3. Medronho, 2009.
“Ciência que estuda o processo saúde-
doença na sociedade, promoção ou
recuperação da saúde individual e
coletiva , produzindo informação e
conhecimento para tomada de decisão.”
5. A epidemiologia
Estudo dos determinantes de saúde-
enfermidade
Análise das situações de saúde
Avaliação de tecnologias e processos no
campo da saúde
6. Epidemiologia Descritiva
Estuda a frequência e distribuição dos
parâmetros de saúde ou de fatores de
risco das doenças nas populações.
8. Ela é uma ciência fundamental para a
saúde pública;
Tem dado grandes contribuições à
melhoria da saúde das populações;
É essencial no processo de identificação
e mapeamento de doenças emergentes.
9.
10. Grécia antiga...
As explicações sobre o processo saúde-
doença eram baseadas em concepções
mágico-religiosas.
Medicina grega: Ausclepius (Esculápio)
Hygeia Ações preventivas, higiene.
Panacea Deusa da cura.
11. Histórico da epidemiologia...
Abordagem racional
Hipócrates, pai da Medicina.
Doenças que afetavam
grande parte da população.
460 a.C. – 377 a. C
12. Segundo Hipócrates...
Saúde: equilíbrio entre o homem e seu
meio.(De ares, águas e lugares)
Doença: desequilíbrio de quatro humores
fundamentais: sangue, linfa, bile amarela
e bile negra.
13. Império Romano
Construção de aquedutos, hábitos de
banhos diários, banhos públicos :
aumento da higiene pessoal.
Contagem da população: realização do
censo. Estudo descritivo
Galeno , médico particular do
Imperador Marco Aurélio.
Cláudio Galeno(201 – 130 a.C.)
14. Idade Média
Caráter mágico-religioso
Domínio da Igreja Católica
Doença=castigo
Criação dos primeiros hospitais
15. Medicina árabe
Base – medicina hipocrática.
Avanços farmacêuticos e técnicas
cirúrgicas.
Descrição da varíola, asma e alergia
Hospitais: centros de cura da doença,
escola de medicina.
Avicena (989-1037) – Cânon da medicina.
Averróes (1126-1198) – Precursor do
Higienismo.
17. Saber Clínico
Tradição anglo-saxônica:
Thomas Sydenham – Médico e precursor
da ciência epidemiológica . “História
Natural das Enfermidades”.
Tradição francesa:
Foucault - Medicina do coletivo:
Medicina Veterinária.
Academia de Medicina de Paris -
epidemia no rebanho ovino. 1ª vez
conta-se doença para sua eliminação.
19. Raíz política
Necessidade de contar o
povo e o exército com
disciplina e saúde.
Teoria das probabilidades
(Blaise Pascal – Daniel
Bernouilli)
Pierre Simon Laplace :
aperfeiçoou os métodos
aplicando-os a questões
de mortalidade e outros
fenômenos em saúde.
Blaise Pascal
Daniel Bernouilli
20. Em 1825, Alexandre Louis
publica estudo estatístico
sobre 1960 casos de
tuberculose. Precursor da
avaliação da eficácia pela
Estatística.
1839: William Farr cria o
registro anual de mortalidade
e morbidade para a
Inglaterra o País de Gales. –
Sistema de informação em
saúde.
21. Intervenções do Estado na
saúde da população
França (1789) : Medicina Urbana
Alemanha: Política Médica, medidas
compulsórias de controle e vigilância das
enfermidades. Imposição de regras de
higiene.
Inglaterra: Revolução industrial –
medicina do trabalhador
22. Medicina Social
1838 – Guérin : Abordagem coletiva da
saúde, elaborou termo medicina social.
Rudolf Virchow: Movimento médico-
social na Alemanha. Exílio interno, se
voltou à patologia.
23. London Epidemiological
Society
Criada em 1850
Florence Nightingale – mãe fundadora
da Enfermagem
John Snow – Pai da Epidemiologia
Florence Nightingale
24. John Snow
Acreditava que cólera e peste negra eram
causadas por poluição, ar viciado.
Antecipou-se à teoria microbiana de
Pasteur.
Em 1850 , concluiu que os casos de coléra
morbo no bairro londrino Soho, estavam
atribuidos à distribuição de água , pela
bomba localizada na Broad Street.
1813-1858
25.
26. Nas décadas seguintes: avanço da
medicina clínica.
Achados de Claude Bernard, Rudolf
Virchow, Louis Pasteur e Robert Koch.
Medicina social do colonialismo
Bernard, Virchow, Pasteur e Koch.
28. Epidemiologia no mundo
1910 - Relatório de Flexner:
“separou individual do
coletivo na saúde.”
