1) O documento discute prioridades para bibliotecas escolares no contexto da flexibilidade curricular e do perfil do aluno para o século XXI.
2) Algumas prioridades incluem trabalhar mais com escolas do 1o ciclo, avaliar competências de leitura, e promover inovação pedagógica.
3) A biblioteca escolar é vista como um espaço para o cruzamento de saberes que pode apoiar a flexibilidade curricular.
1. Prioridades para as Bibliotecas Escolares no
contexto da flexibilidade curricular e do perfil do aluno
para o século XXI
Sónia Cruz
Escola Superior de Educação IPVC |
soniacruz@ese.ipvc.pt
2. Alguns dados curiososA
B
C
D
Europa 2020
Portugal apanhando o comboio
.
O Papel da RBE
Sumário
E
Prioridades para 18/19
Ideias-chave
Projetos/Ideias
.
3.
4. Lemos mais ou lemos menos?
Ao longo das décadas, nas bibliotecas públicas portuguesas …
108 leitores
/1000 habitantes.
1960
146 leitores
/1000.
1990
688 leitores
/1000.
2000
826 leitores
/1000.
2003
Your Text Here
Fontes/Entidades: INE, PORDATA
5. Lemos mais ou lemos menos?
Ao longo das décadas, o número de bibliotecas escolares…
164 bibliotecas
1997
2461 bibliotecas
2017
Your Text Here
Fontes/Entidades: INE, PORDATA
7. Europa 2020
Educação
- reduzir para menos de 10% a taxa de
abandono escolar
- aumentar para, pelo menos, 40% a
percentagem de pessoas entre os 30 e os
34 anos que concluíram estudos
superiores.
8.
9. Princípios Valores Áreas de
Competência
Base humanista
Saber
Aprendizagem
Inclusão
Coerência e flexibilidade
Adaptabilidade e ousadia
Sustentabilidade
Estabilidade
Responsabilidade e
integridade
Excelência e exigência
Curiosidade, reflexão e
inovação
Cidadania e participação
Liberdade
Linguagens e Textos
Informação e Comunicação
Raciocínio e Resolução de
Problemas
Pensamento critico e criativo
Relacionamento interpessoal
Desenv. pessoal e autonomia
Bem estar, saúde e ambiente
Sensibilidade estética e artística
Saber científico, técnico e
tecnológico
Consciência e domínio do corpo
Despacho n.º 6478/2017, 26 de julho
10. Conhecimentos Capacidades Atitudes
a) o que os alunos devem
saber (os conteúdos de
conhecimento disciplinar
estruturado, indispensá-
veis, articulados concetu-
almente, relevantes e si-
gnificativos);
b) os processos cognitivo
s que devem ativar para
adquirir esse conheci-
mento (operações/ações
necessárias para apren-
der);
c) o saber fazer a ele associado
(mostrar que aprendeu), numa
dada disciplina — na sua especi-
ficidade e na articulação horizon-
tal entre os conhecimentos de
várias disciplinas —, num dado
ano de escolaridade.
Despacho n.º 6944-A/2018, de 19 de julho.
12. 1º grupo 2º grupo 3º grupo
Direitos Humanos (civis e
políticos, económicos, so
ciais e culturais e de soli-
dariedade);
Igualdade de Género;
Interculturalidade (diversi
dade cultural e religiosa);
Desenvolvimento Susten-
tável;
Educação Ambiental;
Saúde (promoção da saú
de, saúde pública, alimen
tação, exercício físico).
Sexualidade (diversidade,
direitos, saúde sexual e
reprodutiva);
Media;
Instituições e participação
democrática.
Literacia financeira e edu
cação para o consumo;
Segurança rodoviária;
Risco.
Empreendedorismo (na suas
vertentes económica e social);
Mundo do Trabalho;
Segurança, Defesa e Paz;
Bem-estar animal;
Voluntariado.
Outras (de acordo com as ne-
cessidades de educação para
a cidadania diagnosticadas pe-
la escola).
obrigatório para todos os
níveis e ciclos de
escolaridade
obrigatório em pelo me-
nos dois ciclos do ensi-
no básico
com aplicação opcional
em qualquer ano de esco-
laridade.
14. A Estratégia Europa 2020 suscitou a necessidade de definição,
por parte do Programa Rede de Bibliotecas Escolares (RBE),de
um conjunto de áreas e linhas prioritárias de intervenção, que
lhe permitam orientar a sua ação e contribuir para a concretiza-
ção da melhoria das habilitações literárias e qualificações da
população portuguesa.
