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LIÇÕES JUVENIS ­ CPAD 
TERCEIRO TRIMESTRE DE 2007 
TEMA: Fundamentos da nossa Fé 
COMENTARISTA: Israel de Santana Brito 

LIÇÃO 6 ­ OS SERES ANGELICAIS 

TEXTO BÍBLICO 

Hebreus 1.5­7, 13,14 

 ENFOQUE BÍBLICO 

“Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor 
daqueles que hão de herdar a salvação?”  (Hebreus 1.14). 

OBJETIVOS 

Descrever a natureza dos anjos 
Classificar os anjos em seus ofícios 
Analisar as principais diferenças entre os anjos de luz e os anjos das trevas. 

Quem são os anjos? 

A palavra anjo significa “mensageiro”, portanto, eles não são independentes fazem a vontade de 
Deus, cumprem Seus propósitos. 

 Um  mensageiro  é  aquele  que  é  enviado  por  alguém  para  cumprir  determinada  atividade: 
“Bendizei ao Senhor todos os seus anjos, valorosos em poder, que executais as suas ordens e 
lhe obedeceis à palavra” (Sl 103.21 ­ ARA). Os seres angelicais obedecem a Deus. São enviados 
para missões específicas. 

Os  anjos  são  seres  espirituais  criados  antes  do  Universo,  ou  seja,  antes  do  mundo  material.  Os 
anjos não foram criados como o homem (Gn 2.7). A referência aos anjos como “filhos de Deus, 
em    (Jó  1.6;  2.1),  significa  que  a  criação  desses  seres  foi  distinta  de  outras  criaturas  “Pela 
palavra do Senhor foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo espírito de sua boca” (Sl 
33.6). 

OBS:  Quanto à  expressão “filhos  de Deus”  em Gênesis  6, cumpre  esclarecer que se refere aos 
homens da descendência piedosa de Sete,  que se uniram às mulheres ímpias da descendência de 
Caim.  Na  passagem  citada  (Gn  6.2),  os  filhos  de  Deus  não  aludem  aos  anjos,  pois  como 
esclareceu  Jesus:  “Porque  na  ressurreição  nem  casam  nem  se  dão  em  casamento;  são,  porém  , 
como os anjos no céu”  (Mt 22.30). 

Os  anjos  são  “espíritos  ministradores”.  São  espíritos,  não  estão  limitados  como  homem,  assim 
não estão sujeitos às leis da gravidade; podem locomover­se com incrível rapidez.

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Ao serem criados os anjos, seu número ficou completo: “Assim, os céus e a terra, e todo o seu 
exército  foram  acabados”  (Gn  2.1).  A  quantidade  de  anjos  é  impressionante  (Hb  12.22;  Dn 
7.10;  Ap 5.11). Os anjos  são denominados  de “o  exército  do céu”  (1 Rs  22.19;  2 Cr 18.18;  Ne 
9.6). 

É bom destacar que os anjos não são oniscientes; eles desconhecem o dia e a hora da Vinda de 
Jesus para buscar a Sua Igreja (Mt 24.36). 

Criados para o louvor da glória de Deus 

Os anjos louvam o Criador. No Salmo 148, toda a criação é convidada a louvar ao Senhor, 
inclusive os anjos: “Louvai­o, todos os seus anjos; louvai­o, todos os seus exércitos” (Sl 
148.2). Os anjos adoram ao Criador: “Tu só és Senhor, tu fizeste o céu, o céu dos céus e todo o 
seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto neles há; e tu os guardas 
em vida a todos, e o exército dos céus te adora”  (Ne 9.6). 

Os anjos se alegram com a criação de Deus: “Onde estavas tu quando eu fundava   a terra? 
Faze­mo  saber,  se  tens  inteligência”;    Quando  as  estrelas  da  alva  juntas  alegremente 
cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam”  (Jó 38.4,7). 

Por que preciso conhecer os anjos? 

Necessitamos  conhecer  a  doutrina  sobre  os  anjos,  tal  como  se  encontra  na  Bíblia.  Assim, 
podemos destacar dois aspectos:  a adoração dos anjos a Deus e seu serviço em favor dos santos. 
Eles adoram a Deus e O servem. Também, estudando a ação dos anjos na Bíblia, podemos evitar 
muitos erros, pois em muitos casos, Deus deixa de ser o centro da adoração. 

Sabemos,  contudo,  que  não  devemos  considerar  os  anjos  como  intermediários.  Nossos  pedidos 
devem  ser  feitos  a  Jesus.  Ele  é  nosso  Único  Mediador:  “Porque  há  um  só  Deus  e  um  só 
mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem” (2 Tm 2.5). Ele é Quem determinará 
a ação angelical  no momento em que julgar apropriado. 

O apóstolo Paulo adverte: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro 
evangelho, além do que já vos tenho anunciado, seja anátema” (Gl 1.8). Por isso, precisamos 
estudar os fundamentos da nossa Fé. 

Vamos estudar como a Bíblia se refere à organização dos anjos. 

O Anjo do Senhor 

O Anjo do Senhor se destacava no Antigo Testamento. Era denominado  “O Anjo da sua 
presença” (Is 63.9b). Também conhecido como “o Anjo de Deus”. É também chamado o “anjo 
do concerto” (Ml 3.1b). 

O Anjo do Senhor impediu que Abraão sacrificasse seu filho: “Então, o Anjo do Senhor bradou 
a  Abraão  pela  segunda  vez  desde  os  céus  e  disse:  Por  mim  mesmo,  jurei,  diz  o  Senhor, 
porquanto fizeste esta ação e não me negaste o teu filho, o teu único” (Gn 22.16).

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Quanto  ao  Anjo  do  Senhor,  o  livro  de  Êxodo  faz  algumas  considerações:  “Nele  está  o  meu 
nome” (Êx 23.21b). O Anjo do Senhor guiaria Israel à Terra Prometida (Êx 23.23). 

Enquanto  que  os  anjos  não  aceitam  adoração,  ao  Anjo  do  Senhor  foi  permitida.  Antes  da 
destruição de Jericó, Josué viu um homem com uma espada. Este se apresentou: “Venho como 
príncipe  do  exército  do  Senhor.  Então,  Josué  se  prostrou  sobre  o  seu  rosto  na  terra,  e  o 
adorou,  e  disse­lhe:  Que  diz  meu  Senhor  ao  seu  servo?”  (Js  5.14).  Josué  necessitava  de 
orientação  e  ajuda:  iria  enfrentar  inimigos  fortes  para  poder  destruir  Jericó.  Josué  seguiu  Suas 
ordens. 

Outro fato a ser destacado ocorreu na época dos juízes. O Anjo do Senhor apareceu à mulher de 
Manoá,    comunicando  que  ela  teria  um  filho.  Mais  tarde,  apareceu  a  Manoá,  que  perguntou  o 
nome  do  mensageiro  angelical:  “Por  que  perguntas  assim  pelo  meu  nome,  visto  que  é 
maravilhoso?” (Jz 13.18). Maravilhoso  é um termo também aplicado a Jesus (Is 9.6). 

Assim, o Anjo do Senhor corresponde a aparições visíveis de Jesus antes de Ele vir a este mundo. 

Arcanjo Miguel 

Está  em  foco,  a  elevada  posição  de  Miguel,  denominado    na  Bíblia  de  “o  arcanjo”  (Jd  9).  Seu 
nome significa: “Quem é semelhante a Deus”. 



Obs:  A  palavra  arcanjo  é  assim  formada  (arc+anjo).  O  prefixo  arc  indica  posição 

superior.  (Em  nossa  língua  temos  a  palavra  arcebispo,  na  qual  encontramos  também  o 

prefixo que aponta para o superior ao bispo). 


No Antigo Testamento, Miguel  é relacionado a Israel, protegendo­o. O arcanjo  é descrito como 
“o  grande  príncipe”  (Dn  12.1a).  Seu  trabalho  é  demonstrado  em  relação  a  Israel:  “que  se 
levanta pelos filhos do teu povo” (Dn 12.1b – ARC); “o defensor dos filhos de teu povo”  (Dn 
12.1­  ARA).    Também  Miguel  é  considerado  “um  dos  primeiros  príncipes”  (Dn  10.13); 
“Miguel, vosso príncipe” (Dn 10.21). 

