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Escola Técnica Estadual de Teatro
Gomes Campos
História do Teatro Brasileiro e Piauiense
Alunos:
Vitor Brito
Eliene Barbosa
Wellington
Francisco Pereira da Silva (1918 – 1985)
“Creio que só a profissão de
bibliotecário pode servir de chave para
ligar o aspecto exterior de Francisco
Pereira da Silva, mais que tímido
indivíduo, avesso às badalações sociais
ou intelectuais, e só dificultosa e
lentamente revelado como dono de
uma conversa deliciosa e um sorriso
cativante, ao talento e à erudição que
tão generosamente jorram de sua
obra.”
(Bárbara Heliodora,
crítica de teatro)
"Embora tendo passado toda a sua vida
adulta no Rio, o escritor permaneceu fiel,
na sua temática, às suas raízes
nordestinas. Grande parte da sua obra
aborda personagens, cenários, mitos e
tradições do Nordeste; e o faz
amorosamente, com extrema
sensibilidade, profundo conhecimento dos
problemas e dos homens da região,
através de um diálogo de alta qualidade
literária. O seu temperamento retraído,
modesto e tímido impediu-o de
conquistar, perante a opinião pública, a
posição a que o vigor da sua dramaturgia
o capacitava, e condenou grande parte de
sua obra ao ineditismo“ (Yan Michalski,
crítico teatral)
“Francisco Pereira da Silva, um mestre da
moderna dramaturgia brasileira,
tem sido vítima de críticos mordazes que
teimam em apontá-lo como regionalista,
com deliberada intenção de macular sua
obra. Essa tese, diante da evidente
superioridade formal de Chico Pereira da
Silva, é inócua. Quem já estudou,
criteriosamente, os trabalhos desse
piauiense, há de pelo menos ter
descoberto, além da exuberância literária
tão própria do seu talento de escritor,
uma linguagem intencional ou subjetiva
que dá à sua criação uma indiscutível
universalidade. “ (Tarciso Prado, ator e
diretor de teatro)
Quem foi Francisco Pereira da Silva?
• Importante dramaturgo da literatura
piauiense e nacional;
• Escreveu obras como a tetralogia “Raimunda,
Raimunda” (1972), uma das mais conhecidas
pelo público piauiense;
• Dramaturgo com forte caráter regionalista;
• Sua dramaturgia traz referências multilaterais.
Do épico, lírico, ao popular.
Contexto Social
• 1902 – Euclides da Cunha escreve Os Sertões;
Artur de Azevedo escreve A Capital Federal;
• 1922 – Semana da Arte Moderna;
• 1939-1945 – Segunda Guerra Mundial;
• 1953 – Raquel de Queiroz escreve a peça
Lampião;
• 1965 – Montagem de Morte e Vida Severina de
João Cabral de Melo Neto no teatro de
estudantes da USP. O teatro regionalista ganha
espaço no teatro universitário e independente.
Biografia
• Nasceu em 11 de agosto de 1918 em Campo Maior, onde
mora até a adolescência.
• Inicia o ginásio (ensino médio) no Liceu Piauiense em
Teresina, depois se transferindo para São Luís e Rio de
Janeiro.
• No Rio de Janeiro ingressa na Faculdade Nacional de Direito
em 1942.
• Durante o período no Rio de Janeiro junta-se com um
grupo mais ligado à literatura que a assuntos jurídicos.
• Interrompe o curso de Direito em 1944, passando a cursar
Biblioteconomia na Biblioteca Nacional.
• Em 1945 escreve Viagem com forte influência do escritor
espanhol Frederico Garcia Lorca.
• Em 1952 recebe o prêmio de “Revelação de
Autor” pela Associação Brasileira de Críticos
Teatrais (ABCT)
• Escreve Cristo Proclamado, denúncia da pobreza
nordestina e sua manipulação pelos políticos, em
1958.
• Em 1960, a companhia Teatro dos Sete, no auge
da sua fase inicial, monta Cristo Proclamado, no
Teatro Copacabana com direção de Gianni Ratto.
