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Unificação  Alemã
"A Prússia surgiu na região chamada na Alemanha de Prússia Oriental, onde antigamente, antes de ser germanizada com a anexação pelos príncipes de Brandenburgo, vivia o povo eslavo dos Pruzzens. Com o segundo rei, Frederico II, ela virou uma potência, com a anexação de regiões do leste, que hoje pertencem a República Tcheca, Polônia, Hungria e de todo o resto da Alemanha, com exceção do sul da Baviera, que era o maior inimigo da Prússia.
 
As pré-condições da unificação alemã: - Desenvolvimento econômico (capitalista) e social no reino da Prússia (norte da Alemanha); - Forte controle político da Áustria na região (Confederação Germânica). A Áustria havia impedido a tentativa de unificação pela Prússia em 1850, mas não conseguiu impedir o progresso de seus Estados. - Existência de uma união ou liga aduaneira entre os diversos estados (Zollverein), adotada em 1834;
De 1860 a 1870, distritos industriais e centros urbanos surgiram em várias regiões; as estradas de ferro quintuplicaram; as minas de carvão e ferro permitiram o crescimento das indústrias siderúrgicas, metalúrgicas e mecânicas. Formava-se o complexo industrial alemão sob a liderança da Prússia. Percebendo a ameaça ao seu poder, a Áustria tentou em vão fazer parte do Zollverein.
Na Prússia, a burguesia tentou controlar as despesas reais, criando um conflito político que durou até 1861, quando o rei Guilherme I convidou Bismarck para ministro. Ele era um político habilidoso,  antiliberal, pró-monarquia e contra o poder da burguesia, mas devotado à causa da unificação, representante da aristocracia (Junkers), Otto von Bismarck. Logo ele se tornaria o artífice da unidade alemã. Bismarck achava que a unidade alemã deveria ser obtida pela força, através de uma luta contra a Áustria. Por isso, organizou militarmente o Reino da Prússia. Os burgueses se negaram a aprovar o aumento do tempo de serviço militar obrigatório e a elevação dos impostos, para financiar mais contingentes militares. Com aprovação apenas da Câmara dos Nobres, Bismarck passou a governar despoticamente e transformou o exército em instrumento da unificação alemã.  Bismarck - "O Chanceler de Ferro": (Click) Para Bismarck: "Os grandes problemas da época não se resolvem com discursos nem com votação de maiorias, mas a ferro e sangue. A Alemanha não deposita esperanças no liberalismo da Prússia e sim em seu armamento".
Explorando as fragilidades internacionais Bismarck, venceu a Dinamarca, a Áustria e a França.     Guerras contra Dinamarca e Áustria    Os reinos ou ducados de Schleswig e Holstein, de população germânica, viviam sob domínio da Dinamarca. Os príncipes dos dois ducados quiseram tornar-se independentes quando o rei dinamarquês Cristiano IX morreu, em 1863. A Prússia, aliada à Áustria, apoiou os príncipes e venceu a Dinamarca. Mas Bismarck adiou a entrega de um dos ducados à Áustria. Queria com isso provocá-la. Já tinha garantido a neutralidade da França e o apoio da Itália. Venceu os austríacos facilmente na batalha de Sadowa, pois eles tiveram de sustentar duas frentes de combate, uma na Itália e outra na própria Áustria. Os austríacos assinaram a paz e aceitaram a dissolução da Confederação Germânica e a passagem de Schleswig e Holstein para a Prússia e de Veneza para a Itália.  O caminho para a centralização do norte alemão estava aberto. A Prússia anexou outros territórios, e novos Estados germânicos se uniram a ela, formando a Confederação Germânica do Norte (1867).
 
