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ATIVIDADES PARA TRABALHAR COM REGULARIDADES E
IRREGULARIDADES
A análise e reflexão sobre as regularidades da língua, no que diz respeito à escrita
correta das palavras, chamam a atenção das crianças para determinados aspectos eleitos pelo
professor e possibilita a formulação de “regras” significativas, uma vez que são elaboradas
pelas próprias crianças.
Orientações Didáticas para Trabalhar com Regularidades e Irregularidades
1. Observação de regularidades – É preciso criar situações em que os alunos possam
observar o que é regular (acontece reiteradamente na mesma situação) na notação das
palavras. Por exemplo, observar que utilizamos “zinho para formar o diminutivo das
palavras, mas que quando a palavra primitiva já tem “s” não há porque trocá-la por “z” e
utiliza-se “sinho”. As propostas para suscitar a observação das regularidades podem ser
realizadas a partir de um texto, de uma listagem, ou de um ditado, que apresente muitos
exemplos da regularidade que o professor tem a intenção de problematizar. É importante
que o professor levante questões para os alunos, que favoreçam a análise e reflexão sobre
as regularidades.
2. Pesquisa de palavras que apresentam a mesma regularidade – A partir do momento
que os alunos identificaram alguma regularidade em relação à grafia das palavras, é
fundamental que pesquisem muitas outras palavras com a mesma regra, pois isto garantirá
que construam a idéia de regularidade / regra. Essa pesquisa pode ser feita em várias
fontes de informação: livros, revistas, jornais, dicionário, etc.
3. Construção / elaboração de regras ortográficas – Sempre que uma regularidade for
observada pelos alunos, é fundamental que a sistematizem formulando uma regra escrita.
Num primeiro momento pode ser que essa formulação apresente imprecisões ou não
corresponda exatamente ao que acontece no sistema de notação, mas é importante que se
tenham o registro escrito para que posteriormente possa se voltar a ele.
4. Pesquisa de contra – exemplos – Uma vez constatada a regularidade é importante que
pesquisem a possibilidade de existir palavras em que a regra não se aplica. Se
encontrarem muitos contra – exemplos da regra, significa que a regra não é verdadeira ou
está mal formulada. Se encontrarem poucos contra – exemplos, é possível aceitar a regra,
sabendo que existem algumas exceções. Após esta pesquisa é possível validar as regras
elaboradas ou reformulá-las fazendo as devidas alterações e ressalvas.
5. Formulação de justificativas para a grafia das palavras – Pedir que os alunos
justifiquem a forma de grafar as palavras faz com que utilizem seus conhecimentos sobre
regularidades já observadas e permite a troca de repertório entre os alunos.
Segue alguns exemplos de atividades possíveis para abordar estas questões referentes às
regularidades e apoiar a decisão entre uma grafia e outra. Vale ressaltar que para essas
atividades devem ser criteriosamente selecionadas as ocorrências a serem observadas pelos
alunos e discutidas posteriormente com o professor, considerando-se as condições cognitivas
das crianças e a freqüência dos aspectos eleitos na produção de boa parte do grupo.
Recomendamos que cada dificuldade ortográfica seja abordada em situações didáticas
diferentes. Se nosso objetivo neste momento é buscar uma determinada regularidade, não é
indicado tratar numa mesma atividade de outras questões.
AGINDO NO PRESENTE E PENSANDO NO FUTURO
 Ter contato com escrita impressa (as pesquisas apontam vantagens das crianças que têm
maior acesso à escrita impressa);
 Investir na conquista de palavras de uso mais freqüente da Língua Portuguesa (mesmo
aquelas cuja grafia só se justifica pela etimologia);
 Procurar explicações e interpretações para os erros infantis;
 Propiciar situações didáticas que gerem discussões entre os alunos em torno de questões
ortográficas;
 Registrar a evolução das conquistas dos alunos e criar situações em que eles registrem
suas conquistas;
 Incentivar a explicitação de dúvidas: vários estudos apontam que ter dúvida ortográfica é
um bom início;
 Incentivar e orientar o uso do dicionário para consulta ortográfica;
 Construir com os alunos “redes de palavras com a mesma formação” e que, portanto,
facilitam mutuamente sua escrita correta;
 Registrar conclusões do grupo de alunos (registros grupais e individuais), mesmo que
essas conclusões sejam provisórias;
 Propor atividades de revisão ortográfica das produções dos alunos: pelo próprio aluno, em
duplas formadas por alunos de níveis diferentes, mas próximos;
 Propiciar aos alunos o conhecimento e uso facilitador das regularidades da Língua
Portuguesa;
 Registrar (coletivamente) dúvidas comuns e ir pouco a pouco resolvendo-as com o grupo;
 Propiciar revisão individual do texto com orientação do (a) professor (a) diretamente por
meio de orientações escritas;
 Incentivar a escrita de rascunho para promover a atitude de revisão e posteriormente
“passar a limpo” como versão final para interlocutores reais ou para divulgação;
 Discussões coletivas, grupais e individuais das formas certas de escrever (não só as
erradas);
 Ditados que incentivem discussão dos alunos entre si para levantar dúvidas e decidir como
irão escrever as palavras;
 Construir coletivamente glossários de apoio à produção de textos pelos alunos;
 Valorizar a ortografia como patrimônio social dos usuários da língua escrita, permitindo a
comunicação entre regiões de dialetos diferentes, garantindo leitura proficiente e
antecipações facilitadoras;
 Liberar a ortografia das conotações aversivas e coercitivas (escrever pouco para errar
pouco) vigentes na escola tradicional;
 Quando possível, utilizar recursos da informática para facilitar o acesso do aluno à
resolução de dúvidas ortográficas;
 Resgatar o uso da memória de maneira inteligente e significativa.
REGULARIDADES
Uso do “m antes do p e b”, “r ou rr”, “am ou ão”
A atividade deve ser realizada em dupla e seguida de uma discussão em grupos ou
individualmente e posteriormente discussão em dupla
1. Observe como estas palavras são escritas. Depois tente organizá-las a partir do uso
de “m” ou “n” no meio das palavras.
2. Discuta com seu colega e procure formular uma regra SOBRE QUANDO USAR
O “m” ou o “n” NO MEIO DAS PALAVRAS.
SINCERO – CONVITE – POMBA – CINTO – BOMBA – CANTOR – COMPUTADOR
– LIMPO – BAMBU – EMPADA – PONTO – EMPREGADO – SAMBA – BANCO –
PINGO – ENDEREÇO – SENTADO – EMPRESÁRIO – INTERNACIONAL –
BOMBEIRO – COMPRAS – HERANÇA – CANSADO – BANDO – FANTASIA
A partir da socialização e das “regras” construídas pelas duplas é possível “tirar” uma regra
única, coletiva, que pode ser escrita pelo professor em um cartaz, que ficará exposto na
sala.
Desdobramentos:
 Observar, em um texto (conto, crônica, etc.) quando os autores utilizam “M ou N no
meio das palavras”.
 Os mesmos procedimentos podem ser utilizados para outras ocorrências: “R ou RR” /
“S ou SS” / “AM ou ÃO”.
Uso do “r ou rr”
Na lista de palavras abaixo, você observará que algumas são escritas com “r” e outras com
“rr”. Leia em voz alta cada uma delas e tente descobrir a regra para o uso “r” ou “rr” no
meio das palavras.
CARRO – CARINHO – BURACO – ARROZ – FURO – SURRA – MARUJO – FERIDA
– CORRIDA – BARATO – BARRIGA – FAROL – FAROFA – CARROÇA –
MARRETA - HORA
Terminação “ão” e “am”
1. Leia com atenção todas as frases escritas abaixo.
2. Releia, observando como estão escritas as palavras em negrito.
3. A mesma palavra aparece escrita em diferentes formas, tente descobrir a regra de
quando usar cada maneira de escrever.
ENQUANTO LEIO O LIVRO DA SELVA, MEUS ALUNOS PRESTAM ATENÇÃO.
ONTEM, QUANDO LI O LIVRO DA SELVA, MEUS ALUNOS PRESTARAM
ATENÇÃO.
NA PRÓXIMA SEMANA, QUANDO LEREI O LIVRO DA SELVA, MEUS ALUNOS
PRESTARÃO ATENÇÃO.
Uso do “r” no final dos verbos no infinitivo (jogo do tibita)
 Um aluno sai da classe e o grupo escolhe um verbo, correr, comer, etc. Quando a criança
volta para a sala começa a fazer perguntas, usando a palavra “tibita”, no lugar do verbo
que ele desconhece, por exemplo: Você tibitou hoje?
 Depois de algumas rodadas a professora coloca na lousa as palavras (verbos) que foram
escolhidos e pede que as crianças em duplas registrem o que estas palavras têm em
comum, com relação à terminação.
 Em seguida abre a discussão no grupo.
Terminação em “U / L”
 O professor escolhe um texto, as fábulas são interessantes para este tipo de atividade, e
retira os verbos que estão no passado, colocando no final da linha o mesmo verbo no
infinitivo, por exemplo:
“Um dia a raposa, que era amiga da cegonha, ______________ - a para jantar,
(convidar)…”
 Depois de realizada a atividade deve-se promover a discussão com base nos seguintes
questionamentos: Como terminam estas palavras? Como podemos saber quando colocar u
ou l no final? Etc.
Desdobramentos
Abriu e Abril
 Pedir de lição de casa que recortem palavras terminadas por “L”.
 Em grupo eles deverão reunir todas as palavras que trouxeram. Em seguida cada grupo
dita algumas palavras para a professora (que as escreverá na lousa).
 O próximo passo é pedir que observem (em duplas, grupinhos ou não) tudo que essas
palavras têm em comum. Algumas observações que os alunos poderão fazer:
 Antes do “L” aparece uma vogal;
 Todas as palavras terminam com “L”;
 som do “L” é parecido com o som do “U”…
Em seguida, eles poderão escrever uma regra “provisória”.
OBS: O mesmo encaminhamento pode ser feito com palavras terminadas por “U”.
Uma das observações que poderão fazer:
“Antes do U podem aparecer tanto consoantes como vogais”.
 Em seguida, peça que eles organizem estas palavras em dois grupos: consoante + “U” e
vogal + “U”; e observem o que têm em comum (uma de cada vez).
 Quando observarem as palavras que têm vogal + “U” deve aparecer um comentário que se
refere a palavras que indicam coisas que já aconteceram ou já passaram (verbos na 3a
pessoa do singular), peça mais exemplos, registre-os na lousa e levante a questão: o que
estas palavras têm em comum.
Alguns comentários podem surgir:
 Terminam sempre por “U” e nunca por “L”;
 São coisas que já aconteceram;
 Antes do “U” aparecem as vogais e, i, o; não aparecem as vogais a, u.
Depois dessas atividades de observação das regularidades, seria interessante que as crianças
construíssem listas de palavras, fizessem jogo de stop, ditados, etc.
Jogo da Velha
 Cada criança da dupla escolhe se quer escrever palavras terminadas com “u” ou com “l”,
num tabuleiro como o jogo da velha tradicional, cada uma escreve, na sua vez, a palavra
com a terminação escolhida. Quem conseguir escrever três palavras seguidas com a
mesma terminação (na horizontal, vertical ou diagonal) vence o jogo. É importante
discutir no início do jogo, como será possível conferir a escrita das palavras, que
procedimentos utilizarão para saber se escreveram corretamente ou não.
O mesmo procedimento pode ser utilizado para outras ocorrências, como: terminação AM /
ÃO, etc.
Várias Regularidades
Esta proposta é útil para o trabalho com diferentes ocorrências regulares. No entanto,
consideramos aconselhável cuidar para que numa mesma atividade não haja mais do que duas
delas simultaneamente.
Para esta atividade os textos selecionados pelo professor devem ser curtos, de
preferência conhecidos pelos alunos. Os erros devem estar distribuídos em dois textos.
Os alunos devem grifar os erros e explicar (por escrito) porque consideraram as
palavras incorretas. Em seguida, propõe-se uma discussão com todo o grupo.
Jogo dos Sete Erros
Leia o texto abaixo e destaque as palavras que foram grafadas incorretamente:
Diversão das Cavernas
A origem dos jogos de bola de gude parece ser tão amtiga quanto a humanidade.
Estudiosos de objetos da Idade da Pedra emcontraram em muitas cavernas da pré-
história pequenas bolas de pedra, de argila, de castanhas silvestres, de madeira e até de um
certo ossinho do pé dos carneiros, que parecem ter sido utilizadas apenas para um jogo
semelhante ao de bola de gude.
Bolas de gude destes e outros materiais foram emcontradas ainda em pirâmides e
outros túmulos de faraós egípcios e entre índios americanos. O jogo foi muito popular em
Roma, desde antes da Era Cristã, e na Europa durante a Idade Média, como na cidade de
Nuremberge, na Alemanha, onde havia até uma área reservada apenas para o jogo de bola
de gude.
Existem registros de jogos de bolas de gude também na China, onde eram jogado com
o pé, e na Pérsia (atual Irã), omde até hoje se usam bolas de barro cozido. Nos Estados
Unidos, existem campeonatos nacionais de bolas de gude desde 1.922 e a partir de 1.948,
as meninas também puderam entrar na disputa.
(Fonte: Revista Zá, Ano 1 / no
1)
Escreva as palavras que você grifou e ao lado faça a correção. Em caso de dúvida, use o
dicionário.
IRREGULARIDADES
Coleção de Palavras
Colecionar palavras tem a função de auxiliar os alunos a desenvolver uma memória
visual para as palavras de uso freqüente, e isso possibilita, ainda, que as crianças, a partir da
memorização da escrita destas palavras possam saber a grafia de muitas outras palavras da
mesma família, por exemplo: pesquisa / pesquisado / pesquisador.
O conjunto de palavras deve ser organizado a partir do campo semântico, por
exemplo: palavras de mesma origem; palavras comuns em contos de fadas; palavras muito
utilizadas em lições escolares; palavras comuns em estudos que estão sendo realizados na
classe. O critério para incluir palavras na coleção é a freqüência de uso, ou seja, palavras ou
expressões usuais “que não podemos mais errar”. A escolha das palavras deve ser feita e
discutida com os alunos. É importante que o professor, depois de escolhidas as palavras com
os alunos, discuta também onde eles podem ter dúvida no momento de escrever, por exemplo:
(criança 1) — Na hora de escrever “Era uma vez” podemos errar e escrever tudo junto.
