Estudo mostra que 49% dos pais levam em conta a opinião dos filhos na escolha dos presentes de Natal, e 51% se comprometem a dar outro presente caso o escolhido não agrade. A frustração com presentes indesejados é uma oportunidade para as crianças aprenderem a lidar com a negação e entenderem limites financeiros.
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Vontade dos filhos pesa para 49% dos pais na decisão das compras de Natal
1. Vontade dos filhos pesa para 49% dos
pais na decisão das compras de Natal,
mostra SPC Brasil
Estudo revela ainda que, 51% dos pais se comprometem a dar um novo
presente caso o escolhido não agrade o filho
O mês do Natal chegou e muitos brasileiros aguardam ansiosamente pelas
festas de fim de ano e pela troca de presentes durante a ceia, principalmente
as crianças, que passam todo o ano prometendo um bom comportamento na
expectativa de serem recompensadas com presentes. Um estudo encomendado
pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal de educação
financeira ‘Meu Bolso Feliz’ revelou que na maior parte dos casos a escolha do
presente para as crianças é feita exclusivamente pelos pais (51%). Mas não se
pode minimizar a influência dos filhos no processo decisório. Em 49% dos casos
eles participam de alguma maneira na escolha do presente: 35% dos pais
entrevistados disseram que a decisão é feita em conjunto entre os filhos e eles
e outros 14% confessaram que é a criança quem decide sozinha o presente que
irá ganhar na data.
O educador financeiro do ‘Meu Bolso Feliz’ José Vignoli defende que ao decidir
presentear o filho, seja no Natal ou em outra data festiva, como aniversário e
Dia das Crianças, é importante ouvir os seus desejos. No entanto, ele alerta
que é dever do pai e da mãe avaliar o que é possível ser comprado dentro das
limitações orçamentárias de cada família. “Os pais precisam ter a sensibilidade
de saber o que os filhos desejam para tentar chegar o mais próximo possível
daquilo que a criança quer ganhar, mas que ao mesmo tempo eles tenham
condições de pagar”, afirma Vignoli
Frustração com o presente
O estudo do SPC Brasil mostra que em caso de o presente recebido não agradar
o gosto do filho, a frustração é compensada em mais da metade dos casos
(51%) por meio de uma barganha – os pais se comprometem em dar o
presente desejado em outra ocasião. Esta situação ocorre principalmente entre
os entrevistados do sexo masculino (55%) e pessoas das classes C (62%). Em
30% dos casos os pais relataram que os filhos ficam tristes e frustrados, porém
2. logo se esquecem do pedido ou não pedem outro presente. Já 3% dos pais
ouvidos no levantamento admitem que em situações assim seus filhos
geralmente choram e fazem birra por não receber o presente desejado.
Para os especialistas do ‘Meu Bolso Feliz’ a lista de pedidos feitos ao Papai Noel
– ou aos próprios pais, no caso dos filhos maiores - deve conter mais de uma
opção para que a criança não fique frustrada. Dessa maneira, ela percebe que
essa não é uma decisão exclusiva dela, mas que precisa ser feita em acordo
com os adultos, pois são eles quem trabalham e se esforçam para cuidar da
casa e do bem-estar da família.
É natural as crianças pedirem diversos presentes, ainda mais quando estão no
convívio com amigos na escola, primos e outros coleguinhas da mesma idade,
além dos estímulos da propaganda. No entanto, o 'não' como resposta precisa
ser assimilado pelos filhos, dizem os especialistas.
“Alguns pais excessivamente permissivos acabam satisfazendo a vontade de
seus filhos com um presente caro para não frustrá-los, mas após algumas
semanas quando olharem a fatura de cartão de crédito e notarem que o
brinquedo já foi deixado de lado pela criança, eles podem ficar bastante
arrependidos com esta atitude. Se o filho está acostumado a ganhar tudo
sempre, quando não recebe um presente pode interpretar a situação como falta
de amor”, alerta o educador financeiro.
Os especialistas do Meu Bolso Feliz são unânimes em afirmar que experiências
de frustração na infância são imprescindíveis para que a criança desde cedo
aprenda a lidar com situações difíceis e de desconforto. “A frustração é uma
necessidade do desenvolvimento infantil. É importante que a criança reconheça
o valor do dinheiro desde cedo e entenda que os pais se esforçaram para que
ela tenha acesso a coisas mais importantes”, diz a psicóloga Maria Tereza
Maldonado. Ela recomenda que os pais conversem abertamente com as
crianças sobre a atual situação financeira da família. “O pai que satisfaz todas
as vontades dos filhos camuflando a realidade financeira da família está
desenvolvendo filhos sem limites e que vão acumular ao longo da vida muitas
frustrações para lidar com negações. Já aqueles que falam de maneira
transparente e dão bons exemplos, conseguem criar adultos preparados
financeiramente e que conseguem superar as dificuldades impostas pela vida”,
diz Maria Teresa.
3. “Os pais precisam transmitir às crianças que o Natal não é uma data apenas
para ganhar presentes e que ela representa algo muito maior, como a união e a
confraternização com a família. Esses valores são importantes para a formação
da criança”, recorda a psicóloga.
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