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Bollywood Brasil
Expediente:
Editor-chefe: André Ricardo
Redação: André Ricardo, Claudia Rabelo Lopes, Feliz Luz, Fernanda Beltrand, Juily Manghirmalani, Rosely
Toledo e Tiago Ursulino
Edição e revisão: Tiago Ursulino
Diagramação: Aline Moreira, Dayna Disha Malani e Juily Manghirmalani
Publicidade: Themis Nascimento
Divulgação: Shadia Fernanda
Contato:
Redação: jornalismo@bollywoodbrasil.com.br
Divulgação: divulgacao@bollywoodbrasil.com.br
Anúncios/patrocínio: comercial@bollywoodbrasil.com.br
E aqui estamos com mais uma edição da Bollywood Brasil. E esta é uma edição
especial, comemorando os 40 anos de carreira de Aamir Khan. Como a edição é
especial, trazemos uma entrevista exclusiva do astro, com um link para o vídeo
de Aamir respondendo às nossas perguntas. Temos ainda uma matéria especial
contando um pouco da carreira do ator e a crítica de um dos mais importantes
filmes da história do cinema indiano, 3 Idiotas.
Claro que temos muito mais! Continuamos a cobrir Bollywood em Cannes, trazemos
uma matéria contando mais um pouco sobre a ioga, a agenda de estreias dos
principais filmes indianos e as notícias do mês. Tudo isso com muito carinho e
dedicação de nossa equipe.
Esperamos que gostem!
Equipe da Bollywood Filmes
pág. 3 - 4
Entrevista com: Aamir Khan
pág. 5
Enquete!
pág. 5 - 7
Matéria da Capa: 40 anos de carreira de Aamir Khan
pág. 8 - 9
Cultura Indiana:
Ioga
pág. 9 - 10
A Índia vai a Cannes - parte 2!
pág. 11
Notícias do Mês
pág. 12 - 13
Crítica: 3 Idiotas
pág. 14 - 15
Agenda de Estreias
ENTREVISTA
com Aamir Khan
	 Aamir Khan , o senhor perfeccionista, está completan-
do 40 anos de carreira. Durante este período, ele já foi galã,
vilão, se transvestiu e até foi um idiota. Ele é considerado um
dos mais ecléticos atores de Bollywood e também está bas-
tante envolvido com causas sociais. Mesmo com uma agenda
cheia, entre as gravações da superprodução Dhoom 3, ele en-
controu tempo para uma entrevista rápida. Ele fala de sua car-
reira, do novo filme, revela que não se dava muito bem com a
atriz Kajol e finaliza falando sobre sua vontade de conhecer o
Brasil e que um dos seus filmes favoritos é brasileiro. Confira
a entrevista.
por André Ricardo
...Como foi trabalhar com Kajol em Fanaa (2006). Você já havia trabalhado com ela antes?
	 Foi muito divertido trabalhar com Kajol. Antes de Fanaa, nós já havíamos trabalhados juntos, no filme
Ishq (1997), mas naquela ocasião eu não gostei nem um pouco de trabalhar com ela. Essa é a mais pura ver-
dade. Então eu estava apreensivo em trabalhar com Kajol novamente.
Eu acho que ela é um atriz fantástica e muito bonita, mas de alguma forma, nós nunca nos demos muito bem,
mas aí veio Fanaa. Eu lembro-me de dizer aos produtores “Eu acho que ela é a atriz perfeita para esta person-
agem, mas se ela atuar no filme, eu não participarei!” Teriam que escolher entre um de nós dois. Mas depois
eu entendi que realmente ela era a pessoa correta para este filme. Então eu disse ao diretor, aos produtores e
a mim mesmo. “Ok, eu vou tolerá-la porque eu acho que ela é essencial para o filme”. Foi assim que iniciei os
trabalhos neste projeto.
	 Mas eu tive de admitir que eu gostei muito de trabalhar com ela. Foi muito divertido atuarmos juntos.
Na verdade, eu tenho saudades de atuar com ela, pois após Fanaa não tive a oportunidade de trabalhar com
Kajol novamente. Ela é uma atriz maravilhosa. É muito bom fazer uma cena com ela, pois ela é muito instintiva.
Eu não gosto de atuar sozinho, gosto de atuar com outros atores. Muito de minha própria performance depende
dos atores que estão atuando comigo.
...Como é ser uma das maiores estrelas de Bolly-
wood? Como você lida com a adoração do público?
	 Bem, normalmente eu sou bastante enver-
gonhado em público. Então não acho que eu lido
muito bem com o sucesso. Estou muito feliz porque
as pessoas gostaram tanto dos meus trabalhos. Es-
... Filmes indianos normalmente tem muitas canções.
Além de atuar, você também gosta de cantar?
	 Eu gosto de cantar, mas eu acho que eu não can-
to muito bem. Nos filmes há cantores de playback que
cantam pelos atores. Em toda minha carreira de mais de
duas décadas, eu mesmo cantei em somente uma música em um filme (Ghulam, de 1998). Tenho de admitir
que foi um grande sucesso. O público amou essa música. O público indiano achou que eu também canto bem,
mas eu não canto! (pausa)
	 Eu só cantei uma música e felizmente ela ficou muito boa. Mas sim eu adoro cantar, mas eu gostaria
de poder cantar melhor (risos).
tou muito agradecido pelo sucesso que eu consegui e estou muito feliz que meu trabalho tenha sido tão apre-
ciado pelo público, que gostaram de meus filmes. Isso me dá uma imensa alegria.
	 Também tive muita sorte de trabalhar com pessoas tão talentosas. Esses filmes acabaram por se tornar
um sucesso devido ao trabalho de equipe. Para produzir um filme, o trabalho em equipe é essencial. Tive muita
sorte de trabalhar com diretores muito talentosos. Eu agradeço bastante pelo sucesso que alcancei até agora.
Estou bastante feliz mesmo, por ter tido a possibilidade de trabalhar com algo que eu gosto de fazer.
“Muito de minha própria
performance depende dos
atores que estão atuando
comigo.”
“Para produzir um filme,
o trabalho em equipe é
essencial.”
3
... Sabemos que você fará um vilão em Dhoom 3. Você
pode contar ao público brasileiro sobre seu novo person-
agem?
	 Nós estamos filmando para Dhoom 3 neste exato mo-
mento. Eu estou com a roupa de meu personagem em Dhoom
3. Estamos filmando em Chicago (EUA) e eu estou dando
esta entrevista em minha van, enquanto a equipe está fil-
mando perseguições nas ruas. Dhoom 3 é um filme de ação
e aventura. Eu amei o roteiro, que é maravilhoso. Está sendo
muito divertido trabalhar com o diretor. O filme é sobre uma
grande história de ação e drama, bastante divertido e com
grandes cenas de ação. Ele está sendo bastante bem produ-
zido. Eu estou adorando fazê-lo e eu aguado ansiosamente
trabalhar com Katrina [Kaif] e Abishek [Bachchan]. Eu nunca
havia atuado com eles antes. Dhoom 3 é um filme que eu
realmente aguardo o final com bastante interesse.
... Você já esteve no Brasil?
	 Bem, eu nunca estive no Brasil, mas eu gostaria muito de visitá-lo. Já ouvi muito sobre o Brasil.
