2. INTRODUÇÃO:
Porque estudar a África? Além de identificar e
reconhecer as influências das culturas africanas
(sobretudo da chamada África Atlântica) sobre a
formação do Brasil é necessário olhar outros povos,
histórias e tradições, indo além do habitual costume que
privilegia o estudo do mundo eurocêntrico (que tem a
cultura de origem européia como base ou referência), e
outras informações veremos logo em seguida. Nas
escolas e nos livros, costumamos estudar apenas a
história de um povo africano: os egípcios. Porém, na
mesma época em que o povo egípcio desenvolvia
sua civilização, outros povos africanos faziam sua
história. Conheceremos abaixo alguns destes povos e
suas principais características culturais.
3. O povo Bérbere:
Os bérberes eram povos nômades do deserto do
Saara. Este povo enfrentava as tempestades de
areia e a falta de água, para atravessar com suas
caravanas este território, fazendo comércio.
Costumavam comercializar diversos produtos, tais
como: objetos de ouro e cobre,
sal, artesanato, temperos,
vidro, plumas,
pedras preciosas, etc.
4. Costumavam parar em oásis para obter água,
sombra e descansar. Utilizavam o camelo como
principal meio de transporte, graças à resistência
deste animal e de sua adaptação ao meio desértico.
Durante as viagens, os bérberes levavam e traziam
informações e aspectos culturais.
Logo, eles foram de extrema
importância para a troca
cultural que ocorreu
no norte do continente.
5. Os bantos:
Este povo habitava o noroeste do continente, onde
atualmente são os países Nigéria, Mali, Mauritânia e
Camarões. Ao contrário dos bérberes, os bantos
eram agricultores. Viviam também da caça e da
pesca. Conhecia a metalurgia, fato que deu grande
vantagem a este povo na conquista de povos
vizinhos. Chegaram a formar um grande reino (reino
do Congo) que dominava grande parte do noroeste
do continente. Viviam em aldeias que era
comandada por um chefe.
6. O rei banto, também conhecido como manicongo,
cobrava impostos em forma de mercadorias e
alimentos de todas as tribos que formavam seu
reino. O manicongo gastava parte do que
arrecadava com os impostos para manter um
exército particular, que garantia sua proteção, e
funcionários reais. Os habitantes do reino
acreditavam que o manicongo
possuía poderes sagrados
e que influenciavam nas
colheitas, guerras e
saúde do povo.
7. Os soninkés e o Império de Gana:
Os soninkés habitavam a região ao sul do deserto
do Saara. Este povo estava organizado em tribos
que constituíam um grande império. Este império
era comandado por reis
conhecidos como caia-maga.
8. Viviam da criação de animais, da agricultura e da
pesca. Habitavam uma região com grandes
reservas de ouro. Extraíam o ouro para trocar por
outros produtos com os povos do deserto
(bérberes). A região de Gana tornou-se com o
tempo, uma área de intenso comércio.
Os habitantes do império deviam pagar impostos
para a nobreza, que era formada pelo caia-maga,
seus parentes e amigos. Um exército poderoso fazia
a proteção das terras e do comércio que era
praticado na região. Além de
10. O continente africano é comumente conhecido como o
berço da humanidade, isso porque foi lá que se
desenvolveu há aproximadamente cinco milhões de
anos, um tipo de hominídeo que habitava o sul e o leste
da África, o Australopithecus. Há cerca de dois milhões
de anos, esse hominídeo evoluiu para formas mais
avançadas: o Homo habilis e o Homo erectus. Foi na
África, portanto, que surgiram diversas culturas
sofisticadas, ou seja, as primeiras civilizações que
realizavam atividades como a criação de animais, a
agricultura, e o uso dos metais. Da África, os indivíduos
da espécie Homo começaram a se espelhar pelo
mundo.
11. A primeira grande civilização africana começou no
vale do Nilo por volta de 5000 a.C. O reino do Egito
desenvolveu-se e influiu nas sociedades
mediterrâneas e africanas por milhares de
anos. “Em primeiro lugar, o Egito foi uma das
primeiras terras antigas a tecer os fios da civilização
com uma cultura realmente marcante” (CASSON
apud. SCHMIDT, 2006, p. 99).
12. Entre o fim do século III a.C. e início do século I, Roma
conquistou o Egito, Cartago e outras áreas do norte da
África. O império dividiu-se em duas partes no século IV.
Todos os territórios a oeste da Líbia continuaram
pertencendo ao Império do Ocidente, governado por
Roma, enquanto os territórios a leste, inclusive o Egito,
passaram a fazer parte do Império Bizantino, sob o
comando de Constantinopla. No século V, os vândalos
conquistaram grande parte do norte da África e
governaram até o século VI, quando foram derrotados
pelas forças bizantinas e a área foi absorvida pelo
Império do Oriente. Os exércitos islâmicos invadiram a
África em 623, depois da morte de Maomé, e
rapidamente venceram a resistência bizantina no Egito.
13. A partir de suas bases no Egito, os árabes invadiram
os reinos berberes do ocidente. Enquanto os
berberes do litoral converteram-se ao islamismo,
muitos outros se retiraram para os montes Atlas e o
interior do Saara.
