SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 10
CLARICE, JOÃO CABRAL   Os grandes
                       autores da
                       geração de
         E GUIMARÃES   45.
CLARICE – OS DESASTRES DE SOFIA

 ―O professor era gordo, grande e silencioso, de ombros
  contraídos. Em vez de nó na garganta, tinha ombros contraídos.
  Usava paletó curto demais, óculos sem aro, com um fio de ouro
  encimando o nariz grosso e romano.

 E eu era atraída por ele. Não amor, mas atraída pelo seu silêncio
 e pela controlada impaciência que ele tinha em nos ensinar e
 que, ofendida, eu adivinhara. Passei a me comportar mal na
 sala. Falava muito alto, mexia com os colegas, interrompia a
 lição com piadinhas, até que ele dizia, vermelho:

 — Cale-se ou expulso a senhora da sala.

 Ferida, triunfante, eu respondia em desafio: pode me mandar!
 Ele não mandava, senão estaria me obedecendo. ‖

  Lispector, Clarice – Legião estrangeira, Rio de Janeiro, Editora Rocco, 1999.)
CLARICE: POESIA EM PROSA

 “Lá (pátio do colégio) cabia um ar livre imenso. (...) Meninos e
  meninas faziam ali seu mel .”
 “É possível também que já então meu tema de vida fosse a
  irrealizável esperança.”
 “A gota de suor foi descendo pelo nariz e pela boca, dividindo ao
  meio meu sorriso.”
 “Meu sorriso cristalizara em silêncio, e mesmo os ruídos que
  vinham do parque escorriam pelo lado de fora do silêncio.”
 “Meu pai estava no trabalho, minha mãe morrera há meses. Eu
  era o único eu.”
 “Ele me olhava com os olhos despenteados, como se tivesse
  acordado.”
 “ Na minha impureza em havia depositado a esperança de
  redenção nos adultos.”
JOÃO CABRAL: MORTE E VIDA SEVERINA
GUIMARÃES ROSA: FAMIGERADO

 Nesse conto é possível observar o poder da força, Damásio,
  em oposição ao poder da instrução, do conhecimento médico.

 Um médico do interior (narrador da história) recebe a visita
  de quatro cavaleiros rudes do sertão. Seu líder, Damásio,
  conhecido assassino da região, quer que o doutor, pessoa
  letrada do lugar, o esclareça a respeito do significado da
  palavra ―famigerado‖, pois ouviu esta palavra de um moço do
  governo.

 Caso o médico tivesse revelado o sentido dicionarizado do
  termo ―famigerado‖, estaria, por certo, infligindo uma
  sentença de morte ao moço.

 Guimarães Rosa tematiza a importância da linguagem. Seu
  conhecimento ou não determina as posições sociais.
GUIMARÃES ROSA:
         A TERCEIRA MARGEM DO RIO

 Um homem que evade de toda e qualquer convivência com a
  família e com a sociedade, preferindo a completa solidão do
  rio, lugar em que, dentro de uma canoa, rema ―rio abaixo, rio
  a fora, rio a dentro‖.

 Por contradizer os padrões normais de comportamento, ele é
  tido como um desequilibrado .

 Narração em 1ª pessoa – o filho.

 A escolha do isolamento no rio instiga permanentemente o
  filho. Este é levado a questionar o próprio existir humano .
GUIMARÃES ROSA:
      PARTIDA DO AUDAZ NAVEGANTE

 Narrado em terceira pessoa, no qual há duas histórias
  justapostas: a que nos conta o narrador, envolvendo as
  crianças; e a que Brejeirinha inventa sobre o ―Audaz
  Navegante‖.

 Desenvolve duas narrativas correspondentes, a do narrador
  onisciente e a de Brejeirinha sobre as mesmas personagens e
  ações, Zito, a namorada, a separação e o reencontro .

 A intenção é privilegiar a linguagem e o universo infantil,
  seus jogos e brincadeiras.
GUIMARÃES ROSA: A MENINA DE LÁ

 Rosa define Nhinhinha – Maria - ―com seus nem quatro anos‖
  como a menina de lá, dotada de sabedoria, personagem que
  não pertence ao mundo de cá (terra), mas o de lá (céu) por
  ser uma criança especial, diferente das demais.