Tenho amigos que já foram lá e me falaram tanto e tão bem sobre seu país... As mulheres são muito bo-
nitas, tem ótima culinária e música formidável. Eu gostaria muito de ir ao Brasil. Eu espero que o público
brasileiro tenha gostado de Fanaa. Não sei se o grande público teve acesso a outros de meus filmes mais
antigos, como 3 Idiotas (2009) ou outros filmes, mas espero que tenham gostado de Fanaa. Também estou
curioso para saber o que o público brasileiro pensa do cinema indiano.
... Já viu algum filme brasileiro?
	 Sim. Eu vi Cidade de Deus (2002). Achei o filme fantástico e muito bem produzido. Na verdade é um
dos meus filmes favoritos.
Clique aqui para ver o vídeo com o Aamir Khan respondendo às perguntas.
“As mulheres são muito bonitas, tem
ótima culinária e música formidável. Eu
gostaria muito de ir ao Brasil”
4
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contato: comercial@bollywoodbrasil.com.br
Enquete!
A Bollywood Brasil, na edição de maio, publicou uma matéria especial sobre grandes clássicos do
cinema indiano. Da lista de 9 filmes, perguntamos aos nossos leitores qual era o favorito e vamos
então aos resultados:
3º lugar – Empatados com 17% cada, 3 Idiots e Sholay
2º lugar – Dil Se, com 25% de votos
E em primeiro lugar o clássico de 1957 que mostra um país recém-independente, na busca de sua
própria identidade como nação: MOTHER INDIA, com 31% de preferência.
Agradecemos a todos que participaram e aguardem novas enquetes.
Equipe da Bollywood Filmes
Fatima Rashid, mais conhecida como Nargis, a estrela de
Mother India.
por Claudia Rabelo Lopes e Juily Manghirmalani
5
40 anos de carreira de
Aamir Khan
Não basta fazer sucesso, é preciso
fazer a diferença
	 A câmera gosta de Aamir Khan e é sua melhor parceira, seja quando ele está em sua frente, atuando, ou
atrás dela, produzindo ou dirigindo. Como ator, ele domina todos os gêneros, da comédia ao drama, da ação
ao romance, mesmo que tudo se misture no mesmo filme, como costuma acontecer no cinema indiano. E pa-
rece não haver papel impossível para Aamir. Personagens multifacetados, como o Rehan de Fanaa (lançado no
Brasil em 2012), são um prato cheio para ele. Aos 48 anos, AK se destaca no triunvirato dos Khan, completado
por seus colegas Shahrukh e Salman, que brilha sobre Bollywood há mais de uma década. Para Aamir, porém,
alcançar o estrelato está longe de ser o suficiente. Há outros papéis a desempenhar.
	 “Pode um ator mudar uma nação?” – com essa manchete a edição
asiática da revista Time de 10 de setembro de 2012 apresentava sua ma-
téria de capa, dedicada a Aamir Khan. Nela o jornalista Bobby Ghosh fala
do enorme impacto da então mais recente realização de AK – a produção
televisiva Satyamev Jayate, que pôs o dedo na ferida de alguns dos maio-
res problemas da sociedade indiana, sendo visto por mais de 1,5 bilhão
de pessoas dentro e fora da Índia. O aborto de fetos do sexo feminino,
prática comum no país, os preconceitos de casta e os assassinatos em
nome da honra são exemplos de temas abordados pelo talk 	show/docu-
mentário.
	 A Time também elencou o ator como uma das 100 pessoas mais
influentes do mundo em 2013. Para quem acompanha a carreira de
Aamir, isso não é uma surpresa. O fato é que, desde que ganhou maior
autonomia ao se tornar também produtor, em 2001, ficou evidente que
ele queria mais do que ser um astro de Bollywood. Aamir é alguém real-
mente disposto a fazer diferença na vida de seu país.
Felizmente para os fãs, AK garante que não tem a intenção de entrar para
a política tradicional. Sua área de atuação é e continuará sendo o mundo
do cinema e do audiovisual, do qual faz parte desde criança. A diferença
é o engajamento e o senso de responsabilidade de que está imbuído em
seu trabalho. E o que o torna notável é uma habilidade rara de unir en-
tretenimento no mais alto grau à reflexão necessária para mudar a socie-
dade. Aamir seduz, diverte, emociona e faz pensar.
	 O senso de responsabilidade, tanto no que diz respeito ao seu tra-
balho quanto às questões da sociedade em que vive, foi desenvolvido pelo
ator em seus anos de formação. É resultado do modo como ele elaborou
sua experiência familiar e cinematográfica – duas facetas que não podem
ser separadas em sua história de vida.
	 Aamir Hussain Khan nasceu em Mumbai (antes Bombaim), berço
de Bollywood, em 14 de março de 1965, em uma família muçulmana com
6
tradição no meio cinematográfico. Seu pai, Tahir Hussain, era um
produtor de cinema, bem como seu tio, Nasir Hussain. A situação fi-
nanceira da família era instável, flutuando ao sabor dos sucessos e
fracassos nas bilheterias. Entrevistado por Tarun J. Tejpal no programa
THINK 2011, Aamir contou que seu pai vivia endividado e tendo que
contrair empréstimos.
	 “Vi muita gente na indústria cinematográfica passar por isso,
produtores, distribuidores, subdistribuidores, exibidores. Quando um
filme fracassa, há um efeito cascata. Cresci vendo isso e me dei conta
de que, se quero fazer o cinema que quero fazer, tenho que garantir
que os outros não percam dinheiro comigo”, afirma o ator.
	 Assim, mesmo com o nome e o sucesso que alcançou, Aamir
não cobra preços exorbitantes por seus filmes, como fazem outros as-
tros de seu quilate. Em vez disso, ele faz uma espécie de arrendamento,
ou seja, seu cachê depende dos resultados. “É como o artista de rua
que faz o show e depois passa o chapéu. Se as pessoas gostarem do
filme, então vou ganhar dinheiro”, explica.
	 E Aamir ganha muito, muito dinheiro. É um dos atores mais
bem pagos de Bollywood. Em 2008 e 2009, bateu todos os recordes
de arrecadação na história do cinema indiano, primeiro com Ghajini e
depois com 3 Idiots. O modo como escolhe os filmes em que vai atuar e
aqueles que deseja produzir mostra um equilíbrio inteligente, em que o
sucesso comercial de um lado lhe garante a liberdade para experimen-
tar em outras direções.
	 Não é de estranhar, portanto, que a filmografia de AK inclua
tanto blockbusters como o esperado Dhoom 3, a ser lançado em breve,
quanto o delicado Dhobi Ghat (2011), dirigido por sua mulher Kiran Rao
e que foge completamente aos padrões bollywoodianos. Porém, seja
qual for o tamanho da produção, a preocupação de tocar em questões
sensíveis para a sociedade indiana está sempre presente.
	 A Aamir Khan Productions tem tido um importante papel no
lançamento de novos diretores e roteiristas, contribuindo para oxigenar
a indústria de cinema em Mumbai. Dois exemplos interessantes são
Peepli Live (2010), dos diretores estreantes Anusha Rizvi e Mahmood Farooqui, e Delhi Belly (2011), de Abhinay
Deo e Akshat Verma em sua segunda experiência cinematográfica. O primeiro filme é um misto de comédia e
drama sobre a situação precária dos camponeses no interior do país. O segundo é uma comédia tresloucada e
recheada de palavrões, que o público conservador rejeitou, mas os jovens adoraram.
