1. Trabalho realizado por:
- Gonçalo Gomes, nº4
- Laura Botas, nº9
- Marta Vieira, nº12
- Riaze Miguel, nº14
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Interacções Sociais
Interacções sociais são conjuntos de relações recíprocas entre, pelo menos, dois indivíduos que resultam
de um jogo de expectativas mútuas em relação ao comportamento dos interlocutores.
Situações Formais e Não Formais
Na relação entre os sujeitos A e B, A age tendo em conta aquilo que julga que B espera dele e vice-versa. O
conhecimento que cada um tem ou não da presença do outro levará a dois tipos diferentes de interacção,
que são:
Carácter formal, dado que os comportamentos dos indivíduos são influenciados pelos mecanismos
de controlo social, que os fazem actuar em conformidade com as normas sociais.
Carácter informal, pois os comportamentos dos indivíduos apresentam um menor ou quase
ausente controlo social.
A Relatividade da Acção Social
O quotidiano de uma sociedade contém múltiplas formas de interacções sociais cujo estudo nos poderá
revelar muito dessa sociedade e da sua cultura. As interacções sociais, objecto da sociologia, são relativas,
devendo ser contextualizadas para que os conhecimentos obtidos façam sentido. Assim sendo para a
compreensão da acção social teremos, primeiro, de conhecer a realidade cultural em que esta se
desenvolve.
Por um lado, estes padrões de interacção constituem a base de estruturação da sociedade, pois a vida
organiza-se geralmente em torno da repetição de interacções. Por outro, contribuem também para a
construção social da realidade, na medida em que os indivíduos, agindo e tomando decisões de forma
criativa, podem contribuir para transformar a realidade social.
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Grupos sociais
Noção de grupo social
Um grupo social é um conjunto de interacções formais, estruturadas e contínuas entre agentes sociais que
desempenham papéis recíprocos, segundo determinadas normas, interesses e valores sociais, para a
consecução de objectivos comuns.
A identidade do grupo é, muitas vezes, expressa pelas atitudes e condutas semelhantes partilhadas pelos
seus membros, ou seja, os membros de um grupo tem uma certa unidade na forma de pensar, de agir e de
reagir.
A estrutura de um grupo, nalguns casos, pode levar à criação de regras próprias e de pressões psicológicas
para os seus membros que violem as regras estabelecidas.
Características de grupos sociais:
Objetivos comuns
Identificação
Normas e valores
Relações mútuas
Estrutura
Diferenciação de papéis
Duração
UmaClassificaçãodosAgrupamentos
Critérios Categorias
Estruturados
ou grupos
Quanto à
pertença do
individuo
Grupo de
Pertença
Grupo de
Referência
Quanto ao tipo de
relacionamento
Grupo Primário
Grupo Secundário
Quanto à função
social
Família
Empresa
Partido Político
Clube Desportivo
Igreja
Não
estruturados
Agregados Sociais
Categorias Sociais
Outros
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Um Grupo é uma colectividade estruturada
Um partido politico é um grupo, pois nele pode ser identificado um objecto e uma estrutura. Assim sendo,
este grupo constitui-se com um objetivo – liderar a movimentação politica de um conjunto de pessoas que
aceita, simpatiza ou perfilha certos princípios filosóficos, sociais e políticos.
Um grupo tem uma finalidade, estrutura própria, valores comuns e comportamentos específicos.
Identificada a finalidade do grupo, atesta-se que para a concessão dos seus objectivos é preciso que os
seus membros se organizem, definam projectos, preparem estratégias, enfim atuem racionalmente.
Os grupos e o relacionamento estre os seus membros
Existem dois tipos de grupo:
Grupos Primários: aquele que mais próximo está de nós, em termos cronológicos e afectivos. Por
isso, o tipo de relacionamento entre os seus elementos é informal, íntimo e total.
Grupos Secundários: a sua função é utilitarista, consiste num tipo de relacionamento formal,
impessoal e segmentário.
Assim sendo, no grupo primário prevalece o afeto como objetivo, e no grupo secundário impera a eficácia
ou o sucesso como finalidade a atingir.
Concluindo, cada um destes grupos tem a sua importância na sociedade actual. Na comunidade
contemporânea predominam os grupos secundários:
A fria sociedade anónima;
Os poderosos monopólios;
As gigantescas uniões sindicais;
As tentaculares organizações militares intergovernamentais.
Contudo, é o império da eficácia.
Nas sociedades atuais encontramos uma grande diversidade de grupos, o que significa que os indivíduos
no decurso da sua vida social, participam em grupos sociais de diferentes tipos e dimensões – família,
escola, grupos de amigos, empresa, etc. – e alguns deles em simultâneo
Grupos de pertença – grupos em que os indivíduos efetivamente pertencem
Grupo de referência – grupos com os quais os indivíduos se tentam identificar, de uma maneira
consciente ou inconsciente
Os indivíduos podem ser influenciados pelas características de grupos a que não pertencem,
nomeadamente porque consideram que estes defendem valores que gostariam de partilhar ou porque
associam os seus membros a uma posição social superior à sua.
Por vezes o grupo de referência pode ser o grupo de pertença do próprio indivíduo.
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Os grupos sociais e o processo de socialização
Os grupos sociais a que os indivíduos pertencem desempenham um papel fundamental no processo
de socialização, na medida em que os indivíduos vão aprendendo os valores, as atitudes e as regras de
conduta que lhe estão associados.
No entanto, os indivíduos podem
também ser socializados por intermédio dos
grupos de referência, identificando-se com os
padrões que associam a estes grupos. Neste
caso, estão a realizar uma forma antecipada, a
integração nos grupos a que aspiram vir a
pertencer, ou seja estão a realizar uma
socialização por antecipação, ou seja, é um
processo de auto socialização, em que o ator
social interioriza os valores e assume os
comportamentos próprios de um grupo social a
que ambiciona pertencer.