2. TEORIAS ECONÔMICAS E
HISTORIOGRAFIA
TEORIAS
PÓS-MARXISTAS
E
NEO-WEBERIANAS
TEORIAS
MARXISTAS
2
3. TEORIA DO PACTO COLONIAL
– JEAN BAPTISTE COLBERT
(1619-1683)
3
4. A ECONOMIA COLONIAL –
VERTENTES MARXISTAS
CONTROVÉRSIAS:
SENTIDO DA
COLONIZAÇÃO –
FORMAÇÃO
ECONOMICO-SOCIAL
SISTEMA
COLONIAL
MODO DE
PRODUÇÃO
ESCRAVISTA
4
5. ECONOMIA COLONIAL – TEORIAS
PÓS-MARXISTAS:
TEORIA
ECONOMIA -
MUNDO
TEORIAS
SISTEMICAS
ATLANTICO -SUL
5
6. TEORIAS MARXISTAS
AUTORES:
CAIO PRADO JUNIOR
CELSO FURTADO
FERNANDO NOVAIS
JOCOB GORENDER
SENTIDO DA
COLONIZAÇÃO
CIRO FLAMARION CARDOSO
JOSÉ ROBERTO AMARAL LAPA
MODO DE
PRODUÇÃO
SISTEMA COLONIAL
JOÃO MANUEL CARDOSO DE MELLO
6
7. TEORIAS PÓS-MARXISTAS:
TEORIAS ECONOMIA-MUNDO:
WELLERSTEIN
ARRIGUI
TEORIAS SISTÊMICAS DO ATLÂNTICO SUL:
LUIZ FELIPE DE ALENCASTRO
JOÃO FRAGOSO/MANOLO FLORENINO
ALBERTO DA COSTA E SILVA
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8. Caio Prado Junior (11-02-1907 / 23-11-1990)
1933: Evolução política do Brasil
1934: URSS - um novo mundo
1942: Formação do Brasil Contemporâneo
1945: História Econômica no Brasil
1952: Dialética do Conhecimento
1953: Evolução Política do Brasil e Outros Estudos
1954: Diretrizes para uma Política Econômica
Brasileira
1957: Esboço de Fundamentos da Teoria Econômica
1959: Introdução à Lógica Dialética (Notas
Introdutórias)
1962: O Mundo do Socialismo
1966: A Revolução Brasileira
1971: Estruturalismo de Lévi-Strauss - O Marxismo de
Louis Althusser
1972: História e Desenvolvimento
1979: A Questão Agrária no Brasil
1980: O que é Liberdade
1981: O que é Filosofia
1983: A Cidade de São Paulo
8
9. O sentido da colonização (1942)
buscou analisar a realidade colonial brasileira com
base nos conceitos desenvolvidos por Marx, na
linha do Materialismo Histórico.
Idéia central: vê a colônia como uma sociedade
cuja estrutura e funcionamento foram
determinados pelo comércio externo e, portanto,
como um mero empreendimento a serviço do
capital comercial europeu.
9
10. Busca mostrar que os elementos secundários estão totalmente
subordinados aos elementos essenciais: a produção para o
mercado interno surge apenas como atividade subsidiária da
grande lavoura escravista exportadora e tem sua dinâmica
determinada pela dinâmica do mercado externo, ou seja, pela
dinâmica dos preços internacionais e da demanda de gêneros
agrícolas tropicais pela Europa. O capital comercial é então
elemento central para a compreensão da sociedade colonial e
da sua dinâmica.
Assim, no modelo pradiano, a economia e a sociedade
coloniais seriam um mero apêndice de um sistema mais
amplo que tem seu centro na Europa, e toda sua dinâmica se
subordinaria àquele centro. Não havia aqui espaço para a
reprodução de uma sociedade autônoma.
10
11. CAIO PRADO JUNIOR
“O caráter geral da colonização brasileira, empresa
mercantil explorada dos trópicos e voltada inteiramente
para o comércio internacional, em que, embora peça
essencial, não figura, senão como simples fornecedora
dos gêneros de sua especialidade. Nos diferentes
aspectos e setores da economia brasileira constatamos
repetidamente o fato, que pela sua importância
primordial merece tal destaque, pois condicionou
inteiramente a formação social do país (HEB:118)”
11
12. O sentido da colonização estaria
nos três séculos de exploração
metropolitana, no que tange de
fundamental e permanente, ou seja,
nos fins mercantis e no povoamento
necessários para a organização de
gêneros tropicais rentáveis para o
comércio.
