O documento discute a importância da interdisciplinaridade e da triangulação metodológica em pesquisas sobre identidades no campo da cultura digital, com base na dissertação sobre Afroempreendedorismo no Brasil. A pesquisa utilizou revisão sistemática, análise de redes sociais, formulário e entrevistas para analisar o perfil e percepções dos Afroempreendedores e suas trajetórias. Conclui que a abordagem interdisciplinar e uso de métodos mistos são aliados importantes para compreender contextos complexos como
Novembro negro | Black Millennials of BrazilNadja Pereira
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Interdisciplinaridade e Triagulação Metodológica em Pesquisas no campo da Cultura Digital: reflexões a partir do Afroempreendedorismo
1. Interdisciplinaridade e Triangulação Metodológica
em Pesquisas no campo da Cultura Digital:
reflexões a partir do Afroempreendedorismo
Taís Oliveira
Mestre em Ciências Humanas e Sociais (UFABC)
2. Interdisciplinaridade e Triangulação Metodológica em Pesquisas no campo da Cultura Digital: reflexões a partir do Afroempreendedorismo | M.ª Taís Oliveira | Intercom 2019
O artigo tem como objetivo discutir os percursos teóricos
interdisciplinares e a opção pela triangulação metodológica no
aprofundamento de investigação baseada em identidades no
campo da cultura digital.
OBJETIVO
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CONTEXTO
A dissertação Redes Sociais na Internet
e a Economia Étnica: um estudo sobre
o Afroempreendedorismo no Brasil
(OLIVEIRA, 2019).
Realizada na UFABC
(Orientadores Profs. Drs. Claudio Penteado e Ramatis Jacino)
Percurso teórico Interdisciplinar
Triangulação Metodológica
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CONTEXTO
Como metodologia aplicou-se revisões sistemáticas (HADDAD, 2002;
FERREIRA, 2002; SAMPAIO & MANCINI, 2007), análise de redes sociais na
internet (RECUERO, 2009; BARABÁSI, 2009; RECUERO, BASTOS & ZAGO, 2015;
SILVA & STABILE, 2017; RECUERO, 2018), entrevista via formulário
direcionado aos Afroempreendedores e entrevista semiestruturada (FLICK,
2004; BONI, 2005).
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A partir da pergunta problema: é possível aplicar a Teoria da Economia Étnica na
análise do Afroempreendedorismo no Brasil?
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A partir da pergunta problema: é possível aplicar a Teoria da Economia Étnica na
análise do Afroempreendedorismo no Brasil?
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Uma rede de atributos diversos, não
homogêneos e com representações que
demonstram especificidades.
Valorização da estética negra, aproximação
com questões sociais, veículos de
comunicação com demarcador racial, artistas
negros.
Elementos que não permeiam
especificamente a prática
Afroempreendedora, mas que sugere um
entrelaçamento com a própria identidade e
vivência da população negra.
Estrutura e relações do Afroempreendedorismo a partir da Análise de Redes Sociais na Internet
taisoliveira.me/redes/dissertais/
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Período de circulação: 15 de abril a 09 de maio
141 respostas.
69,5% de mulheres;
Idade entre 26 e 41 anos (58,6%);
29,8% com grau Superior Completo
e 22% com Pós-Graduação Completa.
58,2% são profissionais autônomos;
60,3% oferecem serviços;
62,4% tinham um emprego formal;
49,6% tem outras formas de obter renda.
Perfil e percepções dos Afroempreendedores
A maioria dos respondentes são mulheres,
adultos entre 26 e 41 anos e com grau de
escolaridade acima de superior completo.
São autônomos formalizados e oferecem
serviços. Grande parte tinha um emprego
formal anteriormente, porém ainda mantém
outras formas de obter renda.
72,5% são formalizados;
A formalização de 74,3% é de MEI;
73% não tem funcionários;
Faturam até 5 mil reais/mês (72,3%).
51,1% tem foco em temática negra
51,8% não tem foco em consumidores negros
92,2% tem interesse em movimentos sociais.
Têm foco na temática negra, mas não
necessariamente só em clientes negros. Se
interessam por movimentos sociais.
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85,1% sabem o que é o Black Money;
84,4% mantém contato;
94,3% preferem utilizar serviços ou comprar;
57,4% conhecem pessoas ou organizações.
61,7% afirmam que enfrentam dificuldades em
ser um Afroempreendedor.
98,5% afirmam utilizar a internet para
atividades de sua empresa
.
Eles sabem o que é e praticam o Black Money.
Grande parte diz conhecer pessoas ou organizações
que promovem o Afroempreendedorismo.
Entre as dificuldades estão a falta de credibilidade
com possíveis clientes, fornecedores ou em visitas
a lugares, acesso ao crédito bancário e o racismo
explícito.
Usam internet para o envio de mensagens, redes
sociais, para participar de grupos, site ou blog da
empresa, pesquisas de mercado e tendências,
organização e gestão, reuniões, entre outras.
Perfil e percepções dos Afroempreendedores
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Jaciana Melquiades
Era Uma Vez o Mundo
Rio de Janeiro/RJ
Wanessa Yano
Ayê Acessórios
São Paulo/SP
Michele Fernandes
Boutique de Krioula
São Paulo/SP
Evandro Fióti
Laboratório Fantasma
São Paulo/SP
Trajetórias e vivência do Afroempreendedorismo pelos nós em destaque
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São citados os mesmos problemas em relação ao
acesso financeiro, situações de racismo e a
descrença em perspectivas ao contexto político.
Há um contraponto entre os resultados do
formulário sobre a relação estabelecida entre os
Afroempreendedores.
Há o resgate de valores, representação de
identidades, ícones históricos negros e laços
afetivos.
As mulheres são destaque, os negócios partem de
uma problemática racial ou por falta de referência
representativas e existe uma aproximação com
temas políticos e sociais.
Todos apontam a internet e suas ferramentas como
essencial para a existência, crescimento e permanência dos
negócios (relevância e hackear o sistema).
Sobre a luta antirracista ser uma luta anticapitalista, os
entrevistados discordam e afirmam que empreendimentos
de não negros que estabelecem suas práticas no mesmo
sistema, embora concordem que o racismo estrutural é
inerente ao capitalismo.
Trajetórias e vivência do Afroempreendedorismo pelos nós em destaque
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Reforço e orgulho identitário;
Senso de comunidade;
Auto emprego e consumo;
Respostas a uma sociedade hostil.
Formação da população
negra no país.
Discurso empreendedor num contexto de
pejotização;
Necessidade de políticas públicas;
Racismo estrutural.
Aproximações Distanciamentos Pontos de atenção
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5) porém essa demonstrou ser a etapa mais
delicada visto o fator humano propriamente dito.
Considerações Finais
1) foi de extrema importância levantar os trabalhos
anteriores sobre o objeto e sua base teórica,
sobretudo para certificar o teor de novidade e
atualidade da pesquisa;
2) lidar com rastros digitais facilitou o processo do
ponto de vista técnico pelo fácil acesso a dados
públicos;
3) todavia o método digital por si só não seria capaz
de agregar informações suficientes para responder a
problemática;
4) as entrevistas deram um panorama mais geral do
cenário e possibilitou guiar as perguntas para a
entrevista semiestruturada;
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Dadas as complexidades, consideramos a experiência
interdisciplinar e de triangulação metodológica
importantes aliadas em pesquisas sobre identidades no
campo da cultura digital, sobretudo em contextos
complexos como os que envolvem a discussão de racial.
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Obrigada!
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