3. Celulas Apostólicas- Aula 3.pdf

Insituto Propósitos de Ensino

Células Apostólicas

CÉLULAS
APOSTÓLICAS
C É L U L A S A P O S T Ó L I C A S | 2
LIDERANÇA NA REDE DE CÉLULAS
PARTE I – FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES
Existem diversas formas de organizar internamente as redes de célu-
las e, em geral, quanto maiores estas redes, mais níveis de organização
e liderança são necessários, visando sempre proporcionar o pastoreio
direto por meio de relacionamentos. Em nossa realidade local, temos
atuado com algumas figuras centrais, listadas a seguir.
1. PASTORES DE REDE
Os pastores de rede são os responsáveis gerais pelas redes de células
e cada grupo nelas constituídas. Em nossa realidade, cada rede corres-
ponde a uma faixa etária, o que significa que os pastores de faixa etária
são também os pastores das respectivas redes. Atualmente, temos três
pastores de rede em nossa estrutura:
• Pastor de rede da faixa etária de crianças
• Pastor de rede da faixa etária de adolescentes e jovens
• Pastor de rede da faixa etária de adultos e máster
Além do pastoreio da rede de células, estes pastores também atuam na
dinâmica ministerial das faixas etárias, com suas celebrações e ministé-
rios internos.
Sob o cuidado e discipulado de cada pastor de rede, estão os supervi-
sores de cada faixa etária. Assim, além de impulsionar seus discípulos,
os pastores de rede possuem a incumbência de ajudar cada supervisor
com estratégias e ações com o propósito de promover o crescimento
das células e suas multiplicações. Eles também atuam como conselhei-
ros, realizando atendimentos pastorais, especialmente aqueles mais de-
licados e que requerem maior atenção.
Os pastores de rede também são responsáveis por realizar a entrevista
com os candidatos para a coordenação de células.
2. MENTORES
Os mentores são responsáveis por contribuir para o bom desenvolvi-
mento da rede de células. Eles podem estar inseridos em qualquer posi-
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ção da estrutura da rede, apoiando e mentoreando líderes ou coordena-
dores e até mesmo supervisores.
São membros altamente comprometidos com a visão e cultura da igreja,
e geralmente fazem parte do corpo de vocacionados, podendo ser pas-
tores, ministros ou obreiros.
Sua atuação não interfere na atuação de liderança dos gestores (líderes,
coordenadores e supervisores), mas visa apresentar um olhar de fora,
de alguém que não está diretamente mergulhado nos relacionamentos
e que pode fazer importantes contribuições.
3. SUPERVISORES
Os supervisores são os responsáveis diretos por um núcleo de células da
faixa etária em que atuam. Consideramos um supervisor aquele que já
possui pelo menos 50 células sob sua gestão.
Em cada faixa etária podemos ter um ou mais supervisores, dependen-
do do tamanho da rede de células. Sob seu cuidado e discipulado estão
os coordenadores das células.
Os supervisores são responsáveis pelo desenvolvimento de seus coor-
denadores de células. Eles também são responsáveis por realizar a en-
trevista com os candidatos à liderança de célula.
4. COORDENADORES
Os coordenadores são líderes de células bem-sucedidos. São líderes que
já multiplicaram sua própria célula no mínimo três vezes, e assim passam
a acompanhar de forma mais intencional estas células que foram fruto
da sua liderança direta.
São responsáveis por compartilhar suas experiências e ajudar os demais
líderes a também desenvolver suas células para que sejam saudáveis e
multiplicadoras. Possuem também a incumbência de realizar visitas a
essas células e apoiar os líderes. Sob o seu cuidado e discipulado estão
os líderes das células. Em sua agenda também está a realização de uma
reunião mensal com todos os líderes debaixo de sua coordenação.
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5. LÍDERES DE CÉLULA
Os líderes de célula são os representantes dos nossos pastores líderes
em suas células. São responsáveis por promover os encontros de célula
e ajudar todos os participantes a se desenvolver na fé cristã. Para isso,
contam com a ajuda de diversos ministérios e ferramentas da igreja, a
fim de que sua liderança não se torne pesada e desgastante.
