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Técnicas de Avaliação de
Interfaces
 Material baseado em:
 ROCHA, H. V.; BARANAUSKAS, M.C. , Design e
 Avaliação de Interfaces Humano-Computador.
 Campinas: NIED/ UNICAMP, 2003
                                              1
Introdução
 • A avaliação NÃO deve ser vista como:
    • uma fase única dentro do processo de design
    • como sendo uma atividade a ser feita somente no final do
      projeto.
 • A avaliação deve ocorrer durante o ciclo de vida do design e
   seus resultados utilizados para melhorias gradativas na
   Interface




                                                                  2

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Introdução
 • O domínio do plano de avaliação pode estar entre:
    • Um ambicioso teste de 2 anos, com múltiplas fases, de um
      sistema de controle de tráfego aéreo ou,
    • Um discreto teste de 3 dias com 6 usuários de um sistema interno
      de contabilidade




                                                                         3

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Objetivos da Avaliação
 • Muitas questões poderiam ser objetivo de uma
   avaliação
    • O setor de marketing poderia estar interessado em saber
      como o produto de sua empresa se compara com produtos
      de outros competidores do mercado;
       • Um exemplo seria se a funcionalidade e a aceitação do produto é
         melhor, ou pelo menos igual, à do principal competidor;
    • Produtos também podem ser avaliados no sentido de
      verificar se estão de acordo com padrões específicos, como
      as normas ISO 9241 por exemplo (www.iso.org).
    • São necessárias para responder dúvidas durante o processo
      de design


                                                                           4

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Objetivos da Avaliação
 • Avaliar a funcionalidade do sistema
 • Medir o impacto do design junto ao usuário, ou seja avaliar sua
   usabilidade
 • Identificar problemas específicos com o design




                                                                     5

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Tipos de Avaliação
 • Inspeção de Usabilidade
    • Não envolve usuários;
    • Pode ser usada em qualquer fase do desenvolvimento de
      um sistema (implementado ou não);
 • Teste de Usabilidade
    • Métodos de avaliação centrados no usuário;
    • Para usar esse método é necessária a existência de uma
      implementação real do sistema em algum formato que
      pode ser desde uma simulação da capacidade interativa do
      sistema, sem nenhuma funcionalidade, um protótipo básico
      implementado, ou até a implementação completa;
                                                                 6

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Inspeção de Usabilidade
 • Conjunto de métodos aplicado por avaliadores que
   inspecionam aspectos relacionados à usabilidade de uma
   interface;
 • Os avaliadores podem ser:
    • Especialistas em usabilidade;
    • Consultores de desenvolvimento de software;
    • Especialistas em um determinado padrão de interface, etc.




                                                                  7

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Inspeção de Usabilidade
 • Métodos de inspeção de usabilidade são geralmente
   melhores na detecção de problemas do que na
   direção de como melhorar a interface;
 • Relatórios gerados a partir dos métodos contêm
   sugestões para redesign;
 • Em muitos casos, conhecendo sobre o problema de
   usabilidade, é clara a maneira de corrigí-lo;
 • Inspeções de usabilidade são feitas em um estágio
   onde a interface está sendo gerada e a sua
   usabilidade necessita ser avaliada;
                                                             8

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Inspeção de Usabilidade
 • O uso efetivo de uma lista de problemas de usabilidade irá
   requerer que esses problemas sejam priorizados com relação
   à gravidade de cada problema;
 • Prioridades são necessárias para não se dispender esforços
   desproporcionais corrigindo problemas que não irão alterar
   em muito a interação do usuário com a interface;




                                                                9

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Objetivos da Inspeção
 • Visa encontrar problemas de usabilidade;
 • Realizar a inspeção durante todas as fases de design (de início
   ao fim);
 • Fazer recomendações no sentido de eliminar os problemas e
   melhorar a usabilidade;
 • Gerar um relatório formal dos problemas identificados com
   recomendações para mudanças.




