SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 45
Descargar para leer sin conexión
1
CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA - CAV
ROTEIROS PARA AULAS PRÁTICAS DE BIOLOGIA
CELULAR E EMBRIOLOGIA
Professores: Prof. Cristiano Aparecido Chagas
Profa. Erika Maria Silva Freitas
Profa. Mônica Lúcia Adam
2009
2
AULA 1: MICROSCOPIA ÓPTICA
Parte mecânica:
1. Pé ou base
2. Braço ou Coluna
3. Tubo binocular ou canhão
4. Revólver ou porta-objetivas
5. Platina e subplatina
6. “Charriot”
7. Parafusos para ajuste do foco, macrométrico e micrométrico
Parte óptica:
Sistema de aumento:
1. Oculares
2. Objetivas
Sistema de iluminação:
1. Lâmpada
2. Espelho
3. Condensador
4. Diafragma
5. Filtro
Observações:
A imagem proporcionada pelo M.O. é aumentada virtual e invertida em relação ao objeto examinado.
Calcula-se o aumento da imagem obtida ao M.O. multiplicando-se o valor do aumento da ocular (Oc)
pelo valor do aumento da objetiva (Ob) : Aumento = Oc X Ob
Campo microscópico é a área da preparação que se está observando ao M.O. Quanto maior o
aumento da imagem, menor é a abrangência do campo.
Em virtude do último item, sempre ao iniciar a observação ao M.O. usa-se uma combinação de
lentes que proporcione um menor aumento, a fim de se obter uma visão panorâmica da preparação;
depois usa-se uma combinação de lentes que proporcione um maior aumento, permitindo a
visualização de detalhes do campo microscópico.
3
4
AULA 1
Material:
_ Recorte de jornal
_ Lâmina
_ Lamínula
_ Gotejador com água
_ Microscópio óptico
A) Preparo da lâmina histológica
1. Colocar o recorte de jornal sobre a lâmina.
2. Gotejar um pouco de água.
3. Fixar suavemente a lamínula sobre a lâmina.
4. Retirar o excesso de água ao redor da lamínula e lâmina.
B) Manejo do microscópio óptico
1. Acender a lâmpada do sistema de iluminação.
2. Abrir totalmente o diafragma e colocar o sistema condensador/diafragma na posição mais elevada,
pois é aquela que permite melhor iluminação.
3. Movimentar o revólver, colocando em posição a objetiva de menor aumento (4x).
4. Tomar a lâmina com a lamínula para cima, colocá-la na platina, prendendo-a com os grampos.
5. Movimentar o “charriot”, fazendo com que o preparado fique em baixo da objetiva.
6. Com o parafuso macrométrico, elevar a platina ao máximo, observando que a objetiva não toque
na lamínula, pois poderá quebrá-la.
7. Focalizar a preparação, quer dizer, obter uma imagem nítida, movimentando o parafuso
macrométrico e abaixando a platina até que se possa visualizar a imagem.
8. Aperfeiçoar o foco com o parafuso micrométrico.
9. Colocar a região do preparado que se quer ver com maior aumento bem no centro do campo visual
da lente.
10. Movimentar o revólver, colocando em posição a objetiva de 10X.
11. Repetir o procedimento do item 6.
12. Para focalizar a nova imagem, repetir o procedimento dos itens 7 ao 9.
13. Colocar a objetiva de 40X em posição e repetir novamente os itens 6 ao 8.
14. A utilização da objetiva de 100X só é permitida se utilizar óleo de imersão sobre a lamínula
para a focalização da imagem.
5
OBSERVAÇÕES:
A maior parte de nossos microscópios possuem lentes parafocais. Isto significa que, uma vez obtido o
foco com a objetiva de menor aumento, basta girar o revólver, colocar a objetiva 10X em posição e
acertar o foco apenas com o parafuso micrométrico. Age-se da mesma forma, ao focalizar a
objetiva 40X, desde que a imagem esteja em foco com a objetiva 10X.
Esquematize a visualização do recorte de jornal em cada uma das objetivas.
6
AULA 2: VISUALIZANDO CÉLULAS AO MICROSCÓPIO ÓPTICO
Nesta aula, você vai verificar como células animais e vegetais se apresentam ao microscópio óptico.
Material:
_ Lâmina e lamínula
_ Corante: Azul de metileno
_ Espátula de madeira
_ Cebola
_ Microscópio óptico
Procedimentos:
Primeira Parte:
Retire um pequeno fragmento de epiderme de cebola. A epiderme de cebola é uma folha modificada
muito fina.
Coloque este fragmento na lâmina o mais esticado possível e acrescente duas gotas de azul de
metileno. Cubra com lamínula. Seque o excesso de corante com papel higiênico. Comece a
observação com a objetiva panorâmica (4x) e posteriormente use as objetivas de 10 e 40x.
Esquematize, apontando componentes, o que você observa em cada uma das
objetivas.
7
Segunda parte:
Com uma espátula de madeira, raspe a mucosa bucal. Passe a ponta da espátula de madeira
contendo o material da mucosa oral na lâmina.
Deixe secar ao ar e coloque uma gota de azul de metileno sobre o espécime. Cubra com a lamínula e
seque o excesso de corante com papel higiênico.
Comece a observação com a objetiva panorâmica e posteriormente use as objetivas de10 e 40 vezes.
Esquematize, apontando componentes, o que você observa em cada uma das
objetivas.
QUESTÕES:
1. Quais as diferenças entre o que você esperava ver e o que você de fato viu ao microscópio?
2. Quais as diferenças, de acordo com seus conhecimentos, entre células vegetais e células animais
quanto às estruturas presentes em uma e em outra?
3. Quais destas diferenças você pôde verificar ao microscópio óptico?
4. O que você pode dizer da diferença na organização das células vegetais e animais?
8
AULA 3: ESPECIALIZAÇÕES DE MEMBRANA
1ª Lâmina: Corte transversal de intestino delgado – técnica do PAS
As células (os enterócitos) que revestem a luz do intestino são cilíndricas e têm a função de absorção
do produto da digestão que ocorre neste órgão. No ápice das células reconhece-se, no nível
histológico, a chamada planura estriada ou borda em escova, que representa, como visto na
microscopia eletrônica, as microvilosidades, que aumentam em cerca de 20 vezes a superfície da
membrana plasmática no ápice destas células.
9
Devido à técnica do PAS, a planura estriada aparece com uma coloração rosa magenta, isto é, os
açúcares que formam o glicocálice da membrana reagem positivamente a esta técnica.
Ao lado dos enterócitos, observe também a presença de células que reagem positivamente ao PAS:
são as células caliciformes. Estas células secretam glicoproteínas neutras que protegem a mucosa
intestinal da ação de enzimas digestivas.
Esquematize o epitélio intestinal, evidenciando o glicocálice e as células
caliciformes nas objetivas de 40X e 100X.
10
2ª Lâmina: Corte transversal de epidídimo - HE
O epidídimo é constituído por vários ductos. Cada ducto é revestido por um epitélio pseudo-
estratificado e possui células baixas, as células basais, e células altas e cilíndricas, as células
principais, que possuem estereocílios em seus ápices. Não se compreende, exatamente, as funções
dos estereocílios, mas se admite que tenham papel importante na absorção de substâncias que
resultam do processo de espermatogênese. Isso porque os estereocílios, na verdade, são
microvilosidades longas e ramificadas, não tendo nenhuma semelhança com cílios ou flagelos.
Esquematize o epitélio de um ducto do epidídimo, evidenciando os estereocílios na
objetiva de 100X.
11
12
QUESTÕES
1. Quando é utilizada a técnica do ácido periódico-reativo de Schiff (PAS) em um
corte histológico?
2. Qual é a função desempenhada pelas microvilosidades e estereocílios?
3. Baseado nas eletromicrografias apresentadas, você nota diferenças entre essas
especializações de membranas?