 Apesar de ser quieta, cabeçuda, ter olhos grandes, corpo
  magro e frágil, torna-se milagreira, desconstruindo, dessa
  forma, a ideia de que somente o forte tem o poder. A criança
  frágil, excluída, mostra -se especial, ganha voz e vez, tendo em
  vista que ―ninguém tinha real poder sobre ela‖.

 Morre ainda menina, figurando o conto numa categoria de
  lenda, própria das lendas do interior.
GUIMARÃES ROSA:
          GRANDE SERTÃO - VEREDAS

 1956: Obra-prima de Guimarães, uma das mais importantes
  da LB;

 Mais de 600 páginas, sem divisão por capítulos;

 Foco narrativo em 1ª pessoa – Riobaldo, rico fazendeiro e um
  interlocutor, que não se apresenta no texto;

 A narrativa, longa e labiríntica, por causa das digressões do
  narrador, simula o próprio sertão físico, espaço onde se
  desenrola toda a história;

 Riobaldo e Diadorim.
GRANDE SERTÃO: CITAÇÕES

 "O ser tão não tem janelas nem por tas. E a regra é assim: ou o
  senhor bendito governa o ser tão, ou o ser tão maldito vos
  governa...―
 "Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na
  loucura.―
 "E o que era que eu queria? Ah, acho que não queria mesmo
  nada, de tanto que eu queria era – ficar sendo!"
 "O senhor sabe o que o silêncio é? É a gente mesmo, demais. "
 "Enfim, cada um o que quer aprova, o senhor sabe: pão ou
  pães, questão de opiniães..."
 "O ser tão é do tamanho do mundo―
 "Ser tão é isto, o senhor sabe: tudo incer to, tudo cer to―
 “ Viver...o senhor já sabe: Viver é etecétera."

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Interpretação texto que medo
Interpretação texto que medoInterpretação texto que medo
Interpretação texto que medoAna Lucia Costa
 
Resenha das principais obras de clarice lispector
Resenha das principais obras de clarice lispectorResenha das principais obras de clarice lispector
Resenha das principais obras de clarice lispectorVitor Morais
 
Ficha de leitura: O centauro no jardim
Ficha de leitura: O centauro no jardimFicha de leitura: O centauro no jardim
Ficha de leitura: O centauro no jardimDilson Gomes
 
O cavaleiro sem cabeça rodrigo
O cavaleiro sem cabeça   rodrigoO cavaleiro sem cabeça   rodrigo
O cavaleiro sem cabeça rodrigofantas45
 
O verdadeiro modificado
O verdadeiro modificadoO verdadeiro modificado
O verdadeiro modificadoRaquel Alves
 
Entrevista: Descobrindo os segredos do livro Diário da Mãe-Corvo
Entrevista: Descobrindo os segredos do livro Diário da Mãe-CorvoEntrevista: Descobrindo os segredos do livro Diário da Mãe-Corvo
Entrevista: Descobrindo os segredos do livro Diário da Mãe-CorvoRaquel Alves
 
Análise de laços de família, clarice lispector
Análise de laços de família, clarice lispectorAnálise de laços de família, clarice lispector
Análise de laços de família, clarice lispectorma.no.el.ne.ves
 
Análise dos contos de Sagarana, de João Guimarães Rosa
Análise dos contos de Sagarana, de João Guimarães RosaAnálise dos contos de Sagarana, de João Guimarães Rosa
Análise dos contos de Sagarana, de João Guimarães Rosajasonrplima
 
Powerpoint apresentação de livro
Powerpoint apresentação de livroPowerpoint apresentação de livro
Powerpoint apresentação de livroCristina Marcelino
 
GRALHA AZUL No.81 - JANEIRO 2019
GRALHA AZUL No.81 - JANEIRO 2019GRALHA AZUL No.81 - JANEIRO 2019
GRALHA AZUL No.81 - JANEIRO 2019Sérgio Pitaki
 
Contos de terror proposta de redação
Contos de terror   proposta de redaçãoContos de terror   proposta de redação
Contos de terror proposta de redaçãoKugera_tatsuki
 
