Este documento fornece um resumo da estrutura e conteúdo de um manual para a disciplina de Língua Portuguesa do 7o ano. O manual está organizado como uma casa, com diferentes divisões correspondendo a unidades temáticas. Cada unidade aborda um tipo de texto e inclui atividades relacionadas a compreensão, expressão oral e escrita, e conhecimento da língua. Rubricas temáticas guiam as atividades.
1. n
Língua Portuguesa | 7º ano
Sofia Melo
Manuela Rio
A Casa da Língua
BEM-VINDOS!
CADERNO DO PROFESSOR
1. O TÍTULO
2. A CASA
2.1. Divisões da casa / Organização das unidades
2.2. Rubricas das diferentes unidades
2.3. Anexos
a) Caderno do Aluno – Arrumar a Casa
b) Guia do Professor
c) Acetatos
d) CD Áudio
e) Suplementos
3. SELECÇÃO DOS TEXTOS
4. OBRAS PARA LEITURA ORIENTADA
5. O MANUAL E...
5.1. As novas áreas curriculares não disciplinares
5.2. Os temas transversais do currículo
5.3. As tecnologias da informação e comunicação
2. 2 A CASA DA LÍNGUA
1. O TÍTULO
O título A Casa da Língua sugere uma metáfora que desde o início acompa-
nhou as autoras na elaboração deste manual para a disciplina de Língua
Portuguesa do 7.º ano. A partir do título e do seu poder sugestivo, norteámos
toda a estrutura do livro. Trata-se de uma casa semelhante a tantas outras, por-
que contém as tradicionais divisões – hall, sala, quarto, salão, escritório, cozi-
nha, casa de banho –, mas ao mesmo tempo única, porque quem a habita são os
falantes/escreventes da Língua Portuguesa.
2. A CASA
2.1. Divisões da casa / Organização das unidades
Como em qualquer casa, o hall surge como primeiro espaço de abordagem.
No entanto, o percurso que o professor traçará e que será seguido pelos alunos
ao longo das divisões será feito de acordo com o perfil da turma, com o projecto
curricular da mesma e com a planificação anual. O ponto de partida será o
mesmo, o ponto de chegada será diverso.
A cada uma das divisões desta casa corresponde uma unidade, onde predo-
mina o estudo de determinado tipo de texto.
Assim, temos a seguinte “planta”:
A – Hall
Unidade introdutória que visa dar a conhecer a estrutura
interna e externa do manual, assim como os textos e os autores
do Programa.
· encontrar-se-á aqui uma ficha de avaliação diagnóstica, para
que o docente possa recolher informações sobre o grupo-
-turma nos vários modos da disciplina e, a partir delas, elabo-
rar a planificação.
B – Sala de estar
Unidade centrada na abordagem do texto narrativo; aqui
encontrar-se-ão:
· textos de autores portugueses e estrangeiros indicados no
Programa;
· propostas de estudo e análise de obras para leitura orientada:
– Dentes de Rato, de Agustina Bessa-Luís;
– O Cavaleiro da Dinamarca, de Sophia de Mello Breyner
Andresen;
– A Estrela, de Vergílio Ferreira;
– A Fuga de Wang-Fô, de Marguerite Yourcenar (tradução de
Luís Miguel Nava);
– textos do património literário oral universal, como Gata Bor-
ralheira, O Capuchinho Vermelho, fábulas, adivinhas e contos
tradicionais portugueses;
· propostas de actividades relacionadas com os diferentes modos
da disciplina*:
– modo oral (compreensão e expressão oral)
– modo escrito (leitura e expressão escrita)
– conhecimento explícito da língua.
ISBN 972-0-90214-0
3. Caderno do Professor 3
C – Quarto
Motivação para o estudo do texto de poesia com a abordagem
dos textos orais pronunciados pelos próprios jovens e que apre-
sentam algumas características poéticas: fórmulas de escolha,
adivinhas, trava-línguas, lengalengas, dedicatórias.
· abordagem do texto poético, a partir de textos dos poetas pro-
postos pelo Programa: Almeida Garrett, João de Deus, Saúl
Dias, Sebastião da Gama, António Gedeão, Cecília Meireles,
Manuel Bandeira e Eugénio de Andrade;
· sugestões de actividades que aproximam a poesia de outras
artes: pintura, fotografia, música;
· sugestões de trabalho que vão ao encontro de temas transver-
sais como: Direitos Humanos, Educação para a Saúde,
Educação para a Cidadania;
· actividades que proporcionam interdisciplinaridade e/ou arti-
culação com Área de Projecto e Formação Cívica;
· propostas de actividades relacionadas com os diferentes modos
da disciplina*:
– modo oral (compreensão e expressão oral)
– modo escrito (leitura e expressão escrita)
– conhecimento explícito da língua.