(criança 2) — Ou então escrever “vez” com s.
Estes são alguns comentários que poderão ocorrer e quando não acontecerem é
importante o professor levantar, por exemplo: Será que quando escrevermos príncipe, não
temos nenhuma dúvida?
Encaminhamentos:
Colecionar palavras relacionadas com os estudos realizados, com as estruturas textuais
trabalhadas (por exemplo, expressões e palavras típicas de contos de fadas), com as disciplina
curriculares e lições freqüentes e elaborar listas. Estas listagens resultam de discussões
coletivas e funcionam como fontes de palavras estáveis que ficam expostas no mural ou
registradas no caderno de cada aluno e podem ser complementadas e consultadas pelas
crianças quando necessário.
CORREÇÃO E SITUAÇÃO COMUNICATIVA
É esperado que os textos produzidos pelos alunos estejam longe de respeitar todas as
condições da escrita e requeiram muitas correções. Mas até onde corrigir? É necessário
corrigir tudo? Devemos aspirar conseguir textos “perfeitos”? A resposta a essas perguntas
será diferente conforme a situação comunicativa na qual o texto está inserido:
 Quando se trata de um texto particular – diário, agenda, um caderno de anedotas – será
suficiente que o autor corrija aquilo que ele mesmo esteja em condições de corrigir;
 Quando se trata de um escrito que será lido por todos os integrantes do grupo – mural da
classe, regulamento da biblioteca, etc. – os colegas podem colaborar com o autor e o
professor pode propor problemas que considere pertinentes (tudo aquilo que o grupo está
em condições de corrigir naquele momento);
 Quando se trata de um texto dirigido a outras pessoas da escola ou aos pais, a correção em
grupo ou coletiva será feita com cuidado especial. Só não serão corrigidos os problemas
cuja compreensão esteja fora do alcance das crianças no momento.
 Se o texto será público – carta formal para uma autoridade, cartazes para uma campanha
publicitária na comunidade, artigo para um jornal da escola ou da cidade – então será
necessário que o professor, depois que as crianças tiverem feito uma revisão cuidadosa,
assuma o papel de revisor e corrija os aspectos que as crianças sozinhas não podem
melhorar.
Texto extraído do documento Actualización Curricular (EGB)
Primer Ciclo. Secretaria de Educación / Direción de Currivulum.
Municipalidad de la ciudad de Buenos Aires
REVISÃO
 A revisão dos textos escritos é uma oportunidade para duvidar das soluções ortográficas.
 As práticas de revisão são um ingrediente para a formação de uma atitude mais rigorosa
para com a norma socialmente exigida:
 Levar em consideração o leitor;
 Papel da norma enquanto convenção facilitadora da comunicação;
 Consciência da legitimação que a norma estabelece e da discriminação que a violação da
norma acarreta.
REGULARIDADES / IRREGULARIDADES – ATIVIDADES BASEADAS EM
PALAVRAS CONTIDAS NA PRODUÇÃO ESCRITA DOS ALUNOS
É possível proporcionar aos alunos oportunidades de comparar várias grafias
alternativas para a mesma palavra e eleger a correta, justificando sua escolha. Para isso é
preciso acionar os conhecimentos já construídos sobre regularidades e irregularidades da
escrita e também sobre os procedimentos de consulta a fontes autorizadas.
A atividade abaixo deve ser feita individualmente ou em duplas.
1) Risque, no texto abaixo, as palavras que você acha que uma criança teria dúvida ao
escrever. Como ela as escreveria?
(TRECHO DE UM CONTO)
2) Estas foram algumas formas de escrever estas palavras no conto: “A Princesa e a
Ervilha”
Grife as formas erradas.
Faça um “X” na que considerou escrita corretamente e explique como conseguiu decidir. (Em
cada coluna só existe uma forma correta de escrever a palavra)
PRICIPE
PRÍNCIPE
RÍNCEPE
PRINCESSA
PRINCESA
PRINCEZA
ERA UMA VES
ERA UMA VEIS
ERA UMA VEZ
PERGUNTOL
PERGUNTOU
PERGUMTOU
Revisão
Quando os alunos trabalham com atividades mais pontuais, ou seja, quando estão
preocupados com um único aspecto da língua, apresentam uma performance melhor do que
quando vão produzir seus textos. Quando estão produzindo textos, lidam com inúmeros
aspectos da língua, relacionados AO QUE E COMO ESCREVER, tais como: adequação da
linguagem ao propósito comunicativo e ao leitor da mensagem, organização das idéias no
papel, coesão… Daí a razão de cometerem erros (por coordenarem tantas variáveis
simultaneamente), que tendemos a considerar inaceitáveis.
Assim, devido à dificuldade de levar em conta, a um só tempo, os diferentes aspectos
envolvidos no ato de escrever e para que compreendam que o processo de produção de um
texto – para qualquer escritor (criança ou adulto) – implica idas e voltas ao próprio texto, a
revisão é considerada um importante recurso no trabalho com ortografia.
Inicialmente, o professor deve trabalhar para familiarizar os aprendizes da escrita com
revisão e os procedimentos pertinentes a essa etapa da produção de textos, ou seja, deve
auxiliar os alunos a refletir sobre:
 O que devemos fazer quando revisamos um texto?
 Porque precisamos revisar um texto?
 Como poderemos mostrar ao autor de um texto que palavras estão escritas
incorretamente?
 É possível revisar todos os aspectos (pontuação, letra maiúscula, ortografia, concordância)
de uma só vez?
 Como você faz a revisão de seus textos?
Tanto as revisões em duplas quanto as feitas coletivamente propiciam a circulação de
informações. De qualquer forma, a revisão nas séries iniciais do ensino fundamental é
orientada pelas observações do professor. Na medida do possível, quem deve fazer a revisão
do texto é o próprio autor, contando com a ajuda do professor e dos colegas.
Segue algumas sugestões de atividades de revisão de texto:
Revisão do próprio texto
Cada um revisa seu próprio texto. No momento da revisão o aluno deve ter a
preocupação de reler o texto, observando, por exemplo, se utilizou adequadamente a letra
maiúscula, etc.. É importante inicialmente, propor revisões nas quais o aluno, tenha que
observar um aspecto, por exemplo: “Hoje cada um irá revisar seu texto, observando se fez uso
da letra maiúscula.”. Antes dos alunos iniciarem a revisão o professor pode retomar com o
grupo em que momentos a letra maiúscula é utilizada.
Para que isso seja possível é preciso que antes tenha havido situações coletivas em que
o professor coloca um trecho de um texto na lousa e pede que as crianças o auxiliem a fazer a
revisão.
Propor, ao final da série, a revisão de um trecho escrito pela própria criança no início
daquele ano letivo também é uma boa situação didática. Provavelmente, o aluno terá
oportunidade de observar o quanto avançou. Além disso, o professor também terá condições
de avaliar quais são os aspectos que se tornam observáveis e identificar aqueles para os quais
ainda é necessário planejar novas situações de aprendizagens específicas.
Revisão de Texto Escrito por Aluno de Outra Classe
Quando revisam textos escritos por crianças de outra classe, os estudantes têm que
colocar em jogo os conhecimentos que já foram capazes de construir acerca da ortografia.
Para realizar esse tipo de tarefa, individualmente ou em duplas, necessitam ter em mãos o
texto a ser revisado e receber a orientação específica do que se espera que façam.
Há alguns anos os alunos das turmas de 1ª série vêm preparando cartazes que divertem
a todos. Alertando personagens de histórias conhecidas dos perigos que correm. Por serem
escritores pouco experientes, cometem muitas faltas ortográficas. Vamos fazer de conta
que você encarregado de corrigi-las. Sugerimos que siga os seguintes passos:
1. Leia com atenção cada um dos cartazes.
2. Grife as palavras que julgar estarem escritas incorretamente.
3. Reescreva o cartaz grafando corretamente as palavras e explique como conseguiu
qual seria a forma correta de escrevê-las.
CUIDADO! NO MEIU DA FLORRESTA VOÇEIS VÃO ENCONTRAR UMA CAZA.
LÁ TEM UMA BRUCHA QUE QUE COZINHAR VOÇEIS NO CALDEIRAM
Desdobramentos
Outro tipo de proposta que envolve a revisão de textos diz respeito ao aprimoramento
de produções feitas no âmbito do grupo-classe. Para isso os alunos podem estar reunidos de
diferentes maneiras, a depender dos objetivos estabelecidos pelo professor para cada atividade
específica, como se pode notar pela leitura da relação abaixo.
Um dos encaminhamentos possíveis:
 Um aluno auxilia na revisão do texto do outro (através de dicas orais ou por escrito,
explicitando o que não entendeu, o que mudaria, o que manteria etc.).
 O professor pode se valer dos mesmos procedimentos quando for ele o auxiliar nesta
revisão.
O DITADO E O ENSINO DA ORTOGRAFIA EM UMA PERSPECTIVA
CONSTRUTIVISTA
O ditado, tradicionalmente, se configura como uma atividade de avaliação, no sentido
de verificar o que os alunos sabiam e determinar que exercícios de fixação deveriam fazer
para resolver o que não sabiam.
Hoje em dia, pode-se trabalhar com esse tipo de atividade a partir de três atividades
diferentes: como situação de aprendizagem; situação diagnóstica, em que o professor pode
observar as duvidas trazidas pelos alunos e outras que ainda não se apresentam; e como
situação de avaliação propriamente dita, visto que os alunos precisam colocar em jogo os
conhecimentos que possuem, ou seja, que já foram construídos e apropriados em função do
trabalho realizado anteriormente.
Enquanto situação de aprendizagem, o ditado se apresenta como uma atividade que
pode favorecer a reflexão, o levantamento de dúvidas e a discussão por parte dos alunos.
As quatro propostas que se seguem são fundamentalmente situações de aprendizagem.
Todas elas tomam como ponto de partida o ditado de textos. Esses devem ser ditados
integralmente, o que permite que as crianças possam atribuir sentido ao que ouvem e
escrevem. Daí a importância de serem selecionados textos mais curtos, como fábulas,
parlendas, piadas, letras de músicas conhecidas, pequenas notas de enciclopédia sobre um
assunto que está sendo estudado, etc. Especificamente para a situação referente ao “ditado
estudado”, textos um pouco mais longos poderão ser utilizados.
Trabalhar com textos que sejam interessantes e agradáveis às crianças, que estejam
adequados à faixa etária e excluir textos que contenham grande incidência de questões
ortográficas específicas (g / j, ch / x, etc.) são aspectos a serem considerados pelo professor.
Outro fator relevante é a escolha de bons modelos de textos, escritos por autores conhecidos e
consagrados.
Nas atividades propostas, o trabalho deverá ser realizado em duplas e pequenos
grupos, o que favorece a troca de informações e a explicitação de dúvidas. Os agrupamentos
devem ser organizados de forma equilibrada: reunir crianças por competências diferentes,
porém próximas é sempre o mais indicado.
Ditado Estudado
Encaminhamento
Esta situação pode ser proposta como um desafio para duplas de alunos.
Aqui é possível que localizem e reflitam sobre as dúvidas que possuem na escrita
correta das palavras. Também é um bom momento para que discutam os procedimentos a
serem adotados ao decidirem sobre a grafia correta e quais procedimentos de estudo utilizam
a fim de aprenderem sobre as palavras selecionadas.
O professor deve propor a leitura do texto escolhido, seja individual ou coletivamente.
Em seguida é importante promover uma discussão sobre o mesmo, tendo em vista garantir
que o conteúdo tenha sido compreendido por todos.
As crianças devem marcar no texto as palavras que consideram difíceis de serem
escritas, as que podem facilmente errar. Feito isso, cabe propor uma discussão das palavras
grifadas (“por que cada uma delas pode ser escrita incorretamente?”) e organiza-se uma lista
única com os “grupos de risco”, comuns a maior parte dos alunos.
Esta lista deve ser copiada no caderno para que cada aluno possa estudar a ortografia
dessas palavras para um ditado que será feito com data marcada com antecedência (um ou
dois dias depois desta atividade). Chegada a data, é feito o ditado apenas das palavras,
seguido de uma revisão em duplas (em que cada criança lê a listagem do colega e compara
com a sua, discutindo-a), antes da entrega para o professor.
Desdobramentos
O professor deve propor discussões sobre as estratégias utilizadas pelas crianças para
estudar a grafia das palavras (lêem várias vezes, escrevem várias vezes, lêem e ficam
imaginando como se escreve, remetem-se a palavras parecidas e que sabem de memória, por
exemplo, para bruxaria, lembram-se de bruxa, etc.).
Pode-se propor jogos: palavras cruzadas, caça – palavras, etc. Outra possibilidade é a
proposta de que as crianças criem jogos, troquem em duplas, etc.
As palavras cuja grafia necessita ser memorizada são aquelas para as quais não há
regras. Portanto, o professor pode selecionar algumas palavras listadas pelas crianças para
este tipo de trabalho, desde que se encaixem no critério de terem “ocorrências irregulares” e
sejam utilizadas freqüentemente nos textos eleitos para o trabalho na série. Já as palavras que
forem selecionadas e que fizerem parte do grupo em que há regras, para definir a grafia
correta entre as alternativas possíveis, podem ser eleitas as primeiras no trabalho de busca de
regularidades.
Ditado Duplas X Duplas
Outra forma possível é realizar o ditado, organizando os alunos em duplas, de forma
que possam discutir dúvidas e trocar informações sobre regras e regularidades. Assim como
nas outras propostas, o que importa não é o resultado final do ditado, mas o processo de
reflexão sobre o sistema de notação, que é desencadeado com a atividade.
Ditado com Antecipação de Dúvidas
Encaminhamentos:
Esta atividade é realizada coletivamente. O professor ou um dos alunos dita o texto. O
professor vai focando a dificuldade ortográfica durante o próprio ditado, através de questões
pontuais:
 “Como uma pessoa que ainda não sabe escrever bem a nossa língua, grafaria esta
palavra?”