4. Quais são as moléculas que constituem o glicocálice? Esta estrutura poderia também ser
evidenciada pela coloração HE, além da técnica do PAS? Justifique sua resposta.
13
AULA 4: CITOESQUELETO E COMUNICAÇÃO INTERCELULAR
1ª Lâmina: Corte histológico de epidídimo –HE
Na luz dos ductos do epidídimo, pode-se ver vários espermatozóides, cuja cabeça aparece bem
corada pela hematoxilina e a cauda aparece pouco evidente. Suas caudas são constituídas por
componente do citoesqueleto (microtúbulos), denominado flagelo, e são estes filamentos que dão o
movimento ao flagelo.
Tente observar isoladamente um espermatozóide na luz dos ductos do epidídimo e
esquematize-o na objetiva de 40X, apontando sua cauda.
14
2ª Lâmina: Corte transversal de traquéia – HE
A traquéia possui epitélio de revestimento classificado como epitélio pseudoestratificado cilíndrico
ciliado. É o epitélio típico das vias respiratórias e as células de revestimento apresentam em sua
extremidade apical cílios que são capazes de mover material na superfície celular. Os cílios são
constituídos por microtúbulos, um tipo de filamento presente no citoesqueleto. Além das células
ciliadas, observe também células que não são evidenciadas pela coloração no epitélio: são as células
caliciformes. A função dessas células é secretar muco para lubrificar o epitélio respiratório da traquéia.
Esquematize o epitélio pseudo-estratificado ciliado da traquéia na objetiva de 40X.
15
3ª Lâmina: Corte histológico de pele humana – HE
a) Filamentos intermediários: queratina.
A pele possui epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. É um epitélio muito resistente ao atrito
graças a sua cobertura de queratina, um componente do citoesqueleto. Os queratinócitos são as
células responsáveis pela produção dos filamentos de queratina. Conforme os queratinócitos se
aproximam da camada mais superficial do epitélio, grânulos basófilos se acumulam em seu citoplasma
contendo querato-hialina, um precursor da queratina. Na camada mais superficial do epitélio, chamado
estrato córneo, estão as células escamosas, que não apresentam núcleo e seu citoplasma está todo
preenchido de queratina.
Com a objetiva de 40X, esquematize o epitélio da pele, evidenciando os filamentos
intermediários de queratina.
16
17
b) Junções intercelulares: desmossomos.
Na camada espinhosa, as células apresentam prolongamentos curtos que se interligam com os das
células adjacentes. Essas regiões representam a formação de desmossomos, de modo que as
células se mantêm unidas umas às outras.
Esquematize estas junções intercelulares encontradas na epiderme utilizando a
objetiva de 100X.
18
19
4ª Lâmina: Corte histológico de língua - HE
A língua é constituída por vários tipos de tecido, mas principalmente por tecido muscular estriado
esquelético. O tecido muscular tem uma grande capacidade de contração. Esta capacidade é
proporcionada não só pela grande quantidade de componentes do citoesqueleto, mas também pela
organização destes componentes em miofilamentos, formados por filamentos de actina, miosina e
outras proteínas motoras. Observe, utilizando a objetiva de imersão (100 vezes), as bandas ou
estriações que se formam nas fibras musculares, graças à organização das miofibrilas. Cada banda
clara é denominada banda I, enquanto cada banda escura é denominada banda A. Na banda I, tente
visualizar uma linha mais escura, a linha Z, que divide a banda I em duas.
Esquematize uma fibra muscular com suas bandas, utilizando a objetiva de 100X, e
compare com a eletromicrografia acima, tentando relacionar as duas imagens.
20
QUESTÕES
1. Os estereocílios e os cílios apresentam a mesma função numa célula? Justifique sua resposta
considerando a constituição estrutural destes dois componentes.
2. Por que a queratina apresenta coloração rosa na lâmina de pele? Explique sua resposta baseado
nas características químicas desta proteína.
3. Comparando o tecido muscular liso e o muscular estriado, você acredita que eles apresentam as
mesmas características morfológicas vistas ao microscópio óptico? Por quê?
21
AULA 5: SISTEMA DE ENDOMEMBRANAS
1ª Lâmina: Corte histológico de cérebro de gato – cresil-violeta
O córtex cerebral apresenta duas regiões distintas: a substância branca e a substância cinzenta. A
substância branca contém apenas axônios de células nervosas, células neurogliais e vasos
sanguíneos. Na substância cinzenta, encontramos corpos celulares de neurônios e também células
neurogliais.
Os corpos celulares apresentam núcleo muito volumoso, formato variando de ovalado a esférico,
cromatina frouxa com nucléolo grande e evidente. No citoplasma destas células existem várias
estruturas granulares bem coradas distribuídas ao redor do núcleo; são os corpúsculos de Nissl, que
ao microscópio eletrônico representaria as cisternas de retículo endoplasmático rugoso.
Objetivos desta lâmina:
Diferencie e esquematize essas duas regiões no córtex cerebral, utilizando a objetiva de
10X;
 Com a objetiva de 40X, esquematize o corpo celular do neurônio, evidenciando os
corpúsculos de Nissl, núcleo e seu nucléolo.
22
23
2ª Lâmina: Corte histológico de fígado de cão – PAS
O fígado é constituído por células poligonais (hepatócitos), estando intimamente associadas, formando
placas anastomosadas de células hepáticas. A maioria dos hepatócitos possui um único núcleo,
enquanto outros podem possuir dois (células binucleadas). No citoplasma dessas células é possível
visualizar grânulos corados em vermelho-magenta no citoplasma dos hepatócitos; são os depósitos
de glicogênio. Esses depósitos de glicogênio só podem ser evidenciados devido a reação citoquímica
do ácido periódico-reativo de Schiff (PAS), utilizada para detectar carboidratos e glicoproteínas
neutras.
Uma das funções do retículo endoplasmático liso dos hepatócitos (o qual é bem desenvolvido nestas
células) é a glicogenólise, isto é, a obtenção de glicose a partir do glicogênio. A quebra do glicogênio
gera uma molécula de glicose 1-fosfato que depois é convertida em glicose 6-fosfato. Devido à
presença da enzima glicose 6-fosfatase neste tecido, a glicose 6-fosfato é convertida em glicose livre
que é responsável na manutenção da concentração desta no sangue durante jejum.
Esquematize na objetiva de 40x os depósitos de glicogênio no citoplasma dos hepatócitos.
24
3ª Lâmina: Corte histológico de gânglio espinhal de gato – Nitrato de prata
O gânglio espinhal apresenta corpos de neurônios grandes e arredondados, exibindo uma área clara
redonda e central que se trata da evidência negativa do núcleo. Note que no citoplasma destes corpos
celulares há presença de grande quantidade de granulações, cuja coloração varia de marrom a preto,
distribuídos aleatoriamente, não exibindo polaridade especial. Essas granulações representam o
complexo de Golgi que só pode ser evidenciando pela impregnação do tecido por sais de prata.
Esquematize o corpo celular de neurônio contendo essas granulações na objetiva de 40X
25
4ª Lâmina: Corte histológico de epidídimo de rato – Aoyama
Observe que no epitélio de cada ducto no epidídimo há dificuldade em visualizar o núcleo, podendo, às
vezes, ser visto apenas uma área clara que corresponde à imagem negativa evidenciada (como a
