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Projeto Social - Inclusão Digital
1. CURSO: LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
RIVÂNIA OLIVEIRA DE LIMA
SEBASTIÃO WESLEY FREITAS DA SILVA
A INCLUSÃO DIGITAL COMO UMA ALTERNATIVA EDUCACIONAL E SOCIAL
NA VIDA DOS ALUNOS DA ESCOLA MUNICIPAL CELSO ALVES DE ARAÚJO.
CEDRO – CEARÁ
2013.2
2. RIVÂNIA OLIVEIRA DE LIMA
SEBASTIÃO WESLEY FREITAS DA SILVA
A INCLUSÃO DIGITAL COMO UMA ALTERNATIVA EDUCACIONAL E SOCIAL
NA VIDA DOS ALUNOS DA ESCOLA MUNICIPAL CELSO ALVES DE ARAÚJO
Trabalho apresentado a disciplina de Projeto Social do Curso de
Licenciatura em Matemática do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) campus Cedro, como
requisito para a conclusão da disciplina.
Professor Orientador: André Luiz da Cunha Lopes
CEDRO – CEARÁ
2013.2
4. 1. JUSTIFICATIVA:
Os avanços tecnológicos que permeiam a sociedade em que vivemos, permitem
a construção do conhecimento por meio da informação, contribuindo com a formação do
indivíduo. A universalização dessa informação tem possibilitado uma discussão sobre os
problemas da exclusão digital, ainda muito presentes em nossa sociedade, especificamente nas
escolas da rede pública municipal, o que para muitos é um dos responsáveis por diversos
problemas sociais.
Dizer nos dias atuais que a tecnologia é algo passivo em nossas vidas, acaba por
ser um equívoco devido ao seu benefício propiciado em determinadas situações do cotidiano.
Atualmente existe um grande fluxo de informações que já não podem ser processadas
manualmente. Assim a necessidade de manusear um computador acaba sendo imprescindível.
Pensando nisso, desenvolveu-se esse projeto com a intenção de contribuir com a
formação de alunos de escolas da rede pública Municipal. Procura-se aproxima-los ao sistema
de informação inserindo-os nesse meio digital.
5. 2. DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA
2.1. Questão Problema.
Após uma pesquisa semiestruturada realizada com os alunos da Escola Municipal
Celso Alves Araújo, situada na cidade de Cedro - CE, percebeu-se mediantes as considerações
feitas pelos alunos, que dentre as turmas pesquisadas do 6º ao 9º ano a de maior grau de
dificuldades em manuseio e em acesso a computadores foi a turma do 8º ano. Nessa pesquisa
levantamos questões de conhecimentos básicos de informática, da relevância da inclusão
digital, das dificuldades em acesso, das atribuições relacionadas a importância digital no
cotidiano, e no universo escolar. Levou-se em consideração não apenas a falta de
conhecimento que os mesmos tinham em relação a informática, mais também ao nível de
escolaridade em que se encontravam, e percebeu-se a necessidade que esses alunos têm de
incluir-se nesse meio digital, que hoje é muito presente em nossa sociedade.
Tendo em vista que a tecnologia está presente no cotidiano dos alunos, e pode ser
uma alternativa como campo de pesquisa em sua vida acadêmica, faz-se necessário o
desenvolvimento das habilidades relacionadas ao manuseio de computadores. Falar de
educação na atualidade é necessário ressaltar a importância da tecnologia no ambiente escolar,
uma vez que “a educação deve se preparar para a nova configuração do universo do trabalho,
em que se faz presente o caráter educativo ou formador de outras atividades sociais, que não
somente as instituições formais de ensino” (Sebastião e Pesce, 2010, p. 69).
Entendo a importância do avanço tecnológico e de suas contribuições para o
desenvolvimento da sociedade. Percebe-se que as escol as devem desenvolver atividades que
amplie o campo de conhecimento dos alunos, incluindo em seus currículos a informática. Será
que os alunos estão preparados para uma maior proximidade ou contato com o meio digital?
Partindo deste ponto pretende-se ministrar uma oficina preparatório para esses alunos, afim de
que eles possam adquirir conhecimento básicos em informática.
6. 3. OBJETIVOS:
3.1. Geral:
Fazer com que os alunos do 8º ano da escola municipal Celso Araújo possam
desenvolver atividades relacionadas á computação básica como também a produção
acadêmica usando como base programas computacionais.