Na epístola de Judas, constata­se a atitude sábia e equilibrada de Miguel. Ele não discutiu com 
Satanás, não perdeu tempo “jogando” maldição contra ele, “mas disse: O Senhor te repreenda” 
(Jd 9). 

Nos eventos futuros, (1Ts 4.16) o arcanjo Miguel terá participação específica. 

Apocalipse registra a ação de  “Miguel  e seus  anjos”  (Ap 12.7), quando, o poder  de Satanás, o 
acusador, será desativado, o que será motivo de extraordinária alegria (Ap 12.10).


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OBS: Dois nomes de seres angelicais são registrados na Bíblia: Gabriel  e Miguel. Este é 

o  único  arcanjo  mencionado  nos  livros  inspirados  (sessenta  e  seis).  Fiquemos  com  as 

coisas reveladas. 


Querubins 

Diversas vezes a Bíblia Menciona Deus  habitando, assentado, entronizado entre os  querubins (2 
Sm.4.4;  6.2;  2  Rs.  19.15;  2Cr.  13.6;  Sl  80.1;  99.1).  O  termo  “querubim”  se  origina  do  verbo 
“querub”, com a significação de “guardar”, “cobrir”. 

No livro de Gênesis, eles guardam a entrada do Éden, para evitar que o homem ali retornasse (Gn. 
3.24).  A glória deste ser angelical à porta do Èden  era uma  recordação para o homem da glória 
que perdera. 

No  propiciatório,  que  era  colocado  sobre  a  Arca,  havia  dois  querubins  com  asas  abertas  e  suas 
faces eram voltadas um para o outro (Êx. 25.20). Na peça de ouro batido, o olhar dos querubins 
era  representado  em  direção  ao  sangue  aspergido  ali.      O  propiciatório  junto  com  os  querubins 
formava uma só peça feita de ouro maciço (Êx. 25.18b). Os querubins representavam a glória de 
Deus.A figura dos  querubins  também  era vista nas  cortinas  (Êx. 26.1);  no véu  que separava o 
lugar Santo do Santíssimo (Êx. 26.31; 33). 

OBS:  O propiciatório  era colocado sobre a arca. Esta ficava no lugar no lugar Santíssimo. Isto 
significa  que  o  povo  não  tinha  acesso  à  figura  esculpida  dos  querubins;  assim  não  pôde  fazer 
dessas representações, motivo de idolatria. 

 Ezequiel, em sua chamada, recebeu  uma visão onde havia quatro seres viventes; aos  quais, ele 
identificou,  posteriormente,  como  querubins:  “São  estes  os  seres  viventes  que  vi  debaixo  do 
Deus  de  Israel,  junto  ao  rio  Quebar,  e  fiquei  sabendo  que  eram  querubins”  (Êx.  10.20). 
Ezequiel se refere aos querubins dezenove vezes. 

Em  suma,  os  querubins  são  vistos  sempre  ao  redor  do  trono:  Os  querubins  proclamam  a 
majestade e a glória de Deus (Hb. 9.5). 

Serafins 

Os  serafins  são  mencionados  na  Bíblia  em  Isaias  (Is  6)  em  referência  à  chamada  de  Isaías.  O 
Termo  “serafins”  significa    “seres  ardentes”.  Eles  proclamavam  a  santidade  de  Deus.  A  ênfase 
dos serafins recaía sobre a santidade divina: “Santo, santo, santo é o Senhor dos  Exércitos, a 
terra  inteira está  cheia  da sua glória”  (Is  6.3 ­NVI). Os alicerces  tremeram (Is  6.3), pois  seu 
clamor era forte. 

Os serafins permitem que reflitamos sobre a santidade de Deus e sua reverência ao Senhor. Eles 
não desejavam “aparecer”, encobriam­se diante da majestade divina.

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Os anjos e sua rebelião 

Embora criados em estado de perfeição, os anjos tiveram a sua escolha. Como observamos muitos 
resolveram aderir ao projeto de Satanás. A Bíblia menciona  “os anjos que pecaram” (2 Pe 2.4). 
A Bíblia menciona “Satanás e seus anjos”. Para estes foi destinado o Inferno (Mt 25.41). Somente 
aqueles  que recusarem servir a Cristo terão  o  mesmo  destino. Satanás possui seus  mensageiros. 
Ele mesmo tenta enganar as pessoas (2 Co 4.4). Seus mensageiros pertencem ao reino das trevas, 
tentam imitar a obra de Deus. 

Temos de lutar contra as trevas: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, 
poderosas em Deus, para destruição das fortalezas” (2 Co 10.4). Jesus prometeu: “Eis que vos 
dou  poder  para  pisar  serpentes,  e  escorpiões,  e  toda  a  força  do  Inimigo  ,  e  nada  vos  fará 
dano  algum”  (Lc  10.19).   Contudo,  Ele  esclareceu  qual  deveria  ser    a razão  de  maior  alegria 
(Lc10.20).  Necessitamos  do  poder  de  Deus  para  vencermos  “as  astutas  ciladas  do  diabo”  (Ef 
6.11b). 

OBS:  Na lição 8, será estudada a rebelião de Satanás. 

O Caráter dos anjos 

A Bíblia salienta a santidade dos seres angelicais, (Ap 14.10), qualidade necessária àqueles que 
vivem na presença de Deus e O Servem: 

Os  anjos  possuem  livre­arbítrio  ,  têm  consciência  de  sua  missão:  “Eu  sou  Gabriel,  que  assisto 
diante de Deus, e fui enviado a falar­te e dar­te estas alegres novas” (Lc 1.19). 

Embora os anjos sejam sábios (2 Sm 14.17), seu conhecimento é limitado: “Tens alguém mais 
aqui?” (Gn 19.12b). 

Os  anjos  “são  magníficos  em  poder”  (Sl  103.20),  porém  só  obedecem  às  ordens  de  Deus.  Seu 
poder é exemplificado em (2 Rs 19.35). São mencionados, auxiliando o povo de Deus (1 Rs 19.5­ 
6).

Os anjos fornecem encorajamento como a Paulo (At 27.23­24). Os anjos confortaram Jesus:  “E 
apareceu­lhe um anjo do céu, que o confortava” (Lc 22.43); serviram Jesus:  “Então, o diabo 
o deixou; e, eis que chegaram os anjos e o serviram”  (Mt 4.11). 

Os anjos também são agentes do juízo divino (At 12.23) e no fim dos tempos exercerão severos 
juízos sobre  a terra (Ap 7.1­3; 9.1,14). 

Na morte dos salvos, os anjos os conduzem ao Paraíso (Lc 16.22) 

No Antigo Testamento, os  anjos são mencionados cerca de 108 vezes. Podemos destacar a  ação 
dos anjos: 

