Mona lisa - Contexto Histórico e curiosidades - Artes
1. Mona Lisa
O Desenho como Instrumento
Leonardo Da Vinci pintou basicamente retratos e temas religiosos e como desenhista, ele
abordou os mais diversos assuntos para enriquecer suas pinturas. O desenho constituía
para Leonardo também um instrumento de estudo para trabalhos de escultura e
arquitetura, campo em que exerceu considerável influência apesar de não deixar uma
única obra que se possa atribuir-lhe inquestionavelmente.
Mona Lisa
A Mona Lisa de Leonardo Da Vinci é provavelmente a pintura mais famosa do mundo.
Está no museu do Louvre, em Paris, protegida por um grosso vidro a prova de balas. o
quadro é surpreendentemente pequeno (77 x 53 cm) contudo há quase 500 anos a Mona
Lisa vem inspirando poemas, canções, pinturas, esculturas, romances, mitos, boatos,
falsificações e roubos, e hoje em dia seu rosto aparece em incontáveis anúncios
comerciais no mundo inteiro. Quando foi exibida pela primeira vez, considerou-se que ela
trouxe nova dimensão de realismo e veracidade à arte da pintura. Como disse o artista e
biógrafo Giorgio Vasari "...sua boca, unida a coloração de carne do rosto pelo vermelho
dos lábios, parecia a de um ser vivo e não de uma pintura... Olhando para a garganta, se
pode jurar que o sangue ali pulsava"
Cenário: No fundo do quadro de Mona Lisa há duas paisagens, o da direita, muito alto, e o
da esquerda, muito baixo. O lugar de conexão entre esses dois pontos esta oculto atrás da
cabeça de Mona Lisa.
Sobrancelhas ausentes: A explicação mais provável é que Leonardo colocou as
sobrancelhas como um toque final na tinta seca do rosto, mas a primeira vez que o quadro
foi limpo (talvez no século XVII) o restaurador usou um solvente impróprio e as
sobrancelhas se dissolveram para sempre. Isto serve como uma alerta para o máximo
cuidado que os restauradores devem ter.
Janelas da alma: Será que olhos de Mona Lisa, como já se disse com freqüência
expressam uma sabedoria sobrenatural? O próprio Leonardo descreveu o olho como "a
janela do corpo humano, através da qual ele se espelha o seu caminho e traz para o nosso
desfrute a beleza do mundo, pela qual a alma se contenta em ficar na sua prisão humana"
Sorriso enigmático: Os olhos de Mona Lisa atraem suas respectivas paisagens. Esse
jogo visual de atrações opostas se encontra no centro de Mona Lisa e faz com que o olho
veja um ligeiro temor nos cantos da boca. É este temor que dá impressão de que ela está
prestes a irromper num sorriso mais aberto.
2. Mangas: As mangas foram pintadas num estilo nítido e bem definido, com contornos
fortes, coerente com o estilo dos trabalhos anteriores de Leonardo. Contudo o pano sobre
o ombro de Mona Lisa foi pintado num estilo muito suave, semelhante o das obras
posteriores do artista. Isso sugere que Leonardo trabalhou neste quadro por um
considerável período de tempo; é possível que só tenha concluído o quadro em 1510.
Cadeira de braços: O braço da cadeira , quase paralelo ao da pintura, realça a suave
curva das costas e da cabeça.
Curvas intrincadas: O vestido tem um complexo bordado de nós e laçadas. Leonardo era
fascinado por desenhos assim, que já foram alvos de muitas interpretações engenhosas.
Se este desenho tem algum significado, ainda é um mistério, e portanto combina bem com
o espirito de Mona Lisa.
Paisagem Rochosa: A paisagem rochosa é um elemento muito apreciado por Leonardo,
que o utilizou com freqüência. Ele tinha especial fascínio pelo movimento das águas.
Contornos esfumaçados: Os cachos de cabelo caindo levemente sobre o ombro direito
de Mona Lisa se fundem com as rochas e o ombro esquerdo na linha de um distante
aqueduto. O contorno esfumaçado que se mescla com o misterioso fundo dá ambigüidade
ao clima e cria a ilusão de movimento, que dá a este quadro uma estranha sensação de
vida.