 “E quem sabe? Como deveria escrever?”
 “É fácil de se enganar?”
 “Em que letras podemos errar?”
 “O que podemos dizer para uma criança menor que não saiba escrever esta palavra?”
O texto é ditado até o final.
Desdobramentos
Há dois princípios que norteiam esta atividade: instituir a atitude de duvidar da escrita
das palavras e discutir as possibilidades (forma correta e incorreta) de se grafar um
determinado vocábulo. Esta é uma forma de fazer com que as crianças possam observar que
palavras ou que ocorrências podem gerar mais dúvidas e até decisões incorretas.
Além disso, é possível que o aluno perceba que o momento da produção é o momento
de se instaurar dúvidas, de se questionar. Nesse sentido, o professor, tendo em vista o papel
que aqui exerce, atua como um modelo.
É importante que, gradativamente, esse tipo de ditado se torne menos diretivo e o
professor passe a focalizar a dificuldade ortográfica depois de ditar toda a frase, por exemplo:
“Nesse trecho que acabo de ditar, que palavras um aluno desta série poderia errar? Onde está
o grupo de risco?” Aos poucos é fundamental que os alunos passem a assumir essa função de
centrar a atenção nas dificuldades ortográficas.
Ditado com Anotador de Dúvidas
Encaminhamentos
 Organizar a sala em grupos de 4 ou 5 crianças.
 Em cada grupo deverá haver uma criança responsável por anotar as dúvidas ortográficas
dos companheiros. Esta criança não escreverá o texto ditado pelo professor, apenas as
dúvidas manifestadas pelos colegas.
 Antes de iniciar o ditado, o professor orienta para que todos façam perguntas sobre
quaisquer dúvidas que tiverem. Se alguma criança do grupo souber, pode, e deve,
responder à dúvida do colega. Ainda que tenham sido respondidas, todas as questões
devem ser anotadas. Esta etapa permite vários desdobramentos:
a) discussão das dúvidas nos grupos do ditado;
b) discussão nos grupos de trabalho e depois coletivizadas com toda a classe;
c) discussão diretamente com toda a classe.
Para a discussão em pequenos grupos pode-se orientar para que:
 Procurem uma forma de classificar os “tipos” de dúvidas ortográficas que tiveram;
 Discutam e listem regras que possam ajudá-los a tomar decisões em momentos de
dúvidas, etc.
Durante as discussões coletivas, é importante que o professor solicite aos alunos que
justifiquem as decisões que tomaram: “Vocês decidiram escrever casa com s, por quê?”; “O
que os ajudou a tomar essa decisão?”. O professor deve levantar essas questões, tanto quanto
os alunos decidem por uma grafia correta, como por uma grafia incorreta. Caso questione
apenas o que os alunos erraram, isto já dá pistas de que devem ter cometido falhas e pode
desencorajá-los a explicitar os conhecimentos sobre a Língua que os levaram a tais decisões.
Essa prática tem como objetivo propor situações em que as crianças possam tomar
consciência do conhecimento que têm sobre a Língua e partilhá-lo com o grupo. A
socialização desse conhecimento pode ser extremamente enriquecedora.
OBS: As crianças devem voltar ao próprio texto e fazer uma revisão, antes de entregá-lo ao
professor.
Desdobramentos:
Este tipo de atividade é importante porque trata de um espaço de reflexão sobre a
ortografia das palavras (regras, etimologia, grupos que oferecem maiores “riscos de erros”,
etc.). Além disso, serve como um instrumento para que o professor possa identificar quais
são as dúvidas que os alunos possuem. É importante ressaltar que quando os alunos têm
dúvidas sobre a escrita correta das palavras, significa que já percorreram um longo
caminho em direção a esta escrita. Se possuem dúvidas, é preciso resolvê-las, seja
consultando um dicionário, escrevendo de duas ou mais maneiras para decidir qual a
correta (utilizando a memória visual) etc.
Analisando a produção das crianças, é possível que o professor verifique que existem
muitas faltas ortográficas que não foram discutidas, não foram questionadas pelos grupos,
o que mostra serem aspectos ainda não observáveis pelos alunos.
A partir da análise das produções, o professor pode propor alguns desdobramentos:
 Trocar as dúvidas anotadas entre os grupos. O professor observa, por exemplo, que
alguns grupos não levantaram questões sobre o uso do s / z apesar de grafar as
palavras incorretamente. Pode oferecer às crianças as anotações de outro grupo que
tenha abordado esse aspecto, solicitando que discutam e comparem com seus próprios
registros, levantando diferenças e semelhanças.
 Em um ditado posterior, o professor pode reorganizar os grupos de acordo com as
dúvidas que tiveram, procurando reunir crianças com diferentes observáveis sobre a
língua escrita.
 Durante a discussão coletiva, o professor pode registrar na lousa as regras sobre a
língua escrita que as crianças vão dizendo enquanto justificam a ortografia das
palavras. São formulações que os alunos constróem a partir das regularidades que
podem observar a cada momento, por essa razão são chamadas de regras provisórias.
Pode-se pedir para que as crianças procurem exemplos que comprovem ou não tais
regras. Destes exemplos trazidos pelos alunos podem surgir novas discussões.
Bibliografia:
— Planejar, avaliar e documentar… A diagramação dos erros ortográficos. – Escola da
Vila.
— Ortografia: ensinar e aprender – Artur Gomes de Morais – Editora Ática.
— Isto é Tudo – O livro do conhecimento – Editora Três.
— Coleção Aprendendo – César Coll e Ana Teberosky – Editora Ática.
PAULA DATILOGRAFOU ESTA PIADA E VERIFICOU QUE A SUA MÁQUINA
ESTAVA COM PROBLEMAS, POIS AS LETRAS MAIÚSCULAS NÃO APARECIAM.
VAMOS AJUDÁ-LA, LENDO A PIADA E RISCANDO ONDE DEVERIA HAVER
LETRA MAIÚSCULA.
DEVEMOS USAR LETRA MAIÚSCULA QUANDO:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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AO COPIAR ESTE TEXTO, PAULO ESCREVEU ALGUMAS PALAVRAS COM ERRO.
VAMOS AJUDÁ-LO A ARRUMAR O TEXTO?
O Cachorro e Sua Sombra
UM CAXORRO COM UM PEDASSO DE CARNE ROUBADA NA BOCA ESTAVA
ATRAVESSANDO UM RIU A CAMINHO DE SUA CAZA QUANDO VIU SUA
SOMBRA REFLETIDA NA ÁGA. PENSANDO QUE ESTAVA VENDO OUTRO
CACHORRO COM OUTRO PEDAÇO DE CARNE, ELE ABOCANHOU O REFLEXO
PARA SE APROPRIAR DA OUTRA CARNE, MAS QUANDO ABRIU A BOCA DEIXOU
CAIR NO RIO O PEDAÇO QUE JÁ ERA DELE.
Moral: A Cobiça não leva a nada.
(Fábulas de Esopo)
COPIE NAS LINHAS ABAIXO, O TEXTO REVISADO COM AS PALAVRAS
ESCRITAS CORRETAMENTE.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
outra do pobre do gato que caiu nas garras do
joãozinho:
a vizinha abre a porta. é joãozinho.
— dona maria, posso entrar no seu quintal?
— não. deixa que eu vou lá para você. o que
é que caiu lá desta vez?
— minha flecha.
— onde está?
— espetada no seu gato.
PEDI PARA O MEU SOBRINHO COPIAR PARA MIM ESTA POESIA. SÓ QUE ELE
COPIOU PALAVRAS ERRADAS. VAMOS ARRUMAR O TEXTO?
A BONECA
(OLAVO BILAC)
DEIXANDA A BOLA E A PETECA
COM QUE, HÁ POUCO, BINCAVAM,
POR CAUZA DE UMA BANECA,
DUAS MENINAS BRIGAVAM.
DISIA A PRIMEIRA: — É MINHA!
É MINHA, A OUTA GRITAVA!
E NENHUMA SE CONTINHA,
NEM A BONECA LAGAVA.
QUEM MAIS SOFIA, COITADA,
ERA A BONECA. JÁ TIHA
TODA A ROPA ESTRAÇALHADA
E AMARROTADA A CARRINHA.
TANTO PUXARAM POR ELA
QUE A POBE RASGOU-CE AO MEIO,
PERDENDO A ESTOPA AMARELA
QUE LHE FORMAVA O RECHEIO.
DEPOIS DE TANTA FADIGA,
VOLTANDO À BOLA E A PETECA,
AMBAS POR CAUSA DA BIGA,
FICARAM CEM BONECA.
COPIE O PARÁGRAFO ABAIXO, COLOCANDO OS SINAIS DE PONTUAÇÃO
NECESSÁRIOS.
A IRMÃ OUVIU O MIADO DO GATO E BERROU PARA O
JOÃOZINHO JÁ DISSE PARA VOCÊ DEIXAR O MEU GATO EM
PAZ E NÃO PUXAR O RABO DELE E O MENINO RESPONDEU EU
SÓ ESTOU SEGURANDO QUEM ESTÁ PUXANDO É ELE
QUANDO A SECRETARIA FOI BATER ESTA TROVINHA, AS PALAVRAS FICARAM
MISTURADAS.
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O chão. Quando dorme no cai
menino e puxa Batatinha a nasce
cama espalha a quando chão. pelo
rama
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
RECORTE CADA PALAVRA E COLE-AS AQUI, MONTANDO OS VERSINHOS.
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___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
UM BILHETE MEIO ESTRANHO
O Pedrinho, meu sobrinho, escreveu-me um bilhete “estranho”. Leia-o e veja se
você concorda comigo.
tiacarmen,
Hojeeuvouasuacasajogarfutebolcomosmeusprimosfaçaporfavoraquelebolo
dechocolatequeeugostotantotábomobrigadoumbeijo
Pedrinho
VOCÊ CONSEGUIU ENTENDER FACILMENTE O BILHETE DO PEDRINHO? POR
QUÊ ?
___________________________________________________________________________
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ESCREVA NOVAMENTE O BILHETE DE PEDRINHO PARA QUE FIQUE FÁCIL DE
COMPREENDÊ-LO.
___________________________________________________________________________
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___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
VERSINHOS
PINTE CADA PALAVRA COM UMA COR DIFERENTE E DESCUBRA O QUE ESTÁ
ESCRITO. DEPOIS COPIE NAS LINHAS.
LÁEMCIMADAQUELEMORROPASSABOIPASSABOIADATAMBÉMPASSAVOCOMA
ROUPARASGADA
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
LÁEMCIMADOPIANOTEMUMCOPODEVENENOQUEMBEBEUMORREU
OCULPADONÃOFUIEU
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
REICAPITÃOSOLDADOLADRÃOMOÇABONITADOMEUCORAÇÃO
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
1. SERÁ QUE VOCÊ CONSEGUE DESCOBRIR O QUE ESTÁ ESCRITO NO TEXTO
ABAIXO?
UMDOISFEIJÃOCOMARROZTRÊSQUATROFEIJÃONOPRATOCINCOSEISFEIJ
ÃOINGLÊSSETEOITOCOMERBISCOITONOVEDEZCOMERPASTÉIS
2. DESCOBRIU? ENTÃO REESCREVA SEPARANDO AS PALAVRAS.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
CÓDIGO...
DOIS AMIGOS COMBINARAM UM CÓDIGO PARA ESCREVER BILHETES QUE SÓ
ELES ENTENDIAM E NINGUÉM MAIS: ESCREVIAM TODAS AS PALAVRAS
EMENDADAS.
LEIA O BILHETE E DESCUBRA A MENSAGEM:
PICOLÉAMANHÃESPERAMOSVOCÊNOPÁTIODAESCOLANAHORADORECREIOPE
RTODACANTINAPARATERMINARMOSDECOMBINAROPLANODEATAQUEASSIN
ADOFRANJINHA
COMPREENDEU? ENTÃO, REESCREVA-O COMO DEVERIA SER..
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
VEJA DE QUE FORMA ESTRANHA UM ALUNO PARTIU OS VERSINHOS.
LEIA-OS E REESCREVA ABAIXO DA FORMA CORRETA.
OTREMM ALUCO
QUAN DOSAI DEPER NA MBUCO
VA IFAZ ENDO
XIQUE XI QUE
A TÉCHEGAR NO CE A RÁ
(Cantigas de roda)
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
VOCÊ CONHECE O FINAL DESTA CANTIGA? ENTÃO ESCREVA-A ABAIXO:
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
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________________________________________________________________
________________________________________________________________
COPIE A PIADA, COLOCANDO OS SINAIS DE PONTUAÇÃO.
Piada 1
a irmã ouviu o miado do gato e berrou para o Joãozinho já disse para você deixar o meu gato
em paz e não puxar o rabo dele e o menino respondeu eu só estou segurando quem está
puxando é ele
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___________________________________________________________________________
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COPIE A PIADA, COLOCANDO OS SINAIS DE PONTUAÇÃO.
Piada 2
na escola a professora pergunta quantas patas tem o cavalo quatro por isso se chama
quadrúpede muito bem e você quantos pés têm dois e como se chama serafim
________________________________________________________________
________________________________________________________________
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COPIE A PIADA, COLOCANDO OS SINAIS DE PONTUAÇÃO.
Piada 3
dois pescadores conversavam pois é semana passada pesquei um Lambari de dois metros aqui
mesmo neste rio dois metros fantástico pois ontem eu vim aqui e pesquei um lampião aceso
não acredito vamos fazer o seguinte diminui o seu Lambari que eu apago o meu lampião
___________________________________________________________________________
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___________________________________________________________________________
OBSERVANDO REGULARIDADES
Observe como as palavras estão escritas.
Agora tente organizá-las em dois grupos.
