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Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação 
XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Uerj – 5 a 9 de setembro de 2005 
Educação, comunicação e fotografia: estabelecendo alicerces na escola pública 
fundamental1 
Ana Maria Schultze2 
Professora efetiva de arte da Prefeitura do município de São Paulo 
Resumo 
Reconhecer a importância de estudos da comunicação já no ensino fundamental, aqui 
sob a luz da educomunicação através da linguagem da fotografia, para um desvelar de 
cidadãos, mais críticos e conscientes acerca da imagem fotográfica nos meios de 
comunicação de massa, mas também que se expressem e se comuniquem através de sua 
própria produção fotográfica, respeitada sua multiculturalidade. Para tanto, analisamos 
um estudo de caso que ocorre em uma escola pública de São Paulo, mas que apresenta 
considerações que contribuem para o estudo da fotografia na comunicação já nessa 
modalidade de ensino. 
Palavras-chave 
Fotografia; educomunicação; ensino fundamental; ensino de arte; formação de cidadãos 
críticos. 
No ano em que a Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação 
(Intercom) estabelece como seu tema central ensino e pesquisa em comunicação, trago a 
discussão sobre esses campos abordados em um nível de ensino anterior à graduação, 
isto é, no ensino fundamental. 
Vários são os estudiosos que se debruçam sobre as questões da comunicação na escola 
fundamental, em práticas com os próprios alunos, ou então na formação de professores 
que atuam com esses mesmos alunos. Pretendo trazer para a discussão as ações que 
desenvolvo na escola pública envolvendo comunicação através da fotografia, 
fundamentada em teóricos que estabelecem um novo campo, o qual reconhece as 
imbricações e contaminações entre os dois campos originais – educação e comunicação 
– conhecido como educomunicação. 
O núcleo de pesquisa fotografia, comunicação e cultura estabelece em sua ementa a 
necessidade da formação crítica na leitura da fotografia midiática. Veremos como essa 
formação crítica é abraçada pela educomunicação, aqui especificamente quanto à 
fotografia. Antes, abro um parêntesis para explicar rapidamente o conceito dessa nova 
área que se descortina, e que enlaça em seu cerne tanto a educação quanto a 
comunicação, constituindo-se em uma importante e rica possibilidade de se trazer as 
questões pertinentes da comunicação para a escola, além de outros espaços não-formais 
de educação. 
1
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Autores como Garcia (sem data), Soares (1999) e Kaplún (1985, 1997) reconhecem nas 
sociedades contemporâneas três tipos predominantes de sistemas educacionais: 
2 
·  Uma educação que enfatiza conteúdos 
·  Uma educação que enfatiza efeitos 
·  Uma educação que enfatiza processos 
Educação voltada para o conteúdo é, para Kaplún, aquela tradicional, na qual o 
professor, máxima autoridade do notório saber, transmite os conteúdos formais de uma 
geração para outra, no típico modelo escolástico. Paulo Freire usa o termo comunicação 
bancária, para uma mera transmissão de informação. O ator principal do processo é o 
professor. 
Para o mesmo autor, educação voltada para o efeito seria representada pela “engenharia 
do comportamento”, cujo objetivo é moldar comportamentos para se atingir fins pré-determinados. 
A principal ação aqui é a do fazer, e o ator principal é um educador que 
modela a conduta de seus alunos. 
Já no terceiro sistema, o autor entende que a ênfase está no processo. Os conteúdos não 
são mais o foco principal, mas sim a interação dialética entre os envolvidos e o meio 
que os cerca. Somos produtos do mundo ou, como diz Freire (1971, apud SOARES, 
1999), “o homem é um ser de relação e não só de contatos como o animal, não está 
apenas no mundo, mas com o mundo.” Reforça Martins: ”Toda relação com o mundo, 
tudo o que dele sabemos, parte de nossas experiências próprias, de um "ser-com-o-mundo" 
(MARTINS, 1992), que considera também o outro, onde somos "uns-com-os-outros" 
(idem). A educação nesse caso se dá por um processo que envolve a todos, que 
se responsabilizam por sua aprendizagem e têm acesso aos meios de comunicação e à 
fotografia. Todos são atores de igual importância. 
Garcia (idem) aponta, ainda sobre a educação, que essa é historicamente constituída, de 
natureza do oficial, do discurso do estado, e atrelada a seus problemas, como a pobreza 
e a ausência de poder, além de instituída verticalmente. 
Já quanto à comunicação, novamente Garcia (idem) a descreve como de natureza 
pública, mesmo quando ocorre na esfera privada. Sem imposições burocráticas, tem 
liberdade para agir dentro das leis do mercado, e é por elas regulamentada. Sua 
linguagem vai se estruturando em seu próprio caminhar, e sua constituição se dá no 
plano horizontal, com grande mobilidade, realizando deslocamentos sempre que 
necessário.
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Quanto às aproximações entre educação e comunicação, essas são antigas. Soares 
(1999) descreve a preocupação de caráter moralista e condenatória de alguns segmentos 
da sociedade, no início do século 20, passando pelas influências da Escola de Frankfurt, 
que em meados do mesmo século desconfiava dos meios de comunicação, e cuja crítica 
insistia na total manipulação das “massas” por centros de poder econômico e político. 
Já na metade final daquele século, as atenções convergiram para o audiovisual, 
principalmente o cinema e a televisão, alertando usuários sobre a necessidade de 
mobilizamento perante os meios dominados e dominantes pelo capitalismo. Na década 
de 70, ainda no século 20, novo foco: a análise crítica dos discursos, e uma preocupação 
com a formação de uma consciência crítica pelo público, através da educação para os 
meios. 
Nos anos 80, a tônica foi, por influência da Unesco, a convergência das discussões para 
a relação escola (educação formal) e os meios de comunicação. Na América Latina, a 
teoria de Martín-Barbero sobre mediações trouxe luz aos processos de recepção, 
alterando o paradigma da educação para os meios: como a educação, compreendendo o 
sistema de meios, poderia (e pode) construir ecossistemas comunicativos3, dentro do 
contexto mediático em que nos inserimos? 
Finalizando, a aceleração no desenvolvimento dos meios eletrônicos, com as grandes 
redes de comunicação como a internet, evidenciaram o anseio da constituição de novo 
campo, que aproxime de forma crítica mas construtiva, uma educação para os meios, e o 
uso das tecnologias no ensino. 
E é a partir dos anseios detectados no final do século 20, intensificados no início do 21, 
que as inter-relações que começaram a se estabelecer entre ambos os campos nos 
interessam aqui. 
