O documento discute técnicas de enfermagem como preparação de leitos, limpeza de unidades, lavagem de mãos e uso de luvas. Ele fornece detalhes sobre como realizar esses procedimentos corretamente visando a segurança do paciente e prevenção de infecções.
2. “De todas as ciências que o
homem pode e deve saber,
a principal é a ciência de
viver fazendo o mínimo de
mal e o máximo possível de
bem.” (TOLSTOI)
3. Aborda as técnicas de enfermagem que
compreendem as ações indicadas para atender
aos problemas levantados no exame físico do
paciente.
A assistência de Enfermagem (AE) qualificada
requer uma avaliação detalhada do cliente
por meio do exame físico, detectando suas
necessidades, para elaboração de
intervenções com o objetivo de restabelecer a
saúde do cliente.
Requer constante reflexão, tanto pelo
aspecto científico quanto ético, e maior
consciência sobre questões que envolvem
decisões relativas ao cuidado.
4. Por SEMIOLOGIA entende-se o estudo dos
sinais e sintomas do ponto de vista da
Enfermagem.
De acordo com a resolução COFEN (Conselho
Federal de Enfermagem) 272/2002 artigo 1° a
Sistematização da Assistência de
Enfermagem é uma atividade privativa do
enfermeiro e a ele incumbe a implantação,
planejamento, organização, execução e avaliação
do processo de Enfermagem.
5.
6. A adoção de um roteiro para
execução de técnicas nos cuidados
de Enfermagem tem por objetivo
melhorar a qualidade da AE, visando a
segurança, o conforto e a
economia.
7. Conversar com o cliente, explicando o que vai ser
feito.
Preparar o ambiente providenciando iluminação e
ventilação adequadas, privacidade (biombo).
Lavar as mãos.
Separar e organizar o material em bandeja.
Executar o cuidado mantendo postura correta,
agindo com rapidez e segurança, observando o
cliente e interagindo com ele.
Deixar o cliente confortável e o ambiente em
ordem e limpo.
Fazer anotações de enfermagem referentes aos
cuidados prestados e observações feitas.
8. Cuidados Pessoais: a forma como nos
apresentamos (físicas e psicológicas) é
importante não apenas no aspecto
higiênico, relacionamento pessoal e
profilaxia de doenças transmissíveis.
9.
Cuidar para que unhas estejam sempre limpas e
curtas.
Evitar o uso de anéis, pulseiras, relógios, correntes,
brincos e esmaltes escuros, piercing, possíveis fontes
de microorganismos e contaminação além de causas
de traumatismos no cliente.
Usar cabelos presos e curtos.
Uniforme limpo, passado e evitando o uso fora do
ambiente hospitalar.
Usar calçados limpos, fechados e laváveis,
preferencialmente de couro.
Fazer seu trabalho sempre com a máxima atenção,
evitar conversas desnecessárias e etc.
Evitar levar as mãos ao rosto e cabelo durante a
execução do trabalho e seguir as precauções
universais.
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11.
12. Lavagem das mãos – o uso de
água e sabão comum.
Lavagem antisséptica das mãos
– água e sabão antisséptico.
Higienização das mãos - utiliza-
se um produto à base de álcool,
normalmente em gel.
13. Remover sujidade e microrganismos das
mãos quando são friccionadas e/ou
escovadas, utilizando água corrente
sabão, preferencialmente líquido.
Evita a propagação de doenças, a
eliminação de substâncias tóxicas e
medicamentos da pele e protege contra a
agressão do meio.
14. Tossir, espirrar ou assuar o nariz;
Antes de beber e/ou comer;
Antes e após calçar luvas, lembrando que o uso
de luvas não substitui a lavagem das mãos;
Antes e depois de qualquer cuidado ao cliente;
Antes e após a utilização do banheiro.
Este procedimento de lavagem das mãos também
deve ser adotado por acompanhantes,
familiares/cuidadores, principalmente no ambiente
hospitalar.