lâmina acima). No citoplasma das células, observamos uma estrutura enovelada de coloração
alaranjada a marrom; é o complexo de Golgi.
Esquematize as células do epidídimo com o seu complexo de Golgi evidenciado na objetiva
de 40X.
26
QUESTÕES
1. Diferencie ergastoplasma e corpúsculos de Nissl.
2. Quais são os tecidos que armazenam depósitos de glicogênio em seu citoplasma? Esquematize as
reações bioquímicas da conversão do glicogênio em glicose. Qual é a diferença da glicogenólise no
fígado e no tecido muscular? (Obs: Será necessário para responder esta questão o auxílio de livros de
Bioquímica e Biologia Celular)
3. Sobre as lâminas 3 e 4 observadas, aponte as diferenças no padrão de distribuição do Complexo de
Golgi no citoplasma de células nervosas e células epiteliais do epidídimo.
4. Por que você não conseguiu visualizar o complexo de Golgi na lâmina histológica de epidídimo
corada em HE quando estava observando a estrutura de estereocílios (durante a aula prática de
“Especializações de Membrana”)?
27
AULA 6: MORFOLOGIA NUCLEAR
Lâmina: Corte histológico de Fígado – HE
O fígado é constituído por um parênquima, que representa o tecido que, de fato, é responsável pelas
funções daquele órgão, e o estroma que é formado pelos tecidos conjuntivos e vasos sangüíneos que
juntos conferem sustentação, nutrição e proteção imunológica para as células do parênquima. No
fígado, o parênquima é formado pelos hepatócitos. Na objetiva de 40X, observe que estas células
apresentam núcleo arredondado, com cromatina frouxa e nucléolo evidente. Procure com atenção e
eventualmente você verá células binucleadas (são raras as células com mais de um núcleo nos tecidos
animais, outro exemplo são as células musculares estriadas esqueléticas). No estroma hepático,
bastante escasso neste órgão, note a presença de células com núcleos alongados, cromatina densa e
nucléolo não evidenciado, são os fibrócitos.
Esquematize os núcleos dos hepatócitos e fibroblastos evidenciados na objetiva de 40X.
Questão:
O que significa, em termos de atividade celular, a diferença entre as morfologias dos núcleos
de hepatócitos e fibrócitos?
28
AULA 7: CICLO CELULAR
Lâmina: Corte histológico de raiz de cebola Allium cepa – Hematoxilina férrica
Objetivos da aula: identificar os períodos do ciclo celular – intérfase e mitose
A - Intérfase: as células são ligeiramente menores, morfologia poligonal; o núcleo é esférico e
apresenta seu material genético homogeneamente distribuído no seu interior e normalmente exibe um
único nucléolo.
B, C e D - Prófase: a célula e o núcleo já aumentaram de tamanhos; os cromossomos se condensam
e tornam-se gradualmente mais curtos e áreas claras dentro do núcleo podem ser observadas.
E - Metáfase: nesta fase, os cromossomos atingem seu estágio máximo de condensação e alinham-se
no plano equatorial da célula.
F e G - Anáfase: ocorre a separação dos cromossomos (ou cromátides-irmãs), cada um migrando em
direção aos pólos opostos da célula.
H e I - Telófase: os dois cromossomos chegam aos pólos opostos do fuso. Em seguida, o envoltório
nuclear será reconstituído (não visualizado ao MO) ao redor de cada cromossomo, formando dois
núcleos.
29
No final da Anáfase e início da Telófase, observamos a formação de uma linha basófila, visível ao MO,
localizada centralmente e dividindo a célula em dois; é o fragmoplasto (futura formação da parede
celular).
Citocinese: nesta fase ocorre a divisão do citoplasma e seus componentes entre as duas células-
filhas. Em célula vegetal é difícil distinguir a citocinese da telófase.
Identifique e esquematize um núcleo interfásico e as fases da mitose citadas na
objetiva de 40X
QUESTÕES:
1. Quais os eventos celulares que ocorrem durante a interfase?
2. Qual é a importância da formação do fuso mitótico durante a divisão celular?
3. Qual(is) é(são) a(s) diferença(s) no processo mitótico entre uma célula animal e uma vegetal?
30
AULA 8: GAMETOGÊNESE
Lâmina 01: Corte histológico de Ovário – HE
Os ovários são um par de órgãos com forma de amêndoa, medindo cada um cerca de 3 cm de
comprimento, 1,5 cm de largura e 1 cm de espessura. A superfície do ovário é revestida por umaúnica
camada de células cúbicas ou pavimentosas (epitélio germinativo) e é contínua com o mesotélio.
A porção central do ovário, denominada região medular ou medula, contém tecido conjuntivo frouxo,
com vários vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. A sua porção periférica, a região cortical ou córtex,
circunda a medula, e é nessa região que observamos os folículos ovarianos. No estroma que
circunda os folículos estão presentes também fibras musculares lisas.
Figura 01: Desenho ilustrativo evidenciando os folículos ovarianos encontrados no córtex ovariano
Identifique as estruturas apontadas:
31
Lâmina 02: Corte histológico de Testículo – HE
Envolvendo cada testículo há uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso, denominada túnica albugínea.
A partir desta túnica estende-se vários septos de tecido conjuntivo que invade o interior do testículo,
dividindo-o em lóbulos. Cada um dos lóbulos contém de um a quatro túbulos seminíferos, bastante
contorcidos, que possuem as células espermatogênicas em diferentes fases de diferenciação. No
epitélio seminífero, encontramos também as células de Sertoli que tem como função secretar
moléculas e proteínas importantes no processo de gametogênese e fagocitar o excesso de citoplasma
nas espermátides durante a diferenciação em espermatozóides. Entre esses túbulos estão presentes
pequenos vasos sanguíneos e linfáticos, assim como as células intersticiais ou de Leydig
(produtoras de testosterona).
Na objetiva de 40X, esquematize as células espermatogênicas (espermatogônias,
espermatócitos, espermátides e espermatozóides) encontradas no túbulo seminífero.
32
Identifique as estruturas apontadas nas ilustrações abaixo.
33
AULA 10: Primeira Semana de Desenvolvimento Embrionário
Identifique as estruturas apontadas e escreva um pequeno texto descrevendo os eventos
representados abaixo:
34
35
36
Aula 11: Segunda Semana de Desenvolvimento Embrionário
Identifique as estruturas apontadas nas ilustrações abaixo:
37
38
AULA 12: Terceira Semana de Desenvolvimento Embrionário
Identifique as estruturas apontadas nas ilustrações abaixo:
Na fotomicrografia eletrônica de varredura acima, pinte de cor diferente os três tecidos
embrionários e faça uma legenda.
39
Identifique as estruturas apontadas nas ilustrações abaixo:
40
Na fotomicrografia eletrônica de varredura abaixo, pinte o tubo neural, as células das
cristas neirais e o ectoderma, de cores diferentes e faça uma legenda.
Detalhe das células da crista neural
41
AULA 13: Período Embrionário: 4ª a 8ª Semana
Identifique as estruturas enumeradas nas ilustrações abaixo:
1) 6)
2) 7)
3) 8)
4) 9)
5) 10)
1 2 3 5 6
4
7
8 10
9
42
Na figura acima, pinte de cores diferentes os três tipos de mesoderma intra-embrionário e
faça uma legenda.
43
Identifique as estruturas enumeradas nas ilustrações abaixo:
Indique a semana de desenvolvimento que se encontra cada embrião abaixo:
44
1) 2) 3)
AULA 14: Placenta e Anexos Embrionários
Identifique as estruturas nas ilustrações abaixo:
45
1) 4) 7)
2) 5) 8)
3) 6) 9)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
1)
2)
3)
6)
5)
4)

