinação prática do puritanismo o
levou a enfatizar a natureza experiencial
da fé cristã;
◦“A experiência é a vida de um cristão”,
disse Richard Sibbes.
27. Retornando ao Básico
◦Os puritanos tinham um jeito de chegar à raiz de uma
questão;
◦O resultado era uma ênfase na “religião do coração” como
distinta dos rituais externos;
◦A preocupação com a religião do coração deu às pessoas uma
nova ética em que a motivação interna era tomar uma ação
moral ou imoral;
28. “Você deve lidar com as coisas do
mundo e não se corromper por elas,
tendo afeições puras, mas quando você
tem cobiça desordenada por qualquer
coisa, então ela profana seu espírito.”
John Preston
30. A Vida Cristã Equilibrada
◦Os puritanos conseguiram um equilíbrio entre vários aspectos
da fé cristã que, através da história, sempre foram divididos:
◦Mente e coração
◦Teoria e prática
◦O paradoxo de como viver nesse mundo
◦Os aspectos ativos e contemplativos da vida cristã
◦A tensão entre as obras humanas e a graça de Deus
32. A Simplicidade Que Dignifica
◦De modos significativos o puritanismo foi uma
busca pela simplicidade:
◦No culto
◦Na arquitetura
◦No estilo de vida pessoal
◦Na teologia
34. Um Fundamento Seguro
◦Os puritanos eram pessoas confiantes mesmo na
derrota, porque sabiam que eram parte de algo
muito maior do que eles mesmos;
◦As convicções puritanas sobre qualquer tópico
estavam enraizadas na Bíblia como a revelação
fidedigna de Deus;
35. “A Palavra de Deus precisa ser nossa
regra e esquadro mediante o qual
esquadrinhamos e encaixamos todas as
nossas ações; e de acordo com a direção
recebida, devemos fazer as coisas ou
deixar de fazê-las.” William Perkins
36. Um Fundamento Seguro
◦O caráter de Deus também era o
fundamento do pensamento e da ação
puritana;
◦Os puritanos viam-se como peregrinos
numa jornada até Deus e até o céu.
37. “É coisa pequena a teus olhos ser
amado por Deus? Cristão, crê nisto e
pensa nisto. Serás eternamente seguro
nos braços daquele amor que foi desde
sempre e que se estenderá eternamente.”
Richard Baxter
Notas do Editor
Colocar Deus em primeiro e valorizar tudo o mais em relação a Ele foi a maneira como os puritanos organizaram as suas vidas.
Eles entenderam que o coração do homem só encontra sossego, descanso, no conforto da salvação.
O fator mais importante da vida era espiritual e não material.
Se tinha algo a ser nutrido para os cristãos era o exercício constante de encontrar alegria em Deus. Thomas Watson dizia que um sinal seguro de ser um filho de Deus é o deleitar-se muito em estar na presença de Deus. Ter alegria em pensar em Deus, falar de Deus, orar a Ele e encontrar a Deus por meio da sua Palavra e ordenanças.
Buscar um padrão elevado e santidade, tanto espiritual como moral, era para o puritano uma obrigação em meio a uma geração corrupta e pervertida.
O mundo espiritual invisível e o mundo físico da existência terrena. Para eles os dois mundo eram igualmente reais, e não havia separação da vida entre sagrado e secular. Toda a vida era sagrada. Isso rompeu com a visão medieval de vida religiosa e secular.
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Deus não deve estar acima de nós em uma coisa e abaixo em outra, mas Ele deve estar acima de nós em tudo.
Eles olhavam para todos os aspectos da vida debaixo da doutrina da soberania de Deus.
Eles viam Deus trabalhando nas circunstâncias corriqueiras do dia a dia. Isso estimulou os puritanos a terem o costume de escrever diários, onde eles relatavam as experiências com Deus na “leiteria, no estábulo, no celeiro e lugares parecidos onde Deus visitou sua alma” (Palavras de John Bunyan).
Não existe eventos triviais, para eles atividades simples como “um homem amar sua mulher e filhos” são atos graciosos de grande importância aos olhos de Deus.
Um exemplo, no diário de um jovem, Robert Blair ele conta que um dia olhando pela janela viu o sol brilhando claramente e uma vaca com o úbere cheio; aí ele lembrou de que o sol foi feito por Deus para dar a luz e a vaca para dar leite, o que o fez dar-se conta do pouco que entendia sobre o propósito da sua própria vida.
Mais um motivo, segundo eles, para manterem diários, fazer listas com todas as providências para meditarem na bondade de Deus e na fidelidade Dele.
Eles estavam sempre prontos ao que Richard Baxter chamou de “uma gota de glória” que Deus poderia permitir que caísse sobre suas almas.
Parece ser a consequência natural de você valorizar o comum, você acaba automaticamente dando muito mais importância para a sua vida aqui nesse mundo.
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Eles estavam muito alertas e cientes de que a maneira como vivessem nessa vida influenciaria a maneira como passariam toda a eternidade.
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Eles não se importavam com desvantagem numérica, diziam que assim como uma pequena vela pode acender mil outras, a luz dos princípios bíblicos que eles carregavam, também poderia acender uma nação.
Maravilhados com a ideia do que Deus fará amanhã? Estou ansioso para saber.
Eles diziam que “sem correr, brigar, suar, combater, não se toma o céu”. Ou que o cristão não deveria pensar em ir para o céu em um colchão de penas. Se forem discípulos de Cristo, devem tomar a cruz dele, e ela os fará suar.
Isso simplesmente não correspondia ao que eles sabiam sobre viver em um mundo caído.
Os cristãos devem falar pela vida assim como falam pelas palavras, devemos viver a religião da mesma forma como falamos de religião.
Os cristãos deveriam escrever suas próprias resoluções e buscar viver segunda elas.
Por mais incrível que isso possa parecer, os puritanos valorizavam muito a experiência pessoal, somente o intelectual não era suficiente.
Eles diziam que ao sentir calor sabemos que o fogo é quente; provando o mel, sabemos que ele é doce. A fé sentida deveria a evidência da fé histórica.
Da mesma forma que valorizavam a experiência, eles eram profundamente desconfiados de atos externos como prova de religiosidade verdadeira.
A história interna que as pessoas contam para Deus indicam com precisão o que elas realmente são do que a história externa que contam ao mundo.
Se o coração for santo tudo será santo. Lembram da bem-aventurança de domingo? Bem-aventurados os de coração limpo. Essa era a preocupação principal dos puritanos, o coração.
Intelectual e sentimento, a experiência de maneira equilibrada.
Toda teoria tinha que ser prática, do contrário para que serve?
Eles tanto aceitavam como rejeitavam esse mundo. Era o mundo de Deus, onde Ele nos colocou com uma missão, porém tinham todo o cuidado com as coisas desse mundo que é mau, em certo sentido, a queda está aí presente.
Davam máxima atenção à leitura bíblica e a meditação individual. O puritano adorava estar bem retirado do mundo, mas seguir com suas causas nesse mesmo mundo em obediência a Deus.
Nossa responsabilidade humana e Deus agindo soberanamente.
Os puritanos não eram apenas homens com boas ideias e coragem acima da média.
Nenhuma estrutura é mais forte do que seu fundamento, o grande diferencial puritano era o seu sólido fundamento.
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Quanta diferença faz na vida de uma pessoa quando ele enxerga a Palavra de Deus como a perfeita e absoluta regra para a sua vida?
Procuravam agir de acordo com justiça, misericórdia, santidade, amor, de acordo com os atributos de Deus.
Talvez o ponto mais notável da vida dos puritanos.