SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 32
1
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
TIPOS TEXTUAIS
1- Descrição
2- Narração
3-Dissertação
3.1-Dissertação- Argumentação
3.2-Dissertação - Exposição
4- Injunção / Instrucional
5- Dialogal / Conversacional
6-Poetico
1- Descrição
Tipo de texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um
objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, por sua função
caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou
sentimentos.
Exemplos
Seu rosto era claro e estava iluminado pelos belos olhos azuis e contentes. Aquele sorriso aberto
recepcionava com simpatia a qualquer saudação, ainda que as bochechas corassem ao menor
elogio. Assim era aquele rostinho de menina-moça da adorável Dorinha.
OBSERVAÇÃO
Normalmente, narração e descrição mesclam-se nos textos; sendo difícil, muitas vezes, encontrar
textos exclusivamente descritivos.
2- Narração
Modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo
e lugar, envolvendo certos personagens. Estamos cercados de narrações desde que nos contam
histórias infantis como Chapeuzinho Vermelho ou Bela Adormecida, até as picantes piadas do
cotidiano.
Exemplos
Numa tarde de primavera, a moça caminhava a passos largos em direção ao convento. Lá
estariam a sua espera o irmão e a tia Dalva, a quem muito estimava. O problema era seu atraso e
o medo de não mais ser esperada...
3- Dissertação
Estilo de texto com posicionamentos pessoais e exposição de idéias. Tem por base a
argumentação, apresentada de forma lógica e coerente a fim de defender um ponto de vista. É a
modalidade mais exigida nos concursos em geral, por promover uma espécie de “raio-X” do
candidato no tocante a suas opiniões. Nesse sentido, exige dos candidatos mais cuidado em
relação às colocações, pois também revela um pouco de seu temperamento, numa espécie de
psicotécnico.
Exemplos
Tem havido muitos debates em torno da ineficiência do sistema educacional do Brasil. Ainda não
se definiu, entretanto, uma ação nacional de reestrutura do processo educativo, desde a base ao
ensino superior.
3.1-►Dissertação- Argumentação
Procura convencer. Apresenta ou defende uma tese, um ponto de vista. Quando polêmico, toma
partido contra ou a favor de uma pessoa, grupo ou uma instituição e suas idéias. Ex: Seminário,
verbete de enciclopédia, reportagem, editorial (que é mais argumentativo que dissertativo)...
3.2-► Dissertação - Exposição
Apresentação de argumentos segundo uma organização lógica. Estabelecimento de relações de
causa e efeito. Estrutura formada por introdução, desenvolvimento e conclusão. Verbos no
presente. Ex: Debate, editorial, artigo de opinião, manifesto, carta aberta, carta de reclamação...
______________________________________________________________________________
__
1-Descrição
2
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto.
A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora.
Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há
relação de anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto
descrito. É fazer
uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se Pega. É um tipo textual
que se agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros textuais. Tem predominância em
gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado, etc.
ATIVIDADE 1_ DESCRIÇÃO DE PESSOA
Prima Julieta
Murilo Mendes
Prima Julieta, jovem viúva, aparecia de vez em quando na casa de meus pais ou na de
minhas tias. O marido, que lhe deixara uma fortuna substancial, pertencia ao ramo rico da família
Monteiro de Barros. Nós éramos do ramo pobre. Prima Julieta possuía uma casa no Rio e outra
em Juiz de
Fora. Morava em companhia de uma filha adotiva. E já fora três vezes à Europa.
Prima Julieta irradiava um fascínio singular. Era a feminilidade em pessoa. Quando a
conheci, sendo ainda garoto e já sensibilíssimo ao charme feminino, teria ela uns trinta ou trinta e
dois anos de idade.
Apenas pelo seu andar percebia-se que era uma deusa, diz Virgílio de outra mulher. Prima
Julieta caminhava em ritmo lento, agitando a cabeça para trás, remando os belos braços brancos.
A cabeleira loura incluía reflexos metálicos. Ancas poderosas. Os olhos de um verde azulado
borboleteavam. A voz rouca e ácida, em dois planos; voz de pessoa da alta sociedade. Uma vez
descobri admirado sua nuca, que naquele tempo chamavam de cangote, nome expressivo:
pressupõe jugo e domínio. No caso somos nós, homens, a sofrer a canga.
Descobri por intuição a beleza do cangote e do pescoço feminino, não querendo com isso
dizer que desprezava outras regiões do universo.
Nas questões de 1 a 3, assinale com um ( X ) a opção que melhor explique as
palavras ou expressões sublinhadas em cada frase.
1 - "O marido lhe deixara uma fortuna substancial".
a) (__) razoável b) (__) falsa c) (__) irreal
2 - "Nós éramos do ramo pobre".
a) (__) da parte b) (__) do bairro c) (__) do galho
3 - "Prima Julieta irradiava um fascínio singular".
a) (__) único b) (__) coletivo c) (__) contagiante
4 - Copie as frases abaixo, substituindo as expressões sublinhadas por outras
palavras de sentido semelhante ( sinônimos ).
a) "Uma vez descobri admirado sua nuca, que naquele tempo chamavam
cangote, nome expressivo: pressupõe jugo e dominação".
b) "Descobri por intuição a beleza do cangote e do pescoço feminino, não
querendo com isso dizer que subestimava outras regiões do universo".
3
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
Observe:
A descrição de Prima Julieta implica movimento. Marque a alternativa que se
adequa melhor às palavras sublinhadas nas frases abaixo.
1 - "Remando os belos braços brancos".
a) (__) balançando b) (__) sacudindo c) (__) acenando
2 - "Os olhos de um verde azulado borboleteavam".
a) (__) voavam b) (__) viravam c) (__) piscavam
3 - Cite três características físicas da personagem.
Esse texto é um exemplo de descrição de pessoa. Nele o escritor não se limita em descrever a
personagem apenas fisicamente ( por fora ), mas também marcando os traços psicológicos ( jeito
de ser ) da personagem, selecionando aspectos considerados importantes para a caracterização
do ser.
4 - Nesse texto o descritor é
a) (__) Murilo Mendes b) (__) o primo de Julieta c) (__) o marido de Julieta
5 - Leia atentamente, o período abaixo:
"Uma vez descobri admirado sua nuca, que naquele tempo chamavam de cangote, nome
expressivo: pressupõe jugo e domínio. No caso somos nós, homens, a sofrer a canga."
Que visão o descritor procura passar da figura feminina em relação ao
homem ?
a) (__) indiferente b) (__) possessiva c) (__) sedutora d) (__) tímida e) (__) autoritária
6 - Qual a idade do rapaz quando conheceu Julieta ? E ela quantos anos tinha ?
7 - No texto predomina a descrição física ou a psicológica ? Comprove com duas
expressões do texto.
Assinale com um ( X ) as opções corretas de acordo com o texto.
8 - Pela forma como Julieta é descrita, podemos deduzir que o primo a acha
a) (__) linda. b) (__) nem feia, nem bonita. c) (__) pouco atraente. d) (__) feminina.
e) (__) fascinante.
9 - Apesar de o descritor ser ainda garoto, ele sentia grande atração pela prima.
Podemos perceber isso através das seguintes descrições:
a) (__) "Era a feminilidade em pessoa." b) (__) "Morava em companhia de uma filha adotiva."
c) (__) "Ancas poderosas." d) (__) "A voz rouca e ácida..."
e) (__) "Descobri por intuição a beleza do cangote e do pescoço feminino..."
10 - Você, com certeza, conheceu alguém tão especial quanto Julieta. Conte-nos
como era essa pessoa.
______________________________________________________________________________
__
2- NARRAÇÃO
Estrutura da narração
Convencionalmente, o enredo da narração pode ser assim estruturados:
A) exposição (apresentação das personagens e/ou do cenário e/ou da época),
B) desenvolvimento (desenrolar dos fatos apresentando complicação e clímax),
C) desfecho (arremate da trama).
4
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
Entretanto, há diferentes possibilidades de se compor uma trama, seja iniciá-la pelo desfecho,
construí-la apenas através de diálogos, ou mesmo fugir ao nexo lógico de episódios
As narrativas mais longas podem explorar mais detalhadamente as noções de tempo
A) cronológico (marcado pelas horas, por datas);
B) psicológico (marcado pelo fluxo do inconsciente) – e de espaço (cenário, paisagem, ambiente).
O envolvimento de várias personagens e os múltiplos núcleos de conflito em torno de uma
situação também são comuns nas narrativas extensas.
Elementos básicos da narração
São elementos básicos da narração:
A) enredo (ação); B) personagem; C) tempo; D) espaço.
Foco narrativo ou ponto de vista do narrador
Quando a história é curta, como na narração escolar, são imprescindíveis: enredo e personagens.
A perspectiva de quem escreve é dada pelo foco narrativo:
A) • Narrador personagem ou participante: foco narrativo em 1ª pessoa;
B) • Narrador observador: foco narrativo em 3ª pessoa.
C) • Narrador onisciente: foco narrativo em 3ª pessoa.
Tipos de discurso
Os discursos representam a fala da personagem eles podem ser:
A) direto • (diálogo) : o narrador reproduz textualmente a fala da personagem.
B) indireto • narrador conta o que a personagem fala.
C) indireto livre •a fala da personagem funde-se com a fala do narrador
• Narrador: o narrador conta a história e tece comentários sobre personagens e
acontecimentos.O narrador é a entidade que conta uma história. É uma das três pessoas em
uma história, sendo os outros o autor e o leitor/espectador. O leitor e o autor habitam o mundo
real. É função do autor criar um mundo alternativo, com personagens e cenários e eventos que
formem a história. É função do leitor entender e interpretar a história.
OBSERVAÇÃO►
Escritor/ autor é o artista que se expressa através da arte da escrita, ou, tradicionalmente
falando, da Literatura. É autor de livros publicados, embora existam escritores sem livros
publicados (chamados, por alguns, de amadores).
EXEMPLO DE NARRATIVA TRADICIONAL
Yufá era um menino tonto e desajeitado. Certa vez foi visitar os vizinhos numa fazenda. Como
o viram mal-arrumado, soltaram os cães em cima dele. (EXPOSIÇÃO)
Sua mãe se entristeceu e lhe arranjou um lindo casacão, uma calça e um jaleco de veludo.
Vestido como um cavalheiro, Yufá retornou à fazenda onde tinha sido mal recebido. Acolheram-
no muito bem, convidaram-no para o almoço e cobriram-no de elogios. (DESEMVOLVIMENTO)
Quando trouxeram a comida, Yufá a levava à boca e a punha nos bolsos e no chapéu,
dizendo: (CLÍMAX)
5
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
_Comam, comam, minhas roupinhas, pois vocês é que foram convidadas, não eu.
(DESFECHO)
Elementos da narrativa
A narrativa deve tentar elucidar os acontecimentos, respondendo às seguintes perguntas
essenciais:
O QUÊ? – o(s) fato(s) que determina(m) a história;
QUEM ? _ a personagem ou personagens;
COMO? _ o enredo, o modo como se tecem os fatos;
ONDE? _ o lugar ou lugares da ocorrência;
QUANDO? _ o momento ou momentos em que se passam os fatos;
POR QUÊ? _ a causa do acontecimento.
______________________________________________________________________________
ATIVIDADE 1_ poema narrativo
Leia o texto de Manuel Bandeira e dê os elementos da narrativa:
Tragédia brasileira
Manuel Bandeira
Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade.
Conheceu Maria Elvira na Lapa – prostituída, com sífilis,
Demite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria.
Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista,
manicura…Dava tudo quanto ela queria.
Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado.
Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada. Não fez nada disso:
mudou de casa.
Viveram três anos assim.
Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa.
Os amantes moravam no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bom
Sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, Encantado, Rua Clapp, outra vez no
Estácio, Todos os santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos…
Por fim na Rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e de inteligência, matou-a com
seis tiros, e a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul.
ELEMENTOS DA NARRATIVA
•O quê? _________________________________________________________________
•Quem? _________________________________________________________________
•Como? ________________________________________________________________
•Onde? __________________________________________________________________
•Quando? _________________________________________________________________
•Por quê? _________________________________________________________________
Personagem
Personagem é uma palavra feminina que deriva do grego persona (máscara). Modernamente, já
se convencionou o emprego da palavra nos dois gêneros, tanto para se referir a seres humanos,
seres animados ou antes personificados. As personagens, quanto à sua atuação no enredo,
6
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
podem ser classificadas como principais ou secundárias. A personagem principal é aquela que
produz os fatos, trama os acontecimentos, ou é o móvel da maioria das ações. São as
personagens secundárias que dão suporte à história, tecendo pequenas ações em torno das
personagens principais.
Tipo de personagens:
A) protagonista;
B) antagonista;
C) secundária;
D) caricatural;
E) redonda
Enredo
O enredo ou trama corresponde à maneira como a história se desenrola, aos “arranjos” narrativos
que cercam as personagens, e às situações que as envolvem. Esse enovelamento de ações a
que chamamos enredo abrange as etapas já explicadas na estrutura narrativa: exposição,
desenvolvimento (complicação – ponto de tensão – e clímax – ponto de maior tensão) e
desfecho.
Tempo
O tempo cronológico é o tempo em que se desenrola a ação. Indica-se, conforme o caso, dia,
mês, ano, hora, minuto, segundo, década, século etc. O tempo psicológico, que não é material
nem mensurável, flui na mente das personagens.
Há duas maneiras de lidar com o tempo em uma narração:
A) cronologicamente
B) psicologicamente.
Espaço
Sejam as seguintes expressões: num certo lugar, distante daquele local, numa casa (rua ou país),
temos determinados do espaço
______________________________________________________________________________
__
ATIVIDADE 2- DE NARRATIVA TRADICIONAL - FÁBULA
A ÁGUIA
(FÁBULAS, LEONARDO DA VINCI)
Certo dia uma águia olhou para baixo, do alto do
seu ninho, e viu uma coruja.
– Que estranho animal! pensou consigo
mesma Certamente não se trata de um pássaro.
Movida pela curiosidade, abriu suas grandes
asas e pôs-se a descer voando em círculos.
Ao aproximar-se da coruja, perguntou:
– Quem é você? Como é seu nome?
– Sou a coruja, respondeu o pobre pássaro
em voz trêmula, tentando esconder-se atrás de
um galho.
– Ha, ha! Como você é ridícula! – riu-se a
águia, sempre voando em torno da árvore. Só
tem olhos e penas! Vamos ver, acrescentou,
pousando num galho, – vamos ver de perto como
você é. Deixe-me ouvir melhor a sua voz. Se for
tão bonita quanto sua cara vou ter que tapar os
ouvidos".
Enquanto isso a águia
tentava, por meio das
asas, abrir caminho por
entre os galhos para
apanhar a coruja. Porém
um fazendeiro havia
colocado, entre os galhos
da árvore, diversos ramos
cobertos de visgo, e também espalhara visgo nos
galhos maiores.
Subitamente a águia viu-se com as asas presas
à árvore, e quanto mais lutava para se
desvencilhar, mais grudadas ficavam suas penas.
A coruja disse-lhe:
– Águia, daqui a pouco o fazendeiro vai
chegar,
7
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
apanhar você e trancá-la numa grande gaiola. Ou
talvez a mate para vingar-se pelos cordeiros que
comeu. Você, que passou toda a sua vida no
céu, livre de qualquer perigo, tinha alguma
necessidade de vir até aqui para caçoar de mim?
RESPONDA NO CADERNO
1-Que moral você daria para a fábula?
2-Quais são as personagens do texto?
3 - Quais são as características da águia e da coruja do texto?
4 - Qual impressão a águia teve sobre o comportamento da coruja?
5 - Ao se sentir melhor que a coruja como a águia se deixou apanhar?
______________________________________________________________________________
__
ATIVIDADE 3- DE NARRATIVA TRADICIONAL - FÁBULA
O Escorpião e a Rã Rubem Alves
Um dia a floresta pegou fogo. E incêndio não tem medo de rabo de escorpião. Só havia um
jeito de fugir da morte: era atravessando o rio, para o outro lado. Os bichos que sabiam nadar
pulavam na água, levando seus amigos nas costas. Mas o escorpião nem tinha amigos nem
sabia nadar. E não havia ninguém que se arriscasse a oferecer-lhe carona.
O escorpião então, valentia e coragem sumidas ante o fogo que se aproximava, foi forçado
a se humilhar. Dirigiu-se com voz mansa à rã, que se preparava para a travessia.
__Por favor, me leve nas suas costas-ele disse.
__Eu não sou louca. Sei muito bem o que você faz a todos que se aproximam de você-
replicou a rã.
__Mas veja – argumentou o escorpião -, eu não posso picá-la com o meu ferrão. Se
fizesse morreria, afundaria, e eu junto, pois não sei nadar.
A rã ponderou que o raciocínio estava certo. Podia ser que o escorpião fosse muito feroz,
mas não podia ser burro. Todo mundo ama a vida. O escorpião não podia ser diferente. Ele não
iria matar, sabendo que assim se mataria... E como tinha bom coração resolveu fazer esta boa
ação.
__Muito bem – disse a rã ao escorpião. –Suba nas minhas costas. Vou salvar sua vida.
O escorpião se encheu de alegria, subiu nas costas lisas da rã, e começaram a travessia.
__ Antes era só o ferrão... E até que não é ruim. O corpo da rã é bem macinho...
Enquanto isso a rã ia dando suas braçadas tranquilas, nado de peito, deslizando sobre a
superfície.
__E como é gostoso navegar – continuou o escorpião nos seus pensamentos. – Estes
borrifos de água, como são gostosos. É bom ter a rã como amiga...
Estavam bem no meio do rio. O escorpião olhou para trás e viu a floresta em chamas.
__Se não fosse a rã, eu estaria morto neste momento.
E um estranho sentimento, desconhecido, encheu deu coração: gratidão. Nem sempre
veneno e ferrão é a melhor solução. A vida com a rã, macia e inofensiva que não inspirava medo
a ninguém...
Sentiu seu corpo descontrair-se. Achou que a vida era boa.... Era bom poder baixar a
guarda e descansar.
8
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
Voltou-se de novo para trás para olhar a floresta incendiada. Mas, ao fazer isto, viu-se
refletido, corpo inteiro, na água do rio que brilhava a luz do fogo. E o que viu horrorizou: seu
rabo, antes ereto agora dobrado, desarmado. Escorpião de rabo mole... Todos ririam dele. E
sentiu um ódio profundo da rã.
__ Espelho, espelho meu, existe bicho mais terrível que eu?
A resposta estava naquele rabo mole, refletido no espelho da água. E a única culpada era a
rã...
A rã morreu. E com ela o escorpião.
A estupidez do poder é maior que o amor a vida.
1)Retire do texto:
a) Título, b) Autor, c) Personagens
2)Escreva o número do parágrafo de cada frase:
( ) O escorpião se encheu de alegria ( ) A única culpada era a r
( ) Todo mundo ama a vida ( ) Achou que a vida era boa..
( ) Suba nas minhas costas. ( ) A rã morreu
3)Escreva E para errado e C para certo:
( ) A rã ajudou o escorpião a atravessar o rio. ( ) O escorpião foi mais valente que o incêndio
( ) O rabo do escorpião ficou mole e depois duro. ( ) O escorpião viu seu corpo no espelho da
água. ( ) O escorpião se salvou e a rã não.
4)Marque com um( X), a opção correta, nas questões que se seguem
a)As dificuldades que o escorpião enfrentava para atravessar o rio era:
( ) Ser comido pelos peixes e não saber nadar.
( ) Ter medo de água e não ter amigos.
( ) Não saber nadar e não ter amigos.
b) O escorpião foi “forçado a se humilhar”, por quê?
( ) Precisava da ajuda de outros bichos, sozinho, morreria queimado.
( ) Não conhecia o caminho que o levaria para longe do fogo.
( ) Precisava ajudar um amigo que estava do outro lado do rio.
c)Por que, num primeiro momento, a rã se negou a ajudar o escorpião?
( ) Tinha medo de ser picada por ele. ( ) Era muito egoísta. ( ) Era inimiga do escorpião.
d) O que deixou o escorpião alegre assim que subiu nas costas da rã foi:
( ) Sentiu-se protegido pela rã.
( ) Sentiu-se amado.
( ) Era a primeira vez que se encostava em alguém de corpo inteiro.
e) O sentimento que pegou o escorpião de surpresa foi:
( ) Orgulho. ( ) Felicidade. ( ) Gratidão.
5) Responda às perguntas abaixo, se orientando pelo texto e com respostas completas.
a) Por que o escorpião resolveu dar a ferroada na rã?
b) Qual era a única alternativa que os bichos tinham para não morrerem queimados?
6) A frase que melhor explica a expressão em destaque é
9
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
( ) Para o escorpião, mais importante do que continuar vivo era manter a imagem de poderoso e
perigoso.
( ) Para o escorpião o mais importante era sobreviver ao incêndio.
( ) A estupidez está acima de qualquer coisa.
7) O sentimento que dominou o escorpião, quando ele decidiu dar uma ferroada na rã foi:
( ) Orgulho ( ) Raiva ( ) Tristeza
8) Ao subir nas costas da rã, o escorpião experimentou uma sensação nova para ele. Copie a
frase do texto, que comprove esse sentimento.
9) Numere de 1 a 5, os parênteses, de acordo, com os acontecimentos do texto.
( ) Depois de muito pensar, a rã resolve ajudar o escorpião.
( ) A rã e o escorpião morreram afogados.
( ) O escorpião, resolveu pedir ajuda a rã.
( ) A floresta está toda em chamas.
( ) A rã ficou com medo de ajudar o escorpião.
10) Agora é com você!
a) O que você achou da atitude da rã ao dar carona para o escorpião e confiar nele?
b) Em sua opinião o que a rã deveria ter feito diante do pedido do escorpião?
c) Qual ensinamento podemos tirar deste texto?_________________
e) Existe diálogo( conversa entre personagens) neste texto?_______
______________________________________________________________________________
ATIVIDADE 4- DE NARRATIVA – NOTÍCIA
A notícia que você vai ler conta o que aconteceu com um filhote de bicho-preguiça.
Uma espécie rara de bicho preguiça foi encontrada agarrada ao corpo de sua mãe que
morreu atropelada em Manaus. Para substituir o corpo da mãe, a quem os
filhotes vivem agarrados pelo menos até os seis meses de idade, duas
biólogas ofereceram um ursinho de pelúcia. O bebê bicho-preguiça foi
batizado com o nome Supla.
O filhote precisa ser alimentado de hora em hora com leite em uma pequena
mamadeira de bebê. A espécie de Supla é considerada rara por ter apenas
dois dedos e hábitos noturnos, o que dificulta o contato com os seres humanos.
As biólogas que resgataram Supla querem construir um laboratório em Manaus para a
recuperação de espécies silvestres acidentadas. Para isso, precisam de ajuda de entidades não-
governamentais.
Responda as questões abaixo, de acordo com as informações da notícia: BICHO PREGUIÇA
O quê?(Fato)
Onde?(Lugar em que
aconteceu)
A estupidez do poder é maior que o amor á vida.
Bicho preguiça Estadinho 09/02/02
10
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
Quem?(Participantes)
Por quê?(Motivo)
Quando?(Época do
acontecimento)
____________________________________________________________________________
ATIVIDADE 5_NARRATIVA NOMINAL
Circuito fechado
Chinelos, vaso, descarga, Pia, sabonete. Água, Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear,
pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente.
Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis, jornais,
documentos, caneta, chaves, relógio, maço de cigarros, caixa de fósforo. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e
pires, prato, bule, talheres, guardanapo. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira,
cinzeiro, papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, bloco de notas, espátula, pastas, caixas de
entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena.Cigarro e
fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes, telefone, papéis,
Relógio. Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, bloco de papel,
caneta, projetor de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro negro, giz, papel. Mictório, pia,
água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo, xícara. Maço de cigarros,
caixa de fósforos. Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de
papel, cigarro, fósforo, telefone interno, externo, papéis, prova de anúncio, caneta e papel, relógio, papel,
pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta, telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal,
cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó, gravata, copo, revista.
Quadros. Mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos, guardanapos.. Xícaras. Cigarro e fósforo. Poltrona, livro.
Cigarro e fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça,
cueca, pijama, chinelos, Vaso, descarga, pia, água, escova, creme dental,
espuma,água.Chinelos.Coberta,cama,travesseiro.
(Ricardo Ramos)
1- Pesquise o significado da palavra circuito e explique o título escolhido para o texto.
2- Com base na leitura, responda às perguntas:
a) O personagem é um homem ou mulher? Como você concluiu isso?
b) Qual é a possível profissão dessa pessoa? Justifique
c) Em que cidade poderia morar?
d) Se você tivesse de dar um nome ao personagem do texto, qual escolheria?
e) Este texto é do início da década de l970. De que outros recursos esse profissional poderia
dispor atualmente para realizar seu trabalho? Será que a rotina dele continuaria a mesma?
3- Observando a maioria das palavras do texto e aplicando seus conhecimentos sobre classes de
palavras, você as classificaria em: artigos, substantivos, adjetivos, pronomes ou verbos? Por
que?
4- O que você acha de o autor ter escolhido basicamente essa classe de palavras para construir o
texto?
5- No texto aparecem os substantivos: mictório, caso, pia. Eles fazem parte do mesmo ambiente.
Você conhece outros substantivos que sejam sinônimos desses? Qual é o mais usado em sua
região?
6- Pela leitura do texto, percebe-se que esse personagem possui um vício muito prejudicial à
saúde. Que vício é esse? O que você teria a dizer para essa pessoa?
11
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
7- Faça um texto, em seu caderno, sobre o seu dia-a-dia usando o mesmo recurso que o autor
utilizou, ou seja, com uso intenso de substantivos, e leia-o para a turma.
ATIVIDADE 6_ LEITURA DE TEXTO NARRATIVO- DESCRITIVO
O HOMEM DO OLHO TORTO
No sertão nordestino vivia um velho chamado Alexandre, meio caçador, meio vaqueiro, era
cheio de conversas – falava cuspindo. Espumando como um sapo cururu o que mais chamava