D – Salão
Espaço privilegiado para a abordagem do texto dramático e
dos conteúdos programáticos com ele relacionados.
· actividades que estabelecem a relação entre este tipo de texto
e o espectáculo teatral;
· propostas de actividades relacionadas com os diferentes domí-
nios da disciplina*:
– modo oral (compreensão e expressão oral)
– modo escrito (leitura e expressão escrita)
– conhecimento explícito da língua.
E – Escritório, cozinha e casa de banho
· Outros textos:
– textos da imprensa escrita (notícia, reportagem);
– carta;
– textos electrónicos (e-mail, sites da Internet);
– banda desenhada;
– texto publicitário;
– receitas de culinária;
– instruções de uso de um electrodoméstico;
– bula de medicamento.
Nota:
* Estas sugestões de trabalho vão ao encontro das competênciais gerais e espe-
cíficas, dos temas transversais e das finalidades das áreas curriculares não disci-
plinares consignadas no Decreto-Lei n.º 6/2001 e no “Currículo Nacional do
Ensino Básico”.
4. 4 A CASA DA LÍNGUA
Cada divisão da Casa é antecedida de um separador que contém uma ilustra-
ção e um texto introdutório. Pensamos que a exploração dos separadores, nas
suas componentes visual e textual, motivará a turma para a abordagem dos con-
teúdos e dos textos que se seguem e, por outro lado, o facto de cada tipo de
texto se associar metaforicamente a um compartimento ajudará o aluno a com-
preender a especificidade do mesmo.
A terminar cada unidade, podemos encontrar uma ficha de avaliação formativa.
A sua realização permitirá ao aluno e ao professor avaliar o processo de ensino-
-aprendizagem até àquele momento, considerando os conteúdos tratados. A
rubrica que introduz a ficha é Sabes se sabes?.
2.2. Rubricas das diferentes unidades
Em todas as unidades encontramos rubricas que sugerem actividades a pro-
pósito do texto ou da imagem e que abordam conteúdos programáticos dos dife-
rentes modos da disciplina.
Julgamos que a exploração dos títulos e das fotos das diferentes rubricas
enriquecerá o tratamento das mesmas e auxiliará o aluno a perceber, por vezes,
a especificidade dos textos. No início do ano lectivo, essa exploração permitirá
ao discente ter uma visão global dos diversos modos da disciplina.
LER COM CABEÇA E CORAÇÃO
Esta rubrica remete para actividades de leitura e interpretação textuais e
sugere a racionalidade e o envolvimento emocional que um texto literário exige
do leitor.
No texto da banda desenhada Pág. 251 , os alunos serão surpreendidos com a
variante Ler (e ver) com cabeça e coração. A própria rubrica remete para a íntima
relação que existe entre a palavra e a imagem neste tipo de texto.
LER COM OLHOS, CABEÇA E CORAÇÃO
Podemos ter variações na formulação da rubrica, uma vez que os textos dife-
rem e são variados na sua forma, conteúdo e natureza. Por exemplo, na Pág. 207 ,
temos Ler com olhos, cabeça e coração, já que os textos em análise pertencem
à poesia visual/concreta e reclamam do leitor uma atenção redobrada perante a
sua disposição gráfica na folha.
LER COM CABEÇA
Na unidade E, que engloba textos de natureza diversificada, podemos encon-
trar esta rubrica, porque nos textos em análise predomina a objectividade.
5. Caderno do Professor 5
A LÍNGUA FUNCIONA!
Trata-se de um espaço dedicado ao tratamento dos conteúdos de funciona-
mento da língua. O título da rubrica sugere a organização, as regras e a siste-
matização que subjazem à língua.
A ESCREVER É QUE A GENTE SE ENTENDE
Nesta rubrica sugerem-se actividades de escrita, nas suas diversas modalidades:
· Escrita expressiva e lúdica
Pág. 73
1. O casamento de palavras
1.1. Vamos propor-te uma tarefa original: casar duas palavras.
Admirado? Não sabes como fazer? É simples. Relê o teu “top” de dez palavras e
escreve, no cimo de uma folha de papel, aquela que consideraste mais bonita e que
ocupa o primeiro lugar e a palavra que surge em último. Olha bem para ambas e
regista, de forma rápida e espontânea, tudo o que te sugerem.
exemplo
1.2. Chegado a esta fase, vais tentar elaborar um texto narrativo ou descritivo (ver
Suplementos págs. 274, 275) no qual integres, obrigatoriamente, as duas palavras
seleccionadas do “top” e algumas ideias que tenham surgido. Bom trabalho!
Pág. 184
1. Escolhe um fruto que seja do teu agrado pela forma, cor e sabor e redige um breve
exemplo
poema sobre ele. Podes recorrer a diversas figuras de estilo e o texto será tanto mais
rico quanto fores capaz de transmitir de forma sugestiva as sensações agradáveis
que o fruto escolhido te proporciona.
