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Nunca Serás Livre Enquanto Te Limitares A Trabalhar Para Outras
Pessoas
Tags: empreendedorismo, emprego, escravidão, liberdade, libertação
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Ser Livre É poder votar? É exprimir as tuas opiniões em público ou num
blog como este? É ter dinheiro, tempo e saúde para desfrutar dele? Será
poderes determinar o que fazes, quando o fazes, como o fazes e com
quem o fazes?
Harriet Tubman, também conhecida por “Black Moses”, foi uma afro-americana natural dos EUA, abolicionista, humanitária e
espiã da União durante a Guerra Civil dos Estados Unidos da América, que lutou pela liberdade, contra a escravidão e o
racismo.
Harriet Ficou conhecida pela frase: “Libertei mil escravos. Podia ter libertado outros mil se eles soubessem que eram
escravos.”
Penso muito nisso. Fui criado na escassez. O meu pai emigrou e mal o conheci.
Quando ele regressou, doente, eu já não estava em casa. Poucos anos depois faleceu e eu senti que ele tinha sido uma presença boa ali na minha visão periférica,
com quem pouco convivi.
Ele lutou pela liberdade da sua família. Graças a ele e à minha mãe, deixada sozinha anos a fio, nunca nos faltou nada de importante.
Lutou pelo seu sonho e construiu a nossa família alimentando os sonhos de outras pessoas para quem trabalhou toda a vida. Para mim é um herói. Literalmente deu
a sua vida por nós, a sua família. Por causa de ter vivido dessa forma desde que me lembro, para mim o mundo é assim: uma mãe por perto, um pai ausente a
trabalhar.
Um dia chegou a minha vez e, pasme-se, fiz precisamente a mesma coisa: todo o meu tempo eu gastava a trabalhar. Para mim isso era ser um bom pai, sem sequer
imaginar que as minhas filhas realmente queriam um pai por perto, ou que isso fosse realmente importante. O meu trabalho por conta de outros e mais tarde como
patrão, foi ditado por esse paradigma: muito ocupado, e quanto mais ocupado melhor. As dívidas estava a tirar-me a liberdade e a transformar-me num escravo mas
todos me diziam que é normal ter dívidas. Na verdade estava a agrilhoar-me sem sequer me dar conta.
Podes ter a certeza disto: há sempre alguém a tentar que tu trabalhes para realizar o sonho
dele.
 Se és empregado, esse alguém pode ser o teu patrão.
 Se és patrão, esse alguém podem ser os empregados, fornecedores, bancos, estado.
 Se és profissional liberal esse alguém podem ser os teus clientes, ou parceiros.
Na maioria das vezes nenhuma dessas pessoas se interessa realmente contigo e com os teus objetivos. Pior ainda: na maioria das vezes, mesmo sendo
profissionais liberais independentes ou mesmo empresários e patrões, acabamos por estar a trabalhar para outras pessoas.
Isso não é errado, porém se queres ser livre, não te podes limitar a isso. Um dia terás de trabalhar para ti mesmo, por ti mesmo e pela tua família,
realizando os sonhos das pessoas que realmente se interessam por ti e por quem tu te interessas.
Quando havia escravatura, os escravos era mantidos com cuidados de saúde mínimos que os pudessem manter saudáveis quanto possível, comida e abrigo para
poderem trabalhar o mais possível, durante o máximo de tempo possível para os seus donos. Pelo caminho tinha filhos a quem era ensinado que era assim a vida,
que não havia outra forma de fazer pois esta era a ordem natural das coisas. Encontras alguma diferença entre esses dias e os dias de hoje?
Achas que não há escravatura porque as pessoas recebem salários? E onde gastam esses salários? Não é na comida e abrigo, e nos cuidados de saúde mínimos
para se manterem a trabalhar, ganhando o mesmo salário que os mantém suficientemente saudáveis para continuarem a trabalhar e a produzir filhos a quem se diz
que tem de ter um bom emprego com um bom salário e trabalhar a vida toda para fazer o mesmo?