14. Os primeiros documentos da história da África
oriental, que aparecem próximas do mar de Eritréia,
descrevem a vida comercial da região e seus laços
com o mundo fora da África. Imigrantes indonésios
chegaram a Madagascar durante o primeiro milênio
com novos produtos alimentares, sobretudo a
banana, que foi logo introduzida no continente.
Povos de fala bantos, que se estabeleceram no
interior, formaram reinos tribais e absorveram os
povos bosquímanos e nilóticos.
15. Os colonos árabes ocuparam a costa e
estabeleceram cidades comerciais. No século XIII,
foram criadas algumas notáveis cidades-estados,
voltadas para o mar, embora o seu impacto político
sobre os povos do interior tenha sido mínimo até o
século XIX.
16. O primeiro esforço contínuo dos europeus com relação
à África só veio a partir de dom Henrique o Navegador,
príncipe de Portugal. Depois de 1434, foram
organizadas numerosas expedições e, em 1497-1498,
Vasco da Gama contornou o cabo da Boa Esperança e
chegou à Índia.
O comércio português atraiu os rivais comerciais
europeus, que no século XVI criaram suas próprias
feitorias e com o aumento do comércio de escravos para
as Américas, as guerras pelo controle do comércio
africano tornaram-se mais intensas. Durante os quatro
séculos de tráfico de escravos, um número incalculável
de africanos foi vítima desse comércio de vidas
humanas.
17. Com o acúmulo de riqueza no século XIX houve a
necessidade de conquistar novos mercados
consumidores. Com isso ocorreu o Imperialismo,
que foi a dominação dos países industrializados da
Europa sobre países tidos como "atrasados" da
África e Ásia.
18. O processo de independência das colônias em
relação às metrópoles européias é denominado
historicamente como descolonização. Um dos fatos
que mais favoreceu o processo de descolonização
da África foi sem dúvida a Segunda Guerra Mundial
que ocorreu na Europa entre 1939 e 1945. Como
esse conflito armado que aconteceu no continente
europeu o mesmo sofreu com a destruição e o
declínio econômico. O enfraquecimento econômico
e político de grande parte dos países europeus,
especialmente aqueles que detinham colônias na
África, foram aos poucos perdendo o controle sobre
os territórios de sua administração.
20. Colonização, Neocolonialismo e partilha
da África:
A África desde o século XVI foi palco de cobiça
pelos povos principalmente os europeus que
procurava apoio em suas viagens, sendo ponto de
circulação para quem partia para Índia e América do
Sul.
21. Os colonizadores europeus transformaram
radicalmente o desenvolvimento cultural e
econômico das tribos africanas, transformando a
África em fonte comercial de escravos sendo os
colonizadores portugueses responsáveis por essa
comercialização. A posse das terras africanas pelos
seus colonizadores se efetivou depois do Congresso
de Berlim (1884 1885), mas essas posses não foram
pacificas, pois França e Reino Unido disputaram a
posse do canal de Suez e a hegemonia do Rio Nilo,
que acabou pertencendo ao Reino Unido. Sem
contar que a África, passou por vários impasses de
guerra por partilhas de suas terras.
22. A colonização tinha como objetivo satisfazer as
necessidades sem se preocupar com os danos
causados para a população local, que na maioria
das vezes era vista como mão de obra e um posto
para expandir suas rotas comerciais. Não se pode
dizer que o interesse de usufruir o continente era
apenas uma fonte de trabalho, mas cientifica e
religiosa, sendo que a religião do Cristianismo e do
Islã concorreram para a dominação do interior
africano já que estavam perdendo força na Europa e
Ásia.
23.
24. O Neocolonialismo esteve presente no continente
africano mais intensamente na segunda metade do
século XIX. Este período está associado à perda de
domínio das colônias americanas, e refletem
também a busca de novas fontes de matérias
primas e mão de obra empreendida pelos europeus
para dar suporte ao processo de desenvolvimento
industrial vigente na Europa naquele momento. Com
o Neocolonialismo praticamente todo o continente
africano foi conquistado, exceção à Etiópia e a
Libéria, pelas potências europeias. Os territórios
dominados por Portugal e Espanha eram os mais
antigos.
25.
26. Em estudos pós-coloniais o termo neocolonialismo
descreve a dominação (social, econômica, cultural)
de países do mundo desenvolvidos nos respectivos
assuntos internos de nações desenvolvimento, que
apesar da descolonização ocorrida no rescaldo da
Segunda Guerra Mundial (1939-1945), tem as
potências coloniais dominando arranjos econômicos
internacionais existentes e um laço fixo do passado
com seus antigos países da colônia que mantêm o
controle colonial.
27.
28. O Neocolonialismo foi à principal forma assumida pelo
imperialismo a partir da Segunda Revolução Industrial.
O domínio das potências europeias não foi apenas
econômico, mas militar, político e social, impondo à
força um novo modelo de organização econômica e
social do trabalho, que pudesse garantir, principalmente,
a extração de riquezas, para as indústrias europeias. A
violência militar e a exploração do trabalho somam-se
as imposições sociais, incluindo a disseminação do
cristianismo entre os povos nativos, num processo de
aculturação, que pode ser interpretado como
europeização da cultura no continente africano, algo que
já havia acontecido no continente americano.