A narrativa de joão guimarães rosa
A narrativa de joão guimarães rosaA narrativa de joão guimarães rosa
A narrativa de joão guimarães rosama.no.el.ne.ves
 
Carlos drummond de andrade
Carlos drummond de andradeCarlos drummond de andrade
Carlos drummond de andradeLany da Silva
 
Obras do Plano Nacional de Leitura
Obras do Plano Nacional de LeituraObras do Plano Nacional de Leitura
Obras do Plano Nacional de LeituraPaula Morgado
 
Revista Literatura e Música-Especial livro Black Wings
Revista Literatura e Música-Especial livro Black WingsRevista Literatura e Música-Especial livro Black Wings
Revista Literatura e Música-Especial livro Black WingsRaquel Alves
 
Contos de fadas slaid novo
Contos de fadas slaid novoContos de fadas slaid novo
Contos de fadas slaid novononoano
 

Mais procurados (19)

Interpretação texto que medo
Interpretação texto que medoInterpretação texto que medo
Interpretação texto que medo
 
Resenha das principais obras de clarice lispector
Resenha das principais obras de clarice lispectorResenha das principais obras de clarice lispector
Resenha das principais obras de clarice lispector
 
Ficha de leitura: O centauro no jardim
Ficha de leitura: O centauro no jardimFicha de leitura: O centauro no jardim
Ficha de leitura: O centauro no jardim
 
O cavaleiro sem cabeça rodrigo
O cavaleiro sem cabeça   rodrigoO cavaleiro sem cabeça   rodrigo
O cavaleiro sem cabeça rodrigo
 
O verdadeiro modificado
O verdadeiro modificadoO verdadeiro modificado
O verdadeiro modificado
 
Entrevista: Descobrindo os segredos do livro Diário da Mãe-Corvo
Entrevista: Descobrindo os segredos do livro Diário da Mãe-CorvoEntrevista: Descobrindo os segredos do livro Diário da Mãe-Corvo
Entrevista: Descobrindo os segredos do livro Diário da Mãe-Corvo
 
Análise de laços de família, clarice lispector
Análise de laços de família, clarice lispectorAnálise de laços de família, clarice lispector
Análise de laços de família, clarice lispector
 
Análise dos contos de Sagarana, de João Guimarães Rosa
Análise dos contos de Sagarana, de João Guimarães RosaAnálise dos contos de Sagarana, de João Guimarães Rosa
Análise dos contos de Sagarana, de João Guimarães Rosa
 
Midia kit
Midia kitMidia kit
Midia kit
 
Powerpoint apresentação de livro
Powerpoint apresentação de livroPowerpoint apresentação de livro
Powerpoint apresentação de livro
 
GRALHA AZUL No.81 - JANEIRO 2019
GRALHA AZUL No.81 - JANEIRO 2019GRALHA AZUL No.81 - JANEIRO 2019
GRALHA AZUL No.81 - JANEIRO 2019
 
Sagarana - Guimarães Rosa
Sagarana - Guimarães RosaSagarana - Guimarães Rosa
Sagarana - Guimarães Rosa
 
Contos de terror proposta de redação
Contos de terror   proposta de redaçãoContos de terror   proposta de redação
Contos de terror proposta de redação
 
A narrativa de joão guimarães rosa
A narrativa de joão guimarães rosaA narrativa de joão guimarães rosa
A narrativa de joão guimarães rosa
 
Carlos drummond de andrade
Carlos drummond de andradeCarlos drummond de andrade
Carlos drummond de andrade
 
Obras do Plano Nacional de Leitura
Obras do Plano Nacional de LeituraObras do Plano Nacional de Leitura
Obras do Plano Nacional de Leitura
 
Revista Literatura e Música-Especial livro Black Wings
Revista Literatura e Música-Especial livro Black WingsRevista Literatura e Música-Especial livro Black Wings
Revista Literatura e Música-Especial livro Black Wings
 
Sagarana (1946)
Sagarana (1946)Sagarana (1946)
Sagarana (1946)
 
Contos de fadas slaid novo
Contos de fadas slaid novoContos de fadas slaid novo
Contos de fadas slaid novo
 