Não é verdade que, quando aparece alguém a dizer que não tem de ser assim, que há formas melhores de viver não parece estranho? Aposto que este blog te
parece um pouco estranho, e provavelmente ainda mais estranho o ebook que escrevi a partir de uma palestra dirigida a empreendedores independentes, e que
chamei “Mentalitude” (download grátis aqui).
Quando conheci a Paula, ela tinha um rendimento de 150 euros por mês. Ex-empresária, faliu,
arranjou um emprego, teve o salário penhorado e pagando mais umas quantas dívidas, fora a
penhora, sobravam-lhe 150 euros para sobreviver.
O estado, os fornecedores, os bancos, arranjaram uma forma de obrigar a Paula, não somente a pagar dividas e juros mas a trabalhar para eles.
No mesmo mês, mesmo antes do Natal, perdeu o pai que adorava, viu-se despedida do emprego que tinha, e, quando disse ao namorado, quando chegou a casa,
que não iria procurar outro emprego de escravidão mas que ia procurar a Internet e ser livre, o namorado po-la fora de casa.
Viu-se sem pai, sem emprego, sem dinheiro e a viver na rua. Telefonou-me a dar a má notícia, da morte do pai e as boas notícias: de estar livre do emprego e do
namorado que sempre a tinham impedido de correr atrás dos seus sonhos e disse-me isto: Esta é a melhor coisa que me aconteceu. Vamos ao trabalho?
E começou tudo de novo, juntamente comigo. Sem dinheiro, sem tecto, sem emprego. Passou
fome para juntar dinheiro e poder começar o seu negócio online. Pão com manteiga dias
seguidos. Foi elevado o preço da liberdade? Não. Foi baratíssimo, em comparação com o
preço da escravidão!
Hoje, ganhou já uma verdadeira fortuna trabalhando online a partir de casa usando este sistema. Tem uma casa nova, um namorado novo que a apoia e uma família
linda. Viaja pelo mundo, muitas vezes comigo e outros membros da equipa, faz ações humanitárias em África e parece 10 anos mais nova do que parecia quando
era escrava.
(Os resultados indicados neste blog não são típicos. Rendimentos médios podes ver em ruigabriel.com/rendimentos)
Durante uma missão humanitária à Guiné em que fomos juntos, eu cometi o erro de levar principalmente dólares, e os africanos preferiam euros. Fiquei
sem dinheiro que pudesse usar, com o bolso cheio de dólares. Pedi dinheiro emprestado à Paula. 200 euros.
Quando regressámos de avião a Lisboa, ainda no aeroporto fui a uma caixa automática levantar dinheiro para lhe devolver.
O significado daquele momento foi tão grande que tirámos fotos para nunca mais esquecermos.
A Paula, ao receber o dinheiro que lhe estava a devolver disse-me:
- Rui, quem diria que depois de ter passado o que passei, eu estaria na posição de viajar para África, levar milhares de euros de
material e donativos pagos com o meu bolso, e ainda te poder emprestar dinheiro?
Emocionamo-nos ambos e abraçamo-nos por nos termos dado conta do caminho percorrido e pela liberdade conquistada.
Devolvendo o dinheiro que a Paula me emprestara na Missão Guiné. Emocionamo-nos e abraçamo-nos pelo significado daquele momento.
Um dia ouvi Jim Rohn dizer “não há dinheiro que pague o facto de teres o teu nome escrito na história de sucesso de outras pessoas”.
Eu tenho o meu nome escrito na história da Paula e de imensas outras pessoas, da mesma forma como a Paula tem o nome dela escrito na história de muitas
pessoas que acreditaram que podiam mudar de vida e mudaram por influência e inspiração dela e temo nome dela na minha história, evidentemente, como provo
aqui. Obrigado Paula.
Isto é o que eu gosto de fazer. Influenciar pessoas boas a serem as melhores versões de si mesmas. Deixar-me influenciar por pessoas boas para eu
também ser a melhor pessoa que possa ser.