· Escrita para apropriação de técnicas e de modelos
Pág. 31
1. Produz um texto descritivo em que:
1.1. Enumeres as tuas próprias qualidades: enquanto pessoa, aluno, filho, amigo,
colega, cidadão...
1.2. Enumeres as qualidades de uma pessoa de que gostes muito.
exemplo
Lembra-te que deves usar palavras e expressões como: “e”, “ou”, “assim como”,
“acrescente-se”, “também”, “igualmente”, “ainda”, “além disso”, “sem esquecer”, e
outras equivalentes.
6. 6 A CASA DA LÍNGUA
Pág. 197
1. A partir dos dados recolhidos no jogo anterior sobre o(a) teu(tua) colega, elabora
uma página do seu diário.
exemplo
1.1. Imagina-te na sua pele, integrado na sua família e com a sua identidade sexual.
Na página a redigir, respeita as regras deste tipo de texto e regista os sentimentos,
sensações e acontecimentos vividos pelo enunciador.
· Aperfeiçoamento de texto
Pág. 138
1. O que terá acontecido a João Grilo dentro do palácio? Será que conseguiu encon-
trar as jóias da princesa e obter a recompensa prometida pelo rei?
1.1. Imagina o desenvolvimento deste conto a partir da última frase transcrita e cria
um desenlace para a aventura do rapaz no palácio real.
exemplo
1.2. No final do trabalho, pede ao teu professor para ouvires a leitura da continuação
do conto e compara as duas narrativas – aquela que é transmitida pelo povo e a da
tua autoria.
Julgamos que as diferentes propostas permitirão uma interiorização consoli-
dada de hábitos de escrita e a vivência de situações de prazer, o reforço da auto-
confiança e da auto-estima e a promoção da partilha e da divulgação de escritos.
COMO SE ESCREVE?
Neste ponto do questionário, apresentam-se exercícios que visam o aperfei-
çoamento das competências de escrita, sobretudo no que diz respeito à correc-
ção ortográfica. São exercícios que surgem com alguma recorrência, sempre
que se consideram pertinentes.
Pág. 25
1. Não comas o s! a)
b)
1.1. Repara:
s
. fascinante . piscina . crescer
c)
1.2. Preenche estas “palavras em feixe”:
a) que nasce, que começa a aparecer;
b) colecção de escritos sobre diversos assuntos,
no mesmo volume;
c) arte de produzir e criar peixes.
exemplo
7. Caderno do Professor 7
Pág. 31
. surdez
. cortês
. norueguês
. português
(-ês: sufixo que tem o sentido de relação, procedência, origem.)
. altivez (de altivo)
. honradez (de honrado)
. surdez (de surdo)
(-ez: sufixo que faz derivar um substantivo de um adjectivo.)
exemplo
1. Completa agora no teu caderno:
a) pequen c) insensat e) estupid g) japon
b) invalid d) ingl f) rapid
VAI UM JOGO?
Nesta rubrica privilegiam-se as actividades lúdicas, associadas aos mais
diversos conteúdos. Acreditamos que o jogo contribui para o desbloqueamento
das competências de comunicação oral e escrita no aluno, para a consolidação
de conhecimentos, para a promoção do espírito de grupo e, sem dúvida alguma,
para a perspectivação da língua escrita e oral, como ponte para a fruição esté-
tica e para a consciência da sua importância como meio de comunicação. Assim,
são diversas as propostas lúdicas que se apresentam, mantendo sempre uma
relação de coerência com o texto que as inspirou.
Vejam-se os seguintes exemplos:
Pág. 73
1. Avalia a beleza da tua língua!
1.1. Apresentamos-te a seguir uma lista de palavras. Vais ordená-las de acordo com
a sua “beleza”, ou seja, consoante o que cada palavra desperta em ti. Estás prepa-
rado? Então vamos lá!
Manhã Xaxualhar Lua Amigo Guerra Serpente
Cantar Fome Tangerina Gelo Ódio Pássaro
O meu “top” de palavras:
1.a
2.a
3.a
4.a
exemplo
1.2. Para ti, qual é a palavra mais bonita da tua língua? Porquê?
8. 8 A CASA DA LÍNGUA
Pág. 261
Um leilão
Trabalho de grupo:
1.° Distribuição dos objectos por cada grupo
Grupo A: retalho de pano liso
Grupo B: grande argola de plástico
Grupo C: tubo de papelão
Grupo D: uma perna ou braço de boneca velha
Grupo E: um prego.
2.° Cada grupo faz o inventário das possíveis aplicações do objecto que lhe coube e
organiza os argumentos relativos a variadas funções, por exemplo: beleza, durabili-
dade, etc.
exemplo
3.° Selecção do aluno que será o leiloeiro.
