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escola secundária gil eanes  .  literatura portuguesa II  .  professora antónia mancha  .  ano lectivo 2008/2009 E a nossa grande Raça partirá em busca de uma Índia nova, que não existe no espaço, em naus que são construídas “daquilo que os sonhos são feitos”. Fernando Pessoa, in  A Águia
Figura grande do nosso  Modernismo . No entanto, e por estar atento ao mundo literário português, cedo se envolve com outras correntes, participando, por exemplo, na revista  Águia , voz principal do  Saudosismo  português. Este movimento, (contemporâneo da Implantação da República) cuja principal figura é Teixeira de Pascoaes, baseia-se essencialmente na  Saudade , entendida como  a necessidade de existir algo ou alguém que oriente a alma portuguesa. No fundo, a saudade de uma Pátria Nova, ressuscitadora de valores considerados perdidos.  É neste âmbito que se traz, de novo, D. Sebastião, não como prenúncio de desgraças e tragédias, mas como anunciador de um novo espírito lusitano. FERNANDO PESSOA escola secundária gil eanes  .  literatura portuguesa II  .  professora antónia mancha  .  ano lectivo 2008/2009
Um pouco antes de tudo isto… Um pouco antes de tudo isto... escola secundária gil eanes  .  literatura portuguesa II  .  professora antónia mancha  .  ano lectivo 2008/2009 Finais do século XIX, primeiros anos do século XX: Nesta altura, influenciados pela Geração de 70, alguns autores manifestam ideias que se pretendem construtoras de uma nova Nação, forte e empreendedora. Alguns exemplos das vozes que se ouviam: A Pátria (1896) - Guerra Junqueiro Crítica violenta à dinastia de Bragança e triste lamento por ter cumprido o sonho messiânico. O Desejado (1902) – António Nobre Depósito de todos os sonhos de renascimento nacional, simbolizado no regresso do Desejado (D. Sebastião). O Encoberto (1904) – Sampaio Bruno Pondo de parte qualquer missão monárquica, adepto entusiasta do idealismo republicano, profetiza para Portugal um futuro radioso. O Encoberto (1905) – Lopes Vieira Alegoria da vinda de D. Sebastião.
Um pouco antes de tudo isto... escola secundária gil eanes  .  literatura portuguesa II  .  professora antónia mancha  .  ano lectivo 2008/2009 É, portanto, deste espírito nacionalista que surge obra inspirada por todos este ideais nacionalistas; obra emblemática, cuja divindade é a Pátria.  Cuja religião, o Patriotismo   . Mensagem Vejam-se algumas afirmações de Pessoa: “  O meu intenso sofrimento patriótico, o meu intenso desejo de melhorar a condição de Portugal provocou em mim (...) mil projectos...” “  Jamais saberei exprimir o fervor, a intensidade – terna, revoltada e ansiosa - , do meu patriotismo.” “ O sofrimento que isto produz não sei se poderá ser definido como situado aquém da loucura.” Pessoa acreditou sempre que, através do Mito, poderia orientar os portugueses neste sentido patriótico. É assim que, centrado na figura de D. Sebastião, recupera o  Mito do Encoberto.
