O documento resume uma aula sobre reencarnação, explicando que é uma nova oportunidade de aprendizado como prova do amor de Deus. Discute os tipos de reencarnação, como a alma se une ao corpo, e fornece reflexões sobre como a reencarnação permite o progresso espiritual através de múltiplas vidas.
1. Mocidade Espírita Chico
Xavier
14-06-2013
7º Aula - Reencarnação
Facilitadoras:
Scheila Fássio Lima de Paiva
Tânia Mara Lima Dias
Endereço:
Rua Silviano Brandão, 419 – Centro
Machado – MG
2. O que é a Reencarnação? Para que serve?
Reencarnar é voltar a viver num novo corpo físico. É uma nova oportunidade
de aprendizado, como prova do amor de Deus para seus filhos. Só através da
reencarnação se prova a justiça e a bondade de Deus, pois é a única explicação
racional para as desigualdades sociais existentes no mundo. Como explicar o
fato de crianças que morrem em tenra idade, enquanto outras criaturas vivem
quase 100 anos? Como explicar os que nascem com saúde perfeita, enquanto
outros nascem com deficiências físicas grosseiras? Somente a reencarnação
nos dá a chave desse "mistério". Com as múltiplas experiências na carne,
temos a chance de adquirir e aprimorar conhecimentos que ainda nos faltam
nos campos do intelecto e da moral. Além de reatar as amizades com nossos
inimigos e reparar erros do passado.
4. Reencarnação Compulsória
É aquela em que acolhe o Espírito sem prévia concordância
dele e até mesmo sem seu conhecimento. E por sua índole,
própria dos Espíritos cujo grau de perturbação impede análise
clara da situação ou cujas faltas são tão graves que anulam a
liberdade de escolha. E uma imposição feita pela Lei Divina
para atender aos casos cuja recuperação exige longas
expiações.
5. Reencarnação Proposta
É aquela que leva em consideração o livre-arbítrio relativo de
que dispõe o Espírito. Mentores Espirituais estudam, sem
imposição, seus débitos e méritos programando em seguida
os principais acontecimentos da próxima existência física,
tendo em vista a liquidação ou diminuição de dívidas e
possibilidades de progresso moral e espiritual.
6. Reencarnação Livre
É aquela que é própria dos missionários. Espíritos redimidos
perante a Lei Divina ou próximos da redenção no plano
terreno. São os que possuem ampla liberdade de escolha.
Chegam ao plano material para o desempenho de tarefas
elevadas em qualquer segmentos do conhecimento
humano, tanto nas ciências como na filosofia ou religião.
Neste último, tornam-se: Um Sócrates; um Buda; um
Krishna, e, notadamente, Jesus de Nazaré.
7. Reencarnação Acidental
Há circunstâncias diversas que promovem alteração no planejamento
reencarnatório, que pode ocorrer sem o detalhamento necessário nos
casos de reencarnações acidentais. A fecundação não estava prevista.
Ocorre uma união sexual fortuita. O espírito que esteja próximo ao casal
será “atraído” pelo óvulo fecundado. Mecanismos automáticos, por vezes
incompreensíveis, encarregar-se-ão de propiciar lições de aprendizagem
de que o espírito, nessa circunstância, necessite. Nesses casos, encaixam-
se os reencarnantes oriundos de estupros e outros “acidentes”
semelhantes. O suicídio é um exemplo do algo não planejado antes da
encarnação e que é uma forma de alterar o planejamento.
8. Diferença entre ressurreição e reencarnação
A reencarnação fazia parte dos dogmas judeus, sob o nome de ressurreição. Somente os
saduceus, que pensavam que tudo acabava com a morte. A palavra ressurreição podia, assim,
aplicar-se a Lázaro, mas não a Elias, nem aos demais profetas. Se, portanto, segundo sua
crença, João Batista era Elias, o corpo de João não podia ser o de Elias, pois que João tinha sido
visto criança e seus pais eram conhecidos. João podia ser, pois, Elias reencarnado, mas não
ressuscitado.
Judeu: É um membro do grupo étnico e religioso originado nas Tribos de Israel ou Hebreus do
Antigo Oriente.
Saduceus: É a designação da segunda escola filosófica dos Judeus,ao lado dos Fariseus.
9. Em que momento a alma se une ao corpo?
A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento.
Allan Kardec: O livro dos espíritos, questão 344.