4.° O leiloeiro tentará convencer cada membro do auditório (todos os colegas da turma)
a avançar com ofertas (em feijões) para adquirir o objecto.
PARA SABER MAIS
São propostas de trabalho dirigidas ao aluno ou a grupos de alunos e que
têm como objectivo o alargamento cultural ou o aprofundamento de temas e
conteúdos. Por outro lado, convidam o discente a pôr em prática competências
e técnicas de pesquisa de informação, adquiridas no âmbito da disciplina de
língua materna e da área de Estudo Acompanhado. De realçar a coerência
entre esta rubrica e as restantes actividades propostas acerca de determinado
texto.
Pág. 68
1. Os acontecimentos narrados no texto “Um Nome” têm lugar na véspera de um
feriado nacional (“Amanhã é o 25 de Abril e vamos todos para o parque.”).
1.1. Consulta uma enciclopédia, o Dicionário de História de Portugal ou mesmo o teu
livro de História e recolhe informações sobre este dia. Sugerimos-te alguns temas e
áreas de pesquisa:
. razões histórico-políticas que levaram a que este dia fosse decretado feriado nacio-
nal;
. música da década de setenta (incluindo os temas que assinalaram o início da revolu-
ção e de músicos como Paulo de Carvalho, Fernando Tordo, Zeca Afonso, Brigada
Vítor Jara);
. símbolos/ícones da revolução que poderás ver representados nos inúmeros cartazes
alusivos a esse facto histórico e às sucessivas comemorações do mesmo;
. moda dos anos 70 (feminina e masculina: penteados mais usados, adereços, indu-
sores, etc.;
. slogans revolucionários. exemplo
mentária, etc.); poderás recolher fotografias dessa época junto de familiares, profes-
9. Caderno do Professor 9
SABIAS QUE... E FIXA
Este é o espaço reservado a breves textos informativos que complementam o
estudo dos textos e dos conteúdos dos diferentes modos da disciplina.
Normalmente surgem destacados num fundo colorido, de forma a realçar a
sua pertinência.
Pág. 132
Fixa
Os substantivos podem apresentar-se com o seu sentido alterado, com uma nota
de valorização afectiva, denotando carinho, simpatia, ou então significando dimen-
sões reduzidas. Dizemos então que se encontram no grau diminutivo.
É o caso de “Chapeuzinho” e “menininha”.
Mas, por outro lado, podem acentuar, na forma como surgem, uma significação
exagerada ou terem um sentido depreciativo, ou seja, pouco favorável à realidade que
nomeiam.
Os substantivos que retiraste do texto (questão 3.) transmitem uma ideia depre-
exemplo
ciativa e ao mesmo tempo sugerem as dimensões disformes e assustadoras da per-
sonagem. Estão no grau aumentativo.
SABES SE SABES?
Surge no termo das unidades e constitui uma ficha de avaliação formativa.
Procura abordar os conteúdos tratados na unidade que a antecede, para que o
aluno possa fazer uma auto-avaliação do seu percurso de aprendizagem, e será
um elemento relevante para o docente, no sentido de lhe facultar elementos que
poderão condicionar a reformulação ou a optimização da planificação a médio e
a longo prazo.
10. 10 A CASA DA LÍNGUA
2.3. Anexos
O livro A Casa da Língua apresenta-se sob duas formas: uma dirigida ao aluno
e outra dirigida ao professor.
n n
Língua Portuguesa | 7º ano Língua Portuguesa | 7º ano
Sofia Melo
Manuela Rio
7 Sofia Melo
Manuela Rio
7
A Casa da Língua A Casa da Língua
Apoio na Internet Apoio na Internet
www.portoeditora.pt/manuais www.portoeditora.pt/manuais
Exemplar do
Inclui
CADERNO DO ALUNO
OFERTA AO ALUNO
Professor
Manual do aluno + Guia do Professor
Inclui
CADERNO DO ALUNO
OFERTA AO ALUNO
· no manual integrado exclusivo do docente surgem margens laterais que
acompanham as páginas comuns às do volume do aluno, onde poderão ser
encontradas informações que julgamos úteis e pertinentes no que diz respeito
ao processo de ensino-aprendizagem da língua materna e que se apresentam
como sugestões de trabalho – o Guia do Professor.