atenção era seu olho torto, que ganhou quando foi caçar a égua pampa, a pedido do pai.
Alexandre rodou o sertão, mas não achou a tal égua, pegou no sono no meio do mato e, quando
acordou, montou num animal que pensou ser a égua, era uma onça, no corre-corre machucou-se
com galhos de árvores e ficou sem um olho. Alexandre até tentou colocar seu olho de volta no
buraco, mas fez errado, ficou com o olho torto.
GracilianoRamos
1- O que deu origem aos fatos narrados nesse texto?
A) O fato de Alexandre falar muito. B) O hábito de Alexandre de falar cuspindo.
C) A caçada de Alexandre à égua pampa. D) A caçada de Alexandre a uma onça.
E) O erro ao colocar o olho.
2 - Este texto é:
A - um conto B - uma fábula C - uma receita D - um poema
3 - Qual é o assunto do texto?
4 – Responda:
A - A que o homem é comparado?
B - Que palavra foi usada para fazer a comparação ?
5 - O que mais chamava a atenção era seu olho torto. A palavra destacada dá ideia de :
A - posse B - comparação C- tempo D – lugar
6 - Leia novamente a frase abaixo.
“Alexandre rodou o sertão, mas não achou a tal égua.” Nessa frase, rodou significa:
A)percorreu B) girou C) rodopiou D) analisou
7 - Qual a causa do olho torto de Alexandre?
8 - Que consequência Alexandre sofreu ao montar em uma onça?
9 – O autor escreveu esse texto para que o leitor:
A - ficasse informado sobre onças
B - se divertisse com essa história
C - aprendesse a ser mais cuidadoso
D - comparar a agilidade da onça com a égua
______________________________________________________________________________
Atividade 7- CRÔNICA
12
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
Aí, Galera
Luís Fernando Veríssimo
Jogadores de futebol podem ser vítimas de
estereotipação. Por exemplo, você pode imaginar
um jogador de futebol dizendo "estereotipação"?
E, no entanto, por que não?— Aí, campeão. Uma
palavrinha pra galera.—Minha saudação aos
aficionados do clube e aos demais esportistas,
aqui presentes ou no recesso dos seus lares.—
Como é?— Aí, galera.— Quais são as instruções
do técnico?
— Nosso treinador vaticinou que, com um
trabalho de contenção coordenada, com energia
otimizada, na zona de preparação, aumentam as
probabilidades de, recuperado o esférico,
concatenarmos um contragolpe agudo com
parcimônia de meios e extrema objetividade,
valendo-nos da desestruturação momentânea do
sistema oposto, surpreendido pela reversão
inesperada do fluxo da ação.— Ahn?— É pra
dividir no meio e ir pra cima pra pegá eles sem
calça.— Certo. Você quer dizer mais alguma
coisa?
— Posso dirigir uma mensagem de caráter
sentimental, algo banal, talvez mesmo previsível
e piegas, a uma pessoa à qual sou ligado por
razões, inclusive, genéticas?— Pode.— Uma
saudação para a minha progenitora.— Como é?
— Alô, mamãe!— Estou vendo que você é um,
um...
— Um jogador que confunde o
entrevistador, pois não corresponde à expectativa
de que o atleta seja um ser algo primitivo com
dificuldade de expressão e assim sabota a
estereotipação?— Estéreo quê?— Um chato?
— Isso.
1) Que outras palavras ou expressões podem substituir o termo estereotipação apresentado no texto?
2) O que traz comicidade ao texto?
3) Que termos utilizados na crônica não são comuns ao discurso de um jogador de futebol?
Explique por quê.
4) O autor critica o preconceito à linguagem de grupos sociais. Selecione um trecho em que
sutilmente se denuncie tal preconceito.
5) Toda linguagem deve estar adequada ao ambiente e ao interlocutor. Pois o que é adequado
em determinada situação pode não ser adequado em outra. Dê exemplos de como deve ser o
cumprimento nas situações abaixo:
a) Encontro com seu amigo na praça.
b) Cumprimento a seu patrão no local de trabalho.
6) Comparando a expressão e a forma dos três textos defina:
a) Um conto é: b) Um poema é: c) Uma crônica é:
______________________________________________________________________________
Atividade 8 _CONTO
Leia o conto e responda as questões propostas
A Moça Tecelã
Marina Colasanti
Acordava ainda no escuro, como se ouvisse
o sol chegando atrás das beiradas da
noite. E logo sentava-se ao tear. Linha
clara, para começar o dia. Delicado
traço cor da luz, que ela ia passando
entre os fios estendidos, enquanto lá
fora a claridade da manhã desenhava
o horizonte
Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam
tecendo hora a hora, em longo tapete
que nunca acabava.
13
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
Se era forte demais o sol, e no jardim
pendiam as pétalas, a moça colocava na
lançadeira grossos fios cinzentos do
algodão mais felpudo. Em breve, na
penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um
fio de prata, que em pontos longos rebordava
sobre o tecido. Leve, a chuva vinha
cumprimentá-la à janela.
Mas se durante muitos dias o vento e
o frio brigavam com as folhas e espantavam
os pássaros, bastava a moça tecer com seus
belos fios dourados, para que o sol voltasse
a acalmar a natureza.
Assim, jogando a lançadeira de um
lado para outro e batendo os grandes pentes
do tear para frente e para trás, a moça
passava os seus dias.
Nada lhe faltava. Na hora da fome
tecia um lindo peixe, com cuidado de
escamas. E eis que o peixe estava na mesa,
pronto para ser comido. Se sede vinha,
suave era a lã cor de leite que entremeava o
tapete. E à noite, depois de lançar seu fio de
escuridão, dormia tranqüila.
Tecer era tudo o que fazia. Tecer era
tudo o que queria fazer.
Mas tecendo e tecendo, ela própria
trouxe o tempo em que se sentiu sozinha, e
pela primeira vez pensou em como seria bom
ter um marido ao lado.
Não esperou o dia seguinte. Com
capricho de quem tenta uma coisa nunca
conhecida, começou a entremear no tapete
as lãs e as cores que lhe dariam
companhia. E aos poucos seu desejo foi
aparecendo, chapéu emplumado, rosto
barbado, corpo aprumado, sapato
engraxado. Estava justamente acabando de
entremear o último fio da ponto dos sapatos,
quando bateram à porta.
Nem precisou abrir. O moço meteu a mão
na maçaneta, tirou o chapéu de pluma, e foi
entrando em sua vida.
Aquela noite, deitada no ombro dele, a
moça pensou nos lindos filhos que teceria para
aumentar ainda mais a sua felicidade.
E feliz foi, durante algum tempo. Mas se o
homem tinha pensado em filhos, logo os
esqueceu. Porque tinha descoberto o poder do
tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas
todas que ele poderia lhe dar.
— Uma casa melhor é necessária —
disse para a mulher. E parecia justo, agora que
eram dois. Exigiu que escolhesse as mais belas
lãs cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e
pressa para a casa acontecer.
Mas pronta a casa, já não lhe pareceu
suficiente.
— Para que ter casa, se podemos ter
palácio? — perguntou. Sem querer resposta
imediatamente ordenou que fosse de pedra com
arremates em prata.
Dias e dias, semanas e meses trabalhou a
moça tecendo tetos e portas, e pátios e escadas,
e salas e poços. A neve caía lá fora, e ela não
tinha tempo para chamar o sol. A noite chegava,
e ela não tinha tempo para arrematar o dia. Tecia
e entristecia, enquanto sem parar batiam os
pentes acompanhando o ritmo da lançadeira.
Afinal o palácio ficou pronto. E entre
tantos cômodos, o marido escolheu para ela e
seu tear o mais alto quarto da mais alta torre.
— É para que ninguém saiba do tapete —
ele disse. E antes de trancar a porta à chave,
advertiu: — Faltam as estrebarias. E não se
esqueça dos cavalos!
Sem descanso tecia a mulher os
caprichos do marido, enchendo o palácio de
luxos, os cofres de moedas, as salas de
criados. Tecer era tudo o que fazia. Tecer era
tudo o que queria fazer.
E tecendo, ela própria trouxe o tempo em
que sua tristeza lhe pareceu maior que o palácio
com todos os seus tesouros. E pela primeira vez
pensou em como seria bom estar sozinha de
novo.
Só esperou anoitecer. Levantou-se
enquanto o marido dormia sonhando com novas
exigências. E descalça, para não fazer barulho,
subiu a longa escada da torre, sentou-se ao tear.
Desta vez não precisou escolher linha
nenhuma. Segurou a lançadeira ao contrário, e
jogando-a veloz de um lado para o outro,
começou a desfazer seu tecido. Desteceu os
cavalos, as carruagens, as estrebarias, os
jardins. Depois desteceu os criados e o palácio e
todas as maravilhas que continha. E novamente
se viu na sua casa pequena e sorriu para o
jardim além da janela.
A noite acabava quando o marido
estranhando a cama dura, acordou, e,
espantado, olhou em volta. Não teve tempo de
se levantar. Ela já desfazia o desenho escuro dos
sapatos, e ele viu seus pés desaparecendo,
sumindo as pernas. Rápido, o nada subiu-lhe
pelo corpo, tomou o peito aprumado, o
emplumado chapéu.
Então, como se ouvisse a chegada do sol,
a moça escolheu uma linha clara. E foi passando-
a devagar entre os fios, delicado traço de luz, que
a manhã repetiu na linha do horizonte.
COM BASE NO TEXTO, RESPONDA:
14
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
1) Nos primeiros parágrafos, a autora constrói uma relação curiosa entre as cores que a tecelã
usa e aspectos do dia e do clima. Cite no mínimo três e explique o por quê destas relações:
2) De que forma a moça tecelã passava seus dias?
3) O texto emprega uma linguagem conotativa, ou seja, os termos são empregados de forma
figurada, não no seu sentido real. Para compreender a mensagem que o texto pretende passar é
preciso lê-lo com muita atenção. Explique, com suas palavras o que você entende a partir do
trecho “ Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.”
4) Por que a mulher “desteceu” o marido e a vida que criara com ele? O que, na sua opinião, a
fez tomar esta decisão? O que lhe faltava?
5) O que se pode compreender com a frase “e novamente se viu na sua casa pequena e sorriu
para o jardim além da janela”?
6) Se você pudesse “tecer” sua vida, como ela seria?
______________________________________________________________________________
3. Dissertação
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Dependendo
do objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo.
ATIVIDADE 5_DISSERTAÇÃO
Química da Digestão
Para viver, entre outras coisas, precisamos de
energia. Como não podemos tirar energia da luz do
sol para viver, como os vegetais, essa energia usada
pelo nosso organismo vem das reações químicas que
acontecem nas nossas células.
Podemos nos comparar a uma fábrica que funciona 24
horas por dia. Vivemos fazendo e refazendo os
materiais de nossas células. Quando andamos,
cantamos, pensamos, trabalhamos ou brincamos,
estamos consumindo energia química gerada pelo
nosso próprio organismo. E o nosso combustível vem
dos alimentos que comemos.
No motor do carro, por exemplo, a gasolina ou o álcool
misturam-se com o ar, produzindo uma combustão,
que é uma reação química entre o combustível e o
oxigênio do ar. Do mesmo modo, nas células do nosso
organismo, os alimentos reagem com o oxigênio para
produzir energia. No nosso corpo, os organismos são
transformados nos seus componentes mais simples,
equivalentes à gasolina ou ao álcool, e, portanto, mais
fáceis de queimar. O processo se faz através de um
grande número de reações químicas que começam a
se produzir na boca, seguem no estômago e acabam
nos intestinos. As substâncias presentes nesses
alimentos são decompostas pelos fermentos
digestivos e se transformam em substâncias orgânicas
mais simples. Daí esses componentes são
transportados pelo sangue até as células. Tudo isso
também consome energia.
A energia necessária para todas essas
transformações é produzida pela reação química entre
esses componentes mais simples, que são o nosso
combustível e o oxigênio do ar. Essa é uma verdadeira
combustão, mas uma combustão sem chamas, que se
faz dentro de pequenas formações que existem nas
células, as mitocôndrias, que são nossas verdadeiras
usinas de energia.
1 - O texto afirma que o nosso corpo pode ser comparado a uma fábrica porque
a) reage quimicamente pela combustão. b) move-se a base de gasolina ou álcool.
c) produz energia a partir dos alimentos. d) utiliza oxigênio como combustível.
e) Funciona 22 horas por dia.
2 - “Tudo isso também consome energia” (3º parágrafo ) No trecho, a expressão em destaque se refere a
a) Fermentos digestivos.. b) combustíveis. c) reações químicas. d) usinas de energia e) energia.
3 – Depois de processadas pelos fermentos digestivos, as substâncias são levadas para
a) a boca. b) as células. c) o estômago. d) os intestinos e) o esôfago.
15
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
4 - As mitocôndrias são essenciais para o funcionamento do nosso corpo porque são responsáveis por
a) digerir os alimentos. b) produzir energia. c) renovar as células. d) transportar o oxigênio. e) limpar nosso
sangue.
5 - Este texto pode ser considerado um artigo de divulgação científica porque apresenta:
a) explicação detalhada sobre um acontecimento recente.
b) expressões coloquiais para exemplificar o processo da digestão.
c) linguagem figurada para descrever o processo de combustão.
d) vocabulário técnico para explicar a química da digestão.
e) uma explicação muito complexa.
6 – O texto trata
a) da constituição do aparelho digestivo. b) da digestão como fonte de energia.
c) dos cuidados para uma boa alimentação. d) dos elementos que compõem o corpo humano.
e) do processo da degustação.
______________________________________________________________________________
4. Injunção/Instrucional
Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua
maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do
futuro do presente do modo indicativo. Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções
para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com regras de comportamento; textos
de orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de natal,
aniversário, etc.).
Atividade 9 – texto INJUNTIVO
MODO CORRETO DE ENTRAR N’ÁGUA (MULHERES)
1. Caminhe devagar até a água, ajustando continuamente a parte de trás de sua tanga.
2. Teste a temperatura da água com a ponta dos pés.
3. Entre uma onda e outra, caminhe até os joelhos e se agache, molhando-se até a bundinha.
4. Reajuste a tanga.
5.Quando a próxima onda chegar, prenda o nariz com os dedos e mergulhe, voltando correndo para a
beira antes da nova onda.
6. Reajuste sua tanga.
7.Incline o tronco e balance a cabeça para frente e para trás três vezes, para tirar o excesso de água.
8. Reajuste sua tanga ao voltar lentamente para seu lugar.
MODO CORRETO DE ENTRAR N’ÁGUA (HOMENS)
1.Corra para a água e mergulhe (ou dê uma cambalhota), entrando no mar sem parar para considerar a
temperatura ou ligar para as ondas.
2. Nade ou pegue jacaré por vinte minutos.
3. Saia da água e ajuste sua sunga. Balance a cabeça para secar os cabelos. (Evitando assim a
semelhança com uma foca.)
4. Corra de volta para o seu lugar.
5. Apesar de estar molhado, resista à tentação de sentar na cadeira de praia. Um carioca verdadeiro fica
em pé observando o movimento.
GOSLYN, Priscilla A. Rau tchu bi a carioca* (How to be a carioca*); o guia alternativo para o turista no Rio.
1- Os textos instrucionais são injuntivos, ou seja, apresentam comandos a serem seguidos por
seus leitores. Retire do texto os verbos no imperativo responsável por essa ideia de comando.
1- Produza um texto injuntivo
______________________________________________________________________________
6- POÉTICO- trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser
estruturado em estrofes. Rimas e métrica também podem fazer parte de sua composição. Pode
16
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
ou não ser poético. Dependendo de sua estrutura, pode receber classificações específicas, como
haicai, soneto, epopeia, poema figurado, dramático, etc. Em geral, a presença de
aspectos narrativos e descritivos são mais frequentes neste gênero.
Atividade 10 – texto POÉTICO
EU ETIQUETA
Em minha calça está grudado um nome
Que não é o meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua
(Qualquer principalmente.)
E nisto me comparo, tiro glória
De minha anulação.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mas artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente.
Carlos Drummond de Andrade
Leia o texto “Eu, etiqueta” e responda no caderno :
1. Pelo texto, podemos perceber:
a) Um narrador na 1 ª pessoa b) Um narrador na 2 ª pessoa
Justifique sua resposta:
2. Explique o título do poema
3. Eu-lírico é o ser que expressa suas emoções num texto do gênero lírico. Como você idealiza o
eu-lírico no texto? Qual a sua identidade?
4. O estilo de roupas, de tênis revelam a sua personalidade? Por quê?
5. Como ele se auto denomina? Por quê?
6. Neologismos são palavras novas, reinventadas. Localize no texto um neologismo.
7. O texto tem a intenção de divulgar algum produto em especial?
______________________________________________________________________________
ATIVIDADE 5_ POEMA DESCRITIVO
Retrato
Cecília Meireles
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
17
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?
1) O eu lírico descreve detalhadamente como ele é. Retire do poema as características a ele
dirigidas.
2) Em qual pessoa do discurso o poema foi escrito? Comprove sua resposta com uma passagem
do texto.
3) Em sua opinião, o que o eu lírico quis dizer quando menciona no poema: "Em que espelho
ficou perdida a minha face?"
4) Identifique as rimas presentes no poema.
5 - De acordo com o gênero e sua estrutura responda:
A – Qual é o gênero textual?
B – para que se lê esse tipo de texto?
C – Qual é o assunto desse texto?
6 - Nem estes olhos tão vazios. A palavra destacadas dá ideia de:
a - intensidade b – conformidade c – comparação d – dúvida
7 - “ ...eu não tinha este coração que nem se mostra. ”Podemos entender que:
a - seu coração está doente
b - era uma pessoa tímida
c - com o tempo seu coração já se fechou
d – não gosta de fazer amigos
8 – No trecho “assim calmo, assim triste, assim magro...”
O que o autor quis reforçar ao repetir a palavra assim?
9 – Neste poema o eu lírico faz:
a – uma reclamação do tempo perdido
b – uma reflexão de sua vida passada
c – chama a atenção para que aproveitemos a
vida
d – fala da velhice com alegria
10 – Levante hipóteses: Porque possivelmente o eu lírico não se deu conta das transformações
ocorridas em sua fisionomia?
11- “Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil”
12 - De acordo os versos acima, porque essas mudanças de fato acontecerão em nossas vidas?
Gramática
FONÉTICA
É a parte da gramática que estuda os sons da fala humana, ou seja, os fonemas.
1. Fonemas
18
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
Fonemas são sons da fala humana que, sós ou combinados, formam as sílabas que, por sua vez,
formam as palavras.
2. Fonemas e Sílabas - Diferença
Não há que confundir fonema e sílaba, coisas bem diferentes. Uma sílaba pode conter um (a-go-
ra), dois (a-go-ra), três (es-tre-la), quatro (cris-tão) e até cinco (felds-pa-to) fonemas.
3. Letras
Letras são as representações gráficas (símbolos convencionados) dos fonemas.
4. Fonema e Letra - Diferença
Fonema pronuncia-se e ouve-se; letra escreve-se e vê-se.
Uma palavra pode ter igual número de fonemas e letras:
cabelo - 6 letras e 6 fonemas.
O número de letras pode ser maior do que o número de fonemas:
hoje - 4 letras e 3 fonemas, pois o “h” não é pronunciado;
guerra - 6 letras e 4 fonemas, pois os dígrafos “gu” e “rr” representam apenas um fonema cada
um;
tanto - 5 letras e 4 fonemas, pois o “n” apenas faz com que o “a” seja nasalizado.
Há, ainda, palavras que possuem mais fonemas do que letras:
tóxico - 6 letras e 7 fonemas, pois o “x” equivale a /ks/.
Por outro lado, um mesmo fonema pode ser representado por letras diferentes, como podem,
também, fonemas diferentes ser representados por uma mesma letra:
mesa, beleza - as letras s e z representam o mesmo fonema /z/;
texto (x = /s/), exame (x = /z/), sexo (x = /ks/), máximo (x = /ss/), lixo (x = /ch/) - em cada uma o “x”
representa fonemas diferentes.
Por aí se vê que não há, rigorosamente, um símbolo gráfico (letra) para cada fonema de nossa
língua. Essa discrepância entre fonemas e letras é a responsável pela maior parte das
dificuldades ortográficas que enfrentamos.
Atividades
1) Quantas letras e quantos fonemas têm estas palavras.
a) Margarida b) Espelho c) Ferro d) Guincho e) Papel f) Chuva g) Sorte
h) Honesto i) Excesso j) Maximo k)Fixo l) Companhia m)Folha
n) Campanha
2) Retire do texto abaixo as palavras que possuem mais letras que fonema:
Trova
Atirei um limão doce
Na janela de meu bem:
Quando as mulheres não amam
Que sono as mulheres têm!
(Manuel Bandeiras)
3) Coloque V ou F para o número de letras e fonemas das palavras abaixo:
a) ( ) chimarrão 9L e 7F b) ( ) proibido 8 L e 7 F
c) ( humanidade 10 L e 9 F d) ( ) vogal 5 L e 5 F
19
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
4)Qual das alternativas abaixo possui palavras com mais letras do que fonemas?
a)Caderno b)Chapéu c)Flores d)Livro e) Disco
5)Nas palavras alma, pinto e porque, temos, respectivamente:
a) 4 fonemas - 5 fonemas - 6 fonemas.
b) 5 fonemas - 5 fonemas - 5 fonemas.
c) 4 fonemas - 4 fonemas - 5 fonemas.
d) 5 fonemas - 4 fonemas - 6 fonemas.
e) 4 fonemas - 5 fonemas - 5 fonemas.
6) A alternativa que apresenta uma incorreção é:
a) o fonema está diretamente ligado ao som da fala.
b) as letras são representações gráficas dos fonemas.
c) a palavra "tosse" possui quatro fonemas.
d) uma única letra pode representar fonemas diferentes. e) a letra "h" sempre representa um
fonema.
7) O vocábulo cujo número de letras é igual ao número de fonemas está em:
a) sucedida. b) habitando. c) grandes. d) espinhos.
8) Indique a palavra que tem 5 fonemas:
a)ficha. b)molhado. c)guerra. d)fixo. e) hulha.
Classificação dos fonemas
I – Vogal é o fonema produzido pelo ar que passa livremente pela boca, isto é, encontrar
nenhum obstáculo.
As vogais podem ser :
a) Orais: Quando a corrente de ar sai apenas pela boca. É o caso de a, e, i, o, u.
Exemplos:
Mata, teto, medo, mito, sobra, bolo, mudo
b) Nasais: Quando a corrente de ar sai pela boca e também pelas fossas nasais. É o caso de ã,
õ, que podem ser representadas na escrita por ,ã , an, am, em, en, in, im, õ, um, um, .Exemplos:
írmã, manta, samba, tento, lembro, minto, ímpar, põe, conde, sombra, fundo, z
c) Átonas: pronunciadas com menor intensidade.
Exemplo:
até, bola
d)Tônicas: pronunciadas com maior intensidade.
Exemplo:
até, bola
As vogais também se classificam em:
a) Abertas : quando ocorre uma abertura máxima da boca. É o caso da á, é, ó.
Exemplos:
Guaraná, café, cipó
b) Fechadas: quando ocorre uma abertura mínima da boca.
Exemplos:
Lama, anda, tevê, menta, fadiga, linda, loba, bonde, furo, vagabundo
20
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
III – Semivogal
Semivogal é o nome que se dá aos fonemas i e u quando, junto de uma vogal, formam com
ela uma única sílaba.
É importante observar que não se trata das letras i e u , mas sim dos fonemas. Na escrita os
fonemas i e u. podem ser representados também pelas letras e e o.
Exemplos:
Mãe, Paes, irmão, são (pronunciadas geralmente desta forma: mãi, pãis, irmãu , sãu).
III – Consoante
Consoante é o fonema produzido graças aos obstáculos que impedem a livre passagem do
ar.
As consoantes em português são pronunciadas pelas seguintes letras:
B , C , D, F , G, H , J ,L , M, N , P, Q, R, S , T, V, X , Z.
Atividade
9) Nas palavras a seguir, separe os fonemas e dê sua classificação: vogal, semivogal ou
consoante.
a) rato –b) roeu - c) roupa –d)Rússia –e) roia - f) Ramalho
10) Indique o número de fonemas e o número de letras das seguintes palavras:
a) meninos b) quebrem c) foguetes d) longas e) Lua f) Vão
11) Classifique os fonemas ( vogal, semivogal, consoante ) das palavras que seguem:
a) rua b) anjos c) são . d) pudessem
12) As palavras “cambalacho”, “carretilha”, “circunferência”, apresentam, respectivamente:
a) oito, nove e doze fonemas b) oito, oito e onze fonemas; c) oito, sete e treze fonemas;
d) sete, oito e doze fonemas; e) oito, oito e doze fonemas.
13) As palavras “pandemônio”, “derreado” e “oxalá” apresentam, respectivamente:
a) nove, sete e cinco fonemas; b) nove, sete e seis fonemas; c) oito, seis e cinco fonemas;
d) nove, oito e seis fonemas; e) oito, oito e cinco fonemas.
14) As palavras “bilíngüe”, “derradeiro” e “complexo” apresentam respectivamente:
a) sete, oito e oito fonemas; b) sete, nove e sete fonemas; c) oito, oito e oito fonemas;
d) sete, nove e oito fonemas; e) oito, oito e sete fonemas.
15) Assinale a alternativa em que todos os vocábulos apresentam o mesmo número de fonemas
de “carreata”:
a) elíptico - sexagenário - retângulo; b) exagero - girassol - amígdala;
c) ovelheiro - exceder - enxaqueca; d) miserando - excluso - fantasia;
e) groselha - brinquedo - misantropa.
16) Que alternativa apresenta compostos com o mesmo número de fonemas de “esquisitice”?
a) irresoluto - framboesa - basilicão; b) gargalhada - supressão - hamburguer;
c) pampulha - onomatopáico - hinduísta; d) consangüíneo - apropinquar - farisaísmo;
e) heterogênio - sortilégio - ostensório.
17) As palavras “quinqüênio”, “batráquio” e “miscelânea”, apresentam respectivamente:
a) nove, nove e nove fonemas; b) nove, oito e nove fonemas; c) oito, nove e oito fonemas;
d) oito, oito e nove fonemas; e) nove, nove e nove fonemas.
18) As palavras “profilaxia”, “translineação” e “cavalheiro” apresentam respectivamente:
a) onze, doze e nove fonemas; b) doze, doze e treze fonemas; c) doze, onze e doze fonemas;
d) onze, dez e doze fonemas; e) onze, onze e doze fonemas.
21
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
__________________________________________________________________________
Encontro vocálico
Encontro vocálico é uma sequência de vogais e semivogais.
VOGAIS - São a base da sílaba. Não existe sílaba sem vogal e nunca há mais de uma vogal por sílaba.
exs: me – ni – no pa – pai
SEMIVOGAIS - O i e o u são considerados semivogais quando aparecem ligados a uma vogal, formando
sílaba com ela. As semivogais são pronunciadas com menos intensidade que as vogais.
exs: pa – pai ou – ro
CLASSIFICAÇÃO DOS ENCONTROS VOCÁLICOS
DITONGO: é o encontro, numa mesma sílaba, de uma vogal e uma semivogal, ou vice-versa. O ditongo
pode ser:
a) ditongo crescente: semivogal e vogal (do som mais fraco para o mais forte).
Exemplos: gê – nio gló – ria quar – to
b) ditongo decrescente: vogal e semivogal (do som mais forte para o mais fraco).
Exemplos: lei – te cha – péu Lau – ra
TRITONGO: é o encontro de uma vogal entre duas semivogais, na mesma sílaba.
Exemplos: Pa – ra – guai en – xa – guou
HIATO: é o encontro de duas vogais. Como só pode haver uma vogal em cada sílaba, cada uma delas fica
em uma sílaba diferente.