Discuta com sua dupla e procure formular uma regra sobre quando usar o “M” ou o “N” no
meio das palavras.
pomba - sincero - convite
bomba - cantor - bombeiro
limpo - bambu - cinto
empada - compras - herança
ponto - empregado - samba
banco - endereço - sentado
computador - cansado - bando
fantasia - empresário - internacional
pingo -
Pensando na ortografia das palavras abaixo (especificamente o uso do R), compare-as e
explique porque são escritas dessa forma. Depois, dê mais alguns exemplos para cada um dos
grupos:
CORRER - VARRER - ARRANJAR
ARRUMAR - CARREGAR - ARROZ
SURRA - BARRIGA
BARATO - CARO - BURACO
FERIDA - CARINHO - PARADO
FURO - MURO - MARUJO
ATIVIDADES DE ORTOGRAFIA1
1- Leia as palavras do quadro e depois faça o que se pede:
Canto tampa samba sempre cinco lâmpada
Trombada onça tonto ambulância anjo tinta cumbuca
Língua compra pomba juntar pensar encher cinto
a) Copie as palavras do quadro separando-as em duas colunas: uma com palavras que levam
o M no final da sílaba e outra com as que levam N nessa posição. Note que algumas
palavras deverão constar nas duas listas.
b) Existe uma regra para saber se usamos o M ou N no final da sílaba. Discuta com sua
turma e depois escreva a regra no seu caderno
2- Risque, no texto abaixo, as palavras que você acha que uma criança da 2a
. série teria
dúvidas ao escrever. Como ela a escreveria ?
A Madrasta
Havia um homem vivo que tinha duas filhas pequenas, e casou-se pela Segunda vez. A
mulher era muito má para as meninas; mandava-as como escravas fazer todo o serviço e dava-
lhes muito.
Perto da casa havia uma figueira que estava dando figos, e a madrasta mandava as
enteadas botar sentido aos figos por causa dos passarinhos. Ali passavam as crianças dias
inteiros, espantando-os e cantando?
“Xô, xô, passarinho,
Aí não toques o biquinho
Vai-te embora pra teu ninho... “
Quando acontecia aparecer qualquer figo picado, a madrasta castigava as meninas.
Um dia o pai fez uma viagem, e a mulher mandou enterrar vivas as suas filhas. Quando o
homem chegou, a mulher lhe disse que as meninas tinham caído doentes e lhe tinham dado
grande trabalho, e tomado muitas mezinhas, mas tinham morrido. O pai ficou muito
desgostoso.
Aconteceu que nas covas das duas meninas, e dos cabelos delas, nasceu um capinzal
muito verde e bonito e, quando dava vento, o capinzal dizia:
“Xô, xô, passarinho,
Aí não toqueso biquinho,
Vai-te embora pra teu ninho...
3- O texto abaixo foi escrito sem o espaço entre as palavras. Reescreva-o fazendo as
separações necessárias.
Diretora Eliane,
Eufuiàbibliotecadevolveralgunslivroseamoçaquemeatendeudissequeeutinhaquerenovaramatríc
ula. Euacheimuitocaro !
Primeiroporquepegueiolivroapenasumavez,
dadoqueabibliotecaficoufechadaporfaltadefuncionário,segundo,quandovoltouaffuncionar,euac
heiqueteriadireitoaretirarmaislivrosporquejáhaviapagoumataxadetrêsmesesenãopudeutilizar.
Gostariaqueasenhorameautorizasseausarabibliotecapormaisalgumtempoumavezque
eujáhaviapago.
Rosalva
4- Grife as formas erradas.
Faça um “x “ na palavra que considerou escrita corretamente e explique como conseguiu
decidir. (Em cada coluna só existe uma forma correta de escrever a palavra)
DOIDICE CHÍCARA ARRUMOL
DOIDISSE XÍCARA ARRUMOU
DOIDISE CHÍCARRA ARUMOU
5-Algumas palavras não estão separadas corretamente. transcreva o texto, deixando
espaço entre uma palavra e outra
MULA-SEM-CABEÇA
GALOPA PELA NOITE AS SOMBRANDO E DA NDO COICES. SOLTA CHISPAS
DEFOGO PELAS NARINAS E PELA BOCA. ÀSVEZES SO LUÇA FEITO CRI A TURA
HUMANA. PARA E VITAR SEU A TAQUE, É SÓ ESCONDER UNHAS E DENTES.
( TEXTO ALTERADO FOI RETIRADO DO LIVRO
“MEU PRIMEIRO LIVRO DE FOLCLORE “,
DE RICARDO AZEVEDO, EDITORA ÁTICA.)
6- Ao escrever a poesia, um aluno escreveu com alguns erros. Circule as palavras
escritas incorretamente e escreva-as nas linhas abaixo.
ATENÇÃO DETETIVE
Se vose for detetive,
Descubra por min
Que ladrão roubou o cofre
Do baco do jardin
E que padre disse amém
Para o amendoin.
Se você for detetive,
Faça um bom trabalio:
Me encontre o dentista
Que arancou o dente de alho
E a vassora sabida
Que deixou a louca varrida.
Se vose for detetive
Um último lenbrete:
Onde foi que esconderan
As mangas do colete
E quem matou os piolhos
Da Cabesa do aufinete ?
7- Leia o trecho abaixo e circule todas as letras maiúsculas, observando em quais
situações elas aparecem.
O limpador de placas de rua era um homem feliz. Gostava do que fazia, gostava de
suas ruas e gostava de suas placas. E quando alguém perguntava o que gostaria de mudar em
sua vida, respondia sem vacilar : - Nada, absolutamente nada !
Decerto tudo teria continuado assim se um belo dia uma mãe e seu filho não tivessem
parado ao pé da escada azul.
- Olhe, mamãe, Rua Guimarães Rosa ! Já passamos pela Rua Villa-Lobos e pela
Praça Noel Rosa. Você sempre diz que aqui é o bairro dos poetas, dos escritores e
dos compositores. Mas está parecendo que é o bairro das flores e dos bichos !
- O que ? – a mae olhou admirada para a placa: Não ! – disse rindo. – Guimarães
Rosa foi um escritor que inventou muitas histórias e...
Nesse momento, um ônibus e dois caminhões barulhentos passaram por ali e não deu
mais para ouvir o que a mãe estava dizendo. Quando o barulho diminuiu, a mãe e o filho já
tinham ido embora.
O limpador de placas de rua ficou olhando espantado para a placa com o nome “
Guimarães Rosa “. De repente, percebeu que, como aquele menininho, também não sabia
coisa nenhuma sobre Guimarães Rosa ou sobre aqueles nomes que ele limpava todo santo
dia.
“Isso não pode ficar assim !”, pensou
( O Limpador de Placas, Monika Feth/Antoni Boratynski)
Observando as situações nas quais o autor utilizou a letra maiúscula, escreva aqui o que diria
a um colega se ele quisesse saber quando devemos usar a letra maiúscula.
2 - ATIVIDADES DE ORTOGRAFIA
Complete o texto usando am, em, ém, en, an, on e un.
Pescadores e c___poneses habitav___ aquelas terras que hoje a água cobre, o igarapé do
tarumã. Perto dali corria o rio, lerdo e largo. Corria s__pre e nele o povo pescava.
Veio um t__po, por__, em que os homens, entr__do de barco pelo rio, não voltav___ quase
n__ca. Suas canoas, ab__donadas, às vezes boaiv___, boiav___, boiav___ e vinh___ encalhar
no raso. Às vezes apenas os restos delas er___ encontrados mas o mais das vezes n___ isso:
t___tos homens for___ pescar e nova notícia não se teve deles ou de seus barcos.
Os pescadores que sobreviver___ remav___ de volta com rede e s__burá vazios.
Era a mãe-d’água que assim queria.
Dizia que ela, com sua voz, c__tando com maravilha, tinha atraído essas canoas mais e mais
ad__tro. C__tav___ que esses barcos, arrastados s___ c__trole, aí virav____ ou afundav___
Dicas:
Há 15 am; 4 em; 1 ém; 1 en; 5 an; 1 on; 1 un.
AGORA TENTE FORMULAR UMA REGRA QUE JUSTIFIQUE SUAS ESCOLHAS.
___________________________________________________________________________
Durante uma pescaria, Chico Bento acaba adormecendo, mas acorda contrariado com o puxão
de um peixe. Tem então uma idéia! Pendura no anzol um aviso com o seguinte texto:
PROCURE OUTRO ANZOR TÔ DRUMINO
Palavras do bilhete
do Chico Bento
Que palavras Chico
escreveu como fala?
Quais dessas
palavras você fala de
um jeito diferente do
Chico?
Como você e o
Chico devem
escrever o bilhete
para as palavras
ficarem de acordo
com as regras de
ortografia?
Leia a piada pontuada por Paulo.
Estava o bêbado no velório da velha. E toda hora chegava um, olhava pra velha e alguém
dizia:
— Coitada. — Morreu como um passarinho!
E o bêbado lá, sentadão, soluçando.
E chegava mais visita:
— De que foi que ela morreu?
— Tadinha — responderam. “Morreu como um passarinho”.
A noite foi passando, a madrugada chegando e o velório ficando vazio. Lá pelas tantas só
tinha o bêbado sentado na cadeira e uma filha da velha dormindo ao lado do caixão.
Entra uma visita, aproxima-se do caixão, olha a velhinha e pergunta ao bêbado:
— De que foi que a coitadinha morreu? — Pelas conversas que ouvi, acho que deram
pedrada nela. — respondeu o bêbado.
E você, pontuaria como ele? Se sim, explique por quê. Se não, como você faria?
Vocês já leram alguns livros de histórias. Abaixo, encontrarão trechos de algumas delas.
Agora, leiam com atenção, pois em seguida vocês terão uma tarefa para resolver!
“Quando vocês tiverem quinze anos”, dizia a avó, “vão poder subir até o alto do mar e sentar
nas pedras à luz da lua. Vão poder ver passar os grandes navios, vão ver florestas e cidades.”
“A Sereiazinha”
— Ótimo! – disse a bruxa. – Isso é que eu chamo de um presente maravilhoso! O único
tesouro que eu desejo a cada dia!
“Dito e Feito”
— Nina, quem foi que lhe ensinou isso?
— Foi Pezinho-Espalhado, a bruxinha! – exclamou Nina, e voou mais um pouco.
— Você arranja cada amiga engraçada — disse a Mamãe.
“Pezinho espalhado”
“Lebre castanha”, disse Papai Urso, “você é exatamente o tipo de pessoa que estou
procurando. Você vai amar meus ursinho e eles vão amar você.”
“Mas primeiro quero dar uma olhada em seus bolinhos de mel!”, disse a lebre castanha.
“Papai Urso e os Ursinhos Travessos”
Agora observe quais são os sinais de pontuação utilizados por estes diferentes autores para
introduzir um comentário do narrador durante a fala de um personagem.
Discuta com seu parceiro se os diferentes sinais de pontuação em uso alteram o sentido do
texto lido por vocês. Em seguida registrem as conclusões da dupla no caderno.
Este é um trecho de uma fábula que você já conhece: “O GALO E A RAPOSA”.
Ao digitá-la, meu computador teve um problema e não colocou a pontuação. Gostaria
que você revisasse o texto, pontuando-o.
Depois copie no seu caderno.
BEM DISSE O GALO ACHO QUE ESTOU VENDO UMA MATILHA DE CÃES ALI
ADIANTE NESSE CASO É MELHOR EU IR EMBORA DISSE A RAPOSA O QUE É
ISSO PRIMA DISSE O GALO POR FAVOR NÃO VÁ AINDA JÁ ESTOU DESCENDO
NÃO VÁ ME DIZER QUE ESTÁ COM MEDO DOS CACHORROS NESSES TEMPOS
DE PAZ NÃO NÃO É MEDO DISSE A RAPOSA MAS E SE ELES AINDA NÃO
ESTIVEREM SABENDO DA PROCLAMAÇÃO
PARA QUEM É O PRESENTE?2
Os avós saíram em viagem. Sua ausência duraria aproximadamente dois meses, pois
visitariam na Itália seus parentes, os quais não viam há 20 anos. Mas antes de viajar, a vovó
deixou um presente. Não disse para quem era, mas, no pacote, havia um cartãozinho em que
ela havia escrito quem era o destinatário do presente.
Após a partida, reuniram-se o filho, a nora, os netos e Renata, sua melhor amiga, para
ler o cartão e saber de quem era esse pacote enorme e tentador.
O filho leu a mensagem, e era evidente que sua mãe havia deixado o presente para ele. Todos
iam saindo decepcionados, quando Renata gritou:
- Um momento! Eu sabia que Sara não ia fazer isso comigo, afinal, sou sua melhor
amiga.
E acrescentou com um sorriso de triunfo.
- Escutem isto.
Então leu o cartão em voz bem alta, e ninguém pode duvidar: o presente era para ela.
A esta altura dos acontecimentos, todos pegaram o cartão e viram que ninguém estava
mentindo.
Vamos ver se vocês descobrem o mistério.
O cartão era este:
este presente é para meu neto não
para minha neta também não penso em
dá-lo para Renata minha melhor amiga
não é para meu filho jamais será dado
para minha nora Elisa.
Sara
Agora copie este bilhete no seu caderno pontuando-o. Use os sinais que quiser: pontos,
vírgula, ponto-e-vírgula, reticências, dois pontos, pontos de interrogação, de exclamação, etc.,
como imaginaram os netos, a nora e Renata, para que recebessem o presente.
Recomendação: Não se esqueça das maiúsculas depois dos pontos.
Depois, leia o texto do seu parceiro e discuta a pontuação que vocês utilizaram.
2
Extraído de ESCOLA, LEITURA E REPRODUÇÃO DE TEXTOS de Ana Maria Kaufman e Maria Elena Rodriguez – Ed. Artes
Médicas
As frases, abaixo, foram retiradas de alguns textos que vocês já leram e em todas elas
foram utilizadas vírgulas. Recorte e procure agrupar aquelas que parecem possuir as
mesmas regras. Para isso discuta com seu parceiro.
Beto, o goleiro do nosso time, machucou a mão.
Chefe, posso dar uma sugestão?
Esforçou-se bastante, mas não conseguiu passar no teste.
Professor, posso sair?
Peguei os lápis, as canetas, as folhas e a borracha.