A enriquecer a oferta pedagógica do projecto, temos:
n
Língua Portuguesa | 7º ano
· o Caderno do Aluno, Língua Portuguesa › 7.° n Acetato 8
Arrumar a Casa;
A CASA DA LÍNGUA pág. 132
Chapeuzinho Amarelo
Sofia Melo
Manuela Rio
7 Língua Portuguesa › 7.°
A CASA DA LÍNGUA pág. 132
Língua Portuguesa › 7.°
A CASA DA LÍNGUA pág. 132
Chapeuzinho Amarelo
n
n
Acetato 8
Acetato 8
A Casa da Língua
Chapeuzinho Amarelo
Apoio na Internet
www.portoeditora.pt/manuais
CADERNO DO ALUNO
A R R U M A R A CA S A
. um conjunto de acetatos
relacionados com diversas
OFERTA AO ALUNO actividades propostas;
· um CD áudio onde o professor poderá encontrar alguns
textos seleccionados do manual, interpretados por acto-
res, e um conjunto de excertos de programas radiofónicos.
a) Caderno do Aluno / Arrumar a Casa
Sendo esta A Casa da Língua, procurámos, com a escolha da designação
Arrumar a Casa, remeter para a necessária sistematização, aplicação e consoli-
dação das regras e procedimentos essenciais ao falante e escrevente da língua
portuguesa, contemplando os conteúdos e as competências com eles relaciona-
dos. Por outro lado, ao empreendermos a “arrumação” de toda a casa, reflectimos
o carácter transversal destes mesmos conteúdos e competências, que surgem ao
longo de todo o manual.
11. Caderno do Professor 11
Na elaboração deste auxiliar, tivemos a preocupação de integrar os exercícios
no âmbito de uma abordagem textual. Nesta perspectiva, todas as propostas de
trabalho decorrem da leitura de um texto. Os textos seleccionados apresentam
uma forte coesão temática e reflectem, muitas vezes, situações de comunicação
muito frequentes no dia-a-dia do aluno.
No manual do aluno e no exemplar do professor, são indicadas de forma clara
as remissões para este auxiliar, sempre que se julgaram pertinentes e com vista
à articulação efectiva entre ambos os materiais.
b) Guia do Professor (nas margens laterais)
. fundamentações teóricas de algumas subunidades;
. sugestões de actividades lúdicas;
. propostas de articulação das actividades com as áreas curriculares não dis-
ciplinares, como Estudo Acompanhado, Formação Cívica e Área de Projecto;
. relação dos textos e da sua abordagem com os temas transversais do currículo;
. referências bibliográficas;
. indicações de páginas da Internet cuja oferta complementará ou enriquecerá o
estudo de determinado conteúdo;
. sugestões de resposta a algumas questões que surgem nas diversas rubricas;
. textos informativos;
. exploração dos acetatos que acompanham o exemplar do professor;
. sugestões de outros recursos audiovisuais que poderão enriquecer a prática
pedagógica, nomeadamente as leituras dramatizadas de textos e os excertos
radiofónicos reunidos no CD áudio;
. remissões para os Suplementos no final do manual.
c) Acetatos
Um conjunto de 12 acetatos, que oferecem material diversificado (reprodução
de imagens, esquema-síntese, tiras de banda desenhada, temas para debate,
mapas) e que surgem assinalados no exemplar do professor ( Acetato ), com as
respectivas pistas de exploração.
d) CD Áudio
As leituras dramatizadas de textos do manual, bem como os excertos radiofó-
nicos reunidos no CD áudio surgem assinalados no exemplar do professor
( ) e são complementados com sugestões de exploração.
e) Suplementos
Na estrutura externa do manual, os Suplementos surgem no final do mesmo.
Aqui, podem encontrar-se textos informativos sobre as diferentes Tipologias
Textuais, que aprofundam e complementam informações e orientações dadas
ao longo das unidades. Assim, temos:
. Ora conta... Texto narrativo
. Como é que é? Texto descritivo
. Faço saber que... Texto informativo
. Quando os factos são argumentos Texto argumentativo
. Conversa desfiada Texto dialogal
. Ler para fazer Texto de instrução
12. 12 A CASA DA LÍNGUA
Pág. 278
Dialogar também tem as suas regras.
Aquilo que dizemos tem que vir a propósito do que o outro disse: por exemplo,
podemos concordar, discordar, generalizar, exemplificar, justificar, concluir, particu-
larizar em face daquilo que já foi dito; para isso:
– temos de ouvir o que o outro diz;
– enquanto ouvimos, temos que programar mentalmente aquilo que vamos dizer;
– temos de saber manter a atenção do outro para aquilo que estamos a dizer (função
fática e função apelativa da linguagem);
– temos de dominar razoavelmente outros tipos de produção textual, porque,
aquando das trocas verbais que efectuamos ao dialogar, contamos, descrevemos,
informamos e argumentamos;
– temos que saber falar com os olhos, com expressões faciais e com os gestos.
Se assim não for, não estamos a dialogar, mas a juntar o nosso monólogo ao
monólogo de alguém.
exemplo
A entrevista, o debate, a reunião de trabalho são exemplos de realização do texto
dialogal.
