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UNIVERSIDA DE VEIGA DE ALMEIDA


                        CABO FRIO




RELATÓRIO SOBRE A AREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE MASSAMBABA


            ALUNO: WILLIAN DE AZEVEDO ALMEIDA




                      RIO DE JANEIRO
                       JUNHO DE 2012
ALUNO: WILLIAN DE AZEVEDO ALMEIDA




RELATÓRIO SOBRE A AREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE MASSAMBABA




                                            Trabalho apresentado ao Professor:
                                                      Luiz Carlos Teixeira Junior.
                                            Disciplina: Gestão de Ecossistemas
                                                                    Turno: Noite.
                           Curso: Graduação Tecnológica Em Gestão Ambiental




                        UVA – Cabo Frio
                Rio de Janeiro - 2 de Junho de 2012
SUMÁRIO




1 – Introdução      ____________    p. 4


2 – APA de Massambaba _________ p. 5, 6 e 7


3 – Projetos de Urbanização   ___   p. 8


4 – Parcelamento do Solo _________ p. 8 e 9


5 - Áreas não Edificantes _________ p. 10


6 – Zoneamento da APA __________ p. 11


7 – Conclusão ____________________ p. 12


8 – Bibliografia __________________ p. 13


9 – Índice de Figuras
 •   Figura 1 ( Mapa da APA de Massambaba – Fonte: Inea. ) ___ p. 6
 •   Figura 2 (Imagem de satélite - Lagoa de Araruama ) _______ p. 7
 •   Figura 3: Mapa do Zoneamento da APA de Massambaba ____ p. 11
1 – Introdução


O presente relatório tem como objetivo apresentar a Área de proteção Ambiental de
Massambaba localizada nas faixas marítima e costeira, compreendidas entre os Municípios de
Saquarema e Arraial do Cabo, localizados no Estado do Rio de Janeiro. Parte como um dos
focos do trabalho a apresentação das localizações e restrições de uso da Apa, há relatos de
espécies de fauna e flora da região, assim como a elaboração desse relatório tenta fazer uma
abordagem séria e cuidadosa sobre todos os requisitos legais que são exigidos dentro de uma
área de preservação. Ampliando a visão do relatório sobre a especulação imobiliária,
preservação ambiental e parcelamento do solo. Visando a utilização de meios de pesquisa da
atualidade focando-se nos decretos e leis atuais e anteriores.
2 – Área de Proteção Ambiental de Massambaba


A APA Massambaba foi criada pelo Governo Estadual através do Decreto 9.529 de dezembro
de 1986, com os objetivos de: preservar uma das últimas áreas remanescentes de restinga,
lagoas costeiras e brejos, ainda em bom estado de conservação, responsáveis pelo abrigo de
inúmeras espécies de aves migratórias e habitat de espécies vegetais endêmicas; preservar
inúmeros sítios arqueológicos, fundamentais para pesquisas científicas; e manter a grande
sequência de dunas ali existentes revestidas de vegetação protetora.

A APA abrange as áreas de 3 municípios: Arraial do Cabo, Araruama e Saquarema, situada
num importante destino turístico e de veraneio no Estado, sendo composta por uma faixa de
terra situada entre a Lagoa de Araruama e o Oceano Atlântico, com uma área total de 76,3
Km2, 26 km de praia, largura máxima de 6 Km e mínima de 0,35 Km. Apresenta uma longa
faixa de restinga, e um complexo sistema de lagunas, com a presença de dois cordões
arenosos que separam do mar, as lagoas de Araruama e de Jacarepiá, as maiores em extensão
e volume de água nessa região.