                                                                     10

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Métodos de Inspeção
 • Os métodos de inspeção de usabilidade não exigem muito
   esforço de quem pretende usá-los;
 • A maioria dos métodos de inspeção terão efeito significativo
   na interface final somente se forem usados durante o ciclo de
   vida do projeto;




                                                                   11

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Métodos de Inspeção
 • Dentre os métodos de inspeção existentes pode-se destacar:
    • Avaliação Heurística
    • Inspeção de Consistência
    • Percurso Cognitivo




                                                                12

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Métodos de Inspeção
 • Avaliação Heurística
    • A inspeção da interface é realizada tendo como base uma lista de
      heurísticas de usabilidade (esse método será detalhado
      posteriormente)




                                                                         13

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Métodos de Inspeção
 • Inspeção de consistência
    • O avaliador verifica a consistência dentro de uma família de
      interfaces, quanto à terminologia, cores, layout, formatos de
      entrada e saída, dentro da interface




                                                                      14

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Métodos de Inspeção
 • Percurso cognitivo
    • O avaliador simula o usuário “caminhando” na interface para
      executar tarefas típicas
    • Tarefas mais freqüentes são o ponto inicial de análise, mas
      tarefas críticas, tais como recuperação de erro, também são
      percorridas
    • Esse método foi desenvolvido para interfaces que podem ser
      aprendidas de forma exploratória, mas também são úteis em
      interfaces que exigem muito treinamento




                                                                    15

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Métodos de Inspeção
 • Percurso cognitivo e avaliação heurística são os precursores
   dos métodos de inspeção de usabilidade e geralmente não
   exigem uma grande experiência ou longo treinamento para
   que possam ser utilizados




                                                                  16

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Avaliação Heurística
 • Desenvolvido por Nielsen e Molich em 1993.
 • Inspeção sistemática da interface baseada nas
   heurísticas de usabilidade realizada por avaliadores
   (3 a 5 avaliadores);
 • 10 heurísticas de avaliação;
 • O Resultado da avaliação é uma lista de problemas
   de usabilidade, com os princípios violados e a
   gravidade de cada problema;
 • Pode ser utilizado em qualquer etapa do
   desenvolvimento, mesmo com protótipo em papel.            17

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Avaliação Heurística
 • É difícil de ser feita por um único avaliador, pois uma única
   pessoa nunca é capaz de encontrar todos os problemas de
   usabilidade de uma interface
 • A experiência tem mostrado que diferentes pessoas
   encontram diferentes problemas, e portanto, se melhora
   significativamente os resultados da avaliação heurística




                                                                   18

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Avaliação Heurística
 • A avaliação heurística é feita em um primeiro momento
   individualmente
 • Durante a sessão de avaliação, cada avaliador percorre a
   interface diversas vezes inspecionando os diferentes
   componentes do diálogo e ao detectar problemas os relata
   associando-os com as heurísticas de usabilidade que foram
   violadas




                                                               19

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Avaliação Heurística
 • Depois dessa etapa inicial, as listas de problemas dos
   avaliadores são consolidadas em uma só
 • Assim, o resultado de uma avaliação heurística é uma lista de
   problemas de usabilidade da interface com referências aos
   princípios de usabilidade que foram violados




                                                                   20

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Avaliação Heurística
 • Mas o avaliador não pode dizer simplesmente que
    • Não gosta de um determinado aspecto, tem que justificar com
      base nas heurísticas;
    • Também tem que ser o mais específico possível e listar cada
      problema encontrado separadamente




                                                                    21

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Heurísticas de Usabilidade
 • Heurísticas de Usabilidade (Nielsen, 1993)
   1. Visibilidade do status do sistema
   2. Compatibilidade do sistema com o mundo real
   3. Controle do usuário e liberdade
   4. Consistência e padrões
   5. Prevenção de erros
   6. Reconhecimento ao invés de relembrança
   7. Flexibilidade e eficiência de uso
   8. Estética e design minimalista
   9. Ajudar os usuários a reconhecer, diagnosticar e
     corrigir erros
   10. Help e documentação                                   22

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Heurísticas de Usabilidade
   1. Visibilidade do status do sistema
    • O sistema precisa manter os usuários informados sobre o que
      está acontecendo, fornecendo um feedback adequado dentro de
      um tempo razoável




                                                                    23

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Heurísticas de Usabilidade

1. Visibilidade do status do sistema




             Bom                       Ruim
                                              24
                                              Barbosa
                                               e Silva
                                                2010
Heurísticas de Usabilidade
   2. Compatibilidade do sistema com o mundo real
    • O sistema precisa falar a linguagem do usuário, com palavras,
      frases e conceitos familiares ao usuário, ao invés de termos
      orientados ao sistema