Quando fui ter com o Nuno para nos ajudar a canalizar a generosidade do grupo de
empreendedores livres que ajudei a fundar, ele confidenciou-me que as empresas que tinha
lhe davam dinheiro com abundância, mas retiravam-lhe todo o tempo.
Não podia estar com a família nem dedicar-se a fazer aquilo que realmente queria: fazer ação social e ajudar quem mais precisa.
Falou-me de uma Missão à Guiné, e os meus olhos brilharam: Imagina!
Atravessar o norte de Africa: Marrocos, Sahara Ocidental, Mauritânia, Senegal e chegar à Guiné Bissau com viaturas compradas cá, pelos participantes, carregadas
com material escolar, hospitalar, roupas, sapatos e brinquedos doados por particulares e organizações. Deixar tudo lá, incluindo as viaturas, e regressar a Portugal
com a roupa do corpo!
Isto foi o que ele me disse e isto foi o que eu disse:
– “Não seria incrível que pudéssemos ter tantas pessoas no grupo que fossem livres de tempo e tivessem a liberdade financeira par podermos fazer uma missão
dessas no nosso grupo?”
O Nuno ingressou na equipa, inspirou outros empresários à solidariedade, muitos profissionais
juntaram-se à sua equipa e começaram a trabalhar em casa nos seus negócios próprios
que aprenderam aqui, conosco.
 Esta foi a verdade: durante os 24 meses seguintes fizemos a Missão à Guiné, com 11 viaturas, entre as quais uma ambulância, e 30 pessoas.
 Fizemos workshops de Natal para crianças de famílias em dificuldades
 Equipámos uma sala com dezena e meia de computadores portáteis para proporcionar aulas de Internet aos idosos com famílias longe,
 Equipámos, mobilámos e remodelámos um centro de acolhimento para crianças em risco.
 Viajámos até ao Benim, África juntamente com outros amigos e visitámos um orfanato com as piores condições de vida imagináveis. 65 crianças nem um colchão
tinham onde dormir. Tirámos fotos, fizemos vídeos compramos um camião de colchões antes de regressarmos. Aqui arranjámos padrinhos para todas as
crianças e garantimos que vão ter o necessário até que sejam maiores de idade e capazes de se sustentarem por si próprias
 E estamos a preparar a segunda Missão à Guiné, com 13 viaturas entre as quais 6 ambulâncias, envolvendo diretamente 32 pessoas e vários milhares
indiretamente.
O Nuno encontrou um veículo para não somente organizar as ações sociais numa dimensão que nunca tinha imaginado, mas que lhe proporciona dar
ferramentas a outras pessoas para se tornarem elas mesmas independentes, livres de tempo e dinheiro para poderem ajudar outras pessoas.
Eu com Nuno, na Guiné, numa pausa após a entrega da ambulância numa comunidade. O Nuno recebeu das mãos do chefe tribal o traje tradicional em agradecimento e usou-o o resto do dia.
Não achas que a Paula e o Nuno são pessoas livres? Não serão provavelmente das pessoas mais livres que já viste?
Se pensares na palavra “emprego” como a Paula que tinha um, ou na palavra “patrão” como o Nuno que tem várias empresas… não te parecem modos de vida tão
longe do modo de vida que a Paula e o Nuno conseguiram?
Sabendo destas histórias, e da minha história, claro, que já conheces, não te parece que a
maior parte da população mundial anda de facto a trabalhar para realizar os objetivos dos
outros?
Não te parece que são na realidade escravos que pensam que são livres?
Eu fico arrepiado só de pensar nisso. Tantas pessoas poderíamos libertar, se pelo menos, elas soubessem que são escravas! Não te parece?
Gostaria de saber o que pensas sobre a liberdade, ser patrão ou trabalhar para outras
pessoas. Queres comentar?
Partilha Este Post e Espalha a Palavra.
Rui Manuel De Matos Amado Gabriel
Rui Gabriel conquistou uma posição de sucesso invulgar como empreendedor e mentor de empreendedores. Segue-o:
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Nunca serás livre enquanto te limitares a trabalhar para outras pessoas

  • 1.