Exemplos: ra – iz sa – ú – de Lu – a – na
ATIVIDADES:
1) Sublinhe os encontros vocálicos e separe as sílabas.
Leite
Uruguai
Saúva
Saudade
Dia
Juiz
Herói
Paraguai
Rainha
Delícia
2) Sublinhe os encontros vocálicos e classifique as palavras em ditongo (D) ou tritongo (T).
( ) rei
( ) coração
( ) Uruguai
( ) padeiro
( ) desiguais
( ) macarrão
( ) Paraguai
( ) mãe
( ) ouro
( ) enxaguei
( ) melão
( ) flauta
( ) saguão
( ) irmão
( ) averiguei
( ) quando
( ) iguais
( ) manteiga
( ) averiguou
( ) beijo
3) Separe os hiatos:
Moeda país tainha tia viagem raiz
ENCONTRO CONSONANTAL: é o agrupamento de duas ou mais consoantes numa mesma palavra. Os
encontros consonantais podem ser:
a) Inseparáveis – as duas consoantes ficam na mesma sílaba, sendo a segunda consoante, R ou L.
Bl – blu-sas
Br – brin-co
Cl – cli-ma
Cr – cri-na
Dr – dra-ma
Fl – flo-cos
Fr – fra-co
Gl – gló-ria
Pl – pla-ca
Pr – prín-ci-pe
Tr – tri-go
Vr – li-vro
22
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
b) Separáveis – Cada uma das consoantes fica em uma sílaba.
Bn – sub-nu-tri-ção Bs – ab-sol-ver Cç – con-vic-ção Ct – as-pec-to
Dv – ad-vo-ga-do Ft – af-to-sa Ls – con-vul-são Pt – ap-ti-dão
Rs – per-so-na-gem Tm – rit-mo ch – cha-ve nh – ni-nho
Gn – dig-no (no início da palavra as consoantes GN não se separam: gnomo: gno-mo.)
DÍGRAFO: é uma sequência de duas letras que indicam um só fonema.
lh – te-lha
gu – guer-ra
qu – que-rer
rr – ter-ra
ss – is-so
sc – nas-cer
sç – cres-ça
xc-ex-ce-len-te
São chamados de dígrafos vocálicos os grupos que representam as vogais nasais. Exemplos: am – campo
(cãpo); an – anta (ãta); em – tempo (tẽpo); en – adolescente (adolescẽte); im – sim (sĩ); in – inteligente
(ĩteligẽte); om – bomba (bõba); on – onda (õda); um – atum (atũ); un – assunto (assũto).
Atenção: Não confunda dígrafo com encontro consonantal, que é o encontro de consoantes, cada uma
representando um fonema. Por exemplo, na palavra asco, o encontro sc não forma dígrafo, já que ambas as
letras são pronunciadas. Já em nascer, há um dígrafo, pois sc tem um som só: s.
ATIVIDADES:
1) Indique, nos parênteses, se há dígrafo (D) ou encontro consonantal (EC) nas palavras abaixo. Lembre-se
de que dígrafo são duas letras que representam um único som.
( ) ferreiro
( ) flauta
( ) assobio
( ) pedreira
( ) exceto
( ) pamonha
( ) nascer
( ) globo
( ) clínica
( ) descer
( ) fronteira
( ) piscina
( ) helicóptero
( ) palhaço
( ) ignorante
( ) chocolate
2) Separe as sílabas e classifique as palavras em: dissílaba (D), trissílaba (T) ou polissílaba (P):
submarino____________________________
observação ___________________________
significado ___________________________
digno _______________________________
infecção _____________________________
helicóptero ___________________________
advogado ____________________________
adjetivo ______________________________
atmosfera ____________________________
ritmo ________________________________
cacto ________________________________
óbvio_____________________________
SEPARAÇÃO SILÁBICA
1 - A divisão de sílabas se processa pela silabação das palavras, jamais pelos elementos
constitutivos de sua formação. Sabemos, por exemplo, que bisavô se forma de bis + avô, mas, na
silabação, teremos bi-sa-vô, sendo esta a separação correta.
2 - Toda consoante precedida de vogal forma sílaba com a vogal seguinte:
janela ............... ja-ne-la
ético ................ é-ti-co
desumano ....... de-su-ma-no
subumano ....... su-bu-ma-no
subabitação ..... su-ba-bi-ta-ção
superativo ........ su-pe-ra-ti-vo
hiperácido ........ hi-pe-rá-ci-do
23
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
Observação:
Como vimos nos dígrafos, as letras m e n muitas vezes são índices de nasalização da vogal
anterior. Para efeitos fônicos, é como se fossem til: transandino, consorte, sentido, bomba,
campo, lindo. Por isso, justificam-se por essa mesma regra as separações: tran-san-di-no, tran-
sa-ma-zô-ni-co, con-sor-te, sen-ti-do, bom-ba, cam-po, lin-do.
3 - O que se pode e o que não se pode separar:
Não se separam:
os ditongos e os tritongos: lei, fai-xa, a-zei-te, fé-rias, lé-gua, nó-doa, cha-péu, ji-bói-a, mai-o a-ve-
ri-güei, quais, pa-ra-guai-a;
os dígrafos do “h” e do “u”: cha-ve, fi-lho, ne-nhum, a-qui-lo, se-gue, se-quer;
c) os encontros consonantais no início de palavras: gno-mo, mne-mô-ni-co, pneu-má-ti-co, psi-có-
lo-go;
em geral, os grupos consonantais em que a segunda letra é “l” ou “r”: a-tle-ta, o-blí-quo, a-tri-to,
sa-cro, le-tra, a-dro.
Separam-se:
a) os hiatos: vô-o, ga-ú-cho, fi-lo-so-fi-a, ca-no-a, a-í, Le-o;
b) os dígrafos “rr”, “ss”, “sç”, “sc” e “xc”: bar-ro, os-so, des-ça, nas-ce, ex-ce-to;
c) os encontros consonantais pronunciados disjuntamente: ad-vo-ga-do, dig-no, ar-te, per-cus-
são, sub-di-re-tor, sub-li-nhar (pronuncia-se como sub-lo-car);
d) as consoantes duplas: oc-ci-pi-tal, fric-ção;
e) os encontros consonantais (de mais de duas consoantes) em que aparece “s” separam-se
depois do “s”: es-tre-la, des-pres-tí-gio, in-ters-tí-cio, felds-pa-to, pers-cru-tar, ins-tru-ir.
TESTES
1) Assinale o único conjunto em que há erro de separação silábica:
a) jói-a, co-mé-dia, cres-ce-mos
b) de-sa-jus-ta-do, sa-guão, sec-ção
c) mne-mô-ni-ca, trans-al-pi-no, ra-i-nha
d) su-pers-ti-ção, e-gíp-cio, res-sur-gir
e) su-ben-ten-der, gra-tui-to, ab-di-ca-ção
2) A alternativa em que há um erro de divisão silábica, no que se refere à escrita é:
a) cai-ar, jói-a, gló-ria b) Sa-a-ra, tê-nue, á-gua c) sé-rie, ma-io, bi-sa-vô
d) co-lap-so, par-tiu, fri-ís-si-mo e) sub-le-var, subs-cre-ver, pror-ro-gar
3) Nas palavras AINDA e BEIJÁ-LA há, respectivamente:
a) ditongo crescente e ditongo decrescente b) hiato e ditongo crescente
c) ditongo crescente e hiato d) hiato e ditongo decrescente
e) ditongo decrescente e ditongo crescente
4) O vocábulo “sossegue” tem
a) nove fonemas b) oito fonemas c) sete fonemas d) seis fonemas e) cinco fonemas
5) A alternativa em que há um erro de divisão silábica, no que se refere à língua escrita, é:
a) in-te-rur-ba-no, su-bes-ti-mar b) lí-rio, subs-tân-cia,
c) a-lhe-io, ex-ce-ção d) du-as, tê-nue
e) cor-re-ri-a, só-bria
6) A alternativa em que há um erro de divisão silábica é:
a) en-sai-ar, al-ca-téi-a, ví-treo b) an-ta, prê-mio, tá-bua
c) lap-so, frei-o, su-pe-ra-ti-vo d) sub-ins-pe-tor, sub-de-le-gar
24
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
e) re-crei-o, fri-o, áu-rea
7) Assinale a alternativa cujos encontros vocálicos correspondem, na mesma ordem, aos
seguintes: JUIZ - QUEIXO - COMPÕE - ÁREA
a) voo - quais - coração – hábeis b) coroa - raio - porém - quase
c) mais - queijo - quando – série d) A, B e C correspondem. e) n.d.a.
8) A separação das palavras subinspetor, abscissa, fortuito e sublinhar está correta em :
a) sub-ins-pe-tor, abs-cis-sa, for-tui-to, su-bli-nhar
b) su-bins-pe-tor, abs-cis-sa, for-tui-to, sub-li-nhar
c) sub-ins-pe-tor, ab-scis-sa, for-tui-to, su-bli-nhar
d) su-bins-pe-tor, abs-cis-sa, for-tui-to, su-bli-nhar
e) su-bins-pe-tor, abs-ci-ssa, for-tu-i-to, sub-li-nhar
9) Quanto à translineação, assinale a alternativa em que há apenas uma palavra que não deve
ser separada onde está o hífen:
a) i-déia, alegri-a, indis-por b) sub-linhar, intu-ir, auto-controle
c) fede-ral, após-tolo, furi-bunda d) de-satenção, con-torcer, cus-tar
e) circu-ito, recre-io, feld-spato
10) Indique a alternativa em que há erro de partição silábica:
a) a-do-les-cen-te, p-neu-má-ti-co, ab-di-car b) ét-ni-co, ra-iz, ins-cre-ver,
c) pers-pi-caz, fri-ís-si-mo, tran-sa-ma-zô-nia d) bis-ne-to, in-te-res-ta-du-al
e) rai-as, ar-roi-os, ca-iu
11) No vocábulo preguiçoso, temos:
a) dois encontros consonantais b) um encontro consonantal e um dígrafo
c) dois dígrafos d) um encontro vocálico e) um ditongo
12) Marque a relação incorreta:
a) prosódia - um encontro consonantal e um ditongo b) ruim – hiato
c) bênção - ditongo oral d) cachorro - dois dígrafos
e) palha - dígrafo
13) Numa das sequências, todas as palavras apresentam hiato:
a) leoa, pessoa, fiéis b) coroa, boa, mágoa
c) prováveis, razoável, deem d) violento, suor, paise) boa, hiato, cooperar
14) Para responder a esta questão, examinar as afirmativas referentes ao valor de letra “x”:
I - o “x” representa os fonemas /ks/ na palavra “tóxico”;
II - o “x” representa os fonema /ks/ na palavra “intoxicar”;
III - o “x” representa o fonema /z/ na palavra “inexaurível”;
IV - o “x” representa o fonema /z/ na palavra “exorcismo”;
V - o “x” representa o fonema /s/ na palavra “extirpar”.
Pelo exame das afirmativas, verifica-se que:
a) apenas uma está correta
b) apenas duas estão corretas
c) três estão corretas
d) quatro estão corretas
e) todas estão corretas
PROBLEMAS
ORTOGRÁFICOS
25
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
I- POR QUE - POR QUÊ - PORQUE - porquÊ(s)
Não se trata, como dizem por aí, da mesma palavra com grafias diferentes; trata-se, na verdade,
de palavras de categorias diferentes, cujo emprego depende da frase em que se inserem.
Vejamos cada caso:
POR QUE
Funciona como advérbio interrogativo, nas frases interrogativas diretas ou indiretas:
Por que discordas de mim? (interrogativa direta)
Gostaria de saber por que discordas de mim. (interrogativa indireta)
Por que há tanta celeuma? (interrogativa direta)
Dize-me por que há tanta celeuma. (interrogativa indireta)
Pode ser, ainda, a preposição por e o pronome relativo que. Ora, se pode ser pronome precedido
de preposição, à semelhança de a que, de que, em que etc., está errado quem diz que se usa por
que somente nas perguntas:
A causa por que lutamos vencerá.
Os caminhos por que andamos são tortuosos.
Comprova-se, na prática, o uso de por que (preposição e pronome separados), substituindo-os
pela expressão PELO QUAL (PELOS QUAIS, PELA QUAL, PELAS QUAIS):
A causa pela qual lutamos vencerá.
Os caminhos pelos quais andamos são tortuosos.
Embora não seja necessário, porque as frases interrogativas são fáceis de reconhecer, artifício
semelhante pode ser aplicado ao advérbio interrogativo:
Por qual razão há tanta celeuma?
Dize-me a razão pela qual há tanta celeuma.
Resumindo, usa-se por que, sempre que for possível substituí-lo por uma expressão onde
apareça QUAL ou QUAIS.
POR QUÊ
Só pode ser advérbio interrogativo:
Vieste tão tarde, por quê ?
Podes sair, mas quero saber por quê.
Por quê, afinal ?
O acento se justifica pelo fato de o quê haver adquirido tonicidade, o que acontece quando for
insulado ou está em final de frase. Pelos exemplos, observa-se que é muito freqüente nos
diálogos das narrativas.
Seu reconhecimento, na prática, faz-se pelo mesmo artifício do anterior. Receberá o acento, se
bater num sinal de pontuação.
PORQUE
É sempre conjunção. Em geral, é substituível por POIS e nunca é substituível por uma expressão
em que aparece QUAL ou QUAIS:
Trabalha, porque o trabalho enobrece.
Há pessoas que não se abatem, porque possuem muita força de vontade.
26
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
PORQUÊ(S)
Trata-se de uma substantivação. Como ocorre com os substantivos em geral, admite ser
pluralizado, ao contrário dos casos anteriores em que temos palavras invariáveis:
Não é fácil compreender o porquê desse comportamento.
Eram tantos os porquês, que começamos a duvidar.
TESTES
1) Pense nos ideais ...................... batalhamos há tanto tempo, e diga-me .................
fracassamos. Será ............ fomos incapazes ou descuidados em algum ponto?
a) por que por que por que
b) por que por que porque
c) porque porque porque
d) porque por que porque
e) por que porque por que
2) Então .............não posso ir também? Só ............. sou mais novo? Responda, ou não vai me
dizer ....... ?
a) porque porque porque
b) porque por que por quê
c) por que por que por quê
d) por que porque por quê
e) por que por que porque
3) O amor verdadeiro provoca sempre alegria. ..................? ................ é crescimento, realização,
dom de vida. No entanto, você poderia perguntar ............... sofrem aqueles que amam.
a) Porque Por que porque
b) Por quê Por que porque
c) Porque Porque por que
d) Por que Porque por que
e) Por quê Porque por que
______________________________________________________________________________
Sílaba Tônica
É a sílaba que recebe o acento tônico.
São elas:
o. a os, as, um uma, uns, umas; me, te, se, nos, vos, o, a, os, as, lhe, lhes; que, quem, qual; a,
com, de, em, por, sem, sob; e, nem, ou, porque, se, que, como;do (de+o), duma (do+uma), pelos
(por+os); lha (lhe+a), no-lo (nos+o) etc.
Acento Tônico
Quase toda palavra possui uma sílaba que é mais forte — a sílaba tônica — a qual recebe um
impulso de voz maior do que despendemos com as outras sílabas. Esse impulso de voz a mais
que concentramos na sílaba tônica é o que chamamos de acento tônico.
Vogal Tônica
É a vogal da sílaba tônica.
Há palavras que, conforme deslocarmos a sílaba tônica, mudam o significado: SÁ-bia
(inteligente), sa-Bi-a (verbo "saber"), sa-bi-Á (pássaro).
27
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
Acento Gráfico
É o sinal (´) ou (^) que indica, por escrito, a posição da sílaba tônica. Não se confunda acento
gráfico (grafado) com acento tônico (pronunciado). Assim, nas palavras azul e esquecido existe
acento tônico, mas não existe acento gráfico; já na palavra esplêndido existem acento tônico e
acento gráfico.
Modernamente, o acento grave (`) é empregado apenas para indicar o fenômeno da crase.
Classificação das Palavras Segundo a Posição da Sílaba Tônica
A sílaba tônica só pode ser a antepenúltima, a penúltima ou a última.
Se a sílaba tônica for a antepenúltima, a palavra se chamará PROPAROXÍTONA: esplêndido,
médico, árvore, lâmpada, íamos, fôssemos.
Se a sílaba tônica for a penúltima, a palavra se chamará PAROXÍTONA: esquecido, somente,
cafezinho, janela, fácil, órgão.
É costume entre gramáticas classificar as PAROXÍTONAS terminadas por ditongo crescente
também como PROPAROXÍTONAS RELATIVAS ou EVENTUAIS, porque tal ditongo pode ser
pronunciado separadamente (di-vór-ci-o, tê-nu-e, O-Ií-vi-a), embora não possa ser separado
graficamente (di-vór-cio), tê-nue, O-lí-via).
Se a sílaba tônica for a última, a palavra se chamará OXÍTONA: azul, jacaré, português, veloz,
Juvenal, desesperação.
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
1 - Regra das Proparoxítonas
Coloca-se acento gráfico sobre a vogal tônica de todas as proparoxítonas, todas, sem exceção:
médico, árvore, lâmpada, estilística, incômodo, incólume, dermatológico, cantássemos,
vendêssemos, cantaríamos, revólveres, líderes.
2 - Regra das Paroxítonas
Coloca-se acento gráfico sobre a vogal tônica das paroxítonas terminadas por:
ditongo crescente: série, água, mágoa, exigência, pátria, História, Mário, Antônio, árduo, vídeo,
gêmeo - singular ou plural;
ã, ãs: ímã, sótãos, órgão, órfãs:
ão, ãos: sótão, sótãos, órgão, órgãos;
ei, eis: jóquei, pônei, pôneis, hábeis, vendêsseis;
i, is: táxi, táxis, júri, júris, lápis;
om, ons: iândom, rándom, prótons, nêutrons, íons;
um, uns: álbum, álbuns, fórum, vade-mécum, factótum;
us: bônus, ônus;
I, n, r, x: fácil, réptil, móvel, cônsul, inconsútil, hífen, éden, sêmen, próton, nêutron, íon, líder,
fêmur, revólver, caráter, tórax, ônix, látex.
ps: bíceps, fórceps, Quéops.
3 - Regra das Oxítonas
Coloca-se acento gráfico sobre a vogal tônica das palavras oxítonas terminadas por:
a)o, os: avó, avó, avós, cipó, cipós, propôs, pó, pós, Feijó;
e, es: ipê, ipês, pé, pés, cem, cafés, vê, vês, descrê, português;
a, as: cajás, pá, pás, fará, farás, atrás, má, más;
b) em, ens (com mais de uma sílaba): além, porém, armazém, armazéns, parabéns, aquém.
4 - Regra da Quebra de Ditongo
28
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
Coloca-se acento gráfico sobre a vogal tônica dos hiatos quando formarem sílabas sozinhos ou
com s.
a-í, pa-ís, ba-ú, ru-í-do
miúdo, gaúcho, faísca, balaústre, juízes, Grajaú, Tramandaí, saída, uísque.
5 - Regra dos Ditongos Abertos
Coloca-se acento gráfico sobre a vogal tônica dos ditongos eu, ei, oi (Eu sei, boi!), quando forem
abertos nas palavras oxítonas ou monossílabos : chapéu, fogaréu, réus, céu, rói, heróis
8 - REGRA DO ACENTO DIFERENCIAL
Acentua-se pôde (pretérito perfeito)
pôr (verbo)
____________________________________________________________________________
EXERCICIOS
1-Nas frases que seguem, coloque ou não o acento gráfico nas palavras destacadas, segundo as regras dos
monossílabos:
a) Fiscais cobram impostos sem do do contribuinte.
b) As guerras so nos deixam heranças mas, mas ainda não conquistamos a paz.
c) Mesmo a quem não tem não se de de graça o bem.
2. Em cada alternativa ocorrem vocábulos que terminam com a mesma letra, mas são diferentes quanto à
posição da sílaba tônica. Acentue cada um de acordo com as normas:
Oxítonas Paroxítonas Proparoxítonas
Sofa Salada Camera
Atras Atlas Excentricas
Nabo Almoço Esplendido
Queiros Queijos Pessegos
Voce Doce Indice
Atraves Moleques Principes
3. Assinale a alternativa incorreta:
a) Flúor, biquíni, oásis, próton, útil, bônus, tórax são acentuadas por se tratar de paroxítonas terminadas
em R – I(S) – N – L – U(S) – X.
b) Álbum deve ser acentuada pela mesma regra que manda acentuar médium.
c) Amêndoa e cárie devem ser acentuadas pela mesma regra que manda acentuar pâncreas e série.
d) Órfãos e órgãos recebem acento por se tratar de oxítonas terminadas em ditongo.
e) Ímã, bíceps e órfãs são palavras paroxítonas corretamente acentuadas.
4. Acentue os ditongos de acordo com a respectiva regra:
a) degrau, prosaico, ilheu
_____________________________________________________________________
b) onomatopeia, aldeia, apoia
______________________________________________________________________
c) apoio (verbo), apoio (substantivo), paranoico
______________________________________________________________________
d) povareu, apogeu, esferoide
____________________________________________________________________.
____________________________________________________________________
6. Acentue o i e o u em hiato, de acordo com as regras:
a) miúdo b) raiz c) Raul d) raízes e) cairmos f) caistes g) tainha h) Tambau
7. (FGV) - Um cachorro de maus bofes acusou uma pobre ovelhinha de lhe haver furtado um osso.
– Para que furtaria eu esse osso – ela – se sou herbívora e um osso para mim vale tanto quanto um pedaço de
pau?
29
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
– Não quero saber de nada. Você furtou o osso e vou levá-la aos tribunais.
E assim fez. Queixou-se ao gavião-de-penacho e pediu-lhe justiça. O gavião reuniu o tribunal para julgar a
causa, sorteando para isso doze urubus de papo vazio. Comparece a ovelha. Fala. Defende-se de forma
cabal, com razões muito irmãs das do cordeirinho que o lobo em tempos comeu. Mas o júri, composto de
carnívoros gulosos, não quis saber de nada e deu a sentença:
– Ou entrega o osso já e já, ou condenamos você à morte!
A ré tremeu: não havia escapatória!... Osso não tinha e não podia, portanto, restituir; mas tinha vida e ia
entregá-la em pagamento do que não furtara. Assim aconteceu. O cachorro sangrou-a, espostejou-a, reservou
para si um quarto e dividiu o restante com os juízes famintos, a título de custas...
(Monteiro Lobato. Fábulas e histórias diversas)
Como se pode deduzir do texto, a palavra urubu não tem acento gráfico. A palavra baú, também terminada
em u, tem acento agudo. Explique a razão dessa diferença.
8. Leia a frase abaixo:
Ocorreu recentemente em São Paulo um seminário de linguistas pertencentes a uma universidade dos
Estados Unidos, que vêm estudando línguas indígenas.
Em relação ao texto acima, é correto afirmar:
a) o texto é ambíguo, pois não se sabe quem vem estudando línguas indígenas: os lingüistas ou a
universidade.
b) o texto apresenta um erro de acentuação do verbo vêm; o correto seria vem.
c) o texto não é ambíguo, pois o verbo vir só pode referir-se a linguistas.
d) o texto está mal escrito, pois, além de ser ambíguo, apresenta erro de acentuação no verbo vir.
e) o texto não é ambíguo, pois o mecanismo de concordância garante a interpretação: vêm é plural.
9. Complete os espaços em branco de acordo com o seguinte modelo:
Se eu mantenho, eles também mantêm.
a) Se eu me detenho, eles também
se________________
b) Se eu venho, eles
também_______________
c) Se eu tenho, eles
também________________
d) Se eu intervenho, eles
também____________
10. (ENEM) Diante da visão de um prédio
com uma placa indicando SAPATARIA
PAPALIA, um jovem deparou com a
dúvida: como pronunciar a palavra
PAPALIA?
Levado o problema à sua sala de aula, a
discussão girou em torno da utilidade de conhecer as regras de acentuação e, especialmente, do auxílio que
elas podem dar à correta pronúncia das palavras.
Após discutirem pronúncia, regras de acentuação e escrita, três alunos apresentaram as seguintes conclusões
a respeito da palavra PAPALIA:
I. Se a sílaba tônica for o segundo PA, a escrita deveria ser PAPÁLIA, pois a palavra seria paroxítona
terminada em ditongo crescente.
II. Se a sílaba tônica for LI, a escrita deveria ser PAPALÍA, pois “i” e “a” estariam formando hiato.
III. Se a sílaba tônica for LI, a escrita deveria ser PAPALIA, pois não haveria razão para o uso de acento
gráfico.
A conclusão está correta apenas em:
a) I
b) II
30
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
c) III
d) I e II
e) I e III
__________________________________________________________________________
A semântica trata do significado das palavras através do tempo e do espaço. Nesse chão,
estudam-se:
Sinônimos
São palavras relacionadas por um sentido comum, mas diferentes na forma.
Os sinônimos são perfeitos, quando o sentido é igual:
alfabeto = abecedário
brado = grito
extinguir = apagar
adversário = antagonista
contraveneno = antídoto
Os sinônimos são imperfeitos, quando a significação é semelhante:
bela - formosa
livro - volume
caridade - bondade
2. Antônimos
São palavras de significação oposta:
ordem x anarquia
soberba x humildade
louvar x censurar
A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido contrário ou negativo:
bendizer x maldizer
simpático x antipático
progredir x regredir
concórdia x discórdia
explícito x implícito
ativo x inativo
esperar x desesperar
simétrico x assimétrico
Sentido Próprio
Diz-se da palavra que é empregada na sua significação natural. É, em última análise, o sentido
que a palavra tem originalmente.
4.Sentido Figurado
Ocorre quando a palavra está empregada em sentido translato, ou seja, quando, por um processo
de analogia, é empregada em sentido diverso do próprio:
A dama trazia uma flor nos cabelos. (sentido próprio)
A dama pertence à flor da sociedade. (sentido figurado)
À noite, no campo, podemos admirar as estrelas. (sentido próprio).
“A lua (... ) salpicava de estrelas o nosso chão".(sentido figurado)
5. Denotação e Conotação
É conveniente guardar estas duas palavras:
DENOTAÇÃO (= sentido próprio) e
CONOTAÇÃO (= sentido figurado).
31
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
Nos textos dissertativos (artigos, monografias e teses), narrativas de fatos (noticiários,
reportagens) e livros científicos, predomina a linguagem denotativa, que é racional, lógica,
objetiva.
Já nos textos literários em geral, principalmente na poesia, o artista usa, com freqüência,
linguagem figurada, subjetiva, sentimental, isto é, conotativa.
5. Homônimos
Se duas palavras de significados diferentes são iguais na grafia, ou na pronúncia, ou nas duas
coisas, tais palavras são HOMÔNIMAS:
o porto (substantivo) - eu porto (verbo)
cozer (cozinhar) - coser (costurar)
ser (verbo) - o ser (substantivo)
Relação de palavras homônimas:
acender (atear fogo) – ascender (elevar-se)
acento (sinal gráfico) – assento (banco)
acerto (precisão) – asserto (afirmação)
apreçar (marcar o preço de) – apressar (acelerar)
caçar (apanhar, perseguir – cassar (invalidar)
animais)
cegar (privar da visão) –segar (ceifar)
cela (cubículo) –sela (arreio)
censo (recenseamento) – senso (juízo)
cerrar (fechar) –serrar (cortar)
cessão (ato de ceder) – seção/secção (parte, setor),
sessão (reunião)
concertar (harmonizar) – consertar (remendar, arrumar)
incipiente (principiante) –insipiente (ignorante)
tacha (prego) –taxa (imposto)
Parônimas
São palavras apenas semelhantes, sem nenhuma igualdade, mas a semelhança faz com que a
gente embarque na canoa de usar uma peja outra:
retificar (corrigir) - ratificar (confirmar)
imergir (submergir) - emergir (vir à tona)
mal (contrário de "bem") - mau (contrário de "bom")
Relação de palavras parônimas:
acidente (desastre) - incidente (acontecimento inesperado)
atuar (agir) -autuar (processar)
casual (ocasional) - causal (relativo à causa)
cavaleiro (homem que - cavalheiro (homem cortês)
anda a cavalo)
delatar (trair) -dilatar (aumentar)
descrição (ato de des- - discrição (qualidade de ser
crever) discreto)
descriminar (inocentar) - discriminar (diferenciar)
despercebido (desatento) - desapercebido (desprevenido)
eminente (notável) - iminente (imediato, prestes a)
infligir (aplicar (pena) - infringir (violar)
pleito (eleição) -preito (homenagem, respeito)
32
APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA
prever (antever) -prover (abastecer)
ratificar (confirmar) - retificar (corrigir)
sortir (prover) -surtir (produzir efeito)
tráfego (trânsito) -tráfico (comércio ilícito)
vestiário (recinto para - vestuário (traje)
troca de roupa)
vultoso (grande) -vultuoso (inchado)
______________________________________________________________________________
TESTES
1) Devemos alterar, ou seja, ............... agora este projeto, porque, após, não serão
permitias ................
a)ratificar – ratificações b)retificar – retificações c)ratificar – retificações d)retificar - ratificações
2) ............. as minhas palavras iniciais, pois não sou homem de fazer modificações no que
está feito. Acho que tenho o equilíbrio suficiente para não ............ certas normas.
a)Ratifico – infringir b)Ratifico – infligir c)Retifico – infringir d)Retifico - infligir
3) No .......... do violoncelista ......... havia muitas pessoas, pois era uma ......... beneficente.
a)conserto - eminente – sessão b)concerto - iminente - seção
c)conserto - iminente – seção d)concerto - eminente - sessão
4) O submarino .............. do mar.
a)holandês imergiu b)holandez imergiu c)holandês emergiu d)holandez emergiu
5).......... sem licença; teve a licença ............
a) Caçava – caçada b)Caçava – cassada c)Cassava – caçada d)Cassava - cassada
6)Dê o sinônimo da palavra "propensão":
a) vontade b) tendência c)indiferença d) firmeza e)indisposição
7)Aponte o antônimo do vocábulo "sucinto":
a) conciso b) inerente c) ampliado d) breve e) eficaz
8)Assinale o homônimo de "censo":
a) senço b) cenço c) sensso d) cenzo e) senso