O Quadro estratégico 2014-2020 funciona
como guia da atividade da RBE e como
instrumento orientador dos
planos de melhoria das bibliotecas.
In PROGRAMA REDE DE BIBLIOTECAS ESCOLARES. QUADRO ESTRATÉGICO: 2014-2020, p.8
16. Prioridades da Rede de Bibliotecas Escolares
2018/2019
reforço das literacias digitais.
6
promoção da inovação pedagógica e da
flexibilidade curricular
4
desenvolvimento de instrumentos para a
avaliação da competência leitora;
3
trabalho mais aprofundado com as
escolas de 1.º ciclo
implementação do referencial
“Aprender com a Biblioteca
Escolar”
2
capacidade Educação para a Cidadania
5
1
R
B
E
17. 01
Um trabalho mais aprofundado com as escolas de 1.º ciclo, integrando as bibliotecas nas dinâmicas de trabalho em s
ala de aula e formando os professores titulares de turma em práticas de formação de leitores e dinamização de literacia f
amiliar.
- Exemplos:
1. Criar uma Biblioteca Sonora (consiste em disponibilizar histórias gravadas ao leitor);
2. Brincar com Livros Ilustrados (consiste em comparar, por exemplo, várias versões da mesma histó-
ria: caracterização das personagens, descrição das ações, conclusão);
3. Realizar um Videoclip para Apresentar Livros (consiste na apresentação de livros à maneira de um
videoclip)
4. Adaptar um Livro (consiste na adaptação de um livro, por exemplo, a uma peça de teatro, a um fil-
me, a uma banda desenhada ou a um vídeo. Estas adaptações podem, pois, ser concretizadas a-
través da expressão plástica, da expressão dramática, da expressão oral ou da escrita);
- Aumentar a interação entre Professor bibliotecário e professores do 1.º ciclo (através do referencial “Aprender
com a Biblioteca Escolar”)
Christian Poslaniec (2005)
18. Máscaras – atividade quebra gelo
- Promove a leitura em voz alta em cri-
anças mais tímidas ou com baixo auto
conceito.
- As máscaras ou até roupas velhas dos
pais ou avós podem ser um ótimo
estímulo para dar início à história.
- Material:
-Máscaras; Roupas velhas; Acessó-
rios variados; Perucas…
Proposta 1
- Desenvolvimento:
- A) Leitura:
- Quando a criança se sente desconfortável a ler em voz alta,
podemos pedir-lhe que coloque uma máscara. Normalmente
aceitam felizes. Agora, ao iniciar a atividade, não é a criança
que está a fazer, mas sim o gato, o coelho ou o super-herói
que está a tapar a sua cara.
- B) Conta-me uma história:
- Deixar a criança escolher a sua indumentária, criando assim
a sua personagem para a história que nos vai contar.
- Pode ser jogado sozinho, mas em grupo é muito divertido e
estimulante, pois vai criar situações/problemas para solucio-
nar.
www.facebook.com/oficinacompinta
19. Armário – atividade quebra gelo
- O muito conhecido medo da página em branco ataca muitas vezes! Indiscriminadamente, adultos e crianças s
ão seus reféns. Vamos desbloquear.
- Material:
- Armário de brincar (pequeno); Lista de palavras;
- Desenvolvimento:
- A) conta-me uma história:
- Dentro de cada gaveta do armário vamos colocar palavras diversas, bem dobradinhas. Pedimos às crian-
ças que retire uma palavra da gaveta com uma pinça ou com os olhos vendados, ou a saltar ao pé-coxi-
nho – estamos a organizar um ritual, algo que funciona muito bem para nos retirar de situações descon-
fortáveis).
- Com as palavras que vai retirando, pedimos que comece a organizar a sua história.
Proposta 2
20. 01
Iniciativas de literacia familiar:
Biblioteca Municipal José Saramago (Beja) - Rotas de Leitura.
A participação dos Pais foi planeada a partir da organização de
clubes de leitura, organizados por faixas etárias, destinados a famílias.
A intervenção é acompanhada por mediadores qualificados,
técnicos da biblioteca ou docentes convidados. Através destas
iniciativas pretende-se promover a descoberta do livro e da leitura, bem
como dotar os Pais de estratégias para promoverem competências de
literacia nos filhos.
As atividades proporcionadas englobam sessões realizadas na
biblioteca, a visita a exposições, espetáculos e encontros com
ilustradores e escritores.