§  O Anjo do Senhor agiu em favor de Hagar em duas ocasiões: “Então, lhe disse o Anjo do 
   Senhor:  Torna­te  para  tua  senhora  e  humilha­te  debaixo  de  tuas  mãos.  Multiplicarei 
   sobremaneira  a  tua  semente,  que  não  será  contada,  por  numerosa  que  será”  (Gn.
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     16.9.10b). Logo, observa­se que é o Senhor quem está  falando com ela (Gn. 16.13). Quando 
     Hagar,  saiu  da  casa  de  Abraão  com  Ismael,  novamente  recebeu  notável  ajuda:  “E  ouviu 
     Deus a voz do menino, e bradou o Anjo de Deus  a Agar desde os céus e disse­lhe: Que 
     tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do rapaz desde o lugar onde está” (Gn. 
     21.17). 
§    Os anjos anunciam a destruição das cidades (Gn. 19.13) e intervêm para salvação de Ló e sua 
     família:  “Ele,  porém,  demorava­se,  e  aqueles  varões  lhe  pegaram  pela  mão  de  sua 
     mulher, e pela mão de sus duas filhas, sendo­lhe o Senhor misericordioso, e tiraram­no, 
     e puseram­no fora da cidade” (Gn. 19.16). 
§    Anjos foram enviados para  comunicar­lhe o nascimento de Isaque: “Certamente tornarei a 
     ti por este tempo de vida; e eis que Sara, tua mulher, terá um filho” (Gn. 18.10a). 
§    O  Anjo  do  Senhor  impediu  o  sacrifício  de  Isaque:  “Mas  o  Anjo  do  Senhor  lhe  bradou 
     desde os céus e disse: Abraão, Abraão! E ele disse: Eis­me aqui. Então, disse: Não estendas 
     a tua mão sobre o moço e não lhe faças nada” (Gn. 22.11,12a). 
§    Anjos guardaram a Jacó, quando saiu de sua terra: “anjos subiam e desciam pela escada” (Gn. 
     28.12). A seguir, Deus falou com Jacó (Gn. 28.13­15). Anjos foram enviados para protegê­lo 
     na sua volta a Canaã (Gn. 32.1). A  declaração de Jacó: “o Anjo  que  me  livrou  de  todo o 
     mal” (Gn. 48.16a) 
§    Moisés  em sua chamada: “E apareceu­lhe o Anjo do Senhor em uma chama de fogo, no 
     meio de uma sarça, e olhou, e eis que a sarça ardia e não se consumia” (Êx. 3.2). 
§    Os israelitas protegidos pelo”Anjo de Deus”: “E o Anjo de Deus, que ia adiante do exército 
     de  Israel,  se  retirou  e  ia  atrás  deles;  também  a  coluna  de  nuvem  se  retirou  de  diante 
     deles e se pôs atrás deles” (Êx. 14.19) 
§    O Anjo do Senhor repreendeu  os  israelitas  (Jz.2);  também repreendeu a Balaão (Jz. 22. 32­ 
     33). 
§    O  profeta  Elias  diante  da  ameaça  de  Jezabel,  foi  confortado  por  um  anjo:  “E  deitou­se  e 
     dormiu debaixo de  um  zimbro; e eis  que, então  uma  anjo de Deus  o tocou e  lhe disse: 
     Levanta­te e come. E o anjo do Senhor tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta­ 
     te  e  come,  porque  mui  comprido  te  será  o  caminho”  (1Rs.  19.7).  Contudo,  a  grande 
     mensagem entregue ao profeta foi por meio de Deus no monte Horebe (1Rs. 19.8­21). 
§    Na época de Eliseu. Diante do cerco de sua casa, o profeta afirmou a seu servo: “Não temas, 
     porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. E orou Eliseu e disse: 
     Senhor, peço­te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e 
     viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor  de Eliseu” (2 
     Rs. 6.16­17). 
§    Daniel. Neste livro, possuímos várias referências a seres angelicais:1)Agindo para libertação: 
     “O  meu  Deus  enviou  o  seu  anjo  e  fechou  a  boca  dos  leões”  (Dn.  6.22a);  2)  Agente  de 
     conforto: “Anima­te, sim, anima­te! E, falando ele comigo, esforcei­me e disse: Fala, meu 
     senhor,  porque  tu  me  confortaste”  (Dn.  10.19b);  3)Enviados  para  transmitir  mensagens 
     especiais  (Dn.  9.21).  Observamos  ainda  que  “o  príncipe  da  Pérsia  (um  anjo  satânico­  Ef. 
     6.12).  Estava  tentando  impedir  a  resposta  à  oração  de  Daniel  por  vinte  e  um  dias.  Foi 
     necessária a ação de Miguel para que a resposta chegasse a Daniel (Dn. 10.21). 
§    No livro de Zacarias, são abundantes as manifestações angelicais (Zc. 2.3; 3.3; 4.1; 5.5). 

Os anjos no Novo Testamento 

No Novo Testamento, os anjos podem ser vistos, em especial, no ministério de Cristo:

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§  O anjo Gabriel foi enviado para anunciar a Maria o nascimento de Jesus (Lc. 1.26). 
§  Os anjos comunicaram o nascimento de Jesus aos pastores (Lc. 2.19); nessa ocasião também 
   uma “multidão dos exércitos celestiais” apareceu louvando a Deus pelo nascimento de Jesus 
   (Lc. 2. 14­15). 
§  Um  anjo  esclareceu  a  José  o  que  estava  ocorrendo  com  Maria  (Mt.  1.20b).  Um  anjo  foi 
   enviado para mostrar a José que deveria ir ao Egito para que Jesus escapasse da matança de 
   Herodes (Mt. 2.13). 
§  Na tentação de Jesus, “os anjos o serviram” (Mt. 4.11); “E vivia entre as feras, e os anjos o 
   serviam” (Mc. 1.13b). 
§  No momento de intenso sofrimento, no Getsêmani foi confortado por um anjo: “E apareceu­ 
   lhe um anjo do céu, que o confortava” (Lc. 22.43). 
§  Na  ressurreição,  podemos  ver  a  ação  angelical:  “E  eis  que  houve  um  grande  terremoto, 
   porque  um  anjo  do  Senhor,  descendo  do  céu,  chegou  removendo  a  pedra,  e  sentou­se 
   sobre ela. E o seu aspecto era como um relâmpago, e a sua veste branca como a neve” 
   (Mt. 28.2­3). 

Em Seus ensinos,  Jesus destacou  o papel dos anjos nos eventos futuros: (Mt.13.41,  24.31; Lc. 
9.26; 12.9) 

A  Igreja  Primitiva  também  presenciou  em  determinados  momentos  ação  dos  anjos  de  modo 
positivo  ou  negativo  (do  ponto  de  vista  humano).  Após  a  ascensão  de  Jesus,  “dois  varões 
vestidos  de  branco”  (At.  1.10),  dirigiram­se  aos  discípulos: “Varões  galileus,  por  que  estais 
olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim 
como para o céu o vistes ir” (At. 1.11). 

Quando  os  apóstolos  foram  presos  devido  à  inveja  dos  saduceus,  ocorreu  libertação: “Mas,  de 
noite, um anjo do Senhor abriu as portas do cárcere e, conduzindo para fora, lhes disse: Ide 
e apresentando­vos no templo, dizei todas as palavras desta Vida” (At. 5.19,20 – ARA). 

Pedro foi libertado da prisão devido à intervenção do anjo. O apóstolo reconheceu no episódio a 
ação de Deus: “Agora, sei, verdadeiramente, que o Senhor enviou o seu anjo e me livrou da 
mão de Herodes e de tudo o que o povo dos judeus esperava” (At. 12.11). 

Em resposta à oração se Cornélio, um anjo transmitiu­lhe mensagem. O anjo indicou­lhes Pedro, 
para que o centurião fosse informado sobre a salvação: “Agora, pois,  envia homens  a Jope, e 
manda  chamar  Simão,  que  tem  por  sobrenome  Pedro”  (At.  10.5).    Não  era  missão  do  anjo 
anunciar o Evangelho; Pedro é que seria o pregador. 

O evangelista Filipe recebeu a ordem de um mensageiro angelical: “Um anjo do Senhor falou a 
Filipe, dizendo: Dispõe­te e vai para a banda do sul, no caminho que desce de Jerusalém a 
Gaza; este se acha deserto. Ele se levantou e foi” (At. 8.26 – ARA). Aqui, os fatos ocorrem de 
forma diversa do que sucedeu em Atos 10. A Cornélio foram comunicados os detalhes de foram 
precisa  onde  se  encontrava  Pedro;  aqui  Filipe  teve  de  deslocar­se  e  aguardar  a  orientação  do 
Consolador: “Então disse o Espírito a Filipe: Aproxima­te desse carro, e acompanha­o”  (At. 
8.29 – ARA).