No elenco (alguns em início de carreira) Fernanda
Montenegro, Sérgio Brito, Ítalo Rossi, Francisco
Cuoco, Zilka Salabery, Maria Gladys, José Wilker e
outros.
• Recebe o prêmio de melhor autor dado pelo Círculo
Independente de Críticos de Teatro em 1963.
• Em 1971 escreve o drama épico Amo por Amar que
é Liberdade.
• Em 1972 escreve a tetralogia Raimunda!, dedicada à
atriz Fernanda Montenegro.
• Em 1973 o autor decide não escrever mais para
teatro.
• Em 1985 Francisco Pereira é homenageado por
Tarciso Prado com a realização da “Semana Chico
Pereira”. A homenagem que contou com a montagem
de dois episódios de Raimunda! teve repercussão
despertou o interesse do público piauiense pela obra
de Francisco Pereira.
• 8 de abril de 1985 morre, em consequência de
problemas circulatórios, no mesmo apartamento
que morou desde sua chegada ao Rio de Janeiro.
Poucas notas saíram nos jornais.
• Francisco Pereira da Silva foi um autor de teatro
festejado pela crítica, mas a montagem de suas
peças foi bastante ignorada de público na época
em que viveu.
Informações Adicionais
• Em 2012 Francisco Pereira da Silva foi homenageado
na 10ª edição do Salipi em Teresina.
• Nos dias 27 e 28 de junho de 2013 Regina Duarte
esteve no teatro 4 de setembro com a montagem de
Raimunda, Raimunda que reúne dois textos do autor,
Raimunda e Rudá e Raimunda Pinto, Sim Senhor.
• O Grupo Harém de Teatro surgiu durante a realização
da Semana Chico Pereira em 1985.
• Em 2009 o Ministério da Cultura e a Funarte lança a
obra completa do autor em três volumes, incluindo
obras inéditas.
Sobre o dramaturgo piauiense Francisco Pereira da Silva (Disciplina: Hist. do Teatro Bras. e Piauiense)

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Sobre o dramaturgo piauiense Francisco Pereira da Silva (Disciplina: Hist. do Teatro Bras. e Piauiense)

  • 1. Escola Técnica Estadual de Teatro Gomes Campos História do Teatro Brasileiro e Piauiense Alunos: Vitor Brito Eliene Barbosa Wellington
  • 2. Francisco Pereira da Silva (1918 – 1985)
  • 3. “Creio que só a profissão de bibliotecário pode servir de chave para ligar o aspecto exterior de Francisco Pereira da Silva, mais que tímido indivíduo, avesso às badalações sociais ou intelectuais, e só dificultosa e lentamente revelado como dono de uma conversa deliciosa e um sorriso cativante, ao talento e à erudição que tão generosamente jorram de sua obra.” (Bárbara Heliodora, crítica de teatro)
  • 4. "Embora tendo passado toda a sua vida adulta no Rio, o escritor permaneceu fiel, na sua temática, às suas raízes nordestinas. Grande parte da sua obra aborda personagens, cenários, mitos e tradições do Nordeste; e o faz amorosamente, com extrema sensibilidade, profundo conhecimento dos problemas e dos homens da região, através de um diálogo de alta qualidade literária. O seu temperamento retraído, modesto e tímido impediu-o de conquistar, perante a opinião pública, a posição a que o vigor da sua dramaturgia o capacitava, e condenou grande parte de sua obra ao ineditismo“ (Yan Michalski, crítico teatral)
  • 5. “Francisco Pereira da Silva, um mestre da moderna dramaturgia brasileira, tem sido vítima de críticos mordazes que teimam em apontá-lo como regionalista, com deliberada intenção de macular sua obra. Essa tese, diante da evidente superioridade formal de Chico Pereira da Silva, é inócua. Quem já estudou, criteriosamente, os trabalhos desse piauiense, há de pelo menos ter descoberto, além da exuberância literária tão própria do seu talento de escritor, uma linguagem intencional ou subjetiva que dá à sua criação uma indiscutível universalidade. “ (Tarciso Prado, ator e diretor de teatro)
  • 6. Quem foi Francisco Pereira da Silva? • Importante dramaturgo da literatura piauiense e nacional; • Escreveu obras como a tetralogia “Raimunda, Raimunda” (1972), uma das mais conhecidas pelo público piauiense; • Dramaturgo com forte caráter regionalista; • Sua dramaturgia traz referências multilaterais. Do épico, lírico, ao popular.
