O Rio Indo atravessa o Paquistão e é fundamental para a economia e sociedade do país. Ele alimenta a agricultura e indústrias, fornecendo água e energia hidrelétrica. No entanto, o desenvolvimento ao longo do rio também ameaça o meio ambiente, e disputas de fronteira com a Índia permanecem um problema político.
1. Instituto Federal do Rio Grande do Sul
Assunto:
Rio Indo
GOL I
Nomes: Joel
Paulo
Rafael
2. Aspectos Físicos
O Rio Indo tem origem no planalto tibetano, atravessa o distrito de
Ladakh na Caxemira e nas Áreas do Norte na direção sul, cortando o
Paquistão de norte a sul até desaguar no mar Arábico perto da cidade
paquistanesa de Karachi. Seu comprimento é de 3200 km e sua bacia
hidrográfica totaliza mais de 1 165 000 km². O fluxo anual estimado do rio é de
cerca de 207 km³. Desde sua origem no topo do mundo, em meio a geleiras,
aquele curso de água alimenta um ecossistema de florestas temperadas,
planícies e campos áridos. Juntamente com os rios Jilum, Chenab, Rauí,
Beás, Satle e o extinto Sarasvati, o Indo forma o chamado delta do Sapta
Sindhu ("Sete Rios") na província paquistanesa de Sind.
Alimentado, em grande medida pela neve e geleiras das cordilheiras
de Caracórum, Hindu Kush e Himalaia no Tibete, em Caxemira e nas Áreas do
Norte (Paquistão), o fluxo do Indo varia conforme as estações do ano: reduz-se
durante o inverno e chega a extravasar durante o período das monções (julho a
setembro).
(Anexos: mapa 01.)
Aspectos Históricos
O vale do Rio Indo se desenvolveu através da Civilização Harappeana,
surgida por volta de 7000 A.C. A cultura urbana era desenvolvida, e o comércio
internacional também. Era um povo misto, e não composto apenas por uma
raça.
A arte de Harappa é representada pela arquitetura, escultura, selos,
jóias e vestuário. A arquitetura não mostra templos ou palácios grandiosos,
mas casas amplas e confortáveis construídas em ruas largas. A maior
construção é a dos reservatórios e banhos, e ignora-se em que medida seriam
eles ligados a um aspecto sagrado. As roupas eram sofisticadas, como
mostram os vários selos, usados no comércio marítimo com outros países.
Aspectos Economicos
O Paquistão é o país que melhor utiliza as fontes naturais do Indo, uma
vez que a maior porção do rio fica dentro desse território, portanto o comércio
ao longo do Rio é feito quase que exclusivamente na moeda local, a Rúpia
Paquistanesa.
Praticamente 50% da população ribeirinha trabalha na agricultura, 28%
do território paquistanês esta cultivado e irrigado por um dos maiores sistemas
fluviais do mundo. Os maiores cultivos são os de arroz, trigo, açúcar e algodão
(maior produto de exportação daquela economia). Existe também o cultivo
de cana-de-açúcar, frutas e hortaliças. O couro e os produtos têxteis também
são uma grande fonte de divisas.
3. Reservas minerais, entre elas as de grafite, silício, gesso, carvão, cobre,
ferro e manganês são encontradas ao longo do rio. A Produção de petróleo é
pequena, desse modo, o Paquistão tem de importar a maior parte do óleo que
consome. Máquinas, petróleo e produtos químicos somam três quartos do que
o país gasta com importações. As indústrias mais consolidadas são as de
materiais de construção, produtos têxteis, a de processamento de alimentos, a
de bebidas e a indústria papeleira.
(Anexos: mapa 02.)
Investimentos Realizados
Portos, Hidrelétricas e Barragens
Ao longo do Rio Indo não existem portos, uma vez que a inconstância do
seu volume de água o torna inavegável a grandes embarcações. O Paquistão
utiliza os portos de Karachi, Port Muhammad e Bin Qasim na Cidade de
Karachi como modo de escoamento de produção ao Mercado Externo, sendo a
manufatura de têxteis, armas e tapetes os carros chefes da exportação.