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

A cuca de tarsila do amaral para pintar
A cuca de tarsila do amaral para pintarA cuca de tarsila do amaral para pintar
A cuca de tarsila do amaral para pintaretiene Barbosa Holanda
 
Artes O Teatro e Atividades
Artes O Teatro e AtividadesArtes O Teatro e Atividades
Artes O Teatro e AtividadesGeo Honório
 
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURA
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURAAULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURA
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURAMarcelo Cordeiro Souza
 
Gênero textual: cartão, convite. biografia, narração, história em quedrinho (...
Gênero textual: cartão, convite. biografia, narração, história em quedrinho (...Gênero textual: cartão, convite. biografia, narração, história em quedrinho (...
Gênero textual: cartão, convite. biografia, narração, história em quedrinho (...Mary Alvarenga
 
História em Quadrinhos com Linguagem Verbal e Não-Verbal
História em Quadrinhos com Linguagem Verbal e Não-VerbalHistória em Quadrinhos com Linguagem Verbal e Não-Verbal
História em Quadrinhos com Linguagem Verbal e Não-VerbalTânia Regina
 
Sequencia didatica caricatura arte 9º ano
Sequencia didatica caricatura   arte 9º anoSequencia didatica caricatura   arte 9º ano
Sequencia didatica caricatura arte 9º anoFabiola Oliveira
 
Literatura de cordel
Literatura de cordelLiteratura de cordel
Literatura de cordelEdson Alves
 
Atividade de Arte - Música
Atividade de Arte  - MúsicaAtividade de Arte  - Música
Atividade de Arte - MúsicaMary Alvarenga
 
Sequencia didática sobre texto publicitário interface de arte com língua po...
Sequencia didática sobre texto publicitário   interface de arte com língua po...Sequencia didática sobre texto publicitário   interface de arte com língua po...
Sequencia didática sobre texto publicitário interface de arte com língua po...Fabiola Oliveira
 
Oficina de descritores português 9º ano
Oficina de descritores português 9º anoOficina de descritores português 9º ano
Oficina de descritores português 9º anoClaudiaAdrianaSouzaS
 
atividade com tipos de argumentos.docx
atividade com tipos de argumentos.docxatividade com tipos de argumentos.docx
atividade com tipos de argumentos.docxEli Gonçalves
 
Substantivo – Eu fico assim sem você – Adriana Calcanhoto – Paródias Pedagógi...
Substantivo – Eu fico assim sem você – Adriana Calcanhoto – Paródias Pedagógi...Substantivo – Eu fico assim sem você – Adriana Calcanhoto – Paródias Pedagógi...
Substantivo – Eu fico assim sem você – Adriana Calcanhoto – Paródias Pedagógi...Alex Santos
 
1.conto, características
1.conto, características1.conto, características
1.conto, característicasHelena Coutinho
 

La actualidad más candente (20)

Avaliação de artes 6° ano
Avaliação de artes 6° anoAvaliação de artes 6° ano
Avaliação de artes 6° ano
 
A cuca de tarsila do amaral para pintar
A cuca de tarsila do amaral para pintarA cuca de tarsila do amaral para pintar
A cuca de tarsila do amaral para pintar
 
Conto Popular
Conto PopularConto Popular
Conto Popular
 
Artes O Teatro e Atividades
Artes O Teatro e AtividadesArtes O Teatro e Atividades
Artes O Teatro e Atividades
 
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURA
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURAAULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURA
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURA
 
Cores primárias
Cores primáriasCores primárias
Cores primárias
 
O que é literatura de cordel
O que é literatura de cordelO que é literatura de cordel
O que é literatura de cordel
 
Gênero textual: cartão, convite. biografia, narração, história em quedrinho (...
Gênero textual: cartão, convite. biografia, narração, história em quedrinho (...Gênero textual: cartão, convite. biografia, narração, história em quedrinho (...
Gênero textual: cartão, convite. biografia, narração, história em quedrinho (...
 
História em Quadrinhos com Linguagem Verbal e Não-Verbal
História em Quadrinhos com Linguagem Verbal e Não-VerbalHistória em Quadrinhos com Linguagem Verbal e Não-Verbal
História em Quadrinhos com Linguagem Verbal e Não-Verbal
 
Sequencia didatica caricatura arte 9º ano
Sequencia didatica caricatura   arte 9º anoSequencia didatica caricatura   arte 9º ano
Sequencia didatica caricatura arte 9º ano
 
CARTAS - UEM - PAS 2
CARTAS - UEM - PAS 2CARTAS - UEM - PAS 2
CARTAS - UEM - PAS 2
 
Literatura de cordel
Literatura de cordelLiteratura de cordel
Literatura de cordel
 
Atividade de Arte - Música
Atividade de Arte  - MúsicaAtividade de Arte  - Música
Atividade de Arte - Música
 
Sequencia didática sobre texto publicitário interface de arte com língua po...
Sequencia didática sobre texto publicitário   interface de arte com língua po...Sequencia didática sobre texto publicitário   interface de arte com língua po...
Sequencia didática sobre texto publicitário interface de arte com língua po...
 
Oficina de descritores português 9º ano
Oficina de descritores português 9º anoOficina de descritores português 9º ano
Oficina de descritores português 9º ano
 
atividade com tipos de argumentos.docx
atividade com tipos de argumentos.docxatividade com tipos de argumentos.docx
atividade com tipos de argumentos.docx
 
Cordel
CordelCordel
Cordel
 
Plano de-aula prof-fabiana
Plano de-aula prof-fabianaPlano de-aula prof-fabiana
Plano de-aula prof-fabiana
 
Substantivo – Eu fico assim sem você – Adriana Calcanhoto – Paródias Pedagógi...
Substantivo – Eu fico assim sem você – Adriana Calcanhoto – Paródias Pedagógi...Substantivo – Eu fico assim sem você – Adriana Calcanhoto – Paródias Pedagógi...
Substantivo – Eu fico assim sem você – Adriana Calcanhoto – Paródias Pedagógi...
 