A APA de Massambaba é provida de belezas naturais exuberantes, tendo como relevante
representante da sua fauna o mico-leão-dourado (Leontopthecus rosalia) e o lagarto-branco-
da-praia (Liolaemus lutzae), tendo, também, grande potencial para pesquisa científica, pesca
(no mar e na lagoa) e esportes náuticos (na Lagoa de Araruama, principal corpo d’água da
APA), além de possuir diversas lagoas e brejos costeiros.
Esta Unidade de Conservação possui plano de manejo instituído pelo Decreto Estadual nº
41.820, de 16 de abril de 2009.
Figura 1: Mapa da APA de Massambaba – Fonte: Inea.
Classificações de zonas distintas: Zona de Ocupação Controlada (ZOC), Zonas de
Conservação da Vida Silvestre (ZCVS), Zonas de Preservação da Vida Silvestre
(ZPVS),Zona de Influência Ecológica (ZIE), Zona de Uso Agropecuário (ZUAP) e Zona
Especial para Desenvolvimento de Estudos Ambientais (ZEDEA).


Na área da restinga encontram-se as Reservas Ecológicas de Jacarepiá (Saquarema) e de
Massambaba (Arraial do Cabo), incorporadas na Área de Preservação Ambiental da
Massambaba, criada pelo Decreto Estadual 9529-Cde 15 de dezembro de 1986. No seu
território encontra-se diversos ecossistemas de suma importância ecológica, tais como
restingas arbustivas e arbóreas, lagoas costeiras, manguezais, brejos, dunas, espécies
endêmicas, além de importantes sítios arqueológicos de sambaquis. Nesse ecossistema,
devemos destacar a importância da lagoa de Araruama, que é considerada uma das maiores
lagunas costeiras do mundo, com uma dimensão de aproximadamente 200 km².
Figura 2: Lagoa de Araruama - Imagem de satélite - Fonte: Google Mapas.


A Lagoa de Araruama apresenta como característica marcante alto teor de salinidade (na
ordem de 55º/oo), que chega a ser o dobro da água do mar (André, D.L. et all, 1981),
possibilitando assim a extração de sal natural, atividade tradicional da região, responsável
pelo início do processo de ocupação na restinga. O principal e mais grave problema ambiental
da região é a ocupação ilegal de terras públicas pela especulação imobiliária, com a
conivência do poder público municipal e estadual. Alguns outros problemas ambientais são:
A situação fundiária irregular; desmatamentos; retirada de areia das dunas, aterros e
loteamentos totalmente ilegais.
O início do processo de ocupação irregular da área da restinga ocorreu em meados da década
de 1980, segundo dados do Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ). Desde então,
apesar da iniciativa do Estado, em criar a Área de Proteção Ambiental da Massambaba
(Decreto Estadual 9529-C de15 de dezembro de 1986), que visava à regulação do uso do solo
da região, não foi possível impedir o crescimento irregular e desordenado de
empreendimentos imobiliários. Esse crescimento foi impulsionado pela dinamização do
turismo, facilidade no transporte e vias de acesso, principalmente nas duas últimas décadas,
onde a procura por residências e terrenos para veraneio aumentou e provocou a rápida
expansão de loteamentos, estabelecimentos comerciais, hotéis e marinas.
3 – Projetos de Urbanização


De Acordo com o Art. 4º - Nenhum projeto de urbanização poderá ser implantado na APA de
Massambaba sem a licença ambiental expedida pelo Órgão Ambiental do Estado, que exigirá:


a) Adequação com o zoneamento ecológico-econômico da área;


b) Implantação de sistema de coleta e tratamento de esgotos;


c) Sistema de vias públicas com galerias de águas pluviais;


d) Lotes de tamanho mínimo suficiente para o plantio de árvores em pelo menos 20% (vinte
por cento) da área do terreno;


e) Implantação de áreas verdes, com plantio de espécies nativas, frutíferas e floríferas,
preferencialmente da restinga, para manutenção da paisagem e apoio à fauna;


f) Caberá ao órgão gestor a demarcação dos corredores ecológicos.