Colunas: A forma estranha no canto do quadro não tem nenhum objetivo aparente, e há
outra do lado oposto do quadro. Contudo, elas mostram que a pintura originalmente era
ladeada de colunas dos 2 lados, para reforçar a ilusão de que Mona Lisa esta sentada
num balcão. O painel original foi cortado de ambos os lados e as colunas retiradas.
Belas mãos: Um dos trunfos do quadro é o belíssimo formato das mãos. As mãos estão
completamente relaxadas, acentuando assim a suave majestade da figura representada.
Cores sombrias: A pele tem uma coloração esverdeada, causada pela limpeza
exagerada. Contudo, Leonardo utilizava cores muito mais sombrias do que seus
contemporâneas.
La GIOCONDA
Quem é Gioconda? empre foi chamada de Mona Lisa, isto é, Madonna Lisa di Antônio
Maria Gherandini, esposa do rico cidadão florentino Francesco del Giocondo, que em 1503
encomendou a Leonardo um retrato de sua jovem esposa. O quadro também é chamado
de La Gioconda. Não se sabe ao certo, porém, se o inquieto Leonardo chegou a terminar a
3. encomenda. É provavel que a pintura tenha começado como um retrato da esposa do
nobre, mas acabou se tornando algo muito maior - a imagem da idéia que Leonardo fazia
da beleza perfeita.
Atualmente, o quadro fica exposto no Museu do Louvre, em Paris, França. Mona Lisa é,
quase que certamente, a mais famosa e importante obra de arte da história, sendo
avaliada, na década de 1960, em cerca de 100 milhões de dólares americanos, lhe
conferindo, também, o título de objeto mais valioso, segundo o Guinness Book.
A Última Ceia
Leonardo da Vinci começou a trabalhar a pintura “A Última Ceia” no ano de 1495. Esta
obra é considerada sua pintura mais ambiciosa e é tão famosa quanto o retrato da Mona
Lisa, a mais notável e conhecida obra de Da Vinci. O trabalho pode ser visitado no
Convento Santa Maria Delle Grazie, Milão, onde foi concebida em uma parede do
refeitório dos monges. Porém, a pintura não pode ser apreciada em sua totalidade. Isso
se deve a um equívoco cometido por Leonardo da Vinci na época.
Da Vinci, que passou mais de dois anos trabalhando em “A Última Ceia”, decidiu aplicar a
técnica da têmpera, que consistia em misturar pigmentos coloridos com gema de ovo. A
pintura foi feita em gesso seco e, para a infelicidade dos apreciadores da obra do artista,
entrou em estado de deterioração em 20 anos, sendo que no ano de 1560 já estava
arruinada.
Uma história bastante lembrada sobre a produção de “A Última Ceia” é sobre a perplexidade
de um prior do convento, que não se conformava em ver Da Vinci parado na frente da obra,
observando-a durante tanto tempo. Em resposta às críticas do prior, o pintor afirmou que
“os homens de gênio às vezes produzem mais quando menos trabalham, pois esta é a hora
em que elaboram invenções e formam em suas mentes as ideias perfeitas que depois
expressam e reproduzem com as mãos”. Além disso, Leonardo ameaçou basear-se na figura
do prior para criar o rosto de Judas.
A história em que a obra baseia-se é encontrada no Novo Testamento. “A Última Ceia”
ocorreu quando Cristo revelou, em meio a uma refeição, que um dos apóstolos ali presentes
iria traí-lo. Na história bíblica, foi Judas Iscariotes o apóstolo a trair Jesus Cristo. Leonardo
da Vinci retratou o perfil de Judas inclinado para trás, com o rosto em uma sombra.
Na obra, o olho direito de Jesus é o ponto de fuga para a perspectiva, tendo sua cabeça
emoldurada pela janela ao fundo, que apresenta uma paisagem. Afastado de ambos os
grupos, é o único que tem um semblante sereno, ao contrário dos 12 apóstolos que o
ladeiam.
Uma curiosidade sobre “A Última Ceia” é que o mosteiro no qual se localiza passou por um
bombardeiro durante a Segunda Guerra Mundial. A obra, mesmo deteriorada, manteve-se
firme após este bombardeio e ainda pode ser apreciada pelos amantes da arte.