Volto a Garcia (já citado), que entende a comunicação “como os processos das 
“mediações” que se dão no interior das práticas culturais cotidianas e que privilegiam as 
negociações de significados e significantes”. Seu entendimento de práticas culturais 
vem do conceito de M. L. Mendonza (apud GARCIA, idem) sobre cultura, como um 
“sistema de símbolos e atribuição de sentidos às práticas e relações sociais”. Essa 
atribuição de sentidos se dá através de negociações/mediações no lugar da 
manipulação/dominação (GARCIA, idem). 
Entendo a mediação conforme o conceito do grupo de pesquisa Mediação 
arte/cultura/público4, como um processo de “estar entre”, favorecendo relações de 
aproximação e conexões, por todos os pólos envolvidos, e não como ponte, como um 
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caminho de somente duas vias. Esse processo envolve a todos, que contribuem como 
iguais para que cheguem ao novo, seja conhecimento, situação etc. Quanto a à 
comunicação, o principal fator é então a mediação sobrepondo-se aos meios. Em relação 
à educação, concordo com Paulo Freire (apud SOARES, 1999), quando afirma que a 
relação educador-educando deve ser uma relação social igualitária e dialógica, em que 
todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas, para que se produza o conhecimento. Uma 
mediação dentro da própria educação. 
Ainda sobre a educação, tal qual Garcia (já citado), destaco como fundamental um 
sistema que privilegie o processo (o terceiro tipo de Kaplún), e que tenha como centro 
seus sujeitos, sejam educandos, educadores e demais envolvidos. Seus objetivos mais 
gerais são a construção de cidadãos que compreendam o mundo como um campo de 
disputa hegemônica, que pensam criticamente a realidade (BACCEGA, 2000-2001), e 
que lidam com a grande quantidade disponível de informações (GARCIA, sem data), 
elaborando a partir dela verdadeiros significados e sentidos. É próprio desse mundo uma 
maciça presença dos meios e tecnologias, fato que precisa ser absorvido pela educação. 
Esses aportes teóricos sustentam os conceitos que considero fundamentais nos dois 
campos – educação e comunicação – e que efetivamente se inter-relacionam, 
convergindo no novo campo da educomunicação. 
Soares (1999) toma de empréstimo de Kaplún (1997) o termo educomunicação, que se 
constitui em um espaço de intervenção social realizada na prática pelos atores sociais, 
formado por novas categorias analíticas, de natureza relacional, e que se estrutura “de 
um modo processual, mediático, transdisciplinar e interdiscursivo” (SOARES, idem). 
Suas formas de materialização são sintetizadas em cinco principais áreas: 
·  Área da educação para a comunicação: seu campo de intervenção é a educação 
para os meios – o estudo e compreensão dos meios de comunicação nas 
sociedades, seu impacto social, implicações da comunicação mediatizada, 
alterações que propicia nas formas de percepção e recepção, mas também o uso 
criador, livre e autônomo dos recursos e linguagens da comunicação, seja por 
indivíduos ou por grupos. 
·  Área da mediação tecnológica na educação: seu foco são os procedimentos e 
estudos em torno da presença e das múltiplas possibilidades das tecnologias da 
informação na educação, para a criação de dialogicidade. Lida com as Novas 
Tecnologias de Comunicação e Informação (NTCI), que envolvem todas as 
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tecnologias que lidam com imagens, sons e processamento eletrônico de dados. 
Não deve ser confundida com tecnologias educativas. 
·  Área da gestão comunicativa: voltada para o planejamento, execução e 
realização dos processos e procedimentos que se articulam na região da 
Comunicação/Cultura/Educação, busca criar ecossistemas comunicacionais, em 
instituições formais ou não. Articula-se tanto dentro do espaço escolar como na 
própria comunicação. 
·  Área da reflexão epistemológica: campo dos estudos sobre a inter-relação 
Comunicação/Educação, isto é, o novo campo da educomunicação, realizados 
em ambientes acadêmicos ou não. 
·  Área da expressão comunicativa através das artes: tem como campo de 
intervenção o reconhecimento das possibilidades expressivas e comunicativas 
das linguagens artísticas. Entendo-a como uma área que aceita manifestações 
culturais por linguagens variadas, além de criar/reconhecer condições para a 
expressão por meio dessas mesmas linguagens diversas. Compreendo que é uma 
área que dialoga com as demais, inclusive ao reconhecer como linguagens 
artísticas também aquelas mediadas por aparelhos (tecnologias), como a 
fotografia, além da necessidade de ecossistemas orgânicos e funcionais que 
estimulem a expressão pela arte. 
Cada uma dessas áreas, reconhecida anteriormente como pertencendo ou à educação ou 
à comunicação, passa à esfera da educomunicação, já que a aproximação inicial entre as 
diversas áreas se dá pela ação comunicativa no espaço educativo, quando a educação se 
reconhece como processo comunicativo, e a comunicação como possibilidade de 
mediação social, em uma cultura dinâmica e em transformação (SOARES, idem). O 
discurso predominante passa a ser polifônico. 
E é pelo viés da educomunicação, estabelecida na escola, que a comunicação interage 
com a educação. Apresento então algumas possibilidades que realizo na escola pública 
com a fotografia, e que contribuem efetivamente para que a comunicação se estabeleça 
já a partir do ensino fundamental. 
Sou professora de arte na rede municipal de São Paulo, em uma escola de periferia, com 
alunos de curso regular e do curso de educação de jovens e adultos (EJA). É com esse 
público, carente financeiramente, e com pouco acesso a bens culturais, que desenvolvo 
ações de educomunicação a partir de e com a fotografia. 
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No XXVII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da Intercom, ocorrido em 
Porto Alegre (RS, Brasil), apresentei o paper fotografia e educação: a escola como 
formadora de leitores críticos da imagem midiática5. Nele, já discorri sobre algumas das 
ações realizadas, porém a ênfase foi quanto à leitura crítica das imagens fotográficas 
midiáticas, que pertence ao âmbito da educação para a comunicação. Sugiro uma leitura 
daquele paper para conhecimento do conjunto de práticas relacionados a esse campo de 
atuação. 
Além da área da educação para a comunicação, as demais áreas da educomunicação 
também acontecem na escola, sempre visando o fomento de processos comunicacionais. 