                                                                      25

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2. Compatibilidade do sistema com o mundo real




                                                 26


 Fonte: Provedor zaz (1999)
Heurísticas de Usabilidade
   3. Controle do usuário e liberdade
    • Usuários freqüentemente escolhem, por engano, funções do
      sistema e precisam ter claras saídas de emergência para sair do
      estado indesejado sem ter que percorrer um extenso diálogo




                                                                        27

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Heurísticas de Usabilidade
   4. Consistência e padrões
    • Usuários não precisam adivinhar que diferentes palavras,
      situações ou ações significam a mesma coisa




                                                                 28

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Avaliação Heurística
Heurísticas de Usabilidade
   5. Prevenção de erros
    • Melhor que uma boa mensagem de erro é um design cuidadoso o
      qual previne o erro antes dele acontecer




                                                                    29

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Heurísticas de Usabilidade
   6. Reconhecimento ao invés de relembrança
    • Tornar objetos, ações e opções visíveis
    • O usuário não deve ter que lembrar informação de uma para outra parte do
      diálogo
    • Instruções para uso do sistema devem estar visíveis e facilmente
      recuperáveis quando necessário




                                                                           30

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Heurísticas de Usabilidade




                             31
Heurísticas de Usabilidade
   7. Flexibilidade e eficiência de uso
    • Usuários novatos devem se tornar peritos com o uso
    • Prover aceleradores de forma a aumentar a velocidade da
      interação
    • Permitir a usuários experientes “cortar caminho” em ações
      freqüentes




                                                                  32

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Heurísticas de Usabilidade


                                                 2. Flexibilidade e
                                                 eficiência de uso




                         Visualização do documento no browser.
                         Muito utilizado por desenvolvedores.

                                                                      33
 Netscape Versão 4.7
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Heurísticas de Usabilidade
   8. Estética e design minimalista
    • Diálogos não devem conter informação irrelevante ou raramente
      necessária
    • Qualquer unidade de informação, fora o diálogo, irá competir
      com unidades relevantes de informação e diminuir sua
      visibilidade relativa




                                                                      34

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Heurísticas de Usabilidade
               8. Estética e Design minimalista;




  www.altavista.com (março,2000)
                                                                    35
Redundância de links para a função busca. Todos conduzem ao mesmo
resultado.
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Heurísticas de Usabilidade
   9. Ajudar os usuários a reconhecer, diagnosticar e corrigir
   erros
    • Mensagens de erro devem ser expressas em linguagem clara
      (sem códigos) indicando precisamente o problema e
      construtivamente sugerindo uma solução




                                                                 36

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Heurísticas de Usabilidade




Tentativa de excluir um arquivo
que está em uso.
Não há usuário que não se
confunda: o que tem a ver disco
cheio com excluir um Arquivo!



9. Ajudar os usuários a reconhecer, diagnosticar e corrigir erros   37
                                                                    Barbosa
                                                                     e Silva
                                                                      2010
Heurísticas de Usabilidade
   10. Help e documentação
    • Embora seja melhor um sistema que possa ser usado sem
      documentação, é necessário prover help e documentação
    • Essas informações devem ser fáceis de encontrar, focalizadas na
      tarefa do usuário e não muito extensas




                                                                        38

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Avaliação Heurística
 • Com esses exemplos pode-se perceber que o diagnóstico de
   um problema associado com as heurísticas que foram
   consideradas fonte do problema, efetivamente, traz
   possibilidades concretas de redesign, apesar desse não ser o
   objetivo da avaliação




                                                                  39

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Avaliação Heurística
 • Uma possibilidade para estender o método de avaliação
   heurística, de forma a prover efetivas soluções de redesign, é
   fazer uma sessão de discussão final envolvendo a equipe de
   avaliadores e representantes da equipe de desenvolvimento




                                                                    40

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Avaliação Heurística
 • Avaliação heurística tem se mostrado um bom método para
   determinar tanto problemas graves como problemas menores
   de usabilidade




                                                              41

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Avaliação Heurística
 • Outro ponto que fortalece a existência dessa reunião é que
   nela podem ser levantados os aspectos positivos do design,
   pois a avaliação heurística não trata desse importante aspecto