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Bg4 qual é a estrutura básica das células
Bg4   qual é a estrutura básica das célulasBg4   qual é a estrutura básica das células
Bg4 qual é a estrutura básica das célulasNuno Correia
 
Roteiros de aulas práticas roteiro 1 microscópio óptico
Roteiros de aulas práticas roteiro 1 microscópio ópticoRoteiros de aulas práticas roteiro 1 microscópio óptico
Roteiros de aulas práticas roteiro 1 microscópio ópticoCélia Maria Antunes
 
Aulas 01-histórico-e-microscopia
Aulas 01-histórico-e-microscopiaAulas 01-histórico-e-microscopia
Aulas 01-histórico-e-microscopiaVitinho Yukio
 
Relatório de ciências
Relatório de ciências Relatório de ciências
Relatório de ciências Sasuke Sakura
 
Actividade Experimental nº2
Actividade Experimental nº2Actividade Experimental nº2
Actividade Experimental nº2Gabriela Bruno
 
Poligrafo histologia i
Poligrafo histologia iPoligrafo histologia i
Poligrafo histologia ikaiorochars
 
Aula 2 métodos de estudo da célula
Aula 2   métodos de estudo da célulaAula 2   métodos de estudo da célula
Aula 2 métodos de estudo da célulaLytelton Felix
 
Métodos de estudos das células
Métodos de estudos das célulasMétodos de estudos das células
Métodos de estudos das célulasWilliam Dutra
 
Actividade experimental protozoarios
Actividade experimental protozoariosActividade experimental protozoarios
Actividade experimental protozoariosCarlos Moutinho
 
Aula 1 a célula - memb plasm e transp mol 5 - parte 1 - 2-2015 aprender
Aula 1   a célula - memb plasm e transp mol 5 - parte 1 - 2-2015 aprenderAula 1   a célula - memb plasm e transp mol 5 - parte 1 - 2-2015 aprender
Aula 1 a célula - memb plasm e transp mol 5 - parte 1 - 2-2015 aprenderNathalia Camila
 
Apostila de histologia geral ilustrada
Apostila de histologia geral   ilustradaApostila de histologia geral   ilustrada
Apostila de histologia geral ilustradaMonique Colombo
 
Métodos de estudo em histologia
Métodos de estudo em histologiaMétodos de estudo em histologia
Métodos de estudo em histologiaCaio Maximino
 

La actualidad más candente (19)

Bg4 qual é a estrutura básica das células
Bg4   qual é a estrutura básica das célulasBg4   qual é a estrutura básica das células
Bg4 qual é a estrutura básica das células
 
Roteiros de aulas práticas roteiro 1 microscópio óptico
Roteiros de aulas práticas roteiro 1 microscópio ópticoRoteiros de aulas práticas roteiro 1 microscópio óptico
Roteiros de aulas práticas roteiro 1 microscópio óptico
 
Aulas 01-histórico-e-microscopia
Aulas 01-histórico-e-microscopiaAulas 01-histórico-e-microscopia
Aulas 01-histórico-e-microscopia
 
MUCOSA BUCAL
MUCOSA BUCALMUCOSA BUCAL
MUCOSA BUCAL
 
A celula
A celulaA celula
A celula
 
Relatório de ciências
Relatório de ciências Relatório de ciências
Relatório de ciências
 
Actividade Experimental nº2
Actividade Experimental nº2Actividade Experimental nº2
Actividade Experimental nº2
 
Poligrafo histologia i
Poligrafo histologia iPoligrafo histologia i
Poligrafo histologia i
 
betelgeuse
betelgeusebetelgeuse
betelgeuse
 
Aula 2 métodos de estudo da célula
Aula 2   métodos de estudo da célulaAula 2   métodos de estudo da célula
Aula 2 métodos de estudo da célula
 
Microscopia
MicroscopiaMicroscopia
Microscopia
 
Métodos de estudos das células
Métodos de estudos das célulasMétodos de estudos das células
Métodos de estudos das células
 
Actividade experimental protozoarios
Actividade experimental protozoariosActividade experimental protozoarios
Actividade experimental protozoarios
 
Aula 1 a célula - memb plasm e transp mol 5 - parte 1 - 2-2015 aprender
Aula 1   a célula - memb plasm e transp mol 5 - parte 1 - 2-2015 aprenderAula 1   a célula - memb plasm e transp mol 5 - parte 1 - 2-2015 aprender
Aula 1 a célula - memb plasm e transp mol 5 - parte 1 - 2-2015 aprender
 
Ppt1
Ppt1Ppt1
Ppt1
 
A célula pp[1]
A célula pp[1]A célula pp[1]
A célula pp[1]
 
Apostila de histologia geral ilustrada
Apostila de histologia geral   ilustradaApostila de histologia geral   ilustrada
Apostila de histologia geral ilustrada
 
Celula
 Celula Celula
Celula
 
Métodos de estudo em histologia
Métodos de estudo em histologiaMétodos de estudo em histologia
Métodos de estudo em histologia
 

Similar a Apostila bce

Roteiro de aula prática de Biologia Celular
Roteiro de aula prática de Biologia CelularRoteiro de aula prática de Biologia Celular
Roteiro de aula prática de Biologia CelularNathália Vasconcelos
 
aula02-microscopioetcnicasdeobservaoecolorao-160322183217.pptx
aula02-microscopioetcnicasdeobservaoecolorao-160322183217.pptxaula02-microscopioetcnicasdeobservaoecolorao-160322183217.pptx
aula02-microscopioetcnicasdeobservaoecolorao-160322183217.pptxLuisFelipeFerreirada3
 