	 Nos negócios de AK, os riscos são calculados. Para ele, o segredo para poder fazer o que deseja é ser
prático a respeito do potencial de um filme, isto é, conseguir dimensionar corretamente o público que deter-
minada produção pode atingir e limitar o orçamento ao retorno esperado. Se o filme não for um sucesso, pelo
menos não dará prejuízo. No entanto, ele admite que é a intuição o que fala mais alto na hora de escolher seus
projetos.
	 Deve ter sido por intuição, portanto, que Aamir arriscou tudo em sua primeira produção. Lagaan (2001)
é um épico sobre uma vila cuja sobrevivência depende de um jogo de críquete contra os colonizadores britâni-
cos. Épico também foi o esforço para transformar aquela história em um filme pronto – ele custou U$ 4,3
milhões, um dos orçamentos mais caros do cinema indiano até então.
O argumento e o roteiro de Lagaan eram de
um velho amigo de A.K., Ashutosh Gowariker, que
também assumiu a direção. A trilha sonora ficou a
cargo do compositor A.R. Rahman (que em 2010
ganharia dois Oscars por “Quem quer ser um mil-
ionário?”). Após o primeiro corte, a película tinha
sete horas de duração. Para chegar aos 224 minu-
tos no corte final, o produtor estreante trabalhou
com os editores durante seis meses. O resultado
foi um filme aclamado pelo público e pela crítica,
ganhador de diversos prêmios nacionais e inter-
nacionais e indicado ao Oscar de melhor filme es-
trangeiro. Mesmo sem levar a estatueta, Lagaan fez
os olhos ocidentais se voltarem para Bollywood e
para Aamir, o ator no papel principal.
	 Uma boa história é sempre o começo de
tudo para A.K. A casa de seus pais era frequentada
por roteiristas e diretores que vinham em busca de
Tahir ou Nasir Hussein para produzirem seus filmes
e Aamir gostava de ficar em um canto ouvindo as
histórias que eles contavam, os roteiros mirabolan-
tes que traziam para oferecer. Atores, compositores
e todo tipo de gente de cinema também apareciam
para discutir detalhes dos projetos em andamento.
Foi assim que o pequeno aprendeu o métier, quase
sem se dar conta disso.
	 Sua primeira aparição na tela aconteceu
quando ele tinha oito anos, no filme Yaadon Ki
Baaraat (1973), produzido por seu tio. Era uma pon-
ta numa cena de música. No ano seguinte, Aamir
fez outra pequena aparição em Madosh. Porém a
família não tinha intenção de fazer dele um artista
mirim. Tahir e sua mulher, Zeenat, queriam que os
filhos estudassem.
	 Na adolescência, Aamir queria se tornar
um esportista. Ele chegou a ser campeão de tênis
pelo estado de Maharashtra. Quando os pais per-
ceberam que ele dava mais atenção ao esporte do
que aos estudos, colocaram-no em uma escola de
tempo integral, o que não lhe permitia treinar todos
os dias. Frustrado por já não conseguir jogar tão
bem quanto achava que era capaz, ele abandonou
o sonho de se tornar tenista profissional. Mas ao
começar sua carreira adulta no cinema, a lembran-
ça daquela frustração o impeliu a ser mais focado
e a não deixar que coisa alguma o impedisse de
alcançar seus objetivos.
O jornalista Bobby Ghosh relembra o momento preciso em que Aamir Khan se tornou um astro em seu
país. Foi no filme Qayamat Se Qayamat Tak, de 1988, quando seu personagem, Raj, pegou uma guitarra e cantou
“Papa kehte hain bada naam karegaa” (“Meu pai diz que vou fazer meu nome sozinho, mas ninguém sabe para
onde vou”). Ao incorporar os anseios e o modo de ser da juventude, o ator se tornou imediatamente um favorito
de milhões de pessoas.
	 A história de amor proibido mostrada no filme, uma espécie de Romeu e Julieta, era bem parecida com
a que o ator de 23 anos viveu na realidade. Filho de uma família muçulmana conservadora, Aamir se apaixonou
por uma jovem vizinha, de religião hindu. Em 1986, os dois se casaram contra a vontade dos pais, em segredo,
e voltaram para suas famílias. Só mais tarde puderam assumir a união.
	 O casamento com Reema Dutta durou até 2002 e deu a Aamir um filho e uma filha, Junaid e Ira. Em
2005, ele se casou com Kiran Rao, também uma hindu. Como ela não pode engravidar, o casal decidiu recorrer
a uma “barriga de aluguel”, e assim nasceu Azad Rao, agora com um ano e meio.
7
8
por Rosely Toledo
POR QUE PRATICAR IOGA?
Melhora a qualidade de vida, promovendo bemestar,
serenidade e paz interior
Proporciona equilíbrio emocional
Melhora problemas de insônia e depressão
Estimula a circulação sanguínea
Diminui dores nas costas
Melhora a postura e o fortalecimento muscular
Energiza corpo e mente
Fortalece o organismo, tendo a saúde
como foco principal
Não tem contra-indicações
9
Lovestory
aqui
10
A investigação sobre o acidente com o navio Costa Concórdia
continua e agora o empresário indiano Sri Mishriesta anun-
ciou a produção de um filme ainda sem nome sobre o cruzei-
ro. Ele não deverá ser um documentário, mas provavelmente
um musical, ao longo das linhas do Titanic (1997). O aciden-
te deve ser apenas o ponto de partida para a história. Se-
gundo o La Toscana Film Commission, o filme será “apenas
distantemente relacionado com o acidente do Costa Concor-
dia, com base em turistas que sobrevivem a um naufrágio.”
BOLLYWOOD FARÁ FILME SOBRE O
ACIDENTE DO COSTA CONCORDIA
por André Ricardo
11
N
esta edição, como a Bollywood Brasil está co-
memorando os 40 anos de carreira do ator
Aamir Khan, escolhemos um dos filmes mais
importante de sua carreira: 3 Idiots. Isso mesmo, “3
idiotas”. Mas não se enganem, de idiota ele só tem o
nome. Esse filme teve a maior bilheteria na história
do cinema indiano, e, apesar de ser de 2009, nenhum
filme outro conseguiu vencê-lo até agora.
3 Idiotas se adequa ao termo “marco do cinema”
e tem tudo para ajudar Bollywood a dar um passo gi-
gante no mundo da sétima arte com muito orgulho e
propriedade. 3 Idiotas é um exemplo brilhante de cria-
tividade, simplicidade, humildade e principalmente de
amizade que deverá haver em todo relacionamento
saudável entre amigos. 3 Idiotas nos diverte, nos ilumi-
na, nos faz ver a vida de outra maneira.
Ele nos mostra a visão do futuro, mas também nos
faz lembrar das nossas raízes, nos faz dar muitas ri-
sadas, mas também nos faz chorar tremendamente.
Existem vários filmes emocionantes, mas poucos per-
manecem gravados na nossa memória como este.
Bem, então, vamos verificar o motivo desse estron-
doso sucesso?
