4. LITERATURA
• Formação do sujeito, da sensibilidade estética;
• Ampliação de conhecimentos de mundo e das experiências
culturais, emocionais, cognitivas e linguísticas;
• Acesso ao patrimônio cultural historicamente construído e
constituição de repertório literário;
5. LITERATURA E ALFABETIZAÇÃO
•Importância do letramento literário;
• Formação de leitores;
• Aprendizagem de comportamentos e procedimentos
leitores;
• Aprendizagem da linguagem própria à escrita;
• Literatura como contexto para a reflexão sobre a língua e
a linguagem.
6. Ver post sobre Literatura e alfabetização: www.oficinasdealfabetizacao.blogspot.com.br
10. Pela via dos livros e gêneros de textos em geral,
as crianças têm – ou podem ter – acesso à leitura
e escrita antes de poder ler e escrever
convencionalmente e autonomamente; antes da
apropriação do sistema de escrita alfabética.
17. ...as crianças participam de diversos eventos de
letramento antes da alfabetização, ligados a
diferentes práticas sociais mediadas pela escrita
e a variados gêneros textuais.
18. ...considerar a relação da literatura e do contato com os
gêneros que circulam socialmente com o aprendizado da
leitura e escrita, desde a Educação Infantil...
...considerar que há leitura e escrita antes da
aprendizagem do sistema de escrita alfabética...
...implica em uma mudança e tanto nas concepções de
alfabetização...
26. Os métodos tradicionais de alfabetização, sejam
analíticos, sintéticos ou analítico-sintéticos, apesar de
suas particularidades, possuem algumas características
em comum, questionadas pelas novas concepções de
alfabetização. Esse questionamento deve-se ao fato de
se constituírem em metodologias que, em geral:
27. •propõem uma alfabetização descontextualizada, na qual a
criança, seus valores culturais, linguagem e inserção social não
são considerados.
•veem a escrita como um código a ser memorizado (baseado
em concepções empiristas e mecanicistas), não levando em
consideração que as crianças elaboram hipóteses sobre como
funciona o sistema de escrita (concepção construtivista).
28. •priorizam as funções mentais de identificação visual, cópia,
memorização, reprodução, coordenação motora. O
conhecimento é visto como acúmulo quantitativo e mecânico
de informações.
•não trabalham com textos reais, de significado sociocultural
para as crianças, criando falsas ideias sobre as finalidades
sociais da escrita. Ou seja, não se ocupam da dimensão do
letramento, da inserção da criança na cultura escrita.
30. • Sistema de escrita alfabética: apropriação e
consolidação graduais; fluência a partir de
situações significativas , reflexivas e contextualizadas.
• Leitura e produção de textos de diferentes gêneros
que circulam socialmente.
33. • Prática social e discursiva importante abordar o letramento,
os aspectos mais amplos da apropriação da escrita.
• Sistema de notação da língua e não código de transcrição da fala.
• Sistema alfabético, de base fonológica, importante abordar as
unidades menores da língua, sua base fonológica.
• Sistema ortográfico e não apenas alfabético, regido pelos
aspectos fonológicos, ortográficos, etimológicos
34. • Historicamente: ensino e aprendizagem do sistema alfabético de
escrita como um código, da “tecnologia da escrita”. Na leitura, a
capacidade de decodificar os sinais gráficos (grafemas),
transformando-os em “sons” (fonemas), e, na escrita, a capacidade
de codificar os sons da fala, transformando-os em sinais gráficos.
Métodos analíticos e sintéticos
• Base empirista
• Ênfase no ensino não na aprendizagem
• Desarticulação com a cultura escrita
Concepções de Alfabetização
35. • A partir dos anos 1980: ampliação do conceito de alfabetização, que
passou a ser visto não apenas como a decodificação e codificação,
mas como um processo ativo por meio do qual a criança, desde seus
primeiros contatos com a escrita, constrói e reconstrói hipóteses
sobre a natureza e o funcionamento da língua escrita.
• A língua escrita aí é compreendida como um sistema de
representação, de notação da linguagem oral, e não um código de
transcrição da fala.
Psicogênese / Linguística
36.