Aula 02 Microscopio de Luz e Técnicas de Observação e Coloração
Aula 02   Microscopio de Luz e Técnicas de Observação e ColoraçãoAula 02   Microscopio de Luz e Técnicas de Observação e Coloração
Aula 02 Microscopio de Luz e Técnicas de Observação e ColoraçãoHamilton Nobrega
 
RESUMO SOBRE O MICROSCOPIO E SUAS CARACTERÍSTICAS
RESUMO SOBRE O MICROSCOPIO E SUAS CARACTERÍSTICASRESUMO SOBRE O MICROSCOPIO E SUAS CARACTERÍSTICAS
RESUMO SOBRE O MICROSCOPIO E SUAS CARACTERÍSTICASCaitano José
 
Relatório de física ( molas elásticas )
Relatório de física ( molas elásticas )Relatório de física ( molas elásticas )
Relatório de física ( molas elásticas )Karina Costa
 
Prática cells abril 2014- PARA OS PRIMEIROS ANOS_ IMPRIMIR E LEVAR PARA A AULA
Prática cells abril 2014- PARA OS PRIMEIROS ANOS_ IMPRIMIR E LEVAR PARA A AULA Prática cells abril 2014- PARA OS PRIMEIROS ANOS_ IMPRIMIR E LEVAR PARA A AULA
Prática cells abril 2014- PARA OS PRIMEIROS ANOS_ IMPRIMIR E LEVAR PARA A AULA Ionara Urrutia Moura
 
Aula Prática - Células eucariontes e procariontes e coloracao de gram (1).pptx
Aula Prática - Células eucariontes e procariontes e coloracao de gram (1).pptxAula Prática - Células eucariontes e procariontes e coloracao de gram (1).pptx
Aula Prática - Células eucariontes e procariontes e coloracao de gram (1).pptxSimoneRamos55
 
17417 biologia celular_1_aula_01_volume_01
17417 biologia celular_1_aula_01_volume_0117417 biologia celular_1_aula_01_volume_01
17417 biologia celular_1_aula_01_volume_01helonasc
 

Similar a Apostila bce (20)

Roteiro de aula prática de Biologia Celular
Roteiro de aula prática de Biologia CelularRoteiro de aula prática de Biologia Celular
Roteiro de aula prática de Biologia Celular
 
aula02-microscopioetcnicasdeobservaoecolorao-160322183217.pptx
aula02-microscopioetcnicasdeobservaoecolorao-160322183217.pptxaula02-microscopioetcnicasdeobservaoecolorao-160322183217.pptx
aula02-microscopioetcnicasdeobservaoecolorao-160322183217.pptx
 
Aula 02 Microscopio de Luz e Técnicas de Observação e Coloração
Aula 02   Microscopio de Luz e Técnicas de Observação e ColoraçãoAula 02   Microscopio de Luz e Técnicas de Observação e Coloração
Aula 02 Microscopio de Luz e Técnicas de Observação e Coloração
 
A célula pp[1]
A célula pp[1]A célula pp[1]
A célula pp[1]
 
Celula
CelulaCelula
Celula
 
RESUMO SOBRE O MICROSCOPIO E SUAS CARACTERÍSTICAS
RESUMO SOBRE O MICROSCOPIO E SUAS CARACTERÍSTICASRESUMO SOBRE O MICROSCOPIO E SUAS CARACTERÍSTICAS
RESUMO SOBRE O MICROSCOPIO E SUAS CARACTERÍSTICAS
 
Relatório de física ( molas elásticas )
Relatório de física ( molas elásticas )Relatório de física ( molas elásticas )
Relatório de física ( molas elásticas )
 
Prática cells
Prática cellsPrática cells
Prática cells
 
Prática cells abril 2014- PARA OS PRIMEIROS ANOS_ IMPRIMIR E LEVAR PARA A AULA
Prática cells abril 2014- PARA OS PRIMEIROS ANOS_ IMPRIMIR E LEVAR PARA A AULA Prática cells abril 2014- PARA OS PRIMEIROS ANOS_ IMPRIMIR E LEVAR PARA A AULA
Prática cells abril 2014- PARA OS PRIMEIROS ANOS_ IMPRIMIR E LEVAR PARA A AULA
 
Biomoleculas
BiomoleculasBiomoleculas
Biomoleculas
 
Citologia I
Citologia ICitologia I
Citologia I
 
Citologia
CitologiaCitologia
Citologia
 
Aula Prática - Células eucariontes e procariontes e coloracao de gram (1).pptx
Aula Prática - Células eucariontes e procariontes e coloracao de gram (1).pptxAula Prática - Células eucariontes e procariontes e coloracao de gram (1).pptx
Aula Prática - Células eucariontes e procariontes e coloracao de gram (1).pptx
 
Moc
MocMoc
Moc
 
17417 biologia celular_1_aula_01_volume_01
17417 biologia celular_1_aula_01_volume_0117417 biologia celular_1_aula_01_volume_01
17417 biologia celular_1_aula_01_volume_01
 