Trabalhar com fotografia em uma escola carente envolveu e envolve um esforço 
hercúleo, porém extremamente gratificante. A gestão comunicativa, entendida como 
planejamento, execução e concretização daqueles mesmos processos, implicou, para o 
trabalho com fotografia, na implantação de um laboratório preto-e-branco na escola, 
medida que só foi possível de ser realizada através da colaboração de fotógrafos 
profissionais que, conhecedores do projeto, doaram equipamentos e material de 
consumo, impossíveis de serem adquiridos pela escola. Montado em um espaço 
pequeno, porém de forma bastante completa, esse novo espaço pedagógico implicou na 
capacitação de alunos e alunas para uma correta utilização, com segurança, autonomia e 
confiança. Em pequenos grupos, sempre liderados por um monitor, os alunos realizam 
ali sua expressão fotográfica através de técnicas alternativas, como fotografia de câmera 
de buraco-de-agulha, fotograma e quimigrama, ou acompanham o processo de 
ampliação de imagens em preto-e-branco a partir de negativos. A motivação pelo uso 
desse espaço é muito grande entre os alunos, já que é uma prática bastante diferenciada 
das aulas de artes que já conhecem, inclusive de outras escolas. 
6 
Sem título 
2003 Alunos dos cursos regular e EJA 
Sem título 
Fotografia de câmera de buraco-de-agulha 
2003 Alunos do curso regular
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Além de técnicas alternativas, alunas e alunos fotografam com câmeras compactas que a 
escola dispõe (poucas), fazendo fotografias de situações de seu cotidiano, e seus auto-retratos. 
No curso de EJA, não é incomum alunos mais idosos que vão fotografar pela 
7 
primeira vez naquele contexto da escola. 
Auto-retrato 
2003 Aluna da EJA 
Sem título 
2003 Alunas do curso regular 
Sobre a fotografia como campo próprio de expressão, compreendo que meus alunos 
devem perceber a fotografia não como resultado de um meio (aparelho), mas como um 
recorte, uma seleção, uma construção intencional, como quando Kossoy (2000) afirma 
que "o dado do real, registrado fotograficamente, corresponde a um produto documental 
elaborado cultural, técnica e esteticamente, portanto ideologicamente: registro/criação." 
O fotógrafo não é, então, um mero operador da câmera fotográfica, como é a crença 
usual de meus alunos, mas alguém que interpreta e registra uma dada realidade de 
acordo com seus referenciais. As imagens fotográficas que são apresentadas pelos meios 
de comunicação são (ou podem ser) registros do mundo, que por sua vez nunca é 
neutro, mas mediado, editado eternamente pela comunicação, principalmente pela mídia 
(BACCEGA, idem). 
E é por propiciar condições de expressão através da fotografia na escola, que se dá a 
expressão através das artes proposta pela educomunicação: reconhecer a fotografia 
como uma forma expressiva, produto de um tempo mas que também se projeta em 
outros tempos ao remeter, por exemplo, no futuro ao passado, através de uma imagem 
de uma situação há muito ocorrida, ou de pessoas distantes em sua infância ou 
juventude. 
A construção e elaboração na imagem fotográfica, com suas particularidades, ou em 
diálogos intertextuais com outras linguagens, como pintura ou escultura, dá a alunos e 
alunas a chance de vocalizarem, isto é, realizarem sua própria expressão, atuando como
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criadores ativos, e não somente receptores de imagens que circulam a seu redor. Essa 
elaboração fotográfica é sistema simbólico, como diz Gombrich6 (apud ZANIRATO, no 
prelo), que ao mesmo tempo em que permite a representação, oferece possibilidades de 
leitura que variam em função da história e da cultura de cada um. Ainda segundo 
Gombrich (idem), 
a imagem visual não é uma simples representação da realidade e sim um 
sistema simbólico, desvendado pelo indivíduo que, em função de sua cultura e 
de sua história pessoal, incorporou modos de representação e potencialidades de 
leitura que lhe são próprios. 
É pelos processos mediados construídos entre alunos e professores sobre a imagem 
fotográfica que um novo entendimento se cristaliza: o reconhecimento da fotografia 
como uma realização feita por um aparelho, isto é, uma interface operada por um sujeito 
social, o fotógrafo, que deposita naquela construção sua bagagem e história de vida, e 
que será recebida e interpretada de maneiras diferenciadas pelos outros sujeitos sociais 
envolvidos no processo, os receptores, no caso, meus alunos. 
Como exemplo dessa múltipla polifonia de leituras, analisemos uma imagem veiculada 
pela edição histórica da revista Veja, um segmento especial sobre o papa João Paulo II, 
recém-falecido na época da circulação dessa edição7, no mesmo exercício realizado com 
os alunos. 
8 
Sipa Press 
[Sem data] 
Trata-se da última capa da referida edição, que mostra o papa de costas, em uma 
posição inusitada. Um papa cabisbaixo, curvo, de costas para o leitor e de frente para 
uma cruz, que no momento da edição já havia falecido. Sombras se projetam em suas 
costas, e o fundo desfocado iluminado não permite outras conclusões.
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Sobre a linguagem fotográfica, alunos e alunas tiveram dificuldade de interpretar a 
figura de costas como tendo já partido, com uma cruz que indicava ao mesmo tempo 
uma fé cristã e um calvário de um longo papado manifesto no peso dessa cruz, que lhe 
envergava o corpo. Uma imagem que fecha uma revista, como última capa. Sua 
leitura/interpretação foi feita com minha mediação, para que os alunos pudessem 
compreender mais sobre a linguagem, já que é algo à qual não dispensam muita atenção 
no momento da realização de suas próprias fotografias. Por ser uma ação realizada de 
forma coletiva, as interferências de todos enriquecem a leitura, facilitando as 
manifestações de todos, mesmo quando inseguras ou tímidas. 
Outros exercícios semelhantes, e que não serão aqui descritos pela limitação de espaço, 
colaboraram e colaboram para a construção de um acesso crítico às imagens na mídia, 
que sempre se realiza tendo como ponto de partida as referências iniciais de cada um, 
que crescem no contato com o outro. O mesmo ocorre nos momentos de expressão 
fotográfica, que partem da bagagem inicial de alunos e alunas, para irem se alimentando 
e expandindo ao longo dos percursos percorridos através das imagens fotográficas. 
Em relação à pesquisa que ocorre sistematicamente nesse estudo de caso, as 
dificuldades e problemas ainda são muitos, como a falta de recursos para manutenção 
ou ampliação do projeto. Há a intenção de se introduzir a fotografia digital e os novos 
paradigmas propiciados por essa tecnologia, além de seus reflexos na educação, porém 
sem previsão de quando isso ocorrerá. 