15. Pia
Torneira
Sabão líquido
Papel descartável
Cesto de lixo
É importante verificar e repor saboneteiras e
dispensadores de papel toalha que devem
estar próximos a pia.
Na sua prática diária você obedece
rigorosamente esta sequência:
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17. 1° - Na impossibilidade de lavar as mãos,
friccionar as mãos com álcool gel a 70%
(esta prática não substitui a lavagem).
2° - A quantidade de papel utilizado para
secagem das mãos deve ser de 2 folhas.
3° - O modelo ideal de torneira é aquela
que não exige a manipulação para sua
abertura. Existem modelos que podem ser
acionados por pedal, sensor ou cotovelo.
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19. Outra barreira utilizada para o controle da disseminação
de microrganismos no ambiente hospitalar são as luvas,
esterilizadas ou não, indicadas para proteger o paciente
e o profissional de contaminação.
As luvas esterilizadas, denominadas luvas
cirúrgicas, são indicadas para a realização de
procedimentos invasivos ou manipulação de material
estéril, impedindo a deposição de microrganismos no
local.
Exemplos: cirurgias, suturas, curativos, cateterismo
vesical, dentre outros.
Luva Estéril →
20. As luvas de procedimento são limpas, porém não
esterilizadas, e seu uso é indicado para proteger o
profissional durante a manipulação de material,
quando do contato com superfícies contaminadas ou
durante a execução de procedimentos com risco de
exposição a sangue, fluidos corpóreos e secreções.
Não há nenhum cuidado especial para calçá-las,
porém devem ser removidas da mesma maneira que
a luva estéril, para evitar que o profissional se
contamine.
Luva de Procedimento →
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22. 1. Antes de qualquer coisa, ressalte-se que a luva
deve ter um ajuste adequado, cuja numeração
corresponda ao tamanho da mão.
2. Abra o pacote de luvas posicionando a abertura
do envelope para cima e o punho em sua direção.
Toque somente a parte externa do pacote,
mantendo estéreis a luva e a área interna do
pacote.
3. Segure a luva pela dobra do punho, pois é a
parte que irá se aderir à pele ao calçá-la, única
face que pode ser tocada com a mão não-
enluvada - desta forma, sua parte externa se
mantém estéril.
23. 4. Para pegar a outra luva, introduza os dedos da mão
enluvada sob a dobra do punho e calce-a, ajustando-
a pela face externa.
5. Calçando a luva, mantenha distância dos
mobiliários e as mãos em nível mais elevado,
evitando a contaminação externa da mesma
6. Após o uso, as luvas estão contaminadas. Durante
sua retirada a face externa não deve tocar a pele.
Para que isto não ocorra, puxe a primeira luva em
direção aos dedos, segurando-a na altura do punho
com a mão enluvada; em seguida, remova a segunda
luva ,segurando-a pela parte interna do punho e
puxando-a em direção aos dedos.
7. Esta face deve ser mantida voltada para dentro
para evitar auto-contaminação e infecção hospitalar.
24.
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26. A limpeza da unidade objetiva remover
mecanicamente o acúmulo de sujeira e ou
matéria orgânica e, assim, reduzir o número de
microrganismos presentes.
Pode ser de dois tipos:
27. É feita diariamente após a arrumação da cama,
para remover poeira e sujidades acumuladas ao
longo do dia em superfícies horizontais do
mobiliário;
Normalmente, é suficiente a limpeza com pano
úmido, realizada pelo pessoal de enfermagem;
28. É feita em todo o mobiliário da unidade do
paciente; é realizada quando o leito é
desocupado em razão de alta, óbito ou
transferência do paciente, ou no caso de
internações prolongadas.
É realizada pela equipe de higiene hospitalar,
desde que devidamente treinada.
29. A realização da limpeza da unidade requer
conhecimentos básicos de assepsia e uso
de técnica adequada, visando evitar a
disseminação de microrganismos e a
contaminação ambiental.
