O documento descreve a arte pré-colombiana das civilizações que habitaram as Américas antes da chegada de Colombo em 1492, incluindo as culturas Olmeca, Maia e Asteca no México, e as culturas Inca e outras no Peru. Detalha suas realizações arquitetônicas e escultóricas, assim como a queda do império Asteca devido à conquista espanhola liderada por Hernán Cortés.
1. No fim do século XV, enquanto a Europa vivia o
chamado Renascimento, portugueses e espanhóis
lançavam-se ao Atlântico em grandes viagens,
que resultaram na dominação do continente
americano. Aqui, eles encontraram povos com
culturas muito diferentes da europeia.
A arte pré-colombiana
2. O que se entende por arte pré-colombiana?
Ao chegar à América, em 1492, liderados pelo
italiano Cristóvão Colombo, os espanhóis
encontraram civilizações bem organizadas,
originadas de populações pré-históricas de várias
regiões do continente. A arte desses povos
anterior à chegada de Colombo é comumente
chamada pré-colombiana (sobretudo à arte das
civilizações do México e Peru). Suas criações
culturais mais conhecidas, porém, mais ou menos
da mesma época que as obras do Renascimento
europeu.
3. A arte dos povos mexicanos
Uma das mais importantes civilizações que
habitaram o território ocupado hoje pelo
México foram os olmecas. Considera-se que
essa civilização tenha produzido
principalmente esculturas rústicas, mais de
grande força expressiva, muitas vezes com
materiais raros como o jade. Suas obras
impressionam também pela
monumentalidade.
5. Na região sul da cidade do México, na
península do Iucatã, fixou-se a civilização
maia. Esta construiu grandes cidades e
desenvolveu uma arquitetura monumental, da
qual são exemplos obras encontradas em
diversas regiões do sul do México, da
Guatemala e de Honduras.
As construções maias são, em geral, de dois
tipos: pirâmide e palácio.
8. Um exemplo de construção maia em forma de
pirâmide é o Templo das inscrições, erguida
sobre patamares retangulares, sendo o
seguinte sempre menor que o primeiro, de
modo a dar a forma piramidal. Em seu topo
encontra-se o templo, também retangular, com
frontão trabalhado em relevo. Uma escadaria
íngreme corta um dos lados da pirâmide e dá
acesso ao templo.
O palácio maia possui apenas um andar, segue
uma concepção retangular e possui
ornamentos em relevo.
A arte maia se manifestou na escultura através
da decoração dos templos e dos palácios
10. Esse grande
calendário talhado
em pedra apresenta,
ao centro, a figura de
Tonatiuh, o deus do
Sol, e, em círculos
concêntricos, figuras
que simbolizam os
dias, as semana e os
meses, além de
entidades do
Pedra do Sol (c.1324-1521), também universo asteca.
conhecida como Calendário asteca, obra de
origem asteca em cujo centro é representado
o rosto do deus do Sol Tonatiuh.
12. A escultura Rainha de Uxmal, representada através
de uma figura humana saida da boca de uma
serpente, fazia parte da decoração de um templo
maia. Foi-lhe atribuída a denominação "rainha" por
pesquisadores do século XIX.
Entre os séculos XIV e XVI, desenvolveu-se na região
do México, antes da chegada dos colonizadores
espanhóis, a última civilização, os astecas. Esse povo
fundou a cidade de Tenochtitlán, às margens do lago
Texcoco, e criou aí um organizado e próspero centro
urbano.
Em Tenochtitlán, os astecas ergueram imponentes
templos piramidais e luxuosos palácios para um
império absolutista e de rígida organização social de
senhores e escravos
13. Estela comemorativa da inauguração do grande templo
de Tenochtitlán, ocorrida e, 1487, no início do reinado de
Ahuizotl.
14. Os astecas dominavam conhecimentos de
matemática e astronomia. É o que evidencia a
peça encontrada em 1790 - A Pedra do Sol-,
durante as reformas da catedral da Cidade do
México, construída sobre o local do antigo
templo de Tenochtitlán.
Esse grande calendário talhado em pedra
apresenta, ao centro, a figura de Tonatiuh, o
deus do Sol, e, em círculos concêntricos,
figuras que simbolizam os dias, as semana e
os meses, além de entidades do universo.
15. Tenochtitlán, cenário de guerra
Ao desembarcar no México, em 1519, as tropas espanholas
comandadas por Hernan Cortés foram bem recebidas pelos
povos nativos. De acordo com uma antiga profecia asteca, o
deus Quetzacóatl – a serpente emplumada – voltaria a Terra.
Por isso, a princípio os astecas pensaram que os europeus
fossem deuses e os presentearam com ouro.
Atraídos pelo ouro e outras riquezas, os espanhóis passaram
a fazer alianças com povos dominados pelos astecas, a fim
de juntar esforços para subjugá-los. Após vários incidentes,
que culminaram com a morte de imperador asteca
Montezuma, Cortés cercou Tenochtitlán em 1521. Levava
consigo sua tropa e milhares de indígenas aliados. Durante
mais de dois meses, a população asteca resistiu ao cerco,
mas a cidade acabou ocupada e arrasada pelos invasores.
Era p fim do império asteca.
16. A arte dos antigos povos Peruanos
Na América do sul as culturas mais organizadas fixaram-se
principalmente ao norte, na região do atual Peru. Entre elas
destacam-se a mochica, a chimu e a tiahuanaco.
Mais ou menos entre 1400 e 1532 desenvolveu-se a
civilização inca situada nas altas montanhas da cordilheira do
Andes. Sua arquitetura grandiosa e ao mesmo tempo
simples pode ser vista em Cuzco, antiga capital de império, e
na vizinha fortaleza de Sacsahuaman.
A cidade que melhor representa a cultura inca é Machu
Picchu, localizada no topo de uma montanha andina, a 2450
metros de altitude. Suas ruínas foram descobertas em 1911.
Também em Machu Picchu encontramos exemplos da já
citada simplicidade arquitetônica inca.
19. Uma rua em Cuzco
Como a região de Cuzco é muito sujeita à
ocorrência de terremotos, os incas
desenvolveram uma amarração de pedra para
suas construções, tornando-as mais
resistentes. Observe, como os colonizadores
espanhóis construíram suas casas sobre os
muros incas aproveitando-os como suporte.
20. Visão geral de Machu Picchu, a cidade sagrada dos
incas.
21. Os mistérios de Machu Picchu
Muitos mistérios ainda envolvem a história dessa
cidade admirável, mas o estudo de suas ruínas
permitiu descobrir sua divisão em setores: um
bairro da nobreza, uma praça sagrada, um bairro
dos mestres e artesãos... O maior dos mistérios,
porém, continua a ser o porquê de sua
construção. Alguns acreditam que seria uma
cidade sagrada, usada como refúgio por mulheres
que cultuavam o deus Sol. Mas pouco sobre os
motivos que teriam levado os incas a transportar
de tão longe, com inimagináveis sacrifícios,
pedras e água para construir uma cidade em local
tão alto.