Destaque

Morte e vida_severina - roteiro de leitura e análise
Morte e vida_severina - roteiro de leitura e análiseMorte e vida_severina - roteiro de leitura e análise
Morte e vida_severina - roteiro de leitura e análisejasonrplima
 
João Cabral de Melo Neto 3º B
João Cabral de Melo Neto 3º BJoão Cabral de Melo Neto 3º B
João Cabral de Melo Neto 3º Bcvp
 
SEMINÁRIO DE LITERATURA - JOÃO CABRAL DE MELO NETO
SEMINÁRIO DE LITERATURA - JOÃO CABRAL DE MELO NETOSEMINÁRIO DE LITERATURA - JOÃO CABRAL DE MELO NETO
SEMINÁRIO DE LITERATURA - JOÃO CABRAL DE MELO NETOMarcelo Fernandes
 
Classificação das orações coordenadas
Classificação das orações coordenadasClassificação das orações coordenadas
Classificação das orações coordenadasAyla De Sá Marques
 
Gabarito exercícios de orações coordenadas, coesão e coerência
Gabarito exercícios de orações coordenadas, coesão e coerênciaGabarito exercícios de orações coordenadas, coesão e coerência
Gabarito exercícios de orações coordenadas, coesão e coerênciaRoberto Luiz
 

Destaque (11)

Morte e vida_severina - roteiro de leitura e análise
Morte e vida_severina - roteiro de leitura e análiseMorte e vida_severina - roteiro de leitura e análise
Morte e vida_severina - roteiro de leitura e análise
 
João cabral de melo neto
João cabral de melo netoJoão cabral de melo neto
João cabral de melo neto
 
João cabral
João cabralJoão cabral
João cabral
 
João Cabral de Melo Neto
João Cabral de Melo NetoJoão Cabral de Melo Neto
João Cabral de Melo Neto
 
Morte e vida severina (jéssica)
Morte e vida severina (jéssica)Morte e vida severina (jéssica)
Morte e vida severina (jéssica)
 
João Cabral de Melo Neto 3º B
João Cabral de Melo Neto 3º BJoão Cabral de Melo Neto 3º B
João Cabral de Melo Neto 3º B
 
João Cabral de Melo Neto
João Cabral de Melo NetoJoão Cabral de Melo Neto
João Cabral de Melo Neto
 
SEMINÁRIO DE LITERATURA - JOÃO CABRAL DE MELO NETO
SEMINÁRIO DE LITERATURA - JOÃO CABRAL DE MELO NETOSEMINÁRIO DE LITERATURA - JOÃO CABRAL DE MELO NETO
SEMINÁRIO DE LITERATURA - JOÃO CABRAL DE MELO NETO
 
Classificação das orações coordenadas
Classificação das orações coordenadasClassificação das orações coordenadas
Classificação das orações coordenadas
 
João Cabral de Melo Neto
João Cabral de Melo NetoJoão Cabral de Melo Neto
João Cabral de Melo Neto
 
Gabarito exercícios de orações coordenadas, coesão e coerência
Gabarito exercícios de orações coordenadas, coesão e coerênciaGabarito exercícios de orações coordenadas, coesão e coerência
Gabarito exercícios de orações coordenadas, coesão e coerência
 

Semelhante a Clarice Lispector e a poesia em prosa

“Grande Sertão Veredas” e a Banda de Möbius
“Grande Sertão Veredas” e a Banda de Möbius“Grande Sertão Veredas” e a Banda de Möbius
“Grande Sertão Veredas” e a Banda de Möbiuspeloburaco
 
UFU 2013_A volta do marido pródigo
UFU 2013_A volta do marido pródigoUFU 2013_A volta do marido pródigo
UFU 2013_A volta do marido pródigoJosé Ricardo Lima
 
2a fase modernista - Capitães da Areia
2a fase modernista  - Capitães da Areia2a fase modernista  - Capitães da Areia
2a fase modernista - Capitães da AreiaOctávio Da Matta
 
A magia dos contos infantis: contos clássicos x contos de Oscar Wilde
A magia dos contos infantis: contos clássicos x contos de Oscar WildeA magia dos contos infantis: contos clássicos x contos de Oscar Wilde
A magia dos contos infantis: contos clássicos x contos de Oscar WildeLuis Medeiros
 