Os resultados até o momento porém, apontam que esse projeto tem realmente 
características próprias da educomunicação, ocorrendo no espaço escolar: princípio de 
democracia, que respeita os conhecimentos, voz e expressão dos alunos; expressão pela 
arte, por suas linguagens, aqui a linguagem visual da fotografia; aproximação com a 
cultura local e multicultural da comunidade, manifesta nos próprios alunos que residem 
nas proximidades da escola e exprimem essa cultura em suas imagens; criação de um 
ecossistema educativo, ainda que tímido, mas em desenvolvimento e em crescimento; 
mediação entre tecnologias e educação, favorecendo a comunicação, e vice-versa; 
construção do novo a partir do contato direto com o próximo, em um processo 
polifônico, horizontal e móvel, sem imposição de conhecimentos; desvelar da cidadania 
através da garantia de expressão e comunicação. 
As pesquisas prosseguem, com o desejo de aprofundamento no doutorado. Mais 
investigações são necessárias, principalmente quanto à área da expressão comunicativa 
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através das linguagens artísticas, de meu particular interesse por ser professora de arte, 
que permitam uma generalização, já que aqui trata-se de um estudo de caso. 
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Helena; PELEGRINI, Sandra (orgs.) As dimensões da imagem: abordagens teóricas e 
metodológicas. Maringá, PR: UEM, (no prelo). 
1 Trabalho apresentado ao NP 20 – Fotografia, Comunicação e Cultura, do V Encontro dos Núcleos de Pesquisa da 
Intercom. 
2 Mestra em Artes, na área de concentração Artes Visuais pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de 
Mesquita Filho” (Unesp); especialista em Comunicação e Artes pela Universidade Presbiteriana 
Mackenzie; fotógrafa; arte-educadora; professora efetiva de arte da rede municipal de São Paulo; 
coordena na internet a lista de discussão Arte-Educar sobre arte e seu ensino; pesquisadora do GP 
Mediação Arte/Cultura/Público da Unesp e do NP Fotografia, Comunicação e Cultura da Intercom. 
anita@arte-educar.art.br 
3 O termo “ecossistemas comunicativos” encontra-se em Martín-Barbero, 1999, com afinidades 
epistemológica conceituais também em Rodrigues (1989:2) e Morin (1974:272-3). SANTOS, Marcos 
Ferreira. Subjetividade & Educomunicação: matizes antropológicos. São Paulo: Núcleo de Comunicação 
e Educação da ECA/USP, 2004. Boletim do educom.rádio 6ª fase. 
12
Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação 
XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Uerj – 5 a 9 de setembro de 2005 
4 Grupo de pesquisa Mediação arte/cultura/público, do Instituto de artes/Unesp, registrado no CnPQ, sob 
orientação da professora doutora Mirian Celeste Ferreira Dias Martins, que estuda os processos de 
mediação e aproximação entre arte e cultura e públicos diferenciados. 
5 Texto integral nos anais do congresso, assim como na revista eletrônica Studium nº 18 do Instituto de 
Artes da Unicamp. Disponível em <http://www.studium.iar.unicamp.br/18/index.html>. Acesso: 1º.jun 
2005. 
6 SCHULTZE, Ana Maria. Fotografia e educação: a escola como formadora de leitores críticos da 
imagem midiática. Veja nota anterior. 
7 Edição histórica Veja, edição especial nº 40, ano 38, Veja 1899/A, abril de 2005. Foto da última capa. 
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Educação, comunicação e fotografia - Ana Maria Schultze

  • 1. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Uerj – 5 a 9 de setembro de 2005 Educação, comunicação e fotografia: estabelecendo alicerces na escola pública fundamental1 Ana Maria Schultze2 Professora efetiva de arte da Prefeitura do município de São Paulo Resumo Reconhecer a importância de estudos da comunicação já no ensino fundamental, aqui sob a luz da educomunicação através da linguagem da fotografia, para um desvelar de cidadãos, mais críticos e conscientes acerca da imagem fotográfica nos meios de comunicação de massa, mas também que se expressem e se comuniquem através de sua própria produção fotográfica, respeitada sua multiculturalidade. Para tanto, analisamos um estudo de caso que ocorre em uma escola pública de São Paulo, mas que apresenta considerações que contribuem para o estudo da fotografia na comunicação já nessa modalidade de ensino. Palavras-chave Fotografia; educomunicação; ensino fundamental; ensino de arte; formação de cidadãos críticos. No ano em que a Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) estabelece como seu tema central ensino e pesquisa em comunicação, trago a discussão sobre esses campos abordados em um nível de ensino anterior à graduação, isto é, no ensino fundamental. Vários são os estudiosos que se debruçam sobre as questões da comunicação na escola fundamental, em práticas com os próprios alunos, ou então na formação de professores que atuam com esses mesmos alunos. Pretendo trazer para a discussão as ações que desenvolvo na escola pública envolvendo comunicação através da fotografia, fundamentada em teóricos que estabelecem um novo campo, o qual reconhece as imbricações e contaminações entre os dois campos originais – educação e comunicação – conhecido como educomunicação. O núcleo de pesquisa fotografia, comunicação e cultura estabelece em sua ementa a necessidade da formação crítica na leitura da fotografia midiática. Veremos como essa formação crítica é abraçada pela educomunicação, aqui especificamente quanto à fotografia. Antes, abro um parêntesis para explicar rapidamente o conceito dessa nova área que se descortina, e que enlaça em seu cerne tanto a educação quanto a comunicação, constituindo-se em uma importante e rica possibilidade de se trazer as questões pertinentes da comunicação para a escola, além de outros espaços não-formais de educação. 1
  • 2. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Uerj – 5 a 9 de setembro de 2005 Autores como Garcia (sem data), Soares (1999) e Kaplún (1985, 1997) reconhecem nas sociedades contemporâneas três tipos predominantes de sistemas educacionais: 2 · Uma educação que enfatiza conteúdos · Uma educação que enfatiza efeitos · Uma educação que enfatiza processos Educação voltada para o conteúdo é, para Kaplún, aquela tradicional, na qual o professor, máxima autoridade do notório saber, transmite os conteúdos formais de uma geração para outra, no típico modelo escolástico. Paulo Freire usa o termo comunicação bancária, para uma mera transmissão de informação. O ator principal do processo é o professor. Para o mesmo autor, educação voltada para o efeito seria representada pela “engenharia do comportamento”, cujo objetivo é moldar comportamentos para se atingir fins pré-determinados. A principal ação aqui é a do fazer, e o ator principal é um educador que modela a conduta de seus alunos. Já no terceiro sistema, o autor entende que a ênfase está no processo. Os conteúdos não são mais o foco principal, mas sim a interação dialética entre os envolvidos e o meio que os cerca. Somos produtos do mundo ou, como diz Freire (1971, apud SOARES, 1999), “o homem é um ser de relação e não só de contatos como o animal, não está apenas no mundo, mas com o mundo.” Reforça Martins: ”Toda relação com o mundo, tudo o que dele sabemos, parte de nossas experiências próprias, de um "ser-com-o-mundo" (MARTINS, 1992), que considera também o outro, onde somos "uns-com-os-outros" (idem). A educação nesse caso se dá por um processo que envolve a todos, que se responsabilizam por sua aprendizagem e têm acesso aos meios de comunicação e à fotografia. Todos são atores de igual importância. Garcia (idem) aponta, ainda sobre a educação, que essa é historicamente constituída, de natureza do oficial, do discurso do estado, e atrelada a seus problemas, como a pobreza e a ausência de poder, além de instituída verticalmente. Já quanto à comunicação, novamente Garcia (idem) a descreve como de natureza pública, mesmo quando ocorre na esfera privada. Sem imposições burocráticas, tem liberdade para agir dentro das leis do mercado, e é por elas regulamentada. Sua linguagem vai se estruturando em seu próprio caminhar, e sua constituição se dá no plano horizontal, com grande mobilidade, realizando deslocamentos sempre que necessário.