Assim, o profissional responsável por essa
tarefa deve ater-se a algumas medidas de
extrema importância:
30. A) Executar a limpeza com luvas de
procedimento;
B) Realizar a limpeza das superfícies com
movimentos amplos e num único sentido;
C) Seguir do local mais limpo para o mais
contaminado;
D) Colocar sempre a superfície já limpa sobre
outra superfície limpa;
E) Limpar com solução detergente e, em seguida,
remover o resíduo;
F) Substituir a água, sempre que necessário.
31. A limpeza da unidade deve abranger:
a parte interna e externa da mesa de cabeceira,
travesseiro (se impermeável),
colchão,
cabeceira da cama,
grades laterais,
estrado,
pés da cama,
paredes adjacentes à cama,
cadeira,
escadinha.
32. Cama fechada é indicada para receber um novo
paciente, caso em que deve ser submetida à
prévia limpeza terminal;
Cama aberta é preparada para o paciente que
tem condições de se locomover;
Cama aberta com paciente acamado é aquela
preparada com o paciente no leito;
Cama de operado é preparada para receber
paciente operado ou submetido a procedimentos
diagnósticos ou terapêuticos.
33. É importante ressaltar que um leito
confortável, devidamente preparado
e biologicamente seguro, favorece
o repouso e sono adequado ao
paciente.
36. 1- Colocar a roupa na cadeira ao lado da cama, na ordem
que vai ser usada.
2- Soltar a roupa de cama, iniciando pelo lado distal,
retirando uma peça de cada vez. Voltando as pontas para
dentro e colocando no hamper.
3- Colocar a fronha no travesseiro, deixando-o sobre a
cadeira.
4-Estender o lençol impermeável (se houver).
5- Estender o lençol protetor do colchão.
6- Estender o lençol móvel (traçado ou forro).
7- Estender o lençol normal (cobrir).
8- Estender o cobertor e a colcha.
9- Fazer a dobra da cabeceira se a cama for aberta.
10- Colocar o travesseiro sobre a cama.
11- Passar para o outro lado da cama, complementando-a.
12- Ajeitar o travesseiro.
37. - se o paciente tiver incontinência urinária
ou em caso de puérpera, acrescenta-se
um impermeável sob o lençol móvel.
- quando o leito estiver vago, o lençol de
cima ficará esticado e o travesseiro de pé
encostado no espaldar da cama.
38. a) Deve ser feita evitando cansar o paciente, o qual
deve ser afastado para o lado contrário aquele em
que se está trabalhando. O paciente ficará em
decúbito lateral ou dorsal, conforme seu estado.
b) Pode ser feito por duas pessoas para ser mais
rápido e segurar o paciente em caso grave.
c) Terminando de arrumar um lado o paciente deve
ser trazido para o lado arrumado, coberto com
lençol limpo.
d) Assim que arrumar o outro lado, fará o paciente
se acomodar no centro da cama com todo conforto.
e)Geralmente a arrumação de cama é feita após o
banho no leito.
39. É feita para aguardar o paciente que vem
da cirurgia ou de exames sob anestesia.
É feita a cama simples, acrescentando um
lençol em forma de leque na cabeceira e
o lençol de cima com cobertor e colcha do
lado da porta e nos pés deve ser dobrado
sobre a cama, facilitando a entrada do
paciente.
40. CIANCIARRULO, T. I. et al (Orgs.). Sistema de
assistência de enfermagem: evolução e
tendências. São Paulo: Ícone, 2001.
Sistema de classificação dos pacientes, Andrea C.
Ayoub, Nádia R. C. Alves, Yara B. Silva.
CRUZ, Andréa Porto da, Curso Didático de
Enfermagem, 2ª Edição. São Caetano do Sul-SP: Yendes
Editora, 2006.
Ministério da Saúde, Departamento de Gestão em
Educação, Caderno do Aluno - Fundamentos de
Enfermagem ; PROFAE; 2ª Edição; 2003.