3.2. Específicos:
Auxiliar os alunos a ter autonomia para utilizar um computador como ferramenta de
estudo e trabalho;
Tornar o estudo mais dinamizado, ampliando seu campo de pesquisa e contribuindo
com sua formação acadêmica.
Incluir os alunos na universalização do conhecimento, por meio da informática.
7. 4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
Atualmente o uso de computadores nas escolas é cada vez mais frequente, tendo
intenção de propiciar melhores condições de ensino para favorecer um aprendizado mais
significativo. A informática está cada vez mais presente em nossas vidas, portanto a escola
deve prepararmos para lidarmos com essa tecnologia. O computador na educação não se
resume a aprender sobre o computador, muito menos em manuseá-los, mas necessariamente
fazer uso dessa ferramenta, para favorecer o aprendizado por meio deste. “No entanto, a
atividade de uso do computador pode ser feita tanto para continuar transmitindo a informação
para o aluno e, portanto, para reforçar o processo instrucionista, quanto para criar condições
de o aluno construir seu conhecimento” (Valente (Org.), 1999, p. 1).
Dessa forma afirmar que o uso do computador como uma importante ferramenta
de ensino não é mais um problema a ser discutido, pois conforme destacam Almeida e Gomes
(n/d) “o computador enquanto ferramenta aumenta o número de possibilidades para o aluno,
mais do que criar novas capacidades, o computador pode servir como uma forma
de fazer visualizar certos conceitos ditos pelo professor, ou ainda uma ferramenta
ilustrativa”.
Porém em meio a tudo isso ainda existe aqueles que revidam sobre o uso de
computadores no ambiente escolar, alegando que seu manuseio acarreta no que se chama de
desumanização, mas em contra partida
O que acontece hoje com o computador ou mesmo com o
videojogo pode acontecer com outros artefatos como televisão, música, etc.
Nesse caso, o problema em si não está no artefato, mas no estilo de vida e na
personalidade do usuário desses artefatos. Segundo, o computador na
educação não significa que o aluno vá usá-lo 10 ou 12 horas por dia. Nas
melhores condições ele usará o computador uma hora por dia. Pensar que
esse nível de exposição a algo considerado racional e frio, produzirá um ser
robótico e desumano é subestimar a capacidade do ser humano. É atribuir ao
ser humano a função de mero imitador da realidade que o cerca. (VALENTE,
1998, p. 32).
Para que o computador possa ser introduzido na escola, é necessário que a
administração e o corpo docente estejam familiarizados com essa nova tecnologia, para
auxiliar aos alunos e fazer uso dessa ferramenta como um instrumento de trabalho. Uma vez
que
8. Os computadores não chegam às escolas de forma
indissociável ao contexto escolar. Independente dos objetivos principais que
norteiam sua inserção, a implantação de computadores nas escolas altera
diversos aspectos em seu interior, por menor que seja a sua utilização. A
própria adaptação do espaça físico, da grade curricular, os imprevistos
técnicos, a curiosidade dos alunos, sem falar nas transformações, quando se
utiliza esse recurso em sala de aula, parecem provocar alterações, adaptações,
fascínio, medos e incertezas” (FERRREIRA, 2008, p. 67).
Quando a escola não tem preparação para implementar a informática em seu
currículo, acaba rejeitando por ser desconhecido ou pela falta de profissionais equiparados
para o manuseio e orientação desta nova perspectiva de ensino, a escola acaba deixando de
lado o uso desta ferramenta, sendo requisitada apenas em casos obrigatórios.
Nessa perspectiva Ferreira na visão de Valente (2008, p. 70) afirma que “é a
utilização do computador como uma ferramenta educacional (....) o computador não é mais o
instrumento que ensina o aprendiz, mas a ferramenta com a qual o aluno desenvolve algo, e,
portanto, o aprendizado o corre pelo fato de está executando uma tarefa por intermédio do
computador”.
Quando o computador está presente na realidade familiar, torna-se mais fácil aos
pais educar os filhos a usarem essa ferramenta de forma correta, onde proporcionará apenas
benefícios e consequentemente será usado em favor do conhecimento e da informação.