O longa começa com dois idiotas, Farhan (Madha-
van) e Raju (Sharman Joshi), partindo em uma jornada
para encontrar o seu amigo perdido e o terceiro idiota
do filme, chamado Rancho (Aamir Khan). A viagem co-
meça, e velhas lembranças do inicio das suas amiza-
des são reveladas através de flashbacks dos tempos
da faculdade, mostrando como Rancho os inspirou e
mudou suas vidas para sempre.
O filme dá tantas voltas, que simplesmente não
podemos adivinhar o que se desenrolará a seguir. É
tanta coisa acontecendo em cada cena, e o roteiro é
tão emocionante que você toma o máximo de cuidado
para não piscar e perder algo importante...
Crítica: 3 IDIOTAS por Feliz Luz
12
Farhan, Raju e Ranchoddas são três estudantes
que dividem um quarto na residência do Imperial
College ficcional de Engenharia. Farhan está estu-
dando engenharia para realizar o sonho de seu pai,
mas a sua paixão é a fotografia. Raju está estudan-
do, para ter um bom emprego e tirar sua família da
pobreza. Por outro lado, a paixão do criativo e co-
rajoso Rancho é pela invenção de novas máquinas.
Rancho acredita que se você buscar a excelência, o
sucesso correrá atrás de você.
No entanto, esse pensamento de Rancho é bastan-
te diferente do diretor da faculdade, Dr. Viru (Boman
Irani). O aluno favorito de Viru, Chatur Ramalingam
(Omi Vaidya), acredita que na memorização sem sen-
tido sobre a compreensão das coisas, é o ideal para
alcançar seus objetivos de status corporativo. Raju e
Viru, vivem diversos conflitos com Rancho, por causa
dos seus métodos de aprendizado nada convencionais
que ele aplica no seu dia a dia.
O que torna esse filme tão especial e único, são
as mensagens deixadas pelo personagem Rancho que
pega os métodos de ensinos aplicados por professo-
res (que vomitam as informações em cima dos seus
alunos e querem que eles por sua vez vomitem as in-
formações recebidas por eles, sem ter mastigado o
alimento antes) e os joga no lixo. Numa cena do filme,
o professor faz uma pergunta para Rancho e ele res-
ponde corretamente, mas do jeito dele. O professor
diz que ele está errado, pelo fato daquela resposta
não estar padronizada no livro. Tudo na vida é padro-
nizado, tem regras. Para Rancho, não existe isso.
3 Idiotas mostra um sistema educacional decaden-
te e despreparado, que pressiona os seus alunos e não
os permite escolher os seus destinos por si mesmos.
Em paralelo a essas situações, há o lado romântico do
filme, entre Rancho e Pia (Kareena Kapoor).
A autuação dos atores também foi primorosa. Shar-
man e Madhavan trabalharam com tanto calor, humor
e amor, que não dá vontade de ver o filme terminar.
O papel de homem pobre, com a família simples e
humilde, foi feito para o Sharman. Ele realmente con-
vence!
Madhavan, como o rapaz que está perseguindo os
sonhos de seu pai, em vez de seu próprio, estava sim-
plesmente maravilhoso. O personagem aprende a rir
da vida e das ironias do destino, graças ao seu amigo
Rancho. Madhavan mostra seu lado bem-humorado
brilhantemente, saboreando cada cena e tornando-se
um prazer de assistir. Sua atuação no filme é muito
boa.
Boman Irani é um dos melhores atores da Índia. E
nesse filme ele deu um show a parte. Ele é tão brilhan-
te, que é difícil reconhecê-lo no início! Ele encarnou no
papel como louco, hiperativo, hipercompetitivo, quase
um ditador, dirigindo uma faculdade ditando regras
e ensinando os seus alunos a pensarem como ele – e
o fez tão bem, que está além das palavras. Ou você o
ama, ou o odeia!
O papel de Pia foi escolhida para a Kareena. Tinha
que ser ela mesmo. Bonita e ao mesmo tempo brilhante.
E por último e mais importante, temos a atua-
ção do melhor ator da Índia: Aamir Khan.
Sua atuação é fenomenal e sua caracterização
como Rancho neste filme é positivamente brilhante.
Os pequenos gestos, o jeito de andar, o sorriso, a
atitude, o brilho de um jovem que tem personalida-
de, que não aceita as diretrizes do sistema educa-
cional; sua atitude positiva em relação a todas as
coisas na vida, sua alegria de viver apesar de todas
as dificuldades que a vida nos proporciona, nunca
desistindo de nada: isso tudo é Rancho, não Aamir.
A capacidade que o ator tem de se transformar de
forma convincente é algo extraordinário. Ele saiu de
um papel, vivendo um personagem sombrio, triste e
com sede de vingança no filme Ghajini (2008) para
um estudante universitário maluco, que é super de
bem com a vida em 3 Idiotas. Isso só mostra seu ta-
lento como ator, provando que ele é capaz de fazer
qualquer personagem com perfeição. Aamir Khan é
nada menos que um evento.
A letra da música “Behti Hawa Sa Tha Woh”,
resume perfeitamente o espírito do personagem
Rancho e a amizade que une os três corações dos
personagens principais:
“Enquanto nosso futuro nos assombrava,
ele celebrava o presente,
e vivia cada momento despreocupadamente.
De onde ele veio?
Ele tocou em nossos corações.
Para onde ele foi?
Vamos procurá-lo
Enquanto nós fugíamos dos desafios,
ele flutuava pelos mares,
navegava contra as correntes.
Ele era como uma nuvem.
Ele era nosso companheiro.
Para onde ele foi?
Vamos procurá-lo.”
Resumindo a mensagem do filme, deixo aqui a
mensagem do personagem Rancho:
“Aal Izz Well (Está tudo bem)” e buscando a ex-
celência, o sucesso correrá atrás de você.
13
Direção: R
Direção musical: Shankar Mahadevan, Ehsa
Elenco: Far
Filme conta a história do atleta indiano Milkha Singh, conhecido como
1958 ganhou medalha de ouro nos Jogos da
AGENDA DE
por Tiago U
Ghanchakkar
Direção: Rajkumar Gupta
Direção musical: Amit Trived
Elenco: Vidya Balan, Emraam
Gênero: Romance, comédia
Sanju (Emraam Hashmi) dec
banco em que conta com a a
buscar suas partes do dinhe
“casal” de The Dirty Picture
12 de julho
Bhaag Milkha Bhaag
Rakeysh Omprakash Mehra
aan Noorani, Loy Mendonsa
rhan Akhtar, Sonam Kapoor
Gênero: Drama, biópico
o o “sikh voador”, e que em
a Comunidade das Nações.
E ESTREIAS
Ursulino
28 de junho
di
m Hashmi
cide se aposentar do mundo do crime. Seu último golpe é um assalto a
ajuda de dois comparsas. Dois meses depois, quando seus parceiros vem
eiro roubado, Sanju nem mesmo os reconhece! Filme reúne novamente o
(2011).