Til - José de Alencar
Til - José de AlencarTil - José de Alencar
Til - José de AlencarSESI012
 
A narrativa de machado de assis
A narrativa de machado de assisA narrativa de machado de assis
A narrativa de machado de assisma.no.el.ne.ves
 
Guia dos livros versão preliminar (1)
Guia dos livros versão preliminar (1)Guia dos livros versão preliminar (1)
Guia dos livros versão preliminar (1)Jeca Tatu
 
BOLETIM GRALHA AZUL NO. 81 JANEIRO 2019
BOLETIM GRALHA AZUL NO. 81 JANEIRO 2019BOLETIM GRALHA AZUL NO. 81 JANEIRO 2019
BOLETIM GRALHA AZUL NO. 81 JANEIRO 2019Sérgio Pitaki
 
PESQUISA DE LIVROS de Mulheres atuais latinas
PESQUISA DE LIVROS de Mulheres atuais latinasPESQUISA DE LIVROS de Mulheres atuais latinas
PESQUISA DE LIVROS de Mulheres atuais latinasCaioVitor52
 
Sagarana, Guimarães Rosa
Sagarana, Guimarães RosaSagarana, Guimarães Rosa
Sagarana, Guimarães Rosamarleiart
 
Segundo momento modernista prosa
Segundo momento modernista  prosaSegundo momento modernista  prosa
Segundo momento modernista prosaAna Batista
 

Semelhante a Clarice Lispector e a poesia em prosa (20)

Modernismo de 45
Modernismo de 45Modernismo de 45
Modernismo de 45
 
Guimarães rosa
Guimarães rosaGuimarães rosa
Guimarães rosa
 
Socialização 3° a vidas secas
Socialização 3° a vidas secasSocialização 3° a vidas secas
Socialização 3° a vidas secas
 
“Grande Sertão Veredas” e a Banda de Möbius
“Grande Sertão Veredas” e a Banda de Möbius“Grande Sertão Veredas” e a Banda de Möbius
“Grande Sertão Veredas” e a Banda de Möbius
 
UFU 2013_A volta do marido pródigo
UFU 2013_A volta do marido pródigoUFU 2013_A volta do marido pródigo
UFU 2013_A volta do marido pródigo
 
2a fase modernista - Capitães da Areia
2a fase modernista  - Capitães da Areia2a fase modernista  - Capitães da Areia
2a fase modernista - Capitães da Areia
 
1º resumo lp
1º resumo lp1º resumo lp
1º resumo lp
 
A magia dos contos infantis: contos clássicos x contos de Oscar Wilde
A magia dos contos infantis: contos clássicos x contos de Oscar WildeA magia dos contos infantis: contos clássicos x contos de Oscar Wilde
A magia dos contos infantis: contos clássicos x contos de Oscar Wilde
 
Sugestões PNL
Sugestões PNLSugestões PNL
Sugestões PNL
 
Sugestões PNL
Sugestões PNLSugestões PNL
Sugestões PNL
 
Til - José de Alencar
Til - José de AlencarTil - José de Alencar
Til - José de Alencar
 
10 livros essenciais
10 livros essenciais10 livros essenciais
10 livros essenciais
 
Cópia de naturalismo ok.pptx
Cópia de naturalismo ok.pptxCópia de naturalismo ok.pptx
Cópia de naturalismo ok.pptx
 
A narrativa de machado de assis
A narrativa de machado de assisA narrativa de machado de assis
A narrativa de machado de assis
 
1 4918339399097254230
1 49183393990972542301 4918339399097254230
1 4918339399097254230
 
Guia dos livros versão preliminar (1)
Guia dos livros versão preliminar (1)Guia dos livros versão preliminar (1)
Guia dos livros versão preliminar (1)
 
BOLETIM GRALHA AZUL NO. 81 JANEIRO 2019
BOLETIM GRALHA AZUL NO. 81 JANEIRO 2019BOLETIM GRALHA AZUL NO. 81 JANEIRO 2019
BOLETIM GRALHA AZUL NO. 81 JANEIRO 2019
 