29.
30.
31. Descolonização da África:
O continente africano foi colônia de potências europeias
até a segunda metade do século XX. Sua
independência se deu pela ocorrência da Segunda
Guerra Mundial, que aconteceu na Europa entre 1939 e
1945. Um acontecimento que envolveu muitos países,
dentre eles nações europeias que detinham territórios
de exploração no continente africano. Após o conflito, a
Europa ficou bastante enfraquecida no âmbito político e
econômico. Esse enfraquecimento das nações
europeias fez ressurgir movimentos de luta pela
independência em todas as colônias africanas. No
decorrer da década de 1960, os protestos se
multiplicaram e muitos países europeus concederam
independência as suas colônias.
32.
33. As antigas colônias se transformaram em países
autônomos, no entanto, a partilha do território
realizada de forma arbitraria pelas nações
europeias, que não consideraram as divergências
étnicas existentes antes da colonização, geraram
disputa pelas lideranças políticas agora
independentes.
34. Essas disputas pelo poder político aconteceram também
na América espanhola, onde não se tem um histórico de
separação de grupos étnicos como ocorreu na África no
momento da Partilha do Continente Africano. A forma como
as potencias europeias fizeram a divisão dos territórios
colônias foi sem dúvida maléfica para o povo africano, mais
não podemos esquecer o interesse pelo poder político não
se sustenta com base somente nesse processo. É
importante avaliar como o humano lida com a questão do
poder.
O continente está atualmente dividido em 53 países
independentes. A incidência de conflitos tribais motivados
por interesses de lideranças étnicas, a pobreza e a
corrupção aliada à falta de apoio internacional dificultam a
estabilidade política e econômica da região.
35.
36. Apartheid:
Apartheid (significa "vidas separadas" em
africano) era um regime segregacionista que negava
aos negros da África do Sul os direitos sociais,
econômicos e políticos. Embora a segregação
existisse na África do Sul desde o século 17, quando
a região foi colonizada por ingleses e holandeses, o
termo passou a ser usado legalmente em 1948.
No regime do Apartheid o governo era controlado
pelos brancos de origem europeia (holandeses e
ingleses), que criavam leis e governavam apenas para
os interesses dos brancos. Aos negros eram impostas
várias leis, regras e sistemas de controles sociais.
37. Entre as principais leis do Apartheid, podemos citar:
- Proibição de casamentos entre brancos e negros -
1949.
- Obrigação de declaração de registro de cor para todos
sul-africanos (branco, negro ou mestiço) - 1950.
- Proibição de circulação de negros em determinadas
áreas das cidades - 1950
- Determinação e criação dos bantustões (bairros só
para negros) - 1951
- Proibição de negros no uso de determinadas
instalações públicas (bebedouros, banheiros públicos) -
1953
- Criação de um sistema diferenciado de educação para
as crianças dos bantustões – 1953.
38. Este sistema vigorou até o ano de 1990,
quando o presidente sul-africano tomou várias
medidas e colocou fim a Apartheid. Entre estas
medidas estava à libertação de Nelson Mandela,
preso desde 1964 por lutar com o regime de
segregação. Em 1994, Mandela assumiu a
presidência da África do Sul, tornando-se o
primeiro presidente negro do país
39. INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE
O CONTINENTE AFRICANO:
A África é um continente com, aproximadamente,
30,27 milhões de quilômetros quadrados de terras.
Estas se localizam parte no hemisfério norte e parte no
sul. Ao norte é banhado pelo mar Mediterrâneo; ao leste
pelas águas do Oceano Índico e a oeste pelo Oceano
Atlântico. O Sul do continente africano é banhado pelo
encontro das águas destes dois oceanos.
- A África é o segundo continente mais populoso do
mundo (fica atrás somente da Ásia). Possui,
aproximadamente, 820 milhões de habitantes
(estimativa 2011).
- É um continente basicamente agrário, pois cerca de
63% da população habitam o meio rural, enquanto
somente 37 % moram em cidades.
40. - No geral, é um continente pobre e subdesenvolvido,
apresentando baixos índices de desenvolvimento
econômico. A renda per capita, por exemplo, é de,
aproximadamente, US$ 850,00. O PIB (Produto Interno
Bruto) corresponde a apenas 1% do PIB mundial.
Grande parte dos países possui parques industriais
pouco desenvolvidos, enquanto outros nem se quer são
industrializados, vivendo basicamente da agricultura.
- O principal bloco econômico africano é o SADC
(Southern African Development Community), formado
por 15 países: África do Sul, Angola, Botswana,
República Democrática do Congo, Lesoto, Madagascar,
Malaui, Maurícia, Moçambique, Namíbia, Suazilândia,
Seychelles, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.
41. - Além da agricultura, destaca-se a exploração de
recursos minerais como, por exemplo, ouro e diamante.
Esta exploração gera pouca renda para os países, pois
é feita por empresas multinacionais estrangeiras,
principalmente da Europa.
- Os países africanos que possuem um nível de
desenvolvimento um pouco melhor do que a média do
continente é: África do Sul,
Egito, Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia.