Um líder de célula atua como um facilitador, alguém que já percorreu
pelo caminho e agora possui habilidade para ajudar outros a atravessa-
rem o trecho percorrido. Ou seja, espera-se que os líderes de célula já
tenham vivenciado os cursos, retiros e demais ferramentas oferecidas
pela igreja, para que possam de forma assertiva encorajar os participan-
tes da célula a também terem esta experiência.
Os líderes de célula devem escolher até três participantes das células
para serem seus discípulos diretos. Por sua vez, cada discípulo do líder
receberá um discípulo pessoal na célula. E cada discípulo receberá outro
discípulo, até que todos os demais participantes sejam incluídos no GDP
(Grupo de Discipulado Pessoal) da célula.
6. LÍDERES APRENDIZES
Líderes aprendizes são todos aqueles participantes que demonstram in-
teresse e desejo de se tornarem líderes de célula. Não limitamos o nú-
merode líderes aprendizes nas células, pois quanto mais existirem, maior
a probabilidade de a célula crescer e se multiplicar.
Possuem mais responsabilidades que os de- mais participantes. Realizam,
por exemplo, a condução dos encontros de célula na ausência dos líderes
e até mesmo na presença dos líderes, quando estes são designados.
Trabalhamos para que todos os líderes aprendizes estejam se preparan-
do para a liderança por meio do cumprimento dos circuitos de discipu-
lado, em especial do curso de Liderança de Célula.
7. PARTICIPANTES DAS CÉLULAS
Os participantes das células são todos aqueles que assumiram o compro-
misso de frequentarem regularmente os encontros. Não necessariamente
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já são membros da igreja, mas pessoas que estão sendo evangelizadas e
acompanhadas para que deem os passos seguintes (decisão por Jesus,
batismo, integração na igreja). Queremos que todos os participantes se
transformem em discípulos de Jesus e façam parte da família da fé.
8. VISITANTES DAS CÉLULAS
Os visitantes das células são todos aqueles que são convidados de par-
ticipantes das células para os encontros. O objetivo do grupo é ajudar
estes visitantes a consolidarem a sua participação nacélula.
Um dos sinais de saúde de uma célula é
o fato dela sempre receber visitantes.
Alguns permanecerão no grupo, outros não, mas a célula saudável sem-
pre está recebendo novas pessoas. Evitamos convidar cristãos de outras
igrejas para participar dos nossos encontros.
PARTE II – O LÍDER DE CÉLULA
“Seja diligente nestas coisas; dedique-se inteiramente
a elas, para que todos vejam o seu progresso”
(1 Timóteo 4.15)
O foco principal de um líder de célula é o desenvolvimento da célula.
Para que isso seja possível é preciso que o líder se desenvolva como
pessoa e amplie sua ação de cuidado.
A. Parase desenvolver como líder...
1. CRESÇA EM RELAÇÃO A SUA IDENTIDADE
Tudo começa pela identidade do líder e também por suas qualidades
para certas tarefas específicas. O bom líder de célula é aquele que co-
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nhece sua identidade em Cristo. Ele está consciente de suas virtudes,
mas também de suas limitações. Por isso, celebra a sua recuperação
diariamente e permite que o Espírito Santo explore cada vez melhor seu
próprio potencial. Sua atenção está em Cristo e em como Ele pode con-
duzi-lo a uma dinâmica de vida renovada nos diversos aspectos de sua
história. Talvez o primeiro grande desafio do líder de célula seja cuidar
de seu próprio ser, de seus pensamentos e de sua emoção.
“Acima de tudo, guarde o seu coração,
pois dele depende toda a sua vida”
(Provérbios 4.23)
2. CRESÇA NOS RELACIONAMENTOS
O bom líder cuida de seus relacionamentos. Os relacionamentos mais
importantes para um líder são: com Cristo, consigo mesmo, com sua fa-
mília, com sua equipe, com seu discipulador e com amigos íntimos.
3. CRESÇA EM CONHECIMENTO
Certamente, se alguém quer ampliar sua influência, precisa estar aberto
a conhecer melhor a Deus, entender melhor sua Palavra, a compreender
as necessidades e anseios humanos, além de se desenvolver e a aperfei-
çoar as avaliações do trabalho em equipe. Um bom líder de células tem
um coração aprendiz e ensinável.