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Gabriel 

Seu  nome  significa”  homem  de  Deus”    ou  “herói  de  Deus”.  No  Novo  Testamento,  anunciou  o 
nascimento  de  João  Batista:  ”Disse,  então,  Zacarias  ao  anjo:  Como  saberei  isso?  Pois  eu  já 
sou  velho,  e  minha  mulher,  avançada  em  idade.  E,  respondendo,  o  anjo  disse­lhe:  Eu  sou 
Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar­te e dar­te estas alegres novas” (Lc. 
1.18­19). Gabriel tinha consciência de sua posição e missão. O anjo, então, comunicou a Zacarias 
que este ficaria mudo até o nascimento da criança (Lc. 1.20). 

O  mesmo  anjo  anunciou  a  Maria  sobre  o  nascimento  de  Jesus:  “E,  no  sexto  mês,  foi  o  anjo 
Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré. E, entrando o anjo onde 
ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres” (Lc. 
1.26,28). 

No Antigo Testamento, também encontramos Gabriel em missões  específicas: auxiliou a Daniel 
na revelação de mistérios do céu: “Gabriel, dá a entender a este a visão” (Dn. 8.16b). Daniel, 
ao compreender pelas Escrituras, que estava próximo o fim do cativeiro babilônico dedicou­se à 
oração, ao jejum (Dn. 9.3); também fez confissão de pecados (Dn. 9.20). Daniel foi certificado do 
regresso  de  seu  povo  à  sua  terra.  Antes  de  terminar  a  oração,  Daniel  recebeu  resposta  rápida: 
“Estando eu, digo, ainda  falando  na oração, o varão Gabriel, que eu  tinha visto  na  minha 
visão ao princípio, veio voando rapidamente e tocou­me à hora do sacrifício da tarde. E me 
instruiu,  e  falou  comigo,  e  disse:  Daniel,  agora,  saí  para  fazer­te  entender  o  sentido.  No 
princípio  das  tuas  súplicas,  saiu  a  ordem,  e  eu  vim,  para  to  declarar,  porque  és  mui  amado; 
toma,  pois,  bem,  sentido  na  palavra  e  entende  a  visão”  (Dn.  9.21­  23).  Daniel  obteve  a  luz 
necessária para compreender a profecia das setenta semanas: uma profecia vital para Israel (Dn. 
9.24)  e  para  o  tempo  do  fim  (Dn.  9.27).  Observe:  “Saiu  a  ordem”.  Gabriel  não  poderia  ir  ao 
encontro de Daniel sem receber a ordem de Deus!  Ele obedeceu: “Eu vim”. É  natural para um 
santo anjo, realizar a vontade de Deus. 

A ação dos anjos 

Quanto à ação dos anjos, reconhecemos que eles são enviados por Deus para realizar uma  missão 
conforme  a  Sua  vontade.  Toda  honra  e  louvor  devem  ser  atribuídos  a  Deus.  Assim,  declarou 
Pedro: “Agora, sei, verdadeiramente, que o Senhor enviou o seu anjo e me livrou da mão de 
Herodes  e  de  tudo  o  que  o  povo  dos  judeus  esperava”  (At  12.11b).  Pedro  relatou  “como  o 
Senhor o tirara da prisão” (At 12.17b). 

Embora Jacó em seu sonho observasse “anjos de Deus”, sua reação ao acordar foi: “Na verdade 
o Senhor está neste lugar; e eu não o sabia”  (Gn 28.16b). 

Em Colossenses Paulo advertiu do perigo de os anjos serem cultuados (Cl.2.18,19). Esses seriam 
mediadores, porém nosso Ùnico Mediador é Cristo (1 Tm. 2.5). 

Em Apocalipse são abundantes s referências ao ministério angelical. Eles são descritos em atos de 
louvor:  “Vi  e  ouvi  uma  voz  de  muitos  anjos  ao  redor  do  trono,  dos  seres  viventes  e  dos 
anciãos, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares” (Ap. 5.11); “Todos 
os  anjos  estavam  de  pé  rodeando  o  trono,  os  anciãos  e  os  quatro  seres  viventes,  e,  ante  o 
trono se prostraram sobre os seus rostos e adoraram a Deus” (Ap. 7.11).
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OBS: Quanto aos vinte e quatro anciãos, observemos: “Não são anjos, pois cantavam o cântico da 
redenção, como participantes dela (Ap. 5.8­10). Eram santos já coroados, ‘em cujas cabeças estão 
coroas  de  ouro’.  Coroa  e  trono  são  prometidos  aos  salvos;  nunca  a   anjos”  (Ler  Mateus  19.28; 
1Pedro 5.4; Apocalipse 3.21)” (Antonio GILBERTO. Daniel e Apocalipse, p. 117). 

A Superioridade de Jesus 

O livro de Hebreus entre outros fatos destaca  a superioridade de Jesus em relação aos anjos. As 
criaturas  angelicais  eram  consideradas  de  alta  importância  para  os  judeus.  O  autor  de  Hebreus 
salienta a superioridade  de Jesus  em relação aos  anjos, ressaltando Sua posição única. Jesus  foi 
“Feito mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles”  (Hb 
1.4). 

A superioridade de Cristo em relação aos anjos é acentuada: “Pois a qual dos anjos alguma vez 
disse: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei?”; “Todos os anjos de Deus o adorem”;  “A qual dos 
anjos Deus alguma vez disse: Senta­te à minha direita, até que eu faça dos teus inimigos um 
estrado  para  os  teus  pés?”  (Hb1.5,  6b,13  –  NVI).  Em  síntese,  Jesus  deve  ser  adorado  pelos 
anjos;  nenhum  anjo  foi  convidado  a  sentar­se  ao  lado  direito  de  Deus,  uma  honra  sem  igual, 
apenas  concedida  ao  Filho  de  Deus.  Essa  posição  e  honra  só  pertencem  a  Jesus.  Nós  também 
devemos adorar a Jesus! 

Pedro descreve a posição atual de Jesus e a subordinação dos anjos a Ele: “o qual está à destra 
de  Deus,  tendo  subido  ao  céu,  havendo­se­lhe  sujeitado  os  anjos,  e  as  autoridades  e  as 
potências” (1 Pe 3.22). 

Os anjos  não devem ser objeto de adoração, conforme ensinam as Escrituras. Em certa ocasião, 
João quis adorar o anjo, mas foi por este repreendido: “Olha, não faças tal; sou teu conservo e 
de teus irmãos que têm o testemunho de Jesus. Adora a Deus; porque o testemunho de Jesus 
é o espírito de profecia” (Ap 19.10b);  “E, quando as ouvi e vi, prostrei­me ante aos pés do 
anjo que me mostrou essas cousas, para adorá­lo. Então ele me disse: Vê, não faças isso; eu 
sou conservo dos teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora 
a  Deus”  (Ap  22.  8b­9  –  ARA).  Quem  deveria  ser  adorado  era  Quem  enviou  o  anjo,  não  o 
mensageiro). 

CONCLUSÃO 

Agradeçamos a Deus por tudo o que Ele faz por nós. 
Louvemos ao Senhor por Sua providência em nossa vida. Os anjos são seres  que Ele colocou a 
nosso favor, contudo Ele é Quem tudo determina. 
As palavras deste hino incentiva­nos à verdadeira adoração a Ele: “A Cristo coroai!/De todos, o 
Senhor,/A quem  a multidão dos céus aclama com fervor!/Eis o Cordeiro ali, que sobre o trono 
está!/Que vive e reina lá por nós, e cedo voltará” (última estrofe do hino 41 da Harpa Cristã). 

Colaboração para o Portal EscolaDominical: Profª Ana Maria Gomes de Abreu.