1.conto, características
1.conto, características1.conto, características
1.conto, características
 

Destacado

Leitura e produção de texto gêneros textuais
Leitura e produção de texto   gêneros textuaisLeitura e produção de texto   gêneros textuais
Leitura e produção de texto gêneros textuaismaria das dores
 
Declaração universal dos direitos humanos
Declaração universal dos direitos humanosDeclaração universal dos direitos humanos
Declaração universal dos direitos humanosNilberte
 
Atividades mito de pandora e prometeu
Atividades   mito de pandora e prometeuAtividades   mito de pandora e prometeu
Atividades mito de pandora e prometeuDoug Caesar
 
Sugestão de atividades língua portuguesa
Sugestão de atividades   língua portuguesaSugestão de atividades   língua portuguesa
Sugestão de atividades língua portuguesajosivaldopassos
 
Interpretação texto arnaldojabor democracia, cidadania, direitos (1)
Interpretação texto arnaldojabor democracia, cidadania, direitos (1)Interpretação texto arnaldojabor democracia, cidadania, direitos (1)
Interpretação texto arnaldojabor democracia, cidadania, direitos (1)Atividades Diversas Cláudia
 
Projeto Direitos Humanos: da Sala de Aula à Convivência em Comunidade
Projeto Direitos Humanos: da Sala de Aula à Convivência em ComunidadeProjeto Direitos Humanos: da Sala de Aula à Convivência em Comunidade
Projeto Direitos Humanos: da Sala de Aula à Convivência em ComunidadeVania Brasileiro
 
D10 (por descritores port 5º ano)
D10  (por descritores port  5º ano)D10  (por descritores port  5º ano)
D10 (por descritores port 5º ano)Cidinha Paulo
 

Destacado (7)

Leitura e produção de texto gêneros textuais
Leitura e produção de texto   gêneros textuaisLeitura e produção de texto   gêneros textuais
Leitura e produção de texto gêneros textuais
 
Declaração universal dos direitos humanos
Declaração universal dos direitos humanosDeclaração universal dos direitos humanos
Declaração universal dos direitos humanos
 
Atividades mito de pandora e prometeu
Atividades   mito de pandora e prometeuAtividades   mito de pandora e prometeu
Atividades mito de pandora e prometeu
 
Sugestão de atividades língua portuguesa
Sugestão de atividades   língua portuguesaSugestão de atividades   língua portuguesa
Sugestão de atividades língua portuguesa
 
Interpretação texto arnaldojabor democracia, cidadania, direitos (1)
Interpretação texto arnaldojabor democracia, cidadania, direitos (1)Interpretação texto arnaldojabor democracia, cidadania, direitos (1)
Interpretação texto arnaldojabor democracia, cidadania, direitos (1)
 
Projeto Direitos Humanos: da Sala de Aula à Convivência em Comunidade
Projeto Direitos Humanos: da Sala de Aula à Convivência em ComunidadeProjeto Direitos Humanos: da Sala de Aula à Convivência em Comunidade
Projeto Direitos Humanos: da Sala de Aula à Convivência em Comunidade
 
D10 (por descritores port 5º ano)
D10  (por descritores port  5º ano)D10  (por descritores port  5º ano)
D10 (por descritores port 5º ano)
 

Similar a Tipos de textos narrativos e descritivos

Tipologia e gêneros textuais
Tipologia e gêneros textuaisTipologia e gêneros textuais
Tipologia e gêneros textuaisMarcia Oliveira
 
tipologia-textual-profc2aa-barbara-2017.ppt
tipologia-textual-profc2aa-barbara-2017.ppttipologia-textual-profc2aa-barbara-2017.ppt
tipologia-textual-profc2aa-barbara-2017.pptkeilaoliveira69
 
3º bim. parte ii
3º bim. parte ii3º bim. parte ii
3º bim. parte iiAna Paula
 
Fábula - Texto Narrativo.pdf
Fábula - Texto Narrativo.pdfFábula - Texto Narrativo.pdf
Fábula - Texto Narrativo.pdfIgor71257
 
Apostila resumo-e-exercicios-de-portugues
Apostila resumo-e-exercicios-de-portuguesApostila resumo-e-exercicios-de-portugues
Apostila resumo-e-exercicios-de-portuguesMaria Solidade de Sá
 
FORMAÇÃO DO SEGUNDO CICLO NO MUNICÍPIO DE PONTES E LACERDA
FORMAÇÃO DO SEGUNDO CICLO NO MUNICÍPIO DE PONTES E LACERDAFORMAÇÃO DO SEGUNDO CICLO NO MUNICÍPIO DE PONTES E LACERDA
FORMAÇÃO DO SEGUNDO CICLO NO MUNICÍPIO DE PONTES E LACERDAweleslima
 
Material de estudo para o enem - linguagens e codigos lingua espanhola
Material de estudo para o enem - linguagens e codigos lingua espanholaMaterial de estudo para o enem - linguagens e codigos lingua espanhola
Material de estudo para o enem - linguagens e codigos lingua espanholaNathSantana
 
Habilidades associadas à interpretação de texto nas provas do ENEM
Habilidades associadas à interpretação de texto nas provas do ENEMHabilidades associadas à interpretação de texto nas provas do ENEM
Habilidades associadas à interpretação de texto nas provas do ENEMDiógenes de Oliveira
 
Apostila 3º ano medio
Apostila 3º  ano medioApostila 3º  ano medio
Apostila 3º ano medioVera Oliveira
 
tipologiatextual-130813142120-phpapp02.pdf
tipologiatextual-130813142120-phpapp02.pdftipologiatextual-130813142120-phpapp02.pdf
tipologiatextual-130813142120-phpapp02.pdfWandersonBarros16
 

Similar a Tipos de textos narrativos e descritivos (20)

Tipologia textual.ppt
Tipologia textual.pptTipologia textual.ppt
Tipologia textual.ppt
 
APOSTILA DE LITERATURA
APOSTILA DE LITERATURAAPOSTILA DE LITERATURA
APOSTILA DE LITERATURA
 
Tipologia e gêneros textuais
Tipologia e gêneros textuaisTipologia e gêneros textuais
Tipologia e gêneros textuais
 
relato pessoal 8º ano
relato pessoal 8º anorelato pessoal 8º ano
relato pessoal 8º ano
 
Resumo De Portugues
Resumo De PortuguesResumo De Portugues
Resumo De Portugues
 
tipologia-textual-profc2aa-barbara-2017.ppt
tipologia-textual-profc2aa-barbara-2017.ppttipologia-textual-profc2aa-barbara-2017.ppt
tipologia-textual-profc2aa-barbara-2017.ppt
 
3º bim. parte ii
3º bim. parte ii3º bim. parte ii
3º bim. parte ii
 
Tipos de textos
Tipos de textosTipos de textos
Tipos de textos
 
Aula português 2
Aula português 2Aula português 2
Aula português 2
 
Fábula - Texto Narrativo.pdf
Fábula - Texto Narrativo.pdfFábula - Texto Narrativo.pdf
Fábula - Texto Narrativo.pdf
 
Apostila resumo-e-exercicios-de-portugues
Apostila resumo-e-exercicios-de-portuguesApostila resumo-e-exercicios-de-portugues
Apostila resumo-e-exercicios-de-portugues
 
Literatura.pdf
Literatura.pdfLiteratura.pdf
Literatura.pdf
 
FORMAÇÃO DO SEGUNDO CICLO NO MUNICÍPIO DE PONTES E LACERDA
FORMAÇÃO DO SEGUNDO CICLO NO MUNICÍPIO DE PONTES E LACERDAFORMAÇÃO DO SEGUNDO CICLO NO MUNICÍPIO DE PONTES E LACERDA
FORMAÇÃO DO SEGUNDO CICLO NO MUNICÍPIO DE PONTES E LACERDA
 
Literatura
LiteraturaLiteratura
Literatura
 
Material de estudo para o enem - linguagens e codigos lingua espanhola
Material de estudo para o enem - linguagens e codigos lingua espanholaMaterial de estudo para o enem - linguagens e codigos lingua espanhola
Material de estudo para o enem - linguagens e codigos lingua espanhola
 
1 português1
1 português11 português1
1 português1
 
Resumo Tp3 Unid 12
Resumo   Tp3 Unid 12Resumo   Tp3 Unid 12
Resumo Tp3 Unid 12
 
Habilidades associadas à interpretação de texto nas provas do ENEM
Habilidades associadas à interpretação de texto nas provas do ENEMHabilidades associadas à interpretação de texto nas provas do ENEM
Habilidades associadas à interpretação de texto nas provas do ENEM
 
Apostila 3º ano medio
Apostila 3º  ano medioApostila 3º  ano medio
Apostila 3º ano medio
 
tipologiatextual-130813142120-phpapp02.pdf
tipologiatextual-130813142120-phpapp02.pdftipologiatextual-130813142120-phpapp02.pdf
tipologiatextual-130813142120-phpapp02.pdf
 

Más de Vera Oliveira

Avaliacao literatura 2 bimestre
Avaliacao literatura 2 bimestreAvaliacao literatura 2 bimestre
Avaliacao literatura 2 bimestreVera Oliveira
 
Avaliacao literatura 2 bimestre 1
Avaliacao literatura 2 bimestre 1Avaliacao literatura 2 bimestre 1
Avaliacao literatura 2 bimestre 1Vera Oliveira
 
Avaliaçao 3ºano 2015
Avaliaçao 3ºano 2015Avaliaçao 3ºano 2015
Avaliaçao 3ºano 2015Vera Oliveira
 
Avaliação 1ª opção literatura
Avaliação 1ª opção literaturaAvaliação 1ª opção literatura
Avaliação 1ª opção literaturaVera Oliveira
 
Avaliação literatura 2° bimestre
Avaliação literatura 2° bimestreAvaliação literatura 2° bimestre
Avaliação literatura 2° bimestreVera Oliveira
 
Avaliação 1 terceiro ok
Avaliação 1 terceiro  okAvaliação 1 terceiro  ok
Avaliação 1 terceiro okVera Oliveira
 
Avaliação 1º ano ok
Avaliação 1º ano okAvaliação 1º ano ok
Avaliação 1º ano okVera Oliveira
 
1ª série médio 05 atividade de literatura barrocoarcadismo everaldina lp em 2...
1ª série médio 05 atividade de literatura barrocoarcadismo everaldina lp em 2...1ª série médio 05 atividade de literatura barrocoarcadismo everaldina lp em 2...
1ª série médio 05 atividade de literatura barrocoarcadismo everaldina lp em 2...Vera Oliveira
 
Avaliação bimestral 1º
Avaliação bimestral 1ºAvaliação bimestral 1º
Avaliação bimestral 1ºVera Oliveira
 
Apostila pronta 3º noturno
Apostila pronta 3º noturnoApostila pronta 3º noturno
Apostila pronta 3º noturnoVera Oliveira
 
Apostila eja 1ª e 2º periodo tipos e generos textuais
Apostila eja 1ª  e 2º  periodo   tipos e generos textuaisApostila eja 1ª  e 2º  periodo   tipos e generos textuais
Apostila eja 1ª e 2º periodo tipos e generos textuaisVera Oliveira
 
Roteiro trabalho pre modernismo 1
Roteiro trabalho pre modernismo 1Roteiro trabalho pre modernismo 1
Roteiro trabalho pre modernismo 1Vera Oliveira
 
Prova elementos-da-comunicacao-2011
Prova elementos-da-comunicacao-2011Prova elementos-da-comunicacao-2011
Prova elementos-da-comunicacao-2011Vera Oliveira
 
QUESTÕES DO PRÉ-MODERNISMO À SEMANA DE ARTE MODERNA
QUESTÕES DO PRÉ-MODERNISMO À SEMANA DE ARTE MODERNAQUESTÕES DO PRÉ-MODERNISMO À SEMANA DE ARTE MODERNA
QUESTÕES DO PRÉ-MODERNISMO À SEMANA DE ARTE MODERNAVera Oliveira
 

Más de Vera Oliveira (20)

Avaliacao literatura 2 bimestre
Avaliacao literatura 2 bimestreAvaliacao literatura 2 bimestre
Avaliacao literatura 2 bimestre
 
Avaliacao literatura 2 bimestre 1
Avaliacao literatura 2 bimestre 1Avaliacao literatura 2 bimestre 1
Avaliacao literatura 2 bimestre 1
 
Avaliaçao 3ºano 2015
Avaliaçao 3ºano 2015Avaliaçao 3ºano 2015
Avaliaçao 3ºano 2015
 
Avaliação 1ª opção literatura
Avaliação 1ª opção literaturaAvaliação 1ª opção literatura
Avaliação 1ª opção literatura
 
Avaliação literatura 2° bimestre
Avaliação literatura 2° bimestreAvaliação literatura 2° bimestre
Avaliação literatura 2° bimestre
 
Avaliação 1 terceiro ok
Avaliação 1 terceiro  okAvaliação 1 terceiro  ok
Avaliação 1 terceiro ok
 
Avaliação 1º ano ok
Avaliação 1º ano okAvaliação 1º ano ok
Avaliação 1º ano ok
 
1ª série médio 05 atividade de literatura barrocoarcadismo everaldina lp em 2...
1ª série médio 05 atividade de literatura barrocoarcadismo everaldina lp em 2...1ª série médio 05 atividade de literatura barrocoarcadismo everaldina lp em 2...
1ª série médio 05 atividade de literatura barrocoarcadismo everaldina lp em 2...
 
Avaliação bimestral 1º
Avaliação bimestral 1ºAvaliação bimestral 1º
Avaliação bimestral 1º
 
Avaliação TEXTO
Avaliação TEXTOAvaliação TEXTO
Avaliação TEXTO
 
Prémoderismo
PrémoderismoPrémoderismo
Prémoderismo
 
Apostila pronta 3º noturno
Apostila pronta 3º noturnoApostila pronta 3º noturno
Apostila pronta 3º noturno
 
Apostila gramatica
Apostila gramaticaApostila gramatica
Apostila gramatica
 
Apostila eja 1ª e 2º periodo tipos e generos textuais
Apostila eja 1ª  e 2º  periodo   tipos e generos textuaisApostila eja 1ª  e 2º  periodo   tipos e generos textuais
Apostila eja 1ª e 2º periodo tipos e generos textuais
 
Apostila redação
Apostila redaçãoApostila redação
Apostila redação
 
Roteiro trabalho pre modernismo 1
Roteiro trabalho pre modernismo 1Roteiro trabalho pre modernismo 1
Roteiro trabalho pre modernismo 1
 
Prova elementos-da-comunicacao-2011
Prova elementos-da-comunicacao-2011Prova elementos-da-comunicacao-2011
Prova elementos-da-comunicacao-2011
 
QUESTÕES DO PRÉ-MODERNISMO À SEMANA DE ARTE MODERNA
QUESTÕES DO PRÉ-MODERNISMO À SEMANA DE ARTE MODERNAQUESTÕES DO PRÉ-MODERNISMO À SEMANA DE ARTE MODERNA
QUESTÕES DO PRÉ-MODERNISMO À SEMANA DE ARTE MODERNA
 
Planejame..[3]
Planejame..[3]Planejame..[3]
Planejame..[3]
 
Drogas
DrogasDrogas
Drogas
 

Último

A galinha ruiva sequencia didatica 3 ano
A  galinha ruiva sequencia didatica 3 anoA  galinha ruiva sequencia didatica 3 ano
A galinha ruiva sequencia didatica 3 anoandrealeitetorres
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Atividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu AbrigoAtividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu AbrigoMary Alvarenga
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfAnaGonalves804156
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISVitor Vieira Vasconcelos
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasRicardo Diniz campos
 
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundogeografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundonialb
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxconcelhovdragons
 
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfCurrículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfIedaGoethe
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirIedaGoethe
 
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...LizanSantos1
 

Último (20)

A galinha ruiva sequencia didatica 3 ano
A  galinha ruiva sequencia didatica 3 anoA  galinha ruiva sequencia didatica 3 ano
A galinha ruiva sequencia didatica 3 ano
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Atividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu AbrigoAtividade com a letra da música Meu Abrigo
Atividade com a letra da música Meu Abrigo
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
 
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundogeografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
 
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfCurrículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
 
