Cláudia descreve sua experiência no curso MPeL, inicialmente cética sobre a interação à distância, mas surpreendida com a força dos laços criados. Seu maior desafio foi lidar com a resistência à colaboração, mas acredita que a aprendizagem só faz sentido quando construída coletivamente. Ela recomenda aos alunos aproveitarem a oportunidade de aprender e ensinar uns com os outros.
2. Sendo o MPeL um curso a distância, em classe virtual, como descreve a experiência que teve?
3. Inscrevi-me no MPeL, uma vez que a temática e o plano de estudos se mostravam muito interessantes. Tendo como única experiência o ensino presencial inicialmente os receios e dúvidas prendiam-se exactamente com a distância.
4. Se antes de iniciar o MPeL me tivessem perguntado se a interacção e a colaboração funcionam à distância, provavelmente teria dito que é algo muito difícil (para não dizer impossível).
5. Aliás recordo-me perfeitamente que, quando ainda no Módulo de Ambientação Online foi solicitada a realização de um trabalho em grupo achei que o resultado seria catastrófico.
6. O MPeL e, em particular, o grupo de trabalho com quem acabei por desenvolver a maior parte dos trabalhos em grupo tinha dois elementos que não se encontram sequer no Continente, portanto a distância era mais que real!
7. Mas, por outro lado, a vontade de aprender e partilhar era muito forte e aproximou-nos cada vez mais. Nunca imaginei que os elos de ligação e amizade que criei à distância fossem tão fortes e duradouros.
8. A experiência que tive enquanto aluna do MPeL foi intensa, acima de tudo, muito intensa. Sai com mais bagagem que não se prende apenas com a aprendizagem. Foi uma lufada de ar fresco!
9. Quais os maiores constrangimentos que sentiu como aluno do MPEL? Como os ultrapassou?
10. Antes de entrar para o MPeL já considera a colaboração e a partilha duas bases fundamentais para o sucesso de qualquer turma (do ensino presencial).
11. No entanto, a experiência do MPeL enriqueceu-me, na medida em que me mostrou que qualquer estudante tem sempre a ganhar com a colaboração e a partilha de conhecimentos.
12. O meu maior constrangimento enquanto aluna do MPeL foi deparar-me exactamente com a resistência à partilha, à colaboração e, consequentemente, à construção conjunta da aprendizagem.
13. Logicamente, esta mesma resistência não é visível apenas numa classe virtual, mas provavelmente será aqui mais notória! Existe ainda um caminho longo a fazer. Mas o caminho é feito de pequenos passos. A direcção é esta… basta agora continuar!
15. Qualquer aluno do MPeL (e não só) deverá ter consciência de que a aprendizagem apenas tem sentido quando construída colaborativamente.
16. Não somos seres solitários socialmente e, obviamente, também não o somos enquanto aprendizes. Temos tanto a aprender com outros e tanto que podemos ensinar! Enquanto partilho certamente aprendo.