Crianças, jovens, adultos e velhos foram ver o espetáculo.
Fomos à fazenda e o proprietário, um médico aposentado, nos levou até uma gruta que
havia perto da cachoeira.
Meu tio, um velho professor de desenho, gostava de visitar museus.
Leia as piadas com atenção e reescreva-as pontuando da melhor maneira.
um senhor vai a loja de insetos e pede para comprar 35 moscas 12 mil formigas 50 baratas
e 14 aranhas pois não diz o vendedor mas desculpe a curiosidade por acaso o senhor vai
fazer um zoológico de insetos não tenho que entregar o apartamento que estava alugado e o
contrato diz que devo deixá-lo como o recebi respondeu o senhor satisfeito
na aula de ciências o professor pergunta Joãozinho quantos rins nós temos quatro professor
responde o menino sem pestanejar quatro você ficou doido bem pelo menos os meus dois
eu garanto

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  • 1. ATIVIDADES PARA TRABALHAR COM REGULARIDADES E IRREGULARIDADES A análise e reflexão sobre as regularidades da língua, no que diz respeito à escrita correta das palavras, chamam a atenção das crianças para determinados aspectos eleitos pelo professor e possibilita a formulação de “regras” significativas, uma vez que são elaboradas pelas próprias crianças. Orientações Didáticas para Trabalhar com Regularidades e Irregularidades 1. Observação de regularidades – É preciso criar situações em que os alunos possam observar o que é regular (acontece reiteradamente na mesma situação) na notação das palavras. Por exemplo, observar que utilizamos “zinho para formar o diminutivo das palavras, mas que quando a palavra primitiva já tem “s” não há porque trocá-la por “z” e utiliza-se “sinho”. As propostas para suscitar a observação das regularidades podem ser realizadas a partir de um texto, de uma listagem, ou de um ditado, que apresente muitos exemplos da regularidade que o professor tem a intenção de problematizar. É importante que o professor levante questões para os alunos, que favoreçam a análise e reflexão sobre as regularidades. 2. Pesquisa de palavras que apresentam a mesma regularidade – A partir do momento que os alunos identificaram alguma regularidade em relação à grafia das palavras, é fundamental que pesquisem muitas outras palavras com a mesma regra, pois isto garantirá que construam a idéia de regularidade / regra. Essa pesquisa pode ser feita em várias fontes de informação: livros, revistas, jornais, dicionário, etc. 3. Construção / elaboração de regras ortográficas – Sempre que uma regularidade for observada pelos alunos, é fundamental que a sistematizem formulando uma regra escrita. Num primeiro momento pode ser que essa formulação apresente imprecisões ou não corresponda exatamente ao que acontece no sistema de notação, mas é importante que se tenham o registro escrito para que posteriormente possa se voltar a ele. 4. Pesquisa de contra – exemplos – Uma vez constatada a regularidade é importante que pesquisem a possibilidade de existir palavras em que a regra não se aplica. Se encontrarem muitos contra – exemplos da regra, significa que a regra não é verdadeira ou está mal formulada. Se encontrarem poucos contra – exemplos, é possível aceitar a regra, sabendo que existem algumas exceções. Após esta pesquisa é possível validar as regras elaboradas ou reformulá-las fazendo as devidas alterações e ressalvas. 5. Formulação de justificativas para a grafia das palavras – Pedir que os alunos justifiquem a forma de grafar as palavras faz com que utilizem seus conhecimentos sobre regularidades já observadas e permite a troca de repertório entre os alunos. Segue alguns exemplos de atividades possíveis para abordar estas questões referentes às regularidades e apoiar a decisão entre uma grafia e outra. Vale ressaltar que para essas atividades devem ser criteriosamente selecionadas as ocorrências a serem observadas pelos alunos e discutidas posteriormente com o professor, considerando-se as condições cognitivas das crianças e a freqüência dos aspectos eleitos na produção de boa parte do grupo. Recomendamos que cada dificuldade ortográfica seja abordada em situações didáticas
  • 2. diferentes. Se nosso objetivo neste momento é buscar uma determinada regularidade, não é indicado tratar numa mesma atividade de outras questões. AGINDO NO PRESENTE E PENSANDO NO FUTURO  Ter contato com escrita impressa (as pesquisas apontam vantagens das crianças que têm maior acesso à escrita impressa);  Investir na conquista de palavras de uso mais freqüente da Língua Portuguesa (mesmo aquelas cuja grafia só se justifica pela etimologia);  Procurar explicações e interpretações para os erros infantis;  Propiciar situações didáticas que gerem discussões entre os alunos em torno de questões ortográficas;  Registrar a evolução das conquistas dos alunos e criar situações em que eles registrem suas conquistas;  Incentivar a explicitação de dúvidas: vários estudos apontam que ter dúvida ortográfica é um bom início;  Incentivar e orientar o uso do dicionário para consulta ortográfica;  Construir com os alunos “redes de palavras com a mesma formação” e que, portanto, facilitam mutuamente sua escrita correta;  Registrar conclusões do grupo de alunos (registros grupais e individuais), mesmo que essas conclusões sejam provisórias;  Propor atividades de revisão ortográfica das produções dos alunos: pelo próprio aluno, em duplas formadas por alunos de níveis diferentes, mas próximos;  Propiciar aos alunos o conhecimento e uso facilitador das regularidades da Língua Portuguesa;  Registrar (coletivamente) dúvidas comuns e ir pouco a pouco resolvendo-as com o grupo;  Propiciar revisão individual do texto com orientação do (a) professor (a) diretamente por meio de orientações escritas;  Incentivar a escrita de rascunho para promover a atitude de revisão e posteriormente “passar a limpo” como versão final para interlocutores reais ou para divulgação;  Discussões coletivas, grupais e individuais das formas certas de escrever (não só as erradas);  Ditados que incentivem discussão dos alunos entre si para levantar dúvidas e decidir como irão escrever as palavras;
  • 3.  Construir coletivamente glossários de apoio à produção de textos pelos alunos;  Valorizar a ortografia como patrimônio social dos usuários da língua escrita, permitindo a comunicação entre regiões de dialetos diferentes, garantindo leitura proficiente e antecipações facilitadoras;  Liberar a ortografia das conotações aversivas e coercitivas (escrever pouco para errar pouco) vigentes na escola tradicional;  Quando possível, utilizar recursos da informática para facilitar o acesso do aluno à resolução de dúvidas ortográficas;  Resgatar o uso da memória de maneira inteligente e significativa.
  • 4. REGULARIDADES Uso do “m antes do p e b”, “r ou rr”, “am ou ão” A atividade deve ser realizada em dupla e seguida de uma discussão em grupos ou individualmente e posteriormente discussão em dupla 1. Observe como estas palavras são escritas. Depois tente organizá-las a partir do uso de “m” ou “n” no meio das palavras. 2. Discuta com seu colega e procure formular uma regra SOBRE QUANDO USAR O “m” ou o “n” NO MEIO DAS PALAVRAS. SINCERO – CONVITE – POMBA – CINTO – BOMBA – CANTOR – COMPUTADOR – LIMPO – BAMBU – EMPADA – PONTO – EMPREGADO – SAMBA – BANCO – PINGO – ENDEREÇO – SENTADO – EMPRESÁRIO – INTERNACIONAL – BOMBEIRO – COMPRAS – HERANÇA – CANSADO – BANDO – FANTASIA A partir da socialização e das “regras” construídas pelas duplas é possível “tirar” uma regra única, coletiva, que pode ser escrita pelo professor em um cartaz, que ficará exposto na sala. Desdobramentos:  Observar, em um texto (conto, crônica, etc.) quando os autores utilizam “M ou N no meio das palavras”.  Os mesmos procedimentos podem ser utilizados para outras ocorrências: “R ou RR” / “S ou SS” / “AM ou ÃO”. Uso do “r ou rr” Na lista de palavras abaixo, você observará que algumas são escritas com “r” e outras com “rr”. Leia em voz alta cada uma delas e tente descobrir a regra para o uso “r” ou “rr” no meio das palavras. CARRO – CARINHO – BURACO – ARROZ – FURO – SURRA – MARUJO – FERIDA – CORRIDA – BARATO – BARRIGA – FAROL – FAROFA – CARROÇA – MARRETA - HORA Terminação “ão” e “am” 1. Leia com atenção todas as frases escritas abaixo. 2. Releia, observando como estão escritas as palavras em negrito. 3. A mesma palavra aparece escrita em diferentes formas, tente descobrir a regra de quando usar cada maneira de escrever. ENQUANTO LEIO O LIVRO DA SELVA, MEUS ALUNOS PRESTAM ATENÇÃO.
  • 5. ONTEM, QUANDO LI O LIVRO DA SELVA, MEUS ALUNOS PRESTARAM ATENÇÃO. NA PRÓXIMA SEMANA, QUANDO LEREI O LIVRO DA SELVA, MEUS ALUNOS PRESTARÃO ATENÇÃO. Uso do “r” no final dos verbos no infinitivo (jogo do tibita)  Um aluno sai da classe e o grupo escolhe um verbo, correr, comer, etc. Quando a criança volta para a sala começa a fazer perguntas, usando a palavra “tibita”, no lugar do verbo que ele desconhece, por exemplo: Você tibitou hoje?  Depois de algumas rodadas a professora coloca na lousa as palavras (verbos) que foram escolhidos e pede que as crianças em duplas registrem o que estas palavras têm em comum, com relação à terminação.  Em seguida abre a discussão no grupo. Terminação em “U / L”  O professor escolhe um texto, as fábulas são interessantes para este tipo de atividade, e retira os verbos que estão no passado, colocando no final da linha o mesmo verbo no infinitivo, por exemplo: “Um dia a raposa, que era amiga da cegonha, ______________ - a para jantar, (convidar)…”  Depois de realizada a atividade deve-se promover a discussão com base nos seguintes questionamentos: Como terminam estas palavras? Como podemos saber quando colocar u ou l no final? Etc. Desdobramentos Abriu e Abril  Pedir de lição de casa que recortem palavras terminadas por “L”.  Em grupo eles deverão reunir todas as palavras que trouxeram. Em seguida cada grupo dita algumas palavras para a professora (que as escreverá na lousa).  O próximo passo é pedir que observem (em duplas, grupinhos ou não) tudo que essas palavras têm em comum. Algumas observações que os alunos poderão fazer:  Antes do “L” aparece uma vogal;  Todas as palavras terminam com “L”;  som do “L” é parecido com o som do “U”… Em seguida, eles poderão escrever uma regra “provisória”. OBS: O mesmo encaminhamento pode ser feito com palavras terminadas por “U”. Uma das observações que poderão fazer:
  • 6. “Antes do U podem aparecer tanto consoantes como vogais”.  Em seguida, peça que eles organizem estas palavras em dois grupos: consoante + “U” e vogal + “U”; e observem o que têm em comum (uma de cada vez).  Quando observarem as palavras que têm vogal + “U” deve aparecer um comentário que se refere a palavras que indicam coisas que já aconteceram ou já passaram (verbos na 3a pessoa do singular), peça mais exemplos, registre-os na lousa e levante a questão: o que estas palavras têm em comum. Alguns comentários podem surgir:  Terminam sempre por “U” e nunca por “L”;  São coisas que já aconteceram;  Antes do “U” aparecem as vogais e, i, o; não aparecem as vogais a, u. Depois dessas atividades de observação das regularidades, seria interessante que as crianças construíssem listas de palavras, fizessem jogo de stop, ditados, etc. Jogo da Velha  Cada criança da dupla escolhe se quer escrever palavras terminadas com “u” ou com “l”, num tabuleiro como o jogo da velha tradicional, cada uma escreve, na sua vez, a palavra com a terminação escolhida. Quem conseguir escrever três palavras seguidas com a mesma terminação (na horizontal, vertical ou diagonal) vence o jogo. É importante discutir no início do jogo, como será possível conferir a escrita das palavras, que procedimentos utilizarão para saber se escreveram corretamente ou não. O mesmo procedimento pode ser utilizado para outras ocorrências, como: terminação AM / ÃO, etc. Várias Regularidades Esta proposta é útil para o trabalho com diferentes ocorrências regulares. No entanto, consideramos aconselhável cuidar para que numa mesma atividade não haja mais do que duas delas simultaneamente. Para esta atividade os textos selecionados pelo professor devem ser curtos, de preferência conhecidos pelos alunos. Os erros devem estar distribuídos em dois textos. Os alunos devem grifar os erros e explicar (por escrito) porque consideraram as palavras incorretas. Em seguida, propõe-se uma discussão com todo o grupo. Jogo dos Sete Erros
  • 7. Leia o texto abaixo e destaque as palavras que foram grafadas incorretamente: Diversão das Cavernas A origem dos jogos de bola de gude parece ser tão amtiga quanto a humanidade. Estudiosos de objetos da Idade da Pedra emcontraram em muitas cavernas da pré- história pequenas bolas de pedra, de argila, de castanhas silvestres, de madeira e até de um certo ossinho do pé dos carneiros, que parecem ter sido utilizadas apenas para um jogo semelhante ao de bola de gude. Bolas de gude destes e outros materiais foram emcontradas ainda em pirâmides e outros túmulos de faraós egípcios e entre índios americanos. O jogo foi muito popular em Roma, desde antes da Era Cristã, e na Europa durante a Idade Média, como na cidade de Nuremberge, na Alemanha, onde havia até uma área reservada apenas para o jogo de bola de gude. Existem registros de jogos de bolas de gude também na China, onde eram jogado com o pé, e na Pérsia (atual Irã), omde até hoje se usam bolas de barro cozido. Nos Estados Unidos, existem campeonatos nacionais de bolas de gude desde 1.922 e a partir de 1.948, as meninas também puderam entrar na disputa. (Fonte: Revista Zá, Ano 1 / no 1) Escreva as palavras que você grifou e ao lado faça a correção. Em caso de dúvida, use o dicionário.