10. Quantas reencarnações tivemos e teremos?
Não se pode precisar o número de reencarnações que uma pessoa já teve, pois
isso depende do estado evolutivo em que se encontra o Espírito. Uns evoluem
mais rápido por seu maior esforço, portanto necessitam de passar menor número
de vezes na carne, outros são mais lentos permanecendo mais tempo no mundo
de sofrimentos. Tudo dependerá de nós. Quanto mais rápido progredirmos moral
e intelectualmente, menos encarnações teremos que sofrer. Quando nosso
Espírito tiver alcançado todos os graus de evolução moral e intelectual, seremos
Espíritos puros. Um exemplo de Espírito puro é o Mestre Jesus.
11. E quando chegarmos à perfeição, o que faremos?
Seremos encarregados de cumprir os desígnios de Deus, colaborando com a
manutenção da ordem universal e transformando-nos em Seus mensageiros nos
mais diversos mundos habitados. O trabalho nunca acabará, pois a criação divina é
incessante e há diversos mundos em faixa de evolução diferentes. Os Espíritos
fazem parte do conjunto de inteligências que governam o Universo, mas, em
termos de existência, estão ligados a Deus assim como as folhas em uma árvore.
12. O Espírito sempre reencarna no mesmo sexo?
Não, pois o Espírito necessita vivenciar as experiências específicas aos dois sexos,
como aprendizado para seu aprimoramento moral e intelectual. A escolha de
cada sexo, depende da prova ou expiação que se deve passar. Não é verdadeira a
idéia de que a cada encarnação o Espírito mude de sexo. Às vezes, vive diversas
vidas com um mesmo sexo, para só depois situar-se em outro campo da
sexualidade. Também não é correto o pensamento de que a homossexualidade é
produto da mudança de sexo do Espírito antes da sua encarnação.
13. Qual a diferença entre prova e expiação?
A expiação, como o próprio nome diz, é um cumprimento de pena, é um resgate
de débitos passados. Está ligada geralmente a existências anteriores. As provas,
são situações em que o Espírito será testado em sua capacidade de suportar as
dificuldades. Se sair-se bem estará apto a subir mais um degrau na escalada rumo
à perfeição. É como numa escola. O aluno assiste às aulas para ser testado com as
provas, em determinado tempo, se aprendeu mesmo as lições. Caso comporte-se
inadequadamente, será punido com reprovação ou mesmo expulsão da escola,
sofrendo as conseqüências de seus atos. É a expiação. Quanto mais evoluído o
Espírito, menos expiação ele passa.
14. Por que não nos lembramos das nossas vidas passadas?
O esquecimento temporário das vidas passadas é uma necessidade. Não devemos nos
lembrar das vidas passadas enquanto estamos encarnados, e nisso está a sabedoria de
Deus. Se lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que passamos, dos inimigos
que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, não teríamos condições de viver
entre eles atualmente. Pois, muitas vezes, os inimigos do passado hoje são nossos filhos,
irmãos, pais e amigos, que, presentemente, se encontram junto de nós para a reconciliação.
Por isso a reencarnação é uma bênção de Deus para seus filhos. As lembranças de erros
passados certamente trariam desequilíbrios de toda ordem, uma vez que estamos muito
mais perto do ponto de partida do que do ponto de chegada, em termos de caminhada
evolutiva. Depois de desencarnado, normalmente nos lembramos de parte desse passado,
conforme o grau evolutivo em que nos situamos.
15. Como posso saber das minhas outras encarnações?
Convém, por enquanto, não saber. Allan Kardec nos mostra com coerência e bom senso, que não
devemos buscar saber o que fomos noutras vidas. Os Espíritos estão todos sujeitos à lei de
evolução e, por isso, quando se remonta ao passado, depara-se com situações morais bem piores
do que aquela em que atualmente se encontra. Ao recordarmos experiências infelizes de outras
vidas, certamente ficaríamos perturbados mentalmente. Seria muito difícil para alguém viver
uma encarnação, sabendo que fora noutras existências um assassino cruel, ou alguém que
tivesse tirado a própria vida. . Assim, o esquecimento das vidas passadas ajudaria, por exemplo,
um rei que agira com irresponsabilidade no passado, e que foi condenado a viver encarnado
numa favela. Ele aproveitaria sua encarnação, sem que as lembranças da boa vida que tivera o
perturbasse. Do mesmo modo, um antigo inimigo poderia reencarnar como nosso filho,
facultando assim as condições de reparar erros e extinguir mágoas. A lembrança de outras vidas
seria um tormento para a vida de relação e impediria a ação inteligente da Lei, contribuindo para
a melhoria do Espírito. Mas, não podemos nos esquecer que o esquecimento do passado é
apenas momentâneo. Na vida espiritual as recordações voltam à mente do Espírito com
naturalidade, segundo as condições evolutivas de cada um. Só em casos excepcionais Deus
permite que durante a vida carnal, o homem saiba de alguns fatos ligados ao seu passado.