21. 02
A implementação do referencial “Aprender com a Biblioteca Escolar”, que preconiza metodologias de trabalho
cooperativo entre professores, colocando a biblioteca no centro das atividades da escola e explora o trabalho
dos professores bibliotecários como mediadores de aprendizagens;
A RBE disponibiliza também um conjunto de exemplos de atividades
para aprender com a biblioteca escolar e que preconiza o trabalho
cooperativo entre professores.
organizadas em três áreas:
- Pré-escolar
- 1.º ciclo
- 2.º ciclo
- 3.º ciclo
- Secundário
organizadas por ciclos:
22. 02
A implementação do referencial “Aprender com a Biblioteca Escolar”, que preconiza metodologias de trabalho
cooperativo entre professores, colocando a biblioteca no centro das atividades da escola e explora o trabalho
dos professores bibliotecários como mediadores de aprendizagens;
23. 03 A promoção de um trabalho de avaliação das literacias, através do desenvolvimento de instrumentos
rigorosos para a avaliação da competência leitora;
O estudo “Para a Avaliação do Desempenho de Leitura”
identifica, analisa e aprecia 26 instrumentos de avaliação
já testados que podem ser adaptados a fim de chegar à
definição de referenciais de desempenho de leitura
(Benchmarks).
24. 04
A promoção da inovação pedagógica e da flexibilidade curricular a partir da biblioteca escolar, enquanto es
paço privilegiado do cruzamento de saberes disciplinares e do acesso a múltiplos recursos;
Exploração de “Caixas do saber”
- Articulação entre várias professores de várias disciplinas
para a criação de caixas que contêm informação em
diferentes suportes sobre diferentes áreas do saber
(Referencial Aprender com a Biblioteca Escolar).
25. 04
A promoção da inovação pedagógica e da flexibilidade curricular a partir da biblioteca escolar, enquanto es
paço privilegiado do cruzamento de saberes disciplinares e do acesso a múltiplos recursos;
Proposta
- As “Caixas de Saber” são caixas que contêm
informação em diferentes suportes (livros, fotografias,
artefactos,…) sobre as diferentes áreas do saber
(História, EV, ET, Ciências…), permitindo uma utilização
versátil.
- Os alunos (individualmente ou em pares) teriam que
preencher as grelhas de verificação da informação.
27. 05
Manual com 9 propostas didáticas (1.º e 2º ciclos) para respon
der aos desafios que se colocam a educadores quando pretendem
abordar temas de Educação para o Desenvolvimento (ED) e de
Educação para a Cidadania Global (ECG). O recurso tem por base
o Referencial de Educação para o Desenvolvimento.
Está pensado numa perspetiva de integração dos objetivos de ED/
CG nos currículos específicos de cada área disciplinar, dando
origem a uma prática educativa orientada para a formação de cida
dãos globais.
A implementação da Estratégia Nacional aos temas da atualidade e no acesso a recursos que lhes permitam desenvolver
conhecimentos e capacidade Educação para a Cidadania, através da capacitação das bibliotecas com instrumentos de
participação dos alunos no comentário de crítica;
29. 06
O reforço das literacias digitais, através da promoção de leitura em diferentes formatos e
da promoção da competência de leitura em texto e hipertexto.
- Utilização de ferramentas da Web 2.0 (youtube, teachertube, flickr, podcast, blogue…).
- Aposta nos clubes de leitura virtuais e nos sítios Web com o intuito de motivar os alunos para a leitura:
- Catalivros, (www.catalivros.org);
- Casa da Leitura (www.casadaleitura.org) - aproxima os jovens leitores de um conjunto de títulos
essenciais da literatura para infância e juventude, com destaque para a produção nacional,
assentando no carácter lúdico e interativo das narrativas e desafios propostos.
- Coleção de Leitura Júnior (www.junior.te.pt/literatura_junior/index.html) - destina-se a crianças
com informação, diversão e atividades em áreas diversas, adequado aos três diferentes níveis
etários (Pré-escolar,1º Ciclo e 2º Ciclos).
31. Ideias-chave
A biblioteca escolar constitui um lugar de interseções, colaboração e inclusão para
o desenvolvimento de múltiplas literacias com vista à concretização
da flexibilidade curricular e do perfil do aluno.
Cabe ao Professor Bibliotecário potenciar a promoção
e o desenvolvimento de competências no domí
nio da literacia da informação de modo a desenvolv
er nos jovens leitores uma leitura compreensiva d
o que se lê a fim de ser capaz de selecionar
e tratar a informação transformando-a em
conhecimento mobilizável.
O elemento-chave é o professor e as suas convicções.