Direção musical: Shankar Mahadevan, Ehsa
Elenco: Rishi Kapoor, Irrfan Khan, Arjun Ram
Um grupo de agentes especiais indianos é enviado ao Paquistão para tra
Procurado da Índia. Tudo parece correr como esperado, até que algo
Ship of Theseus
Direção: Anand Gandhi
Direção musical: Gabor Eldel
Gênero: Drama
Filme independente que, faze
Rao (mulher de Aamir Khan),
incomum, acompanhando um
deparam com complicadas pe
19 de julho
D-Day
Direção: Nikhil Advani
aan Noorani, Loy Mendonsa
mpal, Huma Qureshi e outros
Gênero: Thriller
azer de volta O Homem Mais
de muito errado acontece...
19 de julho
lyi, Tamas Szekely
endo sucesso em festivas internacionais, chamou a atenção de Kiran
, que decidiu lançar o filme comercialmente. Trata-se de uma história
ma fotógrafa cega, um monge e um corretor de ações conforme eles se
erguntas morais e existenciais.
Bollywood brasil ed 4

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Bollywood brasil ed 4

  • 1.
  • 2. Bollywood Brasil Expediente: Editor-chefe: André Ricardo Redação: André Ricardo, Claudia Rabelo Lopes, Feliz Luz, Fernanda Beltrand, Juily Manghirmalani, Rosely Toledo e Tiago Ursulino Edição e revisão: Tiago Ursulino Diagramação: Aline Moreira, Dayna Disha Malani e Juily Manghirmalani Publicidade: Themis Nascimento Divulgação: Shadia Fernanda Contato: Redação: jornalismo@bollywoodbrasil.com.br Divulgação: divulgacao@bollywoodbrasil.com.br Anúncios/patrocínio: comercial@bollywoodbrasil.com.br E aqui estamos com mais uma edição da Bollywood Brasil. E esta é uma edição especial, comemorando os 40 anos de carreira de Aamir Khan. Como a edição é especial, trazemos uma entrevista exclusiva do astro, com um link para o vídeo de Aamir respondendo às nossas perguntas. Temos ainda uma matéria especial contando um pouco da carreira do ator e a crítica de um dos mais importantes filmes da história do cinema indiano, 3 Idiotas. Claro que temos muito mais! Continuamos a cobrir Bollywood em Cannes, trazemos uma matéria contando mais um pouco sobre a ioga, a agenda de estreias dos principais filmes indianos e as notícias do mês. Tudo isso com muito carinho e dedicação de nossa equipe. Esperamos que gostem! Equipe da Bollywood Filmes
  • 3. pág. 3 - 4 Entrevista com: Aamir Khan pág. 5 Enquete! pág. 5 - 7 Matéria da Capa: 40 anos de carreira de Aamir Khan pág. 8 - 9 Cultura Indiana: Ioga pág. 9 - 10 A Índia vai a Cannes - parte 2! pág. 11 Notícias do Mês pág. 12 - 13 Crítica: 3 Idiotas pág. 14 - 15 Agenda de Estreias
  • 4. ENTREVISTA com Aamir Khan Aamir Khan , o senhor perfeccionista, está completan- do 40 anos de carreira. Durante este período, ele já foi galã, vilão, se transvestiu e até foi um idiota. Ele é considerado um dos mais ecléticos atores de Bollywood e também está bas- tante envolvido com causas sociais. Mesmo com uma agenda cheia, entre as gravações da superprodução Dhoom 3, ele en- controu tempo para uma entrevista rápida. Ele fala de sua car- reira, do novo filme, revela que não se dava muito bem com a atriz Kajol e finaliza falando sobre sua vontade de conhecer o Brasil e que um dos seus filmes favoritos é brasileiro. Confira a entrevista. por André Ricardo
  • 5. ...Como foi trabalhar com Kajol em Fanaa (2006). Você já havia trabalhado com ela antes? Foi muito divertido trabalhar com Kajol. Antes de Fanaa, nós já havíamos trabalhados juntos, no filme Ishq (1997), mas naquela ocasião eu não gostei nem um pouco de trabalhar com ela. Essa é a mais pura ver- dade. Então eu estava apreensivo em trabalhar com Kajol novamente. Eu acho que ela é um atriz fantástica e muito bonita, mas de alguma forma, nós nunca nos demos muito bem, mas aí veio Fanaa. Eu lembro-me de dizer aos produtores “Eu acho que ela é a atriz perfeita para esta person- agem, mas se ela atuar no filme, eu não participarei!” Teriam que escolher entre um de nós dois. Mas depois eu entendi que realmente ela era a pessoa correta para este filme. Então eu disse ao diretor, aos produtores e a mim mesmo. “Ok, eu vou tolerá-la porque eu acho que ela é essencial para o filme”. Foi assim que iniciei os trabalhos neste projeto. Mas eu tive de admitir que eu gostei muito de trabalhar com ela. Foi muito divertido atuarmos juntos. Na verdade, eu tenho saudades de atuar com ela, pois após Fanaa não tive a oportunidade de trabalhar com Kajol novamente. Ela é uma atriz maravilhosa. É muito bom fazer uma cena com ela, pois ela é muito instintiva. Eu não gosto de atuar sozinho, gosto de atuar com outros atores. Muito de minha própria performance depende dos atores que estão atuando comigo. ...Como é ser uma das maiores estrelas de Bolly- wood? Como você lida com a adoração do público? Bem, normalmente eu sou bastante enver- gonhado em público. Então não acho que eu lido muito bem com o sucesso. Estou muito feliz porque as pessoas gostaram tanto dos meus trabalhos. Es- ... Filmes indianos normalmente tem muitas canções. Além de atuar, você também gosta de cantar? Eu gosto de cantar, mas eu acho que eu não can- to muito bem. Nos filmes há cantores de playback que cantam pelos atores. Em toda minha carreira de mais de duas décadas, eu mesmo cantei em somente uma música em um filme (Ghulam, de 1998). Tenho de admitir que foi um grande sucesso. O público amou essa música. O público indiano achou que eu também canto bem, mas eu não canto! (pausa) Eu só cantei uma música e felizmente ela ficou muito boa. Mas sim eu adoro cantar, mas eu gostaria de poder cantar melhor (risos). tou muito agradecido pelo sucesso que eu consegui e estou muito feliz que meu trabalho tenha sido tão apre- ciado pelo público, que gostaram de meus filmes. Isso me dá uma imensa alegria. Também tive muita sorte de trabalhar com pessoas tão talentosas. Esses filmes acabaram por se tornar um sucesso devido ao trabalho de equipe. Para produzir um filme, o trabalho em equipe é essencial. Tive muita sorte de trabalhar com diretores muito talentosos. Eu agradeço bastante pelo sucesso que alcancei até agora. Estou bastante feliz mesmo, por ter tido a possibilidade de trabalhar com algo que eu gosto de fazer. “Muito de minha própria performance depende dos atores que estão atuando comigo.” “Para produzir um filme, o trabalho em equipe é essencial.” 3
  • 6. ... Sabemos que você fará um vilão em Dhoom 3. Você pode contar ao público brasileiro sobre seu novo person- agem? Nós estamos filmando para Dhoom 3 neste exato mo- mento. Eu estou com a roupa de meu personagem em Dhoom 3. Estamos filmando em Chicago (EUA) e eu estou dando esta entrevista em minha van, enquanto a equipe está fil- mando perseguições nas ruas. Dhoom 3 é um filme de ação e aventura. Eu amei o roteiro, que é maravilhoso. Está sendo muito divertido trabalhar com o diretor. O filme é sobre uma grande história de ação e drama, bastante divertido e com grandes cenas de ação. Ele está sendo bastante bem produ- zido. Eu estou adorando fazê-lo e eu aguado ansiosamente trabalhar com Katrina [Kaif] e Abishek [Bachchan]. Eu nunca havia atuado com eles antes. Dhoom 3 é um filme que eu realmente aguardo o final com bastante interesse. ... Você já esteve no Brasil? Bem, eu nunca estive no Brasil, mas eu gostaria muito de visitá-lo. Já ouvi muito sobre o Brasil. Tenho amigos que já foram lá e me falaram tanto e tão bem sobre seu país... As mulheres são muito bo- nitas, tem ótima culinária e música formidável. Eu gostaria muito de ir ao Brasil. Eu espero que o público brasileiro tenha gostado de Fanaa. Não sei se o grande público teve acesso a outros de meus filmes mais antigos, como 3 Idiotas (2009) ou outros filmes, mas espero que tenham gostado de Fanaa. Também estou curioso para saber o que o público brasileiro pensa do cinema indiano. ... Já viu algum filme brasileiro? Sim. Eu vi Cidade de Deus (2002). Achei o filme fantástico e muito bem produzido. Na verdade é um dos meus filmes favoritos. Clique aqui para ver o vídeo com o Aamir Khan respondendo às perguntas. “As mulheres são muito bonitas, tem ótima culinária e música formidável. Eu gostaria muito de ir ao Brasil” 4
  • 7.