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Os seres angelicais e suas funções

  • 1. www.escoladominical.com.br  dicas de lições bíblicas  LIÇÕES JUVENIS ­ CPAD  TERCEIRO TRIMESTRE DE 2007  TEMA: Fundamentos da nossa Fé  COMENTARISTA: Israel de Santana Brito  LIÇÃO 6 ­ OS SERES ANGELICAIS  TEXTO BÍBLICO  Hebreus 1.5­7, 13,14  ENFOQUE BÍBLICO  “Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor  daqueles que hão de herdar a salvação?”  (Hebreus 1.14).  OBJETIVOS  Descrever a natureza dos anjos  Classificar os anjos em seus ofícios  Analisar as principais diferenças entre os anjos de luz e os anjos das trevas.  Quem são os anjos?  A palavra anjo significa “mensageiro”, portanto, eles não são independentes fazem a vontade de  Deus, cumprem Seus propósitos.  Um  mensageiro  é  aquele  que  é  enviado  por  alguém  para  cumprir  determinada  atividade:  “Bendizei ao Senhor todos os seus anjos, valorosos em poder, que executais as suas ordens e  lhe obedeceis à palavra” (Sl 103.21 ­ ARA). Os seres angelicais obedecem a Deus. São enviados  para missões específicas.  Os  anjos  são  seres  espirituais  criados  antes  do  Universo,  ou  seja,  antes  do  mundo  material.  Os  anjos não foram criados como o homem (Gn 2.7). A referência aos anjos como “filhos de Deus,  em    (Jó  1.6;  2.1),  significa  que  a  criação  desses  seres  foi  distinta  de  outras  criaturas  “Pela  palavra do Senhor foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo espírito de sua boca” (Sl  33.6).  OBS:  Quanto à  expressão “filhos  de Deus”  em Gênesis  6, cumpre  esclarecer que se refere aos  homens da descendência piedosa de Sete,  que se uniram às mulheres ímpias da descendência de  Caim.  Na  passagem  citada  (Gn  6.2),  os  filhos  de  Deus  não  aludem  aos  anjos,  pois  como  esclareceu  Jesus:  “Porque  na  ressurreição  nem  casam  nem  se  dão  em  casamento;  são,  porém  ,  como os anjos no céu”  (Mt 22.30).  Os  anjos  são  “espíritos  ministradores”.  São  espíritos,  não  estão  limitados  como  homem,  assim  não estão sujeitos às leis da gravidade; podem locomover­se com incrível rapidez. Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, e não traduzem necessariamente a  opinião deste Site e/ou de seus patrocinadores.  www.escoladominical.com.br ­ Pag.  1 
  • 2. www.escoladominical.com.br  dicas de lições bíblicas  Ao serem criados os anjos, seu número ficou completo: “Assim, os céus e a terra, e todo o seu  exército  foram  acabados”  (Gn  2.1).  A  quantidade  de  anjos  é  impressionante  (Hb  12.22;  Dn  7.10;  Ap 5.11). Os anjos  são denominados  de “o  exército  do céu”  (1 Rs  22.19;  2 Cr 18.18;  Ne  9.6).  É bom destacar que os anjos não são oniscientes; eles desconhecem o dia e a hora da Vinda de  Jesus para buscar a Sua Igreja (Mt 24.36).  Criados para o louvor da glória de Deus  Os anjos louvam o Criador. No Salmo 148, toda a criação é convidada a louvar ao Senhor,  inclusive os anjos: “Louvai­o, todos os seus anjos; louvai­o, todos os seus exércitos” (Sl  148.2). Os anjos adoram ao Criador: “Tu só és Senhor, tu fizeste o céu, o céu dos céus e todo o  seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto neles há; e tu os guardas  em vida a todos, e o exército dos céus te adora”  (Ne 9.6).  Os anjos se alegram com a criação de Deus: “Onde estavas tu quando eu fundava   a terra?  Faze­mo  saber,  se  tens  inteligência”;    Quando  as  estrelas  da  alva  juntas  alegremente  cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam”  (Jó 38.4,7).  Por que preciso conhecer os anjos?  Necessitamos  conhecer  a  doutrina  sobre  os  anjos,  tal  como  se  encontra  na  Bíblia.  Assim,  podemos destacar dois aspectos:  a adoração dos anjos a Deus e seu serviço em favor dos santos.  Eles adoram a Deus e O servem. Também, estudando a ação dos anjos na Bíblia, podemos evitar  muitos erros, pois em muitos casos, Deus deixa de ser o centro da adoração.  Sabemos,  contudo,  que  não  devemos  considerar  os  anjos  como  intermediários.  Nossos  pedidos  devem  ser  feitos  a  Jesus.  Ele  é  nosso  Único  Mediador:  “Porque  há  um  só  Deus  e  um  só  mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem” (2 Tm 2.5). Ele é Quem determinará  a ação angelical  no momento em que julgar apropriado.  O apóstolo Paulo adverte: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro  evangelho, além do que já vos tenho anunciado, seja anátema” (Gl 1.8). Por isso, precisamos  estudar os fundamentos da nossa Fé.  Vamos estudar como a Bíblia se refere à organização dos anjos.  O Anjo do Senhor  O Anjo do Senhor se destacava no Antigo Testamento. Era denominado  “O Anjo da sua  presença” (Is 63.9b). Também conhecido como “o Anjo de Deus”. É também chamado o “anjo  do concerto” (Ml 3.1b).  O Anjo do Senhor impediu que Abraão sacrificasse seu filho: “Então, o Anjo do Senhor bradou  a  Abraão  pela  segunda  vez  desde  os  céus  e  disse:  Por  mim  mesmo,  jurei,  diz  o  Senhor,  porquanto fizeste esta ação e não me negaste o teu filho, o teu único” (Gn 22.16). Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, e não traduzem necessariamente a  opinião deste Site e/ou de seus patrocinadores.  www.escoladominical.com.br ­ Pag.  2 
  • 3. www.escoladominical.com.br  dicas de lições bíblicas  Quanto  ao  Anjo  do  Senhor,  o  livro  de  Êxodo  faz  algumas  considerações:  “Nele  está  o  meu  nome” (Êx 23.21b). O Anjo do Senhor guiaria Israel à Terra Prometida (Êx 23.23).  Enquanto  que  os  anjos  não  aceitam  adoração,  ao  Anjo  do  Senhor  foi  permitida.  Antes  da  destruição de Jericó, Josué viu um homem com uma espada. Este se apresentou: “Venho como  príncipe  do  exército  do  Senhor.  Então,  Josué  se  prostrou  sobre  o  seu  rosto  na  terra,  e  o  adorou,  e  disse­lhe:  Que  diz  meu  Senhor  ao  seu  servo?”  (Js  5.14).  Josué  necessitava  de  orientação  e  ajuda:  iria  enfrentar  inimigos  fortes  para  poder  destruir  Jericó.  Josué  seguiu  Suas  ordens.  Outro fato a ser destacado ocorreu na época dos juízes. O Anjo do Senhor apareceu à mulher de  Manoá,    comunicando  que  ela  teria  um  filho.  Mais  tarde,  apareceu  a  Manoá,  que  perguntou  o  nome  do  mensageiro  angelical:  “Por  que  perguntas  assim  pelo  meu  nome,  visto  que  é  maravilhoso?” (Jz 13.18). Maravilhoso  é um termo também aplicado a Jesus (Is 9.6).  Assim, o Anjo do Senhor corresponde a aparições visíveis de Jesus antes de Ele vir a este mundo.  Arcanjo Miguel  Está  em  foco,  a  elevada  posição  de  Miguel,  denominado    na  Bíblia  de  “o  arcanjo”  (Jd  9).  Seu  nome significa: “Quem é semelhante a Deus”.  Obs:  A  palavra  arcanjo  é  assim  formada  (arc+anjo).  O  prefixo  arc  indica  posição  superior.  (Em  nossa  língua  temos  a  palavra  arcebispo,  na  qual  encontramos  também  o  prefixo que aponta para o superior ao bispo).  