     4 – Parcelamento do Solo


De acordo com o art. 6º - O parcelamento do solo na APA de Massambaba deverá obedecer
às seguintes condições:


I - Não será permitido o parcelamento do solo:


a) em terrenos cujas condições geológicas ou geotécnicas não aconselhem a edificação;
b) em Zonas de Preservação da Vida Silvestre (ZPVS);
c) em Zonas de Conservação da Vida Silvestre (ZCVS);
d) em cordões de restingas com ou sem vegetação fixadora, alagadiços e brejos, dunas (com
ou sem sua vegetação fixadora), manguezais, esporões, praias, áreas estuarinas, nas faixas
marginais das lagoas conforme Lei Estadual nº 1.130 e Decreto Estadual nº 9.760, nos
equipamentos que compõem as salinas, como marnéis, diques, tanques de cristalização
(acrescidos sobre a Lagoa) e outros que impeçam a livre circulação das águas, Deliberação
CECA nº 442, de 24/11/1983 e em áreas onde as sondagens, necessárias ao licenciamento,
comprovarem que anteriormente eram ocupadas por lagoas e brejos;.


   •   Não será permitida qualquer edificação nas faixas marginais de proteção dos rios e ou
       de qualquer curso d´água, nos termos da Lei federal nº4.771, de 15/09/1965
       (Excetuando os casos enquadrados na Resolução Conama n. 369/07).


II - Todos os projetos de parcelamento do solo deverão prever servidão de acesso à praia
(oceânica e de lagoa) pelo menos de 100 (cem) em 100 (cem) metros.


III - Os projetos de parcelamento localizados no interior da APA, nas ZOCs e/ou ZEUFs
deverão atender aos seguintes requisitos:




As obras que exigirem movimento de terra deverão ser executadas segundo projeto que
assegure:


   •   A proteção dos corpos d'água contra assoreamento e erosão;


   •   A proteção e preservação da vegetação nativa. A implantação de empreendimentos
       somente ocorrerá após a execução dos dispositivos de tratamento de esgotos
       aprovados no licenciamento ambiental, sendo esta obrigação intransferível aos futuros
       proprietários: As áreas parceláveis manterão uma faixa de afastamento, nunca inferior
       a 15 (quinze) metros, não edificável, daquelas denominadas de preservação
       permanente;


Deverá ser comprovada a viabilidade para implantação dos seguintes equipamentos urbanos:
a) rede e equipamento para abastecimento de água potável;
b) rede de escoamento de águas pluviais;
c) sistema de coleta de lixo.
5 – Áreas não Edificantes


São consideradas não edificantes as seguintes áreas:


   •    Nas ZPVS Zonas de Preservação da Vida Silvestre, exceto as obras indispensáveis à
        recuperação e fiscalização da APA ou em RPPN nos termos do Plano de Manejo
        devidamente aprovado;


   •    Nas áreas consideradas de preservação permanente;


        II - É vedada a implantação de indústrias de médio e grande porte no interior da APA,
        bem como a ampliação das já instaladas, independente da sua tipologia industrial, e de
        indústrias de pequeno porte com médio e alto potencial poluidor, de acordo com os
        critérios de classificação estabelecidos pela CECA.


        III - É vedada a extração mineral de qualquer natureza no território da Área de
        Proteção Ambiental de Massambaba.


        IV - São proibidos no território da APA:


        a) aterros em espelho d'água;
        b) lançamento de efluentes líquidos sem processo de tratamento ou que não atendam
        aos padrões de lançamento previstos pela legislação em vigor;


        c) lançamento de resíduos sólidos de qualquer natureza;
        d) a existência de vazadouros de lixo e/ou aterros sanitários;
        e) construção de cais, píer, atracadouros ou similares que interfiram na circulação das
        águas, sem licenciamento ambiental;
        f) construção de praias artificiais, a não ser em áreas comprovadamente degradadas e
        para uso público. A construção dependerá de licença ambiental.
6   – Zoneamento da Apa de Massambaba