- Os principais problemas africanos são: fome,
epidemias (a AIDS é a principal) e os conflitos étnicos
armados (alguns países vivem em processo de guerra
civil).
42. - Os índices sociais africanos também não são bons.
O analfabetismo, por exemplo, é de
aproximadamente 40%.
- As religiões mais presentes no continente são:
muçulmana (cerca de 40%) e católica romana
(15%). Existem também seguidores de diversos
cultos africanos.
- As línguas mais faladas no continente são: inglês,
francês, árabe, português e as línguas africanas.
43. POPULAÇÃO DA ÁFRICA - DADOS E
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
Como os censos de muitos países africanos não
estão atualizados, não é possível chegar a um dado
preciso sobre a população do continente africano. As
estimativas dão conta de que a população do continente
esteja entre 800 milhões e um bilhão de habitantes
(estimativa de 2010).
Como o território africano é muito extenso (30,2
milhões de km2), a densidade demográfica é baixa
(cerca de 30 habitantes por km2). Esta população
também se distribui irregularmente pelo continente.
Grande parte da população se concentra nas grandes
cidades dos países litorâneos.
44. As áreas ocupadas por desertos e florestas
densas são praticamente inabitadas, enquanto as
regiões litorâneas e o vale do rio Nilo apresentam
grandes concentrações populacionais. Vale ressaltar
também que grande parte da população africana se
encontra na zona rural. A população urbana só é
maior do que a rural em países como, por exemplo,
Tunísia, Argélia e Líbia.
45.
46. ETNIAS:
Existem vários grupos étnicos na África. Cerca
de 80% da população é formada por diferentes
povos negros, que ocupam, principalmente, as
regiões centrais e sul do continente (ao sul do
deserto do Saara). Esta região é conhecida como
“África Negra”. Os principais grupos étnicos que
habitam esta região são:
bantos, sudaneses,
bosquímanos,
pigmeus, nilóticos.
47. Já os brancos (berberes, árabes e caucasianos)
habitam, principalmente, a região setentrional do
continente, ao norte do Deserto do Saara. Por isso
essa região é conhecida como “África branca”.
48. FAIXAS ETÁRIAS:
Grande parte da população africana é formada
por jovens, pois o continente apresenta taxas
elevadas de natalidade. A expectativa de vida no
continente é baixa, em função do
subdesenvolvimento de grande
parte dos países.
49. CIDADES MAIS POPULOSAS DA
ÁFRICA:
-Lagos na Nigéria - 9,9 milhões de habitantes
-Kinshasa na República Democrática do Congo
– 8,9 milhões de habitantes
-Cairo no Egito – 8,1 milhões de habitantes
-Ibadan na Nigéria – 5,1 milhões de habitantes
-Alexandria no Egito – 4,4 milhões de
habitantes
50. VEGETAÇÃO DA ÁFRICA:
Em função do vasto território, a África apresenta
uma grande diversidade de vegetações. A
vegetação da África acompanha a influência
climática. Desta forma, Onde ocorre o clima
equatorial há presença de grandes florestas
tropicais e equatoriais. As savanas aparecem mais
ao sul e mais ao norte das florestas tropicais, onde
ocorre a presença de umidade na estação do verão.
Na região norte (áreas de clima desértico), quase
não são encontradas vegetações. Nos extremos sul
e norte do continente africano, aparece a vegetação
mediterrânea, marcada pela presença de arbustos e
gramíneas.
51.
52. Principais tipos de vegetação na
África:
Floresta Equatorial: Presente na região central e
centro-oeste do continente. Composta por vegetação
fechada, emaranhada e densa. Influenciada,
principalmente, pelo elevado índice de chuvas na
região.
Savanas: Presentes nas faixas norte e sul das florestas
tropicais e também na região sudeste do continente
africano. É composta por gramíneas, com presença
espalhada de árvores de pequeno porte e arbustos.
Estepes: Faixa presente ao norte e nordeste das
savanas. É uma vegetação de transição das savanas
para a vegetação desértica. Vegetação tipicamente
rasteira composta por herbáceas.
53.
54. Vegetação Mediterrânea: Presente no extremo
norte da África (litoral do Mar Mediterrâneo) e
também no litoral sul da África do Sul. Vegetação
composta por gramíneas e arbustos.
Vegetação desértica: Presente no deserto do
Saara é composta por arbustos de galhos secos
bem espaçados e gramíneas. Porém, estes tipos de
vegetação aparecem apenas em áreas com cursos
de água (raros no deserto). Em grande parte do
deserto do Saara não há qualquer tipo de
vegetação.
55.
56. GEOGRAFIA FÍSICA DA ÁFRICA:
Dados Geográficos da África:
- Quantidade de países: 54.
- Área: 30.215.303 km².
- Altitude média: 730 metros
- Ponto mais elevado: Monte Kilimanjaro an
Tanzânia com 5.895 metros.
- Banhada pelas águas do: Mar Mediterrâneo (norte),
Oceano Atlântico (oeste), Oceano Atlântico (sul) e
Oceano Índico (leste).