                                                                    42

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Avaliação Heurística
 • Os principais componentes de uma avaliação heurística podem
   ser resumidos da seguinte forma:
    • Os avaliadores devem percorrer a interface pelo menos duas
      vezes
    • Na primeira focalizar no fluxo e na segunda nas componentes
      individuais do diálogo
    • Inspecionar a interface com base na lista de princípios de
      usabilidade - justificar e detalhar ao máximo todos os problemas
      detectados
    • Combinar os problemas encontrados por 3 a 5 avaliadores e fazer
      com que trabalhem individualmente (sem que um influencie o
      outro)
 • Reunião Final de discussão
 • Coletar graus de severidade                                           43

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Graus de Severidade
 • Combinação de 3 fatores
    • frequência
        • Comum ou raro?
    • impacto
        • Fácil ou difícil para o usuário superá-lo?
    • persistência
        • Problema de uma única vez que o usuário pode superar desde
          que saiba que ele existe ou os usuários serão repetidamente
          incomodados por ele?
 • Impacto do problema no mercado
    • Popularidade do produto                                           44

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Graus de Severidade
 • A severidade dos problemas de usabilidade pode ser definida
   através da seguinte escala (adaptado de Nielsen, 1994):
      1. eu não concordo que isso é um problema de usabilidade;
      2. é um problema cosmético somente – precisa ser corrigido
      somente se sobrar algum tempo no projeto;
      3. problema de usabilidade menor – corrigi-lo deve ter prioridade
      baixa;
      4. problema de usabilidade grave – importante corrigi-lo, deve ser
      dada alta prioridade;
      5. catástrofe de usabilidade – a sua correção é imperativa antes
      de o produto ser liberado.

                                                                           45

MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
Como conduzir?
 • Recomendação: 3 a 5 avaliadores (individualmente)
 • Duração de uma sessão de avaliação - ~2horas
 • Durante a sessão de avaliação o avaliador percorre a
   interface diversas vezes inspecionando os diferentes
   componentes do diálogo e comparando-as com a
   lista de princípios de usabilidade (heurísticas)
    • O avaliador decide como conduzir a avaliação
       • Percorrer a interface pelo menos duas vezes

                                                             46

MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
Resultados da Avaliação
 • Lista de problemas de usabilidade da interface com referência
   aos princípios de usabilidade que foram violados
 • Avaliação heurística não objetiva prover meios de corrigir os
   problemas em um redesign e não levanta os aspectos
   positivos do design




                                                                   47

MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
Conclusões
 • A utilização da avaliação heurística
    • Não somente melhora a interface sob análise
    • Também beneficia futuros projetos, o que é um efeito colateral
      da inspeção que se julga extremamente importante!
 • Observar e analisar as características de design do ambiente
   cotidiano é um modo de desenvolver uma sensibilidade ao
   mundo desenhado em que vivemos e trabalhamos




                                                                       48

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Aula 9. Técnicas de avaliação de interface