Visando se enquadrar na Lei Federal 9.985, de 18 de Julho de 2000, que instituiu o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC, que estabelece critérios e normas
para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação, o governo estadual lançou
no ano de 2002, através da extinta Fundação Estadual de Engenharia e Meio Ambiente
(FEEMA), o plano diretor para a área da APA de Massambaba. O maior avanço que o plano
diretor apresentou quanto à problemática em curso, foi à criação da representação cartográfica
do zoneamento da APA de Massambaba, onde a área de proteção foi dividida em seis
classificações de zonas distintas: Zona de Ocupação Controlada (ZOC), Zonas de
Conservação da Vida Silvestre (ZCVS), Zonas de Preservação da Vida Silvestre
(ZPVS),Zona de Influência Ecológica (ZIE), Zona de Uso Agropecuário (ZUAP) e Zona
Especial para Desenvolvimento de Estudos Ambientais (ZEDEA).




Figura 3: Mapa do Zoneamento da APA de Massambaba Fonte: Plano Diretor da APA de
Massambaba – FEEMA (2002)
No ano de 2009, o governo estadual aprovou o Plano de Manejo da Área de Proteção
Ambiental de Massambaba, através do decreto 41.820 de 16 de abril, que busca disciplinar a
ocupação do solo e minimizar a degradação ambiental.
7 – CONCLUSÃO


Analisando a região e proximidades da APA, identifica-se um intenso processo de ocupação
na região que causou também um impacto significativo no meio ambiente local.
Provavelmente todos impactos ambientais não foram causados por resultado da especulação
imobiliária uma vez que, pela própria análise do processo de ocupação, a devastação da
natureza teve início muito antes, quando foram abertos os canais de ligação entre as lagoas,
provocando um grande assoreamento na região.
Uma enorme chance do crescimento imobiliário surgido na década de 1980 ter feito com que
muitos loteamentos ainda no papel viessem a ser comercializados, contribuindo para a sua
efetiva ocupação e conseqüente degradação de seu sítio natural. As mudanças que se
sucederam no espaço urbano, os novos fluxos de pessoas, investimentos, e um enorme
crescimento desordenado atua diretamente para o crescimento de construções na localidade e
a diminuição de espaço territorial agrava ainda mais as invasões para áreas de preservação
ambiental desencadeando uma seção de impactos ambiental, sendo muitos deles irreversíveis.
A análise da implantação de projetos de urbanização na APA de Massambaba se apoiou na
elaboração de uma questão problemática pois trata de construções ou invasões dentro de áreas
com fauna e flora nativa, uma coisa um pouco difícil de ser analisada, pois existem diversos
fatores de risco.
5 - BIBLIOGRAFIA

Livros
André, D.L. et all, 1981- “Estudo preliminar sobre as condições hidroquímicas na Lagoa de
Araruama, RJ” Inst.Pesq. Mar. 35


CORRÊA, Roberto Lobato; GOMES, Paulo César da Costa. CASTRO Iná Elias (Orgs.).
Geografia: Conceitos e Temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.


FEEMA /Plano Diretor Fundação Estadual de Engenharia de Meio Ambiente. 2002. Área de
Proteção da Massambaba Plano Diretor Rio de Janeiro: Governo do Estado Rio de Janeiro/
Secretaria de Estado Planejamento Ambiental DEP.


LAMEGO, A. Ciclo Evolutivo das Lagunas Fluminenses. Rio de Janeiro, Ministério da
Agricultura, Departamento Nacional de Produção Mineral. Divisão de Geologia e
Mineralogia, Bol. 118, 48 p., 1940


MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Sistema Nacional de Unidades de Conservação –
SNUC. Grafimaq, Brasília, 2000.