No percurso total do rio existem 06 Hidrelétricas: Chashena, Punjanad,
Guddu, Trimmu, Ghulan Muhammad e Tarbela, sendo esta última a mais
importante, pois regula o volume maior de água durante o derretimento da neve
e das geleiras no verão e é a usina com maior capacidade de produção de
energia. Além de serem produtoras de energia, estas hidrelétricas têm a
capacidade de irrigar as vastas plantações ao longo do rio. Com o intuito de
aumentar o abastecimento de energia elétrica, o governo Paquistanês irá
aumentar a capacidade de Tarbela em 27%, ou seja, 960 MW de potência,
sendo que a hidrelétrica atua hoje com capacidade de 3.478 MW. A
perspectiva para 2012 é que se inicie licitação para a criação de uma nova
unidade (Diamer Basha) que atuará com capacidade de 4.500 MW e será
implantada à 400 km ao sul de Tarbela.
Barragens são encontradas em rios afluentes ao Indo, pois gerenciando
o fluxo destes, o governo contem um pouco a vazão do Rio Indo nos meses de
monções, e é em virtude destas cheias que o Governo Paquistanês vem
investindo em obras nestas instalações, pois a população sofre
constantemente com os alagamentos.
(Anexos: mapas 03 e 04.)
Atual Importância
Econômica
O Indo é a principal fonte de água para a economia do Paquistão, em
especial nas províncias de Panjabe, localizada no leste do país, que é a maior
produtora agrícola da nação, e Sind, localizada ao sul do país, que abriga boa
parte das indústrias.
4. É a maior fonte de água potável paquistanesa e sua economia é
baseada da seguinte forma:
Agricultura: algodão em pluma, arroz, trigo, milho, cana-de-açúcar.
Pecuária: búfalos, ovinos, caprinos, aves.
Pesca: 597,2 mil t (1997).
Mineração: petróleo, gás natural, carvão.
Indústria: têxtil, alimentícia, refino de petróleo.
EUA, Alemanha, Reino Unido, Japão, Arábia Saudita e Emirados Árabes
são os principais parceiros comerciais do Paquistão, em virtude do rio conceder
ao país a melhor irrigação e condição ao plantio.
Social
Atualmente 50% da população paquistanesa vive as margens do Indo
por causa da facilidade de trabalho nas plantações. Os outros 50% estão nas
grandes cidades onde a oportunidade de emprego no setor de serviços
aumentou consideravelmente nos últimos anos.
Os povoados do Indo, assim como de todo o país, são em sua maioria
Muçulmanos, chegando a abranger quase 95% de toda a população.
Político
O fato das terras do Indo serem totalmente férteis implica em guerras
políticas entre Paquistão e Índia. O vale da Caxemira localizado ao nordeste do
Paquistão e o noroeste da Índia é constante alvo de conflitos por parte dos dois
países, uma vez que boa parte do rio passa por ele. Cabe ressaltar também
que a questão religiosa é bem preponderante ante ao fato e que os dois vivem
uma ameaça nuclear, pois as forças armadas de ambos manejam
integralmente com armas deste tipo. Cada governo quer na realidade a
integração do território aos seus países e uma das causas é a dominação por
maior fluxo de água.
Ambiental
A flora e a fauna são imensamente ricas durante o percurso do Indo,
plantas medicinais que são comercializadas à Alemanha, e javalis e cervos
durante a temporada de caça que são procurados por sua carne exótica e
peles, são alguns dos exemplos mais importantes. Porém a intensa atividade
agrícola com fertilizantes e agrotóxicos, o lançamento de dejetos na água por
parte das indústrias e as erosões das margens por causa das represas estão
contribuindo para a extinção de vários animais e plantas. O governo vem a
alguns anos criando leis e maneiras de proteger o ecossistema, punições tem
sido realmente aplicadas aos que tentam infligir as ordens.