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
 

Tipos de textos narrativos e descritivos

  • 1. 1 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA TIPOS TEXTUAIS 1- Descrição 2- Narração 3-Dissertação 3.1-Dissertação- Argumentação 3.2-Dissertação - Exposição 4- Injunção / Instrucional 5- Dialogal / Conversacional 6-Poetico 1- Descrição Tipo de texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, por sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Exemplos Seu rosto era claro e estava iluminado pelos belos olhos azuis e contentes. Aquele sorriso aberto recepcionava com simpatia a qualquer saudação, ainda que as bochechas corassem ao menor elogio. Assim era aquele rostinho de menina-moça da adorável Dorinha. OBSERVAÇÃO Normalmente, narração e descrição mesclam-se nos textos; sendo difícil, muitas vezes, encontrar textos exclusivamente descritivos. 2- Narração Modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Estamos cercados de narrações desde que nos contam histórias infantis como Chapeuzinho Vermelho ou Bela Adormecida, até as picantes piadas do cotidiano. Exemplos Numa tarde de primavera, a moça caminhava a passos largos em direção ao convento. Lá estariam a sua espera o irmão e a tia Dalva, a quem muito estimava. O problema era seu atraso e o medo de não mais ser esperada... 3- Dissertação Estilo de texto com posicionamentos pessoais e exposição de idéias. Tem por base a argumentação, apresentada de forma lógica e coerente a fim de defender um ponto de vista. É a modalidade mais exigida nos concursos em geral, por promover uma espécie de “raio-X” do candidato no tocante a suas opiniões. Nesse sentido, exige dos candidatos mais cuidado em relação às colocações, pois também revela um pouco de seu temperamento, numa espécie de psicotécnico. Exemplos Tem havido muitos debates em torno da ineficiência do sistema educacional do Brasil. Ainda não se definiu, entretanto, uma ação nacional de reestrutura do processo educativo, desde a base ao ensino superior. 3.1-►Dissertação- Argumentação Procura convencer. Apresenta ou defende uma tese, um ponto de vista. Quando polêmico, toma partido contra ou a favor de uma pessoa, grupo ou uma instituição e suas idéias. Ex: Seminário, verbete de enciclopédia, reportagem, editorial (que é mais argumentativo que dissertativo)... 3.2-► Dissertação - Exposição Apresentação de argumentos segundo uma organização lógica. Estabelecimento de relações de causa e efeito. Estrutura formada por introdução, desenvolvimento e conclusão. Verbos no presente. Ex: Debate, editorial, artigo de opinião, manifesto, carta aberta, carta de reclamação... ______________________________________________________________________________ __ 1-Descrição
  • 2. 2 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se Pega. É um tipo textual que se agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros textuais. Tem predominância em gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado, etc. ATIVIDADE 1_ DESCRIÇÃO DE PESSOA Prima Julieta Murilo Mendes Prima Julieta, jovem viúva, aparecia de vez em quando na casa de meus pais ou na de minhas tias. O marido, que lhe deixara uma fortuna substancial, pertencia ao ramo rico da família Monteiro de Barros. Nós éramos do ramo pobre. Prima Julieta possuía uma casa no Rio e outra em Juiz de Fora. Morava em companhia de uma filha adotiva. E já fora três vezes à Europa. Prima Julieta irradiava um fascínio singular. Era a feminilidade em pessoa. Quando a conheci, sendo ainda garoto e já sensibilíssimo ao charme feminino, teria ela uns trinta ou trinta e dois anos de idade. Apenas pelo seu andar percebia-se que era uma deusa, diz Virgílio de outra mulher. Prima Julieta caminhava em ritmo lento, agitando a cabeça para trás, remando os belos braços brancos. A cabeleira loura incluía reflexos metálicos. Ancas poderosas. Os olhos de um verde azulado borboleteavam. A voz rouca e ácida, em dois planos; voz de pessoa da alta sociedade. Uma vez descobri admirado sua nuca, que naquele tempo chamavam de cangote, nome expressivo: pressupõe jugo e domínio. No caso somos nós, homens, a sofrer a canga. Descobri por intuição a beleza do cangote e do pescoço feminino, não querendo com isso dizer que desprezava outras regiões do universo. Nas questões de 1 a 3, assinale com um ( X ) a opção que melhor explique as palavras ou expressões sublinhadas em cada frase. 1 - "O marido lhe deixara uma fortuna substancial". a) (__) razoável b) (__) falsa c) (__) irreal 2 - "Nós éramos do ramo pobre". a) (__) da parte b) (__) do bairro c) (__) do galho 3 - "Prima Julieta irradiava um fascínio singular". a) (__) único b) (__) coletivo c) (__) contagiante 4 - Copie as frases abaixo, substituindo as expressões sublinhadas por outras palavras de sentido semelhante ( sinônimos ). a) "Uma vez descobri admirado sua nuca, que naquele tempo chamavam cangote, nome expressivo: pressupõe jugo e dominação". b) "Descobri por intuição a beleza do cangote e do pescoço feminino, não querendo com isso dizer que subestimava outras regiões do universo".
  • 3. 3 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA Observe: A descrição de Prima Julieta implica movimento. Marque a alternativa que se adequa melhor às palavras sublinhadas nas frases abaixo. 1 - "Remando os belos braços brancos". a) (__) balançando b) (__) sacudindo c) (__) acenando 2 - "Os olhos de um verde azulado borboleteavam". a) (__) voavam b) (__) viravam c) (__) piscavam 3 - Cite três características físicas da personagem. Esse texto é um exemplo de descrição de pessoa. Nele o escritor não se limita em descrever a personagem apenas fisicamente ( por fora ), mas também marcando os traços psicológicos ( jeito de ser ) da personagem, selecionando aspectos considerados importantes para a caracterização do ser. 4 - Nesse texto o descritor é a) (__) Murilo Mendes b) (__) o primo de Julieta c) (__) o marido de Julieta 5 - Leia atentamente, o período abaixo: "Uma vez descobri admirado sua nuca, que naquele tempo chamavam de cangote, nome expressivo: pressupõe jugo e domínio. No caso somos nós, homens, a sofrer a canga." Que visão o descritor procura passar da figura feminina em relação ao homem ? a) (__) indiferente b) (__) possessiva c) (__) sedutora d) (__) tímida e) (__) autoritária 6 - Qual a idade do rapaz quando conheceu Julieta ? E ela quantos anos tinha ? 7 - No texto predomina a descrição física ou a psicológica ? Comprove com duas expressões do texto. Assinale com um ( X ) as opções corretas de acordo com o texto. 8 - Pela forma como Julieta é descrita, podemos deduzir que o primo a acha a) (__) linda. b) (__) nem feia, nem bonita. c) (__) pouco atraente. d) (__) feminina. e) (__) fascinante. 9 - Apesar de o descritor ser ainda garoto, ele sentia grande atração pela prima. Podemos perceber isso através das seguintes descrições: a) (__) "Era a feminilidade em pessoa." b) (__) "Morava em companhia de uma filha adotiva." c) (__) "Ancas poderosas." d) (__) "A voz rouca e ácida..." e) (__) "Descobri por intuição a beleza do cangote e do pescoço feminino..." 10 - Você, com certeza, conheceu alguém tão especial quanto Julieta. Conte-nos como era essa pessoa. ______________________________________________________________________________ __ 2- NARRAÇÃO Estrutura da narração Convencionalmente, o enredo da narração pode ser assim estruturados: A) exposição (apresentação das personagens e/ou do cenário e/ou da época), B) desenvolvimento (desenrolar dos fatos apresentando complicação e clímax), C) desfecho (arremate da trama).
  • 4. 4 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA Entretanto, há diferentes possibilidades de se compor uma trama, seja iniciá-la pelo desfecho, construí-la apenas através de diálogos, ou mesmo fugir ao nexo lógico de episódios As narrativas mais longas podem explorar mais detalhadamente as noções de tempo A) cronológico (marcado pelas horas, por datas); B) psicológico (marcado pelo fluxo do inconsciente) – e de espaço (cenário, paisagem, ambiente). O envolvimento de várias personagens e os múltiplos núcleos de conflito em torno de uma situação também são comuns nas narrativas extensas. Elementos básicos da narração São elementos básicos da narração: A) enredo (ação); B) personagem; C) tempo; D) espaço. Foco narrativo ou ponto de vista do narrador Quando a história é curta, como na narração escolar, são imprescindíveis: enredo e personagens. A perspectiva de quem escreve é dada pelo foco narrativo: A) • Narrador personagem ou participante: foco narrativo em 1ª pessoa; B) • Narrador observador: foco narrativo em 3ª pessoa. C) • Narrador onisciente: foco narrativo em 3ª pessoa. Tipos de discurso Os discursos representam a fala da personagem eles podem ser: A) direto • (diálogo) : o narrador reproduz textualmente a fala da personagem. B) indireto • narrador conta o que a personagem fala. C) indireto livre •a fala da personagem funde-se com a fala do narrador • Narrador: o narrador conta a história e tece comentários sobre personagens e acontecimentos.O narrador é a entidade que conta uma história. É uma das três pessoas em uma história, sendo os outros o autor e o leitor/espectador. O leitor e o autor habitam o mundo real. É função do autor criar um mundo alternativo, com personagens e cenários e eventos que formem a história. É função do leitor entender e interpretar a história. OBSERVAÇÃO► Escritor/ autor é o artista que se expressa através da arte da escrita, ou, tradicionalmente falando, da Literatura. É autor de livros publicados, embora existam escritores sem livros publicados (chamados, por alguns, de amadores). EXEMPLO DE NARRATIVA TRADICIONAL Yufá era um menino tonto e desajeitado. Certa vez foi visitar os vizinhos numa fazenda. Como o viram mal-arrumado, soltaram os cães em cima dele. (EXPOSIÇÃO) Sua mãe se entristeceu e lhe arranjou um lindo casacão, uma calça e um jaleco de veludo. Vestido como um cavalheiro, Yufá retornou à fazenda onde tinha sido mal recebido. Acolheram- no muito bem, convidaram-no para o almoço e cobriram-no de elogios. (DESEMVOLVIMENTO) Quando trouxeram a comida, Yufá a levava à boca e a punha nos bolsos e no chapéu, dizendo: (CLÍMAX)
  • 5. 5 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA _Comam, comam, minhas roupinhas, pois vocês é que foram convidadas, não eu. (DESFECHO) Elementos da narrativa A narrativa deve tentar elucidar os acontecimentos, respondendo às seguintes perguntas essenciais: O QUÊ? – o(s) fato(s) que determina(m) a história; QUEM ? _ a personagem ou personagens; COMO? _ o enredo, o modo como se tecem os fatos; ONDE? _ o lugar ou lugares da ocorrência; QUANDO? _ o momento ou momentos em que se passam os fatos; POR QUÊ? _ a causa do acontecimento. ______________________________________________________________________________ ATIVIDADE 1_ poema narrativo Leia o texto de Manuel Bandeira e dê os elementos da narrativa: Tragédia brasileira Manuel Bandeira Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade. Conheceu Maria Elvira na Lapa – prostituída, com sífilis, Demite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria. Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista, manicura…Dava tudo quanto ela queria. Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado. Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada. Não fez nada disso: mudou de casa. Viveram três anos assim. Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa. Os amantes moravam no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bom Sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, Encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos… Por fim na Rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e de inteligência, matou-a com seis tiros, e a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul. ELEMENTOS DA NARRATIVA •O quê? _________________________________________________________________ •Quem? _________________________________________________________________ •Como? ________________________________________________________________ •Onde? __________________________________________________________________ •Quando? _________________________________________________________________ •Por quê? _________________________________________________________________ Personagem Personagem é uma palavra feminina que deriva do grego persona (máscara). Modernamente, já se convencionou o emprego da palavra nos dois gêneros, tanto para se referir a seres humanos, seres animados ou antes personificados. As personagens, quanto à sua atuação no enredo,
  • 6. 6 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA podem ser classificadas como principais ou secundárias. A personagem principal é aquela que produz os fatos, trama os acontecimentos, ou é o móvel da maioria das ações. São as personagens secundárias que dão suporte à história, tecendo pequenas ações em torno das personagens principais. Tipo de personagens: A) protagonista; B) antagonista; C) secundária; D) caricatural; E) redonda Enredo O enredo ou trama corresponde à maneira como a história se desenrola, aos “arranjos” narrativos que cercam as personagens, e às situações que as envolvem. Esse enovelamento de ações a que chamamos enredo abrange as etapas já explicadas na estrutura narrativa: exposição, desenvolvimento (complicação – ponto de tensão – e clímax – ponto de maior tensão) e desfecho. Tempo O tempo cronológico é o tempo em que se desenrola a ação. Indica-se, conforme o caso, dia, mês, ano, hora, minuto, segundo, década, século etc. O tempo psicológico, que não é material nem mensurável, flui na mente das personagens. Há duas maneiras de lidar com o tempo em uma narração: A) cronologicamente B) psicologicamente. Espaço Sejam as seguintes expressões: num certo lugar, distante daquele local, numa casa (rua ou país), temos determinados do espaço ______________________________________________________________________________ __ ATIVIDADE 2- DE NARRATIVA TRADICIONAL - FÁBULA A ÁGUIA (FÁBULAS, LEONARDO DA VINCI) Certo dia uma águia olhou para baixo, do alto do seu ninho, e viu uma coruja. – Que estranho animal! pensou consigo mesma Certamente não se trata de um pássaro. Movida pela curiosidade, abriu suas grandes asas e pôs-se a descer voando em círculos. Ao aproximar-se da coruja, perguntou: – Quem é você? Como é seu nome? – Sou a coruja, respondeu o pobre pássaro em voz trêmula, tentando esconder-se atrás de um galho. – Ha, ha! Como você é ridícula! – riu-se a águia, sempre voando em torno da árvore. Só tem olhos e penas! Vamos ver, acrescentou, pousando num galho, – vamos ver de perto como você é. Deixe-me ouvir melhor a sua voz. Se for tão bonita quanto sua cara vou ter que tapar os ouvidos". Enquanto isso a águia tentava, por meio das asas, abrir caminho por entre os galhos para apanhar a coruja. Porém um fazendeiro havia colocado, entre os galhos da árvore, diversos ramos cobertos de visgo, e também espalhara visgo nos galhos maiores. Subitamente a águia viu-se com as asas presas à árvore, e quanto mais lutava para se desvencilhar, mais grudadas ficavam suas penas. A coruja disse-lhe: – Águia, daqui a pouco o fazendeiro vai chegar,
  • 7. 7 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA apanhar você e trancá-la numa grande gaiola. Ou talvez a mate para vingar-se pelos cordeiros que comeu. Você, que passou toda a sua vida no céu, livre de qualquer perigo, tinha alguma necessidade de vir até aqui para caçoar de mim? RESPONDA NO CADERNO 1-Que moral você daria para a fábula? 2-Quais são as personagens do texto? 3 - Quais são as características da águia e da coruja do texto? 4 - Qual impressão a águia teve sobre o comportamento da coruja? 5 - Ao se sentir melhor que a coruja como a águia se deixou apanhar? ______________________________________________________________________________ __ ATIVIDADE 3- DE NARRATIVA TRADICIONAL - FÁBULA O Escorpião e a Rã Rubem Alves Um dia a floresta pegou fogo. E incêndio não tem medo de rabo de escorpião. Só havia um jeito de fugir da morte: era atravessando o rio, para o outro lado. Os bichos que sabiam nadar pulavam na água, levando seus amigos nas costas. Mas o escorpião nem tinha amigos nem sabia nadar. E não havia ninguém que se arriscasse a oferecer-lhe carona. O escorpião então, valentia e coragem sumidas ante o fogo que se aproximava, foi forçado a se humilhar. Dirigiu-se com voz mansa à rã, que se preparava para a travessia. __Por favor, me leve nas suas costas-ele disse. __Eu não sou louca. Sei muito bem o que você faz a todos que se aproximam de você- replicou a rã. __Mas veja – argumentou o escorpião -, eu não posso picá-la com o meu ferrão. Se fizesse morreria, afundaria, e eu junto, pois não sei nadar. A rã ponderou que o raciocínio estava certo. Podia ser que o escorpião fosse muito feroz, mas não podia ser burro. Todo mundo ama a vida. O escorpião não podia ser diferente. Ele não iria matar, sabendo que assim se mataria... E como tinha bom coração resolveu fazer esta boa ação. __Muito bem – disse a rã ao escorpião. –Suba nas minhas costas. Vou salvar sua vida. O escorpião se encheu de alegria, subiu nas costas lisas da rã, e começaram a travessia. __ Antes era só o ferrão... E até que não é ruim. O corpo da rã é bem macinho... Enquanto isso a rã ia dando suas braçadas tranquilas, nado de peito, deslizando sobre a superfície. __E como é gostoso navegar – continuou o escorpião nos seus pensamentos. – Estes borrifos de água, como são gostosos. É bom ter a rã como amiga... Estavam bem no meio do rio. O escorpião olhou para trás e viu a floresta em chamas. __Se não fosse a rã, eu estaria morto neste momento. E um estranho sentimento, desconhecido, encheu deu coração: gratidão. Nem sempre veneno e ferrão é a melhor solução. A vida com a rã, macia e inofensiva que não inspirava medo a ninguém... Sentiu seu corpo descontrair-se. Achou que a vida era boa.... Era bom poder baixar a guarda e descansar.
  • 8. 8 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA Voltou-se de novo para trás para olhar a floresta incendiada. Mas, ao fazer isto, viu-se refletido, corpo inteiro, na água do rio que brilhava a luz do fogo. E o que viu horrorizou: seu rabo, antes ereto agora dobrado, desarmado. Escorpião de rabo mole... Todos ririam dele. E sentiu um ódio profundo da rã. __ Espelho, espelho meu, existe bicho mais terrível que eu? A resposta estava naquele rabo mole, refletido no espelho da água. E a única culpada era a rã... A rã morreu. E com ela o escorpião. A estupidez do poder é maior que o amor a vida. 1)Retire do texto: a) Título, b) Autor, c) Personagens 2)Escreva o número do parágrafo de cada frase: ( ) O escorpião se encheu de alegria ( ) A única culpada era a r ( ) Todo mundo ama a vida ( ) Achou que a vida era boa.. ( ) Suba nas minhas costas. ( ) A rã morreu 3)Escreva E para errado e C para certo: ( ) A rã ajudou o escorpião a atravessar o rio. ( ) O escorpião foi mais valente que o incêndio ( ) O rabo do escorpião ficou mole e depois duro. ( ) O escorpião viu seu corpo no espelho da água. ( ) O escorpião se salvou e a rã não. 4)Marque com um( X), a opção correta, nas questões que se seguem a)As dificuldades que o escorpião enfrentava para atravessar o rio era: ( ) Ser comido pelos peixes e não saber nadar. ( ) Ter medo de água e não ter amigos. ( ) Não saber nadar e não ter amigos. b) O escorpião foi “forçado a se humilhar”, por quê? ( ) Precisava da ajuda de outros bichos, sozinho, morreria queimado. ( ) Não conhecia o caminho que o levaria para longe do fogo. ( ) Precisava ajudar um amigo que estava do outro lado do rio. c)Por que, num primeiro momento, a rã se negou a ajudar o escorpião? ( ) Tinha medo de ser picada por ele. ( ) Era muito egoísta. ( ) Era inimiga do escorpião. d) O que deixou o escorpião alegre assim que subiu nas costas da rã foi: ( ) Sentiu-se protegido pela rã. ( ) Sentiu-se amado. ( ) Era a primeira vez que se encostava em alguém de corpo inteiro. e) O sentimento que pegou o escorpião de surpresa foi: ( ) Orgulho. ( ) Felicidade. ( ) Gratidão. 5) Responda às perguntas abaixo, se orientando pelo texto e com respostas completas. a) Por que o escorpião resolveu dar a ferroada na rã? b) Qual era a única alternativa que os bichos tinham para não morrerem queimados? 6) A frase que melhor explica a expressão em destaque é
  • 9. 9 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA ( ) Para o escorpião, mais importante do que continuar vivo era manter a imagem de poderoso e perigoso. ( ) Para o escorpião o mais importante era sobreviver ao incêndio. ( ) A estupidez está acima de qualquer coisa. 7) O sentimento que dominou o escorpião, quando ele decidiu dar uma ferroada na rã foi: ( ) Orgulho ( ) Raiva ( ) Tristeza 8) Ao subir nas costas da rã, o escorpião experimentou uma sensação nova para ele. Copie a frase do texto, que comprove esse sentimento. 9) Numere de 1 a 5, os parênteses, de acordo, com os acontecimentos do texto. ( ) Depois de muito pensar, a rã resolve ajudar o escorpião. ( ) A rã e o escorpião morreram afogados. ( ) O escorpião, resolveu pedir ajuda a rã. ( ) A floresta está toda em chamas. ( ) A rã ficou com medo de ajudar o escorpião. 10) Agora é com você! a) O que você achou da atitude da rã ao dar carona para o escorpião e confiar nele? b) Em sua opinião o que a rã deveria ter feito diante do pedido do escorpião? c) Qual ensinamento podemos tirar deste texto?_________________ e) Existe diálogo( conversa entre personagens) neste texto?_______ ______________________________________________________________________________ ATIVIDADE 4- DE NARRATIVA – NOTÍCIA A notícia que você vai ler conta o que aconteceu com um filhote de bicho-preguiça. Uma espécie rara de bicho preguiça foi encontrada agarrada ao corpo de sua mãe que morreu atropelada em Manaus. Para substituir o corpo da mãe, a quem os filhotes vivem agarrados pelo menos até os seis meses de idade, duas biólogas ofereceram um ursinho de pelúcia. O bebê bicho-preguiça foi batizado com o nome Supla. O filhote precisa ser alimentado de hora em hora com leite em uma pequena mamadeira de bebê. A espécie de Supla é considerada rara por ter apenas dois dedos e hábitos noturnos, o que dificulta o contato com os seres humanos. As biólogas que resgataram Supla querem construir um laboratório em Manaus para a recuperação de espécies silvestres acidentadas. Para isso, precisam de ajuda de entidades não- governamentais. Responda as questões abaixo, de acordo com as informações da notícia: BICHO PREGUIÇA O quê?(Fato) Onde?(Lugar em que aconteceu) A estupidez do poder é maior que o amor á vida. Bicho preguiça Estadinho 09/02/02
  • 10. 10 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA Quem?(Participantes) Por quê?(Motivo) Quando?(Época do acontecimento) ____________________________________________________________________________ ATIVIDADE 5_NARRATIVA NOMINAL Circuito fechado Chinelos, vaso, descarga, Pia, sabonete. Água, Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis, jornais, documentos, caneta, chaves, relógio, maço de cigarros, caixa de fósforo. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapo. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, bloco de notas, espátula, pastas, caixas de entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena.Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes, telefone, papéis, Relógio. Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta, projetor de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro negro, giz, papel. Mictório, pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo, xícara. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, cigarro, fósforo, telefone interno, externo, papéis, prova de anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta, telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal, cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó, gravata, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos, guardanapos.. Xícaras. Cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, chinelos, Vaso, descarga, pia, água, escova, creme dental, espuma,água.Chinelos.Coberta,cama,travesseiro. (Ricardo Ramos) 1- Pesquise o significado da palavra circuito e explique o título escolhido para o texto. 2- Com base na leitura, responda às perguntas: a) O personagem é um homem ou mulher? Como você concluiu isso? b) Qual é a possível profissão dessa pessoa? Justifique c) Em que cidade poderia morar? d) Se você tivesse de dar um nome ao personagem do texto, qual escolheria? e) Este texto é do início da década de l970. De que outros recursos esse profissional poderia dispor atualmente para realizar seu trabalho? Será que a rotina dele continuaria a mesma? 3- Observando a maioria das palavras do texto e aplicando seus conhecimentos sobre classes de palavras, você as classificaria em: artigos, substantivos, adjetivos, pronomes ou verbos? Por que? 4- O que você acha de o autor ter escolhido basicamente essa classe de palavras para construir o texto? 5- No texto aparecem os substantivos: mictório, caso, pia. Eles fazem parte do mesmo ambiente. Você conhece outros substantivos que sejam sinônimos desses? Qual é o mais usado em sua região? 6- Pela leitura do texto, percebe-se que esse personagem possui um vício muito prejudicial à saúde. Que vício é esse? O que você teria a dizer para essa pessoa?