PESQUISA DE LIVROS de Mulheres atuais latinas
PESQUISA DE LIVROS de Mulheres atuais latinasPESQUISA DE LIVROS de Mulheres atuais latinas
PESQUISA DE LIVROS de Mulheres atuais latinas
 
Sagarana, Guimarães Rosa
Sagarana, Guimarães RosaSagarana, Guimarães Rosa
Sagarana, Guimarães Rosa
 
Segundo momento modernista prosa
Segundo momento modernista  prosaSegundo momento modernista  prosa
Segundo momento modernista prosa
 

Mais de Vitor Rafael

Mais de Vitor Rafael (8)

Arte grega
Arte gregaArte grega
Arte grega
 
Arte egípcia
Arte egípciaArte egípcia
Arte egípcia
 
Vanguarda poética
Vanguarda poéticaVanguarda poética
Vanguarda poética
 
Vanguarda poética
Vanguarda poéticaVanguarda poética
Vanguarda poética
 
Orações s substantivas
Orações s substantivasOrações s substantivas
Orações s substantivas
 
Vanguardas europeias
Vanguardas europeiasVanguardas europeias
Vanguardas europeias
 
Guerra fria
Guerra friaGuerra fria
Guerra fria
 
Segunda guerra mundial
Segunda guerra mundialSegunda guerra mundial
Segunda guerra mundial
 

Último

Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPanandatss1
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileirosMary Alvarenga
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxconcelhovdragons
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdf
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdfLinguagem verbal , não verbal e mista.pdf
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdfLaseVasconcelos1
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...LuizHenriquedeAlmeid6
 
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...Martin M Flynn
 
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024GleyceMoreiraXWeslle
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.HildegardeAngel
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdfDemetrio Ccesa Rayme
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfAnaGonalves804156
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfIedaGoethe
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosAntnyoAllysson
 

Último (20)

Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SP
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 
treinamento brigada incendio 2024 no.ppt
treinamento brigada incendio 2024 no.ppttreinamento brigada incendio 2024 no.ppt
treinamento brigada incendio 2024 no.ppt
 
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdf
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdfLinguagem verbal , não verbal e mista.pdf
Linguagem verbal , não verbal e mista.pdf
 
(76- ESTUDO MATEUS) A ACLAMAÇÃO DO REI..
(76- ESTUDO MATEUS) A ACLAMAÇÃO DO REI..(76- ESTUDO MATEUS) A ACLAMAÇÃO DO REI..
(76- ESTUDO MATEUS) A ACLAMAÇÃO DO REI..
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
 