Melhor que ninguém, o professor conhece a realidade
dos alunos. É o agente transformador da mudança qu
e se espera. É a voz da esperança num mundo melhor.
32. 12 e 13 de outubro 2018
Escola Superior de Educação de Viana do Castelo
Inscreva-se em:
https://eippese.wixsite.com/2018
33. Escola Superior de Educação
Av. Cap. Gaspar de Castro
4901-908 Viana do Castelo
MUITO OBRIGADA
PELA VOSSA ATENÇÃO!
Apresentação disponível no slideshare/soniacruz
soniacruz@ese.ipvc.pt ucp.academia.edu/SóniaCruz
| Universidade de Coimbra
34. “A biblioteca é a casa
Desse eterno leitor aprendiz
Que lendo e relendo,
Vai descobrindo e esquecendo,
Assim como quem diz:
“Cada livro que descubro
É apenas mais um passo
Para me sentir feliz.”
José Jorge Letria (2003)
Notas del editor
Bom dia.
Todos os que estamos aqui reconhecemos a importância da leitura na formação de jovens leitores.
Organizações internacionais como a OCDE e a UNESCO consideram-na um alicerce da sociedade do conhecimento, indispensável ao desenvolvimento sustentado. A leitura é fundamental para formar cidadãos com elevados níveis de autonomia, com plena consciência de si próprio e dos outros, para que possam tomar decisões face à complexidade do mundo atual, para que exerçam uma cidadania ativa.
Claramente, pelo menos, há cada vez mais portugueses a visitarem as bibliotecas públicas o que não significa, necessariamente, mais leitores.
Em apenas 20 anos (de 1997 para 2016), o número de bibliotecas escolares em Portugal aumentou exponencialmente, de apenas 164 para 2432.
Não obstante, a promoção da leitura têm sido operacionalizada nas escolas portuguesas, e em especial nas bibliotecas escolares ao longo das últimas duas décadas, com o apoio de três programas de cariz nacional:
do Plano Nacional de Promoção da Leitura (PNPL), criado em 1997, da responsabilidade do Ministério da Cultura, através da Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas (DGLB);
do projecto da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) intitulado “Casa da Leitura” e,
3) a partir de 2006, do Plano Nacional de Leitura (PNL), uma iniciativa do XVII Governo Constitucional.
O investimento nas bibliotecas escolares, porém, está a evoluir em sentido contrário: atingiu o pico de investimento em 2008 e daí caiu abruptamente. Tal reflete a difícil conjuntura económica nacional mas também revela que o maior investimento, aquele que dotou as bibliotecas de recursos já estava, grosso modo, concretizado. A partir daqui resta procurar formas de dinamizar os recursos físicos e humanos para promoção da leitura.
Após uma longa trajetória de construção da Rede de Bibliotecas Escolares atingiu-se uma fase de maturidade, em que é preciso investir na consolidação e na garantia da sua qualidade, promovendo: a adaptação dos meios existentes às exigências tecnológicas e digitais da atualidade; a criação de serviços educativos com impacto visível na vida da escola e no sucesso dos alunos; a continuação da melhoria dos níveis de leitura e das literacias; a oferta de espaços inovadores de conhecimento, formação pessoal e construção da cidadania.
A Estratégia 2020 visa a melhoria dos níveis de educação em cada estado membro, o que impeliu o Programa Rede de Bibliotecas Escolares, a desenhar um conjunto de áreas e linhas prioritárias de intervenção, que lhe permitam orientar a sua ação e contribuir para a concretização dos objetivos estabelecidos para Portugal neste domínio.
--
É na persecução dos objetivos estabelecidos na Estratégia da Europa 2020 que, ao nível da Educação, foram apresentados e recentemente homologados diretrizes que servem de orientação para os professores, escolas e também para a RBE.
Esses documentos são 1-2- 3 num contexto de autonomia e flexibilidade curricular.
O Perfil dos Alunos é "uma matriz comum para todas as escolas" e vertentes de ensino que define os valores, competências e princípios que devem orientar a aprendizagem.
é um conjunto de competências a desenvolver para termos cidadãos mais aptos, mais sabedores, mais cooperantes, mais conscientes do seu papel na cidadania global
Para cada ano e área disciplinar/disciplina, as AE elencam os conhecimentos, as capacidades e atitudes a desenvolver por todos os alunos.
As Aprendizagens Essenciais visam promover o desenvolvimento das áreas de competências inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.
As Aprendizagens Essenciais (AE) identificam as Áreas de Competências do Perfil dos Alunos que se pretendem desenvolver (elencadas de A a J).