Um pouco antes de tudo isto... escola secundária gil eanes  .  literatura portuguesa II  .  professora antónia mancha  .  ano lectivo 2008/2009 MAS...   ... O que é o mito? o mito transmite-nos as tradições culturais de um povo. Na sua essência,  é a  história da origem das coisas . É, pois, um texto respeitado, mas pouco, ou nada, verosímil à luz da ciência, e que pretende explicar um fenómeno. É como que uma  versão alternativa  da história de um povo, pois este não abdica da sua história  oficial , institucionalmente aceite. O mito é o nada que é tudo. Fernando Pessoa O mito, diz Pessoa,  é o nada , pois não é real, no entanto, pelo que representa  é tudo , já que tem a força de preencher vazios, de nos incutir o sonho. Pessoa encontrou o caminho, reavivando, como já vinha acontecendo na época, o mito português: o   Sebastianismo
Um pouco antes de tudo isto... escola secundária gil eanes  .  literatura portuguesa II  .  professora antónia mancha  .  ano lectivo 2008/2009 Origem do Mito Sebastianista As suas raízes mais profundas encontramo-las nas  Trovas  de Bandarra que, num tom profético, anunciou a vinda do Salvador, do  Encuberto . DEVER-SE-Á CONSIDERAR A EXISTÊNCIA DO ,[object Object],Que leva a um ,[object Object]
Um pouco antes de tudo isto... escola secundária gil eanes  .  literatura portuguesa II  .  professora antónia mancha  .  ano lectivo 2008/2009 E sta evolução da crença após a morte do rei chama-se também pós-sebastianismo, que é o que constitui propriamente o mito: o regresso do rei, misteriosamente desaparecido nos areais de Alcácer-Quibir, para resgatar o seu povo do marasmo e da apatia em que se encontra. Daí que se trate de UM MITO MESSIÂNICO ou seja,  uma crença que se funda na vinda de um Salvador, que virá libertar o povo e restaurar o prestígio nacional.
Um pouco antes de tudo isto... escola secundária gil eanes  .  literatura portuguesa II  .  professora antónia mancha  .  ano lectivo 2008/2009 Mas convém clarificar a diferença entre: Na sua essência, este é um mito semelhante ao do Messias Cristão ou ao do Rei Artur, senão vejamos: Na  Mensagem , Pessoa chama a D. Filipa de Lencastre a  Princesa do Santo Graal ; Nuno Álvares Pereira é o escolhido e pode empunhar a  Excalibur ,  o  Desejado  é  Galaaz  com pátria  e tem como gládio a   Excalibur  do fim , cuja luz pode revelar o   Santo Graal. D. Sebastião, rei de Portugal ,  figura histórica; este é o  ser que houve , que morreu em Alcácer-Quibir . D. Sebastião  mítico, o Encoberto, aquele que há-se regressar  no ser que há , isto é, que vive na lenda que fecunda o sonho.
Um pouco antes de tudo isto... escola secundária gil eanes  .  literatura portuguesa II  .  professora antónia mancha  .  ano lectivo 2008/2009 Como no mito arturiano, é de lá, de Avalon, que, um dia, el-rei Artur há-de voltar... ...também el-rei  Sebastião virá para fundar o  . Quinto Império São de Pessoa estas linhas: “ A divisão: Império Grego (...); Império Romano(...); Império Cristão (...); Império Inglês (...) e o  Quinto Império, que necessariamente fundirá esses quatro impérios com tudo quanto esteja fora deles, formando pois o império verdadeiramente mundial, ou universal .” “ Comecemos por nos embebedar desse sonho  (sebastianismo) , por o integrar em nós, por o incarnar. (...) então se dará na alma da Nação o fenómeno imprevisível de onde nascerão as Novas Descobertas, a Criação do Mundo Novo, o Quinto Império. Terá regressado El-rei  D. Sebastião.” Este  Quinto Império  é, pois, espiritual. Tal como espiritual é a mensagem da  Mensagem .
escola secundária gil eanes  .  literatura portuguesa II  .  professora antónia mancha  .  ano lectivo 2008/2009 Mas... afinal que mensagem é essa? Estes Heróis surgem como referências para um futuro glorioso que possa ultrapassar o  presente moribundo ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Portugal, que já dominara o mundo, desvanece, moribundo.. É a do nacionalismo, não aquele exacerbado e perigoso, mas um nacionalismo simbólico, fazendo apelo à alma portuguesa. Em poemas curtos, carregados de sentido, pessoa vai reabilitar os heróis nacionais, sobretudo aqueles que se destacaram na construção da Nação.