Histologia1
Histologia1Histologia1
Histologia1
 
Biomoleculas
BiomoleculasBiomoleculas
Biomoleculas
 
5 - MOC.ppt
5 - MOC.ppt5 - MOC.ppt
5 - MOC.ppt
 
Plano iii
Plano iiiPlano iii
Plano iii
 
Biologia 2
Biologia 2Biologia 2
Biologia 2
 

Apostila bce

  • 1. 1 CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA - CAV ROTEIROS PARA AULAS PRÁTICAS DE BIOLOGIA CELULAR E EMBRIOLOGIA Professores: Prof. Cristiano Aparecido Chagas Profa. Erika Maria Silva Freitas Profa. Mônica Lúcia Adam 2009
  • 2. 2 AULA 1: MICROSCOPIA ÓPTICA Parte mecânica: 1. Pé ou base 2. Braço ou Coluna 3. Tubo binocular ou canhão 4. Revólver ou porta-objetivas 5. Platina e subplatina 6. “Charriot” 7. Parafusos para ajuste do foco, macrométrico e micrométrico Parte óptica: Sistema de aumento: 1. Oculares 2. Objetivas Sistema de iluminação: 1. Lâmpada 2. Espelho 3. Condensador 4. Diafragma 5. Filtro Observações: A imagem proporcionada pelo M.O. é aumentada virtual e invertida em relação ao objeto examinado. Calcula-se o aumento da imagem obtida ao M.O. multiplicando-se o valor do aumento da ocular (Oc) pelo valor do aumento da objetiva (Ob) : Aumento = Oc X Ob Campo microscópico é a área da preparação que se está observando ao M.O. Quanto maior o aumento da imagem, menor é a abrangência do campo. Em virtude do último item, sempre ao iniciar a observação ao M.O. usa-se uma combinação de lentes que proporcione um menor aumento, a fim de se obter uma visão panorâmica da preparação; depois usa-se uma combinação de lentes que proporcione um maior aumento, permitindo a visualização de detalhes do campo microscópico.
  • 3. 3
  • 4. 4 AULA 1 Material: _ Recorte de jornal _ Lâmina _ Lamínula _ Gotejador com água _ Microscópio óptico A) Preparo da lâmina histológica 1. Colocar o recorte de jornal sobre a lâmina. 2. Gotejar um pouco de água. 3. Fixar suavemente a lamínula sobre a lâmina. 4. Retirar o excesso de água ao redor da lamínula e lâmina. B) Manejo do microscópio óptico 1. Acender a lâmpada do sistema de iluminação. 2. Abrir totalmente o diafragma e colocar o sistema condensador/diafragma na posição mais elevada, pois é aquela que permite melhor iluminação. 3. Movimentar o revólver, colocando em posição a objetiva de menor aumento (4x). 4. Tomar a lâmina com a lamínula para cima, colocá-la na platina, prendendo-a com os grampos. 5. Movimentar o “charriot”, fazendo com que o preparado fique em baixo da objetiva. 6. Com o parafuso macrométrico, elevar a platina ao máximo, observando que a objetiva não toque na lamínula, pois poderá quebrá-la. 7. Focalizar a preparação, quer dizer, obter uma imagem nítida, movimentando o parafuso macrométrico e abaixando a platina até que se possa visualizar a imagem. 8. Aperfeiçoar o foco com o parafuso micrométrico. 9. Colocar a região do preparado que se quer ver com maior aumento bem no centro do campo visual da lente. 10. Movimentar o revólver, colocando em posição a objetiva de 10X. 11. Repetir o procedimento do item 6. 12. Para focalizar a nova imagem, repetir o procedimento dos itens 7 ao 9. 13. Colocar a objetiva de 40X em posição e repetir novamente os itens 6 ao 8. 14. A utilização da objetiva de 100X só é permitida se utilizar óleo de imersão sobre a lamínula para a focalização da imagem.
  • 5. 5 OBSERVAÇÕES: A maior parte de nossos microscópios possuem lentes parafocais. Isto significa que, uma vez obtido o foco com a objetiva de menor aumento, basta girar o revólver, colocar a objetiva 10X em posição e acertar o foco apenas com o parafuso micrométrico. Age-se da mesma forma, ao focalizar a objetiva 40X, desde que a imagem esteja em foco com a objetiva 10X. Esquematize a visualização do recorte de jornal em cada uma das objetivas.
  • 6. 6 AULA 2: VISUALIZANDO CÉLULAS AO MICROSCÓPIO ÓPTICO Nesta aula, você vai verificar como células animais e vegetais se apresentam ao microscópio óptico. Material: _ Lâmina e lamínula _ Corante: Azul de metileno _ Espátula de madeira _ Cebola _ Microscópio óptico Procedimentos: Primeira Parte: Retire um pequeno fragmento de epiderme de cebola. A epiderme de cebola é uma folha modificada muito fina. Coloque este fragmento na lâmina o mais esticado possível e acrescente duas gotas de azul de metileno. Cubra com lamínula. Seque o excesso de corante com papel higiênico. Comece a observação com a objetiva panorâmica (4x) e posteriormente use as objetivas de 10 e 40x. Esquematize, apontando componentes, o que você observa em cada uma das objetivas.
  • 7. 7 Segunda parte: Com uma espátula de madeira, raspe a mucosa bucal. Passe a ponta da espátula de madeira contendo o material da mucosa oral na lâmina. Deixe secar ao ar e coloque uma gota de azul de metileno sobre o espécime. Cubra com a lamínula e seque o excesso de corante com papel higiênico. Comece a observação com a objetiva panorâmica e posteriormente use as objetivas de10 e 40 vezes. Esquematize, apontando componentes, o que você observa em cada uma das objetivas. QUESTÕES: 1. Quais as diferenças entre o que você esperava ver e o que você de fato viu ao microscópio? 2. Quais as diferenças, de acordo com seus conhecimentos, entre células vegetais e células animais quanto às estruturas presentes em uma e em outra? 3. Quais destas diferenças você pôde verificar ao microscópio óptico? 4. O que você pode dizer da diferença na organização das células vegetais e animais?
  • 8. 8 AULA 3: ESPECIALIZAÇÕES DE MEMBRANA 1ª Lâmina: Corte transversal de intestino delgado – técnica do PAS As células (os enterócitos) que revestem a luz do intestino são cilíndricas e têm a função de absorção do produto da digestão que ocorre neste órgão. No ápice das células reconhece-se, no nível histológico, a chamada planura estriada ou borda em escova, que representa, como visto na microscopia eletrônica, as microvilosidades, que aumentam em cerca de 20 vezes a superfície da membrana plasmática no ápice destas células.
  • 9. 9 Devido à técnica do PAS, a planura estriada aparece com uma coloração rosa magenta, isto é, os açúcares que formam o glicocálice da membrana reagem positivamente a esta técnica. Ao lado dos enterócitos, observe também a presença de células que reagem positivamente ao PAS: são as células caliciformes. Estas células secretam glicoproteínas neutras que protegem a mucosa intestinal da ação de enzimas digestivas. Esquematize o epitélio intestinal, evidenciando o glicocálice e as células caliciformes nas objetivas de 40X e 100X.
  • 10. 10 2ª Lâmina: Corte transversal de epidídimo - HE O epidídimo é constituído por vários ductos. Cada ducto é revestido por um epitélio pseudo- estratificado e possui células baixas, as células basais, e células altas e cilíndricas, as células principais, que possuem estereocílios em seus ápices. Não se compreende, exatamente, as funções dos estereocílios, mas se admite que tenham papel importante na absorção de substâncias que resultam do processo de espermatogênese. Isso porque os estereocílios, na verdade, são microvilosidades longas e ramificadas, não tendo nenhuma semelhança com cílios ou flagelos. Esquematize o epitélio de um ducto do epidídimo, evidenciando os estereocílios na objetiva de 100X.
  • 11. 11
  • 12. 12 QUESTÕES 1. Quando é utilizada a técnica do ácido periódico-reativo de Schiff (PAS) em um corte histológico? 2. Qual é a função desempenhada pelas microvilosidades e estereocílios? 3. Baseado nas eletromicrografias apresentadas, você nota diferenças entre essas especializações de membranas? 4. Quais são as moléculas que constituem o glicocálice? Esta estrutura poderia também ser evidenciada pela coloração HE, além da técnica do PAS? Justifique sua resposta.