- Principais ilhas: Madagascar, Seicheles, Ilhas de Cabo
Verde, Ilhas Maurício, Canárias, Madeira, São Tomé e
Príncipe e Comores.
- Principais rios: Nilo, Congo, Orange, Níger, Zambeze e
Limpopo.
57. - Principais lagos: Chade, Vitória, Turkana e
Tanganica.
-Cidades mais populosas: Cairo (Egito), Lagos
(Nigéria), Kinshasa (R. D. do Congo), Cartum
(Sudão), Johanesburgo (África do Sul) e Gizé
(Egito).
-O continente africano divide-se em cinco sub-
regiões, que são: África do Norte; África Central;
África Ocidental; África Oriental e África do Sul.
58.
59.
60. Relevo africano:
No continente africano prevalece a existência
de planaltos de altitudes baixas e médias. Nas
regiões litorâneas, encontramos as planícies
costeiras. As principais cadeias montanhosas que
se destacam no continente africano são: Cadeia do
Atlas (na região noroeste) e Cadeia do Cabo (na
região sul).
61. Clima:
No continente africano existem quatro tipos de
clima. Na região centro-ocidental prevalece o clima
equatorial, marcado por altas temperaturas e
elevado índice pluviométrico. Quase toda região
norte é marcada pelos climas semiárido e desértico,
caracterizado pela baixa umidade em função da
escassez de chuvas. No extremo norte (faixa
litorânea), encontramos o clima mediterrâneo. Já o
clima tropical ocorre na área centro-sul do
continente.
62.
63. PONTOS TURÍSTICOS DA
ÁFRICA:
Existem muitos pontos turísticos na África que
tem destaque mundialmente, irei citar alguns, como
Museu Transvaal (África do Sul); Kasbah (Argélia) e
Pirâmides de Gizé (Egito).
65. A África do Sul, ou África Meridional, ou África
Austral, ou ainda África Subsaariana, é a região do
continente africano situada ao sul do Deserto do
Saara. Não é uma divisão política, mas apenas um
termo usado como referência aos países que
possuem maior parte da população negra neste
continente. No passado, era muito usado o termo
“África Negra” para esta região, em oposição à
“África Branca”, composta pelos países ao norte do
Deserto do Saara. Porém, estes termos estão
caindo em desuso.
66. Cronologia da História da África
do Sul:
Pré-História: A região do território atual da África do
Sul recebeu a colonização do povo Khoisan que
eram caçadores e coletores.
Época Pré-colonial (do século I ao XIV): Entre os
séculos I e V, os povos Khoisan que habitavam a
região deste a Pré-História foram conquistados pelo
povo Bantu que dominam o território. Entre os
séculos IX e XIV desenvolve-se na região o Império
Mapungubwe.
67. Período Colonial:
1488 - o navegador português Bartolomeu Dias passa
pelo Cabo da Boa Esperança e passa a usar a Ilha
Robben como feitoria para o caminho das Índias.
1652 - Jan van Riebeeck, administrador holandês da
Companhia Holandesa das Índias Orientais cria a
Colônia Holandesa do Cabo.
1795 - a Colônia Holandesa do Cabo é ocupada pelos
ingleses, após Napoleão ter conquistado províncias
holandesas.
1899 a 1902 - ocorre a Guerra dos Boers em que os
ingleses, interessados nas minas de diamante da
região, enfrentam colonos holandeses e franceses da
região. Vencedores, os ingleses passam a dominar
grande parte da região.
68. Século XX:
- 1910 - os ingleses fundam a União da África do Sul
como domínio do Império Britânico. Tornam a língua
inglesa em oficial da região e os negros ficam sem
direitos políticos e sociais.
- 1948 - criada a estrutura política, social e econômica
do Apartheid (sistema legalizado que discriminava
racialmente os negros e garantia o domínio da minoria
branca na região).
- 1961 - a União da África do Sul conquista a
independência da Inglaterra, formando a República da
África do Sul.
- 1994 - fim do Apartheid com eleições livres em 27 de
abril. Nelson Mandela é eleito presidente da África do
Sul.
69. Século XXI:
- 2010 - um dos maiores eventos esportivos do
mundo foi realizado na África do Sul: a Copa do
Mundo de Futebol. O governo sul-africano investiu,
junto com a iniciativa privada, bilhões de dólares da
infraestrutura do país. Rodovias, aeroportos, hotéis
e estádios foram construídos ou reformados. Além
de movimentar a economia local, o evento melhorou
as condições de infraestrutura do país. A África do
Sul também passou a ser mais conhecida no
cenário mundial.
70. DADOS GERAIS DA ÁFRICA DO
SUL:
Área: 1.221.037 km².
Capital: Cidade do Cabo (legislativa), Bloemfontein
(judiciária) e Pretória (administrativa).
População: 48,6 milhões (estimativa junho de
2013).
Moeda: Rand.
Nome Oficial: República da África do Sul.
Nacionalidade: Sul africano.
Data Nacional: 27 de abril (Dia da Liberdade) -
primeiro dia de governo de Nelson Mandela.
Governo: República Presidencialista.
Presidente: Jacob Zuma.
71. GEOGRAFIA:
Localização: sul do Continente Africano.