CRÍTICA A TEORIA DOS CICLOS
BASES – GRANDE PROPRIEDADE,
MONOCULTIVO, TRABALHO
ESCRAVO
12
13. JACOB GORENDER
(Salvador, 20 de janeiro de 1923 — São Paulo, 11 de junho de 2013)
Livros
1. O escravismo colonial. São Paulo: Ática, 1978. 6.ed.
(definitiva), 1992. 2.imp., 2005.
2. A burguesia brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1981.
3. 8.ed.,1990. 2.reimp., 1998.
4. Gênese e desenvolvimento do capitalismo no campo
brasileiro. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1987.
5. Combate nas trevas. São Paulo: Ática, 1987. 6.ed. 2.reimp.,
2003.
6. A escravidão reabilitada. 2. ed. São Paulo: Ática, 1990., 1991.
7. O fim da URSS. Origens e fracasso da perestroika.São Paulo:
Atual, 1991. 11.ed., 2003.
8. Marcino e Liberatore. (Diálogos sobre marxismo,
socialdemocracia e liberalismo). São Paulo: Ática, 1992.
9. Marxismo sem utopia. São Paulo: Ática, 1999. 2.imp., 2000.
10. Direitos humanos. (O que são ou devem ser). São
Paulo:Senac, 2004.
11. Brasil em preto & branco. O passado escravista que não
passou. São Paulo: Senac, 2000.
13
14. Gorender –a tese do escravismo
colonial
“Um passo sério e pioneiro em direção a tal problemática
foi dado por Ciro Cardoso, que, ao invés da abstração de
um .modo de produção colonial., único e indefinido,
ateve-se à proposição concreta de modo de produção
escravista colonial. . O de que se carece, a meu ver, é
de uma teoria geral do escravismo colonial que
proporcione a reconstrução sistemática do modo de
produção como totalidade orgânica, como totalidade
unificadora de categorias cujas conexões necessárias,
decorrentes de determinações essenciais, sejam
formuláveis em leis específicas. (EC:7-8)17.”
14
15. CRITICAS A VISÕES ANTERIORES DO
MARXISMO - GORENDER
CAIO PRADO JUNIOR E SUA VISAO CIRCULACIONISTA
CRITICA A VISAO INTEGRACIONISTA, de que o
surgimento do mercado mundial, no século XVI, marcou o
surgimento de um modo de produção também mundial,
RITICA O TELEOLOGIA Finalmente, Gorender acusa Caio
Prado de teleologismo por usar o termo ´sentido da
colonização. Mas Gorender compreende este emprego
como se Prado Jr estivesse assumindo que os colonizadore
soubessem que a colonização realizaria o capitalismo.
CRITICA WENECK SODRE – a VISAO aparelhada com a
Internacional, de que o Brasil teve uma fase feudal.
15
16. JOSÉ ROBERTO AMARAL LAPA
(04/08/1929- 19/06/2000)
Economia Cafeeira, 1993
Economia Colonial, 1973
O Sistema Colonial , 1994
História política da república,
1999.
A história em questão:
Historiografia Brasileira
Contemporânea, 1981.
16
17. SISTEMA COLONIAL
O CAPITALISMO É UM SISTEMA – MAURICE DOBB
A TRANSIÇÃO DO FEUDALISMO AO CAPITALISMO
LEVOU MAIS DE 300 ANOS. CONTUDO NÃO EXPLICA A
REALIDADADE HISTÓRICA BRASILEIRA.
O SISTEMA COLONIAL É CAUSA E CONSEQUENCIA DO
MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA, NÃO É NEM
FEUDAL NEM CAPITALISTA
O PACTO COLONIAL É A PRATICA DO SISTEMA3
COLONIAL
O COMERCIO DE PORTUGAL COM O BRASIL É
DEFICITÁRIO, MAS COM AS DEMAIS COLONIAS É
SUPERAVITÁRIO (ASIA-AFRICA E ILHAS)
17
18. SISTEMA COLONIAL –AMARAL LAPA
METRÓPOLES-METRÓPOLES
METRÓPOLES-COLONIAS
COLONIAS-COLONIAS DA MESMA METRÓPOLE
COLONIAS-COLONIAS DE DIVERSAS
METRÓPOLES
ECONOMIAS REGIONAIS DE UMA MESMA
COLONIA
18
19. Teorias sistêmicas Atlântico Sul I –
o mercado atlântico não era capitalista (2001)
JOÃO FRAGOSO/MANOLO FLORENTINO
O entendimento da economia colonial exige o entendimento da economia e sociedade
lusitana.
SOCIEDADE PORTUGUESA
Aristocracia controlava metade das terras e o clero, 30%.
As cidades NÃO se desenvolveram
A transferência de renda da colonia para a metrópole servia
para a manutenção da estrutura parasitária da metrópole.