37. • Progressivamente, por outro lado, o termo alfabetização passou a
designar não apenas a codificação e decodificação, mas também o
domínio dos conhecimentos que permitem o uso dessas habilidades
nas práticas sociais de leitura e escrita.
Diante dessas novas exigências, surgiu uma nova adjetivação para o
termo – alfabetização funcional – criada com a finalidade de incorporar
as habilidades de uso da leitura e da escrita em situações sociais e,
posteriormente, a partir da segunda metade dos anos 80, a palavra
letramento.
43. Atenção especial à questão do letramento no campo
(zonas rurais e urbanas do campo), considerando os usos,
conhecimentos, valorização e, em especial, os valores e
crenças atribuídos à escrita.
O letramento dos indivíduos relaciona-se sempre ao
letramento da comunidade na qual estão inseridos, ou
seja, do contexto social.
Ilustração: André Neves
44. Alfabetização
• Ação de ensinar/aprender a ler e escrever.
Letramento
• Estado ou condição de quem não apenas sabe ler e
escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais mediadas
pela escrita.
48. “Desinvenção” da alfabetização
• Perda da especificidade do processo de apropriação do
sistema alfabético devido a:
• Inferências errôneas na transposição da concepção
construtivista e da psicogênese para a prática pedagógica:
• Ideia de que o convívio com textos seria suficiente para
a alfabetização acontecer;
• ideia da incompatibilidade entre a concepção
construtivista e a questão do método;
• Privilégio da faceta psicológica em detrimento da linguística;
• Foco no processo de letramento.
49. Reinvenção da Alfabetização
Como a língua escrita, no nosso sistema alfabético, nota
os sons e não os significados das palavras, é necessário
prestar atenção aos sons da língua falada para aprender a
ler e escrever.
Ao lado do trabalho com a leitura e escrita em diversos
gêneros, é preciso, então, garantir intervenções no
sentido de:
50. • favorecer a conquista gradual do nível alfabético (provocar o avanço
nas hipóteses de escrita) e, depois, das correspondências grafofônicas;
• provocar a reflexão fonológica (consciência fonológica com e sem a
presença da escrita);
• ampliar, no contexto de práticas lúdicas, contextualizadas e
significativas, o conhecimento das letras, signos da escrita no nosso
sistema (categorização gráfica e funcional);
• favorecer o uso de estratégias várias de reconhecimento de palavras, de
leitura.
51. As crianças pensam sobre a escrita. Ora, pensam
também sobre as unidades menores como letras, sobre
sons, pensam sobre relação entre letras e sons...
59. Danilo, 6 anos.
In: O diálogo entre o ensino e a aprendizagem, Telma Weisz, Ed. Ática, p. 86
60. Batata quente
Pegar uma bola.
Uma criança tem que ficar de pé para dizer:
— Batata quente, quente, quente, quente.
Depois, aquele que queimar vai falar batata quente
no lugar do outro.
61. SEA: Sistema de Escrita Alfabética
• Apropriação do nível alfabético/princípio alfabético
(1º ano);
• Consolidação das correspondências grafofônicas/
ortografia;
• Fluência e autonomia de leitura e escrita.
62. Estar alfabetizado
Conquista do nível alfabético
Consolidação das aprendizagens ortográficas,
autonomia de escrita e fluência em leitura
63. PACTO
Alfabetização
• Apropriação do SEA: conquista gradual do nível alfabético;
• Consolidação das correspondências grafofônicas/ortografia;
• Domínio autônomo de escrita e fluência na leitura.
Letramento
• Participação nas práticas sociais de leitura e escrita
65. DOMÍNIO DO SISTEMA ORTOGRÁFICO APÓS A
APROPRIAÇÃO DO NÍVEL ALFABÉTICO
LETRAMENTO
66. ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Três vertentes
1. Termo alfabetização usado em seu sentido restrito, para
designar o aprendizado inicial da leitura e da escrita, da
natureza e do funcionamento do sistema de escrita (conquista
do nível alfabético). Depois viria a consolidação, com a
ortografia.
O termo letramento designa os usos (e as competências de
uso) da língua escrita, a participação nas práticas letradas.