  • 8. ANUNCIE AQUI contato: comercial@bollywoodbrasil.com.br Enquete! A Bollywood Brasil, na edição de maio, publicou uma matéria especial sobre grandes clássicos do cinema indiano. Da lista de 9 filmes, perguntamos aos nossos leitores qual era o favorito e vamos então aos resultados: 3º lugar – Empatados com 17% cada, 3 Idiots e Sholay 2º lugar – Dil Se, com 25% de votos E em primeiro lugar o clássico de 1957 que mostra um país recém-independente, na busca de sua própria identidade como nação: MOTHER INDIA, com 31% de preferência. Agradecemos a todos que participaram e aguardem novas enquetes. Equipe da Bollywood Filmes Fatima Rashid, mais conhecida como Nargis, a estrela de Mother India.
  • 9. por Claudia Rabelo Lopes e Juily Manghirmalani 5 40 anos de carreira de Aamir Khan
  • 10. Não basta fazer sucesso, é preciso fazer a diferença A câmera gosta de Aamir Khan e é sua melhor parceira, seja quando ele está em sua frente, atuando, ou atrás dela, produzindo ou dirigindo. Como ator, ele domina todos os gêneros, da comédia ao drama, da ação ao romance, mesmo que tudo se misture no mesmo filme, como costuma acontecer no cinema indiano. E pa- rece não haver papel impossível para Aamir. Personagens multifacetados, como o Rehan de Fanaa (lançado no Brasil em 2012), são um prato cheio para ele. Aos 48 anos, AK se destaca no triunvirato dos Khan, completado por seus colegas Shahrukh e Salman, que brilha sobre Bollywood há mais de uma década. Para Aamir, porém, alcançar o estrelato está longe de ser o suficiente. Há outros papéis a desempenhar. “Pode um ator mudar uma nação?” – com essa manchete a edição asiática da revista Time de 10 de setembro de 2012 apresentava sua ma- téria de capa, dedicada a Aamir Khan. Nela o jornalista Bobby Ghosh fala do enorme impacto da então mais recente realização de AK – a produção televisiva Satyamev Jayate, que pôs o dedo na ferida de alguns dos maio- res problemas da sociedade indiana, sendo visto por mais de 1,5 bilhão de pessoas dentro e fora da Índia. O aborto de fetos do sexo feminino, prática comum no país, os preconceitos de casta e os assassinatos em nome da honra são exemplos de temas abordados pelo talk show/docu- mentário. A Time também elencou o ator como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo em 2013. Para quem acompanha a carreira de Aamir, isso não é uma surpresa. O fato é que, desde que ganhou maior autonomia ao se tornar também produtor, em 2001, ficou evidente que ele queria mais do que ser um astro de Bollywood. Aamir é alguém real- mente disposto a fazer diferença na vida de seu país. Felizmente para os fãs, AK garante que não tem a intenção de entrar para a política tradicional. Sua área de atuação é e continuará sendo o mundo do cinema e do audiovisual, do qual faz parte desde criança. A diferença é o engajamento e o senso de responsabilidade de que está imbuído em seu trabalho. E o que o torna notável é uma habilidade rara de unir en- tretenimento no mais alto grau à reflexão necessária para mudar a socie- dade. Aamir seduz, diverte, emociona e faz pensar. O senso de responsabilidade, tanto no que diz respeito ao seu tra- balho quanto às questões da sociedade em que vive, foi desenvolvido pelo ator em seus anos de formação. É resultado do modo como ele elaborou sua experiência familiar e cinematográfica – duas facetas que não podem ser separadas em sua história de vida. Aamir Hussain Khan nasceu em Mumbai (antes Bombaim), berço de Bollywood, em 14 de março de 1965, em uma família muçulmana com 6
  • 11. tradição no meio cinematográfico. Seu pai, Tahir Hussain, era um produtor de cinema, bem como seu tio, Nasir Hussain. A situação fi- nanceira da família era instável, flutuando ao sabor dos sucessos e fracassos nas bilheterias. Entrevistado por Tarun J. Tejpal no programa THINK 2011, Aamir contou que seu pai vivia endividado e tendo que contrair empréstimos. “Vi muita gente na indústria cinematográfica passar por isso, produtores, distribuidores, subdistribuidores, exibidores. Quando um filme fracassa, há um efeito cascata. Cresci vendo isso e me dei conta de que, se quero fazer o cinema que quero fazer, tenho que garantir que os outros não percam dinheiro comigo”, afirma o ator. Assim, mesmo com o nome e o sucesso que alcançou, Aamir não cobra preços exorbitantes por seus filmes, como fazem outros as- tros de seu quilate. Em vez disso, ele faz uma espécie de arrendamento, ou seja, seu cachê depende dos resultados. “É como o artista de rua que faz o show e depois passa o chapéu. Se as pessoas gostarem do filme, então vou ganhar dinheiro”, explica. E Aamir ganha muito, muito dinheiro. É um dos atores mais bem pagos de Bollywood. Em 2008 e 2009, bateu todos os recordes de arrecadação na história do cinema indiano, primeiro com Ghajini e depois com 3 Idiots. O modo como escolhe os filmes em que vai atuar e aqueles que deseja produzir mostra um equilíbrio inteligente, em que o sucesso comercial de um lado lhe garante a liberdade para experimen- tar em outras direções. Não é de estranhar, portanto, que a filmografia de AK inclua tanto blockbusters como o esperado Dhoom 3, a ser lançado em breve, quanto o delicado Dhobi Ghat (2011), dirigido por sua mulher Kiran Rao e que foge completamente aos padrões bollywoodianos. Porém, seja qual for o tamanho da produção, a preocupação de tocar em questões sensíveis para a sociedade indiana está sempre presente. A Aamir Khan Productions tem tido um importante papel no lançamento de novos diretores e roteiristas, contribuindo para oxigenar a indústria de cinema em Mumbai. Dois exemplos interessantes são Peepli Live (2010), dos diretores estreantes Anusha Rizvi e Mahmood Farooqui, e Delhi Belly (2011), de Abhinay Deo e Akshat Verma em sua segunda experiência cinematográfica. O primeiro filme é um misto de comédia e drama sobre a situação precária dos camponeses no interior do país. O segundo é uma comédia tresloucada e recheada de palavrões, que o público conservador rejeitou, mas os jovens adoraram. Nos negócios de AK, os riscos são calculados. Para ele, o segredo para poder fazer o que deseja é ser prático a respeito do potencial de um filme, isto é, conseguir dimensionar corretamente o público que deter- minada produção pode atingir e limitar o orçamento ao retorno esperado. Se o filme não for um sucesso, pelo menos não dará prejuízo. No entanto, ele admite que é a intuição o que fala mais alto na hora de escolher seus projetos. Deve ter sido por intuição, portanto, que Aamir arriscou tudo em sua primeira produção. Lagaan (2001) é um épico sobre uma vila cuja sobrevivência depende de um jogo de críquete contra os colonizadores britâni- cos. Épico também foi o esforço para transformar aquela história em um filme pronto – ele custou U$ 4,3 milhões, um dos orçamentos mais caros do cinema indiano até então.
