Todo aparecem contas como o IPTU, IPVA e rematrícula e não existe uma fórmula mágica para evitar o aperto, porém manter a disciplina na economia pode ser decisivo para sair do vermelho ou se manter no azul.
Veja algumas dicas do SPC Brasil para manter as contas em dia nesse início de ano:
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Dicas SPC Brasil para começar 2014 sem dívidas
1. SPC Brasil dá dicas para o consumidor
começar 2014 com as contas em dia
Com tributos e parcelas remanescentes das compras de Natal, o volume de
despesas nos primeiros meses do ano é grande e exige organização
Passada a euforia das festas de fim de ano, das compras natalinas com
parcelas a perder de vista e das viagens com família e amigos, o consumidor se
depara - todos os anos - com uma série de obrigações tributárias, como IPTU,
IPVA e matrículas escolares, que se não bem administradas podem causar
sérios prejuízos ao bolso. E para não começar o ano no vermelho, o ideal é se
planejar para não contrair novas dívidas.
Na avaliação dos especialistas do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito),
não existe uma fórmula mágica para evitar o aperto no bolso. A decisão de sair
do vermelho ou então de se manter financeiramente no azul, requer disciplina
tanto no planejamento das contas domésticas como na contenção de gastos
considerados supérfluos.
“O volume de despesas em janeiro é grande e por isso, a palavra-chave é
organização. O planejamento é essencial para que o consumidor saiba para
onde está indo o dinheiro. A primeira coisa a se fazer é listar todas as despesas
fixas ou ocasionais e avaliar quais são prioritárias, seja pela proximidade de
vencimento do boleto ou pelo juro mais alto”, orienta a economista do SPC
Brasil, Luiza Rodrigues.
Segundo os economistas do SPC Brasil, para evitar turbulências com o
pagamento de contas nesse período do ano, o ideal seria que o consumidor
tivesse guardado parte do décimo terceiro salário ou então fizesse uma reserva
mensal de seus rendimentos, mas muitos brasileiros tendem a utilizar essa
renda extra para o consumo durante as festas de fim de ano.
Quanto à decisão de pagamento a vista ou parcelado de tributos como IPTU e
IPVA, a economista do SPC Brasil avalia que cada caso deve ser analisado de
maneira particular. “Os consumidores que tiverem dinheiro em conta corrente
ou poupança não precisam ter dúvidas: devem pagar os compromissos à vista
e aproveitar os descontos oferecidos”, afirma Luiza Rodrigues.
2. Para quem tem aplicações como CDB ou outros fundos, a economista do SPC
Brasil explica que é necessário fazer contas para descobrir se o resgate vale a
pena, porque os impostos cobrados e as penalidades por resgate antecipado
podem anular o benefício do desconto. “Já quem não tem dinheiro guardado
deve inevitavelmente pagar a prazo e iniciar um planejamento desde já para
não cometer o mesmo erro no ano que vem”, orienta a economista.
Renegociação e substituição de dívidas
Para os consumidores que já estão inadimplentes, além de cortar gastos
desnecessários e evitar compras impulsivas, o SPC Brasil recomenda que se
faça uma renegociação da dívida com o credor, barganhando condições e
formas de pagamento que melhor se encaixam no orçamento.
Os especialistas do SPC Brasil alertam ainda que antes de se buscar algum tipo
de financiamento para quitar débitos, é preciso fazer uma avaliação criteriosa
dos juros cobrados na operação. “Se o consumidor estiver inadimplente no
cartão de crédito ou no cheque especial, a substituição da divida é uma opção
que compensa. Para isso, ele pode contrair um empréstimo pessoal com juros
mais baixos para quitar a dívida e assim, evitar que ela se transforme numa
bola de neve”, explica a economista.
Para ilustrar melhor a evolução da dívida de um cartão de crédito, o
departamento econômico do SPC Brasil simulou uma dívida de R$ 2 mil com
juros rotativos de 7,5% ao mês. Para quitar essa dívida, o consumidor terá que
cortar
completamente
novos
gastos
de
cartão
e
ainda
desembolsar
mensalmente R$ 258,56, ao longo de 12 meses. Ao final de um ano, esse
consumidor terá desembolsado R$ 3.102,67, o que equivale a 55% a mais do
que o valor inicial da dívida (R$ 2.000,00).
Por outro lado, caso o consumidor troque essa dívida no cartão de crédito por
outra de valor idêntico na modalidade de um empréstimo pessoal consignado, o
resultado será mais favorável, pois os juros do consignado são bem mais baixos
(1,84% ao mês em vez de 7,5% ao mês). Nesse caso, a parcela mensal
suficiente para quitar o empréstimo em 12 meses cairia de R$ 258,16 (no caso
do empréstimo com cartão) para R$ 187,27.
3. “Ao final de 12 meses, o consumidor terá gasto R$ 2.247,27 em vez de R$
3.102,67, o que representa uma economia de 27%.”, resume Luiza Rodrigues.
“Vale destacar que essa estratégia é válida desde que após o pagamento do
débito no cartão, o consumidor não volte a fazer novas dívidas que possam
pressionar seu orçamento. Toda modalidade de crédito pode ser algo positivo,
dependendo da forma como é utilizado”, explica Luiza Rodrigues.