  • 8. IRREGULARIDADES Coleção de Palavras Colecionar palavras tem a função de auxiliar os alunos a desenvolver uma memória visual para as palavras de uso freqüente, e isso possibilita, ainda, que as crianças, a partir da memorização da escrita destas palavras possam saber a grafia de muitas outras palavras da mesma família, por exemplo: pesquisa / pesquisado / pesquisador. O conjunto de palavras deve ser organizado a partir do campo semântico, por exemplo: palavras de mesma origem; palavras comuns em contos de fadas; palavras muito utilizadas em lições escolares; palavras comuns em estudos que estão sendo realizados na classe. O critério para incluir palavras na coleção é a freqüência de uso, ou seja, palavras ou expressões usuais “que não podemos mais errar”. A escolha das palavras deve ser feita e discutida com os alunos. É importante que o professor, depois de escolhidas as palavras com os alunos, discuta também onde eles podem ter dúvida no momento de escrever, por exemplo: (criança 1) — Na hora de escrever “Era uma vez” podemos errar e escrever tudo junto. (criança 2) — Ou então escrever “vez” com s. Estes são alguns comentários que poderão ocorrer e quando não acontecerem é importante o professor levantar, por exemplo: Será que quando escrevermos príncipe, não temos nenhuma dúvida? Encaminhamentos: Colecionar palavras relacionadas com os estudos realizados, com as estruturas textuais trabalhadas (por exemplo, expressões e palavras típicas de contos de fadas), com as disciplina curriculares e lições freqüentes e elaborar listas. Estas listagens resultam de discussões coletivas e funcionam como fontes de palavras estáveis que ficam expostas no mural ou registradas no caderno de cada aluno e podem ser complementadas e consultadas pelas crianças quando necessário.
  • 9. CORREÇÃO E SITUAÇÃO COMUNICATIVA É esperado que os textos produzidos pelos alunos estejam longe de respeitar todas as condições da escrita e requeiram muitas correções. Mas até onde corrigir? É necessário corrigir tudo? Devemos aspirar conseguir textos “perfeitos”? A resposta a essas perguntas será diferente conforme a situação comunicativa na qual o texto está inserido:  Quando se trata de um texto particular – diário, agenda, um caderno de anedotas – será suficiente que o autor corrija aquilo que ele mesmo esteja em condições de corrigir;  Quando se trata de um escrito que será lido por todos os integrantes do grupo – mural da classe, regulamento da biblioteca, etc. – os colegas podem colaborar com o autor e o professor pode propor problemas que considere pertinentes (tudo aquilo que o grupo está em condições de corrigir naquele momento);  Quando se trata de um texto dirigido a outras pessoas da escola ou aos pais, a correção em grupo ou coletiva será feita com cuidado especial. Só não serão corrigidos os problemas cuja compreensão esteja fora do alcance das crianças no momento.  Se o texto será público – carta formal para uma autoridade, cartazes para uma campanha publicitária na comunidade, artigo para um jornal da escola ou da cidade – então será necessário que o professor, depois que as crianças tiverem feito uma revisão cuidadosa, assuma o papel de revisor e corrija os aspectos que as crianças sozinhas não podem melhorar. Texto extraído do documento Actualización Curricular (EGB) Primer Ciclo. Secretaria de Educación / Direción de Currivulum. Municipalidad de la ciudad de Buenos Aires REVISÃO  A revisão dos textos escritos é uma oportunidade para duvidar das soluções ortográficas.  As práticas de revisão são um ingrediente para a formação de uma atitude mais rigorosa para com a norma socialmente exigida:  Levar em consideração o leitor;  Papel da norma enquanto convenção facilitadora da comunicação;  Consciência da legitimação que a norma estabelece e da discriminação que a violação da norma acarreta.
  • 10. REGULARIDADES / IRREGULARIDADES – ATIVIDADES BASEADAS EM PALAVRAS CONTIDAS NA PRODUÇÃO ESCRITA DOS ALUNOS É possível proporcionar aos alunos oportunidades de comparar várias grafias alternativas para a mesma palavra e eleger a correta, justificando sua escolha. Para isso é preciso acionar os conhecimentos já construídos sobre regularidades e irregularidades da escrita e também sobre os procedimentos de consulta a fontes autorizadas. A atividade abaixo deve ser feita individualmente ou em duplas. 1) Risque, no texto abaixo, as palavras que você acha que uma criança teria dúvida ao escrever. Como ela as escreveria? (TRECHO DE UM CONTO) 2) Estas foram algumas formas de escrever estas palavras no conto: “A Princesa e a Ervilha” Grife as formas erradas. Faça um “X” na que considerou escrita corretamente e explique como conseguiu decidir. (Em cada coluna só existe uma forma correta de escrever a palavra) PRICIPE PRÍNCIPE RÍNCEPE PRINCESSA PRINCESA PRINCEZA ERA UMA VES ERA UMA VEIS ERA UMA VEZ PERGUNTOL PERGUNTOU PERGUMTOU Revisão Quando os alunos trabalham com atividades mais pontuais, ou seja, quando estão preocupados com um único aspecto da língua, apresentam uma performance melhor do que quando vão produzir seus textos. Quando estão produzindo textos, lidam com inúmeros aspectos da língua, relacionados AO QUE E COMO ESCREVER, tais como: adequação da linguagem ao propósito comunicativo e ao leitor da mensagem, organização das idéias no papel, coesão… Daí a razão de cometerem erros (por coordenarem tantas variáveis simultaneamente), que tendemos a considerar inaceitáveis. Assim, devido à dificuldade de levar em conta, a um só tempo, os diferentes aspectos envolvidos no ato de escrever e para que compreendam que o processo de produção de um texto – para qualquer escritor (criança ou adulto) – implica idas e voltas ao próprio texto, a revisão é considerada um importante recurso no trabalho com ortografia. Inicialmente, o professor deve trabalhar para familiarizar os aprendizes da escrita com revisão e os procedimentos pertinentes a essa etapa da produção de textos, ou seja, deve auxiliar os alunos a refletir sobre:
  • 11.  O que devemos fazer quando revisamos um texto?  Porque precisamos revisar um texto?  Como poderemos mostrar ao autor de um texto que palavras estão escritas incorretamente?  É possível revisar todos os aspectos (pontuação, letra maiúscula, ortografia, concordância) de uma só vez?  Como você faz a revisão de seus textos? Tanto as revisões em duplas quanto as feitas coletivamente propiciam a circulação de informações. De qualquer forma, a revisão nas séries iniciais do ensino fundamental é orientada pelas observações do professor. Na medida do possível, quem deve fazer a revisão do texto é o próprio autor, contando com a ajuda do professor e dos colegas. Segue algumas sugestões de atividades de revisão de texto: Revisão do próprio texto Cada um revisa seu próprio texto. No momento da revisão o aluno deve ter a preocupação de reler o texto, observando, por exemplo, se utilizou adequadamente a letra maiúscula, etc.. É importante inicialmente, propor revisões nas quais o aluno, tenha que observar um aspecto, por exemplo: “Hoje cada um irá revisar seu texto, observando se fez uso da letra maiúscula.”. Antes dos alunos iniciarem a revisão o professor pode retomar com o grupo em que momentos a letra maiúscula é utilizada. Para que isso seja possível é preciso que antes tenha havido situações coletivas em que o professor coloca um trecho de um texto na lousa e pede que as crianças o auxiliem a fazer a revisão. Propor, ao final da série, a revisão de um trecho escrito pela própria criança no início daquele ano letivo também é uma boa situação didática. Provavelmente, o aluno terá oportunidade de observar o quanto avançou. Além disso, o professor também terá condições de avaliar quais são os aspectos que se tornam observáveis e identificar aqueles para os quais ainda é necessário planejar novas situações de aprendizagens específicas. Revisão de Texto Escrito por Aluno de Outra Classe Quando revisam textos escritos por crianças de outra classe, os estudantes têm que colocar em jogo os conhecimentos que já foram capazes de construir acerca da ortografia. Para realizar esse tipo de tarefa, individualmente ou em duplas, necessitam ter em mãos o texto a ser revisado e receber a orientação específica do que se espera que façam. Há alguns anos os alunos das turmas de 1ª série vêm preparando cartazes que divertem a todos. Alertando personagens de histórias conhecidas dos perigos que correm. Por serem escritores pouco experientes, cometem muitas faltas ortográficas. Vamos fazer de conta que você encarregado de corrigi-las. Sugerimos que siga os seguintes passos: 1. Leia com atenção cada um dos cartazes. 2. Grife as palavras que julgar estarem escritas incorretamente.
  • 12. 3. Reescreva o cartaz grafando corretamente as palavras e explique como conseguiu qual seria a forma correta de escrevê-las. CUIDADO! NO MEIU DA FLORRESTA VOÇEIS VÃO ENCONTRAR UMA CAZA. LÁ TEM UMA BRUCHA QUE QUE COZINHAR VOÇEIS NO CALDEIRAM Desdobramentos Outro tipo de proposta que envolve a revisão de textos diz respeito ao aprimoramento de produções feitas no âmbito do grupo-classe. Para isso os alunos podem estar reunidos de diferentes maneiras, a depender dos objetivos estabelecidos pelo professor para cada atividade específica, como se pode notar pela leitura da relação abaixo. Um dos encaminhamentos possíveis:  Um aluno auxilia na revisão do texto do outro (através de dicas orais ou por escrito, explicitando o que não entendeu, o que mudaria, o que manteria etc.).  O professor pode se valer dos mesmos procedimentos quando for ele o auxiliar nesta revisão. O DITADO E O ENSINO DA ORTOGRAFIA EM UMA PERSPECTIVA CONSTRUTIVISTA O ditado, tradicionalmente, se configura como uma atividade de avaliação, no sentido de verificar o que os alunos sabiam e determinar que exercícios de fixação deveriam fazer para resolver o que não sabiam. Hoje em dia, pode-se trabalhar com esse tipo de atividade a partir de três atividades diferentes: como situação de aprendizagem; situação diagnóstica, em que o professor pode observar as duvidas trazidas pelos alunos e outras que ainda não se apresentam; e como situação de avaliação propriamente dita, visto que os alunos precisam colocar em jogo os conhecimentos que possuem, ou seja, que já foram construídos e apropriados em função do trabalho realizado anteriormente. Enquanto situação de aprendizagem, o ditado se apresenta como uma atividade que pode favorecer a reflexão, o levantamento de dúvidas e a discussão por parte dos alunos. As quatro propostas que se seguem são fundamentalmente situações de aprendizagem. Todas elas tomam como ponto de partida o ditado de textos. Esses devem ser ditados integralmente, o que permite que as crianças possam atribuir sentido ao que ouvem e escrevem. Daí a importância de serem selecionados textos mais curtos, como fábulas, parlendas, piadas, letras de músicas conhecidas, pequenas notas de enciclopédia sobre um assunto que está sendo estudado, etc. Especificamente para a situação referente ao “ditado estudado”, textos um pouco mais longos poderão ser utilizados. Trabalhar com textos que sejam interessantes e agradáveis às crianças, que estejam adequados à faixa etária e excluir textos que contenham grande incidência de questões ortográficas específicas (g / j, ch / x, etc.) são aspectos a serem considerados pelo professor. Outro fator relevante é a escolha de bons modelos de textos, escritos por autores conhecidos e consagrados.
  • 13. Nas atividades propostas, o trabalho deverá ser realizado em duplas e pequenos grupos, o que favorece a troca de informações e a explicitação de dúvidas. Os agrupamentos devem ser organizados de forma equilibrada: reunir crianças por competências diferentes, porém próximas é sempre o mais indicado. Ditado Estudado Encaminhamento Esta situação pode ser proposta como um desafio para duplas de alunos. Aqui é possível que localizem e reflitam sobre as dúvidas que possuem na escrita correta das palavras. Também é um bom momento para que discutam os procedimentos a serem adotados ao decidirem sobre a grafia correta e quais procedimentos de estudo utilizam a fim de aprenderem sobre as palavras selecionadas. O professor deve propor a leitura do texto escolhido, seja individual ou coletivamente. Em seguida é importante promover uma discussão sobre o mesmo, tendo em vista garantir que o conteúdo tenha sido compreendido por todos. As crianças devem marcar no texto as palavras que consideram difíceis de serem escritas, as que podem facilmente errar. Feito isso, cabe propor uma discussão das palavras grifadas (“por que cada uma delas pode ser escrita incorretamente?”) e organiza-se uma lista única com os “grupos de risco”, comuns a maior parte dos alunos. Esta lista deve ser copiada no caderno para que cada aluno possa estudar a ortografia dessas palavras para um ditado que será feito com data marcada com antecedência (um ou dois dias depois desta atividade). Chegada a data, é feito o ditado apenas das palavras, seguido de uma revisão em duplas (em que cada criança lê a listagem do colega e compara com a sua, discutindo-a), antes da entrega para o professor. Desdobramentos O professor deve propor discussões sobre as estratégias utilizadas pelas crianças para estudar a grafia das palavras (lêem várias vezes, escrevem várias vezes, lêem e ficam imaginando como se escreve, remetem-se a palavras parecidas e que sabem de memória, por exemplo, para bruxaria, lembram-se de bruxa, etc.). Pode-se propor jogos: palavras cruzadas, caça – palavras, etc. Outra possibilidade é a proposta de que as crianças criem jogos, troquem em duplas, etc. As palavras cuja grafia necessita ser memorizada são aquelas para as quais não há regras. Portanto, o professor pode selecionar algumas palavras listadas pelas crianças para este tipo de trabalho, desde que se encaixem no critério de terem “ocorrências irregulares” e sejam utilizadas freqüentemente nos textos eleitos para o trabalho na série. Já as palavras que forem selecionadas e que fizerem parte do grupo em que há regras, para definir a grafia correta entre as alternativas possíveis, podem ser eleitas as primeiras no trabalho de busca de regularidades.