Sendo assim o termo informática educacional ou computador como ferramenta de
ensino aprendizagem no âmbito educacional deixa de ser um realidade superficial e passar a
ser algo consistente na vida de todos envolvidos, em vista que
“A Informática Educacional é o processo que coloca o
computador e sua tecnologia a serviço da educação. Portanto, todos aspectos
e as variáveis neste processo deverão estar subordinados à consideração de
que a essência da IE é de natureza pedagógica, buscando assim melhorias dos
processos de ensino-aprendizagem de forma a levar o aluno a aprender, e o
professor a orientar e auxiliar esta aprendizagem, tornando-o apto a discernir
sobre a realidade e nela atuar” (VALENTE, 1993, p.26).
9. 5. PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS.
O projeto será aplicado com os alunos do 8° ano da Escola Municipal Celso Alves
Araújo, situada na cidade de Cedro - CE. Para a realização do curso, contaremos com a
contribuição do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - Campus de
Cedro, onde solicitaremos o Laboratório de Informática aplicado a Mecatrônica Industrial,
para a realização das aulas práticas. A oficina terá carga horária de 30 horas/aulas, dessas, 20
horas/aulas presenciais e 10 horas/aulas a distância, distribuídas em 5 horas/aulas semanais.
Durante a oficina, os alunos serão instruídos a manusear computadores, por meio
de atividades desenvolvidas que permitam aos alunos aprenderem coisas básicas como
ligar/desligar, digitação, uso do bloco de notas, paint, calculadora, pastas e outros, até mesmo
atividades mais complexas, onde faremos usos de programas computacionais importantes para
trabalhos acadêmicos como: Microsoft Word, PowerPoint, Excel, e outros. Além disso, será
ensinado como navegar na internet de forma adequada, realizando algumas pesquisas sobre
assuntos relevantes presentes na nossa sociedade, e será feita uma breve discursão da
importância dessa grande rede denominada internet, e como o fato de estarmos conectados a
essa rede pode contribuir com a nossa formação.
Será observado o desempenho demonstrado pelos alunos durante a oficina, se de
fato o uso da tecnologia torna-os inclusos na sociedade, e se favorece a aprendizagem dos
conteúdos escolares, por meio de pesquisas que aumente seus campos de conhecimentos. Será
observado ainda, se a oficina proporcionará os alunos na aprendizagem do manuseio de
computadores e se os mesmos terão habilidades em desenvolver autonomia para utilizar um
computador sempre que necessário.
No final da oficina será aplicado um novo questionário que indaguem aos alunos
participantes se essa inclusão digital contribuíram para a ampliação de seus conhecimentos
relacionados a informática, será perguntado ainda, se eles consideram importante a inclusão
da informática no currículo escolar, e se de fato, a oficina contribui com suas atividades
acadêmicas, levantando também outras considerações, por exemplo, se eles acham que essa
ferramenta computacional, permite-os sentirem-se mais incluso na sociedade.
Para avaliar os resultados, será feita uma análise comparativa dos dois
questionários aplicados no início e no término da oficina. Serão levadas em consideração
todas as respostas dos alunos participantes para concluir-se a veracidade da hipótese. Também
será avaliado por meio das observações dos ministrantes da oficina, analisando o
desenvolvimento das potencialidades dos alunos e suas desenvolturas apresentadas. Os
10. resultados serão observados com o objetivo de investigar, comprovar ou rejeitar hipóteses
sugeridas pelos modelos teóricos.
11. 6. CRONOGRAMA.
Atividade Responsável Mês
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Pesquisa do
problema
social
x
Formulação do
problema
x
Pesquisa
teórica
x x
Escrita do
projeto
x x
Apresentação x
Aplicação do
Projeto
x x
12. REFERÊNCIAS
FERREIRA, Andreia de Assis. O computador no processo de ensino-aprendizagem: da
resistência a sedução. Trabalho & Educação (UFMG), v. 17, p. 65-78, 2008.
VALENTE, José Armando. Por quê o computador na educação? In: José A. Valente (Org.).
Computadores e Conhecimento: repensando a educação. Campinas: Nied/Unicamp, 1993.
p. 24-44.
VALENTE, José Armando. Computadores e Conhecimento: repensando a educação. 2ª.
ed. campinas: Nied/Unicamp Gráfica central UNICAMP, 1998. 501p.
VALENTE, José Armando. O Computador na Sociedade do Conhecimento. 1ª. ed.
Campinas: Nied/Unicamp, 1999. 156p.