Material da Internet

http://geusoinearj.blogspot.com.br/2011/02/area-de-protecao-ambiental-de_22.html
Acesso 01/06/2012


http://www.lagossaojoao.org.br/la-qualidadeaguas.htm Acesso: 01/06/2012


http://www.inea.rj.gov.br/apa/apa_massambaba.asp Acesso 01/06/2012


http://www.inea.rj.gov.br/legislacao/docs/9529.pdf Acesso 01/06/2012
DECRETO Nº. 9.529-C DE 15 DE DEZEMBRO DE 1986.


http://maps.google.com.br Lagoa de Araruama - Acesso: 01/06/2012


http://www.massambaba.3rstudio.com.br Acesso 01/06/2012

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Relatorio apa de massambaba

  • 1. UNIVERSIDA DE VEIGA DE ALMEIDA CABO FRIO RELATÓRIO SOBRE A AREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE MASSAMBABA ALUNO: WILLIAN DE AZEVEDO ALMEIDA RIO DE JANEIRO JUNHO DE 2012
  • 2. ALUNO: WILLIAN DE AZEVEDO ALMEIDA RELATÓRIO SOBRE A AREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE MASSAMBABA Trabalho apresentado ao Professor: Luiz Carlos Teixeira Junior. Disciplina: Gestão de Ecossistemas Turno: Noite. Curso: Graduação Tecnológica Em Gestão Ambiental UVA – Cabo Frio Rio de Janeiro - 2 de Junho de 2012
  • 3. SUMÁRIO 1 – Introdução ____________ p. 4 2 – APA de Massambaba _________ p. 5, 6 e 7 3 – Projetos de Urbanização ___ p. 8 4 – Parcelamento do Solo _________ p. 8 e 9 5 - Áreas não Edificantes _________ p. 10 6 – Zoneamento da APA __________ p. 11 7 – Conclusão ____________________ p. 12 8 – Bibliografia __________________ p. 13 9 – Índice de Figuras • Figura 1 ( Mapa da APA de Massambaba – Fonte: Inea. ) ___ p. 6 • Figura 2 (Imagem de satélite - Lagoa de Araruama ) _______ p. 7 • Figura 3: Mapa do Zoneamento da APA de Massambaba ____ p. 11
  • 4. 1 – Introdução O presente relatório tem como objetivo apresentar a Área de proteção Ambiental de Massambaba localizada nas faixas marítima e costeira, compreendidas entre os Municípios de Saquarema e Arraial do Cabo, localizados no Estado do Rio de Janeiro. Parte como um dos focos do trabalho a apresentação das localizações e restrições de uso da Apa, há relatos de espécies de fauna e flora da região, assim como a elaboração desse relatório tenta fazer uma abordagem séria e cuidadosa sobre todos os requisitos legais que são exigidos dentro de uma área de preservação. Ampliando a visão do relatório sobre a especulação imobiliária, preservação ambiental e parcelamento do solo. Visando a utilização de meios de pesquisa da atualidade focando-se nos decretos e leis atuais e anteriores.
  • 5. 2 – Área de Proteção Ambiental de Massambaba A APA Massambaba foi criada pelo Governo Estadual através do Decreto 9.529 de dezembro de 1986, com os objetivos de: preservar uma das últimas áreas remanescentes de restinga, lagoas costeiras e brejos, ainda em bom estado de conservação, responsáveis pelo abrigo de inúmeras espécies de aves migratórias e habitat de espécies vegetais endêmicas; preservar inúmeros sítios arqueológicos, fundamentais para pesquisas científicas; e manter a grande sequência de dunas ali existentes revestidas de vegetação protetora. A APA abrange as áreas de 3 municípios: Arraial do Cabo, Araruama e Saquarema, situada num importante destino turístico e de veraneio no Estado, sendo composta por uma faixa de terra situada entre a Lagoa de Araruama e o Oceano Atlântico, com uma área total de 76,3 Km2, 26 km de praia, largura máxima de 6 Km e mínima de 0,35 Km. Apresenta uma longa faixa de restinga, e um complexo sistema de lagunas, com a presença de dois cordões arenosos que separam do mar, as lagoas de Araruama e de Jacarepiá, as maiores em extensão e volume de água nessa região. A APA de Massambaba é provida de belezas naturais exuberantes, tendo como relevante representante da sua fauna o mico-leão-dourado (Leontopthecus rosalia) e o lagarto-branco- da-praia (Liolaemus lutzae), tendo, também, grande potencial para pesquisa científica, pesca (no mar e na lagoa) e esportes náuticos (na Lagoa de Araruama, principal corpo d’água da APA), além de possuir diversas lagoas e brejos costeiros. Esta Unidade de Conservação possui plano de manejo instituído pelo Decreto Estadual nº 41.820, de 16 de abril de 2009.
