1) O documento discute várias doenças exantemáticas, incluindo sarampo, rubéola, eritema infeccioso e exantema súbito. Detalha os sintomas, causas, diagnósticos e tratamentos de cada doença. 2) As doenças discutidas são transmitidas principalmente por vírus e apresentam sintomas como febre, erupções cutâneas e linfadenopatia. 3) O diagnóstico é feito principalmente com base nos sintomas clínicos e em exames como hemograma e sor
3. HISTÓRIA
O nome de algumas doenças exantemáticas
derivam da ordem que foram sendo
descobertas e definidas.
1- Primeira Doença: Sarampo
2- Segunda doença: Escarlatina
3- Terceira doença: Rubéola
4- Quarta doença: Doença de Filatov-Dukes
5- Quinta doença: Eritema infeccioso
6- Sexta doença: Exantema súbito
9. Rash maculo-papular, morbiliforme que desaparece com leve descamação.
Começa em região frontal seguindo a linha de implantação do cabelo, disseminando após
para o dorso extremidades palmas e solas, com distribuição centrífuga.
11. ETIOPATOGENIA
Etiologia
RNA-vírus da família Togaviridae e gênero
Rubivirus
Incubação dura 14-21 dias
Transmissão/Contagiosidade
Por gotículas de saliva ou secreção contendo
partículas virais
Período de maior contagiosidade compreende
cinco dias antes e seis dias após exantema.
12. RUBÉOLA QUADRO CLÍNICO
1. **Fase Prodrômica
Febre baixa, dor de garganta, conjuntivite,
cefaléia, mal-estar, anorexia e
linfadenomegalia.
-suboccipital
-pós-auricular
-cervical anterior
** + em adolescentes e adultos jovens
13. 2.Fase Exantemática
Exantema maculopapular róseo, irregular que se inicia na face e dissemina-se
para o tronco e extremidades. Tem tendencia a confluir. Dura 3 dias e
Desaparece sem descamar.
19. Etiologia
Parvovírus B 19, DNA-vírus da família
Parvoviridae ;gênero erytrovirus. O B19 é o
único capaz de infectar os humanos.
Transmissão:
Por gotículas da nasofaringe do infectado. As
taxas alcançam 15-30% dos indivíduos
susceptíveis.
Período de incubação de 16-17 dias.
Transmissão ocorre antes das manifestações
clínicas.
24. EXANTEMÁTICA 2º estágio
Disseminação: concomitante ou um dia após o
exantema em face.
-Manchas vermelhas simetricamente no tronco
e parte proximal de membros
-Evolução com clareamento central e aspecto
rendilhado.
Palmas e plantas poupadas.
29. Diagnóstico
1. *****Clínica
2. Hemograma: redução de reticulócitos para
níveis indetectáveis no sangue periférico.
Hemoglobina normal.
3. Sorologia: IgM elevado por 6-8
semanas***(imunocomprometidos e
comprometimento fetal = PCR de DNA viral)
30. COMPLICAÇÕES
1. Artralgias e artrite
2. Púrpura trombocitopênica
3. Meningite asséptica
Tratamento
1. Não existe terapia antiviral específica
2. Imunodeprimidos: Imunoglobulina
intravenosa
31. Exantema Súbito
Epidemiologia
Faixa etária :6 aos 15 meses, aos 3 anos
praticamente 80% já foram expostas.
*25% das crianças que adquirem a infecção
desenvolvem o quadro clínico da roséola.
A maioria evolui como uma doença febril
inespecífica.
32. ETIOPATOGENIA
Etiologia
Virus Herpes-6 e Herpes-7 (HHV), mesma
família do CMV, VVZ, EBV e Herpes
Simplex.
Tropismo pelos linfócitos T CD4, podendo
infectar macrófagos, células endoteliais,
células hepáticas, celulas da glia e
precursores da medula óssea.
33. PATOGENÊSE
Transmissão saliva de adultos saudáveis
portadores. → pelas mucosas→liga-se às
moléculas CD dos linfócitos T.
Latência: Células mononucleares, glândulas
salivares, rins, pulmões e SNC.
Supressão de todas linhagens
hematopoiéticas.
Período incubação: 10 dias
34. QUADRO CLÍNICO
1. Pródromos de IVAS ( rinorréia, hiperemia
conjuntival e dor de garganta).