4. CRESÇA NO CARÁTER CRISTÃO
O líder de célula cuida firmemente de sua integridade e caráter, pois
reconhece que o caráter determinará seu legado. Como líderes, somos
constantemente desafiados a desenvolver um caráter divino. Ele está
envolvido com o valor da retidão e da santidade. Conhece suas limita-
ções, mas está empenhado em superar todas elas. Se pecar, logo se ar-
repende e busca não fazê-lo mais. Está convicto que deve ser leal à sua
liderança. É franco e humilde em abordar suas dúvidas e inquietações
sem jamais expor seus líderes.
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B. O que se espera do líder de célula:
• Comprometimento com a ministração do estudo. Não criar seu pró-
prio estudo, mas ministrar o estudo direcionado pela igreja.
• Fomentar um ambiente de honra. Não permitir fofocas e maledicên-
cia na célula.
• Utilizar a cadeira do milagre (oração por milagres em situações “im-
possíveis” – cura, finanças, restauração, etc.) e a cadeira vazia (repre-
senta que sempre há espaço para mais uma pessoa).
• Preencher o relatório dos encontros de célula. Mesmo quando não tiver.
• Manter os integrantes da célula atualizados no sistema.
• Mensalmente recolher alimentos na célula para a Cesta Amor.
• Ministrar o curso de batismo e entrevista dos que tomarem a decisão
na célula.
• Não recolher dízimo e oferta nas células. Exceto quando direcionado
pela igreja.
• Ser dizimista, ofertante e primiciador fiel.
• Participar do momento de dízimos, ofertas e primícias nas celebra-
ções dominicais. É um privilégio passar as salvas e servir de exemplo
para seus liderados.
• Participar do momento de distribuiçãodos elementos da ceia do Se-
nhor nas celebrações dominicais.
• Participar com assiduidade do TPL – Treinamento Pastoral de Líderes.
• Reportar ao coordenador qualquer dificuldade ou dúvida na condu-
ção da célula e de seus liderados.
• Princípio da Honra.
CONCLUSÃO
O líder de célula é uma pessoa muito estratégica. Ele é a referência para o
grupo tanto no ensino, quanto no cuidado, motivação, lealdade, fidelidade
e envolvimento no Reino de Deus. Além disso, ele demonstra na prática o
que é ser discípulo e como discipular pessoas, conduzindo-as a Cristo.

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  • 2. C É L U L A S A P O S T Ó L I C A S | 2 LIDERANÇA NA REDE DE CÉLULAS PARTE I – FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES Existem diversas formas de organizar internamente as redes de célu- las e, em geral, quanto maiores estas redes, mais níveis de organização e liderança são necessários, visando sempre proporcionar o pastoreio direto por meio de relacionamentos. Em nossa realidade local, temos atuado com algumas figuras centrais, listadas a seguir. 1. PASTORES DE REDE Os pastores de rede são os responsáveis gerais pelas redes de células e cada grupo nelas constituídas. Em nossa realidade, cada rede corres- ponde a uma faixa etária, o que significa que os pastores de faixa etária são também os pastores das respectivas redes. Atualmente, temos três pastores de rede em nossa estrutura: • Pastor de rede da faixa etária de crianças • Pastor de rede da faixa etária de adolescentes e jovens • Pastor de rede da faixa etária de adultos e máster Além do pastoreio da rede de células, estes pastores também atuam na dinâmica ministerial das faixas etárias, com suas celebrações e ministé- rios internos. Sob o cuidado e discipulado de cada pastor de rede, estão os supervi- sores de cada faixa etária. Assim, além de impulsionar seus discípulos, os pastores de rede possuem a incumbência de ajudar cada supervisor com estratégias e ações com o propósito de promover o crescimento das células e suas multiplicações. Eles também atuam como conselhei- ros, realizando atendimentos pastorais, especialmente aqueles mais de- licados e que requerem maior atenção. Os pastores de rede também são responsáveis por realizar a entrevista com os candidatos para a coordenação de células. 2. MENTORES Os mentores são responsáveis por contribuir para o bom desenvolvi- mento da rede de células. Eles podem estar inseridos em qualquer posi-