  • 1. A Técnicas de Avaliação de Interfaces Material baseado em: ROCHA, H. V.; BARANAUSKAS, M.C. , Design e Avaliação de Interfaces Humano-Computador. Campinas: NIED/ UNICAMP, 2003 1
  • 2. Introdução • A avaliação NÃO deve ser vista como: • uma fase única dentro do processo de design • como sendo uma atividade a ser feita somente no final do projeto. • A avaliação deve ocorrer durante o ciclo de vida do design e seus resultados utilizados para melhorias gradativas na Interface 2 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 3. Introdução • O domínio do plano de avaliação pode estar entre: • Um ambicioso teste de 2 anos, com múltiplas fases, de um sistema de controle de tráfego aéreo ou, • Um discreto teste de 3 dias com 6 usuários de um sistema interno de contabilidade 3 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 4. Objetivos da Avaliação • Muitas questões poderiam ser objetivo de uma avaliação • O setor de marketing poderia estar interessado em saber como o produto de sua empresa se compara com produtos de outros competidores do mercado; • Um exemplo seria se a funcionalidade e a aceitação do produto é melhor, ou pelo menos igual, à do principal competidor; • Produtos também podem ser avaliados no sentido de verificar se estão de acordo com padrões específicos, como as normas ISO 9241 por exemplo (www.iso.org). • São necessárias para responder dúvidas durante o processo de design 4 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 5. Objetivos da Avaliação • Avaliar a funcionalidade do sistema • Medir o impacto do design junto ao usuário, ou seja avaliar sua usabilidade • Identificar problemas específicos com o design 5 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 6. Tipos de Avaliação • Inspeção de Usabilidade • Não envolve usuários; • Pode ser usada em qualquer fase do desenvolvimento de um sistema (implementado ou não); • Teste de Usabilidade • Métodos de avaliação centrados no usuário; • Para usar esse método é necessária a existência de uma implementação real do sistema em algum formato que pode ser desde uma simulação da capacidade interativa do sistema, sem nenhuma funcionalidade, um protótipo básico implementado, ou até a implementação completa; 6 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 7. Inspeção de Usabilidade • Conjunto de métodos aplicado por avaliadores que inspecionam aspectos relacionados à usabilidade de uma interface; • Os avaliadores podem ser: • Especialistas em usabilidade; • Consultores de desenvolvimento de software; • Especialistas em um determinado padrão de interface, etc. 7 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 8. Inspeção de Usabilidade • Métodos de inspeção de usabilidade são geralmente melhores na detecção de problemas do que na direção de como melhorar a interface; • Relatórios gerados a partir dos métodos contêm sugestões para redesign; • Em muitos casos, conhecendo sobre o problema de usabilidade, é clara a maneira de corrigí-lo; • Inspeções de usabilidade são feitas em um estágio onde a interface está sendo gerada e a sua usabilidade necessita ser avaliada; 8 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 9. Inspeção de Usabilidade • O uso efetivo de uma lista de problemas de usabilidade irá requerer que esses problemas sejam priorizados com relação à gravidade de cada problema; • Prioridades são necessárias para não se dispender esforços desproporcionais corrigindo problemas que não irão alterar em muito a interação do usuário com a interface; 9 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 10. Objetivos da Inspeção • Visa encontrar problemas de usabilidade; • Realizar a inspeção durante todas as fases de design (de início ao fim); • Fazer recomendações no sentido de eliminar os problemas e melhorar a usabilidade; • Gerar um relatório formal dos problemas identificados com recomendações para mudanças. 10 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 11. Métodos de Inspeção • Os métodos de inspeção de usabilidade não exigem muito esforço de quem pretende usá-los; • A maioria dos métodos de inspeção terão efeito significativo na interface final somente se forem usados durante o ciclo de vida do projeto; 11 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 12. Métodos de Inspeção • Dentre os métodos de inspeção existentes pode-se destacar: • Avaliação Heurística • Inspeção de Consistência • Percurso Cognitivo 12 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 13. Métodos de Inspeção • Avaliação Heurística • A inspeção da interface é realizada tendo como base uma lista de heurísticas de usabilidade (esse método será detalhado posteriormente) 13 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 14. Métodos de Inspeção • Inspeção de consistência • O avaliador verifica a consistência dentro de uma família de interfaces, quanto à terminologia, cores, layout, formatos de entrada e saída, dentro da interface 14 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 15. Métodos de Inspeção • Percurso cognitivo • O avaliador simula o usuário “caminhando” na interface para executar tarefas típicas • Tarefas mais freqüentes são o ponto inicial de análise, mas tarefas críticas, tais como recuperação de erro, também são percorridas • Esse método foi desenvolvido para interfaces que podem ser aprendidas de forma exploratória, mas também são