  • 6. Figura 1: Mapa da APA de Massambaba – Fonte: Inea. Classificações de zonas distintas: Zona de Ocupação Controlada (ZOC), Zonas de Conservação da Vida Silvestre (ZCVS), Zonas de Preservação da Vida Silvestre (ZPVS),Zona de Influência Ecológica (ZIE), Zona de Uso Agropecuário (ZUAP) e Zona Especial para Desenvolvimento de Estudos Ambientais (ZEDEA). Na área da restinga encontram-se as Reservas Ecológicas de Jacarepiá (Saquarema) e de Massambaba (Arraial do Cabo), incorporadas na Área de Preservação Ambiental da Massambaba, criada pelo Decreto Estadual 9529-Cde 15 de dezembro de 1986. No seu território encontra-se diversos ecossistemas de suma importância ecológica, tais como restingas arbustivas e arbóreas, lagoas costeiras, manguezais, brejos, dunas, espécies endêmicas, além de importantes sítios arqueológicos de sambaquis. Nesse ecossistema, devemos destacar a importância da lagoa de Araruama, que é considerada uma das maiores lagunas costeiras do mundo, com uma dimensão de aproximadamente 200 km².
  • 7. Figura 2: Lagoa de Araruama - Imagem de satélite - Fonte: Google Mapas. A Lagoa de Araruama apresenta como característica marcante alto teor de salinidade (na ordem de 55º/oo), que chega a ser o dobro da água do mar (André, D.L. et all, 1981), possibilitando assim a extração de sal natural, atividade tradicional da região, responsável pelo início do processo de ocupação na restinga. O principal e mais grave problema ambiental da região é a ocupação ilegal de terras públicas pela especulação imobiliária, com a conivência do poder público municipal e estadual. Alguns outros problemas ambientais são: A situação fundiária irregular; desmatamentos; retirada de areia das dunas, aterros e loteamentos totalmente ilegais. O início do processo de ocupação irregular da área da restinga ocorreu em meados da década de 1980, segundo dados do Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ). Desde então, apesar da iniciativa do Estado, em criar a Área de Proteção Ambiental da Massambaba (Decreto Estadual 9529-C de15 de dezembro de 1986), que visava à regulação do uso do solo da região, não foi possível impedir o crescimento irregular e desordenado de empreendimentos imobiliários. Esse crescimento foi impulsionado pela dinamização do turismo, facilidade no transporte e vias de acesso, principalmente nas duas últimas décadas, onde a procura por residências e terrenos para veraneio aumentou e provocou a rápida expansão de loteamentos, estabelecimentos comerciais, hotéis e marinas.
  • 8. 3 – Projetos de Urbanização De Acordo com o Art. 4º - Nenhum projeto de urbanização poderá ser implantado na APA de Massambaba sem a licença ambiental expedida pelo Órgão Ambiental do Estado, que exigirá: a) Adequação com o zoneamento ecológico-econômico da área; b) Implantação de sistema de coleta e tratamento de esgotos; c) Sistema de vias públicas com galerias de águas pluviais; d) Lotes de tamanho mínimo suficiente para o plantio de árvores em pelo menos 20% (vinte por cento) da área do terreno; e) Implantação de áreas verdes, com plantio de espécies nativas, frutíferas e floríferas, preferencialmente da restinga, para manutenção da paisagem e apoio à fauna; f) Caberá ao órgão gestor a demarcação dos corredores ecológicos. 