  • 14. Ditado Duplas X Duplas Outra forma possível é realizar o ditado, organizando os alunos em duplas, de forma que possam discutir dúvidas e trocar informações sobre regras e regularidades. Assim como nas outras propostas, o que importa não é o resultado final do ditado, mas o processo de reflexão sobre o sistema de notação, que é desencadeado com a atividade. Ditado com Antecipação de Dúvidas Encaminhamentos: Esta atividade é realizada coletivamente. O professor ou um dos alunos dita o texto. O professor vai focando a dificuldade ortográfica durante o próprio ditado, através de questões pontuais:  “Como uma pessoa que ainda não sabe escrever bem a nossa língua, grafaria esta palavra?”  “E quem sabe? Como deveria escrever?”  “É fácil de se enganar?”  “Em que letras podemos errar?”  “O que podemos dizer para uma criança menor que não saiba escrever esta palavra?” O texto é ditado até o final. Desdobramentos Há dois princípios que norteiam esta atividade: instituir a atitude de duvidar da escrita das palavras e discutir as possibilidades (forma correta e incorreta) de se grafar um determinado vocábulo. Esta é uma forma de fazer com que as crianças possam observar que palavras ou que ocorrências podem gerar mais dúvidas e até decisões incorretas. Além disso, é possível que o aluno perceba que o momento da produção é o momento de se instaurar dúvidas, de se questionar. Nesse sentido, o professor, tendo em vista o papel que aqui exerce, atua como um modelo. É importante que, gradativamente, esse tipo de ditado se torne menos diretivo e o professor passe a focalizar a dificuldade ortográfica depois de ditar toda a frase, por exemplo: “Nesse trecho que acabo de ditar, que palavras um aluno desta série poderia errar? Onde está o grupo de risco?” Aos poucos é fundamental que os alunos passem a assumir essa função de centrar a atenção nas dificuldades ortográficas.
  • 15. Ditado com Anotador de Dúvidas Encaminhamentos  Organizar a sala em grupos de 4 ou 5 crianças.  Em cada grupo deverá haver uma criança responsável por anotar as dúvidas ortográficas dos companheiros. Esta criança não escreverá o texto ditado pelo professor, apenas as dúvidas manifestadas pelos colegas.  Antes de iniciar o ditado, o professor orienta para que todos façam perguntas sobre quaisquer dúvidas que tiverem. Se alguma criança do grupo souber, pode, e deve, responder à dúvida do colega. Ainda que tenham sido respondidas, todas as questões devem ser anotadas. Esta etapa permite vários desdobramentos: a) discussão das dúvidas nos grupos do ditado; b) discussão nos grupos de trabalho e depois coletivizadas com toda a classe; c) discussão diretamente com toda a classe. Para a discussão em pequenos grupos pode-se orientar para que:  Procurem uma forma de classificar os “tipos” de dúvidas ortográficas que tiveram;  Discutam e listem regras que possam ajudá-los a tomar decisões em momentos de dúvidas, etc. Durante as discussões coletivas, é importante que o professor solicite aos alunos que justifiquem as decisões que tomaram: “Vocês decidiram escrever casa com s, por quê?”; “O que os ajudou a tomar essa decisão?”. O professor deve levantar essas questões, tanto quanto os alunos decidem por uma grafia correta, como por uma grafia incorreta. Caso questione apenas o que os alunos erraram, isto já dá pistas de que devem ter cometido falhas e pode desencorajá-los a explicitar os conhecimentos sobre a Língua que os levaram a tais decisões. Essa prática tem como objetivo propor situações em que as crianças possam tomar consciência do conhecimento que têm sobre a Língua e partilhá-lo com o grupo. A socialização desse conhecimento pode ser extremamente enriquecedora. OBS: As crianças devem voltar ao próprio texto e fazer uma revisão, antes de entregá-lo ao professor. Desdobramentos: Este tipo de atividade é importante porque trata de um espaço de reflexão sobre a ortografia das palavras (regras, etimologia, grupos que oferecem maiores “riscos de erros”, etc.). Além disso, serve como um instrumento para que o professor possa identificar quais são as dúvidas que os alunos possuem. É importante ressaltar que quando os alunos têm dúvidas sobre a escrita correta das palavras, significa que já percorreram um longo caminho em direção a esta escrita. Se possuem dúvidas, é preciso resolvê-las, seja consultando um dicionário, escrevendo de duas ou mais maneiras para decidir qual a correta (utilizando a memória visual) etc.
  • 16. Analisando a produção das crianças, é possível que o professor verifique que existem muitas faltas ortográficas que não foram discutidas, não foram questionadas pelos grupos, o que mostra serem aspectos ainda não observáveis pelos alunos. A partir da análise das produções, o professor pode propor alguns desdobramentos:  Trocar as dúvidas anotadas entre os grupos. O professor observa, por exemplo, que alguns grupos não levantaram questões sobre o uso do s / z apesar de grafar as palavras incorretamente. Pode oferecer às crianças as anotações de outro grupo que tenha abordado esse aspecto, solicitando que discutam e comparem com seus próprios registros, levantando diferenças e semelhanças.  Em um ditado posterior, o professor pode reorganizar os grupos de acordo com as dúvidas que tiveram, procurando reunir crianças com diferentes observáveis sobre a língua escrita.  Durante a discussão coletiva, o professor pode registrar na lousa as regras sobre a língua escrita que as crianças vão dizendo enquanto justificam a ortografia das palavras. São formulações que os alunos constróem a partir das regularidades que podem observar a cada momento, por essa razão são chamadas de regras provisórias. Pode-se pedir para que as crianças procurem exemplos que comprovem ou não tais regras. Destes exemplos trazidos pelos alunos podem surgir novas discussões. Bibliografia: — Planejar, avaliar e documentar… A diagramação dos erros ortográficos. – Escola da Vila. — Ortografia: ensinar e aprender – Artur Gomes de Morais – Editora Ática. — Isto é Tudo – O livro do conhecimento – Editora Três. — Coleção Aprendendo – César Coll e Ana Teberosky – Editora Ática.
  • 17. PAULA DATILOGRAFOU ESTA PIADA E VERIFICOU QUE A SUA MÁQUINA ESTAVA COM PROBLEMAS, POIS AS LETRAS MAIÚSCULAS NÃO APARECIAM. VAMOS AJUDÁ-LA, LENDO A PIADA E RISCANDO ONDE DEVERIA HAVER LETRA MAIÚSCULA. DEVEMOS USAR LETRA MAIÚSCULA QUANDO: ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ AO COPIAR ESTE TEXTO, PAULO ESCREVEU ALGUMAS PALAVRAS COM ERRO. VAMOS AJUDÁ-LO A ARRUMAR O TEXTO? O Cachorro e Sua Sombra UM CAXORRO COM UM PEDASSO DE CARNE ROUBADA NA BOCA ESTAVA ATRAVESSANDO UM RIU A CAMINHO DE SUA CAZA QUANDO VIU SUA SOMBRA REFLETIDA NA ÁGA. PENSANDO QUE ESTAVA VENDO OUTRO CACHORRO COM OUTRO PEDAÇO DE CARNE, ELE ABOCANHOU O REFLEXO PARA SE APROPRIAR DA OUTRA CARNE, MAS QUANDO ABRIU A BOCA DEIXOU CAIR NO RIO O PEDAÇO QUE JÁ ERA DELE. Moral: A Cobiça não leva a nada. (Fábulas de Esopo) COPIE NAS LINHAS ABAIXO, O TEXTO REVISADO COM AS PALAVRAS ESCRITAS CORRETAMENTE. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ outra do pobre do gato que caiu nas garras do joãozinho: a vizinha abre a porta. é joãozinho. — dona maria, posso entrar no seu quintal? — não. deixa que eu vou lá para você. o que é que caiu lá desta vez? — minha flecha. — onde está? — espetada no seu gato.
  • 18. PEDI PARA O MEU SOBRINHO COPIAR PARA MIM ESTA POESIA. SÓ QUE ELE COPIOU PALAVRAS ERRADAS. VAMOS ARRUMAR O TEXTO? A BONECA (OLAVO BILAC) DEIXANDA A BOLA E A PETECA COM QUE, HÁ POUCO, BINCAVAM, POR CAUZA DE UMA BANECA, DUAS MENINAS BRIGAVAM. DISIA A PRIMEIRA: — É MINHA! É MINHA, A OUTA GRITAVA! E NENHUMA SE CONTINHA, NEM A BONECA LAGAVA. QUEM MAIS SOFIA, COITADA, ERA A BONECA. JÁ TIHA TODA A ROPA ESTRAÇALHADA E AMARROTADA A CARRINHA. TANTO PUXARAM POR ELA QUE A POBE RASGOU-CE AO MEIO, PERDENDO A ESTOPA AMARELA QUE LHE FORMAVA O RECHEIO. DEPOIS DE TANTA FADIGA, VOLTANDO À BOLA E A PETECA, AMBAS POR CAUSA DA BIGA, FICARAM CEM BONECA. COPIE O PARÁGRAFO ABAIXO, COLOCANDO OS SINAIS DE PONTUAÇÃO NECESSÁRIOS. A IRMÃ OUVIU O MIADO DO GATO E BERROU PARA O JOÃOZINHO JÁ DISSE PARA VOCÊ DEIXAR O MEU GATO EM PAZ E NÃO PUXAR O RABO DELE E O MENINO RESPONDEU EU SÓ ESTOU SEGURANDO QUEM ESTÁ PUXANDO É ELE
  • 19. QUANDO A SECRETARIA FOI BATER ESTA TROVINHA, AS PALAVRAS FICARAM MISTURADAS. - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - O chão. Quando dorme no cai menino e puxa Batatinha a nasce cama espalha a quando chão. pelo rama - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - RECORTE CADA PALAVRA E COLE-AS AQUI, MONTANDO OS VERSINHOS. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________
  • 20. UM BILHETE MEIO ESTRANHO O Pedrinho, meu sobrinho, escreveu-me um bilhete “estranho”. Leia-o e veja se você concorda comigo. tiacarmen, Hojeeuvouasuacasajogarfutebolcomosmeusprimosfaçaporfavoraquelebolo dechocolatequeeugostotantotábomobrigadoumbeijo Pedrinho VOCÊ CONSEGUIU ENTENDER FACILMENTE O BILHETE DO PEDRINHO? POR QUÊ ? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ESCREVA NOVAMENTE O BILHETE DE PEDRINHO PARA QUE FIQUE FÁCIL DE COMPREENDÊ-LO. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________
  • 21. VERSINHOS PINTE CADA PALAVRA COM UMA COR DIFERENTE E DESCUBRA O QUE ESTÁ ESCRITO. DEPOIS COPIE NAS LINHAS. LÁEMCIMADAQUELEMORROPASSABOIPASSABOIADATAMBÉMPASSAVOCOMA ROUPARASGADA ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ LÁEMCIMADOPIANOTEMUMCOPODEVENENOQUEMBEBEUMORREU OCULPADONÃOFUIEU ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ REICAPITÃOSOLDADOLADRÃOMOÇABONITADOMEUCORAÇÃO ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________
  • 22. 1. SERÁ QUE VOCÊ CONSEGUE DESCOBRIR O QUE ESTÁ ESCRITO NO TEXTO ABAIXO? UMDOISFEIJÃOCOMARROZTRÊSQUATROFEIJÃONOPRATOCINCOSEISFEIJ ÃOINGLÊSSETEOITOCOMERBISCOITONOVEDEZCOMERPASTÉIS 2. DESCOBRIU? ENTÃO REESCREVA SEPARANDO AS PALAVRAS. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ CÓDIGO... DOIS AMIGOS COMBINARAM UM CÓDIGO PARA ESCREVER BILHETES QUE SÓ ELES ENTENDIAM E NINGUÉM MAIS: ESCREVIAM TODAS AS PALAVRAS EMENDADAS. LEIA O BILHETE E DESCUBRA A MENSAGEM: PICOLÉAMANHÃESPERAMOSVOCÊNOPÁTIODAESCOLANAHORADORECREIOPE RTODACANTINAPARATERMINARMOSDECOMBINAROPLANODEATAQUEASSIN ADOFRANJINHA COMPREENDEU? ENTÃO, REESCREVA-O COMO DEVERIA SER.. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________
  • 23. VEJA DE QUE FORMA ESTRANHA UM ALUNO PARTIU OS VERSINHOS. LEIA-OS E REESCREVA ABAIXO DA FORMA CORRETA. OTREMM ALUCO QUAN DOSAI DEPER NA MBUCO VA IFAZ ENDO XIQUE XI QUE A TÉCHEGAR NO CE A RÁ (Cantigas de roda) ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ VOCÊ CONHECE O FINAL DESTA CANTIGA? ENTÃO ESCREVA-A ABAIXO: ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________
  • 24. COPIE A PIADA, COLOCANDO OS SINAIS DE PONTUAÇÃO. Piada 1 a irmã ouviu o miado do gato e berrou para o Joãozinho já disse para você deixar o meu gato em paz e não puxar o rabo dele e o menino respondeu eu só estou segurando quem está puxando é ele ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ COPIE A PIADA, COLOCANDO OS SINAIS DE PONTUAÇÃO. Piada 2 na escola a professora pergunta quantas patas tem o cavalo quatro por isso se chama quadrúpede muito bem e você quantos pés têm dois e como se chama serafim ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________
  • 25. COPIE A PIADA, COLOCANDO OS SINAIS DE PONTUAÇÃO. Piada 3 dois pescadores conversavam pois é semana passada pesquei um Lambari de dois metros aqui mesmo neste rio dois metros fantástico pois ontem eu vim aqui e pesquei um lampião aceso não acredito vamos fazer o seguinte diminui o seu Lambari que eu apago o meu lampião ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________
  • 26. OBSERVANDO REGULARIDADES Observe como as palavras estão escritas. Agora tente organizá-las em dois grupos. Discuta com sua dupla e procure formular uma regra sobre quando usar o “M” ou o “N” no meio das palavras. pomba - sincero - convite bomba - cantor - bombeiro limpo - bambu - cinto empada - compras - herança ponto - empregado - samba banco - endereço - sentado computador - cansado - bando fantasia - empresário - internacional pingo - Pensando na ortografia das palavras abaixo (especificamente o uso do R), compare-as e explique porque são escritas dessa forma. Depois, dê mais alguns exemplos para cada um dos grupos: CORRER - VARRER - ARRANJAR ARRUMAR - CARREGAR - ARROZ SURRA - BARRIGA BARATO - CARO - BURACO FERIDA - CARINHO - PARADO FURO - MURO - MARUJO
  • 27. ATIVIDADES DE ORTOGRAFIA1 1- Leia as palavras do quadro e depois faça o que se pede: Canto tampa samba sempre cinco lâmpada Trombada onça tonto ambulância anjo tinta cumbuca Língua compra pomba juntar pensar encher cinto a) Copie as palavras do quadro separando-as em duas colunas: uma com palavras que levam o M no final da sílaba e outra com as que levam N nessa posição. Note que algumas palavras deverão constar nas duas listas. b) Existe uma regra para saber se usamos o M ou N no final da sílaba. Discuta com sua turma e depois escreva a regra no seu caderno 2- Risque, no texto abaixo, as palavras que você acha que uma criança da 2a . série teria dúvidas ao escrever. Como ela a escreveria ? A Madrasta Havia um homem vivo que tinha duas filhas pequenas, e casou-se pela Segunda vez. A mulher era muito má para as meninas; mandava-as como escravas fazer todo o serviço e dava- lhes muito. Perto da casa havia uma figueira que estava dando figos, e a madrasta mandava as enteadas botar sentido aos figos por causa dos passarinhos. Ali passavam as crianças dias inteiros, espantando-os e cantando? “Xô, xô, passarinho, Aí não toques o biquinho Vai-te embora pra teu ninho... “ Quando acontecia aparecer qualquer figo picado, a madrasta castigava as meninas. Um dia o pai fez uma viagem, e a mulher mandou enterrar vivas as suas filhas. Quando o homem chegou, a mulher lhe disse que as meninas tinham caído doentes e lhe tinham dado grande trabalho, e tomado muitas mezinhas, mas tinham morrido. O pai ficou muito desgostoso. Aconteceu que nas covas das duas meninas, e dos cabelos delas, nasceu um capinzal muito verde e bonito e, quando dava vento, o capinzal dizia: “Xô, xô, passarinho, Aí não toqueso biquinho, Vai-te embora pra teu ninho...