Na planificação, essas Competências ou descritores do Perfil devem ser enunciadas tendo, naturalmente por base, o documento em vigor que estabece as metas curriculares, que se mantém em vigor.
O Perfil dos Alunos contempla uma Visão e Valores que devem ser trabalhados ao longo da escolaridade obrigatória. Ao definir uma base humanista, considera-se nevrálgico uma sociedade centrada na pessoa e na dignidade humana como valores fundamentais.
Assim, os diferentes domínios da Educação para a Cidadania estão organizados em três grupos diferenciados mas em convergência com o Perfil dos Alunos e com as Aprendizagens Essenciais …
A gestão do currículo de forma flexível e contextualizada vem ou poderá vir a possibilitar a convergência de projetos que na base revelem aquelas preocupações.
Neste cenário ainda muito novo para professores em geral e professores bibliotecários, em particular, qual o papel d RBE?
A melhoria dos níveis de educação em cada estado membro estabelecidas na Estratégia 2020 tornou necessária a definição, por parte do Programa Rede de Bibliotecas Escolares, de um conjunto de áreas e linhas prioritárias de intervenção, que lhe permitam orientar a sua ação e contribuir para a concretização dos objetivos estabelecidos para Portugal neste domínio.
É sobre este pano de fundo e tendo por base esta determinação, que se estabelece um quadro de padrões de excelência, que se constitui como referência para as estratégias da RBE na condução do trabalho das bibliotecas escolares até 2020.
Após uma longa trajetória de construção da Rede de Bibliotecas Escolares atingiu-se uma fase de maturidade, em que é preciso investir na consolidação e na garantia da sua qualidade, promovendo: a adaptação dos meios existentes às exigências tecnológicas e digitais da atualidade; a criação de serviços educativos com impacto visível na vida da escola e no sucesso dos alunos; a continuação da melhoria dos níveis de leitura e das literacias; a oferta de espaços inovadores de conhecimento, formação pessoal e construção da cidadania.
Que prioridades para 2018/2019?
Importa que as bibliotecas escolares funcionem como polo de formação de leitores logo a partir do 1.º ciclo, envolvendo as famílias, e que avalie competências de literacia.
Assim, devem ser promovidas actividades de animação da leitura que, preferencialmente, exijam o envolvimento activo do leitor com o texto, mas também
estratégias diversas que prevejam tempo e condições ideais para que o acto voluntário da leitura possa acontecer.
…
Devem, igualmente, ser realizadas de forma sistemática para terem um efeito duradoiro
Referencial Aprender com a Biblioteca Escolar, prevê, por exemplo na vertente da Literacia da Informação, princípios e estratégias que contribuem para tornar possível a articulação da BE com vários grupos disciplinares para o reforço da leitura informativa).
A tutela quer ainda implementar o referencial “Aprender com a Biblioteca Escolar”, que promove trabalho cooperativo entre professores, coloca a biblioteca “no centro das atividades da escola e explora o trabalho dos professores bibliotecários como mediadores de aprendizagens”.
Para tal apresenta para todos os ciclos Estratégias de operacionalização como esta …
As bibliotecas deverão ser também um espaço privilegiado para a educação para a cidadania, promovendo comentários à actualidade e disponibilizando recursos que permitam “desenvolver conhecimentos e capacidade crítica”.
A importância da Educação para os Media nas Escolas advém do facto de as crianças e jovens se constituírem, de forma cada vez mais intensa, como consumidores e produtores de media. Importa, então, dotá-los de conhecimentos e capacidades que os habilitem a um consumo e a um conhecimento mais informados, sobretudo tendo em conta a crescente complexidade desses meios e dos contextos em que surgem e se desenvolvem os media.
No quadro do sistema educativo, a concretização da Educação para os Media permitirá às crianças e jovens apropriarem-se de instrumentos que os habilitarão a um uso consciente do potencial dos media, assim como dos perigos a que através destes se podem expor
A Educação para os Media Visa aproveitar os recursos e oportunidades que os meios e redes de comunicação facultam para enriquecer o desenvolvimento pessoal e social, de modo a que cada pessoa possa conviver, aprender e trabalhar com mais qualidade
“Ensinar a ler, motivar para a leitura terá de ser algo em que se acredite.
Nenhuma estratégia terá o resultado desejado se não houver crença no seu
valor, ora, a leitura é como o amor. Assim sendo, teremos mesmo de estar
apaixonados.”
Sardinha (2007: 6