Cidades Principais: Cidade do
Cabo, Durban, Johanesburgo, Pretória, Port
Elizabeth, Bloemfontein , Polokwane , Nelspruit,
Rustenburg.
Províncias: Cabo Ocidental, Cabo Oriental, Cabo
Setentrional, Estado Livre, Gauteng, Kwazulu-Natal,
Limpopo, Mpumalanga, Noroeste.
Densidade Demográfica: 39,8 hab./km2.
Fuso Horário: + 5h.
Clima: tropical (maior parte), mediterrâneo (sul),
árido tropical (norte), de montanha (oeste).
72. DADOS CULTURAIS E SOCIAIS:
Composição da População: grupos étnicos autóctones 70%
(zulus 20,5%, chosas 18%, pedis 9%, sotos 7%, tsuanas 6%,
tsongas 3,5%, suazis 2%, nedebeles 2%, vendas 2%), europeus
12% (holandeses, alemães, franceses, ingleses), eurafricanos
13%, indianos 3%, outros 2%.
Idioma: Africâner, inglês, sepédi, sessoto, setsuana entre outros.
Religião: Cristianismo 66,4% (reformistas católicos, metodistas,
anglicanos, luteranos), hinduísmo 1,3%, islamismo 1,1%,
judaísmo 0,2%, sem filiação 1,2%, outras 29,8%.
IDH: 0,629 (Pnud 2012) – médio.
Coeficiente de Gini: 57.8 (alto) dados do ano 2000.
Esperança de Vida: 49,3.
Alfabetização: 82,5%.
Índice de Mortalidade Infantil: 45 por mil nascimentos.
73.
74. ECONOMIA:
A África do Sul possui a economia mais desenvolvida do
continente africano. Sozinha, representa cerca de 25% do PIB do
continente. A África do Sul possui uma economia de mercado e
nos últimos anos tem recebido em grande volume de
investimentos de capitais internacionais. A realização da Copa do
Mundo em 2010 na África do Sul também tem colaborado para o
crescimento econômico do país, principalmente nos setores de
construção e infraestrutura.
Produtos Agrícolas: milho, cana-de-açúcar, uva, laranja e
outras frutas.
Pecuária: bovinos, aves, caprinos e ovinos.
Mineração: carvão, minério de ferro, petróleo, ouro e diamante.
Indústria: química, petroquímica, carvão, alimentícia,
equipamentos de transporte, siderúrgica, máquinas,
equipamentos agrícola e metalúrgica.
PIB: US$ 578,6 bilhões (2012).
Renda per capita: US$ 11.900 (2012).
75.
76. CULTURA DA ÁFRICA DO SUL:
Em função da diversidade étnica existe na África
do Sul, não há neste país uma cultura unificada.
Encontramos na África do Sul aspectos culturais
africanos e europeus (ingleses e holandeses).
77. Principais aspectos da cultura
sul-africana:
Línguas: Na África do Sul existem 11 idiomas oficiais,
embora o inglês seja o mais usado. O afrikáans,
derivado do holandês, também é muito utilizado pelos
descendentes de holandeses. Além destes, existem
outros idiomas oficiais usados por determinados grupos
étnicos. Entre estes, podemos citar: tswana, swasi,
ndebele, sesotho, tsonga, venda e zulú.
Culinária sul-africana: A culinária sul-africana recebeu
a influência dos povos pré-colonização (khosai, xhosa e
sotho) e dos britânicos e holandeses. A base da
culinária é a carne (vaca, frango porco). O vinho
também é faz parte desta culinária, sendo a África do
Sul um importante produtor desta bebida.
78.
79. Esportes: Os sul-africanos gostam muito de
esportes. O rugby, cricket e surf são tradicionais no
país e muito praticados. O futebol também é muito
apreciado e ganhou grande popularidade após o país
ter sido escolhido como sede da Copa de 2010.
Literatura: Importantes nomes da literatura mundial
são da África do Sul. Entre eles, podemos destacar J.
R. R. Tolkien, nascido em Bloemfontein, autor de O
Senhor dos Anéis e O Hobbit. Outros representantes
são Nadine Gordimer e JM Coetzee, ambos
ganhadores de prêmios Nobel de literatura.
80. Música sul-africana: A música na África do Sul também
é muito diversificada como aconteceu com outros
aspectos culturais. Estilos regionais africanos (música
folclórica) convivem e, muitas vezes, se fundem com a
música internacional. Podemos destacar os grupos Jazz
Pioneers e Ladysmith Black Mambazo como destaques
no campo musical sul-africano, pois conquistaram
popularidade em vários países do mundo.
Religião: A África do Sul caracteriza-se por uma grande
diversidade e miscigenação religiosa. No país convivem
religiões tradicionais africanas, originárias dos povos
antigos da região, com religiões cristãs, hinduísmo e
islamismo. Porém, cerca de 70% da população sul-
africana segue alguma religião cristã, originária dos
europeus.
81. Principais feriados nacionais sul-africanos:
- 27 de Abril: Dia da Liberdade (comemorada as
primeiras eleições livres após o Apartheid).
- 16 de junho: Dia da Juventude (quando ocorrem
protestos em Soweto contra o Apartheid).