Ainda nos Suplementos, o aluno poderá recolher informações relativas à bio-
bibliografia dos principais autores cujos textos surgem no manual:
. Agustina Bessa-Luís; . Marguerite Yourcenar;
. Almeida Garrett; . Maria Alberta Menéres;
. António Gedeão; . Saúl Dias;
. Cecília Meireles; . Sebastião da Gama;
. Eugénio de Andrade; . Sophia de Mello Breyner Andresen;
. João de Deus; . Vergílio Ferreira.
. Manuel Bandeira;
BIOBIBLIOGRAFIA AGUSTINA BESSA-LUÍS
Nasceu em Vila Meã (Amarante), em 1922. de Autores. Outras obras não mencionadas: O
Romancista, novelista, dramaturga e autora de bio- Inseparável (teatro); Os Incuráveis, A Muralha, O Susto,
grafias romanceadas. Inicia a sua fecunda carreira de O Manto, Os Quatro Rios, Canção Diante de uma Porta
escritora com o romance Mundo Fechado, em 1948. Fechada, As Pessoas Felizes e As Férias (romance); Santo
Todavia, a obra que começaria a impor o seu nome, António, Florbela Espanca, Sebastião José e Os Meninos de
na nossa república das letras, é Sibila, que, em 1954, Oiro (biografia).
obteria os Prémios Delfim Guimarães e Eça de
Queiroz (...). Em 1984 recebeu o Grande Prémio VIANA, António Manuel Couto
– Breve Dicionário de Autores Portugueses, Verbo Ed.
do Romance e Novela, da Associação Portuguesa
Em relação aos autores mencionados, são apresentados dados relativos à
sua vida e obra, de uma forma clara e concisa. Pensamos que este conjunto de
biobibliografias poderá ser pretexto para a elaboração, por parte dos alunos, de
textos sobre outros escritores não abordados mas representados no manual.
13. Caderno do Professor 13
3. SELECÇÃO DOS TEXTOS
Os textos que constituem o manual foram seleccionados considerando a faixa
etária dos destinatários, os conteúdos e modos da disciplina, as competências
gerais e específicas, as áreas não disciplinares do currículo, nomeadamente, a
Formação Cívica, o Estudo Acompanhado, as TIC e os temas de abordagem
transversal.
Tivemos ainda a preocupação de, a par da presença dos autores do Programa e
daqueles que se exprimem em língua portuguesa, assegurar textos que remetem
para a literatura universal: Umberto Eco, Gianni Rodari, Marguerite Yourcenar,
Albert Jacquard, Luís Fernando Veríssimo e Michel Tournier.
É de destacar a forte relação temática entre os textos e a sequência coerente
pela qual se apresentam ao longo do livro. Por outro lado, uma leitura mais
atenta dá conta da recorrência temática que se verifica ao longo da obra, de
modo a sugerir o tecido intertextual em que se baseia.
4. OBRAS PARA LEITURA ORIENTADA
Da lista de obras para leitura orientada no 7.º ano, proposta pelo Programa de
Língua Portuguesa, seleccionámos as seguintes:
. Dentes de Rato, Agustina Bessa-Luís;
. O Cavaleiro da Dinamarca, Sophia de Mello Breyner Andresen;
. A Estrela, Vergílio Ferreira;
. A Fuga de Wang-Fô, Marguerite Yourcenar;
. À Beira do Lago dos Encantos, Maria Alberta Menéres;
. poemas de todos os poetas sugeridos.
Para a abordagem destes textos procurámos diversificar a oferta em termos
de actividades. No caso dos textos narrativo e dramático, apresentamos alguns
excertos que não dispensarão a leitura integral das obras, se o perfil da turma o
permitir. Pensamos que as obras escolhidas, os seus temas e mensagens veicu-
ladas vão ao encontro dos interesses e das preocupações dos nossos alunos.
Paralelamente, o carácter universal e atemporal dos temas permite um trabalho
que contemple a implementação de estratégias articuladas com as áreas não
disciplinares do currículo e com os temas transversais.
5. O MANUAL E...
5.1. As novas áreas curriculares não disciplinares
Na concepção e elaboração de A Casa da Língua foram tidos em conta os pres-
supostos e as finalidades do projecto de reorganização curricular do ensino
básico. No que diz respeito às três áreas curriculares não disciplinares – For-
mação Cívica, Estudo Acompanhado e Área de Projecto –, o presente livro propõe
actividades cujos objectivos se aproximam daqueles que norteiam as referidas
áreas e pensamos que permitem o desenvolvimento de competências comuns.