  • 3. LIDERANÇA NA REDE DE CÉLULAS C É L U L A S A P O S T Ó L I C A S | 3 ção da estrutura da rede, apoiando e mentoreando líderes ou coordena- dores e até mesmo supervisores. São membros altamente comprometidos com a visão e cultura da igreja, e geralmente fazem parte do corpo de vocacionados, podendo ser pas- tores, ministros ou obreiros. Sua atuação não interfere na atuação de liderança dos gestores (líderes, coordenadores e supervisores), mas visa apresentar um olhar de fora, de alguém que não está diretamente mergulhado nos relacionamentos e que pode fazer importantes contribuições. 3. SUPERVISORES Os supervisores são os responsáveis diretos por um núcleo de células da faixa etária em que atuam. Consideramos um supervisor aquele que já possui pelo menos 50 células sob sua gestão. Em cada faixa etária podemos ter um ou mais supervisores, dependen- do do tamanho da rede de células. Sob seu cuidado e discipulado estão os coordenadores das células. Os supervisores são responsáveis pelo desenvolvimento de seus coor- denadores de células. Eles também são responsáveis por realizar a en- trevista com os candidatos à liderança de célula. 4. COORDENADORES Os coordenadores são líderes de células bem-sucedidos. São líderes que já multiplicaram sua própria célula no mínimo três vezes, e assim passam a acompanhar de forma mais intencional estas células que foram fruto da sua liderança direta. São responsáveis por compartilhar suas experiências e ajudar os demais líderes a também desenvolver suas células para que sejam saudáveis e multiplicadoras. Possuem também a incumbência de realizar visitas a essas células e apoiar os líderes. Sob o seu cuidado e discipulado estão os líderes das células. Em sua agenda também está a realização de uma reunião mensal com todos os líderes debaixo de sua coordenação.
  • 4. LIDERANÇA NA REDE DE CÉLULAS C É L U L A S A P O S T Ó L I C A S | 4 5. LÍDERES DE CÉLULA Os líderes de célula são os representantes dos nossos pastores líderes em suas células. São responsáveis por promover os encontros de célula e ajudar todos os participantes a se desenvolver na fé cristã. Para isso, contam com a ajuda de diversos ministérios e ferramentas da igreja, a fim de que sua liderança não se torne pesada e desgastante. Um líder de célula atua como um facilitador, alguém que já percorreu pelo caminho e agora possui habilidade para ajudar outros a atravessa- rem o trecho percorrido. Ou seja, espera-se que os líderes de célula já tenham vivenciado os cursos, retiros e demais ferramentas oferecidas pela igreja, para que possam de forma assertiva encorajar os participan- tes da célula a também terem esta experiência. Os líderes de célula devem escolher até três participantes das células para serem seus discípulos diretos. Por sua vez, cada discípulo do líder receberá um discípulo pessoal na célula. E cada discípulo receberá outro discípulo, até que todos os demais participantes sejam incluídos no GDP (Grupo de Discipulado Pessoal) da célula. 6. LÍDERES APRENDIZES Líderes aprendizes são todos aqueles participantes que demonstram in- teresse e desejo de se tornarem líderes de célula. Não limitamos o nú- merode líderes aprendizes nas células, pois quanto mais existirem, maior a probabilidade de a célula crescer e se multiplicar. Possuem mais responsabilidades que os de- mais participantes. Realizam, por exemplo, a condução dos encontros de célula na ausência dos líderes e até mesmo na presença dos líderes, quando estes são designados. Trabalhamos para que todos os líderes aprendizes estejam se preparan- do para a liderança por meio do cumprimento dos circuitos de discipu- lado, em especial do curso de Liderança de Célula. 7. PARTICIPANTES DAS CÉLULAS Os participantes das células são todos aqueles que assumiram o compro- misso de frequentarem regularmente os encontros. Não necessariamente
