1) O documento descreve a história bíblica de Sodoma e Gomorra, duas cidades destruídas por Deus por causa dos pecados de seus habitantes.
2) Arqueólogos nunca encontraram evidências da existência dessas cidades, porém acredita-se que ficavam no Vale de Sidim perto do Mar Morto.
3) Recentes análises sugerem que um asteroide pode ter atingido a região em 3123 a.C., causando grande destruição compatível com a descrição bíblica.
1. História bíblica
SODOMA E GOMORRA
Sodoma e Gomorra (do hebraico דְסםֹו Sodom e ע ֲרְמָה Amorah ) são, de acordo com
a Bíblia judaica, duas cidades que teriam sido destruídas por Deus com fogo
e enxofre caídos do céu. Segundo o relato bíblico, as cidades e os seus habitantes
foram destruídos por Deus devido a prática de atos imorais, segundo a moral da Antiga
Israel. Entretanto, arqueologistas nunca encontraram nenhuma evidência
significativa da existência de Sodoma e Gomorra.
2. A expressão "Sodoma e Gomorra" se aplica, por extensão, às cinco cidades-estado
do vale de Sidim, no mar Morto (também chamado mar Salgado): Sodoma, Gomorra,
Admá, Zebolim e Bela (também chamada de Zoar).
O vale de Sidim ("Vale dos Campos") era descrito como um lugar paradisíaco. Ocupava
uma área aproximadamente circular no vale inferior do mar Morto, atualmente
submerso pelas suas águas salgadas. A região é chamada em hebraico de Kikkár que
significa "bacia". A pequena península na margem oriental do mar Salgado é chamada
em árabe de El-Lisan que significa "a língua". Desde a península de El-Lisan ao extremo
sul, se estenderia o Vale de Sidim. O seu fundo registra uma profundidade de 15 a 20
metros, enquanto para norte da península, o fundo desce rapidamente para uma
profundidade de 400 metros.
3. Vale de Sidim, a Sul de "El-Lisan", mar Morto
Após o retorno de Abraão do Egito, o relato bíblico menciona que os habitantes
de Sodoma eram grandes pecadores contra Deus. Porém, isso não impediu uma
coexistência pacífica entre os habitantes de Sodoma com o patriarca Abraão, e com o
seu sobrinho, Ló.
Alguns escritos judaicos clássicos enfatizamos aspectos de crueldade e falta
de hospitalidade com forasteiros. Uma tradição rabínica, exposta na Mishnah, afirma
que os pecados de Sodoma estavam relacionados à ganância e ao apego excessivo à
4. propriedade, e que são interpretados como sinais de falta de compaixão. Alguns
textos rabínicos acusam os sodomitas de serem blasfemos e sanguinários.
Outra tradição rabínica indica que Sodoma e Gomorra tratavam os visitantes de
forma sádica. Um dos crimes cometidos contra os forasteiros é quase idêntico ao
de Procusto, na mitologia grega, dizendo respeito à "cama de Sodoma" (midat sodom),
na qual todos visitantes eram obrigados a dormir. Se os hóspedes fossemmais altos,
eram amputados, se eram mais baixos, eram esticados até atingirem o comprimento
da cama.
Segundo o livro de Gênesis, dois anjos de Deus dizem a Abraão que "o clamor de
Sodoma e Gomorra se têm multiplicado, e porquanto o seu pecado se têm agravado
muito". Abraão então intercede consecutivas vezes pelo povo sodomita, e Deus ao
final lhe responde que, se houvesse em Sodoma dez justos na cidade, ela não seria
destruída.
Nesse mesmo dia, os dois anjos que visitaram Abraão descem à cidade e são
hospedados na casa de Ló. Antes de se deitarem, os homens da cidade cercaram a casa
de Ló para terem relações sexuais comseus dois hóspedes. Ló então sai na defesa dos
anjos, oferecendo suas filhas virgens para saciar o desejo da multidão.
5. Ferindo com cegueira os homens que estavamjuntos á porta da casa de Ló, os anjos
retiram o patriarca e sua família da cidade e lhes dá a ordem de seguirem sempre em
direção das montanhas sem olharem para trás. A mulher de Ló desobedeceu à ordem
dada pelos anjos e olhou para trás e foi transformada em estátua de sal. Então, de
acordo com Gênesis, inicia-se a destruição de Sodoma e de toda a planície daquela
região.
Em 2008 o "planisfério" descoberto por Henry Layard em meados do século XIX, foi
analisado pelos pesquisadores Alan Bond, da empresa Reaction Engines e Mark
Hempsell, da Universidade de Bristol, e eles descobriram que a placa foi escrita por um
astrônomo sumério onde os relatos datavam da noite do dia 29 de junho de 3123 a.C.
no calendário juliano.
6. Os pesquisadores afirmam que metade da placa contém informações sobre posições
planetárias e de nuvens e a outra metade é uma observação de um asteroide com
dimensões maiores de um quilômetro.
Segundo Mark Hempsell, de acordo com o tamanho e rota descritos, há a possibilidade
deste asteroide ter se chocado contra os Alpes austríacos na região de Köfels. Não
houve cratera que pudesse evidenciar explosão, pelo fato deste ter voado próximo ao
chão, deixando um rastro de destruição causados pela onda supersônica. Seu rastro
teria gerado uma bola de fogo com temperaturas próximas a 400°C, e devastado
aproximadamente uma área de 1 milhão de quilômetros quadrados.
Hempsell sugere que a nuvem de fumaça consequente da explosão do asteroide
atingiu o monte Sinai, algumas regiões do oriente médio e o norte do Egito, vitimando
diversas pessoas. A escala de devastação se assemelha como relatado no antigo
testamento na destruição das cidades de Sodoma e Gomorra.