  • 13. 13 AULA 4: CITOESQUELETO E COMUNICAÇÃO INTERCELULAR 1ª Lâmina: Corte histológico de epidídimo –HE Na luz dos ductos do epidídimo, pode-se ver vários espermatozóides, cuja cabeça aparece bem corada pela hematoxilina e a cauda aparece pouco evidente. Suas caudas são constituídas por componente do citoesqueleto (microtúbulos), denominado flagelo, e são estes filamentos que dão o movimento ao flagelo. Tente observar isoladamente um espermatozóide na luz dos ductos do epidídimo e esquematize-o na objetiva de 40X, apontando sua cauda.
  • 14. 14 2ª Lâmina: Corte transversal de traquéia – HE A traquéia possui epitélio de revestimento classificado como epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado. É o epitélio típico das vias respiratórias e as células de revestimento apresentam em sua extremidade apical cílios que são capazes de mover material na superfície celular. Os cílios são constituídos por microtúbulos, um tipo de filamento presente no citoesqueleto. Além das células ciliadas, observe também células que não são evidenciadas pela coloração no epitélio: são as células caliciformes. A função dessas células é secretar muco para lubrificar o epitélio respiratório da traquéia. Esquematize o epitélio pseudo-estratificado ciliado da traquéia na objetiva de 40X.
  • 15. 15 3ª Lâmina: Corte histológico de pele humana – HE a) Filamentos intermediários: queratina. A pele possui epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. É um epitélio muito resistente ao atrito graças a sua cobertura de queratina, um componente do citoesqueleto. Os queratinócitos são as células responsáveis pela produção dos filamentos de queratina. Conforme os queratinócitos se aproximam da camada mais superficial do epitélio, grânulos basófilos se acumulam em seu citoplasma contendo querato-hialina, um precursor da queratina. Na camada mais superficial do epitélio, chamado estrato córneo, estão as células escamosas, que não apresentam núcleo e seu citoplasma está todo preenchido de queratina. Com a objetiva de 40X, esquematize o epitélio da pele, evidenciando os filamentos intermediários de queratina.
  • 16. 16
  • 17. 17 b) Junções intercelulares: desmossomos. Na camada espinhosa, as células apresentam prolongamentos curtos que se interligam com os das células adjacentes. Essas regiões representam a formação de desmossomos, de modo que as células se mantêm unidas umas às outras. Esquematize estas junções intercelulares encontradas na epiderme utilizando a objetiva de 100X.
  • 18. 18
  • 19. 19 4ª Lâmina: Corte histológico de língua - HE A língua é constituída por vários tipos de tecido, mas principalmente por tecido muscular estriado esquelético. O tecido muscular tem uma grande capacidade de contração. Esta capacidade é proporcionada não só pela grande quantidade de componentes do citoesqueleto, mas também pela organização destes componentes em miofilamentos, formados por filamentos de actina, miosina e outras proteínas motoras. Observe, utilizando a objetiva de imersão (100 vezes), as bandas ou estriações que se formam nas fibras musculares, graças à organização das miofibrilas. Cada banda clara é denominada banda I, enquanto cada banda escura é denominada banda A. Na banda I, tente visualizar uma linha mais escura, a linha Z, que divide a banda I em duas. Esquematize uma fibra muscular com suas bandas, utilizando a objetiva de 100X, e compare com a eletromicrografia acima, tentando relacionar as duas imagens.
  • 20. 20 QUESTÕES 1. Os estereocílios e os cílios apresentam a mesma função numa célula? Justifique sua resposta considerando a constituição estrutural destes dois componentes. 2. Por que a queratina apresenta coloração rosa na lâmina de pele? Explique sua resposta baseado nas características químicas desta proteína. 3. Comparando o tecido muscular liso e o muscular estriado, você acredita que eles apresentam as mesmas características morfológicas vistas ao microscópio óptico? Por quê?
  • 21. 21 AULA 5: SISTEMA DE ENDOMEMBRANAS 1ª Lâmina: Corte histológico de cérebro de gato – cresil-violeta O córtex cerebral apresenta duas regiões distintas: a substância branca e a substância cinzenta. A substância branca contém apenas axônios de células nervosas, células neurogliais e vasos sanguíneos. Na substância cinzenta, encontramos corpos celulares de neurônios e também células neurogliais. Os corpos celulares apresentam núcleo muito volumoso, formato variando de ovalado a esférico, cromatina frouxa com nucléolo grande e evidente. No citoplasma destas células existem várias estruturas granulares bem coradas distribuídas ao redor do núcleo; são os corpúsculos de Nissl, que ao microscópio eletrônico representaria as cisternas de retículo endoplasmático rugoso. Objetivos desta lâmina: Diferencie e esquematize essas duas regiões no córtex cerebral, utilizando a objetiva de 10X;  Com a objetiva de 40X, esquematize o corpo celular do neurônio, evidenciando os corpúsculos de Nissl, núcleo e seu nucléolo.
  • 22. 22
  • 23. 23 2ª Lâmina: Corte histológico de fígado de cão – PAS O fígado é constituído por células poligonais (hepatócitos), estando intimamente associadas, formando placas anastomosadas de células hepáticas. A maioria dos hepatócitos possui um único núcleo, enquanto outros podem possuir dois (células binucleadas). No citoplasma dessas células é possível visualizar grânulos corados em vermelho-magenta no citoplasma dos hepatócitos; são os depósitos de glicogênio. Esses depósitos de glicogênio só podem ser evidenciados devido a reação citoquímica do ácido periódico-reativo de Schiff (PAS), utilizada para detectar carboidratos e glicoproteínas neutras. Uma das funções do retículo endoplasmático liso dos hepatócitos (o qual é bem desenvolvido nestas células) é a glicogenólise, isto é, a obtenção de glicose a partir do glicogênio. A quebra do glicogênio gera uma molécula de glicose 1-fosfato que depois é convertida em glicose 6-fosfato. Devido à presença da enzima glicose 6-fosfatase neste tecido, a glicose 6-fosfato é convertida em glicose livre que é responsável na manutenção da concentração desta no sangue durante jejum. Esquematize na objetiva de 40x os depósitos de glicogênio no citoplasma dos hepatócitos.
  • 24. 24 3ª Lâmina: Corte histológico de gânglio espinhal de gato – Nitrato de prata O gânglio espinhal apresenta corpos de neurônios grandes e arredondados, exibindo uma área clara redonda e central que se trata da evidência negativa do núcleo. Note que no citoplasma destes corpos celulares há presença de grande quantidade de granulações, cuja coloração varia de marrom a preto, distribuídos aleatoriamente, não exibindo polaridade especial. Essas granulações representam o complexo de Golgi que só pode ser evidenciando pela impregnação do tecido por sais de prata. Esquematize o corpo celular de neurônio contendo essas granulações na objetiva de 40X
  • 25. 25 4ª Lâmina: Corte histológico de epidídimo de rato – Aoyama Observe que no epitélio de cada ducto no epidídimo há dificuldade em visualizar o núcleo, podendo, às vezes, ser visto apenas uma área clara que corresponde à imagem negativa evidenciada (como a lâmina acima). No citoplasma das células, observamos uma estrutura enovelada de coloração alaranjada a marrom; é o complexo de Golgi. Esquematize as células do epidídimo com o seu complexo de Golgi evidenciado na objetiva de 40X.