  • 5. LIDERANÇA NA REDE DE CÉLULAS C É L U L A S A P O S T Ó L I C A S | 5 já são membros da igreja, mas pessoas que estão sendo evangelizadas e acompanhadas para que deem os passos seguintes (decisão por Jesus, batismo, integração na igreja). Queremos que todos os participantes se transformem em discípulos de Jesus e façam parte da família da fé. 8. VISITANTES DAS CÉLULAS Os visitantes das células são todos aqueles que são convidados de par- ticipantes das células para os encontros. O objetivo do grupo é ajudar estes visitantes a consolidarem a sua participação nacélula. Um dos sinais de saúde de uma célula é o fato dela sempre receber visitantes. Alguns permanecerão no grupo, outros não, mas a célula saudável sem- pre está recebendo novas pessoas. Evitamos convidar cristãos de outras igrejas para participar dos nossos encontros. PARTE II – O LÍDER DE CÉLULA “Seja diligente nestas coisas; dedique-se inteiramente a elas, para que todos vejam o seu progresso” (1 Timóteo 4.15) O foco principal de um líder de célula é o desenvolvimento da célula. Para que isso seja possível é preciso que o líder se desenvolva como pessoa e amplie sua ação de cuidado. A. Parase desenvolver como líder... 1. CRESÇA EM RELAÇÃO A SUA IDENTIDADE Tudo começa pela identidade do líder e também por suas qualidades para certas tarefas específicas. O bom líder de célula é aquele que co-
  • 6. LIDERANÇA NA REDE DE CÉLULAS C É L U L A S A P O S T Ó L I C A S | 6 nhece sua identidade em Cristo. Ele está consciente de suas virtudes, mas também de suas limitações. Por isso, celebra a sua recuperação diariamente e permite que o Espírito Santo explore cada vez melhor seu próprio potencial. Sua atenção está em Cristo e em como Ele pode con- duzi-lo a uma dinâmica de vida renovada nos diversos aspectos de sua história. Talvez o primeiro grande desafio do líder de célula seja cuidar de seu próprio ser, de seus pensamentos e de sua emoção. “Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida” (Provérbios 4.23) 2. CRESÇA NOS RELACIONAMENTOS O bom líder cuida de seus relacionamentos. Os relacionamentos mais importantes para um líder são: com Cristo, consigo mesmo, com sua fa- mília, com sua equipe, com seu discipulador e com amigos íntimos. 3. CRESÇA EM CONHECIMENTO Certamente, se alguém quer ampliar sua influência, precisa estar aberto a conhecer melhor a Deus, entender melhor sua Palavra, a compreender as necessidades e anseios humanos, além de se desenvolver e a aperfei- çoar as avaliações do trabalho em equipe. Um bom líder de células tem um coração aprendiz e ensinável. 4. CRESÇA NO CARÁTER CRISTÃO O líder de célula cuida firmemente de sua integridade e caráter, pois reconhece que o caráter determinará seu legado. Como líderes, somos constantemente desafiados a desenvolver um caráter divino. Ele está envolvido com o valor da retidão e da santidade. Conhece suas limita- ções, mas está empenhado em superar todas elas. Se pecar, logo se ar- repende e busca não fazê-lo mais. Está convicto que deve ser leal à sua liderança. É franco e humilde em abordar suas dúvidas e inquietações sem jamais expor seus líderes.
  • 7. LIDERANÇA NA REDE DE CÉLULAS C É L U L A S A P O S T Ó L I C A S | 7 B. O que se espera do líder de célula: • Comprometimento com a ministração do estudo. Não criar seu pró- prio estudo, mas ministrar o estudo direcionado pela igreja. • Fomentar um ambiente de honra. Não permitir fofocas e maledicên- cia na célula. • Utilizar a cadeira do milagre (oração por milagres em situações “im- possíveis” – cura, finanças, restauração, etc.) e a cadeira vazia (repre- senta que sempre há espaço para mais uma pessoa). • Preencher o relatório dos encontros de célula. Mesmo quando não tiver. • Manter os integrantes da célula atualizados no sistema. • Mensalmente recolher alimentos na célula para a Cesta Amor. • Ministrar o curso de batismo e entrevista dos que tomarem a decisão na célula. • Não recolher dízimo e oferta nas células. Exceto quando direcionado pela igreja. • Ser dizimista, ofertante e primiciador fiel. • Participar do momento de dízimos, ofertas e primícias nas celebra- ções dominicais. É um privilégio passar as salvas e servir de exemplo para seus liderados. • Participar do momento de distribuiçãodos elementos da ceia do Se- nhor nas celebrações dominicais. • Participar com assiduidade do TPL – Treinamento Pastoral de Líderes. • Reportar ao coordenador qualquer dificuldade ou dúvida na condu- ção da célula e de seus liderados. • Princípio da Honra. CONCLUSÃO O líder de célula é uma pessoa muito estratégica. Ele é a referência para o grupo tanto no ensino, quanto no cuidado, motivação, lealdade, fidelidade e envolvimento no Reino de Deus. Além disso, ele demonstra na prática o que é ser discípulo e como discipular pessoas, conduzindo-as a Cristo.