  • 7. Contexto Social • 1902 – Euclides da Cunha escreve Os Sertões; Artur de Azevedo escreve A Capital Federal; • 1922 – Semana da Arte Moderna; • 1939-1945 – Segunda Guerra Mundial; • 1953 – Raquel de Queiroz escreve a peça Lampião; • 1965 – Montagem de Morte e Vida Severina de João Cabral de Melo Neto no teatro de estudantes da USP. O teatro regionalista ganha espaço no teatro universitário e independente.
  • 8. Biografia • Nasceu em 11 de agosto de 1918 em Campo Maior, onde mora até a adolescência. • Inicia o ginásio (ensino médio) no Liceu Piauiense em Teresina, depois se transferindo para São Luís e Rio de Janeiro. • No Rio de Janeiro ingressa na Faculdade Nacional de Direito em 1942. • Durante o período no Rio de Janeiro junta-se com um grupo mais ligado à literatura que a assuntos jurídicos. • Interrompe o curso de Direito em 1944, passando a cursar Biblioteconomia na Biblioteca Nacional. • Em 1945 escreve Viagem com forte influência do escritor espanhol Frederico Garcia Lorca.
  • 9. • Em 1952 recebe o prêmio de “Revelação de Autor” pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais (ABCT) • Escreve Cristo Proclamado, denúncia da pobreza nordestina e sua manipulação pelos políticos, em 1958. • Em 1960, a companhia Teatro dos Sete, no auge da sua fase inicial, monta Cristo Proclamado, no Teatro Copacabana com direção de Gianni Ratto. No elenco (alguns em início de carreira) Fernanda Montenegro, Sérgio Brito, Ítalo Rossi, Francisco Cuoco, Zilka Salabery, Maria Gladys, José Wilker e outros.
  • 10. • Recebe o prêmio de melhor autor dado pelo Círculo Independente de Críticos de Teatro em 1963. • Em 1971 escreve o drama épico Amo por Amar que é Liberdade. • Em 1972 escreve a tetralogia Raimunda!, dedicada à atriz Fernanda Montenegro. • Em 1973 o autor decide não escrever mais para teatro. • Em 1985 Francisco Pereira é homenageado por Tarciso Prado com a realização da “Semana Chico Pereira”. A homenagem que contou com a montagem de dois episódios de Raimunda! teve repercussão despertou o interesse do público piauiense pela obra de Francisco Pereira.
  • 11. • 8 de abril de 1985 morre, em consequência de problemas circulatórios, no mesmo apartamento que morou desde sua chegada ao Rio de Janeiro. Poucas notas saíram nos jornais. • Francisco Pereira da Silva foi um autor de teatro festejado pela crítica, mas a montagem de suas peças foi bastante ignorada de público na época em que viveu.
  • 12. Informações Adicionais • Em 2012 Francisco Pereira da Silva foi homenageado na 10ª edição do Salipi em Teresina. • Nos dias 27 e 28 de junho de 2013 Regina Duarte esteve no teatro 4 de setembro com a montagem de Raimunda, Raimunda que reúne dois textos do autor, Raimunda e Rudá e Raimunda Pinto, Sim Senhor. • O Grupo Harém de Teatro surgiu durante a realização da Semana Chico Pereira em 1985. • Em 2009 o Ministério da Cultura e a Funarte lança a obra completa do autor em três volumes, incluindo obras inéditas.