Guerra contra a França    No começo da guerra entre Áustria e Prússia, Napoleão III manteve-se conivente com Bismarck, achando que a luta seria longa e isto seria uma vantagem para ela. A vitória prussiana foi desagradável: a unificação da Alemanha constituía ameaça direta à hegemonia da França na Europa. Seu exército tinha sido desorganizado por outras batalhas que a França lutava ao mesmo tempo; México, por exemplo. Napoleão exigiu da Prússia que os Estados germânicos do sul, de grande influência francesa, não se unissem aos do norte. Bismarck usou a exigência para pôr os ale­mães contra os franceses, que ele considerava inimigos de longa data. Napoleão irritaria ainda mais os alemães ao exigir a posse de Luxemburgo e os territórios bávaros a oeste do Reno. Além disso, pedia apoio prussiano para dominar a Bélgica, sob influência inglesa.  (Click)
Bismarck queria declarar guerra à França, pois isso ajudaria a unificação alemã. A Inglaterra soube do interesse francês na Bélgica; a Áustria, vencida, estava com problemas internos; a Itália agora se voltava contra a França, que depois de ajudá-la havia apoiado o papa e impedido a tomada de Roma. Só faltava um incidente para começar a guerra. O pretexto surgiu em 1870. Uma revolução deixou vago o trono espanhol. A sucessão foi oferecida a Leopoldo Hohenzollern, príncipe pa­rente do rei da Prússia. Napoleão exigiu a retirada de tal candidatura e a promessa de Guilherme I de que nenhum outro príncipe germânico ocuparia o trono da Espanha. O rei passou a Bismarck um telegrama a ser encaminhado a Napoleão III. Bismarck mudou o texto de modo a parecer insultuoso ao povo francês. Os jornais alemães o publicaram. E a França declarou guerra à Prússia. O exército alemão era mais numeroso e bem treinado. A vitória prussiana foi fulminante. Seu exército cercou o francês, comandado pelo general Bazaine, em Metz. Napoleão e o general Mac-Mahon partiram em socorro e foram cercados em Sedara. O imperador foi preso e capitulou em 1º de setembro de 1870.    (Click)
Enquanto isso, em Paris, os republicanos punham fim ao Império, em 4 de setembro. Proclamaram a República e organizaram um governo de defesa nacional, para iniciar a resistência, confia­da a Léon Gambetta. Em 20 de setembro, os alemães cercaram Paris. Gambetta deixou a cidade num balão, para organizar três exércitos nas províncias. Sem forças, sob bombardeios constantes, o governo francês assinou o armistício em 28 de janeiro de 1871.  Pelo Tratado de Frankfurt, a França cedia a Alsácia e Lorena e ainda se comprometia a pagar indenização de 5 bilhões de francos. Os franceses não puderam evitar a humilhação de ver o Império Alemão ser proclamado na Sala dos Espelhos do Palácio de Versalhes, quando Guilherme I recebeu o título de imperador pela aclamação dos príncipes alemães.  A unificação da Alemanha se completava, mas, ao tripudiar sobre os vencidos, os vencedores de então iriam alimentar no sentimento nacional francês um forte espírito de revanche.   (Click)
 
Conseqüências da Unificação Alemã: A ruptura do equilíbrio europeu: no prazo de algumas décadas, a Alemanha iria se transformar na primeira potência econômica e militar da Europa.  Eclosão da Revolução Industrial no país: provocando uma disputa tardia pelas regiões coloniais. Desenvolvimento da política de alianças: com uma clara intenção de isolar a França, a Alemanha selou a Tríplice Aliança em 1882 com a Áustria

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Historia da Unificacao Alema