  • 11. 11 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA 7- Faça um texto, em seu caderno, sobre o seu dia-a-dia usando o mesmo recurso que o autor utilizou, ou seja, com uso intenso de substantivos, e leia-o para a turma. ATIVIDADE 6_ LEITURA DE TEXTO NARRATIVO- DESCRITIVO O HOMEM DO OLHO TORTO No sertão nordestino vivia um velho chamado Alexandre, meio caçador, meio vaqueiro, era cheio de conversas – falava cuspindo. Espumando como um sapo cururu o que mais chamava atenção era seu olho torto, que ganhou quando foi caçar a égua pampa, a pedido do pai. Alexandre rodou o sertão, mas não achou a tal égua, pegou no sono no meio do mato e, quando acordou, montou num animal que pensou ser a égua, era uma onça, no corre-corre machucou-se com galhos de árvores e ficou sem um olho. Alexandre até tentou colocar seu olho de volta no buraco, mas fez errado, ficou com o olho torto. GracilianoRamos 1- O que deu origem aos fatos narrados nesse texto? A) O fato de Alexandre falar muito. B) O hábito de Alexandre de falar cuspindo. C) A caçada de Alexandre à égua pampa. D) A caçada de Alexandre a uma onça. E) O erro ao colocar o olho. 2 - Este texto é: A - um conto B - uma fábula C - uma receita D - um poema 3 - Qual é o assunto do texto? 4 – Responda: A - A que o homem é comparado? B - Que palavra foi usada para fazer a comparação ? 5 - O que mais chamava a atenção era seu olho torto. A palavra destacada dá ideia de : A - posse B - comparação C- tempo D – lugar 6 - Leia novamente a frase abaixo. “Alexandre rodou o sertão, mas não achou a tal égua.” Nessa frase, rodou significa: A)percorreu B) girou C) rodopiou D) analisou 7 - Qual a causa do olho torto de Alexandre? 8 - Que consequência Alexandre sofreu ao montar em uma onça? 9 – O autor escreveu esse texto para que o leitor: A - ficasse informado sobre onças B - se divertisse com essa história C - aprendesse a ser mais cuidadoso D - comparar a agilidade da onça com a égua ______________________________________________________________________________ Atividade 7- CRÔNICA
  • 12. 12 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA Aí, Galera Luís Fernando Veríssimo Jogadores de futebol podem ser vítimas de estereotipação. Por exemplo, você pode imaginar um jogador de futebol dizendo "estereotipação"? E, no entanto, por que não?— Aí, campeão. Uma palavrinha pra galera.—Minha saudação aos aficionados do clube e aos demais esportistas, aqui presentes ou no recesso dos seus lares.— Como é?— Aí, galera.— Quais são as instruções do técnico? — Nosso treinador vaticinou que, com um trabalho de contenção coordenada, com energia otimizada, na zona de preparação, aumentam as probabilidades de, recuperado o esférico, concatenarmos um contragolpe agudo com parcimônia de meios e extrema objetividade, valendo-nos da desestruturação momentânea do sistema oposto, surpreendido pela reversão inesperada do fluxo da ação.— Ahn?— É pra dividir no meio e ir pra cima pra pegá eles sem calça.— Certo. Você quer dizer mais alguma coisa? — Posso dirigir uma mensagem de caráter sentimental, algo banal, talvez mesmo previsível e piegas, a uma pessoa à qual sou ligado por razões, inclusive, genéticas?— Pode.— Uma saudação para a minha progenitora.— Como é? — Alô, mamãe!— Estou vendo que você é um, um... — Um jogador que confunde o entrevistador, pois não corresponde à expectativa de que o atleta seja um ser algo primitivo com dificuldade de expressão e assim sabota a estereotipação?— Estéreo quê?— Um chato? — Isso. 1) Que outras palavras ou expressões podem substituir o termo estereotipação apresentado no texto? 2) O que traz comicidade ao texto? 3) Que termos utilizados na crônica não são comuns ao discurso de um jogador de futebol? Explique por quê. 4) O autor critica o preconceito à linguagem de grupos sociais. Selecione um trecho em que sutilmente se denuncie tal preconceito. 5) Toda linguagem deve estar adequada ao ambiente e ao interlocutor. Pois o que é adequado em determinada situação pode não ser adequado em outra. Dê exemplos de como deve ser o cumprimento nas situações abaixo: a) Encontro com seu amigo na praça. b) Cumprimento a seu patrão no local de trabalho. 6) Comparando a expressão e a forma dos três textos defina: a) Um conto é: b) Um poema é: c) Uma crônica é: ______________________________________________________________________________ Atividade 8 _CONTO Leia o conto e responda as questões propostas A Moça Tecelã Marina Colasanti Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E logo sentava-se ao tear. Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete que nunca acabava.
  • 13. 13 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva vinha cumprimentá-la à janela. Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza. Assim, jogando a lançadeira de um lado para outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para trás, a moça passava os seus dias. Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe, com cuidado de escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia tranqüila. Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer. Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou em como seria bom ter um marido ao lado. Não esperou o dia seguinte. Com capricho de quem tenta uma coisa nunca conhecida, começou a entremear no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E aos poucos seu desejo foi aparecendo, chapéu emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxado. Estava justamente acabando de entremear o último fio da ponto dos sapatos, quando bateram à porta. Nem precisou abrir. O moço meteu a mão na maçaneta, tirou o chapéu de pluma, e foi entrando em sua vida. Aquela noite, deitada no ombro dele, a moça pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda mais a sua felicidade. E feliz foi, durante algum tempo. Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque tinha descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas todas que ele poderia lhe dar. — Uma casa melhor é necessária — disse para a mulher. E parecia justo, agora que eram dois. Exigiu que escolhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e pressa para a casa acontecer. Mas pronta a casa, já não lhe pareceu suficiente. — Para que ter casa, se podemos ter palácio? — perguntou. Sem querer resposta imediatamente ordenou que fosse de pedra com arremates em prata. Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça tecendo tetos e portas, e pátios e escadas, e salas e poços. A neve caía lá fora, e ela não tinha tempo para chamar o sol. A noite chegava, e ela não tinha tempo para arrematar o dia. Tecia e entristecia, enquanto sem parar batiam os pentes acompanhando o ritmo da lançadeira. Afinal o palácio ficou pronto. E entre tantos cômodos, o marido escolheu para ela e seu tear o mais alto quarto da mais alta torre. — É para que ninguém saiba do tapete — ele disse. E antes de trancar a porta à chave, advertiu: — Faltam as estrebarias. E não se esqueça dos cavalos! Sem descanso tecia a mulher os caprichos do marido, enchendo o palácio de luxos, os cofres de moedas, as salas de criados. Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer. E tecendo, ela própria trouxe o tempo em que sua tristeza lhe pareceu maior que o palácio com todos os seus tesouros. E pela primeira vez pensou em como seria bom estar sozinha de novo. Só esperou anoitecer. Levantou-se enquanto o marido dormia sonhando com novas exigências. E descalça, para não fazer barulho, subiu a longa escada da torre, sentou-se ao tear. Desta vez não precisou escolher linha nenhuma. Segurou a lançadeira ao contrário, e jogando-a veloz de um lado para o outro, começou a desfazer seu tecido. Desteceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os jardins. Depois desteceu os criados e o palácio e todas as maravilhas que continha. E novamente se viu na sua casa pequena e sorriu para o jardim além da janela. A noite acabava quando o marido estranhando a cama dura, acordou, e, espantado, olhou em volta. Não teve tempo de se levantar. Ela já desfazia o desenho escuro dos sapatos, e ele viu seus pés desaparecendo, sumindo as pernas. Rápido, o nada subiu-lhe pelo corpo, tomou o peito aprumado, o emplumado chapéu. Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça escolheu uma linha clara. E foi passando- a devagar entre os fios, delicado traço de luz, que a manhã repetiu na linha do horizonte. COM BASE NO TEXTO, RESPONDA:
  • 14. 14 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA 1) Nos primeiros parágrafos, a autora constrói uma relação curiosa entre as cores que a tecelã usa e aspectos do dia e do clima. Cite no mínimo três e explique o por quê destas relações: 2) De que forma a moça tecelã passava seus dias? 3) O texto emprega uma linguagem conotativa, ou seja, os termos são empregados de forma figurada, não no seu sentido real. Para compreender a mensagem que o texto pretende passar é preciso lê-lo com muita atenção. Explique, com suas palavras o que você entende a partir do trecho “ Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.” 4) Por que a mulher “desteceu” o marido e a vida que criara com ele? O que, na sua opinião, a fez tomar esta decisão? O que lhe faltava? 5) O que se pode compreender com a frase “e novamente se viu na sua casa pequena e sorriu para o jardim além da janela”? 6) Se você pudesse “tecer” sua vida, como ela seria? ______________________________________________________________________________ 3. Dissertação Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Dependendo do objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo. ATIVIDADE 5_DISSERTAÇÃO Química da Digestão Para viver, entre outras coisas, precisamos de energia. Como não podemos tirar energia da luz do sol para viver, como os vegetais, essa energia usada pelo nosso organismo vem das reações químicas que acontecem nas nossas células. Podemos nos comparar a uma fábrica que funciona 24 horas por dia. Vivemos fazendo e refazendo os materiais de nossas células. Quando andamos, cantamos, pensamos, trabalhamos ou brincamos, estamos consumindo energia química gerada pelo nosso próprio organismo. E o nosso combustível vem dos alimentos que comemos. No motor do carro, por exemplo, a gasolina ou o álcool misturam-se com o ar, produzindo uma combustão, que é uma reação química entre o combustível e o oxigênio do ar. Do mesmo modo, nas células do nosso organismo, os alimentos reagem com o oxigênio para produzir energia. No nosso corpo, os organismos são transformados nos seus componentes mais simples, equivalentes à gasolina ou ao álcool, e, portanto, mais fáceis de queimar. O processo se faz através de um grande número de reações químicas que começam a se produzir na boca, seguem no estômago e acabam nos intestinos. As substâncias presentes nesses alimentos são decompostas pelos fermentos digestivos e se transformam em substâncias orgânicas mais simples. Daí esses componentes são transportados pelo sangue até as células. Tudo isso também consome energia. A energia necessária para todas essas transformações é produzida pela reação química entre esses componentes mais simples, que são o nosso combustível e o oxigênio do ar. Essa é uma verdadeira combustão, mas uma combustão sem chamas, que se faz dentro de pequenas formações que existem nas células, as mitocôndrias, que são nossas verdadeiras usinas de energia. 1 - O texto afirma que o nosso corpo pode ser comparado a uma fábrica porque a) reage quimicamente pela combustão. b) move-se a base de gasolina ou álcool. c) produz energia a partir dos alimentos. d) utiliza oxigênio como combustível. e) Funciona 22 horas por dia. 2 - “Tudo isso também consome energia” (3º parágrafo ) No trecho, a expressão em destaque se refere a a) Fermentos digestivos.. b) combustíveis. c) reações químicas. d) usinas de energia e) energia. 3 – Depois de processadas pelos fermentos digestivos, as substâncias são levadas para a) a boca. b) as células. c) o estômago. d) os intestinos e) o esôfago.
  • 15. 15 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA 4 - As mitocôndrias são essenciais para o funcionamento do nosso corpo porque são responsáveis por a) digerir os alimentos. b) produzir energia. c) renovar as células. d) transportar o oxigênio. e) limpar nosso sangue. 5 - Este texto pode ser considerado um artigo de divulgação científica porque apresenta: a) explicação detalhada sobre um acontecimento recente. b) expressões coloquiais para exemplificar o processo da digestão. c) linguagem figurada para descrever o processo de combustão. d) vocabulário técnico para explicar a química da digestão. e) uma explicação muito complexa. 6 – O texto trata a) da constituição do aparelho digestivo. b) da digestão como fonte de energia. c) dos cuidados para uma boa alimentação. d) dos elementos que compõem o corpo humano. e) do processo da degustação. ______________________________________________________________________________ 4. Injunção/Instrucional Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo. Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com regras de comportamento; textos de orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de natal, aniversário, etc.). Atividade 9 – texto INJUNTIVO MODO CORRETO DE ENTRAR N’ÁGUA (MULHERES) 1. Caminhe devagar até a água, ajustando continuamente a parte de trás de sua tanga. 2. Teste a temperatura da água com a ponta dos pés. 3. Entre uma onda e outra, caminhe até os joelhos e se agache, molhando-se até a bundinha. 4. Reajuste a tanga. 5.Quando a próxima onda chegar, prenda o nariz com os dedos e mergulhe, voltando correndo para a beira antes da nova onda. 6. Reajuste sua tanga. 7.Incline o tronco e balance a cabeça para frente e para trás três vezes, para tirar o excesso de água. 8. Reajuste sua tanga ao voltar lentamente para seu lugar. MODO CORRETO DE ENTRAR N’ÁGUA (HOMENS) 1.Corra para a água e mergulhe (ou dê uma cambalhota), entrando no mar sem parar para considerar a temperatura ou ligar para as ondas. 2. Nade ou pegue jacaré por vinte minutos. 3. Saia da água e ajuste sua sunga. Balance a cabeça para secar os cabelos. (Evitando assim a semelhança com uma foca.) 4. Corra de volta para o seu lugar. 5. Apesar de estar molhado, resista à tentação de sentar na cadeira de praia. Um carioca verdadeiro fica em pé observando o movimento. GOSLYN, Priscilla A. Rau tchu bi a carioca* (How to be a carioca*); o guia alternativo para o turista no Rio. 1- Os textos instrucionais são injuntivos, ou seja, apresentam comandos a serem seguidos por seus leitores. Retire do texto os verbos no imperativo responsável por essa ideia de comando. 1- Produza um texto injuntivo ______________________________________________________________________________ 6- POÉTICO- trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser estruturado em estrofes. Rimas e métrica também podem fazer parte de sua composição. Pode
  • 16. 16 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA ou não ser poético. Dependendo de sua estrutura, pode receber classificações específicas, como haicai, soneto, epopeia, poema figurado, dramático, etc. Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais frequentes neste gênero. Atividade 10 – texto POÉTICO EU ETIQUETA Em minha calça está grudado um nome Que não é o meu de batismo ou de cartório Um nome... estranho. Meu blusão traz lembrete de bebida Que jamais pus na boca, nessa vida, Em minha camiseta, a marca de cigarro Que não fumo, até hoje não fumei. Minhas meias falam de produtos Que nunca experimentei Mas são comunicados a meus pés. Meu tênis é proclama colorido De alguma coisa não provada Por este provador de longa idade. Agora sou anúncio Ora vulgar ora bizarro. Em língua nacional ou em qualquer língua (Qualquer principalmente.) E nisto me comparo, tiro glória De minha anulação. Por me ostentar assim, tão orgulhoso De ser não eu, mas artigo industrial, Peço que meu nome retifiquem. Já não me convém o título de homem. Meu nome novo é Coisa. Eu sou a Coisa, coisamente. Carlos Drummond de Andrade Leia o texto “Eu, etiqueta” e responda no caderno : 1. Pelo texto, podemos perceber: a) Um narrador na 1 ª pessoa b) Um narrador na 2 ª pessoa Justifique sua resposta: 2. Explique o título do poema 3. Eu-lírico é o ser que expressa suas emoções num texto do gênero lírico. Como você idealiza o eu-lírico no texto? Qual a sua identidade? 4. O estilo de roupas, de tênis revelam a sua personalidade? Por quê? 5. Como ele se auto denomina? Por quê? 6. Neologismos são palavras novas, reinventadas. Localize no texto um neologismo. 7. O texto tem a intenção de divulgar algum produto em especial? ______________________________________________________________________________ ATIVIDADE 5_ POEMA DESCRITIVO Retrato Cecília Meireles Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo. Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas; eu não tinha este coração que nem se mostra. Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil:
  • 17. 17 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA - Em que espelho ficou perdida a minha face? 1) O eu lírico descreve detalhadamente como ele é. Retire do poema as características a ele dirigidas. 2) Em qual pessoa do discurso o poema foi escrito? Comprove sua resposta com uma passagem do texto. 3) Em sua opinião, o que o eu lírico quis dizer quando menciona no poema: "Em que espelho ficou perdida a minha face?" 4) Identifique as rimas presentes no poema. 5 - De acordo com o gênero e sua estrutura responda: A – Qual é o gênero textual? B – para que se lê esse tipo de texto? C – Qual é o assunto desse texto? 6 - Nem estes olhos tão vazios. A palavra destacadas dá ideia de: a - intensidade b – conformidade c – comparação d – dúvida 7 - “ ...eu não tinha este coração que nem se mostra. ”Podemos entender que: a - seu coração está doente b - era uma pessoa tímida c - com o tempo seu coração já se fechou d – não gosta de fazer amigos 8 – No trecho “assim calmo, assim triste, assim magro...” O que o autor quis reforçar ao repetir a palavra assim? 9 – Neste poema o eu lírico faz: a – uma reclamação do tempo perdido b – uma reflexão de sua vida passada c – chama a atenção para que aproveitemos a vida d – fala da velhice com alegria 10 – Levante hipóteses: Porque possivelmente o eu lírico não se deu conta das transformações ocorridas em sua fisionomia? 11- “Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil” 12 - De acordo os versos acima, porque essas mudanças de fato acontecerão em nossas vidas? Gramática FONÉTICA É a parte da gramática que estuda os sons da fala humana, ou seja, os fonemas. 1. Fonemas
  • 18. 18 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA Fonemas são sons da fala humana que, sós ou combinados, formam as sílabas que, por sua vez, formam as palavras. 2. Fonemas e Sílabas - Diferença Não há que confundir fonema e sílaba, coisas bem diferentes. Uma sílaba pode conter um (a-go- ra), dois (a-go-ra), três (es-tre-la), quatro (cris-tão) e até cinco (felds-pa-to) fonemas. 3. Letras Letras são as representações gráficas (símbolos convencionados) dos fonemas. 4. Fonema e Letra - Diferença Fonema pronuncia-se e ouve-se; letra escreve-se e vê-se. Uma palavra pode ter igual número de fonemas e letras: cabelo - 6 letras e 6 fonemas. O número de letras pode ser maior do que o número de fonemas: hoje - 4 letras e 3 fonemas, pois o “h” não é pronunciado; guerra - 6 letras e 4 fonemas, pois os dígrafos “gu” e “rr” representam apenas um fonema cada um; tanto - 5 letras e 4 fonemas, pois o “n” apenas faz com que o “a” seja nasalizado. Há, ainda, palavras que possuem mais fonemas do que letras: tóxico - 6 letras e 7 fonemas, pois o “x” equivale a /ks/. Por outro lado, um mesmo fonema pode ser representado por letras diferentes, como podem, também, fonemas diferentes ser representados por uma mesma letra: mesa, beleza - as letras s e z representam o mesmo fonema /z/; texto (x = /s/), exame (x = /z/), sexo (x = /ks/), máximo (x = /ss/), lixo (x = /ch/) - em cada uma o “x” representa fonemas diferentes. Por aí se vê que não há, rigorosamente, um símbolo gráfico (letra) para cada fonema de nossa língua. Essa discrepância entre fonemas e letras é a responsável pela maior parte das dificuldades ortográficas que enfrentamos. Atividades 1) Quantas letras e quantos fonemas têm estas palavras. a) Margarida b) Espelho c) Ferro d) Guincho e) Papel f) Chuva g) Sorte h) Honesto i) Excesso j) Maximo k)Fixo l) Companhia m)Folha n) Campanha 2) Retire do texto abaixo as palavras que possuem mais letras que fonema: Trova Atirei um limão doce Na janela de meu bem: Quando as mulheres não amam Que sono as mulheres têm! (Manuel Bandeiras) 3) Coloque V ou F para o número de letras e fonemas das palavras abaixo: a) ( ) chimarrão 9L e 7F b) ( ) proibido 8 L e 7 F c) ( humanidade 10 L e 9 F d) ( ) vogal 5 L e 5 F
  • 19. 19 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA 4)Qual das alternativas abaixo possui palavras com mais letras do que fonemas? a)Caderno b)Chapéu c)Flores d)Livro e) Disco 5)Nas palavras alma, pinto e porque, temos, respectivamente: a) 4 fonemas - 5 fonemas - 6 fonemas. b) 5 fonemas - 5 fonemas - 5 fonemas. c) 4 fonemas - 4 fonemas - 5 fonemas. d) 5 fonemas - 4 fonemas - 6 fonemas. e) 4 fonemas - 5 fonemas - 5 fonemas. 6) A alternativa que apresenta uma incorreção é: a) o fonema está diretamente ligado ao som da fala. b) as letras são representações gráficas dos fonemas. c) a palavra "tosse" possui quatro fonemas. d) uma única letra pode representar fonemas diferentes. e) a letra "h" sempre representa um fonema. 7) O vocábulo cujo número de letras é igual ao número de fonemas está em: a) sucedida. b) habitando. c) grandes. d) espinhos. 8) Indique a palavra que tem 5 fonemas: a)ficha. b)molhado. c)guerra. d)fixo. e) hulha. Classificação dos fonemas I – Vogal é o fonema produzido pelo ar que passa livremente pela boca, isto é, encontrar nenhum obstáculo. As vogais podem ser : a) Orais: Quando a corrente de ar sai apenas pela boca. É o caso de a, e, i, o, u. Exemplos: Mata, teto, medo, mito, sobra, bolo, mudo b) Nasais: Quando a corrente de ar sai pela boca e também pelas fossas nasais. É o caso de ã, õ, que podem ser representadas na escrita por ,ã , an, am, em, en, in, im, õ, um, um, .Exemplos: írmã, manta, samba, tento, lembro, minto, ímpar, põe, conde, sombra, fundo, z c) Átonas: pronunciadas com menor intensidade. Exemplo: até, bola d)Tônicas: pronunciadas com maior intensidade. Exemplo: até, bola As vogais também se classificam em: a) Abertas : quando ocorre uma abertura máxima da boca. É o caso da á, é, ó. Exemplos: Guaraná, café, cipó b) Fechadas: quando ocorre uma abertura mínima da boca. Exemplos: Lama, anda, tevê, menta, fadiga, linda, loba, bonde, furo, vagabundo
  • 20. 20 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA III – Semivogal Semivogal é o nome que se dá aos fonemas i e u quando, junto de uma vogal, formam com ela uma única sílaba. É importante observar que não se trata das letras i e u , mas sim dos fonemas. Na escrita os fonemas i e u. podem ser representados também pelas letras e e o. Exemplos: Mãe, Paes, irmão, são (pronunciadas geralmente desta forma: mãi, pãis, irmãu , sãu). III – Consoante Consoante é o fonema produzido graças aos obstáculos que impedem a livre passagem do ar. As consoantes em português são pronunciadas pelas seguintes letras: B , C , D, F , G, H , J ,L , M, N , P, Q, R, S , T, V, X , Z. Atividade 9) Nas palavras a seguir, separe os fonemas e dê sua classificação: vogal, semivogal ou consoante. a) rato –b) roeu - c) roupa –d)Rússia –e) roia - f) Ramalho 10) Indique o número de fonemas e o número de letras das seguintes palavras: a) meninos b) quebrem c) foguetes d) longas e) Lua f) Vão 11) Classifique os fonemas ( vogal, semivogal, consoante ) das palavras que seguem: a) rua b) anjos c) são . d) pudessem 12) As palavras “cambalacho”, “carretilha”, “circunferência”, apresentam, respectivamente: a) oito, nove e doze fonemas b) oito, oito e onze fonemas; c) oito, sete e treze fonemas; d) sete, oito e doze fonemas; e) oito, oito e doze fonemas. 13) As palavras “pandemônio”, “derreado” e “oxalá” apresentam, respectivamente: a) nove, sete e cinco fonemas; b) nove, sete e seis fonemas; c) oito, seis e cinco fonemas; d) nove, oito e seis fonemas; e) oito, oito e cinco fonemas. 14) As palavras “bilíngüe”, “derradeiro” e “complexo” apresentam respectivamente: a) sete, oito e oito fonemas; b) sete, nove e sete fonemas; c) oito, oito e oito fonemas; d) sete, nove e oito fonemas; e) oito, oito e sete fonemas. 15) Assinale a alternativa em que todos os vocábulos apresentam o mesmo número de fonemas de “carreata”: a) elíptico - sexagenário - retângulo; b) exagero - girassol - amígdala; c) ovelheiro - exceder - enxaqueca; d) miserando - excluso - fantasia; e) groselha - brinquedo - misantropa. 16) Que alternativa apresenta compostos com o mesmo número de fonemas de “esquisitice”? a) irresoluto - framboesa - basilicão; b) gargalhada - supressão - hamburguer; c) pampulha - onomatopáico - hinduísta; d) consangüíneo - apropinquar - farisaísmo; e) heterogênio - sortilégio - ostensório. 17) As palavras “quinqüênio”, “batráquio” e “miscelânea”, apresentam respectivamente: a) nove, nove e nove fonemas; b) nove, oito e nove fonemas; c) oito, nove e oito fonemas; d) oito, oito e nove fonemas; e) nove, nove e nove fonemas. 18) As palavras “profilaxia”, “translineação” e “cavalheiro” apresentam respectivamente: a) onze, doze e nove fonemas; b) doze, doze e treze fonemas; c) doze, onze e doze fonemas; d) onze, dez e doze fonemas; e) onze, onze e doze fonemas.
  • 21. 21 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA __________________________________________________________________________ Encontro vocálico Encontro vocálico é uma sequência de vogais e semivogais. VOGAIS - São a base da sílaba. Não existe sílaba sem vogal e nunca há mais de uma vogal por sílaba. exs: me – ni – no pa – pai SEMIVOGAIS - O i e o u são considerados semivogais quando aparecem ligados a uma vogal, formando sílaba com ela. As semivogais são pronunciadas com menos intensidade que as vogais. exs: pa – pai ou – ro CLASSIFICAÇÃO DOS ENCONTROS VOCÁLICOS DITONGO: é o encontro, numa mesma sílaba, de uma vogal e uma semivogal, ou vice-versa. O ditongo pode ser: a) ditongo crescente: semivogal e vogal (do som mais fraco para o mais forte). Exemplos: gê – nio gló – ria quar – to b) ditongo decrescente: vogal e semivogal (do som mais forte para o mais fraco). Exemplos: lei – te cha – péu Lau – ra TRITONGO: é o encontro de uma vogal entre duas semivogais, na mesma sílaba. Exemplos: Pa – ra – guai en – xa – guou HIATO: é o encontro de duas vogais. Como só pode haver uma vogal em cada sílaba, cada uma delas fica em uma sílaba diferente. Exemplos: ra – iz sa – ú – de Lu – a – na ATIVIDADES: 1) Sublinhe os encontros vocálicos e separe as sílabas. Leite Uruguai Saúva Saudade Dia Juiz Herói Paraguai Rainha Delícia 2) Sublinhe os encontros vocálicos e classifique as palavras em ditongo (D) ou tritongo (T). ( ) rei ( ) coração ( ) Uruguai ( ) padeiro ( ) desiguais ( ) macarrão ( ) Paraguai ( ) mãe ( ) ouro ( ) enxaguei ( ) melão ( ) flauta ( ) saguão ( ) irmão ( ) averiguei ( ) quando ( ) iguais ( ) manteiga ( ) averiguou ( ) beijo 3) Separe os hiatos: Moeda país tainha tia viagem raiz ENCONTRO CONSONANTAL: é o agrupamento de duas ou mais consoantes numa mesma palavra. Os encontros consonantais podem ser: a) Inseparáveis – as duas consoantes ficam na mesma sílaba, sendo a segunda consoante, R ou L. Bl – blu-sas Br – brin-co Cl – cli-ma Cr – cri-na Dr – dra-ma Fl – flo-cos Fr – fra-co Gl – gló-ria Pl – pla-ca Pr – prín-ci-pe Tr – tri-go Vr – li-vro
