O documento descreve espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção de acordo com um inventário recente realizado pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro. O inventário avaliou 4.617 espécies e identificou várias, como a Sinningia cochlearis e a Sinningia harleyi, em risco crítico de extinção ou em perigo devido a fatores como habitat restrito, degradação e pequeno tamanho populacional.
3. Signatário da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), de
1993, o Brasil é responsável pela gestão do maior patrimônio de
biodiversidade do mundo. A flora catalogada no país reúne mais
de 41 mil espécies. Em dezembro de 2013, o Jardim Botânico do
Rio de Janeiro concluiu inventário que identificou grupo de
plantas em risco de extinção.
Realizado sob a coordenação do Centro Nacional de Conservação
da Flora (CNCFlora), o trabalho avaliou 4.617 espécies da flora
brasileira já incluídas em listas oficiais anteriores de espécies
ameaçadas de extinção.
4. 8,5 milhões km² de extensão que ocupam quase a
metade da América do Sul
Concentra de 11% a 14% da diversidade de plantas do
mundo
Tem mais de 41 mil espécies catalogadas e milhares
ainda desconhecidas pela ciência
Brasil
5.
6.
7. Área de ocupação – (AOO): A área de ocupação é definida
como a área ou a soma das áreas ocupadas por um táxon no
interior da sua extensão de ocorrência.
Extensão de ocorrência – (EOO): A extensão de ocorrência é
definida como a área contida dentro do menor limite contínuo que
possa ser traçado para englobar todos os pontos conhecidos,
inferidos ou projetados da presença atual de um táxon, excluindo
os casos de errantes e visitantes.
Táxon: É uma unidade taxonômica, essencialmente associada a
um sistema de classificação científica. O táxon pode indicar uma
unidade em qualquer nível de um sistema de classificação:
um reino, género e uma espécie são taxa assim como qualquer
outra unidade de um sistema de classificação dos seres vivos.
TERMOS TÉCNICOS DE
CATALOGAÇÃO
9. Sinningia cochlearis é endêmica da Mata Atlântica, sendo encontrada em
locais sombreados, entre rochas, nos Campos de Altitude da Serra dos
Órgãos, a aproximadamente 2.000 m de altitude. A espécie tem
características reprodutivas que a diferem das demais, incluindo um pico
de floração muito curto, o que dificulta a compreensão da sua biologia
reprodutiva para o estabelecimento de coleções. Com uma ocorrência em
situação de ameaça (majoritariamente o fogo intensivo nos períodos de
seca dos campos altimontanos), embora dentro de unidade de
conservação, sua distribuição restrita e especificidade do hábitat a
colocam em situação de risco de extinção, na categoria “Criticamente em
perigo” (CR).
Sinningia cochlearis
13. Sinningia harleyi é endêmica da Chapada Diamantina, no
Estado da Bahia, restrita à região de Rio de Contas, Pico das
Almas. Apresenta EOO de 1.021,61 km², e está sujeita a menos
de cinco situações de ameaça, considerando sua presença ou não
em unidades de conservação. Assim, foi avaliada como “Em
perigo” (EN).
Sinningia harleyi
17. Thysanoglossa jordanensis e uma micro orquídea muito rara e
bastante exigente em termos de habitat. Ate recentemente
considerada extinta no Estado de São Paulo, foi redescoberta em São
Jose dos Campos e também registrada na Serra do Cipó (MG). A
AOO e de apenas 16 km2, e o numero de situações de ameaça e
inferior a cinco. A espécie vem sofrendo um declínio continuo na
qualidade e extensão de seu habitat, principalmente no Estado de São
Paulo, devido a expansão urbana. Suspeita-se que a perda e a
degradação de seu habitat venham acarretando um declínio continuo
no numero de indivíduos maduros da população.
Thysanoglossa jordanensis