- 24 de setembro: Dia da Hereditariedade
(comemorada a diversidade cultural e étnica no
país).
83. Os europeus chegam à região em 1487, quando o
navegador português Bartolomeu Dias contorna o cabo da
Boa Esperança. Ponto estratégico na rota comercial para as
Índias e habitada por diversos grupos negros (bosquímanos,
khoi, xhosas, zulus), a região é povoada por imigrantes
holandeses, franceses e alemães no século XVII. Esses
colonos brancos (chamados bôeres ou africânderes) se
fixam na região e desenvolve uma língua própria, o africâner.
Em 1806, os ingleses tomam a Cidade do Cabo e lutam
contra negros e bôeres. Os choques levam os bôeres a
emigrar maciçamente para o nordeste (a Grande Jornada,
em 1836), onde fundam duas repúblicas independentes,
Transvaal e Estado Livre de Orange. A entrada dos
britânicos no Transvaal provoca tensão e resulta na Guerra
dos Bôeres, que termina com a vitória britânica.
84. Mais tarde, a descoberta de minas de diamante
e de ouro desencadeou um conflito do século XIX
conhecido como Segunda Guerra dos Bôeres,
quando os Bôeres e os Britânicos lutaram pelo
controle da riqueza mineral do país. Mesmo
vencendo os Bôeres, os Britânicos deram
independência limitada à África do Sul em 1910,
como um domínio britânico. Durante os anos de
colonização Holandesa e Britânica, a segregação
racial era essencialmente informal, apesar de
algumas leis terem sido promulgadas para controlar
o estabelecimento e a livre circulação de pessoas
nativas.
85. "For use by white persons" (em português: "Para
uso de pessoas brancas") – placa da era do
apartheid.
86. Em 1983, é adotada uma nova constituição que garante
uma política de direitos limitados às minorias asiáticas, mas
continua a excluir os negros do exercício dos direitos
políticos e civis. A maioria negra, portanto, não tinha direito
de voto nem representação parlamentar. O partido branco
dominante, durante a era do Apartheid, é o Partido Nacional,
enquanto a principal organização política negra era o
Congresso Nacional Africano (ANC), que durante quase 50
anos foi considerado ilegal.
Mais tarde, em 1990, sob a liderança do presidente F. W.
de Klerk, o governo sul-africano começa a desmantelar o
sistema do apartheid, libertando Nelson Mandela, líder do
ANC, e aceitando legalizar esta organização, bem como
outras anti-Apartheid. Essa época teve início em 1948 e teve
seu fim em 1990, 42 anos.
87. Em Abril de 1994 fazem-se eleições multirraciais para o
novo Parlamento. O ANC ganha as eleições e Nelson Mandela,
formando um Governo de unidade nacional, torna-se o primeiro
presidente sul-africano negro. Em 2004, ano em que Thabo
Mbeki completou cinco anos como sucessor de Nelson
Mandela, o presidente da república da África do Sul prometeu
acabar com toda a violência de carácter político que ainda
possa existir no país. Mbeki demitiu-se do cargo em 20 de
Setembro de 2008 após pressões do seu próprio partido sob
acusação de interferência no poder judicial. Dois dias depois o
ANC apontou Kgalema Motlanthe para chefe-de-Estado.
Em Abril de 2010 foi assassinado o líder de extrema-direita
Eugène Ney Terre'Blanche, que defendia a supremacia branca
no país. O acontecimento marca o aumento da violência e da
tensão racial no país. Terre’blanche foi encontrado morto na
sua casa, no nordeste do país, com ferimentos na cabeça. O
assassinato foi atribuído a dois dos seus empregados.
88. História da bandeira da África do
Sul:
A bandeira atual da África do Sul foi adotada em 27 de
abril de 1994, logo após o fim do regime do Apartheid. A
bandeira antiga foi substituída pela atual, pois muitos
consideravam que a antiga representava o antigo regime de
conotação racista.
Após o fim do Apartheid, houve um concurso para o
desenho e escolha de uma nova bandeira nacional. Porém,
nenhum modelo foi aceito pela comissão encarregada de
aprovar a nova bandeira. Com a aproximação da posse de
Nelson Mandela, adotou-se de forma temporária o modelo
de bandeira desenhado por Frederick G. Brownell. Após
Mandela tomar posse, verificou-se que grande parte da
população tinha aprovado a nova bandeira e resolveu-se
torná-la oficialmente a bandeira nacional da África do Sul.
89. Significado da bandeira:
Em seis cores (preta, amarela, verde, branca, vermelha
e azul), a bandeira da África do Sul apresenta no centro um
"Y" deitado. Este "Y" simboliza a convergência em uma só
nação, após o regime de apartheid. A cor vermelha simboliza
o sangue. A cor azul representa o céu. O verde simboliza a
terra da África do Sul coberta por rica vegetação. A cor preta
representa os cidadãos negros e o branco os de cor branca.
A cor amarela simboliza o ouro, minério muito presente em
solo sul-africano.