úteis em interfaces que exigem muito treinamento 15 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 16. Métodos de Inspeção • Percurso cognitivo e avaliação heurística são os precursores dos métodos de inspeção de usabilidade e geralmente não exigem uma grande experiência ou longo treinamento para que possam ser utilizados 16 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 17. Avaliação Heurística • Desenvolvido por Nielsen e Molich em 1993. • Inspeção sistemática da interface baseada nas heurísticas de usabilidade realizada por avaliadores (3 a 5 avaliadores); • 10 heurísticas de avaliação; • O Resultado da avaliação é uma lista de problemas de usabilidade, com os princípios violados e a gravidade de cada problema; • Pode ser utilizado em qualquer etapa do desenvolvimento, mesmo com protótipo em papel. 17 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 18. Avaliação Heurística • É difícil de ser feita por um único avaliador, pois uma única pessoa nunca é capaz de encontrar todos os problemas de usabilidade de uma interface • A experiência tem mostrado que diferentes pessoas encontram diferentes problemas, e portanto, se melhora significativamente os resultados da avaliação heurística 18 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 19. Avaliação Heurística • A avaliação heurística é feita em um primeiro momento individualmente • Durante a sessão de avaliação, cada avaliador percorre a interface diversas vezes inspecionando os diferentes componentes do diálogo e ao detectar problemas os relata associando-os com as heurísticas de usabilidade que foram violadas 19 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 20. Avaliação Heurística • Depois dessa etapa inicial, as listas de problemas dos avaliadores são consolidadas em uma só • Assim, o resultado de uma avaliação heurística é uma lista de problemas de usabilidade da interface com referências aos princípios de usabilidade que foram violados 20 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 21. Avaliação Heurística • Mas o avaliador não pode dizer simplesmente que • Não gosta de um determinado aspecto, tem que justificar com base nas heurísticas; • Também tem que ser o mais específico possível e listar cada problema encontrado separadamente 21 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 22. Heurísticas de Usabilidade • Heurísticas de Usabilidade (Nielsen, 1993) 1. Visibilidade do status do sistema 2. Compatibilidade do sistema com o mundo real 3. Controle do usuário e liberdade 4. Consistência e padrões 5. Prevenção de erros 6. Reconhecimento ao invés de relembrança 7. Flexibilidade e eficiência de uso 8. Estética e design minimalista 9. Ajudar os usuários a reconhecer, diagnosticar e corrigir erros 10. Help e documentação 22 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 23. Heurísticas de Usabilidade 1. Visibilidade do status do sistema • O sistema precisa manter os usuários informados sobre o que está acontecendo, fornecendo um feedback adequado dentro de um tempo razoável 23 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 24. Heurísticas de Usabilidade 1. Visibilidade do status do sistema Bom Ruim 24 Barbosa e Silva 2010
  • 25. Heurísticas de Usabilidade 2. Compatibilidade do sistema com o mundo real • O sistema precisa falar a linguagem do usuário, com palavras, frases e conceitos familiares ao usuário, ao invés de termos orientados ao sistema 25 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 26. 2. Compatibilidade do sistema com o mundo real 26 Fonte: Provedor zaz (1999)
  • 27. Heurísticas de Usabilidade 3. Controle do usuário e liberdade • Usuários freqüentemente escolhem, por engano, funções do sistema e precisam ter claras saídas de emergência para sair do estado indesejado sem ter que percorrer um extenso diálogo 27 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 28. Heurísticas de Usabilidade 4. Consistência e padrões • Usuários não precisam adivinhar que diferentes palavras, situações ou ações significam a mesma coisa 28 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 29. Avaliação Heurística Heurísticas de Usabilidade 5. Prevenção de erros • Melhor que uma boa mensagem de erro é um design cuidadoso o qual previne o erro antes dele acontecer 29 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 30. Heurísticas de Usabilidade 6. Reconhecimento ao invés de relembrança • Tornar objetos, ações e opções visíveis • O usuário não deve ter que lembrar informação de uma para outra parte do diálogo • Instruções para uso do sistema devem estar visíveis e facilmente recuperáveis quando necessário 30 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 32. Heurísticas de Usabilidade 7. Flexibilidade e eficiência de uso • Usuários novatos devem se tornar peritos com o uso • Prover aceleradores de forma a aumentar a velocidade da interação • Permitir a usuários experientes “cortar caminho” em ações freqüentes 32 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 33. Heurísticas de Usabilidade 2. Flexibilidade e eficiência de uso Visualização do documento no browser. Muito utilizado por desenvolvedores. 