14. 14 A CASA DA LÍNGUA
Formação Cívica
Trata-se de um tempo e de um espaço privilegiados para a realização da edu-
cação para a cidadania, permitindo a formação de um cidadão que se pretende
responsável, participativo na vida da comunidade, conhecedor dos seus direitos
e deveres, tolerante e crítico, com uma mentalidade aberta ao mundo, à inova-
ção, ao diferente e diverso culturalmente. Muitos são os textos constantes do
manual em que a temática subjacente se presta ao desenvolvimento destas ati-
tudes e à promoção do perfil do futuro cidadão:
. vejam-se as fábulas seleccionadas, cuja função pedagógica e moralizante é
ancestral;
. na página 40, pode-se encontrar uma proposta de trabalho de grupo que
remete para a recolha de informação sobre diferentes culturas:
Pág. 40
Da próxima vez que olhares para um espelho, demora mais uns segundos. Imagina que és um extraterres-
tre que vê o corpo humano pela primeira vez. Quais são as suas características principais? (...)
Quando olhas em volta, vês muitos seres humanos. Têm cores diferentes, desde quase branco até cor--
de-rosa, castanho-claro, castanho-escuro e quase preto. Alguns são altos e outros são baixos, alguns são mais
largos e outros são mais estreitos. Isto deve-se, em parte, ao facto de umas pessoas serem mais velhas e
exemplo
outras serem mais novas. O corpo cresce e modifica-se pela vida fora. No entanto, somos todos humanos,
feitos com os mesmos ingredientes básicos. Se o extraterrestre conseguisse espreitar para dentro da pele,
veria que por dentro somos todos muito parecidos.
PARKER, Steve – O Corpo Humano. Uma visão espantosa de como somos por dentro!, Ed. Caminho
. na página 51, a propósito do estudo de Dentes de Rato, nomeadamente das
relações interpessoais da protagonista, propomos ao aluno que construa o
“mapa” da sua vida – ao conhecer e avaliar a sua família, o seu grupo de ami-
gos, ao identificar a rede de relações que existem no seu quotidiano, o jovem
poderá reconhecer-se como parte integrante da mesma, com obrigações e um
papel muito específico, essenciais à sua construção enquanto ser humano;
. aquando da abordagem do texto “Um nome”, de Alice Vieira, julgámos perti-
nente a análise da função de alguns cartões identificativos do aluno, como por
exemplo bilhete de identidade, cartão de estudante, cartão jovem, etc.; ainda
no âmbito do estudo deste texto, sugerimos um trabalho de pesquisa acerca
de um facto da História recente de Portugal – a revolução de 25 de Abril de
1974; para a realização deste trabalho, o discente terá de operacionalizar e de
desenvolver competências de áreas como o Estudo Acompanhado e as TIC.
Estudo Acompanhado
Com o intuito de estabelecer uma articulação entre a disciplina de Língua
Portuguesa e esta área, pensámos em actividades a desenvolver na sala de aula
que contribuirão para a consolidação de competências úteis para a aquisição de
métodos de estudo eficazes. Assim, apresentamos:
. instruções exactas de consulta de dicionários, de enciclopédias, de hiper-
texto e gramáticas;
. orientações de composição textual – história, carta, convite, resumo – de
diversa natureza, função e destinatário e de interacção discursiva – debate;
. diferentes técnicas de leitura – selectiva, em voz alta, em grupo – conside-
rando contextos, destinatários e objectivos diversificados;
. recolha de informação através da audição, daí a inclusão de registos radio-
fónicos no CD áudio.
15. Caderno do Professor 15
Área de Projecto
A disciplina de Língua Portuguesa tem um papel estruturante e estruturador
quando se pensa em desenvolvimento de projectos, sobretudo num contexto
pedagógico. A variedade temática dos textos constantes do manual e a diversi-
dade de actividades de complemento e enriquecimento cultural dão origem a inú-
meras possibilidades de articulação entre esta disciplina e a Área de Projecto.
Caberá ao docente da disciplina e aos docentes dos diferentes conselhos de
turma a definição do tema ou temas/problemas a trabalhar com a turma.
Pensamos que o presente manual poderá dar um importante contributo para o
desenvolvimento desse mesmo projecto.
5.2. Os temas transversais do currículo
Os temas transversais do currículo surgem disseminados ao longo do manual
e não foram alheios à selecção textual feita pelas autoras. Inúmeras actividades
propostas (de escrita, de trabalho de pesquisa, de leitura complementar) permi-
tem explorar estas vertentes temáticas e podem ser trabalhadas em articulação
com outras disciplinas.
Educação para a cidadania
Pág. 253
MIGUEL – “Cor Primária”, in Público Magazine, Domingo, 04-06-95
LER (E VER) COM CABEÇA E CORAÇÃO
1. Qual é o tema da conversa entre estas duas personagens?
2. Quais as razões que o primeiro locutor (aquele que fala em primeiro lugar) aponta
para demonstrar que o racismo é uma posição errada?
2.1. Consideras que o segundo locutor fica correctamente convencido de que o
exemplo
racismo está errado? Justifica a tua resposta.