4 – Parcelamento do Solo De acordo com o art. 6º - O parcelamento do solo na APA de Massambaba deverá obedecer às seguintes condições: I - Não será permitido o parcelamento do solo: a) em terrenos cujas condições geológicas ou geotécnicas não aconselhem a edificação; b) em Zonas de Preservação da Vida Silvestre (ZPVS); c) em Zonas de Conservação da Vida Silvestre (ZCVS); d) em cordões de restingas com ou sem vegetação fixadora, alagadiços e brejos, dunas (com ou sem sua vegetação fixadora), manguezais, esporões, praias, áreas estuarinas, nas faixas marginais das lagoas conforme Lei Estadual nº 1.130 e Decreto Estadual nº 9.760, nos equipamentos que compõem as salinas, como marnéis, diques, tanques de cristalização (acrescidos sobre a Lagoa) e outros que impeçam a livre circulação das águas, Deliberação
  • 9. CECA nº 442, de 24/11/1983 e em áreas onde as sondagens, necessárias ao licenciamento, comprovarem que anteriormente eram ocupadas por lagoas e brejos;. • Não será permitida qualquer edificação nas faixas marginais de proteção dos rios e ou de qualquer curso d´água, nos termos da Lei federal nº4.771, de 15/09/1965 (Excetuando os casos enquadrados na Resolução Conama n. 369/07). II - Todos os projetos de parcelamento do solo deverão prever servidão de acesso à praia (oceânica e de lagoa) pelo menos de 100 (cem) em 100 (cem) metros. III - Os projetos de parcelamento localizados no interior da APA, nas ZOCs e/ou ZEUFs deverão atender aos seguintes requisitos: As obras que exigirem movimento de terra deverão ser executadas segundo projeto que assegure: • A proteção dos corpos d'água contra assoreamento e erosão; • A proteção e preservação da vegetação nativa. A implantação de empreendimentos somente ocorrerá após a execução dos dispositivos de tratamento de esgotos aprovados no licenciamento ambiental, sendo esta obrigação intransferível aos futuros proprietários: As áreas parceláveis manterão uma faixa de afastamento, nunca inferior a 15 (quinze) metros, não edificável, daquelas denominadas de preservação permanente; Deverá ser comprovada a viabilidade para implantação dos seguintes equipamentos urbanos: a) rede e equipamento para abastecimento de água potável; b) rede de escoamento de águas pluviais; c) sistema de coleta de lixo.
  • 10. 5 – Áreas não Edificantes São consideradas não edificantes as seguintes áreas: • Nas ZPVS Zonas de Preservação da Vida Silvestre, exceto as obras indispensáveis à recuperação e fiscalização da APA ou em RPPN nos termos do Plano de Manejo devidamente aprovado; • Nas áreas consideradas de preservação permanente; II - É vedada a implantação de indústrias de médio e grande porte no interior da APA, bem como a ampliação das já instaladas, independente da sua tipologia industrial, e de indústrias de pequeno porte com médio e alto potencial poluidor, de acordo com os critérios de classificação estabelecidos pela CECA. III - É vedada a extração mineral de qualquer natureza no território da Área de Proteção Ambiental de Massambaba. IV - São proibidos no território da APA: a) aterros em espelho d'água; b) lançamento de efluentes líquidos sem processo de tratamento ou que não atendam aos padrões de lançamento previstos pela legislação em vigor; c) lançamento de resíduos sólidos de qualquer natureza; d) a existência de vazadouros de lixo e/ou aterros sanitários; e) construção de cais, píer, atracadouros ou similares que interfiram na circulação das águas, sem licenciamento ambiental; f) construção de praias artificiais, a não ser em áreas comprovadamente degradadas e para uso público. A construção dependerá de licença ambiental.