SPC Brasil ensina os quatro passos para renegociar uma dívida:
1- Faça um diagnóstico da dívida, identificando os credores e avaliando a
modalidade (cartão de crédito, cheque especial, boleto, crediário etc), o
valor total do débito e a quantidade de parcelas atrasadas;
2- De posse da lista de dívidas e do valor total necessário para quitá-las,
considere a opção de trocar todas as suas dívidas por uma só, com taxas
de juros menores. Para isso, pesquise quais são as instituições
financeiras com taxas mais baixas. O Banco Central apresenta uma lista
das taxas de juros de crédito pessoal http://www.bcb.gov.br/ptbr/sfn/infopban/txcred/txjuros/Paginas/RelTxJuros.aspx?tipoPessoa=1&
modalidade=221&encargo=101 e crédito consignado para trabalhadores
do
setor
privado
http://www.bcb.gov.br/pt-
br/sfn/infopban/txcred/txjuros/Paginas/RelTxJuros.aspx?tipoPessoa=1&
modalidade=219&encargo=101. Escolha as instituições que oferecem
taxas de juros menores e se informe se essas taxas estão disponíveis
para você. Anote essa taxa;
3- De posse da taxa de juros disponível para seu caso, utilize a calculadora
do
banco
central
https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/exibirFormFinanciament
oPrestacoesFixas.do?method=exibirFormFinanciamentoPrestacoesFixas
para descobrir qual será o valor da parcela mensal necessária para
quitar sua dívida. Esse cálculo dará a você uma excelente ideia da sua
capacidade de resolver as dívidas. Procure o credor e demonstre
interesse em regularização sua situação. Apresente contrapropostas e
4. negocie facilidades de pagamento. Se sua dívida for com um banco,
sugira a troca da dívida por um empréstimo pessoal (consignado ou não)
e negocie, informando as menores taxas de mercado anunciadas pelo
banco central. Se a dívida não for com um banco, mas a taxa de juros
for maior que a oferecida pelos bancos, negocie descontos com o credor,
tome um empréstimo bancário na modalidade “crédito pessoal” e quite a
dívida mais cara;
4- Faça um cálculo final de quanto desembolsará para quitar o débito e o
tempo que levará. Opte por pagar primeiro as dividas com juros mais
altos e com proximidade de pagamento.
Como descobrir se o seu CPF está com alguma pendência financeira?
O consumidor pode consultar a sua situação cadastral no banco de dados do
SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) tanto pessoalmente como pela
internet:
Pessoalmente
1. Basta comparecer ao balcão de atendimento mais próximo portando CPF
original e documento com foto. Os endereços dos Postos de Atendimento
estão no site do SPC Brasil. São mais de 2.200 em todo o país:
https://www.spcbrasil.org.br/consumidor/postos-atendimento
Internet
2. Quem preferir pode comprar créditos (mínimo de R$ 9,90) e pagar por
uma consulta de CPF na loja online do SPC Brasil. Cada consulta custa a
partir de R$ 5,59 e com o crédito excedente, o consumidor pode adquirir
outros serviços ofertados na página.
https://www.spcbrasil.org.br (clicar em Loja Online)
5. O SPC Brasil também oferece um serviço pago de monitoramento de
documentos: o “SPC Avisa”. Com ele, é possível se prevenir contra golpes e
fraudes em CPFs e CNPJ.
Ao contratar o serviço, o consumidor é avisado e em até 24 horas, por e-mail
ou SMS, sobre qualquer movimentação suspeita em seu documento, como
consulta para a realização de compras a prazo, verificação de nome restrito,
abertura de empresas ou alteração de dados cadastrais.
As opções de pacote estão disponíveis a partir de R$ 16,00 e o consumidor
pode adquirir o serviço de duas maneiras: pessoalmente, em qualquer balcão
de atendimento do SPC Brasil, portanto documentos pessoais ou por meio da
loja
online
do
SPC.
Para
isso,
basta
acessar
o
site:
https://www.spcbrasil.org.br (clicar em Loja Online)
Como é feita a inclusão de CPFs no banco de dados do SPC Brasil?
Conforme determina o Código de Defesa do Consumidor (Lei n.º 8.078/90) no
artigo 43 e parágrafo 2º, nenhuma inclusão de CPF na base de registros do SPC
Brasil é realizada sem antes o consumidor receber em sua residência uma
correspondência informando o valor da dívida e os dados cadastrais e de
localização da empresa na qual consta o débito.
Ao receber a notificação de que está com pagamentos em atraso, o consumidor
tem 10 dias úteis para regularizar o seu crédito e não ter o CPF incluído na
base de registros do SPC Brasil. Para regularizar a situação, basta procurar a
empresa credora e realizar o pagamento do débito pendente.
Sempre que realizar alguma compra e for identificada alguma restrição de
crédito, o consumidor poderá solicitar diretamente ao lojista a identificação da
empresa que procedeu a inclusão do registro, ir ao local e saldar a dívida.