2. Linfadenomegalia cervical e occipital
discreta.
3. Febre alta 39º-40º 3-5 dias.
- crises convulsivas febris em até 10% das
crianças (HHV-6).
- Durante a febre pode aparecer ulceras em
palato mole e úvula( manchas de
Nagayama).
*Pode ceder em lise ou em crise.
35. QUADRO CLÍNICO
4. EXANTEMA
12 a 24 horas após o desaparecimento da
febre , rash róseo, macular, não pruriginoso,
em tronco com disseminação para
pescoço, face e extremidades.
38. Vasculite Febril
Inflamação vascular generalizada, mais frequente nos
vasos de médio calibre, artérias coronárias
FAIXA ETÁRIA predominantemente crianças abaixo de 5
anos ,rara antes dos 3 meses
SEXO predomínio em meninos...
39. Etiopatogenia
1. Agente etiológico desconhecido.
2. Inflamação Vascular atinge as 3 camadas.
3. Perda da Integridade do vaso.
4. Formação de aneurismas.
5. Trombos intra-murais
6. Estenose da parede da artéria
40. Clínica:
1. Febre alta e remitente
2. Congestão ocular bilateral
3. Alteração dos lábios e cavidade oral
4. Exantema polimorfo
5. Alterações nas extremidades
6. Linfadenopatia cervical aguda não
supurativa
46. Diagnóstico
CRITÉRIOS
1. Febre com duração ≥ 5 dias
+ 4
2.
-Conjutivite
-Exantema
-Alterações de mãos e pés
-Linfadenomegalia cervical não supurada
47. O envolvimento cardíaco é a
manifestação mais importante.
1. Fase aguda( 1-2 semanas) Miocardite
2. Fase subaguda( 2-4 semanas)
Aneurismas
3. Fase de convalescença( 6-8 semanas)
48. Pleomorfa quase todos os sistemas
orgânicos
1. Aparelho gastrointestinal
2. Musculoesquelético
3. SNC
4. Urinário
5. Outros( uveíte, hipoacusia, alopécia,
reativação do BCG, gangrena de
extremidades, necrose supra-renal, orquite,
etc...)
50. DIAGNÓSTICO
6. Exame cardiovascular:
Ecocardiograma é obrigatório em todos
os casos, devendo ser realizado no
momento do diagnóstico.
2-3 semanas após
6-8 semanas se os 2 anteriores normais.
#Se alterações coronarianas realizar
angiografia.
51. TRATAMENTO
1. Imunoglobulina IV, iniciada durante a fase febril da doença,
até o 10º dia da doença.
2. Salicilatos em dose anti-inflamatória até o 14º dia da doença
ou até o desaparecimento da febre e após reduzir a dose e
mantida até VHS estar normal, se presença de aneurismas
mantida indefinidamente.
3. Terapia trombolítica em pctes com trombose coronariana ou
isquemia arterial periférica. Dipiridamol, warfarim ou HBPM
quando aneurismas forem gigantes ou mpultiplos
4. Dependendo do grau da lesão coronariana, pode ser
indicada cirurgia de bypass arterial ou até transplante
cardíaco.
5. Realizar profiláxia para varicela e influenza.
53. ETIOLOGIA
Streptococcus pyogenes( estreptoccoco
beta-hemolítico do grupo A de lancefield)
Principais sorotipos que causam faringite
1, 12, 28, 3, 4, 2 e 6.
Sorotipo da escarlatina produz exotoxinas
pirogênicas A, B e C. A imunidade é
desencadeada pela infecção é exotoxina-
específica.
54. PATOGENIA
Transmissão
Via aérea, pelas gotículas de secreção
respiratória expelidas da fonte.
Altamente contagiosa.
Complicação imediata da faringite
estreptocócica
epidemiologia é a mesma da infecção
faríngea, com MAIOR acometimento 3 e
15 anos
64. DIAGNÓSTICO
1. Clínico
2. Swab da orofaringe( padrão ouro)
3. Testes rápidos de antigenos
4. ASLO e anti-DNAse B
5. Leucocitose com desvio a esquerda
65. TRATAMENTO
1. Penicilina G benzatina 600000/1200000
2. Penicilina V oral: 250mg 2-3x/dia por 10
dias.