As cores também podem ser atribuídas à união dos
povos que fizeram parte da história da África do Sul. As
cores preta, verde e amarela faziam parte da bandeira do
Congresso Nacional Africano (partido que representava a
maioria negra na época do Apartheid). Já a cor vermelha,
azul e branca, faz parte das bandeiras do Reino Unido e
Holanda (países que colonizaram a região no passado).
92. Muitos nomes são utilizados para se referir à
região norte do continente africano: África Branca,
África Setentrional, África do norte e Norte d’África.
Essa área, oposta à África Negra (nações do sul), é
composta pelos seguintes países: Egito,
Líbia, Argélia, Tunísia e Marrocos. Porém, além
destas nações, a ONU (Organização das Nações
Unidas), através de seu Departamento de
Estatísticas, ainda inclui o Sudão e o Saara
Ocidental como componentes do Norte da África.
93. Antes de ser considerada África Branca, essa
região foi originalmente habitada por africanos de
pele negra. De acordo com alguns historiadores,
isso pode ser comprovado pela presença da arte
rupestre difundida no Saara. Somente as áreas
do Baixo Egito e do Magrebe eram habitadas por
africanos brancos. A prova disso é a utilização de
determinados idiomas.
94. Após o processo que desertificou o Saara, os
negros africanos migraram para a região sul do
continente pelas costas ocidental e oriental. Após o
período que compreende a Idade Média (entre os
séculos V e XV), a região ficou sob controle
dos otomanos, com exceção das terras que hoje
pertencem ao Marrocos. Ao final do século XIX,
França, Reino Unido, Itália e Espanha foram os
principais colonizadores da área norte da África,
com destaque para as duas primeiras nações.
95. Com a dificuldade de travessia no território
desértico da África do Norte, o intercâmbio com a
África Subsariana quase não existiu durante
séculos. Naquele período, as transações entre as
duas regiões eram somente de caráter comercial,
realizadas através do rio Nilo e por meio das costas
oriental e ocidental. Este panorama perdurou até o
início do processo de expansão do islamismo e dos
povos árabes.
96. No que se refere à geografia da região, o Norte
da África ocupa áreas como a faixa que segue
o Mediterrâneo. O clima da localização é úmido
e ameno, sendo que a parcela do sul do território
pega parte do deserto do Saara. Localizada em
parte do Egito, a península do Sinai encontra-se um
uma placa tectônica árabe e, por isso, também faz
parte do continente asiático. Desta forma, o Egito é
categorizado como uma nação transcontinental do
Norte da África.
97.
98. Vírus ebola:
Fatos: Ebola é o vírus Ebolavírus (EBOV), um gênero
viral e a doença da febre hemorrágica Ebola (EHF),
febre hemorrágica viral (VHF). Existem quatro espécies
reconhecidas do gênero ebolavírus, que têm um número
estirpes específicas. A primeira vez que o vírus Ebola
surgiu foi em 1976, em surtos simultâneos em Nzara, no
Sudão, e em Yambuku, na República Democrática do
Congo, em uma região situada próximo do Rio Ebola,
que dá nome à doença. Morcegos frutívoros são
considerados os hospedeiros naturais do vírus Ebola. A
taxa de fatalidade do vírus varia entre 25 e 90%,
dependendo da cepa. Surgiu pela primeira vez em 1976
em focos de febre hemorrágica Ebola no Zaire e Sudão.
99. Causa: O Ebola pode ser contraído tanto de humanos como
de animais. O vírus é transmitido por meio do contato com
sangue, secreções ou outros fluídos corporais.
Agentes de saúde frequentemente são infectados enquanto
tratam pacientes com Ebola. Isso pode ocorrer devido ao
contato sem o uso de luvas, máscaras ou óculos de proteção
apropriados. Em algumas áreas da África, a infecção foi
documentada por meio do contato com chimpanzés, gorilas,
morcegos frutívoros, macacos, antílopes selvagens e
porcos-espinhos contaminados encontrados mortos ou
doentes na floresta tropical. Enterros onde as pessoas têm
contato direto com o falecido também podem transmitir o
vírus, enquanto a transmissão por meio de sêmen infectado
pode ocorrer até sete semanas após a recuperação clínica.
100. Sintomas: No início, os sintomas não são
específicos, o que dificulta o diagnóstico. A doença é
frequentemente caracterizada pelo início repentino
de febre, fraqueza, dor muscular, dores de cabeça e
inflamação na garganta. Isso é seguido por vômitos,
diarreia, coceiras, deficiência nas funções hepáticas
e renais e, em alguns casos, sangramento interno e
externo. Os sintomas podem aparecer de dois a 21
dias após a exposição ao vírus. Alguns pacientes
podem ainda apresentar erupções cutâneas, olhos
avermelhados, soluços, dores no peito e dificuldade
para respirar e engolir.
101. Diagnóstico: Diagnosticar o Ebola é difícil porque
os primeiros sintomas, como olhos avermelhados e
erupções cutâneas, são comuns. Infecções por
Ebola só podem ser diagnosticadas definitivamente
em laboratório, após a realização de cinco diferentes
testes. Esses testes são de grande risco biológico e
devem ser conduzidos sob condições de máxima
contenção. O número de transmissões de humano
para humano ocorreu devido à falta de vestimentas
de proteção.