  • 11. 6 – Zoneamento da Apa de Massambaba Visando se enquadrar na Lei Federal 9.985, de 18 de Julho de 2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC, que estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação, o governo estadual lançou no ano de 2002, através da extinta Fundação Estadual de Engenharia e Meio Ambiente (FEEMA), o plano diretor para a área da APA de Massambaba. O maior avanço que o plano diretor apresentou quanto à problemática em curso, foi à criação da representação cartográfica do zoneamento da APA de Massambaba, onde a área de proteção foi dividida em seis classificações de zonas distintas: Zona de Ocupação Controlada (ZOC), Zonas de Conservação da Vida Silvestre (ZCVS), Zonas de Preservação da Vida Silvestre (ZPVS),Zona de Influência Ecológica (ZIE), Zona de Uso Agropecuário (ZUAP) e Zona Especial para Desenvolvimento de Estudos Ambientais (ZEDEA). Figura 3: Mapa do Zoneamento da APA de Massambaba Fonte: Plano Diretor da APA de Massambaba – FEEMA (2002) No ano de 2009, o governo estadual aprovou o Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental de Massambaba, através do decreto 41.820 de 16 de abril, que busca disciplinar a ocupação do solo e minimizar a degradação ambiental.
  • 12. 7 – CONCLUSÃO Analisando a região e proximidades da APA, identifica-se um intenso processo de ocupação na região que causou também um impacto significativo no meio ambiente local. Provavelmente todos impactos ambientais não foram causados por resultado da especulação imobiliária uma vez que, pela própria análise do processo de ocupação, a devastação da natureza teve início muito antes, quando foram abertos os canais de ligação entre as lagoas, provocando um grande assoreamento na região. Uma enorme chance do crescimento imobiliário surgido na década de 1980 ter feito com que muitos loteamentos ainda no papel viessem a ser comercializados, contribuindo para a sua efetiva ocupação e conseqüente degradação de seu sítio natural. As mudanças que se sucederam no espaço urbano, os novos fluxos de pessoas, investimentos, e um enorme crescimento desordenado atua diretamente para o crescimento de construções na localidade e a diminuição de espaço territorial agrava ainda mais as invasões para áreas de preservação ambiental desencadeando uma seção de impactos ambiental, sendo muitos deles irreversíveis. A análise da implantação de projetos de urbanização na APA de Massambaba se apoiou na elaboração de uma questão problemática pois trata de construções ou invasões dentro de áreas com fauna e flora nativa, uma coisa um pouco difícil de ser analisada, pois existem diversos fatores de risco.
  • 13. 5 - BIBLIOGRAFIA Livros André, D.L. et all, 1981- “Estudo preliminar sobre as condições hidroquímicas na Lagoa de Araruama, RJ” Inst.Pesq. Mar. 35 CORRÊA, Roberto Lobato; GOMES, Paulo César da Costa. CASTRO Iná Elias (Orgs.). Geografia: Conceitos e Temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995. FEEMA /Plano Diretor Fundação Estadual de Engenharia de Meio Ambiente. 2002. Área de Proteção da Massambaba Plano Diretor Rio de Janeiro: Governo do Estado Rio de Janeiro/ Secretaria de Estado Planejamento Ambiental DEP. LAMEGO, A. Ciclo Evolutivo das Lagunas Fluminenses. Rio de Janeiro, Ministério da Agricultura, Departamento Nacional de Produção Mineral. Divisão de Geologia e Mineralogia, Bol. 118, 48 p., 1940 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC. Grafimaq, Brasília, 2000. Material da Internet http://geusoinearj.blogspot.com.br/2011/02/area-de-protecao-ambiental-de_22.html Acesso 01/06/2012 http://www.lagossaojoao.org.br/la-qualidadeaguas.htm Acesso: 01/06/2012 http://www.inea.rj.gov.br/apa/apa_massambaba.asp Acesso 01/06/2012 http://www.inea.rj.gov.br/legislacao/docs/9529.pdf Acesso 01/06/2012 DECRETO Nº. 9.529-C DE 15 DE DEZEMBRO DE 1986. http://maps.google.com.br Lagoa de Araruama - Acesso: 01/06/2012 http://www.massambaba.3rstudio.com.br Acesso 01/06/2012