  • 2. Nunca Serás Livre Enquanto Te Limitares A Trabalhar Para Outras Pessoas Tags: empreendedorismo, emprego, escravidão, liberdade, libertação This post is in Portuguese. Click here to view ALL posts in Portuguese, English. Ser Livre É poder votar? É exprimir as tuas opiniões em público ou num blog como este? É ter dinheiro, tempo e saúde para desfrutar dele? Será poderes determinar o que fazes, quando o fazes, como o fazes e com quem o fazes? Harriet Tubman, também conhecida por “Black Moses”, foi uma afro-americana natural dos EUA, abolicionista, humanitária e espiã da União durante a Guerra Civil dos Estados Unidos da América, que lutou pela liberdade, contra a escravidão e o racismo. Harriet Ficou conhecida pela frase: “Libertei mil escravos. Podia ter libertado outros mil se eles soubessem que eram escravos.” Penso muito nisso. Fui criado na escassez. O meu pai emigrou e mal o conheci. Quando ele regressou, doente, eu já não estava em casa. Poucos anos depois faleceu e eu senti que ele tinha sido uma presença boa ali na minha visão periférica, com quem pouco convivi. Ele lutou pela liberdade da sua família. Graças a ele e à minha mãe, deixada sozinha anos a fio, nunca nos faltou nada de importante. Lutou pelo seu sonho e construiu a nossa família alimentando os sonhos de outras pessoas para quem trabalhou toda a vida. Para mim é um herói. Literalmente deu a sua vida por nós, a sua família. Por causa de ter vivido dessa forma desde que me lembro, para mim o mundo é assim: uma mãe por perto, um pai ausente a trabalhar.
  • 3. Um dia chegou a minha vez e, pasme-se, fiz precisamente a mesma coisa: todo o meu tempo eu gastava a trabalhar. Para mim isso era ser um bom pai, sem sequer imaginar que as minhas filhas realmente queriam um pai por perto, ou que isso fosse realmente importante. O meu trabalho por conta de outros e mais tarde como patrão, foi ditado por esse paradigma: muito ocupado, e quanto mais ocupado melhor. As dívidas estava a tirar-me a liberdade e a transformar-me num escravo mas todos me diziam que é normal ter dívidas. Na verdade estava a agrilhoar-me sem sequer me dar conta. Podes ter a certeza disto: há sempre alguém a tentar que tu trabalhes para realizar o sonho dele.  Se és empregado, esse alguém pode ser o teu patrão.  Se és patrão, esse alguém podem ser os empregados, fornecedores, bancos, estado.  Se és profissional liberal esse alguém podem ser os teus clientes, ou parceiros. Na maioria das vezes nenhuma dessas pessoas se interessa realmente contigo e com os teus objetivos. Pior ainda: na maioria das vezes, mesmo sendo profissionais liberais independentes ou mesmo empresários e patrões, acabamos por estar a trabalhar para outras pessoas. Isso não é errado, porém se queres ser livre, não te podes limitar a isso. Um dia terás de trabalhar para ti mesmo, por ti mesmo e pela tua família, realizando os sonhos das pessoas que realmente se interessam por ti e por quem tu te interessas. Quando havia escravatura, os escravos era mantidos com cuidados de saúde mínimos que os pudessem manter saudáveis quanto possível, comida e abrigo para poderem trabalhar o mais possível, durante o máximo de tempo possível para os seus donos. Pelo caminho tinha filhos a quem era ensinado que era assim a vida, que não havia outra forma de fazer pois esta era a ordem natural das coisas. Encontras alguma diferença entre esses dias e os dias de hoje? Achas que não há escravatura porque as pessoas recebem salários? E onde gastam esses salários? Não é na comida e abrigo, e nos cuidados de saúde mínimos para se manterem a trabalhar, ganhando o mesmo salário que os mantém suficientemente saudáveis para continuarem a trabalhar e a produzir filhos a quem se diz que tem de ter um bom emprego com um bom salário e trabalhar a vida toda para fazer o mesmo? Não é verdade que, quando aparece alguém a dizer que não tem de ser assim, que há formas melhores de viver não parece estranho? Aposto que este blog te parece um pouco estranho, e provavelmente ainda mais estranho o ebook que escrevi a partir de uma palestra dirigida a empreendedores independentes, e que chamei “Mentalitude” (download grátis aqui).