  • 28. 3- O texto abaixo foi escrito sem o espaço entre as palavras. Reescreva-o fazendo as separações necessárias. Diretora Eliane, Eufuiàbibliotecadevolveralgunslivroseamoçaquemeatendeudissequeeutinhaquerenovaramatríc ula. Euacheimuitocaro ! Primeiroporquepegueiolivroapenasumavez, dadoqueabibliotecaficoufechadaporfaltadefuncionário,segundo,quandovoltouaffuncionar,euac heiqueteriadireitoaretirarmaislivrosporquejáhaviapagoumataxadetrêsmesesenãopudeutilizar. Gostariaqueasenhorameautorizasseausarabibliotecapormaisalgumtempoumavezque eujáhaviapago. Rosalva 4- Grife as formas erradas. Faça um “x “ na palavra que considerou escrita corretamente e explique como conseguiu decidir. (Em cada coluna só existe uma forma correta de escrever a palavra) DOIDICE CHÍCARA ARRUMOL DOIDISSE XÍCARA ARRUMOU DOIDISE CHÍCARRA ARUMOU 5-Algumas palavras não estão separadas corretamente. transcreva o texto, deixando espaço entre uma palavra e outra MULA-SEM-CABEÇA GALOPA PELA NOITE AS SOMBRANDO E DA NDO COICES. SOLTA CHISPAS DEFOGO PELAS NARINAS E PELA BOCA. ÀSVEZES SO LUÇA FEITO CRI A TURA HUMANA. PARA E VITAR SEU A TAQUE, É SÓ ESCONDER UNHAS E DENTES. ( TEXTO ALTERADO FOI RETIRADO DO LIVRO “MEU PRIMEIRO LIVRO DE FOLCLORE “, DE RICARDO AZEVEDO, EDITORA ÁTICA.)
  • 29. 6- Ao escrever a poesia, um aluno escreveu com alguns erros. Circule as palavras escritas incorretamente e escreva-as nas linhas abaixo. ATENÇÃO DETETIVE Se vose for detetive, Descubra por min Que ladrão roubou o cofre Do baco do jardin E que padre disse amém Para o amendoin. Se você for detetive, Faça um bom trabalio: Me encontre o dentista Que arancou o dente de alho E a vassora sabida Que deixou a louca varrida. Se vose for detetive Um último lenbrete: Onde foi que esconderan As mangas do colete E quem matou os piolhos Da Cabesa do aufinete ? 7- Leia o trecho abaixo e circule todas as letras maiúsculas, observando em quais situações elas aparecem. O limpador de placas de rua era um homem feliz. Gostava do que fazia, gostava de suas ruas e gostava de suas placas. E quando alguém perguntava o que gostaria de mudar em sua vida, respondia sem vacilar : - Nada, absolutamente nada ! Decerto tudo teria continuado assim se um belo dia uma mãe e seu filho não tivessem parado ao pé da escada azul. - Olhe, mamãe, Rua Guimarães Rosa ! Já passamos pela Rua Villa-Lobos e pela Praça Noel Rosa. Você sempre diz que aqui é o bairro dos poetas, dos escritores e dos compositores. Mas está parecendo que é o bairro das flores e dos bichos ! - O que ? – a mae olhou admirada para a placa: Não ! – disse rindo. – Guimarães Rosa foi um escritor que inventou muitas histórias e... Nesse momento, um ônibus e dois caminhões barulhentos passaram por ali e não deu mais para ouvir o que a mãe estava dizendo. Quando o barulho diminuiu, a mãe e o filho já tinham ido embora. O limpador de placas de rua ficou olhando espantado para a placa com o nome “ Guimarães Rosa “. De repente, percebeu que, como aquele menininho, também não sabia coisa nenhuma sobre Guimarães Rosa ou sobre aqueles nomes que ele limpava todo santo dia. “Isso não pode ficar assim !”, pensou ( O Limpador de Placas, Monika Feth/Antoni Boratynski) Observando as situações nas quais o autor utilizou a letra maiúscula, escreva aqui o que diria a um colega se ele quisesse saber quando devemos usar a letra maiúscula.
  • 30. 2 - ATIVIDADES DE ORTOGRAFIA Complete o texto usando am, em, ém, en, an, on e un. Pescadores e c___poneses habitav___ aquelas terras que hoje a água cobre, o igarapé do tarumã. Perto dali corria o rio, lerdo e largo. Corria s__pre e nele o povo pescava. Veio um t__po, por__, em que os homens, entr__do de barco pelo rio, não voltav___ quase n__ca. Suas canoas, ab__donadas, às vezes boaiv___, boiav___, boiav___ e vinh___ encalhar no raso. Às vezes apenas os restos delas er___ encontrados mas o mais das vezes n___ isso: t___tos homens for___ pescar e nova notícia não se teve deles ou de seus barcos. Os pescadores que sobreviver___ remav___ de volta com rede e s__burá vazios. Era a mãe-d’água que assim queria. Dizia que ela, com sua voz, c__tando com maravilha, tinha atraído essas canoas mais e mais ad__tro. C__tav___ que esses barcos, arrastados s___ c__trole, aí virav____ ou afundav___ Dicas: Há 15 am; 4 em; 1 ém; 1 en; 5 an; 1 on; 1 un. AGORA TENTE FORMULAR UMA REGRA QUE JUSTIFIQUE SUAS ESCOLHAS. ___________________________________________________________________________ Durante uma pescaria, Chico Bento acaba adormecendo, mas acorda contrariado com o puxão de um peixe. Tem então uma idéia! Pendura no anzol um aviso com o seguinte texto: PROCURE OUTRO ANZOR TÔ DRUMINO Palavras do bilhete do Chico Bento Que palavras Chico escreveu como fala? Quais dessas palavras você fala de um jeito diferente do Chico? Como você e o Chico devem escrever o bilhete para as palavras ficarem de acordo com as regras de ortografia?
  • 31. Leia a piada pontuada por Paulo. Estava o bêbado no velório da velha. E toda hora chegava um, olhava pra velha e alguém dizia: — Coitada. — Morreu como um passarinho! E o bêbado lá, sentadão, soluçando. E chegava mais visita: — De que foi que ela morreu? — Tadinha — responderam. “Morreu como um passarinho”. A noite foi passando, a madrugada chegando e o velório ficando vazio. Lá pelas tantas só tinha o bêbado sentado na cadeira e uma filha da velha dormindo ao lado do caixão. Entra uma visita, aproxima-se do caixão, olha a velhinha e pergunta ao bêbado: — De que foi que a coitadinha morreu? — Pelas conversas que ouvi, acho que deram pedrada nela. — respondeu o bêbado. E você, pontuaria como ele? Se sim, explique por quê. Se não, como você faria? Vocês já leram alguns livros de histórias. Abaixo, encontrarão trechos de algumas delas. Agora, leiam com atenção, pois em seguida vocês terão uma tarefa para resolver! “Quando vocês tiverem quinze anos”, dizia a avó, “vão poder subir até o alto do mar e sentar nas pedras à luz da lua. Vão poder ver passar os grandes navios, vão ver florestas e cidades.” “A Sereiazinha” — Ótimo! – disse a bruxa. – Isso é que eu chamo de um presente maravilhoso! O único tesouro que eu desejo a cada dia! “Dito e Feito” — Nina, quem foi que lhe ensinou isso? — Foi Pezinho-Espalhado, a bruxinha! – exclamou Nina, e voou mais um pouco. — Você arranja cada amiga engraçada — disse a Mamãe. “Pezinho espalhado” “Lebre castanha”, disse Papai Urso, “você é exatamente o tipo de pessoa que estou procurando. Você vai amar meus ursinho e eles vão amar você.” “Mas primeiro quero dar uma olhada em seus bolinhos de mel!”, disse a lebre castanha. “Papai Urso e os Ursinhos Travessos” Agora observe quais são os sinais de pontuação utilizados por estes diferentes autores para introduzir um comentário do narrador durante a fala de um personagem. Discuta com seu parceiro se os diferentes sinais de pontuação em uso alteram o sentido do texto lido por vocês. Em seguida registrem as conclusões da dupla no caderno.
  • 32. Este é um trecho de uma fábula que você já conhece: “O GALO E A RAPOSA”. Ao digitá-la, meu computador teve um problema e não colocou a pontuação. Gostaria que você revisasse o texto, pontuando-o. Depois copie no seu caderno. BEM DISSE O GALO ACHO QUE ESTOU VENDO UMA MATILHA DE CÃES ALI ADIANTE NESSE CASO É MELHOR EU IR EMBORA DISSE A RAPOSA O QUE É ISSO PRIMA DISSE O GALO POR FAVOR NÃO VÁ AINDA JÁ ESTOU DESCENDO NÃO VÁ ME DIZER QUE ESTÁ COM MEDO DOS CACHORROS NESSES TEMPOS DE PAZ NÃO NÃO É MEDO DISSE A RAPOSA MAS E SE ELES AINDA NÃO ESTIVEREM SABENDO DA PROCLAMAÇÃO PARA QUEM É O PRESENTE?2 Os avós saíram em viagem. Sua ausência duraria aproximadamente dois meses, pois visitariam na Itália seus parentes, os quais não viam há 20 anos. Mas antes de viajar, a vovó deixou um presente. Não disse para quem era, mas, no pacote, havia um cartãozinho em que ela havia escrito quem era o destinatário do presente. Após a partida, reuniram-se o filho, a nora, os netos e Renata, sua melhor amiga, para ler o cartão e saber de quem era esse pacote enorme e tentador. O filho leu a mensagem, e era evidente que sua mãe havia deixado o presente para ele. Todos iam saindo decepcionados, quando Renata gritou: - Um momento! Eu sabia que Sara não ia fazer isso comigo, afinal, sou sua melhor amiga. E acrescentou com um sorriso de triunfo. - Escutem isto. Então leu o cartão em voz bem alta, e ninguém pode duvidar: o presente era para ela. A esta altura dos acontecimentos, todos pegaram o cartão e viram que ninguém estava mentindo. Vamos ver se vocês descobrem o mistério. O cartão era este: este presente é para meu neto não para minha neta também não penso em dá-lo para Renata minha melhor amiga não é para meu filho jamais será dado para minha nora Elisa. Sara Agora copie este bilhete no seu caderno pontuando-o. Use os sinais que quiser: pontos, vírgula, ponto-e-vírgula, reticências, dois pontos, pontos de interrogação, de exclamação, etc., como imaginaram os netos, a nora e Renata, para que recebessem o presente. Recomendação: Não se esqueça das maiúsculas depois dos pontos. Depois, leia o texto do seu parceiro e discuta a pontuação que vocês utilizaram. 2 Extraído de ESCOLA, LEITURA E REPRODUÇÃO DE TEXTOS de Ana Maria Kaufman e Maria Elena Rodriguez – Ed. Artes Médicas
  • 33. As frases, abaixo, foram retiradas de alguns textos que vocês já leram e em todas elas foram utilizadas vírgulas. Recorte e procure agrupar aquelas que parecem possuir as mesmas regras. Para isso discuta com seu parceiro. Beto, o goleiro do nosso time, machucou a mão. Chefe, posso dar uma sugestão? Esforçou-se bastante, mas não conseguiu passar no teste. Professor, posso sair? Peguei os lápis, as canetas, as folhas e a borracha. Crianças, jovens, adultos e velhos foram ver o espetáculo. Fomos à fazenda e o proprietário, um médico aposentado, nos levou até uma gruta que havia perto da cachoeira. Meu tio, um velho professor de desenho, gostava de visitar museus.
  • 34. Leia as piadas com atenção e reescreva-as pontuando da melhor maneira. um senhor vai a loja de insetos e pede para comprar 35 moscas 12 mil formigas 50 baratas e 14 aranhas pois não diz o vendedor mas desculpe a curiosidade por acaso o senhor vai fazer um zoológico de insetos não tenho que entregar o apartamento que estava alugado e o contrato diz que devo deixá-lo como o recebi respondeu o senhor satisfeito na aula de ciências o professor pergunta Joãozinho quantos rins nós temos quatro professor responde o menino sem pestanejar quatro você ficou doido bem pelo menos os meus dois eu garanto