3. Alérgicos: eritromicina por 10 dias.
67. EPIDEMIOLOGIA
São muito comuns e circulam durante
todo o ano em países semi-tropicais
1. *Crianças pequenas
2. Sexo masculino
3. Baixo nível sócio-econômico
4. Aglomerações
5. Baixa Higiene
69. Patogênese
Vírus →organismo →replicação nas
células mucosas da faringe e intestino
após atinge sistema reticulo-endotelial.
Fisiopatologia
Necrose tecidual mediada pelo
vírus+Reação inflamatória local.
71. Doença Febril Inespecífica
Forma clínica mais observada.
Comum em crianças pequenas
Duração até 7 dias.
1. Febre alta, 3 dias
2. Mal-estar
3. Anorexia, náuseas, vômitos, diarréia, dor
abdominal e sintomas respiratórios
4. Rash: maculopapular, urticariforme petequial
ou vesicular
72. Doença Mão-pé-Boca
É a síndrome mais distinta e peculiar
entre infecções por enterovírus.
Sorotipo responsável por manifestações
caxsackie A e outros enterovírus
1. Febre baixa
2. Vesículas em toda orofaringe: Lábios,
gengivas, amígdalas e palato.
73. D. Mão-Pé-Boca
2. Rash maculopapular, vesicular ou pustular localizados mãos pés e nádegas.
levemente dolorosos. As vesículas são típicas na face palmar e plantar
74. Herpangina
Agente Etiológico : *coxsackie A
1. Febre
2. Dor de garganta
3. Vesículas/úlceras em orofaringe posterior
4. Vômitos e dor abdominal
*mais comum
76. VARICELA
Vírus varicela-zoster ( VVZ ), responsável
pela varicela e o herpes-zoster
Primoinfecção= varicela
Mesma família do EBV, CMV, Herpes-
simples (característica de latência )
Termossensível
Altamente contagioso
80. PATOLOGIA
Contágio :contato direto com secreção
vesicular; (conjuntiva) ;ou via aérea.
Vírus → mucosa respiratória e acumula-
se no tecido linfóide local
Taxa de ataque= 90%
Período de incubação= 10 a 21 dias
O contágio só ocorre a partir da segunda
viremia
81. PATOGENIA
Vírus dissemina-se para pele e mucosas
exantema maculopapulovesicular
Degeneração e vacuolização da camada
espinhosa da derme
Neste momento o vírus ascende pelas
terminações sensitivas até os gânglios,
permanecendo de forma latente
82.
83. QUADRO CLÍNICO
Pródromos virais= febre moderada (≤39
graus), anorexia, mal-estar, cefaléia, dor
abdominal…
Rash cutâneo: Após 24 a 48 horas, com
persistência da febre por até 4 dias (relação
com o número de lesões )
Exantema: distribuição centrípeta ;inicia em
couro cabeludo, face e pescoço.
Disseminando-se para tronco e
extremidades)
84. QUADRO CLÍNICO
Máculas-pápulas-vesículas-crostas
(24 a 48 horas ) aparecimento em surtos
Polimorfismo cacterístico da doença
Dermatoses crônicas= exantema mais
extenso
Contagiosidade
Eliminação do vírus inicia-se 2 dias antes do
rash, até 7 dias após seu início, cessando
quando as lesões estiverem em forma de
crosta
85. PREVENÇÃO
Vacina= 95% de proteção contra formas
graves e 80% de proteção global
Exantema pós-vacina= quinto e vigésimo
sexto dia*
* Ministério da saúde
86. RN, adultos jovens e imunossuprimidos
Envolvimento visceral ( fígado, pulmões e
SNC)
Coagulopatia e extensa disseminação
cutânea
Mortalidade de 20%
87.
88. Cutâneas
Neurológicas ( S. Reye,
meningoencefalite, ataxia cerebelar,
mielite transversa e neuropatia periférica )
Pulmonares
( pneumonia viral, 6 dias após início do
exantema, mais comum em adultos e
imunossuprimidos )
PNM bacteriana é a principal causa de
óbito em crianças com varicela
89. Sintomático
Nunca utilizar salicilatos, pelo risco de
síndrome de Reye
Afastamento das atividades
Antitbiotico somente se infecção
bacteriana secundária
**ACICLOVIR