O documento discute o uso de dispositivos móveis na educação, incluindo cursos online, livros digitais, mapas colaborativos e publicações de alunos em redes sociais. Também aborda a definição de Recursos Educacionais Abertos e seu potencial para professores.
1. Mobilidade e processos de
ensinoaprendizagem no uso
de celulares, notebooks e
tablets - fase 2
Alice Maria Figueira Reis da Costa
(Pedagoga, Professora dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental da SME/Rio; Especialista
em Educação Especial da Faetec/RJ, Orientadora Acadêmica do Centro Universitário Augusto
Mota (UNISUAM) nos cursos de Pós Graduação em Educação e Professora-pesquisadora
voluntária do GPDOC/UERJ.
E-mail: alicemaria.costa@yahoo.com.br
2. Estudos culturais no/do cotidiano
Para Alves (2003), se faz necessário a ampliação do nosso
entendimento a respeito de alguns processos sociais
que foram negligenciados pelo fazer científico, na
modernidade.
Entre esses processos está a necessária compreensão do
sentido mesmo de processo (Foester,1998), já que a
ciência moderna se “construiu” aplicando a visão
dicotomizada da relação entre sujeito e objeto, indicando
ser possível estudar um objeto, em si, sem a
compreensão dos múltiplos processos em que está
inserido e, em especial, sem considerar o contexto
formado por essa relação e como cada termo é
profundamente influenciado pelo outro. (Meus grifos)
http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n23/n23a04.pdf
3. Compreender o cotidiano em sua
relação com a cultura
A segunda questão, que vai sendo respondida de modo diferente ao
dominante pelo desenvolvimento desses estudos no/do
cotidiano, tem a ver com o questionamento dos métodos usados
pela ciência moderna, que, para se “construir”, exigiu que se
entendesse os conhecimentos cotidianos como sem valor para o
que era preciso fazer e criar naquele então. Isto leva a que se
passe a entender que tudo (de métodos a conceitos, chegando às
verdades produzidas) o que foi criado pela ciência moderna são
limites à compreensão dos contextos a serem analisados e
compreendidos, com as culturas e os conhecimentos aí criados, o
que vem obrigando a um árduo trabalho de tessitura teórico-
epistemológico-metodológica para compreender o cotidiano em sua
relação com a cultura ou, melhor dizendo, a criação de
acontecimentos culturais nos cotidianos em que vivemos e nos
educamos (ALVES, 2003). (Meus grifos)
5. Tecnologias e Artefatos Culturais
Segundo Alves (2008), a tecnologia, tal como
compreendo, são os usos que os seres
humanos fazem dos artefatos culturais. E
artefatos culturais são tudo o que você possa
imaginar que a imaginação humana já criou e
existe por aí, quer dizer, de ideologias a um
aparelho de televisão.
Disponível em:
<http://www.tvbrasil.org.br/saltoparaofuturo/entrevista.asp?cod_Entrevista=
54>
6. Artefatos culturais como
hipermídias
Hipermídias significa "a
intergração sem suturas de
dados, textos, imagens de
todas as espécies e sons
dentro de um único ambiente
de informação digital
(FELDMAN, 1995 apud
SANTAELLA, 2008).
8. Indícios da aprendizagem móvel
• Cursos na modalidade de Educação a Distância (EAD);
• livros digitais em formato pdf. - lógica da virada de tela;
• Programa Um Computador por Aluno (PROUCA);
• usos de tablets na educação, em especial no ensino
superior;
• aulas pelo celular;
• escrita colaborativa (Wiki) em diferentes interfaces, a
exemplo do Google
Docs, Wikispace, MOOCs, Wikipedia etc.
• mapeamento das informações pelas redes sociais da
internet (Twitter, Facebook, Orkut, Diigo, Google +
entre outros) utilizando ou não hashtag, inclusive com
registros de imagens, vídeos em tempo real.