  • 4. Quando conheci a Paula, ela tinha um rendimento de 150 euros por mês. Ex-empresária, faliu, arranjou um emprego, teve o salário penhorado e pagando mais umas quantas dívidas, fora a penhora, sobravam-lhe 150 euros para sobreviver. O estado, os fornecedores, os bancos, arranjaram uma forma de obrigar a Paula, não somente a pagar dividas e juros mas a trabalhar para eles. No mesmo mês, mesmo antes do Natal, perdeu o pai que adorava, viu-se despedida do emprego que tinha, e, quando disse ao namorado, quando chegou a casa, que não iria procurar outro emprego de escravidão mas que ia procurar a Internet e ser livre, o namorado po-la fora de casa. Viu-se sem pai, sem emprego, sem dinheiro e a viver na rua. Telefonou-me a dar a má notícia, da morte do pai e as boas notícias: de estar livre do emprego e do namorado que sempre a tinham impedido de correr atrás dos seus sonhos e disse-me isto: Esta é a melhor coisa que me aconteceu. Vamos ao trabalho? E começou tudo de novo, juntamente comigo. Sem dinheiro, sem tecto, sem emprego. Passou fome para juntar dinheiro e poder começar o seu negócio online. Pão com manteiga dias seguidos. Foi elevado o preço da liberdade? Não. Foi baratíssimo, em comparação com o preço da escravidão! Hoje, ganhou já uma verdadeira fortuna trabalhando online a partir de casa usando este sistema. Tem uma casa nova, um namorado novo que a apoia e uma família linda. Viaja pelo mundo, muitas vezes comigo e outros membros da equipa, faz ações humanitárias em África e parece 10 anos mais nova do que parecia quando era escrava. (Os resultados indicados neste blog não são típicos. Rendimentos médios podes ver em ruigabriel.com/rendimentos) Durante uma missão humanitária à Guiné em que fomos juntos, eu cometi o erro de levar principalmente dólares, e os africanos preferiam euros. Fiquei sem dinheiro que pudesse usar, com o bolso cheio de dólares. Pedi dinheiro emprestado à Paula. 200 euros. Quando regressámos de avião a Lisboa, ainda no aeroporto fui a uma caixa automática levantar dinheiro para lhe devolver.
  • 5. O significado daquele momento foi tão grande que tirámos fotos para nunca mais esquecermos. A Paula, ao receber o dinheiro que lhe estava a devolver disse-me: - Rui, quem diria que depois de ter passado o que passei, eu estaria na posição de viajar para África, levar milhares de euros de material e donativos pagos com o meu bolso, e ainda te poder emprestar dinheiro? Emocionamo-nos ambos e abraçamo-nos por nos termos dado conta do caminho percorrido e pela liberdade conquistada.
  • 6. Devolvendo o dinheiro que a Paula me emprestara na Missão Guiné. Emocionamo-nos e abraçamo-nos pelo significado daquele momento. Um dia ouvi Jim Rohn dizer “não há dinheiro que pague o facto de teres o teu nome escrito na história de sucesso de outras pessoas”. Eu tenho o meu nome escrito na história da Paula e de imensas outras pessoas, da mesma forma como a Paula tem o nome dela escrito na história de muitas pessoas que acreditaram que podiam mudar de vida e mudaram por influência e inspiração dela e temo nome dela na minha história, evidentemente, como provo aqui. Obrigado Paula.