1918: Inauguração da John
Hopkings School of Hygiene
and Public Health, Baltimore,
EUA. – Modelo para escolas
de saúde pública
29. Wade Hampton Frost : primeiro professor
de epidemiologia do mundo (John
Hopkins)
Major Greenwood : primeiro professor de
epidemiologia e estatística
Wade
Frost
Major
Greenwod
30. Crise 1929: retomada
do caráter social das
doenças.
31. Conceito de risco
1919: conceito de risco, utilizado por
William Topley. (cobaias)
Populações humanas: 1921, William
Howard Jr.
Formalizado em 1933, por Wade
Hampton Frost
32. Décadas de 30 e 40(EUA) – Incorporação
da prevenção na formação de
profissionais de saúde.
Após II Guerra Mundial: realização de
inquéritos epidemiológicos.
40. Carlos Chagas
1905: Controle do surto de malária.
1909: descoberta do agente etiológico
da Doença de Chagas.
41. 1945: Faculdade de Higiene e
Saúde Pública em SP.
1970: Sistema Nacional de
Vigilância Epidemiológica
1979: Criação da ABRASCO
42. Barreto – Bases Medline/Pubmed , entre
1985 e 2004 : 211.727 artigos relacionados
a Epidemiologia
43. Epidemiologia e Saúde Bucal
1980 – Implantação do CD no Sistema
Único de Saúde.
Em 2008 - 37,1% dos CD estavam
inseridos no SUS ( MS e CFO).
44. Atuação do CD no SUS:
- Levantamentos epidemiológicos
- Planejamento de atividades preventivas
e ações de saúde.
- Serviços a grupos com necessidades
específicas.
45. Descrição dos estudos
epidemiológicos
Objetivos:
- Avaliar a carga de doença que se abate
sobre a população.
- Identificar mudanças na distribuição de
doenças no tempo e espaço.
- Reconhecer grupos com necessidades
mais específicas
46. - Denunciar desigualdades nas
distribuições de doenças
- Reconhecer oportunidades de
intervenção potencialmente mais efetivas
47. Índices
Vários índices e indicadores de saúde são
empregados para descrever a distribuição
populacional das doenças bucais.
São formas de medir a saúde bucal da
população.
49. Klein e Palmer (1937) : estudo descritivo
de saúde bucal em crianças indígenas
CPO-D : Nº de dentes
CPO-S: Nº de superfícies
50. Critérios para levantamento
epidemiológico:
Dente é considerado presente quando
qualquer parte da sua coroa clínica
estiver atravessado a mucosa gengival;
Na presença de um dente decíduo e
permanente ocupando o mesmo lugar ,
deve-se considerar o permanente.
No caso de dúvida entre hígido e
cariado, considerar hígido.
51. Dúvida entre cariado e restaurado,
considerar restaurado;
Dúvida entre cariado e extração
indicada considerar cariado.
52. CPO-D
Considerar cariado:
Sulco, fissura ou superfície que apresente
cavidade evidente, tecido amolecido ou
descoloração do esmalte.
53.
54. Considerar como hígidos:
Quando não há evidência de lesão no
dente.
Os estágios iniciais não são levados em
consideração(manchas esbranquiçadas)
58. Cálculo do CPO-D
Fórmula para cálculo do levantamento
epidemiológico:
CPO-D/ceo-d Individual: Soma dos
dentes C+P+O=CPOD
ICPO-D/Iceo-d : Somas do CPO-D / Nº de
pessoas examinadas
59. CPO-S
Nos dentes anteriores – 4 superfícies
Nos dentes posteriores – 5 superfíicies
Considerar a condição de
cariado,perdido, obturado como no
CPO-D
60. Cálculo do CPO-S/ceo-s
Individual: Soma dos nºs de superficies
atingidas
ICPO-S/Iceo-s: Cpo-s/ceo-s total / nº de
pessoas examinadas
61. Índice de Higiene Oral
Simplificado (IHO-S)
Proposto por Greene e Vermillion (1964)
Utilização de corantes nas superfícies:
-VESTIBULARES: 16,26,11 e 31
- LINGUAIS: 36 e 46
* No caso do dente índice estar ausente,
deve-se substituí-lo pelo subsequente.
62. Escores
0 – Nenhum resíduo ou mancha.
1 - Resíduo cobrindo não mais
que 1/3 da superfície dentária.
2 - Resíduo cobrindo mais do
que 1/3, mas não mais do que
2/3 da superfície dentária.
3 - Resíduos cobrindo mais que
2/3 da superfície dentária.
63. Cálculo do IHO-S
Soma dos scores/ nº de dentes
examinados.
IHO-S coletivo : Soma dos IHO-S / nº de
pessoas examinadas
INTERPRETAÇÃO CLÍNICA SCORES
BOA 0,0-0,6
REGULAR 0,7-1,8
RUIM 1,9-3,0