  • 22. 22 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA b) Separáveis – Cada uma das consoantes fica em uma sílaba. Bn – sub-nu-tri-ção Bs – ab-sol-ver Cç – con-vic-ção Ct – as-pec-to Dv – ad-vo-ga-do Ft – af-to-sa Ls – con-vul-são Pt – ap-ti-dão Rs – per-so-na-gem Tm – rit-mo ch – cha-ve nh – ni-nho Gn – dig-no (no início da palavra as consoantes GN não se separam: gnomo: gno-mo.) DÍGRAFO: é uma sequência de duas letras que indicam um só fonema. lh – te-lha gu – guer-ra qu – que-rer rr – ter-ra ss – is-so sc – nas-cer sç – cres-ça xc-ex-ce-len-te São chamados de dígrafos vocálicos os grupos que representam as vogais nasais. Exemplos: am – campo (cãpo); an – anta (ãta); em – tempo (tẽpo); en – adolescente (adolescẽte); im – sim (sĩ); in – inteligente (ĩteligẽte); om – bomba (bõba); on – onda (õda); um – atum (atũ); un – assunto (assũto). Atenção: Não confunda dígrafo com encontro consonantal, que é o encontro de consoantes, cada uma representando um fonema. Por exemplo, na palavra asco, o encontro sc não forma dígrafo, já que ambas as letras são pronunciadas. Já em nascer, há um dígrafo, pois sc tem um som só: s. ATIVIDADES: 1) Indique, nos parênteses, se há dígrafo (D) ou encontro consonantal (EC) nas palavras abaixo. Lembre-se de que dígrafo são duas letras que representam um único som. ( ) ferreiro ( ) flauta ( ) assobio ( ) pedreira ( ) exceto ( ) pamonha ( ) nascer ( ) globo ( ) clínica ( ) descer ( ) fronteira ( ) piscina ( ) helicóptero ( ) palhaço ( ) ignorante ( ) chocolate 2) Separe as sílabas e classifique as palavras em: dissílaba (D), trissílaba (T) ou polissílaba (P): submarino____________________________ observação ___________________________ significado ___________________________ digno _______________________________ infecção _____________________________ helicóptero ___________________________ advogado ____________________________ adjetivo ______________________________ atmosfera ____________________________ ritmo ________________________________ cacto ________________________________ óbvio_____________________________ SEPARAÇÃO SILÁBICA 1 - A divisão de sílabas se processa pela silabação das palavras, jamais pelos elementos constitutivos de sua formação. Sabemos, por exemplo, que bisavô se forma de bis + avô, mas, na silabação, teremos bi-sa-vô, sendo esta a separação correta. 2 - Toda consoante precedida de vogal forma sílaba com a vogal seguinte: janela ............... ja-ne-la ético ................ é-ti-co desumano ....... de-su-ma-no subumano ....... su-bu-ma-no subabitação ..... su-ba-bi-ta-ção superativo ........ su-pe-ra-ti-vo hiperácido ........ hi-pe-rá-ci-do
  • 23. 23 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA Observação: Como vimos nos dígrafos, as letras m e n muitas vezes são índices de nasalização da vogal anterior. Para efeitos fônicos, é como se fossem til: transandino, consorte, sentido, bomba, campo, lindo. Por isso, justificam-se por essa mesma regra as separações: tran-san-di-no, tran- sa-ma-zô-ni-co, con-sor-te, sen-ti-do, bom-ba, cam-po, lin-do. 3 - O que se pode e o que não se pode separar: Não se separam: os ditongos e os tritongos: lei, fai-xa, a-zei-te, fé-rias, lé-gua, nó-doa, cha-péu, ji-bói-a, mai-o a-ve- ri-güei, quais, pa-ra-guai-a; os dígrafos do “h” e do “u”: cha-ve, fi-lho, ne-nhum, a-qui-lo, se-gue, se-quer; c) os encontros consonantais no início de palavras: gno-mo, mne-mô-ni-co, pneu-má-ti-co, psi-có- lo-go; em geral, os grupos consonantais em que a segunda letra é “l” ou “r”: a-tle-ta, o-blí-quo, a-tri-to, sa-cro, le-tra, a-dro. Separam-se: a) os hiatos: vô-o, ga-ú-cho, fi-lo-so-fi-a, ca-no-a, a-í, Le-o; b) os dígrafos “rr”, “ss”, “sç”, “sc” e “xc”: bar-ro, os-so, des-ça, nas-ce, ex-ce-to; c) os encontros consonantais pronunciados disjuntamente: ad-vo-ga-do, dig-no, ar-te, per-cus- são, sub-di-re-tor, sub-li-nhar (pronuncia-se como sub-lo-car); d) as consoantes duplas: oc-ci-pi-tal, fric-ção; e) os encontros consonantais (de mais de duas consoantes) em que aparece “s” separam-se depois do “s”: es-tre-la, des-pres-tí-gio, in-ters-tí-cio, felds-pa-to, pers-cru-tar, ins-tru-ir. TESTES 1) Assinale o único conjunto em que há erro de separação silábica: a) jói-a, co-mé-dia, cres-ce-mos b) de-sa-jus-ta-do, sa-guão, sec-ção c) mne-mô-ni-ca, trans-al-pi-no, ra-i-nha d) su-pers-ti-ção, e-gíp-cio, res-sur-gir e) su-ben-ten-der, gra-tui-to, ab-di-ca-ção 2) A alternativa em que há um erro de divisão silábica, no que se refere à escrita é: a) cai-ar, jói-a, gló-ria b) Sa-a-ra, tê-nue, á-gua c) sé-rie, ma-io, bi-sa-vô d) co-lap-so, par-tiu, fri-ís-si-mo e) sub-le-var, subs-cre-ver, pror-ro-gar 3) Nas palavras AINDA e BEIJÁ-LA há, respectivamente: a) ditongo crescente e ditongo decrescente b) hiato e ditongo crescente c) ditongo crescente e hiato d) hiato e ditongo decrescente e) ditongo decrescente e ditongo crescente 4) O vocábulo “sossegue” tem a) nove fonemas b) oito fonemas c) sete fonemas d) seis fonemas e) cinco fonemas 5) A alternativa em que há um erro de divisão silábica, no que se refere à língua escrita, é: a) in-te-rur-ba-no, su-bes-ti-mar b) lí-rio, subs-tân-cia, c) a-lhe-io, ex-ce-ção d) du-as, tê-nue e) cor-re-ri-a, só-bria 6) A alternativa em que há um erro de divisão silábica é: a) en-sai-ar, al-ca-téi-a, ví-treo b) an-ta, prê-mio, tá-bua c) lap-so, frei-o, su-pe-ra-ti-vo d) sub-ins-pe-tor, sub-de-le-gar
  • 24. 24 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA e) re-crei-o, fri-o, áu-rea 7) Assinale a alternativa cujos encontros vocálicos correspondem, na mesma ordem, aos seguintes: JUIZ - QUEIXO - COMPÕE - ÁREA a) voo - quais - coração – hábeis b) coroa - raio - porém - quase c) mais - queijo - quando – série d) A, B e C correspondem. e) n.d.a. 8) A separação das palavras subinspetor, abscissa, fortuito e sublinhar está correta em : a) sub-ins-pe-tor, abs-cis-sa, for-tui-to, su-bli-nhar b) su-bins-pe-tor, abs-cis-sa, for-tui-to, sub-li-nhar c) sub-ins-pe-tor, ab-scis-sa, for-tui-to, su-bli-nhar d) su-bins-pe-tor, abs-cis-sa, for-tui-to, su-bli-nhar e) su-bins-pe-tor, abs-ci-ssa, for-tu-i-to, sub-li-nhar 9) Quanto à translineação, assinale a alternativa em que há apenas uma palavra que não deve ser separada onde está o hífen: a) i-déia, alegri-a, indis-por b) sub-linhar, intu-ir, auto-controle c) fede-ral, após-tolo, furi-bunda d) de-satenção, con-torcer, cus-tar e) circu-ito, recre-io, feld-spato 10) Indique a alternativa em que há erro de partição silábica: a) a-do-les-cen-te, p-neu-má-ti-co, ab-di-car b) ét-ni-co, ra-iz, ins-cre-ver, c) pers-pi-caz, fri-ís-si-mo, tran-sa-ma-zô-nia d) bis-ne-to, in-te-res-ta-du-al e) rai-as, ar-roi-os, ca-iu 11) No vocábulo preguiçoso, temos: a) dois encontros consonantais b) um encontro consonantal e um dígrafo c) dois dígrafos d) um encontro vocálico e) um ditongo 12) Marque a relação incorreta: a) prosódia - um encontro consonantal e um ditongo b) ruim – hiato c) bênção - ditongo oral d) cachorro - dois dígrafos e) palha - dígrafo 13) Numa das sequências, todas as palavras apresentam hiato: a) leoa, pessoa, fiéis b) coroa, boa, mágoa c) prováveis, razoável, deem d) violento, suor, paise) boa, hiato, cooperar 14) Para responder a esta questão, examinar as afirmativas referentes ao valor de letra “x”: I - o “x” representa os fonemas /ks/ na palavra “tóxico”; II - o “x” representa os fonema /ks/ na palavra “intoxicar”; III - o “x” representa o fonema /z/ na palavra “inexaurível”; IV - o “x” representa o fonema /z/ na palavra “exorcismo”; V - o “x” representa o fonema /s/ na palavra “extirpar”. Pelo exame das afirmativas, verifica-se que: a) apenas uma está correta b) apenas duas estão corretas c) três estão corretas d) quatro estão corretas e) todas estão corretas PROBLEMAS ORTOGRÁFICOS
  • 25. 25 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA I- POR QUE - POR QUÊ - PORQUE - porquÊ(s) Não se trata, como dizem por aí, da mesma palavra com grafias diferentes; trata-se, na verdade, de palavras de categorias diferentes, cujo emprego depende da frase em que se inserem. Vejamos cada caso: POR QUE Funciona como advérbio interrogativo, nas frases interrogativas diretas ou indiretas: Por que discordas de mim? (interrogativa direta) Gostaria de saber por que discordas de mim. (interrogativa indireta) Por que há tanta celeuma? (interrogativa direta) Dize-me por que há tanta celeuma. (interrogativa indireta) Pode ser, ainda, a preposição por e o pronome relativo que. Ora, se pode ser pronome precedido de preposição, à semelhança de a que, de que, em que etc., está errado quem diz que se usa por que somente nas perguntas: A causa por que lutamos vencerá. Os caminhos por que andamos são tortuosos. Comprova-se, na prática, o uso de por que (preposição e pronome separados), substituindo-os pela expressão PELO QUAL (PELOS QUAIS, PELA QUAL, PELAS QUAIS): A causa pela qual lutamos vencerá. Os caminhos pelos quais andamos são tortuosos. Embora não seja necessário, porque as frases interrogativas são fáceis de reconhecer, artifício semelhante pode ser aplicado ao advérbio interrogativo: Por qual razão há tanta celeuma? Dize-me a razão pela qual há tanta celeuma. Resumindo, usa-se por que, sempre que for possível substituí-lo por uma expressão onde apareça QUAL ou QUAIS. POR QUÊ Só pode ser advérbio interrogativo: Vieste tão tarde, por quê ? Podes sair, mas quero saber por quê. Por quê, afinal ? O acento se justifica pelo fato de o quê haver adquirido tonicidade, o que acontece quando for insulado ou está em final de frase. Pelos exemplos, observa-se que é muito freqüente nos diálogos das narrativas. Seu reconhecimento, na prática, faz-se pelo mesmo artifício do anterior. Receberá o acento, se bater num sinal de pontuação. PORQUE É sempre conjunção. Em geral, é substituível por POIS e nunca é substituível por uma expressão em que aparece QUAL ou QUAIS: Trabalha, porque o trabalho enobrece. Há pessoas que não se abatem, porque possuem muita força de vontade.
  • 26. 26 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA PORQUÊ(S) Trata-se de uma substantivação. Como ocorre com os substantivos em geral, admite ser pluralizado, ao contrário dos casos anteriores em que temos palavras invariáveis: Não é fácil compreender o porquê desse comportamento. Eram tantos os porquês, que começamos a duvidar. TESTES 1) Pense nos ideais ...................... batalhamos há tanto tempo, e diga-me ................. fracassamos. Será ............ fomos incapazes ou descuidados em algum ponto? a) por que por que por que b) por que por que porque c) porque porque porque d) porque por que porque e) por que porque por que 2) Então .............não posso ir também? Só ............. sou mais novo? Responda, ou não vai me dizer ....... ? a) porque porque porque b) porque por que por quê c) por que por que por quê d) por que porque por quê e) por que por que porque 3) O amor verdadeiro provoca sempre alegria. ..................? ................ é crescimento, realização, dom de vida. No entanto, você poderia perguntar ............... sofrem aqueles que amam. a) Porque Por que porque b) Por quê Por que porque c) Porque Porque por que d) Por que Porque por que e) Por quê Porque por que ______________________________________________________________________________ Sílaba Tônica É a sílaba que recebe o acento tônico. São elas: o. a os, as, um uma, uns, umas; me, te, se, nos, vos, o, a, os, as, lhe, lhes; que, quem, qual; a, com, de, em, por, sem, sob; e, nem, ou, porque, se, que, como;do (de+o), duma (do+uma), pelos (por+os); lha (lhe+a), no-lo (nos+o) etc. Acento Tônico Quase toda palavra possui uma sílaba que é mais forte — a sílaba tônica — a qual recebe um impulso de voz maior do que despendemos com as outras sílabas. Esse impulso de voz a mais que concentramos na sílaba tônica é o que chamamos de acento tônico. Vogal Tônica É a vogal da sílaba tônica. Há palavras que, conforme deslocarmos a sílaba tônica, mudam o significado: SÁ-bia (inteligente), sa-Bi-a (verbo "saber"), sa-bi-Á (pássaro).
  • 27. 27 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA Acento Gráfico É o sinal (´) ou (^) que indica, por escrito, a posição da sílaba tônica. Não se confunda acento gráfico (grafado) com acento tônico (pronunciado). Assim, nas palavras azul e esquecido existe acento tônico, mas não existe acento gráfico; já na palavra esplêndido existem acento tônico e acento gráfico. Modernamente, o acento grave (`) é empregado apenas para indicar o fenômeno da crase. Classificação das Palavras Segundo a Posição da Sílaba Tônica A sílaba tônica só pode ser a antepenúltima, a penúltima ou a última. Se a sílaba tônica for a antepenúltima, a palavra se chamará PROPAROXÍTONA: esplêndido, médico, árvore, lâmpada, íamos, fôssemos. Se a sílaba tônica for a penúltima, a palavra se chamará PAROXÍTONA: esquecido, somente, cafezinho, janela, fácil, órgão. É costume entre gramáticas classificar as PAROXÍTONAS terminadas por ditongo crescente também como PROPAROXÍTONAS RELATIVAS ou EVENTUAIS, porque tal ditongo pode ser pronunciado separadamente (di-vór-ci-o, tê-nu-e, O-Ií-vi-a), embora não possa ser separado graficamente (di-vór-cio), tê-nue, O-lí-via). Se a sílaba tônica for a última, a palavra se chamará OXÍTONA: azul, jacaré, português, veloz, Juvenal, desesperação. ACENTUAÇÃO GRÁFICA 1 - Regra das Proparoxítonas Coloca-se acento gráfico sobre a vogal tônica de todas as proparoxítonas, todas, sem exceção: médico, árvore, lâmpada, estilística, incômodo, incólume, dermatológico, cantássemos, vendêssemos, cantaríamos, revólveres, líderes. 2 - Regra das Paroxítonas Coloca-se acento gráfico sobre a vogal tônica das paroxítonas terminadas por: ditongo crescente: série, água, mágoa, exigência, pátria, História, Mário, Antônio, árduo, vídeo, gêmeo - singular ou plural; ã, ãs: ímã, sótãos, órgão, órfãs: ão, ãos: sótão, sótãos, órgão, órgãos; ei, eis: jóquei, pônei, pôneis, hábeis, vendêsseis; i, is: táxi, táxis, júri, júris, lápis; om, ons: iândom, rándom, prótons, nêutrons, íons; um, uns: álbum, álbuns, fórum, vade-mécum, factótum; us: bônus, ônus; I, n, r, x: fácil, réptil, móvel, cônsul, inconsútil, hífen, éden, sêmen, próton, nêutron, íon, líder, fêmur, revólver, caráter, tórax, ônix, látex. ps: bíceps, fórceps, Quéops. 3 - Regra das Oxítonas Coloca-se acento gráfico sobre a vogal tônica das palavras oxítonas terminadas por: a)o, os: avó, avó, avós, cipó, cipós, propôs, pó, pós, Feijó; e, es: ipê, ipês, pé, pés, cem, cafés, vê, vês, descrê, português; a, as: cajás, pá, pás, fará, farás, atrás, má, más; b) em, ens (com mais de uma sílaba): além, porém, armazém, armazéns, parabéns, aquém. 4 - Regra da Quebra de Ditongo
  • 28. 28 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA Coloca-se acento gráfico sobre a vogal tônica dos hiatos quando formarem sílabas sozinhos ou com s. a-í, pa-ís, ba-ú, ru-í-do miúdo, gaúcho, faísca, balaústre, juízes, Grajaú, Tramandaí, saída, uísque. 5 - Regra dos Ditongos Abertos Coloca-se acento gráfico sobre a vogal tônica dos ditongos eu, ei, oi (Eu sei, boi!), quando forem abertos nas palavras oxítonas ou monossílabos : chapéu, fogaréu, réus, céu, rói, heróis 8 - REGRA DO ACENTO DIFERENCIAL Acentua-se pôde (pretérito perfeito) pôr (verbo) ____________________________________________________________________________ EXERCICIOS 1-Nas frases que seguem, coloque ou não o acento gráfico nas palavras destacadas, segundo as regras dos monossílabos: a) Fiscais cobram impostos sem do do contribuinte. b) As guerras so nos deixam heranças mas, mas ainda não conquistamos a paz. c) Mesmo a quem não tem não se de de graça o bem. 2. Em cada alternativa ocorrem vocábulos que terminam com a mesma letra, mas são diferentes quanto à posição da sílaba tônica. Acentue cada um de acordo com as normas: Oxítonas Paroxítonas Proparoxítonas Sofa Salada Camera Atras Atlas Excentricas Nabo Almoço Esplendido Queiros Queijos Pessegos Voce Doce Indice Atraves Moleques Principes 3. Assinale a alternativa incorreta: a) Flúor, biquíni, oásis, próton, útil, bônus, tórax são acentuadas por se tratar de paroxítonas terminadas em R – I(S) – N – L – U(S) – X. b) Álbum deve ser acentuada pela mesma regra que manda acentuar médium. c) Amêndoa e cárie devem ser acentuadas pela mesma regra que manda acentuar pâncreas e série. d) Órfãos e órgãos recebem acento por se tratar de oxítonas terminadas em ditongo. e) Ímã, bíceps e órfãs são palavras paroxítonas corretamente acentuadas. 4. Acentue os ditongos de acordo com a respectiva regra: a) degrau, prosaico, ilheu _____________________________________________________________________ b) onomatopeia, aldeia, apoia ______________________________________________________________________ c) apoio (verbo), apoio (substantivo), paranoico ______________________________________________________________________ d) povareu, apogeu, esferoide ____________________________________________________________________. ____________________________________________________________________ 6. Acentue o i e o u em hiato, de acordo com as regras: a) miúdo b) raiz c) Raul d) raízes e) cairmos f) caistes g) tainha h) Tambau 7. (FGV) - Um cachorro de maus bofes acusou uma pobre ovelhinha de lhe haver furtado um osso. – Para que furtaria eu esse osso – ela – se sou herbívora e um osso para mim vale tanto quanto um pedaço de pau?
  • 29. 29 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA – Não quero saber de nada. Você furtou o osso e vou levá-la aos tribunais. E assim fez. Queixou-se ao gavião-de-penacho e pediu-lhe justiça. O gavião reuniu o tribunal para julgar a causa, sorteando para isso doze urubus de papo vazio. Comparece a ovelha. Fala. Defende-se de forma cabal, com razões muito irmãs das do cordeirinho que o lobo em tempos comeu. Mas o júri, composto de carnívoros gulosos, não quis saber de nada e deu a sentença: – Ou entrega o osso já e já, ou condenamos você à morte! A ré tremeu: não havia escapatória!... Osso não tinha e não podia, portanto, restituir; mas tinha vida e ia entregá-la em pagamento do que não furtara. Assim aconteceu. O cachorro sangrou-a, espostejou-a, reservou para si um quarto e dividiu o restante com os juízes famintos, a título de custas... (Monteiro Lobato. Fábulas e histórias diversas) Como se pode deduzir do texto, a palavra urubu não tem acento gráfico. A palavra baú, também terminada em u, tem acento agudo. Explique a razão dessa diferença. 8. Leia a frase abaixo: Ocorreu recentemente em São Paulo um seminário de linguistas pertencentes a uma universidade dos Estados Unidos, que vêm estudando línguas indígenas. Em relação ao texto acima, é correto afirmar: a) o texto é ambíguo, pois não se sabe quem vem estudando línguas indígenas: os lingüistas ou a universidade. b) o texto apresenta um erro de acentuação do verbo vêm; o correto seria vem. c) o texto não é ambíguo, pois o verbo vir só pode referir-se a linguistas. d) o texto está mal escrito, pois, além de ser ambíguo, apresenta erro de acentuação no verbo vir. e) o texto não é ambíguo, pois o mecanismo de concordância garante a interpretação: vêm é plural. 9. Complete os espaços em branco de acordo com o seguinte modelo: Se eu mantenho, eles também mantêm. a) Se eu me detenho, eles também se________________ b) Se eu venho, eles também_______________ c) Se eu tenho, eles também________________ d) Se eu intervenho, eles também____________ 10. (ENEM) Diante da visão de um prédio com uma placa indicando SAPATARIA PAPALIA, um jovem deparou com a dúvida: como pronunciar a palavra PAPALIA? Levado o problema à sua sala de aula, a discussão girou em torno da utilidade de conhecer as regras de acentuação e, especialmente, do auxílio que elas podem dar à correta pronúncia das palavras. Após discutirem pronúncia, regras de acentuação e escrita, três alunos apresentaram as seguintes conclusões a respeito da palavra PAPALIA: I. Se a sílaba tônica for o segundo PA, a escrita deveria ser PAPÁLIA, pois a palavra seria paroxítona terminada em ditongo crescente. II. Se a sílaba tônica for LI, a escrita deveria ser PAPALÍA, pois “i” e “a” estariam formando hiato. III. Se a sílaba tônica for LI, a escrita deveria ser PAPALIA, pois não haveria razão para o uso de acento gráfico. A conclusão está correta apenas em: a) I b) II
  • 30. 30 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA c) III d) I e II e) I e III __________________________________________________________________________ A semântica trata do significado das palavras através do tempo e do espaço. Nesse chão, estudam-se: Sinônimos São palavras relacionadas por um sentido comum, mas diferentes na forma. Os sinônimos são perfeitos, quando o sentido é igual: alfabeto = abecedário brado = grito extinguir = apagar adversário = antagonista contraveneno = antídoto Os sinônimos são imperfeitos, quando a significação é semelhante: bela - formosa livro - volume caridade - bondade 2. Antônimos São palavras de significação oposta: ordem x anarquia soberba x humildade louvar x censurar A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido contrário ou negativo: bendizer x maldizer simpático x antipático progredir x regredir concórdia x discórdia explícito x implícito ativo x inativo esperar x desesperar simétrico x assimétrico Sentido Próprio Diz-se da palavra que é empregada na sua significação natural. É, em última análise, o sentido que a palavra tem originalmente. 4.Sentido Figurado Ocorre quando a palavra está empregada em sentido translato, ou seja, quando, por um processo de analogia, é empregada em sentido diverso do próprio: A dama trazia uma flor nos cabelos. (sentido próprio) A dama pertence à flor da sociedade. (sentido figurado) À noite, no campo, podemos admirar as estrelas. (sentido próprio). “A lua (... ) salpicava de estrelas o nosso chão".(sentido figurado) 5. Denotação e Conotação É conveniente guardar estas duas palavras: DENOTAÇÃO (= sentido próprio) e CONOTAÇÃO (= sentido figurado).
  • 31. 31 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA Nos textos dissertativos (artigos, monografias e teses), narrativas de fatos (noticiários, reportagens) e livros científicos, predomina a linguagem denotativa, que é racional, lógica, objetiva. Já nos textos literários em geral, principalmente na poesia, o artista usa, com freqüência, linguagem figurada, subjetiva, sentimental, isto é, conotativa. 5. Homônimos Se duas palavras de significados diferentes são iguais na grafia, ou na pronúncia, ou nas duas coisas, tais palavras são HOMÔNIMAS: o porto (substantivo) - eu porto (verbo) cozer (cozinhar) - coser (costurar) ser (verbo) - o ser (substantivo) Relação de palavras homônimas: acender (atear fogo) – ascender (elevar-se) acento (sinal gráfico) – assento (banco) acerto (precisão) – asserto (afirmação) apreçar (marcar o preço de) – apressar (acelerar) caçar (apanhar, perseguir – cassar (invalidar) animais) cegar (privar da visão) –segar (ceifar) cela (cubículo) –sela (arreio) censo (recenseamento) – senso (juízo) cerrar (fechar) –serrar (cortar) cessão (ato de ceder) – seção/secção (parte, setor), sessão (reunião) concertar (harmonizar) – consertar (remendar, arrumar) incipiente (principiante) –insipiente (ignorante) tacha (prego) –taxa (imposto) Parônimas São palavras apenas semelhantes, sem nenhuma igualdade, mas a semelhança faz com que a gente embarque na canoa de usar uma peja outra: retificar (corrigir) - ratificar (confirmar) imergir (submergir) - emergir (vir à tona) mal (contrário de "bem") - mau (contrário de "bom") Relação de palavras parônimas: acidente (desastre) - incidente (acontecimento inesperado) atuar (agir) -autuar (processar) casual (ocasional) - causal (relativo à causa) cavaleiro (homem que - cavalheiro (homem cortês) anda a cavalo) delatar (trair) -dilatar (aumentar) descrição (ato de des- - discrição (qualidade de ser crever) discreto) descriminar (inocentar) - discriminar (diferenciar) despercebido (desatento) - desapercebido (desprevenido) eminente (notável) - iminente (imediato, prestes a) infligir (aplicar (pena) - infringir (violar) pleito (eleição) -preito (homenagem, respeito)
  • 32. 32 APOSTILA EJA1º periodo _ LINGUA PORTUGUESA_ PROFESSORA EVERALDINA prever (antever) -prover (abastecer) ratificar (confirmar) - retificar (corrigir) sortir (prover) -surtir (produzir efeito) tráfego (trânsito) -tráfico (comércio ilícito) vestiário (recinto para - vestuário (traje) troca de roupa) vultoso (grande) -vultuoso (inchado) ______________________________________________________________________________ TESTES 1) Devemos alterar, ou seja, ............... agora este projeto, porque, após, não serão permitias ................ a)ratificar – ratificações b)retificar – retificações c)ratificar – retificações d)retificar - ratificações 2) ............. as minhas palavras iniciais, pois não sou homem de fazer modificações no que está feito. Acho que tenho o equilíbrio suficiente para não ............ certas normas. a)Ratifico – infringir b)Ratifico – infligir c)Retifico – infringir d)Retifico - infligir 3) No .......... do violoncelista ......... havia muitas pessoas, pois era uma ......... beneficente. a)conserto - eminente – sessão b)concerto - iminente - seção c)conserto - iminente – seção d)concerto - eminente - sessão 4) O submarino .............. do mar. a)holandês imergiu b)holandez imergiu c)holandês emergiu d)holandez emergiu 5).......... sem licença; teve a licença ............ a) Caçava – caçada b)Caçava – cassada c)Cassava – caçada d)Cassava - cassada 6)Dê o sinônimo da palavra "propensão": a) vontade b) tendência c)indiferença d) firmeza e)indisposição 7)Aponte o antônimo do vocábulo "sucinto": a) conciso b) inerente c) ampliado d) breve e) eficaz 8)Assinale o homônimo de "censo": a) senço b) cenço c) sensso d) cenzo e) senso