Este documento discute a importância da exploração da natureza e brincadeiras livres para o desenvolvimento infantil. Ele enfatiza deixar as crianças brincarem com elementos naturais e usar a imaginação, ao invés de ensinamentos prematuros. Também destaca a importância de contatos culturais e atividades manuais para estimular a criatividade das crianças.
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
A gente vai continuar
1. “A GENTE CONTINUOU E AINDA VAI
CONTINUAR…”
(Atividades realizadas entre 6 e 29 de maio de 2020)
2. Agora mais que nunca, as nossas crianças
precisam de explorar ativamente qualquer
metro quadrado de espaço verde de forma
curiosa e livre, afastadas de olhares mais
receosos e atitudes mais protetoras. Tudo o
que pode recair sobre esta interação, é uma
observação atenta das interações da criança,
assim como, das suas verbalizações, de forma
a provocá-la nessas suas descobertas.
3. Ao explorarem o mundo exterior, as crianças
podem fazer as suas descobertas com base
na realidade e da observação, ainda que
muito inexperiente, chegam as mais variadas
curiosidades e questões, as quais podemos, e
devemos instigar.
4. A observação e a exploração da natureza,
deviam fazer parte da rotina de qualquer
criança. Brincar com os elementos naturais
como paus, folhas pedras e fazer deles, um
outro uso qualquer, dando asas à imaginação;
preparar deliciosas refeições com terra,
folhas e sementes; observar a variedade de
flores, as diferentes folhas e os vários animais
que existem; explorar os vários níveis físicos
que a natureza nos oferece, como subir,
descer, trepar e saltar.
5. Com a exploração e observação
da natureza, a curiosidade
natural das crianças emerge, e
tudo o que podemos fazer é
estar atentos e fugir ao impulso
inicial de darmos todas as
repostas às suas inúmeras
perguntas.
6. O contacto com o sol, o ar, a água permite à
criança readquirir equilíbrios esquecidos.
7.
8.
9. Correr, saltar, trepar, pontapear são
movimentos necessários ao desenvolvimento
fisíco e motor da criança que assim aprende a
conhecer os limites do seu corpo e as suas
potencialidades.
10. Criar a partir de um ponto de partida o mais
residual possível, fornecer materiais com
diferentes texturas, cores, consistências e
permitir que a criança dê asas à imaginação é
o que desenvolve a criatividade. Explorar,
brincar com os materiais sem dar receitas
nem soluções é a forma de cada criança
encontrar e os seus caminhos.
11. Usar as mãos ou o corpo como molde e a
partir daí descobrir o que se criou…um
crocodilo, um golfinho, uma vaca, o que é isto
afinal?
Temos de nos deixar surpreender…
12. Temos de deixar espaço para a fantasia, para
a imaginação para o brincar e parar de nos
preocuparmos com a escolarização precoce
das crianças.
13. A partir de uma história dobrar, pintar, colar,
fazer porque é através das mãos que a
criança apreende o mundo e aprende.
14.
15. Com as histórias que escutam as crianças
aprendem novas palavras, aprendem a
espantar medos, aprendem a encontrar sentido
para o que parece não fazer sentido… e por
vezes as histórias ganham vida e saem de
dentro dos livros através dos seus desenhos.
16. O desenho ditado é uma estratégia ótima
para que as crianças aprendam a seguir
instruções, desenvolvam o nível de
concentração, além de potenciar o
desenvolvimento da linguagem própria da
matemática pois têm de desenhar 1 sol, 4
janelas, 2 nuvens, etc.
17.
18. Pintar em diferentes materiais, com
diferentes perspetivas e em diferentes telas,
para além de libertador, é fundamental para
desenvolver a criatividade e as competências
artísticas de cada um.
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20.
21. Proporcionar o contacto da criança com
manifestações culturais sejam elas a dança, o
teatro, a música, a pintura, a escultura ou a
fotografia é fundamental para o
desenvolvimento do sentido estético e da
criatividade.
22. Quando o meio ambiente está repleto
de estímulosé difícil manter a atenção
e concentração. Alguns exercícios
podem ajudar a criança a manter-se
concentrada!
23. Escolherem os ingredientes, manuseá-los,
terem cuidado com as quantidades, terem
confiança nas suas capacidades e sentirem-se
entusiasmados com a sua autonomia.
É disto que eles são capazes quando lhes
damos espaço, permitimos que atuem sem
grandes interferências para que possam ter
liberdade de ação.
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25. A realização de experiências ajuda no desenvolvimento do pensamento crítico e na
compreensão dos factos que, em idades tão pequenas, podem ser difíceis de
compreender.
26. Independentemente da experiência, as
crianças têm a oportunidade de manusear os
componentes, explorar os materiais, colocar
hipóteses e perspetivar os resultados numa
dança entre a causa e o efeito. O pensamento
é acionado para que perceba a lógica do
processo e a compreensão do mundo que a
rodeia torna-se cada vez mais significativa.
27. Num tempo em que ficamos
obrigados a permanecer em casa
importa compreender que tal
como diz Mia Couto “o
importante não é casa em que
moramos, mas onde, em nós,
mora a casa”
28.
29. “A gente vai continuar…”
Estes foram dias atípicos! Dias em que tivemos de descobrir como viver de outra forma. A
educação de infância não é compaginável com o ensino à distância. Em primeiro lugar porque
não é ensino, é educação e sendo educação é relação. Relação pedagógica mas também relação
afetiva.
Num mundo virtual tentei fazer o melhor possível, na tentativa de não invadir o espaço familiar
mas permitir que nos sentíssemos como membros do mesmo grupo, não perdêssemos o
contacto e ajudar a que as crianças tivessem um tempo delas e para elas. Cada um participou ao
seu ritmo se e quando quis e essa é uma liberdade de cada um que não me cabe a mim julgar.
Muitas aderiram às propostas feitas, criaram muitas vezes para além delas e souberam captar
através das fotografias e vídeos a essência do momento.
Foram muitas as partilhas! Foram muitos os momentos em que me senti ao vosso lado!
Sinto que dei mas recebi muito mais. Muito obrigada!
E, com ou sem vírus…a gente vai continuar!
◦ Cristina Nogueira