No Antigo Testamento, Miguel  é relacionado a Israel, protegendo­o. O arcanjo  é descrito como  “o  grande  príncipe”  (Dn  12.1a).  Seu  trabalho  é  demonstrado  em  relação  a  Israel:  “que  se  levanta pelos filhos do teu povo” (Dn 12.1b – ARC); “o defensor dos filhos de teu povo”  (Dn  12.1­  ARA).    Também  Miguel  é  considerado  “um  dos  primeiros  príncipes”  (Dn  10.13);  “Miguel, vosso príncipe” (Dn 10.21).  Na epístola de Judas, constata­se a atitude sábia e equilibrada de Miguel. Ele não discutiu com  Satanás, não perdeu tempo “jogando” maldição contra ele, “mas disse: O Senhor te repreenda”  (Jd 9).  Nos eventos futuros, (1Ts 4.16) o arcanjo Miguel terá participação específica.  Apocalipse registra a ação de  “Miguel  e seus  anjos”  (Ap 12.7), quando, o poder  de Satanás, o  acusador, será desativado, o que será motivo de extraordinária alegria (Ap 12.10). Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, e não traduzem necessariamente a  opinião deste Site e/ou de seus patrocinadores.  www.escoladominical.com.br ­ Pag.  3 
  • 4. www.escoladominical.com.br  dicas de lições bíblicas  OBS: Dois nomes de seres angelicais são registrados na Bíblia: Gabriel  e Miguel. Este é  o  único  arcanjo  mencionado  nos  livros  inspirados  (sessenta  e  seis).  Fiquemos  com  as  coisas reveladas.  Querubins  Diversas vezes a Bíblia Menciona Deus  habitando, assentado, entronizado entre os  querubins (2  Sm.4.4;  6.2;  2  Rs.  19.15;  2Cr.  13.6;  Sl  80.1;  99.1).  O  termo  “querubim”  se  origina  do  verbo  “querub”, com a significação de “guardar”, “cobrir”.  No livro de Gênesis, eles guardam a entrada do Éden, para evitar que o homem ali retornasse (Gn.  3.24).  A glória deste ser angelical à porta do Èden  era uma  recordação para o homem da glória  que perdera.  No  propiciatório,  que  era  colocado  sobre  a  Arca,  havia  dois  querubins  com  asas  abertas  e  suas  faces eram voltadas um para o outro (Êx. 25.20). Na peça de ouro batido, o olhar dos querubins  era  representado  em  direção  ao  sangue  aspergido  ali.      O  propiciatório  junto  com  os  querubins  formava uma só peça feita de ouro maciço (Êx. 25.18b). Os querubins representavam a glória de  Deus.A figura dos  querubins  também  era vista nas  cortinas  (Êx. 26.1);  no véu  que separava o  lugar Santo do Santíssimo (Êx. 26.31; 33).  OBS:  O propiciatório  era colocado sobre a arca. Esta ficava no lugar no lugar Santíssimo. Isto  significa  que  o  povo  não  tinha  acesso  à  figura  esculpida  dos  querubins;  assim  não  pôde  fazer  dessas representações, motivo de idolatria.  Ezequiel, em sua chamada, recebeu  uma visão onde havia quatro seres viventes; aos  quais, ele  identificou,  posteriormente,  como  querubins:  “São  estes  os  seres  viventes  que  vi  debaixo  do  Deus  de  Israel,  junto  ao  rio  Quebar,  e  fiquei  sabendo  que  eram  querubins”  (Êx.  10.20).  Ezequiel se refere aos querubins dezenove vezes.  Em  suma,  os  querubins  são  vistos  sempre  ao  redor  do  trono:  Os  querubins  proclamam  a  majestade e a glória de Deus (Hb. 9.5).  Serafins  Os  serafins  são  mencionados  na  Bíblia  em  Isaias  (Is  6)  em  referência  à  chamada  de  Isaías.  O  Termo  “serafins”  significa    “seres  ardentes”.  Eles  proclamavam  a  santidade  de  Deus.  A  ênfase  dos serafins recaía sobre a santidade divina: “Santo, santo, santo é o Senhor dos  Exércitos, a  terra  inteira está  cheia  da sua glória”  (Is  6.3 ­NVI). Os alicerces  tremeram (Is  6.3), pois  seu  clamor era forte.  Os serafins permitem que reflitamos sobre a santidade de Deus e sua reverência ao Senhor. Eles  não desejavam “aparecer”, encobriam­se diante da majestade divina. Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, e não traduzem necessariamente a  opinião deste Site e/ou de seus patrocinadores.  www.escoladominical.com.br ­ Pag.  4 
  • 5. www.escoladominical.com.br  dicas de lições bíblicas  Os anjos e sua rebelião  Embora criados em estado de perfeição, os anjos tiveram a sua escolha. Como observamos muitos  resolveram aderir ao projeto de Satanás. A Bíblia menciona  “os anjos que pecaram” (2 Pe 2.4).  A Bíblia menciona “Satanás e seus anjos”. Para estes foi destinado o Inferno (Mt 25.41). Somente  aqueles  que recusarem servir a Cristo terão  o  mesmo  destino. Satanás possui seus  mensageiros.  Ele mesmo tenta enganar as pessoas (2 Co 4.4). Seus mensageiros pertencem ao reino das trevas,  tentam imitar a obra de Deus.  Temos de lutar contra as trevas: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim,  poderosas em Deus, para destruição das fortalezas” (2 Co 10.4). Jesus prometeu: “Eis que vos  dou  poder  para  pisar  serpentes,  e  escorpiões,  e  toda  a  força  do  Inimigo  ,  e  nada  vos  fará  dano  algum”  (Lc  10.19).   Contudo,  Ele  esclareceu  qual  deveria  ser    a razão  de  maior  alegria  (Lc10.20).  Necessitamos  do  poder  de  Deus  para  vencermos  “as  astutas  ciladas  do  diabo”  (Ef  6.11b).  OBS:  Na lição 8, será estudada a rebelião de Satanás.  O Caráter dos anjos  A Bíblia salienta a santidade dos seres angelicais, (Ap 14.10), qualidade necessária àqueles que  vivem na presença de Deus e O Servem:  Os  anjos  possuem  livre­arbítrio  ,  têm  consciência  de  sua  missão:  “Eu  sou  Gabriel,  que  assisto  diante de Deus, e fui enviado a falar­te e dar­te estas alegres novas” (Lc 1.19).  Embora os anjos sejam sábios (2 Sm 14.17), seu conhecimento é limitado: “Tens alguém mais  aqui?” (Gn 19.12b).  Os  anjos  “são  magníficos  em  poder”  (Sl  103.20),  porém  só  obedecem  às  ordens  de  Deus.  Seu  poder é exemplificado em (2 Rs 19.35). São mencionados, auxiliando o povo de Deus (1 Rs 19.5­  6). Os anjos fornecem encorajamento como a Paulo (At 27.23­24). Os anjos confortaram Jesus:  “E  apareceu­lhe um anjo do céu, que o confortava” (Lc 22.43); serviram Jesus:  “Então, o diabo  o deixou; e, eis que chegaram os anjos e o serviram”  (Mt 4.11).  Os anjos também são agentes do juízo divino (At 12.23) e no fim dos tempos exercerão severos  juízos sobre  a terra (Ap 7.1­3; 9.1,14).  Na morte dos salvos, os anjos os conduzem ao Paraíso (Lc 16.22)  No Antigo Testamento, os  anjos são mencionados cerca de 108 vezes. Podemos destacar a  ação  dos anjos:  §  O Anjo do Senhor agiu em favor de Hagar em duas ocasiões: “Então, lhe disse o Anjo do  Senhor:  Torna­te  para  tua  senhora  e  humilha­te  debaixo  de  tuas  mãos.  Multiplicarei  sobremaneira  a  tua  semente,  que  não  será  contada,  por  numerosa  que  será”  (Gn. Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, e não traduzem necessariamente a  opinião deste Site e/ou de seus patrocinadores.  www.escoladominical.com.br ­ Pag.  5 