  • 12. O argumento e o roteiro de Lagaan eram de um velho amigo de A.K., Ashutosh Gowariker, que também assumiu a direção. A trilha sonora ficou a cargo do compositor A.R. Rahman (que em 2010 ganharia dois Oscars por “Quem quer ser um mil- ionário?”). Após o primeiro corte, a película tinha sete horas de duração. Para chegar aos 224 minu- tos no corte final, o produtor estreante trabalhou com os editores durante seis meses. O resultado foi um filme aclamado pelo público e pela crítica, ganhador de diversos prêmios nacionais e inter- nacionais e indicado ao Oscar de melhor filme es- trangeiro. Mesmo sem levar a estatueta, Lagaan fez os olhos ocidentais se voltarem para Bollywood e para Aamir, o ator no papel principal. Uma boa história é sempre o começo de tudo para A.K. A casa de seus pais era frequentada por roteiristas e diretores que vinham em busca de Tahir ou Nasir Hussein para produzirem seus filmes e Aamir gostava de ficar em um canto ouvindo as histórias que eles contavam, os roteiros mirabolan- tes que traziam para oferecer. Atores, compositores e todo tipo de gente de cinema também apareciam para discutir detalhes dos projetos em andamento. Foi assim que o pequeno aprendeu o métier, quase sem se dar conta disso. Sua primeira aparição na tela aconteceu quando ele tinha oito anos, no filme Yaadon Ki Baaraat (1973), produzido por seu tio. Era uma pon- ta numa cena de música. No ano seguinte, Aamir fez outra pequena aparição em Madosh. Porém a família não tinha intenção de fazer dele um artista mirim. Tahir e sua mulher, Zeenat, queriam que os filhos estudassem. Na adolescência, Aamir queria se tornar um esportista. Ele chegou a ser campeão de tênis pelo estado de Maharashtra. Quando os pais per- ceberam que ele dava mais atenção ao esporte do que aos estudos, colocaram-no em uma escola de tempo integral, o que não lhe permitia treinar todos os dias. Frustrado por já não conseguir jogar tão bem quanto achava que era capaz, ele abandonou o sonho de se tornar tenista profissional. Mas ao começar sua carreira adulta no cinema, a lembran- ça daquela frustração o impeliu a ser mais focado e a não deixar que coisa alguma o impedisse de alcançar seus objetivos.
  • 13. O jornalista Bobby Ghosh relembra o momento preciso em que Aamir Khan se tornou um astro em seu país. Foi no filme Qayamat Se Qayamat Tak, de 1988, quando seu personagem, Raj, pegou uma guitarra e cantou “Papa kehte hain bada naam karegaa” (“Meu pai diz que vou fazer meu nome sozinho, mas ninguém sabe para onde vou”). Ao incorporar os anseios e o modo de ser da juventude, o ator se tornou imediatamente um favorito de milhões de pessoas. A história de amor proibido mostrada no filme, uma espécie de Romeu e Julieta, era bem parecida com a que o ator de 23 anos viveu na realidade. Filho de uma família muçulmana conservadora, Aamir se apaixonou por uma jovem vizinha, de religião hindu. Em 1986, os dois se casaram contra a vontade dos pais, em segredo, e voltaram para suas famílias. Só mais tarde puderam assumir a união. O casamento com Reema Dutta durou até 2002 e deu a Aamir um filho e uma filha, Junaid e Ira. Em 2005, ele se casou com Kiran Rao, também uma hindu. Como ela não pode engravidar, o casal decidiu recorrer a uma “barriga de aluguel”, e assim nasceu Azad Rao, agora com um ano e meio. 7
  • 15.
  • 16. POR QUE PRATICAR IOGA? Melhora a qualidade de vida, promovendo bemestar, serenidade e paz interior Proporciona equilíbrio emocional Melhora problemas de insônia e depressão Estimula a circulação sanguínea Diminui dores nas costas Melhora a postura e o fortalecimento muscular Energiza corpo e mente Fortalece o organismo, tendo a saúde como foco principal Não tem contra-indicações
  • 19.