  • 26. 26 QUESTÕES 1. Diferencie ergastoplasma e corpúsculos de Nissl. 2. Quais são os tecidos que armazenam depósitos de glicogênio em seu citoplasma? Esquematize as reações bioquímicas da conversão do glicogênio em glicose. Qual é a diferença da glicogenólise no fígado e no tecido muscular? (Obs: Será necessário para responder esta questão o auxílio de livros de Bioquímica e Biologia Celular) 3. Sobre as lâminas 3 e 4 observadas, aponte as diferenças no padrão de distribuição do Complexo de Golgi no citoplasma de células nervosas e células epiteliais do epidídimo. 4. Por que você não conseguiu visualizar o complexo de Golgi na lâmina histológica de epidídimo corada em HE quando estava observando a estrutura de estereocílios (durante a aula prática de “Especializações de Membrana”)?
  • 27. 27 AULA 6: MORFOLOGIA NUCLEAR Lâmina: Corte histológico de Fígado – HE O fígado é constituído por um parênquima, que representa o tecido que, de fato, é responsável pelas funções daquele órgão, e o estroma que é formado pelos tecidos conjuntivos e vasos sangüíneos que juntos conferem sustentação, nutrição e proteção imunológica para as células do parênquima. No fígado, o parênquima é formado pelos hepatócitos. Na objetiva de 40X, observe que estas células apresentam núcleo arredondado, com cromatina frouxa e nucléolo evidente. Procure com atenção e eventualmente você verá células binucleadas (são raras as células com mais de um núcleo nos tecidos animais, outro exemplo são as células musculares estriadas esqueléticas). No estroma hepático, bastante escasso neste órgão, note a presença de células com núcleos alongados, cromatina densa e nucléolo não evidenciado, são os fibrócitos. Esquematize os núcleos dos hepatócitos e fibroblastos evidenciados na objetiva de 40X. Questão: O que significa, em termos de atividade celular, a diferença entre as morfologias dos núcleos de hepatócitos e fibrócitos?
  • 28. 28 AULA 7: CICLO CELULAR Lâmina: Corte histológico de raiz de cebola Allium cepa – Hematoxilina férrica Objetivos da aula: identificar os períodos do ciclo celular – intérfase e mitose A - Intérfase: as células são ligeiramente menores, morfologia poligonal; o núcleo é esférico e apresenta seu material genético homogeneamente distribuído no seu interior e normalmente exibe um único nucléolo. B, C e D - Prófase: a célula e o núcleo já aumentaram de tamanhos; os cromossomos se condensam e tornam-se gradualmente mais curtos e áreas claras dentro do núcleo podem ser observadas. E - Metáfase: nesta fase, os cromossomos atingem seu estágio máximo de condensação e alinham-se no plano equatorial da célula. F e G - Anáfase: ocorre a separação dos cromossomos (ou cromátides-irmãs), cada um migrando em direção aos pólos opostos da célula. H e I - Telófase: os dois cromossomos chegam aos pólos opostos do fuso. Em seguida, o envoltório nuclear será reconstituído (não visualizado ao MO) ao redor de cada cromossomo, formando dois núcleos.
  • 29. 29 No final da Anáfase e início da Telófase, observamos a formação de uma linha basófila, visível ao MO, localizada centralmente e dividindo a célula em dois; é o fragmoplasto (futura formação da parede celular). Citocinese: nesta fase ocorre a divisão do citoplasma e seus componentes entre as duas células- filhas. Em célula vegetal é difícil distinguir a citocinese da telófase. Identifique e esquematize um núcleo interfásico e as fases da mitose citadas na objetiva de 40X QUESTÕES: 1. Quais os eventos celulares que ocorrem durante a interfase? 2. Qual é a importância da formação do fuso mitótico durante a divisão celular? 3. Qual(is) é(são) a(s) diferença(s) no processo mitótico entre uma célula animal e uma vegetal?
  • 30. 30 AULA 8: GAMETOGÊNESE Lâmina 01: Corte histológico de Ovário – HE Os ovários são um par de órgãos com forma de amêndoa, medindo cada um cerca de 3 cm de comprimento, 1,5 cm de largura e 1 cm de espessura. A superfície do ovário é revestida por umaúnica camada de células cúbicas ou pavimentosas (epitélio germinativo) e é contínua com o mesotélio. A porção central do ovário, denominada região medular ou medula, contém tecido conjuntivo frouxo, com vários vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. A sua porção periférica, a região cortical ou córtex, circunda a medula, e é nessa região que observamos os folículos ovarianos. No estroma que circunda os folículos estão presentes também fibras musculares lisas. Figura 01: Desenho ilustrativo evidenciando os folículos ovarianos encontrados no córtex ovariano Identifique as estruturas apontadas:
  • 31. 31 Lâmina 02: Corte histológico de Testículo – HE Envolvendo cada testículo há uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso, denominada túnica albugínea. A partir desta túnica estende-se vários septos de tecido conjuntivo que invade o interior do testículo, dividindo-o em lóbulos. Cada um dos lóbulos contém de um a quatro túbulos seminíferos, bastante contorcidos, que possuem as células espermatogênicas em diferentes fases de diferenciação. No epitélio seminífero, encontramos também as células de Sertoli que tem como função secretar moléculas e proteínas importantes no processo de gametogênese e fagocitar o excesso de citoplasma nas espermátides durante a diferenciação em espermatozóides. Entre esses túbulos estão presentes pequenos vasos sanguíneos e linfáticos, assim como as células intersticiais ou de Leydig (produtoras de testosterona). Na objetiva de 40X, esquematize as células espermatogênicas (espermatogônias, espermatócitos, espermátides e espermatozóides) encontradas no túbulo seminífero.
  • 32. 32 Identifique as estruturas apontadas nas ilustrações abaixo.
  • 33. 33 AULA 10: Primeira Semana de Desenvolvimento Embrionário Identifique as estruturas apontadas e escreva um pequeno texto descrevendo os eventos representados abaixo:
  • 34. 34
  • 35. 35
  • 36. 36 Aula 11: Segunda Semana de Desenvolvimento Embrionário Identifique as estruturas apontadas nas ilustrações abaixo:
  • 37. 37
  • 38. 38 AULA 12: Terceira Semana de Desenvolvimento Embrionário Identifique as estruturas apontadas nas ilustrações abaixo: Na fotomicrografia eletrônica de varredura acima, pinte de cor diferente os três tecidos embrionários e faça uma legenda.
  • 39. 39 Identifique as estruturas apontadas nas ilustrações abaixo:
  • 40. 40 Na fotomicrografia eletrônica de varredura abaixo, pinte o tubo neural, as células das cristas neirais e o ectoderma, de cores diferentes e faça uma legenda. Detalhe das células da crista neural
  • 41. 41 AULA 13: Período Embrionário: 4ª a 8ª Semana Identifique as estruturas enumeradas nas ilustrações abaixo: 1) 6) 2) 7) 3) 8) 4) 9) 5) 10) 1 2 3 5 6 4 7 8 10 9
  • 42. 42 Na figura acima, pinte de cores diferentes os três tipos de mesoderma intra-embrionário e faça uma legenda.
  • 43. 43 Identifique as estruturas enumeradas nas ilustrações abaixo: Indique a semana de desenvolvimento que se encontra cada embrião abaixo:
  • 44. 44 1) 2) 3) AULA 14: Placenta e Anexos Embrionários Identifique as estruturas nas ilustrações abaixo:
  • 45. 45 1) 4) 7) 2) 5) 8) 3) 6) 9) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1) 2) 3) 6) 5) 4)