  • 2. "A Prússia surgiu na região chamada na Alemanha de Prússia Oriental, onde antigamente, antes de ser germanizada com a anexação pelos príncipes de Brandenburgo, vivia o povo eslavo dos Pruzzens. Com o segundo rei, Frederico II, ela virou uma potência, com a anexação de regiões do leste, que hoje pertencem a República Tcheca, Polônia, Hungria e de todo o resto da Alemanha, com exceção do sul da Baviera, que era o maior inimigo da Prússia.
  • 3.  
  • 4. As pré-condições da unificação alemã: - Desenvolvimento econômico (capitalista) e social no reino da Prússia (norte da Alemanha); - Forte controle político da Áustria na região (Confederação Germânica). A Áustria havia impedido a tentativa de unificação pela Prússia em 1850, mas não conseguiu impedir o progresso de seus Estados. - Existência de uma união ou liga aduaneira entre os diversos estados (Zollverein), adotada em 1834;
  • 5. De 1860 a 1870, distritos industriais e centros urbanos surgiram em várias regiões; as estradas de ferro quintuplicaram; as minas de carvão e ferro permitiram o crescimento das indústrias siderúrgicas, metalúrgicas e mecânicas. Formava-se o complexo industrial alemão sob a liderança da Prússia. Percebendo a ameaça ao seu poder, a Áustria tentou em vão fazer parte do Zollverein.
  • 6. Na Prússia, a burguesia tentou controlar as despesas reais, criando um conflito político que durou até 1861, quando o rei Guilherme I convidou Bismarck para ministro. Ele era um político habilidoso, antiliberal, pró-monarquia e contra o poder da burguesia, mas devotado à causa da unificação, representante da aristocracia (Junkers), Otto von Bismarck. Logo ele se tornaria o artífice da unidade alemã. Bismarck achava que a unidade alemã deveria ser obtida pela força, através de uma luta contra a Áustria. Por isso, organizou militarmente o Reino da Prússia. Os burgueses se negaram a aprovar o aumento do tempo de serviço militar obrigatório e a elevação dos impostos, para financiar mais contingentes militares. Com aprovação apenas da Câmara dos Nobres, Bismarck passou a governar despoticamente e transformou o exército em instrumento da unificação alemã. Bismarck - "O Chanceler de Ferro": (Click) Para Bismarck: "Os grandes problemas da época não se resolvem com discursos nem com votação de maiorias, mas a ferro e sangue. A Alemanha não deposita esperanças no liberalismo da Prússia e sim em seu armamento".
  • 7. Explorando as fragilidades internacionais Bismarck, venceu a Dinamarca, a Áustria e a França.   Guerras contra Dinamarca e Áustria   Os reinos ou ducados de Schleswig e Holstein, de população germânica, viviam sob domínio da Dinamarca. Os príncipes dos dois ducados quiseram tornar-se independentes quando o rei dinamarquês Cristiano IX morreu, em 1863. A Prússia, aliada à Áustria, apoiou os príncipes e venceu a Dinamarca. Mas Bismarck adiou a entrega de um dos ducados à Áustria. Queria com isso provocá-la. Já tinha garantido a neutralidade da França e o apoio da Itália. Venceu os austríacos facilmente na batalha de Sadowa, pois eles tiveram de sustentar duas frentes de combate, uma na Itália e outra na própria Áustria. Os austríacos assinaram a paz e aceitaram a dissolução da Confederação Germânica e a passagem de Schleswig e Holstein para a Prússia e de Veneza para a Itália. O caminho para a centralização do norte alemão estava aberto. A Prússia anexou outros territórios, e novos Estados germânicos se uniram a ela, formando a Confederação Germânica do Norte (1867).
  • 8.  
  • 9. Guerra contra a França   No começo da guerra entre Áustria e Prússia, Napoleão III manteve-se conivente com Bismarck, achando que a luta seria longa e isto seria uma vantagem para ela. A vitória prussiana foi desagradável: a unificação da Alemanha constituía ameaça direta à hegemonia da França na Europa. Seu exército tinha sido desorganizado por outras batalhas que a França lutava ao mesmo tempo; México, por exemplo. Napoleão exigiu da Prússia que os Estados germânicos do sul, de grande influência francesa, não se unissem aos do norte. Bismarck usou a exigência para pôr os ale­mães contra os franceses, que ele considerava inimigos de longa data. Napoleão irritaria ainda mais os alemães ao exigir a posse de Luxemburgo e os territórios bávaros a oeste do Reno. Além disso, pedia apoio prussiano para dominar a Bélgica, sob influência inglesa. (Click)
  • 10. Bismarck queria declarar guerra à França, pois isso ajudaria a unificação alemã. A Inglaterra soube do interesse francês na Bélgica; a Áustria, vencida, estava com problemas internos; a Itália agora se voltava contra a França, que depois de ajudá-la havia apoiado o papa e impedido a tomada de Roma. Só faltava um incidente para começar a guerra. O pretexto surgiu em 1870. Uma revolução deixou vago o trono espanhol. A sucessão foi oferecida a Leopoldo Hohenzollern, príncipe pa­rente do rei da Prússia. Napoleão exigiu a retirada de tal candidatura e a promessa de Guilherme I de que nenhum outro príncipe germânico ocuparia o trono da Espanha. O rei passou a Bismarck um telegrama a ser encaminhado a Napoleão III. Bismarck mudou o texto de modo a parecer insultuoso ao povo francês. Os jornais alemães o publicaram. E a França declarou guerra à Prússia. O exército alemão era mais numeroso e bem treinado. A vitória prussiana foi fulminante. Seu exército cercou o francês, comandado pelo general Bazaine, em Metz. Napoleão e o general Mac-Mahon partiram em socorro e foram cercados em Sedara. O imperador foi preso e capitulou em 1º de setembro de 1870. (Click)
  • 11. Enquanto isso, em Paris, os republicanos punham fim ao Império, em 4 de setembro. Proclamaram a República e organizaram um governo de defesa nacional, para iniciar a resistência, confia­da a Léon Gambetta. Em 20 de setembro, os alemães cercaram Paris. Gambetta deixou a cidade num balão, para organizar três exércitos nas províncias. Sem forças, sob bombardeios constantes, o governo francês assinou o armistício em 28 de janeiro de 1871. Pelo Tratado de Frankfurt, a França cedia a Alsácia e Lorena e ainda se comprometia a pagar indenização de 5 bilhões de francos. Os franceses não puderam evitar a humilhação de ver o Império Alemão ser proclamado na Sala dos Espelhos do Palácio de Versalhes, quando Guilherme I recebeu o título de imperador pela aclamação dos príncipes alemães. A unificação da Alemanha se completava, mas, ao tripudiar sobre os vencidos, os vencedores de então iriam alimentar no sentimento nacional francês um forte espírito de revanche. (Click)
  • 12.  
  • 13. Conseqüências da Unificação Alemã: A ruptura do equilíbrio europeu: no prazo de algumas décadas, a Alemanha iria se transformar na primeira potência econômica e militar da Europa. Eclosão da Revolução Industrial no país: provocando uma disputa tardia pelas regiões coloniais. Desenvolvimento da política de alianças: com uma clara intenção de isolar a França, a Alemanha selou a Tríplice Aliança em 1882 com a Áustria