3. Porque é que o autor desta banda desenhada optou por desenhar três caras na
quarta vinheta (uma amarela, uma verde e uma roxa)?
Educação sexual
Na sequência da abordagem dos textos “Regresso à montanha”, de Sebastião
da Gama (pág. 193), “Dor de alma”, de António Gedeão (pág. 194) e “O meu corpo
no espelho”, de Luísa Ducla Soares (pág. 196), propomos actividades que susci-
tarão um exercício de auto-reflexão por parte do adolescente relativamente ao
seu desenvolvimento pubertário, consoante a sua identidade sexual.
É de destacar o facto de a sequência dos textos poéticos respeitar uma coe-
rência temática, estando presentes nos primeiros textos os temas da infância,
seguindo-se os da adolescência, da evolução do indivíduo ao longo da sua exis-
tência, da idade adulta e da velhice, nos derradeiros poemas. Paralelamente,
surge o tema amoroso, tão caro aos destinatários do manual e que poderá sus-
citar uma abordagem ao nível das relações afectivas e dos comportamentos com
elas relacionados, a partir da experiência dos alunos.
16. 16 A CASA DA LÍNGUA
Educação ambiental e
Educação para a prevenção rodoviária e segurança pessoal
Podemos encontrar estes temas sobretudo na unidade referente ao texto narra-
tivo. Vejam-se, por exemplo, as narrativas pertencentes ao património literário oral.
Educação para a saúde
Para documentar a presença deste tema na obra, podemos referir, na unidade E
Outros Textos, a actividade de escrita sobre algumas doenças e suas causas.
Pág. 268
A alimentação no tempo dos Descobrimentos
No século dos Descobrimentos aconteceram muitas coisas aos portugueses, algumas boas e outras más.
Graças a esse acontecimento os portugueses passaram a trazer para Portugal alguns produtos de outros
países, principalmente produtos alimentares. Mas nessas viagens pelos oceanos os portugueses sofreram
muitas doenças causadas pela falta de alguns alimentos. (…)
As doenças no tempo dos Descobrimentos
A época dos Descobrimentos, tão importante pelo contacto com culturas diferentes e pelo desenvolvi-
mento que proporcionou ao país, trouxe novas doenças e problemas médicos.
E, se a SIDA pode ser considerada a praga do século XX, a Peste Negra foi, sem dúvida, o espectro da
morte do século XV.
Seguiram-se muitas outras doenças como o paludismo, a cólera e o escorbuto, responsáveis por eleva-
das taxas de mortalidade e pelo enfraquecimento geral da população. O escorbuto foi a principal causa de
morte a bordo das naus portuguesas. (…)
A geração de um novo mundo
Os Descobrimentos portugueses permitiram o desenvolvimento de uma mentalidade científica e o
novo gosto pela investigação. Neste contexto, não será de estranhar que algumas das especialidades médi-
cas da actualidade tivessem o seu início nesta época (...).
À semelhança do que aconteceu há cinco séculos atrás com a medicina de alto-mar tropical, a medicina
aeronáutica é hoje considerada um ramo totalmente novo do conhecimento médico.
A descoberta de novas terras e novos povos permitiu-nos, há quinhentos anos atrás, a descoberta de
novas plantas e substâncias fundamentais no tratamento de algumas doenças.
A única hipótese para as causas do escorbuto era o consumo excessivo de peixe salgado, biscoitos alte-
rados e outros alimentos em más condições.
exemplo
Doenças como a sífilis, a cólera e a febre-amarela, tão comuns naqueles tempos, conseguiram sobrevi-
ver até aos nossos dias, apesar do desenvolvimento da Medicina.
http://educom.fct.unl.pt/proj/por-mares/alimentacao.htm
5.3. As tecnologias da informação e comunicação
Esta área não foi esquecida e em diversos momentos, no Guia do Professor,
são referidos sites cuja informação é considerada útil e que poderá enriquecer a
oferta pedagógica do manual.
Quanto a actividades dirigidas ao aluno neste âmbito, elas surgem sobretudo
na unidade E, relativa a Outros Textos. São trabalhados textos com suportes
diversificados, como por exemplo as mensagens por telemóvel, o e-mail (é
explorada a sua recepção e produção, págs. 247, 248) e as páginas da Internet.
Reconhecemos a importância e atracção que estes textos exercem nas activi-
dades quotidianas dos jovens, daí o aproveitamento pedagógico dos mesmos.
Apresentámos instruções de navegação, regras de elaboração de texto, glossá-
rio específico da área e alertámos os alunos para alguns dos perigos da navega-
ção na Internet. Por outro lado, procurámos promover, através de algumas
sugestões de actividades, uma visão crítica e consciente destas novas tecnolo-
gias no que diz respeito às suas vantagens e desvantagens.