  • 20. A investigação sobre o acidente com o navio Costa Concórdia continua e agora o empresário indiano Sri Mishriesta anun- ciou a produção de um filme ainda sem nome sobre o cruzei- ro. Ele não deverá ser um documentário, mas provavelmente um musical, ao longo das linhas do Titanic (1997). O aciden- te deve ser apenas o ponto de partida para a história. Se- gundo o La Toscana Film Commission, o filme será “apenas distantemente relacionado com o acidente do Costa Concor- dia, com base em turistas que sobrevivem a um naufrágio.” BOLLYWOOD FARÁ FILME SOBRE O ACIDENTE DO COSTA CONCORDIA por André Ricardo
  • 21. 11
  • 22. N esta edição, como a Bollywood Brasil está co- memorando os 40 anos de carreira do ator Aamir Khan, escolhemos um dos filmes mais importante de sua carreira: 3 Idiots. Isso mesmo, “3 idiotas”. Mas não se enganem, de idiota ele só tem o nome. Esse filme teve a maior bilheteria na história do cinema indiano, e, apesar de ser de 2009, nenhum filme outro conseguiu vencê-lo até agora. 3 Idiotas se adequa ao termo “marco do cinema” e tem tudo para ajudar Bollywood a dar um passo gi- gante no mundo da sétima arte com muito orgulho e propriedade. 3 Idiotas é um exemplo brilhante de cria- tividade, simplicidade, humildade e principalmente de amizade que deverá haver em todo relacionamento saudável entre amigos. 3 Idiotas nos diverte, nos ilumi- na, nos faz ver a vida de outra maneira. Ele nos mostra a visão do futuro, mas também nos faz lembrar das nossas raízes, nos faz dar muitas ri- sadas, mas também nos faz chorar tremendamente. Existem vários filmes emocionantes, mas poucos per- manecem gravados na nossa memória como este. Bem, então, vamos verificar o motivo desse estron- doso sucesso? O longa começa com dois idiotas, Farhan (Madha- van) e Raju (Sharman Joshi), partindo em uma jornada para encontrar o seu amigo perdido e o terceiro idiota do filme, chamado Rancho (Aamir Khan). A viagem co- meça, e velhas lembranças do inicio das suas amiza- des são reveladas através de flashbacks dos tempos da faculdade, mostrando como Rancho os inspirou e mudou suas vidas para sempre. O filme dá tantas voltas, que simplesmente não podemos adivinhar o que se desenrolará a seguir. É tanta coisa acontecendo em cada cena, e o roteiro é tão emocionante que você toma o máximo de cuidado para não piscar e perder algo importante... Crítica: 3 IDIOTAS por Feliz Luz 12
  • 23. Farhan, Raju e Ranchoddas são três estudantes que dividem um quarto na residência do Imperial College ficcional de Engenharia. Farhan está estu- dando engenharia para realizar o sonho de seu pai, mas a sua paixão é a fotografia. Raju está estudan- do, para ter um bom emprego e tirar sua família da pobreza. Por outro lado, a paixão do criativo e co- rajoso Rancho é pela invenção de novas máquinas. Rancho acredita que se você buscar a excelência, o sucesso correrá atrás de você. No entanto, esse pensamento de Rancho é bastan- te diferente do diretor da faculdade, Dr. Viru (Boman Irani). O aluno favorito de Viru, Chatur Ramalingam (Omi Vaidya), acredita que na memorização sem sen- tido sobre a compreensão das coisas, é o ideal para alcançar seus objetivos de status corporativo. Raju e Viru, vivem diversos conflitos com Rancho, por causa dos seus métodos de aprendizado nada convencionais que ele aplica no seu dia a dia. O que torna esse filme tão especial e único, são as mensagens deixadas pelo personagem Rancho que pega os métodos de ensinos aplicados por professo- res (que vomitam as informações em cima dos seus alunos e querem que eles por sua vez vomitem as in- formações recebidas por eles, sem ter mastigado o alimento antes) e os joga no lixo. Numa cena do filme, o professor faz uma pergunta para Rancho e ele res- ponde corretamente, mas do jeito dele. O professor diz que ele está errado, pelo fato daquela resposta não estar padronizada no livro. Tudo na vida é padro- nizado, tem regras. Para Rancho, não existe isso. 3 Idiotas mostra um sistema educacional decaden- te e despreparado, que pressiona os seus alunos e não os permite escolher os seus destinos por si mesmos. Em paralelo a essas situações, há o lado romântico do filme, entre Rancho e Pia (Kareena Kapoor). A autuação dos atores também foi primorosa. Shar- man e Madhavan trabalharam com tanto calor, humor e amor, que não dá vontade de ver o filme terminar. O papel de homem pobre, com a família simples e humilde, foi feito para o Sharman. Ele realmente con- vence! Madhavan, como o rapaz que está perseguindo os sonhos de seu pai, em vez de seu próprio, estava sim- plesmente maravilhoso. O personagem aprende a rir da vida e das ironias do destino, graças ao seu amigo Rancho. Madhavan mostra seu lado bem-humorado brilhantemente, saboreando cada cena e tornando-se um prazer de assistir. Sua atuação no filme é muito boa. Boman Irani é um dos melhores atores da Índia. E nesse filme ele deu um show a parte. Ele é tão brilhan- te, que é difícil reconhecê-lo no início! Ele encarnou no papel como louco, hiperativo, hipercompetitivo, quase um ditador, dirigindo uma faculdade ditando regras e ensinando os seus alunos a pensarem como ele – e o fez tão bem, que está além das palavras. Ou você o ama, ou o odeia!
  • 24. O papel de Pia foi escolhida para a Kareena. Tinha que ser ela mesmo. Bonita e ao mesmo tempo brilhante. E por último e mais importante, temos a atua- ção do melhor ator da Índia: Aamir Khan. Sua atuação é fenomenal e sua caracterização como Rancho neste filme é positivamente brilhante. Os pequenos gestos, o jeito de andar, o sorriso, a atitude, o brilho de um jovem que tem personalida- de, que não aceita as diretrizes do sistema educa- cional; sua atitude positiva em relação a todas as coisas na vida, sua alegria de viver apesar de todas as dificuldades que a vida nos proporciona, nunca desistindo de nada: isso tudo é Rancho, não Aamir. A capacidade que o ator tem de se transformar de forma convincente é algo extraordinário. Ele saiu de um papel, vivendo um personagem sombrio, triste e com sede de vingança no filme Ghajini (2008) para um estudante universitário maluco, que é super de bem com a vida em 3 Idiotas. Isso só mostra seu ta- lento como ator, provando que ele é capaz de fazer qualquer personagem com perfeição. Aamir Khan é nada menos que um evento. A letra da música “Behti Hawa Sa Tha Woh”, resume perfeitamente o espírito do personagem Rancho e a amizade que une os três corações dos personagens principais: “Enquanto nosso futuro nos assombrava, ele celebrava o presente, e vivia cada momento despreocupadamente. De onde ele veio? Ele tocou em nossos corações. Para onde ele foi? Vamos procurá-lo Enquanto nós fugíamos dos desafios, ele flutuava pelos mares, navegava contra as correntes. Ele era como uma nuvem. Ele era nosso companheiro. Para onde ele foi? Vamos procurá-lo.” Resumindo a mensagem do filme, deixo aqui a mensagem do personagem Rancho: “Aal Izz Well (Está tudo bem)” e buscando a ex- celência, o sucesso correrá atrás de você.
  • 25. 13
  • 26. Direção: R Direção musical: Shankar Mahadevan, Ehsa Elenco: Far Filme conta a história do atleta indiano Milkha Singh, conhecido como 1958 ganhou medalha de ouro nos Jogos da AGENDA DE por Tiago U Ghanchakkar Direção: Rajkumar Gupta Direção musical: Amit Trived Elenco: Vidya Balan, Emraam Gênero: Romance, comédia Sanju (Emraam Hashmi) dec banco em que conta com a a buscar suas partes do dinhe “casal” de The Dirty Picture
  • 27. 12 de julho Bhaag Milkha Bhaag Rakeysh Omprakash Mehra aan Noorani, Loy Mendonsa rhan Akhtar, Sonam Kapoor Gênero: Drama, biópico o o “sikh voador”, e que em a Comunidade das Nações. E ESTREIAS Ursulino 28 de junho di m Hashmi cide se aposentar do mundo do crime. Seu último golpe é um assalto a ajuda de dois comparsas. Dois meses depois, quando seus parceiros vem eiro roubado, Sanju nem mesmo os reconhece! Filme reúne novamente o (2011).
  • 28. Direção musical: Shankar Mahadevan, Ehsa Elenco: Rishi Kapoor, Irrfan Khan, Arjun Ram Um grupo de agentes especiais indianos é enviado ao Paquistão para tra Procurado da Índia. Tudo parece correr como esperado, até que algo Ship of Theseus Direção: Anand Gandhi Direção musical: Gabor Eldel Gênero: Drama Filme independente que, faze Rao (mulher de Aamir Khan), incomum, acompanhando um deparam com complicadas pe
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