67. 2. Termo alfabetização usado para significar tanto o
domínio do sistema de escrita quanto os usos da língua
escrita em práticas sociais.
Nesse caso, quando há necessidade de estabelecer
distinções entre os processos envolvidos, em vez de usar
o termo letramento, prefere-se utilizar as expressões
“aprendizado do sistema de escrita” e “aprendizado da
linguagem escrita” ou “da cultura escrita”.
68. 3. Termo alfabetização usado para todo o processo de
apropriação do sistema de escrita, desde a conquista do
nível alfabético, até a consolidação das correspondências
entre grafemas e fonemas (nível ortográfico) e o domínio
autônomo da escrita e leitura.
Termo letramento usado de modo mais amplo, referindo-se
à participação nas práticas sociais de leitura e escrita.
72. Direitos de aprendizagem
A definição de direitos de aprendizagem colabora para a discussão acerca do
que pode ser priorizado no planejamento do ensino e do que pode ser
avaliado.
De letramento: progressão de capacidades de compreensão e produção de
textos orais e escritos em diferentes gêneros, desde a Educação Infantil.
Permanente, em toda a escolaridade.
De alfabetização: aprendizagens que se dão no 1º ano; aprendizagens que vão
desde o 1º ano, aprofundadas nos anos seguintes.
Essas aprendizagens se dão concomitantemente, articuladamente.
73. Quanto ao Sistema de Escrita Alfabética:
• 1º ano: construção da base alfabética
• 2º e 3º anos:
• Consolidação das relações entre som-grafia a partir de situações
significativas e contextualizadas de escrita de palavras e textos.
• Fluência gradual na leitura e escrita, considerando diferentes
estruturas silábicas, a segmentação de palavras e os diferentes
tipos de letras.
77. Leitura e produção de textos
Vídeo/Análise de práticas
• Registrar:
• Gêneros abordados
• Estratégias usadas pelos professores
• Discussão:
• O que e como trabalhar, em termos dos diferentes
gêneros, com os alunos que ainda não escrevem ou
leem autonomamente?
78. Leitura e Produção de textos
Vídeos CEEL
Parte 1 (10:39): http://www.youtube.com/watch?v=Gf8f4V9i2yA
Parte 2 (11:24): http://www.youtube.com/watch?v=y05s2Wta_1A
Parte 3 (13:18): http://www.youtube.com/watch?v=v6rplDG36P4
79. Algumas referências
•AZENHA, M. G. Construtivismo: de Piaget a Emilia Ferreiro. 7 ed. São Paulo: Ática, 2001.
•FERREIRO, Emilia. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Cortez, 1985.
•KLEIMAN, Angela B. & MATENCIO, Maria de Lourdes Meirelles (orgs). Letramento e
formação do professor: práticas discursivas, representações e construção do saber. Campinas,
SP: Mercado de Letras, 2005.
•REGO, Lúcia L. B. A Literatura Infantil: Uma Nova Perspectiva da Alfabetização. 3. ed. São
Paulo: FTD, 1988.
•SERRANI, Silvana (org.). Letramento, discurso e trabalho docente. Vinhedo, Editora Horizonte,
2010.
•SOARES, Magda. A reinvenção da alfabetização. Revista Presença Pedagógica, v.9 n.52, jul./ago.
2003. Disponível em: http://www.secult.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-
alfabetizar-letrar/lecto-escrita/artigos/a-reivencao-alfabetizacao.pdf.
•_________. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. Revista Brasileira de Educação.
Jan/Fev/Mar/Abr, No (Acredito que é minúsculo. É bom rever em todos os casos do material) 25,
2004.
•_________. Alfabetização e Letramento: caminhos e descaminhos. Revista Pátio. Ed. Artmed, 29
de fevereiro de 2004. Disponível em:
http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/40142/1/01d16t07.pdf.
•_________. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.
•_________. Alfabetização e literatura. In: REVISTA EDUCAÇÃO: guia da alfabetização. Escrita
e leitura: como tornar o ensino significativo. São Paulo: Segmento, CEALE, 2010. n. 2, 90 p.
Edição especial.