9. (Co)autoria na relação professor-
aluno
Canal: VdeOliveiras
http://www.youtube.com/watch?v=ZP51VxHGEOI
10. Imagens que mapeiam a cidade sob na perspectiva
dos alunos da Escola Municipal Adalgisa Monteiro
Na escola em que trabalho no município do Rio realizamos uma Gincana Ecológica no final do
ano 2011 que nos trouxe um retrato do bairro sob na perspectiva dos alunos. Esses
registros iconográficos foram discutidos nas aulas provocando uma reflexão sobre o
nosso meio ambiente. Explorando as possibilidades de autoria dos professores e dos
alunos sobre a nossa realidade, as possíveis transformações e implicações da
Comunidade Escolar. A interatividade dos envolvidos na gincana colaborou em nosso
processo de ensinoaprendizagem, valorizando os diferentes registros dos praticantes da
escola e do bairro.
11. Cartografia colaborativa
Cultura visual arquitetônica - a imagem e suas
representações da cidade
Cultura visual arquitetônica;
a imagem e suas representações da cidade
nos permitem uma constituição de um juízo
coletivo.
http://culturadigital.br/cartografiacolaborativa/
18. Definição de REAs
A UNESCO (2011) Recursos Educacionais
Abertos (REAs) são:
"materiais de ensino e pesquisa em qualquer suporte ou
mídia, que estão sob domínio público, ou estão
licenciados de maneira aberta, permitindo que sejam
utilizados ou adaptados por terceiros. O uso de formatos
técnicos abertos facilita o acesso e o reuso potencial
dos recursos publicados digitalmente. Recursos
Educacionais Abertos podem incluir cursos
completos, partes de cursos, módulos, livros
didáticos, artigos de
pesquisa, vídeos, testes, software, e qualquer outra
ferramenta, material ou técnica que possa apoiar o
20. Questões em aberto
• O que as escolas tem feito com os
dispositivos móveis?
• Como os jovens tem produzido e publicado
o que sabem e o que querem aprender nas
redes sociais?
• Como ensinaraprender nas escolas
utilizando as tecnologias digitais?
• Como integrar a mobilidade no Currículo?
21. Referências
ALVES, Nilda. Cultura e Cotidiano Escolar. Revista Brasileira de de Educação. Nº 23, 2003.
Disponível em: <http://www.scielo.brr/pdf/rbedu/n23a04.pdf>
EDUCAÇÃO ABERTA. Disponível em:
<http://educacaoaberta.org/wiki/index.php?title=Defini%C3%A7%C3%A3o>.
BYRNE, Richard. Free Technology for Teachers. Disponível em:
<http://www.freetech4teachers.com/2012/12/a-short-guide-to-google-maps-
for.html#.UMJqT4PBc0j>.
Tragédia em escola no Rio de Janeiro. Revista Veja. 2011. Disponível em:
<http://veja.abril.com.br/multimidia/galeria-fotos/tragedia-em-escola-no-rio-de-janeiro>.
SANTAELLA, Lúcia. Navegar no Ciberespaço: o perfil cognitivo do leitor imersivo. São Paulo:
Paulus, 2004, -(Comunicação).
SANTOS, Edméa. Pesquisando com a mobilidade ubíqua em redes sociais da internet: um case com
o Twitter. Revista Eletrônica de Jornalismo Científico. 2012. Disponível em:
<http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=74&id=932>.
LIBÉRIO, Fernanda. Professora é demitida após divulgar fotos de escola alagada em Imperatriz. G 1
Maranhão: TV Ambiente. 2012. Disponível em:
<http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2012/10/professora-e-demitida-apos-divulgar-fotos-de-
escola-alagada-em-imperatriz.html>.
CARTOGRAFIA COLABORATIVA. Disponível em: <http://culturadigital.br/cartografiacolaborativa/>.
Acesso em: 11 dez. 2012.
UNESCO. Disponível em: <http://www.uca.gov.br/institucional/>.