  • 7. Isto é o que eu gosto de fazer. Influenciar pessoas boas a serem as melhores versões de si mesmas. Deixar-me influenciar por pessoas boas para eu também ser a melhor pessoa que possa ser. Quando fui ter com o Nuno para nos ajudar a canalizar a generosidade do grupo de empreendedores livres que ajudei a fundar, ele confidenciou-me que as empresas que tinha lhe davam dinheiro com abundância, mas retiravam-lhe todo o tempo. Não podia estar com a família nem dedicar-se a fazer aquilo que realmente queria: fazer ação social e ajudar quem mais precisa. Falou-me de uma Missão à Guiné, e os meus olhos brilharam: Imagina! Atravessar o norte de Africa: Marrocos, Sahara Ocidental, Mauritânia, Senegal e chegar à Guiné Bissau com viaturas compradas cá, pelos participantes, carregadas com material escolar, hospitalar, roupas, sapatos e brinquedos doados por particulares e organizações. Deixar tudo lá, incluindo as viaturas, e regressar a Portugal com a roupa do corpo! Isto foi o que ele me disse e isto foi o que eu disse: – “Não seria incrível que pudéssemos ter tantas pessoas no grupo que fossem livres de tempo e tivessem a liberdade financeira par podermos fazer uma missão dessas no nosso grupo?” O Nuno ingressou na equipa, inspirou outros empresários à solidariedade, muitos profissionais juntaram-se à sua equipa e começaram a trabalhar em casa nos seus negócios próprios que aprenderam aqui, conosco.  Esta foi a verdade: durante os 24 meses seguintes fizemos a Missão à Guiné, com 11 viaturas, entre as quais uma ambulância, e 30 pessoas.  Fizemos workshops de Natal para crianças de famílias em dificuldades  Equipámos uma sala com dezena e meia de computadores portáteis para proporcionar aulas de Internet aos idosos com famílias longe,  Equipámos, mobilámos e remodelámos um centro de acolhimento para crianças em risco.  Viajámos até ao Benim, África juntamente com outros amigos e visitámos um orfanato com as piores condições de vida imagináveis. 65 crianças nem um colchão tinham onde dormir. Tirámos fotos, fizemos vídeos compramos um camião de colchões antes de regressarmos. Aqui arranjámos padrinhos para todas as crianças e garantimos que vão ter o necessário até que sejam maiores de idade e capazes de se sustentarem por si próprias
  • 8.  E estamos a preparar a segunda Missão à Guiné, com 13 viaturas entre as quais 6 ambulâncias, envolvendo diretamente 32 pessoas e vários milhares indiretamente. O Nuno encontrou um veículo para não somente organizar as ações sociais numa dimensão que nunca tinha imaginado, mas que lhe proporciona dar ferramentas a outras pessoas para se tornarem elas mesmas independentes, livres de tempo e dinheiro para poderem ajudar outras pessoas. Eu com Nuno, na Guiné, numa pausa após a entrega da ambulância numa comunidade. O Nuno recebeu das mãos do chefe tribal o traje tradicional em agradecimento e usou-o o resto do dia.
  • 9. Não achas que a Paula e o Nuno são pessoas livres? Não serão provavelmente das pessoas mais livres que já viste? Se pensares na palavra “emprego” como a Paula que tinha um, ou na palavra “patrão” como o Nuno que tem várias empresas… não te parecem modos de vida tão longe do modo de vida que a Paula e o Nuno conseguiram? Sabendo destas histórias, e da minha história, claro, que já conheces, não te parece que a maior parte da população mundial anda de facto a trabalhar para realizar os objetivos dos outros? Não te parece que são na realidade escravos que pensam que são livres? Eu fico arrepiado só de pensar nisso. Tantas pessoas poderíamos libertar, se pelo menos, elas soubessem que são escravas! Não te parece? Gostaria de saber o que pensas sobre a liberdade, ser patrão ou trabalhar para outras pessoas. Queres comentar? Partilha Este Post e Espalha a Palavra.
  • 10. Rui Manuel De Matos Amado Gabriel Rui Gabriel conquistou uma posição de sucesso invulgar como empreendedor e mentor de empreendedores. Segue-o: Trabalha Com Rui Gabriel