SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 3
Descargar para leer sin conexión
Defini¸˜o
     ca
Seja V um espa¸o vetorial sobre um corpo K . Um subconjunto S ⊂ V ´
                      c                                                          e
dito ser linearmente independente se existem, para escalares
α1 , α2 , . . . , αn ∈ K e vetores v1 , v2 , . . . , vn ∈ S, a combina¸˜o linear
                                                                      ca

                                α1 v1 + α2 v2 + · · · + αn vn = 0

implica que α1 = α2 = · · · = αn = 0.
     se S n˜o ´ linearment independente, dizemos que ele ´ linearmente
           a e                                           e
     dependente.




   Willian Vieira de Paula ()           Aula 4 - Base e dimens˜o
                                                              a     21 de mar¸o de 2012
                                                                             c            1/3
Exemplo
Seja S = {(1, 0), (i, 0), (0, 1), (0, i)} ⊂ C2 .
Se considerarmos C2 como espa¸o vetorial sobre C, ent˜o S ´ linearmente
                                    c                         a     e
dependente, pois (0, 0) = 1 · (1, 0) + i · (i, 0) + 0 · (0, 1) + 0 · (0, i).
No entanto, S ´ linearmente independente se considerarmos C2 como
                e
espa¸o vetorial sobre R.
    c




   Willian Vieira de Paula ()   Aula 4 - Base e dimens˜o
                                                      a    21 de mar¸o de 2012
                                                                    c            2/3
Defini¸˜o
     ca
Seja V um espa¸o vetorial. Um subconjunto B ⊂ V ´ base de V se:
              c                                 e
  1     B ´ um conjunto linearmente independente;
          e
  2     V = [B].

Teorema
Seja V um espa¸o vetorial gerato por um conjunto finito de vetores
                        c
v1 , v2 , . . . , vn . Ent˜o qualquer conjunto linearmente independente de
                          a
vetores em V n˜o pode conter mais do que n vetores.
                        a




      Willian Vieira de Paula ()   Aula 4 - Base e dimens˜o
                                                         a    21 de mar¸o de 2012
                                                                       c            3/3

Más contenido relacionado

Similar a Definição de subconjunto linearmente independente e base de um espaço vetorial

Tópicos em Matemática - Aula 3: Subespaços Vetoriais
Tópicos em Matemática - Aula 3: Subespaços VetoriaisTópicos em Matemática - Aula 3: Subespaços Vetoriais
Tópicos em Matemática - Aula 3: Subespaços Vetoriaiswillianv
 
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 03
GEOMETRIA ANALÍTICA cap  03GEOMETRIA ANALÍTICA cap  03
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 03Andrei Bastos
 
Vetores-no-R2-e-no-R32.pdf
Vetores-no-R2-e-no-R32.pdfVetores-no-R2-e-no-R32.pdf
Vetores-no-R2-e-no-R32.pdfsilvania81
 
¦Lgebra linear 02 aula 01-01-produto escalar
¦Lgebra linear 02 aula 01-01-produto escalar¦Lgebra linear 02 aula 01-01-produto escalar
¦Lgebra linear 02 aula 01-01-produto escalarPedro Povoleri
 
Algebra Linear cap 03
Algebra Linear cap 03Algebra Linear cap 03
Algebra Linear cap 03Andrei Bastos
 

Similar a Definição de subconjunto linearmente independente e base de um espaço vetorial (7)

Tópicos em Matemática - Aula 3: Subespaços Vetoriais
Tópicos em Matemática - Aula 3: Subespaços VetoriaisTópicos em Matemática - Aula 3: Subespaços Vetoriais
Tópicos em Matemática - Aula 3: Subespaços Vetoriais
 
1928 d
1928 d1928 d
1928 d
 
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 03
GEOMETRIA ANALÍTICA cap  03GEOMETRIA ANALÍTICA cap  03
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 03
 
Vetores-no-R2-e-no-R32.pdf
Vetores-no-R2-e-no-R32.pdfVetores-no-R2-e-no-R32.pdf
Vetores-no-R2-e-no-R32.pdf
 
¦Lgebra linear 02 aula 01-01-produto escalar
¦Lgebra linear 02 aula 01-01-produto escalar¦Lgebra linear 02 aula 01-01-produto escalar
¦Lgebra linear 02 aula 01-01-produto escalar
 
Revisão de Matrizes e Espaços Vetoriais
Revisão de Matrizes e Espaços VetoriaisRevisão de Matrizes e Espaços Vetoriais
Revisão de Matrizes e Espaços Vetoriais
 