Em 1506 65% das receitas portuguesas vinham da exploração das colônias e dos
monopólios. Em 1607, 70%.
A coroa sustentava a aristocracia, consumindo 40% do recursos. (sistema de mercês)
Fortalecimento da casta fidalgo-mercador. A ascensão social dependia em vir a ser
aristocrata.
•Atividades
administrativas/mercantis
•Exceto indústrias
O mercado colonial atlântico era de natureza não capitalista. Mas do que a
manutenção de um sistema monocultor-exportador, visava manter a velha
sociedade hierarquizada e sua estrutura de poder. 19
20. Teorias sistêmicas Atlântico Sul I – 2 –
domínio ultramarino nem sempre é
exploração colonial
LUIZ FELIPE DE ALENCASTRO- O TRATADO DOS
VIVENTES
Investimentos privados portugueses nas colonias não
eram exclusivamente portugueses.
Ex: metade ou 2/3 do acuçar do Br eram transportados
pro holandeses até inicío do séc.XVII. P.22
Exclusivo colonial só se define a partir de 1580.,
consessões iniciais são suspensas, em prejuízo aos
estrangeiros.
O império se impõe como catalizador do trabalho
produtivo e como distribuidor de privilégios.
20
21. Alencastro – crítica ao mercado
triangular
Com o tráfico negreiro
modifica-se o sistema
colonial.
As relações entre áfrica
ocidental e Brasil são
ampliadas. No séc. XVIII,
15% dos navios em Luanda
vinham da metrópole.
P.27/28
Eram fontes de receitas p a
coroa.
21
22. O papel da igreja
Igreja controlava o clero secular – bula Jus patronatus
(meados do sec.XV), por isso convertem-se em correia
de transmissão do poder na África e Brasil.
Bula Romanus Pontifex (1455) excomunhão dos que
quebrarem o monopólio ultramarino.
O papel da inquisição no Atlantico sul– máquina de
guerra da aristocracia contra a burguesia mercantil
“judaizante”. Na América espanhola, vitimizou
comerciantes portugueses.
22
23. Portugal lançou as bases de uma
area imperial de mercado
Portugal, mais frágil politica e economicamente, perde
territórios e mercados no oriente. Por isso implanta no
Atlântico um sistema de produção gerando
mercadorias para a economia-mundo.
23
24. Luiz Felipe Alencastro – tratado dos
viventes
O sistema colonial , fortalece o capitalismo comercial por
meio:
A metrópole controla o tráfico negreiro e comanda o sistema
escravista . (20% de taxa no BR e 66% na America Espanhola).
Reduziu-se os conflitos entre jesuítas e a coroa, que se
colocavam contra a escravidão indígena.
Os negociantes vão associar os oligopsonios (cana de açúcar)
com oligopólios (venda de escravos);
O comércio externo da colônia é dinamizado. Importações da
Europa , equipamentos de engenho e objetos de luxo.
No longo prazo, os recursos de créditos e a compra antecipada
de africanos favorece aos moradores fortalecendo a xenofagia
da economia brasileira.
24
25. Giovani Arrighi e as Hegemonias do
capitalismo histórico
Hegemonia mundial – capacidade do Estado em
exercer liderança e governo sobre um sistema de
nações soberanas.
NO CAPITALISMO observou-se as seguintes lideranças:
Ciclo Genova-veneza (sec. XV-XVII)
Ciclo Holandês (Sec.XVII-XVIII)
Ciclo Britânico (séc.XVIII-XX)
Ciclo Norte-americano (séc. XX até hoje)
25
A ascensão e expansão do moderno sistema inter estatal foi foi
tanto principio quanto causa do interminável acumulação de
capital.
26. A divisão da economia mundial em Estados nacionais
concorrentes não necessariamente beneficia a
acumulação de capital. Isso vai depender da forma e
intensidade da concorrência.
As hegemonias nacionais podem assumir duas formas:
CAPITALISMO
TERRITORIALISMO
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Controle do capital circulante
Controle do território e da população
Notas del editor
Houve o crscimento da nobreza no fim da idadd media, queda de receitas, as guerras contra castela, as desordens políticas e sociais, levou a dinasia dos avis a expansao ultramar.
A atividade comercial lusitana tinha por fim a manutenção da sociedade arcaica e não sua dissolução como foi o caso da grança e inglaterra.
p.29 – todo o resto da navegação para angola, carregando mercadorias brasileiras (mandioca, cachaca, tabaco) e n-europeias, saia do rio de janeiro, bahia e recife.
A escravidao gerava mais ganhos fiscais do que economicos para a coroa. Pois o mercado triangular não se realizava a não ser eventualmente.