  • 3. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Uerj – 5 a 9 de setembro de 2005 Quanto às aproximações entre educação e comunicação, essas são antigas. Soares (1999) descreve a preocupação de caráter moralista e condenatória de alguns segmentos da sociedade, no início do século 20, passando pelas influências da Escola de Frankfurt, que em meados do mesmo século desconfiava dos meios de comunicação, e cuja crítica insistia na total manipulação das “massas” por centros de poder econômico e político. Já na metade final daquele século, as atenções convergiram para o audiovisual, principalmente o cinema e a televisão, alertando usuários sobre a necessidade de mobilizamento perante os meios dominados e dominantes pelo capitalismo. Na década de 70, ainda no século 20, novo foco: a análise crítica dos discursos, e uma preocupação com a formação de uma consciência crítica pelo público, através da educação para os meios. Nos anos 80, a tônica foi, por influência da Unesco, a convergência das discussões para a relação escola (educação formal) e os meios de comunicação. Na América Latina, a teoria de Martín-Barbero sobre mediações trouxe luz aos processos de recepção, alterando o paradigma da educação para os meios: como a educação, compreendendo o sistema de meios, poderia (e pode) construir ecossistemas comunicativos3, dentro do contexto mediático em que nos inserimos? Finalizando, a aceleração no desenvolvimento dos meios eletrônicos, com as grandes redes de comunicação como a internet, evidenciaram o anseio da constituição de novo campo, que aproxime de forma crítica mas construtiva, uma educação para os meios, e o uso das tecnologias no ensino. E é a partir dos anseios detectados no final do século 20, intensificados no início do 21, que as inter-relações que começaram a se estabelecer entre ambos os campos nos interessam aqui. Volto a Garcia (já citado), que entende a comunicação “como os processos das “mediações” que se dão no interior das práticas culturais cotidianas e que privilegiam as negociações de significados e significantes”. Seu entendimento de práticas culturais vem do conceito de M. L. Mendonza (apud GARCIA, idem) sobre cultura, como um “sistema de símbolos e atribuição de sentidos às práticas e relações sociais”. Essa atribuição de sentidos se dá através de negociações/mediações no lugar da manipulação/dominação (GARCIA, idem). Entendo a mediação conforme o conceito do grupo de pesquisa Mediação arte/cultura/público4, como um processo de “estar entre”, favorecendo relações de aproximação e conexões, por todos os pólos envolvidos, e não como ponte, como um 3
  • 4. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Uerj – 5 a 9 de setembro de 2005 caminho de somente duas vias. Esse processo envolve a todos, que contribuem como iguais para que cheguem ao novo, seja conhecimento, situação etc. Quanto a à comunicação, o principal fator é então a mediação sobrepondo-se aos meios. Em relação à educação, concordo com Paulo Freire (apud SOARES, 1999), quando afirma que a relação educador-educando deve ser uma relação social igualitária e dialógica, em que todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas, para que se produza o conhecimento. Uma mediação dentro da própria educação. Ainda sobre a educação, tal qual Garcia (já citado), destaco como fundamental um sistema que privilegie o processo (o terceiro tipo de Kaplún), e que tenha como centro seus sujeitos, sejam educandos, educadores e demais envolvidos. Seus objetivos mais gerais são a construção de cidadãos que compreendam o mundo como um campo de disputa hegemônica, que pensam criticamente a realidade (BACCEGA, 2000-2001), e que lidam com a grande quantidade disponível de informações (GARCIA, sem data), elaborando a partir dela verdadeiros significados e sentidos. É próprio desse mundo uma maciça presença dos meios e tecnologias, fato que precisa ser absorvido pela educação. Esses aportes teóricos sustentam os conceitos que considero fundamentais nos dois campos – educação e comunicação – e que efetivamente se inter-relacionam, convergindo no novo campo da educomunicação. Soares (1999) toma de empréstimo de Kaplún (1997) o termo educomunicação, que se constitui em um espaço de intervenção social realizada na prática pelos atores sociais, formado por novas categorias analíticas, de natureza relacional, e que se estrutura “de um modo processual, mediático, transdisciplinar e interdiscursivo” (SOARES, idem). Suas formas de materialização são sintetizadas em cinco principais áreas: · Área da educação para a comunicação: seu campo de intervenção é a educação para os meios – o estudo e compreensão dos meios de comunicação nas sociedades, seu impacto social, implicações da comunicação mediatizada, alterações que propicia nas formas de percepção e recepção, mas também o uso criador, livre e autônomo dos recursos e linguagens da comunicação, seja por indivíduos ou por grupos. · Área da mediação tecnológica na educação: seu foco são os procedimentos e estudos em torno da presença e das múltiplas possibilidades das tecnologias da informação na educação, para a criação de dialogicidade. Lida com as Novas Tecnologias de Comunicação e Informação (NTCI), que envolvem todas as 4
  • 5. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Uerj – 5 a 9 de setembro de 2005 tecnologias que lidam com imagens, sons e processamento eletrônico de dados. Não deve ser confundida com tecnologias educativas. · Área da gestão comunicativa: voltada para o planejamento, execução e realização dos processos e procedimentos que se articulam na região da Comunicação/Cultura/Educação, busca criar ecossistemas comunicacionais, em instituições formais ou não. Articula-se tanto dentro do espaço escolar como na própria comunicação. · Área da reflexão epistemológica: campo dos estudos sobre a inter-relação Comunicação/Educação, isto é, o novo campo da educomunicação, realizados em ambientes acadêmicos ou não. · Área da expressão comunicativa através das artes: tem como campo de intervenção o reconhecimento das possibilidades expressivas e comunicativas das linguagens artísticas. Entendo-a como uma área que aceita manifestações culturais por linguagens variadas, além de criar/reconhecer condições para a expressão por meio dessas mesmas linguagens diversas. Compreendo que é uma área que dialoga com as demais, inclusive ao reconhecer como linguagens artísticas também aquelas mediadas por aparelhos (tecnologias), como a fotografia, além da necessidade de ecossistemas orgânicos e funcionais que estimulem a expressão pela arte. Cada uma dessas áreas, reconhecida anteriormente como pertencendo ou à educação ou à comunicação, passa à esfera da educomunicação, já que a aproximação inicial entre as diversas áreas se dá pela ação comunicativa no espaço educativo, quando a educação se reconhece como processo comunicativo, e a comunicação como possibilidade de mediação social, em uma cultura dinâmica e em transformação (SOARES, idem). O discurso predominante passa a ser polifônico. E é pelo viés da educomunicação, estabelecida na escola, que a comunicação interage com a educação. Apresento então algumas possibilidades que realizo na escola pública com a fotografia, e que contribuem efetivamente para que a comunicação se estabeleça já a partir do ensino fundamental. Sou professora de arte na rede municipal de São Paulo, em uma escola de periferia, com alunos de curso regular e do curso de educação de jovens e adultos (EJA). É com esse público, carente financeiramente, e com pouco acesso a bens culturais, que desenvolvo ações de educomunicação a partir de e com a fotografia. 5