Algebra Linear cap 03
Algebra Linear cap 03Algebra Linear cap 03
Algebra Linear cap 03
 

Más de willianv

Tópicos em Matemática - Aula 6: Transformações Lineares
Tópicos em Matemática - Aula 6: Transformações LinearesTópicos em Matemática - Aula 6: Transformações Lineares
Tópicos em Matemática - Aula 6: Transformações Lineareswillianv
 
Cálculo II - Aula 3: Integração por partes
Cálculo II - Aula 3: Integração por partesCálculo II - Aula 3: Integração por partes
Cálculo II - Aula 3: Integração por parteswillianv
 
Cálculo II - Aula 4: Integração de funções trigonométricas
Cálculo II - Aula 4: Integração de funções trigonométricasCálculo II - Aula 4: Integração de funções trigonométricas
Cálculo II - Aula 4: Integração de funções trigonométricaswillianv
 
Cálculo II - Aula 5: Exercícios com Integrais
Cálculo II - Aula 5: Exercícios com IntegraisCálculo II - Aula 5: Exercícios com Integrais
Cálculo II - Aula 5: Exercícios com Integraiswillianv
 
Cálculo II - Aula 6: Integrais definidas
Cálculo II - Aula 6: Integrais definidasCálculo II - Aula 6: Integrais definidas
Cálculo II - Aula 6: Integrais definidaswillianv
 
Cálculo II - Aula 8: Área e Integral Definida
Cálculo II - Aula 8: Área e Integral DefinidaCálculo II - Aula 8: Área e Integral Definida
Cálculo II - Aula 8: Área e Integral Definidawillianv
 
Cálculo II: Aula 9 - Integrais que resultam em funções trigonométricas inversas
Cálculo II: Aula 9 - Integrais que resultam em funções trigonométricas inversasCálculo II: Aula 9 - Integrais que resultam em funções trigonométricas inversas
Cálculo II: Aula 9 - Integrais que resultam em funções trigonométricas inversaswillianv
 
Cálculo II - Aula 7: Teorema Fundamental do Cálculo
Cálculo II - Aula 7: Teorema Fundamental do CálculoCálculo II - Aula 7: Teorema Fundamental do Cálculo
Cálculo II - Aula 7: Teorema Fundamental do Cálculowillianv
 
Cálculo 2: Aula 2 - Antiderivadas
Cálculo 2: Aula 2 - AntiderivadasCálculo 2: Aula 2 - Antiderivadas
Cálculo 2: Aula 2 - Antiderivadaswillianv
 
Cálculo 2 - Aula 1 - Antiderivada
Cálculo 2 - Aula 1 - AntiderivadaCálculo 2 - Aula 1 - Antiderivada
Cálculo 2 - Aula 1 - Antiderivadawillianv
 
LISTA DE EXERCÍCIOS - CONJUNTOS, NÚMEROS REAIS, RAZÃO E PROPORÇÃO
LISTA DE EXERCÍCIOS - CONJUNTOS, NÚMEROS REAIS, RAZÃO E PROPORÇÃOLISTA DE EXERCÍCIOS - CONJUNTOS, NÚMEROS REAIS, RAZÃO E PROPORÇÃO
LISTA DE EXERCÍCIOS - CONJUNTOS, NÚMEROS REAIS, RAZÃO E PROPORÇÃOwillianv
 
LISTA DE EXERCÍCIOS - OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS
LISTA DE EXERCÍCIOS - OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAISLISTA DE EXERCÍCIOS - OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS
LISTA DE EXERCÍCIOS - OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAISwillianv
 
Sistema De Medidas
Sistema De MedidasSistema De Medidas
Sistema De Medidaswillianv
 

Más de willianv (16)

Tópicos em Matemática - Aula 6: Transformações Lineares
Tópicos em Matemática - Aula 6: Transformações LinearesTópicos em Matemática - Aula 6: Transformações Lineares
Tópicos em Matemática - Aula 6: Transformações Lineares
 
Cálculo II - Aula 3: Integração por partes
Cálculo II - Aula 3: Integração por partesCálculo II - Aula 3: Integração por partes
Cálculo II - Aula 3: Integração por partes
 
Cálculo II - Aula 4: Integração de funções trigonométricas
Cálculo II - Aula 4: Integração de funções trigonométricasCálculo II - Aula 4: Integração de funções trigonométricas
Cálculo II - Aula 4: Integração de funções trigonométricas
 
Cálculo II - Aula 5: Exercícios com Integrais
Cálculo II - Aula 5: Exercícios com IntegraisCálculo II - Aula 5: Exercícios com Integrais
Cálculo II - Aula 5: Exercícios com Integrais
 