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
 
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
 

Clarice Lispector e a poesia em prosa

  • 1. CLARICE, JOÃO CABRAL Os grandes autores da geração de E GUIMARÃES 45.
  • 2. CLARICE – OS DESASTRES DE SOFIA  ―O professor era gordo, grande e silencioso, de ombros contraídos. Em vez de nó na garganta, tinha ombros contraídos. Usava paletó curto demais, óculos sem aro, com um fio de ouro encimando o nariz grosso e romano. E eu era atraída por ele. Não amor, mas atraída pelo seu silêncio e pela controlada impaciência que ele tinha em nos ensinar e que, ofendida, eu adivinhara. Passei a me comportar mal na sala. Falava muito alto, mexia com os colegas, interrompia a lição com piadinhas, até que ele dizia, vermelho: — Cale-se ou expulso a senhora da sala. Ferida, triunfante, eu respondia em desafio: pode me mandar! Ele não mandava, senão estaria me obedecendo. ‖ Lispector, Clarice – Legião estrangeira, Rio de Janeiro, Editora Rocco, 1999.)
  • 3. CLARICE: POESIA EM PROSA  “Lá (pátio do colégio) cabia um ar livre imenso. (...) Meninos e meninas faziam ali seu mel .”  “É possível também que já então meu tema de vida fosse a irrealizável esperança.”  “A gota de suor foi descendo pelo nariz e pela boca, dividindo ao meio meu sorriso.”  “Meu sorriso cristalizara em silêncio, e mesmo os ruídos que vinham do parque escorriam pelo lado de fora do silêncio.”  “Meu pai estava no trabalho, minha mãe morrera há meses. Eu era o único eu.”  “Ele me olhava com os olhos despenteados, como se tivesse acordado.”  “ Na minha impureza em havia depositado a esperança de redenção nos adultos.”
  • 4. JOÃO CABRAL: MORTE E VIDA SEVERINA
  • 5. GUIMARÃES ROSA: FAMIGERADO  Nesse conto é possível observar o poder da força, Damásio, em oposição ao poder da instrução, do conhecimento médico.  Um médico do interior (narrador da história) recebe a visita de quatro cavaleiros rudes do sertão. Seu líder, Damásio, conhecido assassino da região, quer que o doutor, pessoa letrada do lugar, o esclareça a respeito do significado da palavra ―famigerado‖, pois ouviu esta palavra de um moço do governo.  Caso o médico tivesse revelado o sentido dicionarizado do termo ―famigerado‖, estaria, por certo, infligindo uma sentença de morte ao moço.  Guimarães Rosa tematiza a importância da linguagem. Seu conhecimento ou não determina as posições sociais.
  • 6. GUIMARÃES ROSA: A TERCEIRA MARGEM DO RIO  Um homem que evade de toda e qualquer convivência com a família e com a sociedade, preferindo a completa solidão do rio, lugar em que, dentro de uma canoa, rema ―rio abaixo, rio a fora, rio a dentro‖.  Por contradizer os padrões normais de comportamento, ele é tido como um desequilibrado .  Narração em 1ª pessoa – o filho.  A escolha do isolamento no rio instiga permanentemente o filho. Este é levado a questionar o próprio existir humano .
  • 7. GUIMARÃES ROSA: PARTIDA DO AUDAZ NAVEGANTE  Narrado em terceira pessoa, no qual há duas histórias justapostas: a que nos conta o narrador, envolvendo as crianças; e a que Brejeirinha inventa sobre o ―Audaz Navegante‖.  Desenvolve duas narrativas correspondentes, a do narrador onisciente e a de Brejeirinha sobre as mesmas personagens e ações, Zito, a namorada, a separação e o reencontro .  A intenção é privilegiar a linguagem e o universo infantil, seus jogos e brincadeiras.
  • 8. GUIMARÃES ROSA: A MENINA DE LÁ  Rosa define Nhinhinha – Maria - ―com seus nem quatro anos‖ como a menina de lá, dotada de sabedoria, personagem que não pertence ao mundo de cá (terra), mas o de lá (céu) por ser uma criança especial, diferente das demais.  Apesar de ser quieta, cabeçuda, ter olhos grandes, corpo magro e frágil, torna-se milagreira, desconstruindo, dessa forma, a ideia de que somente o forte tem o poder. A criança frágil, excluída, mostra -se especial, ganha voz e vez, tendo em vista que ―ninguém tinha real poder sobre ela‖.  Morre ainda menina, figurando o conto numa categoria de lenda, própria das lendas do interior.
  • 9. GUIMARÃES ROSA: GRANDE SERTÃO - VEREDAS  1956: Obra-prima de Guimarães, uma das mais importantes da LB;  Mais de 600 páginas, sem divisão por capítulos;  Foco narrativo em 1ª pessoa – Riobaldo, rico fazendeiro e um interlocutor, que não se apresenta no texto;  A narrativa, longa e labiríntica, por causa das digressões do narrador, simula o próprio sertão físico, espaço onde se desenrola toda a história;  Riobaldo e Diadorim.
  • 10. GRANDE SERTÃO: CITAÇÕES  "O ser tão não tem janelas nem por tas. E a regra é assim: ou o senhor bendito governa o ser tão, ou o ser tão maldito vos governa...―  "Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura.―  "E o que era que eu queria? Ah, acho que não queria mesmo nada, de tanto que eu queria era – ficar sendo!"  "O senhor sabe o que o silêncio é? É a gente mesmo, demais. "  "Enfim, cada um o que quer aprova, o senhor sabe: pão ou pães, questão de opiniães..."  "O ser tão é do tamanho do mundo―  "Ser tão é isto, o senhor sabe: tudo incer to, tudo cer to―  “ Viver...o senhor já sabe: Viver é etecétera."