  • 6. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Uerj – 5 a 9 de setembro de 2005 No XXVII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da Intercom, ocorrido em Porto Alegre (RS, Brasil), apresentei o paper fotografia e educação: a escola como formadora de leitores críticos da imagem midiática5. Nele, já discorri sobre algumas das ações realizadas, porém a ênfase foi quanto à leitura crítica das imagens fotográficas midiáticas, que pertence ao âmbito da educação para a comunicação. Sugiro uma leitura daquele paper para conhecimento do conjunto de práticas relacionados a esse campo de atuação. Além da área da educação para a comunicação, as demais áreas da educomunicação também acontecem na escola, sempre visando o fomento de processos comunicacionais. Trabalhar com fotografia em uma escola carente envolveu e envolve um esforço hercúleo, porém extremamente gratificante. A gestão comunicativa, entendida como planejamento, execução e concretização daqueles mesmos processos, implicou, para o trabalho com fotografia, na implantação de um laboratório preto-e-branco na escola, medida que só foi possível de ser realizada através da colaboração de fotógrafos profissionais que, conhecedores do projeto, doaram equipamentos e material de consumo, impossíveis de serem adquiridos pela escola. Montado em um espaço pequeno, porém de forma bastante completa, esse novo espaço pedagógico implicou na capacitação de alunos e alunas para uma correta utilização, com segurança, autonomia e confiança. Em pequenos grupos, sempre liderados por um monitor, os alunos realizam ali sua expressão fotográfica através de técnicas alternativas, como fotografia de câmera de buraco-de-agulha, fotograma e quimigrama, ou acompanham o processo de ampliação de imagens em preto-e-branco a partir de negativos. A motivação pelo uso desse espaço é muito grande entre os alunos, já que é uma prática bastante diferenciada das aulas de artes que já conhecem, inclusive de outras escolas. 6 Sem título 2003 Alunos dos cursos regular e EJA Sem título Fotografia de câmera de buraco-de-agulha 2003 Alunos do curso regular
  • 7. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Uerj – 5 a 9 de setembro de 2005 Além de técnicas alternativas, alunas e alunos fotografam com câmeras compactas que a escola dispõe (poucas), fazendo fotografias de situações de seu cotidiano, e seus auto-retratos. No curso de EJA, não é incomum alunos mais idosos que vão fotografar pela 7 primeira vez naquele contexto da escola. Auto-retrato 2003 Aluna da EJA Sem título 2003 Alunas do curso regular Sobre a fotografia como campo próprio de expressão, compreendo que meus alunos devem perceber a fotografia não como resultado de um meio (aparelho), mas como um recorte, uma seleção, uma construção intencional, como quando Kossoy (2000) afirma que "o dado do real, registrado fotograficamente, corresponde a um produto documental elaborado cultural, técnica e esteticamente, portanto ideologicamente: registro/criação." O fotógrafo não é, então, um mero operador da câmera fotográfica, como é a crença usual de meus alunos, mas alguém que interpreta e registra uma dada realidade de acordo com seus referenciais. As imagens fotográficas que são apresentadas pelos meios de comunicação são (ou podem ser) registros do mundo, que por sua vez nunca é neutro, mas mediado, editado eternamente pela comunicação, principalmente pela mídia (BACCEGA, idem). E é por propiciar condições de expressão através da fotografia na escola, que se dá a expressão através das artes proposta pela educomunicação: reconhecer a fotografia como uma forma expressiva, produto de um tempo mas que também se projeta em outros tempos ao remeter, por exemplo, no futuro ao passado, através de uma imagem de uma situação há muito ocorrida, ou de pessoas distantes em sua infância ou juventude. A construção e elaboração na imagem fotográfica, com suas particularidades, ou em diálogos intertextuais com outras linguagens, como pintura ou escultura, dá a alunos e alunas a chance de vocalizarem, isto é, realizarem sua própria expressão, atuando como
  • 8. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Uerj – 5 a 9 de setembro de 2005 criadores ativos, e não somente receptores de imagens que circulam a seu redor. Essa elaboração fotográfica é sistema simbólico, como diz Gombrich6 (apud ZANIRATO, no prelo), que ao mesmo tempo em que permite a representação, oferece possibilidades de leitura que variam em função da história e da cultura de cada um. Ainda segundo Gombrich (idem), a imagem visual não é uma simples representação da realidade e sim um sistema simbólico, desvendado pelo indivíduo que, em função de sua cultura e de sua história pessoal, incorporou modos de representação e potencialidades de leitura que lhe são próprios. É pelos processos mediados construídos entre alunos e professores sobre a imagem fotográfica que um novo entendimento se cristaliza: o reconhecimento da fotografia como uma realização feita por um aparelho, isto é, uma interface operada por um sujeito social, o fotógrafo, que deposita naquela construção sua bagagem e história de vida, e que será recebida e interpretada de maneiras diferenciadas pelos outros sujeitos sociais envolvidos no processo, os receptores, no caso, meus alunos. Como exemplo dessa múltipla polifonia de leituras, analisemos uma imagem veiculada pela edição histórica da revista Veja, um segmento especial sobre o papa João Paulo II, recém-falecido na época da circulação dessa edição7, no mesmo exercício realizado com os alunos. 8 Sipa Press [Sem data] Trata-se da última capa da referida edição, que mostra o papa de costas, em uma posição inusitada. Um papa cabisbaixo, curvo, de costas para o leitor e de frente para uma cruz, que no momento da edição já havia falecido. Sombras se projetam em suas costas, e o fundo desfocado iluminado não permite outras conclusões.