escola secundária gil eanes  .  literatura portuguesa II  .  professora antónia mancha  .  ano lectivo 2008/2009 Comecemos pela classificação da obra, diz-se  dela que é: Porque assente no mito do Encoberto Porque toda ela plena de simbologia  e conhecimentos ocultos  Porque um conjunto de 44 pequenos poemas. ,[object Object],[object Object],[object Object],MÍTICA  SIMBÓLICA  LÍRICA     ÉPICA
escola secundária gil eanes  .  literatura portuguesa II  .  professora antónia mancha  .  ano lectivo 2008/2009 Nada na  Mensagem  foi deixado ao acaso, nem sequer a data da sua publicação: 1 de Dezembro (1934), feriado nacional em que se comemora a independência. Composta por 44 poemas, cuidadosamente construídos ao longo de 28 anos, a  Mensagem , que esteve para chamar-se  Portugal,  apresenta uma estrutura que obedece a uma ordem específica:

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Mensagem

  • 1. escola secundária gil eanes . literatura portuguesa II . professora antónia mancha . ano lectivo 2008/2009 E a nossa grande Raça partirá em busca de uma Índia nova, que não existe no espaço, em naus que são construídas “daquilo que os sonhos são feitos”. Fernando Pessoa, in A Águia
  • 2. Figura grande do nosso Modernismo . No entanto, e por estar atento ao mundo literário português, cedo se envolve com outras correntes, participando, por exemplo, na revista Águia , voz principal do Saudosismo português. Este movimento, (contemporâneo da Implantação da República) cuja principal figura é Teixeira de Pascoaes, baseia-se essencialmente na Saudade , entendida como a necessidade de existir algo ou alguém que oriente a alma portuguesa. No fundo, a saudade de uma Pátria Nova, ressuscitadora de valores considerados perdidos. É neste âmbito que se traz, de novo, D. Sebastião, não como prenúncio de desgraças e tragédias, mas como anunciador de um novo espírito lusitano. FERNANDO PESSOA escola secundária gil eanes . literatura portuguesa II . professora antónia mancha . ano lectivo 2008/2009
  • 3. Um pouco antes de tudo isto… Um pouco antes de tudo isto... escola secundária gil eanes . literatura portuguesa II . professora antónia mancha . ano lectivo 2008/2009 Finais do século XIX, primeiros anos do século XX: Nesta altura, influenciados pela Geração de 70, alguns autores manifestam ideias que se pretendem construtoras de uma nova Nação, forte e empreendedora. Alguns exemplos das vozes que se ouviam: A Pátria (1896) - Guerra Junqueiro Crítica violenta à dinastia de Bragança e triste lamento por ter cumprido o sonho messiânico. O Desejado (1902) – António Nobre Depósito de todos os sonhos de renascimento nacional, simbolizado no regresso do Desejado (D. Sebastião). O Encoberto (1904) – Sampaio Bruno Pondo de parte qualquer missão monárquica, adepto entusiasta do idealismo republicano, profetiza para Portugal um futuro radioso. O Encoberto (1905) – Lopes Vieira Alegoria da vinda de D. Sebastião.
  • 4. Um pouco antes de tudo isto... escola secundária gil eanes . literatura portuguesa II . professora antónia mancha . ano lectivo 2008/2009 É, portanto, deste espírito nacionalista que surge obra inspirada por todos este ideais nacionalistas; obra emblemática, cuja divindade é a Pátria. Cuja religião, o Patriotismo . Mensagem Vejam-se algumas afirmações de Pessoa: “ O meu intenso sofrimento patriótico, o meu intenso desejo de melhorar a condição de Portugal provocou em mim (...) mil projectos...” “ Jamais saberei exprimir o fervor, a intensidade – terna, revoltada e ansiosa - , do meu patriotismo.” “ O sofrimento que isto produz não sei se poderá ser definido como situado aquém da loucura.” Pessoa acreditou sempre que, através do Mito, poderia orientar os portugueses neste sentido patriótico. É assim que, centrado na figura de D. Sebastião, recupera o Mito do Encoberto.