33 Netscape Versão 4.7 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 34. Heurísticas de Usabilidade 8. Estética e design minimalista • Diálogos não devem conter informação irrelevante ou raramente necessária • Qualquer unidade de informação, fora o diálogo, irá competir com unidades relevantes de informação e diminuir sua visibilidade relativa 34 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 35. Heurísticas de Usabilidade 8. Estética e Design minimalista; www.altavista.com (março,2000) 35 Redundância de links para a função busca. Todos conduzem ao mesmo resultado. MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 36. Heurísticas de Usabilidade 9. Ajudar os usuários a reconhecer, diagnosticar e corrigir erros • Mensagens de erro devem ser expressas em linguagem clara (sem códigos) indicando precisamente o problema e construtivamente sugerindo uma solução 36 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 37. Heurísticas de Usabilidade Tentativa de excluir um arquivo que está em uso. Não há usuário que não se confunda: o que tem a ver disco cheio com excluir um Arquivo! 9. Ajudar os usuários a reconhecer, diagnosticar e corrigir erros 37 Barbosa e Silva 2010
  • 38. Heurísticas de Usabilidade 10. Help e documentação • Embora seja melhor um sistema que possa ser usado sem documentação, é necessário prover help e documentação • Essas informações devem ser fáceis de encontrar, focalizadas na tarefa do usuário e não muito extensas 38 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 39. Avaliação Heurística • Com esses exemplos pode-se perceber que o diagnóstico de um problema associado com as heurísticas que foram consideradas fonte do problema, efetivamente, traz possibilidades concretas de redesign, apesar desse não ser o objetivo da avaliação 39 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 40. Avaliação Heurística • Uma possibilidade para estender o método de avaliação heurística, de forma a prover efetivas soluções de redesign, é fazer uma sessão de discussão final envolvendo a equipe de avaliadores e representantes da equipe de desenvolvimento 40 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 41. Avaliação Heurística • Avaliação heurística tem se mostrado um bom método para determinar tanto problemas graves como problemas menores de usabilidade 41 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 42. Avaliação Heurística • Outro ponto que fortalece a existência dessa reunião é que nela podem ser levantados os aspectos positivos do design, pois a avaliação heurística não trata desse importante aspecto 42 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 43. Avaliação Heurística • Os principais componentes de uma avaliação heurística podem ser resumidos da seguinte forma: • Os avaliadores devem percorrer a interface pelo menos duas vezes • Na primeira focalizar no fluxo e na segunda nas componentes individuais do diálogo • Inspecionar a interface com base na lista de princípios de usabilidade - justificar e detalhar ao máximo todos os problemas detectados • Combinar os problemas encontrados por 3 a 5 avaliadores e fazer com que trabalhem individualmente (sem que um influencie o outro) • Reunião Final de discussão • Coletar graus de severidade 43 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 44. Graus de Severidade • Combinação de 3 fatores • frequência • Comum ou raro? • impacto • Fácil ou difícil para o usuário superá-lo? • persistência • Problema de uma única vez que o usuário pode superar desde que saiba que ele existe ou os usuários serão repetidamente incomodados por ele? • Impacto do problema no mercado • Popularidade do produto 44 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 45. Graus de Severidade • A severidade dos problemas de usabilidade pode ser definida através da seguinte escala (adaptado de Nielsen, 1994): 1. eu não concordo que isso é um problema de usabilidade; 2. é um problema cosmético somente – precisa ser corrigido somente se sobrar algum tempo no projeto; 3. problema de usabilidade menor – corrigi-lo deve ter prioridade baixa; 4. problema de usabilidade grave – importante corrigi-lo, deve ser dada alta prioridade; 5. catástrofe de usabilidade – a sua correção é imperativa antes de o produto ser liberado. 45 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 46. Como conduzir? • Recomendação: 3 a 5 avaliadores (individualmente) • Duração de uma sessão de avaliação - ~2horas • Durante a sessão de avaliação o avaliador percorre a interface diversas vezes inspecionando os diferentes componentes do diálogo e comparando-as com a lista de princípios de usabilidade (heurísticas) • O avaliador decide como conduzir a avaliação • Percorrer a interface pelo menos duas vezes 46 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 47. Resultados da Avaliação • Lista de problemas de usabilidade da interface com referência aos princípios de usabilidade que foram violados • Avaliação heurística não objetiva prover meios de corrigir os problemas em um redesign e não levanta os aspectos positivos do design 47 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta
  • 48. Conclusões • A utilização da avaliação heurística • Não somente melhora a interface sob análise • Também beneficia futuros projetos, o que é um efeito colateral da inspeção que se julga extremamente importante! • Observar e analisar as características de design do ambiente cotidiano é um modo de desenvolver uma sensibilidade ao mundo desenhado em que vivemos e trabalhamos 48 MC71404-Interface Humano-Máquina : Prof. Dra. Sílvia Dotta