  • 9. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Uerj – 5 a 9 de setembro de 2005 Sobre a linguagem fotográfica, alunos e alunas tiveram dificuldade de interpretar a figura de costas como tendo já partido, com uma cruz que indicava ao mesmo tempo uma fé cristã e um calvário de um longo papado manifesto no peso dessa cruz, que lhe envergava o corpo. Uma imagem que fecha uma revista, como última capa. Sua leitura/interpretação foi feita com minha mediação, para que os alunos pudessem compreender mais sobre a linguagem, já que é algo à qual não dispensam muita atenção no momento da realização de suas próprias fotografias. Por ser uma ação realizada de forma coletiva, as interferências de todos enriquecem a leitura, facilitando as manifestações de todos, mesmo quando inseguras ou tímidas. Outros exercícios semelhantes, e que não serão aqui descritos pela limitação de espaço, colaboraram e colaboram para a construção de um acesso crítico às imagens na mídia, que sempre se realiza tendo como ponto de partida as referências iniciais de cada um, que crescem no contato com o outro. O mesmo ocorre nos momentos de expressão fotográfica, que partem da bagagem inicial de alunos e alunas, para irem se alimentando e expandindo ao longo dos percursos percorridos através das imagens fotográficas. Em relação à pesquisa que ocorre sistematicamente nesse estudo de caso, as dificuldades e problemas ainda são muitos, como a falta de recursos para manutenção ou ampliação do projeto. Há a intenção de se introduzir a fotografia digital e os novos paradigmas propiciados por essa tecnologia, além de seus reflexos na educação, porém sem previsão de quando isso ocorrerá. Os resultados até o momento porém, apontam que esse projeto tem realmente características próprias da educomunicação, ocorrendo no espaço escolar: princípio de democracia, que respeita os conhecimentos, voz e expressão dos alunos; expressão pela arte, por suas linguagens, aqui a linguagem visual da fotografia; aproximação com a cultura local e multicultural da comunidade, manifesta nos próprios alunos que residem nas proximidades da escola e exprimem essa cultura em suas imagens; criação de um ecossistema educativo, ainda que tímido, mas em desenvolvimento e em crescimento; mediação entre tecnologias e educação, favorecendo a comunicação, e vice-versa; construção do novo a partir do contato direto com o próximo, em um processo polifônico, horizontal e móvel, sem imposição de conhecimentos; desvelar da cidadania através da garantia de expressão e comunicação. As pesquisas prosseguem, com o desejo de aprofundamento no doutorado. Mais investigações são necessárias, principalmente quanto à área da expressão comunicativa 9
  • 10. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Uerj – 5 a 9 de setembro de 2005 através das linguagens artísticas, de meu particular interesse por ser professora de arte, que permitam uma generalização, já que aqui trata-se de um estudo de caso. _________________ Referências bibliográficas BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo: Pioneira/EDUSP, 1980. ______. A multiculturalidade na Educação Estética. Caderno Temático de Formação 1. São Paulo: Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica, 2003. P. 21-23. ______. Arte-educação: leitura no subsolo. São Paulo: Cortez, 1997. ______. Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 1997. BACCEGA, Maria Aparecida. Recepção: novas perspectivas nos estudos da comunicação. São Paulo: Núcleo de Comunicação e Educação da ECA/USP, 2004. Boletim do educom.rádio 6ª fase. BARROS, Armando Martins de. Educando o olhar: notas sobre o tratamento das imagens como fundamento na formação do pedagogo. In: SAMAIN, Etienne (Org.) O fotográfico. São Paulo: Hucitec, 1998. BERGER, John et al. Modos de ver. Rio de Janeiro: Rocco, 1999. DEWEY, John. A arte como experiência. São Paulo: Abril Cultural, 1980. (Col. Os Pensadores). ECO, Umberto. Obra aberta: forma e indeterminação nas poéticas contemporâneas. São Paulo: Perspectiva, 2001. ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL CEL. ROMÃO GOMES. Cidadania: projeto político pedagógico. Prefeitura do Município de São Paulo. Secretaria Municipal de Educação. CE MG. São Paulo: 2003. Reprodução. FRANZ, Teresinha Sueli. Educação para uma compreensão crítica da arte. Florianópolis: Letras contemporâneas, 2003. FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez, 1987. ______; FAUNDEZ, Antônio. Por uma pedagogia da pergunta. São Paulo: Pz e Terra, 1998. FREUND, Gisèle. La fotografia como documento social. Barcelona: Gustavo Gili, 1983. GARCIA, Edson Gabriel. Comunicação e educação: campos e relações interdisciplinares. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/nucleos/nce/perfil_edson.html>. Acesso: 1º jun.2005. [sem data]. GRIGNON, Claude. Cultura dominante, cultura escolar e multiculturalismo popular. In SILVA, Tomaz Tadeu da. (org.) Alienígenas na sala de aula: uma introdução aos estudos culturais em educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995. P. 178-189. 10