  • 6. www.escoladominical.com.br  dicas de lições bíblicas  16.9.10b). Logo, observa­se que é o Senhor quem está  falando com ela (Gn. 16.13). Quando  Hagar,  saiu  da  casa  de  Abraão  com  Ismael,  novamente  recebeu  notável  ajuda:  “E  ouviu  Deus a voz do menino, e bradou o Anjo de Deus  a Agar desde os céus e disse­lhe: Que  tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do rapaz desde o lugar onde está” (Gn.  21.17).  §  Os anjos anunciam a destruição das cidades (Gn. 19.13) e intervêm para salvação de Ló e sua  família:  “Ele,  porém,  demorava­se,  e  aqueles  varões  lhe  pegaram  pela  mão  de  sua  mulher, e pela mão de sus duas filhas, sendo­lhe o Senhor misericordioso, e tiraram­no,  e puseram­no fora da cidade” (Gn. 19.16).  §  Anjos foram enviados para  comunicar­lhe o nascimento de Isaque: “Certamente tornarei a  ti por este tempo de vida; e eis que Sara, tua mulher, terá um filho” (Gn. 18.10a).  §  O  Anjo  do  Senhor  impediu  o  sacrifício  de  Isaque:  “Mas  o  Anjo  do  Senhor  lhe  bradou  desde os céus e disse: Abraão, Abraão! E ele disse: Eis­me aqui. Então, disse: Não estendas  a tua mão sobre o moço e não lhe faças nada” (Gn. 22.11,12a).  §  Anjos guardaram a Jacó, quando saiu de sua terra: “anjos subiam e desciam pela escada” (Gn.  28.12). A seguir, Deus falou com Jacó (Gn. 28.13­15). Anjos foram enviados para protegê­lo  na sua volta a Canaã (Gn. 32.1). A  declaração de Jacó: “o Anjo  que  me  livrou  de  todo o  mal” (Gn. 48.16a)  §  Moisés  em sua chamada: “E apareceu­lhe o Anjo do Senhor em uma chama de fogo, no  meio de uma sarça, e olhou, e eis que a sarça ardia e não se consumia” (Êx. 3.2).  §  Os israelitas protegidos pelo”Anjo de Deus”: “E o Anjo de Deus, que ia adiante do exército  de  Israel,  se  retirou  e  ia  atrás  deles;  também  a  coluna  de  nuvem  se  retirou  de  diante  deles e se pôs atrás deles” (Êx. 14.19)  §  O Anjo do Senhor repreendeu  os  israelitas  (Jz.2);  também repreendeu a Balaão (Jz. 22. 32­  33).  §  O  profeta  Elias  diante  da  ameaça  de  Jezabel,  foi  confortado  por  um  anjo:  “E  deitou­se  e  dormiu debaixo de  um  zimbro; e eis  que, então  uma  anjo de Deus  o tocou e  lhe disse:  Levanta­te e come. E o anjo do Senhor tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta­  te  e  come,  porque  mui  comprido  te  será  o  caminho”  (1Rs.  19.7).  Contudo,  a  grande  mensagem entregue ao profeta foi por meio de Deus no monte Horebe (1Rs. 19.8­21).  §  Na época de Eliseu. Diante do cerco de sua casa, o profeta afirmou a seu servo: “Não temas,  porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. E orou Eliseu e disse:  Senhor, peço­te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e  viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor  de Eliseu” (2  Rs. 6.16­17).  §  Daniel. Neste livro, possuímos várias referências a seres angelicais:1)Agindo para libertação:  “O  meu  Deus  enviou  o  seu  anjo  e  fechou  a  boca  dos  leões”  (Dn.  6.22a);  2)  Agente  de  conforto: “Anima­te, sim, anima­te! E, falando ele comigo, esforcei­me e disse: Fala, meu  senhor,  porque  tu  me  confortaste”  (Dn.  10.19b);  3)Enviados  para  transmitir  mensagens  especiais  (Dn.  9.21).  Observamos  ainda  que  “o  príncipe  da  Pérsia  (um  anjo  satânico­  Ef.  6.12).  Estava  tentando  impedir  a  resposta  à  oração  de  Daniel  por  vinte  e  um  dias.  Foi  necessária a ação de Miguel para que a resposta chegasse a Daniel (Dn. 10.21).  §  No livro de Zacarias, são abundantes as manifestações angelicais (Zc. 2.3; 3.3; 4.1; 5.5).  Os anjos no Novo Testamento  No Novo Testamento, os anjos podem ser vistos, em especial, no ministério de Cristo: Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, e não traduzem necessariamente a  opinião deste Site e/ou de seus patrocinadores.  www.escoladominical.com.br ­ Pag.  6 
  • 7. www.escoladominical.com.br  dicas de lições bíblicas  §  O anjo Gabriel foi enviado para anunciar a Maria o nascimento de Jesus (Lc. 1.26).  §  Os anjos comunicaram o nascimento de Jesus aos pastores (Lc. 2.19); nessa ocasião também  uma “multidão dos exércitos celestiais” apareceu louvando a Deus pelo nascimento de Jesus  (Lc. 2. 14­15).  §  Um  anjo  esclareceu  a  José  o  que  estava  ocorrendo  com  Maria  (Mt.  1.20b).  Um  anjo  foi  enviado para mostrar a José que deveria ir ao Egito para que Jesus escapasse da matança de  Herodes (Mt. 2.13).  §  Na tentação de Jesus, “os anjos o serviram” (Mt. 4.11); “E vivia entre as feras, e os anjos o  serviam” (Mc. 1.13b).  §  No momento de intenso sofrimento, no Getsêmani foi confortado por um anjo: “E apareceu­  lhe um anjo do céu, que o confortava” (Lc. 22.43).  §  Na  ressurreição,  podemos  ver  a  ação  angelical:  “E  eis  que  houve  um  grande  terremoto,  porque  um  anjo  do  Senhor,  descendo  do  céu,  chegou  removendo  a  pedra,  e  sentou­se  sobre ela. E o seu aspecto era como um relâmpago, e a sua veste branca como a neve”  (Mt. 28.2­3).  Em Seus ensinos,  Jesus destacou  o papel dos anjos nos eventos futuros: (Mt.13.41,  24.31; Lc.  9.26; 12.9)  A  Igreja  Primitiva  também  presenciou  em  determinados  momentos  ação  dos  anjos  de  modo  positivo  ou  negativo  (do  ponto  de  vista  humano).  Após  a  ascensão  de  Jesus,  “dois  varões  vestidos  de  branco”  (At.  1.10),  dirigiram­se  aos  discípulos: “Varões  galileus,  por  que  estais  olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim  como para o céu o vistes ir” (At. 1.11).  Quando  os  apóstolos  foram  presos  devido  à  inveja  dos  saduceus,  ocorreu  libertação: “Mas,  de  noite, um anjo do Senhor abriu as portas do cárcere e, conduzindo para fora, lhes disse: Ide  e apresentando­vos no templo, dizei todas as palavras desta Vida” (At. 5.19,20 – ARA).  Pedro foi libertado da prisão devido à intervenção do anjo. O apóstolo reconheceu no episódio a  ação de Deus: “Agora, sei, verdadeiramente, que o Senhor enviou o seu anjo e me livrou da  mão de Herodes e de tudo o que o povo dos judeus esperava” (At. 12.11).  Em resposta à oração se Cornélio, um anjo transmitiu­lhe mensagem. O anjo indicou­lhes Pedro,  para que o centurião fosse informado sobre a salvação: “Agora, pois,  envia homens  a Jope, e  manda  chamar  Simão,  que  tem  por  sobrenome  Pedro”  (At.  10.5).    Não  era  missão  do  anjo  anunciar o Evangelho; Pedro é que seria o pregador.  O evangelista Filipe recebeu a ordem de um mensageiro angelical: “Um anjo do Senhor falou a  Filipe, dizendo: Dispõe­te e vai para a banda do sul, no caminho que desce de Jerusalém a  Gaza; este se acha deserto. Ele se levantou e foi” (At. 8.26 – ARA). Aqui, os fatos ocorrem de  forma diversa do que sucedeu em Atos 10. A Cornélio foram comunicados os detalhes de foram  precisa  onde  se  encontrava  Pedro;  aqui  Filipe  teve  de  deslocar­se  e  aguardar  a  orientação  do  Consolador: “Então disse o Espírito a Filipe: Aproxima­te desse carro, e acompanha­o”  (At.  8.29 – ARA). Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, e não traduzem necessariamente a  opinião deste Site e/ou de seus patrocinadores.  www.escoladominical.com.br ­ Pag.  7 
