O documento discute sete mitos sobre participação cívica (mais um), argumentando que quando devidamente mobilizados os cidadãos participam, a participação envolve mais do que apenas informar e definir objetivos coletivos é importante para sustentar discussões. A participação pode não mudar decisões mas influenciar contextos e não precisa acabar na concepção de planos, podendo mobilizar para a ação.

1. Sete mitos (mais um) sobre a
participação
José Carlos Mota e Frederico Moura e Sá
(docentes da UA)
futuros possíveis, antigo cinema S. Geraldo, 4 de março de 2016

2. 1. Os cidadãos não participam (por
mais que nos esforcemos)
-> Quando devidamente mobilizados, participam!

3. 2. Promover a participação é
informar!
-> É muito importante informar os cidadãos, mas não chega; deve-se
também dialogar, partilhar escolhas, envolver para algo mais!

4. 3. Já passou a oportunidade (inquérito
público,…), não estavam atentos, agora
não adianta!
-> A defesa do interesse público não tem prazo!

5. 4. Só faz sentido promover participação
com projetos concretos (discutir objetivos
é muito abstrato)
-> É importante dar quadros de referência para sustentar a discussão
dos objetos; temos de discutir o queremos coletivamente como
comunidade ou cidade antes de discutir as propostas concretas!

6. 5. A participação procura consensos
e não é possível colocar toda a gente
de acordo!
-> Temos de procurar compromissos!

7. 6. A participação não muda nada!
-> Pode não mudar a decisão, mas influencia o contexto!

8. 7. A participação acaba na conceção
do plano/projecto!
-> Não tem de acabar; pode mobilizar para a ação!

9. (+1) A participação não substitui o
processo técnico!
-> Os cidadãos não têm obrigação de ter as respostas, mas devem
tentar colocar boas perguntas!

10. Algumas perguntas para ajudar a
iniciar o debate…
1. A cultura e as artes são estratégicas para Braga?
2. Haverá excesso ou carência de espaços culturais e salas de
espetáculo na cidade?
3. Dada a sua localização e história, o S. Geraldo faz falta enquanto
equipamento cultural? Com que função e atividades?
4. Que recursos, competências e atrativos existem na área da cultura,
artes e tecnologias que possam ser mobilizados para pensar futuros
alternativos?
5. Qual o papel que o edifício e os seus usos alternativos podem ter na
regeneração urbana do centro da cidade?

11. Alguns links
http://cidadescomaspessoas.blogs.sapo.pt/
https://www.facebook.com/groups/planearcomascomunidades/
http://www.cpip-planningwithcommunities.eu/
http://contraoalboicortadoaomeio.blogs.sapo.pt/
http://contrapontepedonalnocanalcentral.blogs.sapo.pt/
http://vivacidade.umnovolargo.pt/
https://www.facebook.com/vivobairro/
http://cidadescriativas.blogs.sapo.pt/