  • 11. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Uerj – 5 a 9 de setembro de 2005 HERNÁNDEZ, Fernando. Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. KELLNER, Douglas. Lendo imagens criticamente: em direção a uma pedagogia pós-moderna. In SILVA, Tomaz Tadeu da. (org.) Alienígenas na sala de aula: uma introdução aos estudos culturais em educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995. P. 106-129. KOSSOY, Boris. Realidades e ficções na trama fotográfica. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2000. LAURITI, Nádia C. O portfólio como instrumento de sistematização e de avaliação de projetos (educomunicativos) de extensão universitária. São Paulo: Centro Universitário Nove de Julho, 2002. Reprodução. LOPES, Maria Immacolata Vassalo. “O campo da comunicação: discussão sobre seu estatuto disciplinar”, in Revista USP, 48, dez. 2000 – fev.2001. MARTINS, Mirian Celeste. Procurando brechas de acesso para o encontro sensível com a arte: tarefas da mediação. São Paulo: Associação Brasil 500 anos - Artes visuais, 2000 (material de apoio na formação de monitores para a Mostra do Redescobrimento, 2000). ______; PICOSQUE, Gisa; GUERRA, M. Terezinha Telles. A língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998. MARTINS, Joel. Um enfoque fenomenológico do currículo: educar com poiesis. In ESPÓSITO, Vitória Helena Cunha (org.). Um seminário avançado em fenomenologia. São Paulo: Educ, 1997. MASON, Rachel. Por uma arte-educação multicultural. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2001. MCLAREN, Peter. Multiculturalismo crítico. São Paulo: Cortez, 1999. (Coleção Perspectiva, v. 3). MERLEAU-PONTY, Maurice. A dúvida de Cézanne. São Paulo: Abril Cultural, 1980. (Col. Os Pensadores). ______. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Freitas Bastos, 1971. NÚCLEO DE COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO DA ECA/USP. Educomunicador nº 20. Boletim Informativo. São Paulo: abril/2004a. ______. Educomunicador nº 22. Boletim Informativo. São Paulo: junho/julho/2004b. ______. Agenda do educom.rádio nº 1. Material de apoio aos professores cursistas do projeto educom.rádio. São Paulo: 2004c. ______. Agenda do educom.rádio nº 2. Material de apoio aos professores cursistas do projeto educom.rádio. São Paulo: 2004d. ______. Agenda do educom.rádio nº 2B. Material de apoio aos professores cursistas do projeto educom.rádio. São Paulo: 2004e. ______. Agenda do educom.rádio nº 3. Material de apoio aos professores cursistas do projeto educom.rádio. São Paulo: 2004f. 11
  • 12. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Uerj – 5 a 9 de setembro de 2005 RICHTER, Ivone Mendes. Interculturalidade e estética do cotidiano no ensino das artes visuais. Tese de doutorado. Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Educação. Campinas, SP: 2000. ROSSI, Maria Helena Wagner. Imagens que falam: leitura da arte na escola. Porto Alegre: Mediação, 2003. SAMAIN, Etienne (org.) O fotográfico. São Paulo: Hucitec, 1998. SANTOS, Marcos Ferreira. “Subjetividade & Educomunicação: matizes antropológicos”. São Paulo: Núcleo de Comunicação e Educação da ECA/USP, 2004. Boletim do educom.rádio 6ª fase. SCHULTZE, Ana Maria. Possibilidades de leitura da imagem fotográfica na escola fundamental. Anais do I Seminário Internacional de Educação - Cianorte, PR: set/2001 - ISSN 1676-0417. ______. Fotografia e educação: a escola como formadora de leitores críticos da imagem midiática. Revista eletrônica Studium nº 18. On-line. Disponível em: <http://www.studium.iar.unicamp.br/18/index.html>. Acesso: 1º mai.2005. ______. Fotografias na escola: leituras sensíveis do mundo. Porto Alegre: Mediação, no prelo. ______. Inter-relações entre comunicação e educação no ensino público através de uma linguagem visual: a fotografia na escola. Anais do III Seminário Internacional Latino- Americano de Pesquisa da Comunicação. São Paulo: mai.2005. SIERRA. Francisco. El legado de Gramsci. In Introducción a laTteoria de la Comunicación Educativa, Sevilla Editorial, MAD, 2000. P. 145-173. SILVA, Tomaz Tadeu da. (org.) Alienígenas na sala de aula: uma introdução aos estudos culturais em educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995. SOARES, Ismar de Oliveira. Comunicação/educação: a emergência de um novo campo e o perfil de seus profissionais. In Contato, Brasília, ano 1, nº 1, jan/mar 1999, p. 19-74, e relatório completo de mesmo título sobre a pesquisa realizada, não publicado. VILCHES, Lorenzo. Teoria de la imagem periodística. Barcelona: Paidós, 1993. ZANIRATO, Silvia Helena. A fotografia de imprensa: modos de ler. In ZANIRATO, Silvia Helena; PELEGRINI, Sandra (orgs.) As dimensões da imagem: abordagens teóricas e metodológicas. Maringá, PR: UEM, (no prelo). 1 Trabalho apresentado ao NP 20 – Fotografia, Comunicação e Cultura, do V Encontro dos Núcleos de Pesquisa da Intercom. 2 Mestra em Artes, na área de concentração Artes Visuais pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp); especialista em Comunicação e Artes pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; fotógrafa; arte-educadora; professora efetiva de arte da rede municipal de São Paulo; coordena na internet a lista de discussão Arte-Educar sobre arte e seu ensino; pesquisadora do GP Mediação Arte/Cultura/Público da Unesp e do NP Fotografia, Comunicação e Cultura da Intercom. anita@arte-educar.art.br 3 O termo “ecossistemas comunicativos” encontra-se em Martín-Barbero, 1999, com afinidades epistemológica conceituais também em Rodrigues (1989:2) e Morin (1974:272-3). SANTOS, Marcos Ferreira. Subjetividade & Educomunicação: matizes antropológicos. São Paulo: Núcleo de Comunicação e Educação da ECA/USP, 2004. Boletim do educom.rádio 6ª fase. 12
  • 13. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Uerj – 5 a 9 de setembro de 2005 4 Grupo de pesquisa Mediação arte/cultura/público, do Instituto de artes/Unesp, registrado no CnPQ, sob orientação da professora doutora Mirian Celeste Ferreira Dias Martins, que estuda os processos de mediação e aproximação entre arte e cultura e públicos diferenciados. 5 Texto integral nos anais do congresso, assim como na revista eletrônica Studium nº 18 do Instituto de Artes da Unicamp. Disponível em <http://www.studium.iar.unicamp.br/18/index.html>. Acesso: 1º.jun 2005. 6 SCHULTZE, Ana Maria. Fotografia e educação: a escola como formadora de leitores críticos da imagem midiática. Veja nota anterior. 7 Edição histórica Veja, edição especial nº 40, ano 38, Veja 1899/A, abril de 2005. Foto da última capa. 13