Cálculo II - Aula 6: Integrais definidas
Cálculo II - Aula 6: Integrais definidasCálculo II - Aula 6: Integrais definidas
Cálculo II - Aula 6: Integrais definidas
 
Cálculo II - Aula 8: Área e Integral Definida
Cálculo II - Aula 8: Área e Integral DefinidaCálculo II - Aula 8: Área e Integral Definida
Cálculo II - Aula 8: Área e Integral Definida
 
Cálculo II: Aula 9 - Integrais que resultam em funções trigonométricas inversas
Cálculo II: Aula 9 - Integrais que resultam em funções trigonométricas inversasCálculo II: Aula 9 - Integrais que resultam em funções trigonométricas inversas
Cálculo II: Aula 9 - Integrais que resultam em funções trigonométricas inversas
 
Cálculo II - Aula 7: Teorema Fundamental do Cálculo
Cálculo II - Aula 7: Teorema Fundamental do CálculoCálculo II - Aula 7: Teorema Fundamental do Cálculo
Cálculo II - Aula 7: Teorema Fundamental do Cálculo
 
Cálculo 2: Aula 2 - Antiderivadas
Cálculo 2: Aula 2 - AntiderivadasCálculo 2: Aula 2 - Antiderivadas
Cálculo 2: Aula 2 - Antiderivadas
 
Cálculo 2 - Aula 1 - Antiderivada
Cálculo 2 - Aula 1 - AntiderivadaCálculo 2 - Aula 1 - Antiderivada
Cálculo 2 - Aula 1 - Antiderivada
 
Cea 420
Cea 420Cea 420
Cea 420
 
CEA105
CEA105CEA105
CEA105
 
Cea104
Cea104Cea104
Cea104
 
LISTA DE EXERCÍCIOS - CONJUNTOS, NÚMEROS REAIS, RAZÃO E PROPORÇÃO
LISTA DE EXERCÍCIOS - CONJUNTOS, NÚMEROS REAIS, RAZÃO E PROPORÇÃOLISTA DE EXERCÍCIOS - CONJUNTOS, NÚMEROS REAIS, RAZÃO E PROPORÇÃO
LISTA DE EXERCÍCIOS - CONJUNTOS, NÚMEROS REAIS, RAZÃO E PROPORÇÃO
 
LISTA DE EXERCÍCIOS - OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS
LISTA DE EXERCÍCIOS - OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAISLISTA DE EXERCÍCIOS - OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS
LISTA DE EXERCÍCIOS - OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS
 
Sistema De Medidas
Sistema De MedidasSistema De Medidas
Sistema De Medidas
 

Definição de subconjunto linearmente independente e base de um espaço vetorial

  • 1. Defini¸˜o ca Seja V um espa¸o vetorial sobre um corpo K . Um subconjunto S ⊂ V ´ c e dito ser linearmente independente se existem, para escalares α1 , α2 , . . . , αn ∈ K e vetores v1 , v2 , . . . , vn ∈ S, a combina¸˜o linear ca α1 v1 + α2 v2 + · · · + αn vn = 0 implica que α1 = α2 = · · · = αn = 0. se S n˜o ´ linearment independente, dizemos que ele ´ linearmente a e e dependente. Willian Vieira de Paula () Aula 4 - Base e dimens˜o a 21 de mar¸o de 2012 c 1/3
  • 2. Exemplo Seja S = {(1, 0), (i, 0), (0, 1), (0, i)} ⊂ C2 . Se considerarmos C2 como espa¸o vetorial sobre C, ent˜o S ´ linearmente c a e dependente, pois (0, 0) = 1 · (1, 0) + i · (i, 0) + 0 · (0, 1) + 0 · (0, i). No entanto, S ´ linearmente independente se considerarmos C2 como e espa¸o vetorial sobre R. c Willian Vieira de Paula () Aula 4 - Base e dimens˜o a 21 de mar¸o de 2012 c 2/3
  • 3. Defini¸˜o ca Seja V um espa¸o vetorial. Um subconjunto B ⊂ V ´ base de V se: c e 1 B ´ um conjunto linearmente independente; e 2 V = [B]. Teorema Seja V um espa¸o vetorial gerato por um conjunto finito de vetores c v1 , v2 , . . . , vn . Ent˜o qualquer conjunto linearmente independente de a vetores em V n˜o pode conter mais do que n vetores. a Willian Vieira de Paula () Aula 4 - Base e dimens˜o a 21 de mar¸o de 2012 c 3/3