  • 8. www.escoladominical.com.br  dicas de lições bíblicas  Gabriel  Seu  nome  significa”  homem  de  Deus”    ou  “herói  de  Deus”.  No  Novo  Testamento,  anunciou  o  nascimento  de  João  Batista:  ”Disse,  então,  Zacarias  ao  anjo:  Como  saberei  isso?  Pois  eu  já  sou  velho,  e  minha  mulher,  avançada  em  idade.  E,  respondendo,  o  anjo  disse­lhe:  Eu  sou  Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar­te e dar­te estas alegres novas” (Lc.  1.18­19). Gabriel tinha consciência de sua posição e missão. O anjo, então, comunicou a Zacarias  que este ficaria mudo até o nascimento da criança (Lc. 1.20).  O  mesmo  anjo  anunciou  a  Maria  sobre  o  nascimento  de  Jesus:  “E,  no  sexto  mês,  foi  o  anjo  Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré. E, entrando o anjo onde  ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres” (Lc.  1.26,28).  No Antigo Testamento, também encontramos Gabriel em missões  específicas: auxiliou a Daniel  na revelação de mistérios do céu: “Gabriel, dá a entender a este a visão” (Dn. 8.16b). Daniel,  ao compreender pelas Escrituras, que estava próximo o fim do cativeiro babilônico dedicou­se à  oração, ao jejum (Dn. 9.3); também fez confissão de pecados (Dn. 9.20). Daniel foi certificado do  regresso  de  seu  povo  à  sua  terra.  Antes  de  terminar  a  oração,  Daniel  recebeu  resposta  rápida:  “Estando eu, digo, ainda  falando  na oração, o varão Gabriel, que eu  tinha visto  na  minha  visão ao princípio, veio voando rapidamente e tocou­me à hora do sacrifício da tarde. E me  instruiu,  e  falou  comigo,  e  disse:  Daniel,  agora,  saí  para  fazer­te  entender  o  sentido.  No  princípio  das  tuas  súplicas,  saiu  a  ordem,  e  eu  vim,  para  to  declarar,  porque  és  mui  amado;  toma,  pois,  bem,  sentido  na  palavra  e  entende  a  visão”  (Dn.  9.21­  23).  Daniel  obteve  a  luz  necessária para compreender a profecia das setenta semanas: uma profecia vital para Israel (Dn.  9.24)  e  para  o  tempo  do  fim  (Dn.  9.27).  Observe:  “Saiu  a  ordem”.  Gabriel  não  poderia  ir  ao  encontro de Daniel sem receber a ordem de Deus!  Ele obedeceu: “Eu vim”. É  natural para um  santo anjo, realizar a vontade de Deus.  A ação dos anjos  Quanto à ação dos anjos, reconhecemos que eles são enviados por Deus para realizar uma  missão  conforme  a  Sua  vontade.  Toda  honra  e  louvor  devem  ser  atribuídos  a  Deus.  Assim,  declarou  Pedro: “Agora, sei, verdadeiramente, que o Senhor enviou o seu anjo e me livrou da mão de  Herodes  e  de  tudo  o  que  o  povo  dos  judeus  esperava”  (At  12.11b).  Pedro  relatou  “como  o  Senhor o tirara da prisão” (At 12.17b).  Embora Jacó em seu sonho observasse “anjos de Deus”, sua reação ao acordar foi: “Na verdade  o Senhor está neste lugar; e eu não o sabia”  (Gn 28.16b).  Em Colossenses Paulo advertiu do perigo de os anjos serem cultuados (Cl.2.18,19). Esses seriam  mediadores, porém nosso Ùnico Mediador é Cristo (1 Tm. 2.5).  Em Apocalipse são abundantes s referências ao ministério angelical. Eles são descritos em atos de  louvor:  “Vi  e  ouvi  uma  voz  de  muitos  anjos  ao  redor  do  trono,  dos  seres  viventes  e  dos  anciãos, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares” (Ap. 5.11); “Todos  os  anjos  estavam  de  pé  rodeando  o  trono,  os  anciãos  e  os  quatro  seres  viventes,  e,  ante  o  trono se prostraram sobre os seus rostos e adoraram a Deus” (Ap. 7.11). Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, e não traduzem necessariamente a  opinião deste Site e/ou de seus patrocinadores.  www.escoladominical.com.br ­ Pag.  8 
  • 9. www.escoladominical.com.br  dicas de lições bíblicas  OBS: Quanto aos vinte e quatro anciãos, observemos: “Não são anjos, pois cantavam o cântico da  redenção, como participantes dela (Ap. 5.8­10). Eram santos já coroados, ‘em cujas cabeças estão  coroas  de  ouro’.  Coroa  e  trono  são  prometidos  aos  salvos;  nunca  a   anjos”  (Ler  Mateus  19.28;  1Pedro 5.4; Apocalipse 3.21)” (Antonio GILBERTO. Daniel e Apocalipse, p. 117).  A Superioridade de Jesus  O livro de Hebreus entre outros fatos destaca  a superioridade de Jesus em relação aos anjos. As  criaturas  angelicais  eram  consideradas  de  alta  importância  para  os  judeus.  O  autor  de  Hebreus  salienta a superioridade  de Jesus  em relação aos  anjos, ressaltando Sua posição única. Jesus  foi  “Feito mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles”  (Hb  1.4).  A superioridade de Cristo em relação aos anjos é acentuada: “Pois a qual dos anjos alguma vez  disse: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei?”; “Todos os anjos de Deus o adorem”;  “A qual dos  anjos Deus alguma vez disse: Senta­te à minha direita, até que eu faça dos teus inimigos um  estrado  para  os  teus  pés?”  (Hb1.5,  6b,13  –  NVI).  Em  síntese,  Jesus  deve  ser  adorado  pelos  anjos;  nenhum  anjo  foi  convidado  a  sentar­se  ao  lado  direito  de  Deus,  uma  honra  sem  igual,  apenas  concedida  ao  Filho  de  Deus.  Essa  posição  e  honra  só  pertencem  a  Jesus.  Nós  também  devemos adorar a Jesus!  Pedro descreve a posição atual de Jesus e a subordinação dos anjos a Ele: “o qual está à destra  de  Deus,  tendo  subido  ao  céu,  havendo­se­lhe  sujeitado  os  anjos,  e  as  autoridades  e  as  potências” (1 Pe 3.22).  Os anjos  não devem ser objeto de adoração, conforme ensinam as Escrituras. Em certa ocasião,  João quis adorar o anjo, mas foi por este repreendido: “Olha, não faças tal; sou teu conservo e  de teus irmãos que têm o testemunho de Jesus. Adora a Deus; porque o testemunho de Jesus  é o espírito de profecia” (Ap 19.10b);  “E, quando as ouvi e vi, prostrei­me ante aos pés do  anjo que me mostrou essas cousas, para adorá­lo. Então ele me disse: Vê, não faças isso; eu  sou conservo dos teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora  a  Deus”  (Ap  22.  8b­9  –  ARA).  Quem  deveria  ser  adorado  era  Quem  enviou  o  anjo,  não  o  mensageiro).  CONCLUSÃO  Agradeçamos a Deus por tudo o que Ele faz por nós.  Louvemos ao Senhor por Sua providência em nossa vida. Os anjos são seres  que Ele colocou a  nosso favor, contudo Ele é Quem tudo determina.  As palavras deste hino incentiva­nos à verdadeira adoração a Ele: “A Cristo coroai!/De todos, o  Senhor,/A quem  a multidão dos céus aclama com fervor!/Eis o Cordeiro ali, que sobre o trono  está!/Que vive e reina lá por nós, e cedo voltará” (última estrofe do hino 41 da Harpa Cristã).  Colaboração para o Portal EscolaDominical: Profª Ana Maria Gomes de Abreu. Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, e não traduzem necessariamente a  opinião deste Site e/ou de seus patrocinadores.  www.escoladominical.com.br ­ Pag.  9