16. Qual o tempo que separa as encarnações?
Não há tempo definido, pois depende da necessidade do Espírito em depurar-se,
expandindo seus conhecimentos intelectuais e morais, passando por provas e
expiações.
Quanto mais endividado com a Lei de Deus, menos tempo permanece o Espírito
no mundo espiritual. Digamos que aqui seja o local onde se pagam as contas e se
conseguem novas oportunidades de crédito Se tem muitas dívidas e deseja novos
créditos, ele vem mais freqüentemente e em menor espaço de tempo, pois quer
se ver livre dos débitos e abrir novas possibilidades para sua felicidade como filho
do Altíssimo. Portanto, o tempo que separa as encarnações depende da condição
evolutiva do Espírito.
17. Os líderes umbralinos também organizam encarnações?
As encarnações dos Espíritos obedecem, como tudo, a uma lei. É evidente que tudo
se fundamenta em uma ordem universal e seria acreditar no caos e na desordem
pensar que coisas tão importantes como a programação da vida de um ser imortal
pudesse ser feito por entidades sem nenhum compromisso com o Bem, com a lei
de Deus. As encarnações obedecem a um projeto divino, mesmo que
aparentemente possa parecer o contrário, em algumas situações. Nada acontece
sem que o Criador de todas as coisas o queira. Os Espíritos superiores trabalham
em Seu nome e realizam todas as suas obras, desde os planos mais primitivos até
os mais elevados.
18. Uma alma que atingiu a perfeição, não volta a reencarnar?
A reencarnação é uma necessidade da alma imperfeita que, através das
experiências na matéria, aprende o que necessita para sua definitiva libertação da
ignorância e conquista do direito de viver na Vida Eterna. Os Espíritos puros não
necessitam mais dessa experiência, pois já atingiram seu objetivo. Só reencarnam
nos mundos materiais para cumprirem missões de grande importância, nas
regiões onde houver necessidade. O maior exemplo de encarnações missionárias
é Jesus.
19. Provas da Reencarnação
1 – Nas origens das faculdades extraordinárias dos indivíduos.
2 - Nos fenômenos das experiências de quase-morte.
3 - Nos fenômenos de transcomunicação instrumental
4 - Nas comunicações mediúnicas
5 - Nas lembranças das existências pretéritas
Essas são algumas provas da reencarnação.
20. Reflexão
Perante a Reencarnação
Não perderás tempo, reclamando contra a vida.
Na hipótese de que te empenhes realmente pela aquisição do
conhecimento espírita, reflete na lei da reencarnação.
És um espírito eterno envergando temporária forma física, à maneira de
um servidor vestindo uniforme de trabalho, francamente deteriorável e
passageiro.
Observa os próprios hábitos e tendências e perceberás o que foste nas
existências passadas.
Analisa os que te rodeiam, no círculo doméstico-social e identificarás com
quem te comprometeste para sanar os próprios débitos ou traçar a
própria senda de elevação.
21. Estuda o quadro que te emoldura as atividades e anotarás de que ponto deves partir em
demanda à melhoria.
Sobretudo, é preciso ponderar que se ninguém nasce para o mal, muito menos renascerá
para reconstruí-lo ou reafirmá-lo.
Um aluno repete o currículo de lições no objetivo de ganhar a frente, não para acomodar-
se à retaguarda.
Convence-te de que retornamos à Terra com o fim de ampliar os valores do bem, cada vez
mais.
Indispensável corrigir-nos naquilo que erramos.
Replantar dignamente a leira do destino que relegamos outrora ao relaxamento.
Levantar aqueles que impelimos à queda.
Amar os que aborrecemos. Acender alegria nos corações que encharcamos de lágrimas.
Estás hoje no lugar e na posição em que podes claramente doar à vida, na pessoa dos
outros, tudo aquilo que és capaz de sentir, pensar, falar ou fazer de melhor.
Autor: Emmanuel
Psicografia de Chico Xavier