  • 5. Um pouco antes de tudo isto... escola secundária gil eanes . literatura portuguesa II . professora antónia mancha . ano lectivo 2008/2009 MAS... ... O que é o mito? o mito transmite-nos as tradições culturais de um povo. Na sua essência, é a história da origem das coisas . É, pois, um texto respeitado, mas pouco, ou nada, verosímil à luz da ciência, e que pretende explicar um fenómeno. É como que uma versão alternativa da história de um povo, pois este não abdica da sua história oficial , institucionalmente aceite. O mito é o nada que é tudo. Fernando Pessoa O mito, diz Pessoa, é o nada , pois não é real, no entanto, pelo que representa é tudo , já que tem a força de preencher vazios, de nos incutir o sonho. Pessoa encontrou o caminho, reavivando, como já vinha acontecendo na época, o mito português: o Sebastianismo
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  • 7. Um pouco antes de tudo isto... escola secundária gil eanes . literatura portuguesa II . professora antónia mancha . ano lectivo 2008/2009 E sta evolução da crença após a morte do rei chama-se também pós-sebastianismo, que é o que constitui propriamente o mito: o regresso do rei, misteriosamente desaparecido nos areais de Alcácer-Quibir, para resgatar o seu povo do marasmo e da apatia em que se encontra. Daí que se trate de UM MITO MESSIÂNICO ou seja, uma crença que se funda na vinda de um Salvador, que virá libertar o povo e restaurar o prestígio nacional.
  • 8. Um pouco antes de tudo isto... escola secundária gil eanes . literatura portuguesa II . professora antónia mancha . ano lectivo 2008/2009 Mas convém clarificar a diferença entre: Na sua essência, este é um mito semelhante ao do Messias Cristão ou ao do Rei Artur, senão vejamos: Na Mensagem , Pessoa chama a D. Filipa de Lencastre a Princesa do Santo Graal ; Nuno Álvares Pereira é o escolhido e pode empunhar a Excalibur , o Desejado é Galaaz com pátria e tem como gládio a Excalibur do fim , cuja luz pode revelar o Santo Graal. D. Sebastião, rei de Portugal , figura histórica; este é o ser que houve , que morreu em Alcácer-Quibir . D. Sebastião mítico, o Encoberto, aquele que há-se regressar no ser que há , isto é, que vive na lenda que fecunda o sonho.
  • 9. Um pouco antes de tudo isto... escola secundária gil eanes . literatura portuguesa II . professora antónia mancha . ano lectivo 2008/2009 Como no mito arturiano, é de lá, de Avalon, que, um dia, el-rei Artur há-de voltar... ...também el-rei Sebastião virá para fundar o . Quinto Império São de Pessoa estas linhas: “ A divisão: Império Grego (...); Império Romano(...); Império Cristão (...); Império Inglês (...) e o Quinto Império, que necessariamente fundirá esses quatro impérios com tudo quanto esteja fora deles, formando pois o império verdadeiramente mundial, ou universal .” “ Comecemos por nos embebedar desse sonho (sebastianismo) , por o integrar em nós, por o incarnar. (...) então se dará na alma da Nação o fenómeno imprevisível de onde nascerão as Novas Descobertas, a Criação do Mundo Novo, o Quinto Império. Terá regressado El-rei D. Sebastião.” Este Quinto Império é, pois, espiritual. Tal como espiritual é a mensagem da Mensagem .
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  • 11.
  • 12. escola secundária gil eanes . literatura portuguesa II . professora antónia mancha . ano lectivo 2008/2009 Nada na Mensagem foi deixado ao acaso, nem sequer a data da sua publicação: 1 de Dezembro (1934), feriado nacional em que se comemora a independência. Composta por 44 poemas, cuidadosamente construídos ao longo de 28 anos, a Mensagem , que esteve para chamar-se Portugal, apresenta uma estrutura que obedece a uma ordem específica: