SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 10
Baixar para ler offline
Approaches to E‐learning Quality Assessment 

             ABORDAGENS À AVALIAÇÃO DA QUALIDADE EM E‐LEARNING 

                                                                                              
  
                                                                    Maria Pietronilla Penna 
                  ** Università degli Studi di Cagliari, Facoltà di Sienze della Formazione 
                                                                 maria.pietronilla@unica.it 
  
  
                                                                               Vera Stara 
                         * Università Plitecnica delle Marche, Facoltà di Ingegneria, DEIT  
                                                                       v.stara@univpm.it 
                                                                                            
                                                                                            
Resumo 
 
O campo do e‐learning ainda se carateriza por apresentar muitas questões em aberto, 
tais  como:  Quem  deve  garantir  a  sua  qualidade?  A  avaliação  da  qualidade  em  e‐
learning é uma tarefa difícil, que envolve  intervenção humana e não pode ser baseada 
somente  numa  metodologia  simples  e  reprodutível.  Neste  sentido,  este  artigo  é 
dedicado a discutir diferentes abordagens e critérios que poderiam ser utilizados para 
uma  avaliação  da  qualidade  dentro  deste  domínio:  ISO/IEC19796‐1:  2005,  European 
Quality  Observatory  (EQO)  (Observatório  Europeu  da  Qualidade)  e  alguns  modelos 
importantes,  tais  como  o  Modelo  de  Sucesso  em  e‐learning    (Holsapple  e  Lee‐Post, 
2006), o modelo de Klein et al (2006) e LCD. A partir desta análise, podemos concluir 
que, apesar dessas tentativas, a avaliação da qualidade em e‐learning permanece, até 
agora,  uma  questão  em  aberto,  e  ainda  são  necessárias  boas  práticas  em  e‐learning 
que garantam um curso eficaz para os alunos e outros atores envolvidos. 
 
  
Palavras‐chave: Qualidade em e‐learning, avaliação, fator de qualidade do e‐learning 
  
   
1. Introdução 
 
Forças  económicas,  sociais  e  tecnológicas  revolucionam  diariamente  os  processos  de 
ensino e aprendizagem nas organizações, universidades e escolas. No que se refere a 
esta  evolução  do  ensino  e  aprendizagem,  no  entanto,  têm  sido  usadas  diferentes 
expressões  para  caracterizar  a  inovação.  Entre  eles,  podemos  citar  "e‐learning", 
"aprendizagem distribuída", "aprendizagem on‐line", "aprendizagem baseada na web" 
e "ensino a distância" (Wentling et al., 2000). Segundo o Centro Nacional de Estatística 
para  a  Educação  (National  Center  for  Education  Statistics)  do  Departamento  da 
Educação  nos  EUA  (US  Department  of  Education),  90%  das  instituições  públicas   2‐ 
years  e  89%  das  4‐years  ofereceram  cursos  de  educação  a  distância  em  2000‐2001 
com matrículas no montante de, respetivamente, 1.472.000 e 945.000 de um total de 
3.077.000  matrículas.  Dessas  escolas,  90%  ofereceram  cursos  via  Internet,  usando  a 
instrução assíncrona baseada em computador, e 88% indicaram planos para iniciar ou 
aumentar a utilização da Internet como principal meio de entrega de instrução (Waits 
&  Lewis,  2003).  Estas  estatísticas  confirmam  a  ideia  de  que  a  educação  a  distância 
baseada na Internet é a tecnologia mais prevalecente no e‐learning e de que a Internet 
causou  mudanças  drásticas  na  educação  em  geral  e  no  ensino  a  distância  em 
particular.  
Como  consequência,  a  utilização  de  tecnologias  da  Internet  para  fornecer  formação 
tem sido anunciada como a "revolução do e‐learning ” (Galagan, 2000). E‐learning é, 
essencialmente,  a  transferência  de  habilidades  e  conhecimentos  através  da  rede,  e 
refere‐se  ao  uso  de  aplicações  e  processos  eletrónicos  para  a  aprendizagem. 
Aplicações  e  processos  em  E‐learning  incluem aprendizagem  baseada  na  Web, 
aprendizagem baseada em computador, salas de aula virtuais e colaboração digital. O 
conteúdo é entregue através da Internet, intranet/extranet, áudio ou vídeo, televisão 
por satélite e CD‐ROM.  
E‐learning  é  o  preferido  por  uma  variedade  de  razões:  ele  fornece  uma  formação 
consistente  e,  a  nível  mundial,  reduz  o  ciclo  de  tempo  de  entrega,  aumenta  a 
conveniência do aluno, reduz a sobrecarga de informações, melhora o rastreamento e 
reduz  despesas  (Welsh  et  all,  2003).  Neste  sentido,  este  artigo  dedica‐se  a  discutir  a 
questão complexa e, talvez mais importante, da avaliação da qualidade em e‐learning. 
Esta  última  tem  sido  tratada  por  via  do  recurso  a  uma  análise  das  vantagens  e 
limitações  das  principais  abordagens  introduzidas  para  avaliar  a  qualidade  do  e‐
learning. 
Antes  de  mais,  o  que  significa  "qualidade  do  e‐learning"?  A  visão  predominante  (de 
acordo com os resultados de um levantamento realizado por Ehlers et al., 2005) é que 
a qualidade é a obtenção de melhores resultados na aprendizagem (50%), juntamente 
com  algo  que  é  excelente  no  desempenho  (19%).  Esta  compreensão  essencialmente 
pedagógica  foi  mais  difundida  do  que  opções  relacionadas  com  a  melhor  relação 
custo‐benefício  ou  de  marketing.  Além  disso,  devemos  ter  em  consideração  que  " 
qualidade em e‐learning" tem uma dupla importância na Europa. Em primeiro lugar, e‐
learning  está  associado  em  vários  documentos  de  reflexão  e  de  planos  com  um 
aumento na qualidade das oportunidades educacionais, garantindo uma bem‐sucedida 
adaptação à sociedade da informação. Esse contexto é chamado de 'qualidade através 
do e‐learning'. Em segundo lugar, há um debate separado, mas associado, sobre como 
melhorar  a  qualidade  do  e‐learning  em  si  e,  neste  caso,  o  contexto  é  chamado  de 
"qualidade para o e‐learning" (Ehlers et al., 2005).  
  
  
2. A qualidade para o e‐learning 
  
De  acordo  com  Pawlowski  (2003),  a  qualidade  no campo  do  e‐learning  não  está 
associada  a  uma  medida  bem  definida.  É  variável  no  que  diz  respeito  ao  âmbito,  à 
perspetiva,  à  dimensão.  Apesar  deste  problema,  a  avaliação  da  qualidade  está  a 
tornar‐se  uma  questão  de  importância  crescente,  como  mostrou  o  interesse  da 
ISO/IEC19796‐1:  2005  e  do  Observatório  Europeu  da  Qualidade  (OEQ).  A 
ISO/IEC19796‐1:2005  é  um  enquadramento  para  descrever,  comparar,  analisar  e 
implementar  uma  gestão  da  qualidade  e  abordagens  de  garantia  de  qualidade.  Vai 
servir  para  comparar  as  diferentes  abordagens  existentes  e  para  as  harmonizar  de 
forma  a  convergirem  para  um  modelo  comum  de  qualidade.  A  sua  principal 
componente é o Quadro de Referência para a Descrição de Abordagens de Qualidade 
(QRDAQ). 
Consiste  nos  seguintes  itens:  um  esquema  de  descrição  para  a  gestão  da  qualidade; 
um  modelo  do  processo  definindo  os  processos  básicos  a  serem  considerados  na 
gestão  da  qualidade  no  domínio  da  aprendizagem,  educação  e  formação  suportadas 
pelas  TIC,  e  uma  declaração  de  conformidade  para  o  formato  da  descrição.  A 
ISO/IEC19796‐1  descreve  os  processos  como  um  ciclo  de  vida  do  e‐learning.  É  um 
modelo  referenciado  com  um  alto  nível  de  abstração,  que  deve  ser  adaptado  a  uma 
dada organização. O modelo será utilizado como um enquadramento para a descrição, 
comparação  e  análise  das  abordagens  de  processos  orientados  para  a  qualidade 
(Hirata, 2006). Consiste essencialmente em duas partes: 
  
   • Um esquema de descrição para abordagens da qualidade.  
   • Um modelo de processo como classificação de referência. 
  
O  Modelo  de  Descrição  é  um  esquema  para  descrever  interoperativamente 
abordagens de qualidade (tais como linhas orientadoras, guias de design, requisitos) e 
documenta  todos  os  conceitos  de  qualidade  de  forma  transparente.  O  Modelo  do 
Processo  é  um  guia  dos  diferentes  processos  de  desenvolvimento  de  cenários  de 
aprendizagem e inclui os processos relevantes dentro do ciclo de vida dos sistemas de 
informação e comunicação para a aprendizagem, educação e formação. O Modelo do 
Processo  é  dividido  em  sete  partes.  Os  subprocessos  estão  incluídos  fazendo 
referência a uma classificação de processos. Em relação ao grupo de trabalho sobre a 
qualidade, está atualmente baseado em três subtarefas subsequentes, desenvolvendo 
mais ferramentas e suporte: 
  
Parte 2: O "Modelo de Qualidade" harmonizará os aspetos dos sistemas de qualidade 
e as suas relações, e fornecerá orientação para todos os intervenientes. Não vai impor 
uma  implementação  particular  mas,  ao  invés,  focar‐se‐á  nos  seus  efeitos.  O  modelo 
será extensível aos requisitos de determinadas comunidades. 
  
Parte  3:  As  "  Referências  de  Métodos  e  Métricas"  harmonizarão  os  formatos  para 
descrever os métodos e as medidas para a gestão e garantia da qualidade. Fornecerá 
uma  coleção  de  métodos  de  referência  que  poderá  ser  usada  para  gerir  e  garantir  a 
qualidade em diferentes contextos. Além disso, essa parte fornecerá uma coleção de 
medidas e indicadores de referência que poderá ser usada para medir a qualidade em 
processos, produtos, componentes e serviços. 
  
Parte  4:  As  "Boas  Práticas  e  o  Guia  de  Implementação"  fornecerão  critérios 
harmonizados  para  a  identificação  das  melhores  práticas,  linhas  orientadoras  para  a 
adaptação,  implementação  e  uso  deste  padrão,  e  conterá  um  rico  conjunto  de 
exemplos de boas práticas. 
  
Em relação ao OEQ, tem que ser definido e aplicado um enquadramento comparável e 
adaptável  visando  estruturar  abordagens  da  qualidade  para  um  mercado  comum 
Europeu  e  global  para  produtos  e  serviços  educacionais.  O  repositório  do  OEQ  é 
baseado nesta abordagem e conceito. O objetivo principal é fornecer uma plataforma 
detalhada  para  que  desenvolvedores,  gestores,  administradores,  decisores  e  alunos 
encontrem  uma  abordagem  de  qualidade  adequada  às  suas  necessidades.  O  OEQ 
fornece  um  enquadramento  conceptual  para  a  descrição  e  a  harmonização  das 
abordagens de qualidade. Ou seja, sugere um enquadramento de referência como um 
padrão  de  qualidade  Europeu.  O  projeto  está  diretamente  ligado  aos  grupos  de 
padronização do CEN/ISSS (Workshop de Tecnologias de Aprendizagem) e ISO/IEC JTC1 
SC36, com o objetivo de transferir resultados das comissões de padronização para os 
utilizadores e vice‐versa. Assim, disponibiliza um repositório baseado na Internet para 
a gestão da qualidade, garantia de qualidade e abordagens da avaliação da qualidade 
no  campo  do  e‐learning.  Além  disso,  fornece  recomendações  para  a  utilização  da 
gestão  da  qualidade,  garantia  de  qualidade  e  abordagens  de  avaliação  da  qualidade 
para  diferentes  grupos‐alvo  (p.  ex.  utilizadores  finais,  administradores  de  HE, 
desenvolvedores) e para fins específicos (p. ex. melhoria de processos, transparência 
de  produtos,  objetivos  de  domínio  específico,  necessidades  nacionais  /  regionais  / 
locais).  O  projeto  do  OEQ  espera  que  as  seguintes  linhas  orientadoras  possam  dar 
forma à qualidade do e‐learning em 2010: 
 
(a)  os  alunos  devem  desempenhar  um  papel  na  determinação  da  qualidade  dos 
serviços de e‐learning; 
 
(b) a Europa deve desenvolver uma cultura de qualidade na educação e na formação; 
  
(c)  a  qualidade  deve  desempenhar  um  papel  central  na  política  de  educação  e 
formação; 
  
(d) a qualidade não deve ser do domínio exclusivo das grandes organizações; 
  
(e)  devem  ser  estabelecidas  estruturas  de  suporte  para  fornecer  assistência 
competente e orientada para o desenvolvimento da qualidade das organizações; 
  
(f)  os  padrões  de  qualidade  abertos  devem  ser  mais  desenvolvidos  e  amplamente 
implementados; 
  
(g)  a  investigação  interdisciplinar  da  qualidade  deve  estabelecer‐se  no  futuro  como 
uma disciplina académica independente; 
  
(h) a investigação e a prática devem desenvolver novos métodos de intercâmbio; 
  
(i)  o  desenvolvimento  da  qualidade  deve  ser  concebido  em  conjunto  por  todos  os 
envolvidos; 
  
(j)  devem  ser  desenvolvidos  modelos  de  negócio  adequados  para  os  serviços  no 
domínio da qualidade. 
  
Como  é  possível  verificar  a  partir  das  breves  descrições  das  duas  abordagens  acima 
apresentadas,  ambas  tentam  incluir  todos  os  aspetos  a  ter  em  consideração  na 
avaliação  da  qualidade  do  e‐learning.  O  problema  destes  enquadramentos,  no 
entanto,  decorre  da  sua  generalidade.  Ou  seja,  eles  pressupõem  a  ocorrência  de 
processos  onde  faltam  indicações  concretas.  Por  outro  lado,  cada  uma  delas  requer, 
para estar corretamente concebida ou controlada, um profundo conhecimento teórico 
e experimental em domínios como a psicologia, ciência da informação, engenharia de 
software e sociologia. Não apenas esse conhecimento não está atualmente disponível, 
como  também  será  difícil  torná‐lo  acessível  mesmo  num  futuro  próximo.  Portanto, 
essas  abordagens  soam  como  listas  de  recomendações  genéricas,  cuja  aplicação 
concreta é deixada apenas à fantasia (e não à ciência) de alguns designers. 
  
  
3. Fatores de qualidade do e‐learning 
  
Outras  abordagens  estão  a  tentar  desenvolver  os  seus  próprios  critérios,  mas  eles 
estão a ser usados a nível nacional, regional, local (Wirth, 2005) ou consistem apenas 
em modelos como os descritos a seguir. 
O Modelo de Sucesso do E‐learning (Holsapple e Lee‐Post, 2006) é uma descrição de 
um  processo  dedicado  a  medir  e  avaliar  o  sucesso.  Sucesso  em  e‐learning  é 
definido como uma construção multifacetada a ser avaliada em três fases sucessivas: a 
conceção do sistema, o sistema de entrega e os resultados do sistema. 
Conforme se pode ver na Figura 1, na primeira etapa, o objetivo é alcançar o sucesso 
da conceção do sistema, maximizando as três dimensões da qualidade: qualidade do 
sistema, qualidade da informação e qualidade de serviço. A segunda etapa é atingir o 
sucesso do sistema de entrega, maximizando a utilização e as dimensões de satisfação 
do usuário. A meta final visa o alcançar do resultado do sistema com sucesso através 
da  maximização  da  dimensão  dos  benefícios  líquidos. Cada  dimensão  de  sucesso  é 
medida como uma única medida numérica, agregando as avaliações de seu conjunto 
de fatores de atribuição obtidos através de instrumentos de pesquisa. 
O  sucesso  global  de  e‐learning  pode  então  ser  avaliado para  cada  dimensão.  Uma 
baixa pontuação para qualquer dimensão de sucesso indica uma deficiência nessa área 
e os esforços podem ser gastos em concordância a fim de remediar a dita deficiência. 
O  modelo  acima  descrito  sugere  que  um  fator  crítico  de  sucesso  no  e‐learning  é  a 
disponibilidade on‐line dos alunos. A seleção de alunos para cursos on‐line é baseada 
na  avaliação  das  respostas  com  referência  a  quatro  medidas  de  preparação: 
preparação  académica,  competência  técnica,  estilo  de  vida  adequado  e  com 
preferência  para  uma  aprendizagem  para  o  e‐learning.  O  aluno  capacitado  para 
estudar online é caraterizado por um elevado nível em todas as quatro competências. 
A capacidade dos alunos de estudarem online tem um impacto decisivo no sucesso do 
desempenho no curso e satisfação em e‐learning. 

 

 

 
 

  
Conceção do sistema 
 
                                    Sistema de entrega
    Qualidade do sistema
 
                                      Utilização
  1. Fácil utilização 
 
  2. Amigável                         1. PowerPoints                       Resultados do sistema 
  3. Estável                          2. Áudio 
 
  4. Seguro                           3. Script                              Benefícios líquidos
  5. Rápido                           4. Fóruns de discussão                 Aspectos Positivos 
  6. Recetivo                         5. Estudos de caso                     1. Melhorar a 
                                      6. Problemas de                        aprendizagem 
                                      prática                                2. Poderes 
  Qualidade da                        7. Tutoriais de                        3. Economia do tempo 
    informação                        qualidade                              4. Sucesso académico 
 
                                      8. Tarefas                              
    1. Bem organizada 
  2. Bem apresentada                  9. Exame de prática                    Aspectos Negativos 
                                                                             1. Falta de Contato 
  3. Do tamanho certo 
                                                                             2. Isolamento 
  4. Escrita de forma 
                                                                             3. Problema de 
  clara 
                                                                             Qualidade 
  5. Útil 
                                      Satisfação do                          4. Dependência de 
  6. Atualizada 
                                      Utilizador                             tecnologia 
 
                                      1. Satisfação Global 
                                      2. Experiência 
  Qualidade do serviço
                                      agradável 
  1.Imediato                          3. Sucesso Total 
  2. Recetivo                         4. Recomenda a outros 
  3. Justo 
  4. Conhecedor 
  5. Disponível 

 

 

Fig. 1. Modelo de sucesso do E‐learning 
  
Ao  contrário  do  modelo  apresentado  na  Figura  2  que  assume  que  os  resultados  do 
curso  são  um  resultado  direto  da  motivação  para  aprender  (Klein  et  al.,  2006). A 
motivação  para  aprender  é  um  fator  determinante  das  escolhas  que  os  indivíduos 
fazem  para  interagir,  participar  e  persistir  em  atividades  de  aprendizagem.  Ela  é 
influenciada  por  caraterísticas  do  aluno,  características  de  instrução  e  barreiras 
percebidas e que possibilitam (barreiras percebidas e que possibilitam são eventos ou 
condições  ambientais  que  se  acreditam  existir  ou  ser  encontradas  e  pensadas  para 
impedir ou facilitar o progresso). As perceções das barreiras e de incapacitadores são 
por si  influenciadas pelo aprendente e pelas características instrucionais. 
 
  
Fig. 2. O modelo conceitual de Klein et al. (2006) 
 
Este  modelo  destaca  o  papel  central  da  motivação  do  aluno  para  aprender  e  da 
perceção de características quer sejam barreiras ou facilitadores: melhorar a perceção 
dos  facilitadores  dos  estagiários  e  dar  resposta  às  preocupações  sobre  potenciais 
barreiras são estratégias importantes para aumentar a motivação para aprender que, 
por  sua  vez,  facilita  o  caminho  para  resultados  positivos.  Segundo  Klein  et  al.  (2006) 
uma  melhor  compreensão  do  impacto  que  o  uso  da  tecnologia  tem  na  eficácia  do 
ensino  requer  a  análise  dos  mecanismos  que  podem  dar  conta  das  diferenças  na 
aprendizagem,  tais  como  a  motivação  para  aprender,  bem  como  efeitos  diretos  da 
tecnologia na aprendizagem. 
Uma perspetiva um pouco diferente foi adotada por Lim et al. (2007), que identificam 
cinco  dimensões  que  afetam a  eficácia  da  formação  on‐line:  a  motivação  e  a  auto 
eficácia do formando, o conteúdo do ensino, o nível de comunicação entre formador e 
formando,  o  ambiente  organizacional  e  a  facilidade  de  uso  dos  recursos  on‐line  do 
Website.  Quanto  a  esta  última  dimensão,  uma  estratégia  específica  pode  garantir  a 
facilidade de uso: Aprendizagem centrada no aluno (LCD). 
Uma  abordagem  LCD  baseia‐se  no  conhecimento  dos  utilizadores  e  suas  diferentes 
características:  como  é  que  os  alunos  preferem  aprender,  como  é  que  eles  estão  a 
aprender a informação, a que pressões estão os alunos sujeitos no seu dia‐a‐dia, qual a 
sua  motivação  ou  incentivo  para  se  empenharem  na  aprendizagem  on‐line,  quais  os 
constrangimentos  que  enfrentam,  que  necessidades  especiais  têm,  em  que  medidas 
eles  se  sentem  confortáveis  com  as  aplicações  on‐line  usadas,  que  experiência  têm 
eles com e‐learning (Miller 2005). 
Conhecer o perfil dos alunos é a melhor maneira de criar projetos úteis, estilos e tons, 
mas,  quando  se  ensina  on‐line,  existem  algumas  preocupações  de  design,  que 
representam  outros  potenciais  benefícios  da  planificação.  Estas  preocupações 
começam a partir de uma etapa comum: a seleção de uma técnica de entrega ou da 
combinação de técnicas a fim de definir, a priori, um design de interface de utilizador. 
A  conceção  da interface  do  curso  é  extremamente  importante  (Jones,  1994),  porque 
tem um impacto positivo ou negativo sobre o desempenho do utilizador (Tselios et all , 
2001). 
Então, é desejável usar fontes de visualização amigáveis e cores seguras para a web, a 
fim  de  criar  um  padrão  consistente  e  proporcionar  tempos  rápidos  de  download  e 
ajudar  os  utilizadores,  fornecendo  páginas  para  impressão.  Segundo  Norman  (1998) 
a interface deve ser interativa e fornecer também feedback, ter objetivos específicos, 
motivar, dar uma sensação contínua de desafio, oferecer as ferramentas apropriadas, 
evitar  qualquer  fator  de  irritação  que  possa  interromper  o  fluxo  de  aprendizagem. 
LCD deve ter em conta que os alunos são sensíveis à legibilidade do texto no ecrã. Por 
isso a formatação e espaçamento do texto, bem como as cores, são importantes. Além 
disso,  um  aspeto  comum  ajuda  os  utilizadores  a  distinguir  as  páginas  do  curso  de 
páginas externas hiperligadas. As pessoas não gostam de estudar os textos no ecrã e 
também não querem ir mais longe do que três cliques a partir da página principal, por 
isso  é  necessário  ter  uma  barra  de  navegação  sempre  disponível.  Os  alunos  estão 
sempre  em  busca  de  algo  novo  dentro  da  web.  Por  isso,  é  importante  atualizar  com 
frequência,  conteúdo  e  notícias  e  também  dar  uma  indicação  direta  do  que  é  novo, 
logo que possível (Van Rennes et al., 1998). 
  
  
Conclusão 
  
O  e‐learning  tem  vindo  a  progredir  desde  a  utilização  básica  das  Tecnologias  da 
Informação  e  da  Comunicação  no  domínio  da  aprendizagem  para  novas  formas  de 
educação e formação que enfatizam a criatividade e a colaboração, bem como novas 
habilidades  para  a  sociedade  do  conhecimento. Esta,  por  sua  vez,  requer  uma 
mudança  significativa  de  perspetiva,  longe  de  um  enfoque  na  tecnologia, 
conectividade e Internet, para uma maior consideração do contexto da aprendizagem 
e da necessidade de colaboração, comunicação e inovação. No entanto, esta mudança 
requer uma quantidade de conhecimentos até então não totalmente disponíveis. Este 
é o motivo para a dificuldade na avaliação da qualidade do e‐learning. Ou seja, por um 
lado, temos quadros muito interessantes, tais como os de ISO/IEC19796‐1: 2005, e do 
EQO,  mas  que  consistem  essencialmente  numa  lista  de  sugestões  e  prescrições  sem 
indicações para uma implementação em termos práticos. Por outro lado, temos uma 
série  de  modelos,  como  os  esboçados  na  secção  anterior,  cada  um  associado  a 
indicações concretas, mas diferentes uns dos outros no que diz respeito às hipóteses 
de  base  e  aos  contextos  de  aplicação. Neste  sentido,  a  qualidade  do  e‐learning 
permanece uma questão em aberto, e ainda precisamos de um e‐learning que garanta 
as melhores práticas que justifiquem que um curso seja eficiente para o aluno e para 
os demais atores envolvidos.  Mas tal garantia, contudo, não se pode somente basear 
na  prática.  Precisamos,  nesta  perspectiva,  de  novas  investigações  científicas  e  de 
pesquisas ad hoc que envolvam especialistas em educação, equipas e designers de e‐
learning.  
 
 
 
 
 
Bibliografia 
  
Ehlers  U.D.,  Goertz  L.,  Hildebrandt  B.,  Pawlowski  J.M.  (2005).  Quality  in  e‐learning. 
Cedefop  Panorama series;  116.  Luxembourg:  Office  for  Official  Publications  of  the 
European Communities, 2005.  
URL: http://www2.trainingvillage.gr/etv/publication/download/panorama/5162_en.pd
f .  
  
Galagan,  P.A.  (2000).  The  e‐learning  revolution.  Training  &  Development,  v54  n12 
p24‐30 Dec 2000.  
  
Hirata K. (2006).  Information model for quality management methods in e‐learning. 
Proceedings  of  the Sixth  International  Conference  on  Advanced  Learning 
Technologies 
(ICALT'06). URL: http://csdl2.computer.org/comp/proceedings/icalt/2006/2632/00/26
3201147.pdf   
  
Holsapple  C.W.,  Lee‐Post  A.  (2006).   Defining,  Assessing,  and  Promoting  E‐learning 
Success: An Information Systems Perspective. Decision Sciences Journal of Innovative 
Education Vol. 4 Number 1 January 2006.  
  
Jones  M.G.  (1994).   Visuals  information  access:  a  new  philosophy  for  screen  and 
interface  design.  In Imagery  and  visual  literacy:  selected  readings  from  annual 
conference  of  the  international  visual  literacy association,  Tempe,  October  12‐16, 
264‐272.  
  
Klein  H.J.,  Noe  R.A.,  Wang  C.  (2006).  Motivation  to  learn  and  course  outcomes:  the 
impact  of  delivery mode,  learning  goal  orientation  and  perceived  barriers  and 
enables. Personnel Psychology 59, 665–702.  
  
Koper  E.R.J.  (2001).  Modelling  Units  of  Study  from  a  Pedagogical  Perspective:  the 
pedagogical  meta  model behind  EML.  URL:  http://eml.ou.nl/introduction/docs/ped‐
metamodel.pdf .  
  
Lim  H.,  Lee  S.G.,_,  Nam  K.  (2007).   Validating  E‐learning  factors  affecting  training 
effectiveness. International Journal of Information Management 27 (2007) 22–35.  
  
Miller M.J. (2005). Usability in E‐learning.  
URL:http://www.learningcircuits.org/2005/jan2005/miller.htm.  
  
Norman D. (1998). The invisibile computer. Cambridge MA, MIT Press.  
  
Pawlowski J.M. (2003).  The European quality observatory (EQO): structuring quality 
approaches for e‐learning. Proceedings of the 3rdIEEE International Conference mon 
Advances Learning Technologies (ICALT’03).   
  
Tselios  N.  K.,  Avouris  N.  M.,  Dimitracopoulou  A.,  Daskalaki  S.  (2001).  “Evaluation  of 
Distance‐learning Environments:  Impact  of  Usability  on  Student  Performance”. 
International Journal of Educational Telecommunications, Vol. 7, No. 4, pp.355–378.  
  
Van  Rennes  L.,  Collis  B.  (1998).  User  interface  design  for  WWW‐based   courses: 
Building upon student evaluations. ED428731.  
  
Waits,  T.,&Lewis,  L.  (2003).  Distance  education  at  degree‐granting  postsecondary 
institutions:  2000–2001, NCES  2003‐017.Washington,  DC:  National  Center  for 
Education Statistics, U.S. Department of Education.  
  
Welsh  E.T.,  Wanberg  C.R.,  Brown  K.G.,  Simmering  M.J.  (2003).   E‐learning:  emerging 
uses,  empirical results  and  future  direction.  International  Journal  of  Training  and 
Development 7:4.   
  
Wentling T.L., Waight C., Gallaher J., La Fleur J., Wang C., Kanfer A. (2000). E‐learning ‐ 
A Review of Literature. URL: http://learning.ncsa.uiuc.edu/papers/elearnlit.pd.  
  
Wirth  M.A.  (2005).  Quality  Management  in  E‐learning:  Different  Paths,  Similar 
Pursuits.  2nd  International SCIL  Congress.  URL:  http://www.scil.ch/congress‐
2005/programme‐10‐11/docs/workshop‐1‐wirth‐text.pdf .  
  
  
 

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Die Haus-Klinik: Hilfe und Beratung für WEG u. Hausverwalter
Die Haus-Klinik: Hilfe und Beratung für WEG u. HausverwalterDie Haus-Klinik: Hilfe und Beratung für WEG u. Hausverwalter
Die Haus-Klinik: Hilfe und Beratung für WEG u. Hausverwalterdimagb
 
Learning by Comparing: Defining the triggers of a successful regional cluster...
Learning by Comparing: Defining the triggers of a successful regional cluster...Learning by Comparing: Defining the triggers of a successful regional cluster...
Learning by Comparing: Defining the triggers of a successful regional cluster...Anastasiia Konstantynova
 
Trabalho de biologia
Trabalho de biologiaTrabalho de biologia
Trabalho de biologiaCairo Martins
 
Transcription II- Post transcriptional modifications and inhibitors of Transc...
Transcription II- Post transcriptional modifications and inhibitors of Transc...Transcription II- Post transcriptional modifications and inhibitors of Transc...
Transcription II- Post transcriptional modifications and inhibitors of Transc...Namrata Chhabra
 
A BEAUTIFUL WAY OF LOOKING AT THINGS
A BEAUTIFUL WAY OF LOOKING AT THINGS A BEAUTIFUL WAY OF LOOKING AT THINGS
A BEAUTIFUL WAY OF LOOKING AT THINGS ways2capitalcsr
 
Slideaula abraodesousa
Slideaula abraodesousaSlideaula abraodesousa
Slideaula abraodesousaabraoso
 
CARTA ABERTA - Seminário de Previdência Social
CARTA ABERTA - Seminário de Previdência SocialCARTA ABERTA - Seminário de Previdência Social
CARTA ABERTA - Seminário de Previdência SocialFETAEP
 
Nâng mũi bằng sụn sườn
Nâng mũi bằng sụn sườnNâng mũi bằng sụn sườn
Nâng mũi bằng sụn sườnTâm Nguyễn
 
Colaboradora del Cuatrimestre Mayo-Agosto
Colaboradora del Cuatrimestre Mayo-AgostoColaboradora del Cuatrimestre Mayo-Agosto
Colaboradora del Cuatrimestre Mayo-AgostoYasmilka Arias Lorenzo
 
Reunião Devolutiva da Pré-Banca 01/03/2011
Reunião Devolutiva da Pré-Banca 01/03/2011Reunião Devolutiva da Pré-Banca 01/03/2011
Reunião Devolutiva da Pré-Banca 01/03/2011Silvia Fugihara
 
Documento Base - 1º CETTR
Documento Base - 1º CETTRDocumento Base - 1º CETTR
Documento Base - 1º CETTRFETAEP
 

Destaque (20)

Die Haus-Klinik: Hilfe und Beratung für WEG u. Hausverwalter
Die Haus-Klinik: Hilfe und Beratung für WEG u. HausverwalterDie Haus-Klinik: Hilfe und Beratung für WEG u. Hausverwalter
Die Haus-Klinik: Hilfe und Beratung für WEG u. Hausverwalter
 
Learning by Comparing: Defining the triggers of a successful regional cluster...
Learning by Comparing: Defining the triggers of a successful regional cluster...Learning by Comparing: Defining the triggers of a successful regional cluster...
Learning by Comparing: Defining the triggers of a successful regional cluster...
 
Trabalho de biologia
Trabalho de biologiaTrabalho de biologia
Trabalho de biologia
 
Transcription II- Post transcriptional modifications and inhibitors of Transc...
Transcription II- Post transcriptional modifications and inhibitors of Transc...Transcription II- Post transcriptional modifications and inhibitors of Transc...
Transcription II- Post transcriptional modifications and inhibitors of Transc...
 
Or amento empresarial_v2
Or amento empresarial_v2Or amento empresarial_v2
Or amento empresarial_v2
 
A BEAUTIFUL WAY OF LOOKING AT THINGS
A BEAUTIFUL WAY OF LOOKING AT THINGS A BEAUTIFUL WAY OF LOOKING AT THINGS
A BEAUTIFUL WAY OF LOOKING AT THINGS
 
Proyecto Estatuto FEC-Ch
Proyecto Estatuto FEC-ChProyecto Estatuto FEC-Ch
Proyecto Estatuto FEC-Ch
 
329
329329
329
 
Slideaula abraodesousa
Slideaula abraodesousaSlideaula abraodesousa
Slideaula abraodesousa
 
CARTA ABERTA - Seminário de Previdência Social
CARTA ABERTA - Seminário de Previdência SocialCARTA ABERTA - Seminário de Previdência Social
CARTA ABERTA - Seminário de Previdência Social
 
Nâng mũi bằng sụn sườn
Nâng mũi bằng sụn sườnNâng mũi bằng sụn sườn
Nâng mũi bằng sụn sườn
 
Colaboradora del Cuatrimestre Mayo-Agosto
Colaboradora del Cuatrimestre Mayo-AgostoColaboradora del Cuatrimestre Mayo-Agosto
Colaboradora del Cuatrimestre Mayo-Agosto
 
Blogs
BlogsBlogs
Blogs
 
Reunião Devolutiva da Pré-Banca 01/03/2011
Reunião Devolutiva da Pré-Banca 01/03/2011Reunião Devolutiva da Pré-Banca 01/03/2011
Reunião Devolutiva da Pré-Banca 01/03/2011
 
Contaminación atmosférica
Contaminación atmosféricaContaminación atmosférica
Contaminación atmosférica
 
Ciclo del h2o
Ciclo del h2oCiclo del h2o
Ciclo del h2o
 
Documento Base - 1º CETTR
Documento Base - 1º CETTRDocumento Base - 1º CETTR
Documento Base - 1º CETTR
 
Miles Davis
Miles Davis Miles Davis
Miles Davis
 
Boimate
BoimateBoimate
Boimate
 
Diogo Neves
Diogo NevesDiogo Neves
Diogo Neves
 

Semelhante a Abordagens à avaliação da qualidade em e-learning

Abordagens para uma avaliação de qualidade em e-learning
Abordagens para uma avaliação de qualidade em e-learningAbordagens para uma avaliação de qualidade em e-learning
Abordagens para uma avaliação de qualidade em e-learningMinistério da Educação
 
Apresentação tese 7_junho2011
Apresentação tese 7_junho2011Apresentação tese 7_junho2011
Apresentação tese 7_junho2011Neuza Pedro
 
A caminho de um modelo de apoio à avaliação contínua
A caminho de um modelo de apoio à avaliação contínuaA caminho de um modelo de apoio à avaliação contínua
A caminho de um modelo de apoio à avaliação contínuaTelEduc
 
Quality In Online Delivery
Quality In Online DeliveryQuality In Online Delivery
Quality In Online DeliveryTelma Martins
 
Avaliação Pedagógica em Contextos Elearning: três reflexões em torno da adequ...
Avaliação Pedagógica em Contextos Elearning: três reflexões em torno da adequ...Avaliação Pedagógica em Contextos Elearning: três reflexões em torno da adequ...
Avaliação Pedagógica em Contextos Elearning: três reflexões em torno da adequ...Hélder Pereira
 
Another Step - 8 Conferência de Professores Inovadores
Another Step - 8 Conferência de Professores InovadoresAnother Step - 8 Conferência de Professores Inovadores
Another Step - 8 Conferência de Professores InovadoresHugo Caldeira
 
Modelo Avaliacao Cursos Online Doc(2)
Modelo Avaliacao Cursos Online Doc(2)Modelo Avaliacao Cursos Online Doc(2)
Modelo Avaliacao Cursos Online Doc(2)Maria Leal
 
Teachers’ training course in blended-learning: A Two-Stage Training Model
Teachers’ training course in blended-learning: A Two-Stage Training ModelTeachers’ training course in blended-learning: A Two-Stage Training Model
Teachers’ training course in blended-learning: A Two-Stage Training ModelIdalina Lourido Santos
 
Tecnologias, Educacao, Ensino Superior: Areas de investigacao 2012 13
Tecnologias, Educacao, Ensino Superior: Areas de investigacao 2012 13Tecnologias, Educacao, Ensino Superior: Areas de investigacao 2012 13
Tecnologias, Educacao, Ensino Superior: Areas de investigacao 2012 13Neuza Pedro
 
UM MODELO DE SUPORTE À AVALIAÇÃO FORMATIVA PARA AMBIENTES DE EDUCAÇÃO A DISTÂ...
UM MODELO DE SUPORTE À AVALIAÇÃO FORMATIVA PARA AMBIENTES DE EDUCAÇÃO A DISTÂ...UM MODELO DE SUPORTE À AVALIAÇÃO FORMATIVA PARA AMBIENTES DE EDUCAÇÃO A DISTÂ...
UM MODELO DE SUPORTE À AVALIAÇÃO FORMATIVA PARA AMBIENTES DE EDUCAÇÃO A DISTÂ...TelEduc
 
Dissertação de mestrado
Dissertação de mestradoDissertação de mestrado
Dissertação de mestradoAna Santos
 
Aprest sime2 finalissima
Aprest sime2 finalissimaAprest sime2 finalissima
Aprest sime2 finalissimaSimone Ferreira
 
Apresentação da defesa do Projeto de Tese de Doutoramento
Apresentação da defesa do Projeto de Tese de DoutoramentoApresentação da defesa do Projeto de Tese de Doutoramento
Apresentação da defesa do Projeto de Tese de DoutoramentoSofia Batista
 
Investigação_areas de interesse_11_12
Investigação_areas de interesse_11_12Investigação_areas de interesse_11_12
Investigação_areas de interesse_11_12Neuza Pedro
 
Avaliação Digital no Ensino Superior myMPeL 2010
Avaliação Digital no Ensino Superior myMPeL 2010Avaliação Digital no Ensino Superior myMPeL 2010
Avaliação Digital no Ensino Superior myMPeL 2010Luís Tinoca
 

Semelhante a Abordagens à avaliação da qualidade em e-learning (20)

Abordagens para uma avaliação de qualidade em e-learning
Abordagens para uma avaliação de qualidade em e-learningAbordagens para uma avaliação de qualidade em e-learning
Abordagens para uma avaliação de qualidade em e-learning
 
Apresentação tese 7_junho2011
Apresentação tese 7_junho2011Apresentação tese 7_junho2011
Apresentação tese 7_junho2011
 
C Ae L 2.2
C Ae L 2.2C Ae L 2.2
C Ae L 2.2
 
C Ae L 2 2
C Ae L 2 2C Ae L 2 2
C Ae L 2 2
 
A caminho de um modelo de apoio à avaliação contínua
A caminho de um modelo de apoio à avaliação contínuaA caminho de um modelo de apoio à avaliação contínua
A caminho de um modelo de apoio à avaliação contínua
 
Quality in online_delivery_
Quality in online_delivery_Quality in online_delivery_
Quality in online_delivery_
 
Quality in online_delivery_
Quality in online_delivery_Quality in online_delivery_
Quality in online_delivery_
 
Quality In Online Delivery
Quality In Online DeliveryQuality In Online Delivery
Quality In Online Delivery
 
Avaliação Pedagógica em Contextos Elearning: três reflexões em torno da adequ...
Avaliação Pedagógica em Contextos Elearning: três reflexões em torno da adequ...Avaliação Pedagógica em Contextos Elearning: três reflexões em torno da adequ...
Avaliação Pedagógica em Contextos Elearning: três reflexões em torno da adequ...
 
Another Step - 8 Conferência de Professores Inovadores
Another Step - 8 Conferência de Professores InovadoresAnother Step - 8 Conferência de Professores Inovadores
Another Step - 8 Conferência de Professores Inovadores
 
Modelo Avaliacao Cursos Online Doc(2)
Modelo Avaliacao Cursos Online Doc(2)Modelo Avaliacao Cursos Online Doc(2)
Modelo Avaliacao Cursos Online Doc(2)
 
Teachers’ training course in blended-learning: A Two-Stage Training Model
Teachers’ training course in blended-learning: A Two-Stage Training ModelTeachers’ training course in blended-learning: A Two-Stage Training Model
Teachers’ training course in blended-learning: A Two-Stage Training Model
 
Tecnologias, Educacao, Ensino Superior: Areas de investigacao 2012 13
Tecnologias, Educacao, Ensino Superior: Areas de investigacao 2012 13Tecnologias, Educacao, Ensino Superior: Areas de investigacao 2012 13
Tecnologias, Educacao, Ensino Superior: Areas de investigacao 2012 13
 
UM MODELO DE SUPORTE À AVALIAÇÃO FORMATIVA PARA AMBIENTES DE EDUCAÇÃO A DISTÂ...
UM MODELO DE SUPORTE À AVALIAÇÃO FORMATIVA PARA AMBIENTES DE EDUCAÇÃO A DISTÂ...UM MODELO DE SUPORTE À AVALIAÇÃO FORMATIVA PARA AMBIENTES DE EDUCAÇÃO A DISTÂ...
UM MODELO DE SUPORTE À AVALIAÇÃO FORMATIVA PARA AMBIENTES DE EDUCAÇÃO A DISTÂ...
 
Dissertação de mestrado
Dissertação de mestradoDissertação de mestrado
Dissertação de mestrado
 
Aprest sime2 finalissima
Aprest sime2 finalissimaAprest sime2 finalissima
Aprest sime2 finalissima
 
Apresentação da defesa do Projeto de Tese de Doutoramento
Apresentação da defesa do Projeto de Tese de DoutoramentoApresentação da defesa do Projeto de Tese de Doutoramento
Apresentação da defesa do Projeto de Tese de Doutoramento
 
Investigação_areas de interesse_11_12
Investigação_areas de interesse_11_12Investigação_areas de interesse_11_12
Investigação_areas de interesse_11_12
 
Avaliação Digital no Ensino Superior myMPeL 2010
Avaliação Digital no Ensino Superior myMPeL 2010Avaliação Digital no Ensino Superior myMPeL 2010
Avaliação Digital no Ensino Superior myMPeL 2010
 
Avaliação digital ensino superior
Avaliação digital ensino superiorAvaliação digital ensino superior
Avaliação digital ensino superior
 

Último

Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasCasa Ciências
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 

Último (20)

Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 

Abordagens à avaliação da qualidade em e-learning

  • 1. Approaches to E‐learning Quality Assessment  ABORDAGENS À AVALIAÇÃO DA QUALIDADE EM E‐LEARNING       Maria Pietronilla Penna  ** Università degli Studi di Cagliari, Facoltà di Sienze della Formazione  maria.pietronilla@unica.it        Vera Stara  * Università Plitecnica delle Marche, Facoltà di Ingegneria, DEIT   v.stara@univpm.it       Resumo    O campo do e‐learning ainda se carateriza por apresentar muitas questões em aberto,  tais  como:  Quem  deve  garantir  a  sua  qualidade?  A  avaliação  da  qualidade  em  e‐ learning é uma tarefa difícil, que envolve  intervenção humana e não pode ser baseada  somente  numa  metodologia  simples  e  reprodutível.  Neste  sentido,  este  artigo  é  dedicado a discutir diferentes abordagens e critérios que poderiam ser utilizados para  uma  avaliação  da  qualidade  dentro  deste  domínio:  ISO/IEC19796‐1:  2005,  European  Quality  Observatory  (EQO)  (Observatório  Europeu  da  Qualidade)  e  alguns  modelos  importantes,  tais  como  o  Modelo  de  Sucesso  em  e‐learning    (Holsapple  e  Lee‐Post,  2006), o modelo de Klein et al (2006) e LCD. A partir desta análise, podemos concluir  que, apesar dessas tentativas, a avaliação da qualidade em e‐learning permanece, até  agora,  uma  questão  em  aberto,  e  ainda  são  necessárias  boas  práticas  em  e‐learning  que garantam um curso eficaz para os alunos e outros atores envolvidos.       Palavras‐chave: Qualidade em e‐learning, avaliação, fator de qualidade do e‐learning         1. Introdução    Forças  económicas,  sociais  e  tecnológicas  revolucionam  diariamente  os  processos  de  ensino e aprendizagem nas organizações, universidades e escolas. No que se refere a  esta  evolução  do  ensino  e  aprendizagem,  no  entanto,  têm  sido  usadas  diferentes  expressões  para  caracterizar  a  inovação.  Entre  eles,  podemos  citar  "e‐learning",  "aprendizagem distribuída", "aprendizagem on‐line", "aprendizagem baseada na web"  e "ensino a distância" (Wentling et al., 2000). Segundo o Centro Nacional de Estatística  para  a  Educação  (National  Center  for  Education  Statistics)  do  Departamento  da  Educação  nos  EUA  (US  Department  of  Education),  90%  das  instituições  públicas   2‐  years  e  89%  das  4‐years  ofereceram  cursos  de  educação  a  distância  em  2000‐2001  com matrículas no montante de, respetivamente, 1.472.000 e 945.000 de um total de 
  • 2. 3.077.000  matrículas.  Dessas  escolas,  90%  ofereceram  cursos  via  Internet,  usando  a  instrução assíncrona baseada em computador, e 88% indicaram planos para iniciar ou  aumentar a utilização da Internet como principal meio de entrega de instrução (Waits  &  Lewis,  2003).  Estas  estatísticas  confirmam  a  ideia  de  que  a  educação  a  distância  baseada na Internet é a tecnologia mais prevalecente no e‐learning e de que a Internet  causou  mudanças  drásticas  na  educação  em  geral  e  no  ensino  a  distância  em  particular.   Como  consequência,  a  utilização  de  tecnologias  da  Internet  para  fornecer  formação  tem sido anunciada como a "revolução do e‐learning ” (Galagan, 2000). E‐learning é,  essencialmente,  a  transferência  de  habilidades  e  conhecimentos  através  da  rede,  e  refere‐se  ao  uso  de  aplicações  e  processos  eletrónicos  para  a  aprendizagem.  Aplicações  e  processos  em  E‐learning  incluem aprendizagem  baseada  na  Web,  aprendizagem baseada em computador, salas de aula virtuais e colaboração digital. O  conteúdo é entregue através da Internet, intranet/extranet, áudio ou vídeo, televisão  por satélite e CD‐ROM.   E‐learning  é  o  preferido  por  uma  variedade  de  razões:  ele  fornece  uma  formação  consistente  e,  a  nível  mundial,  reduz  o  ciclo  de  tempo  de  entrega,  aumenta  a  conveniência do aluno, reduz a sobrecarga de informações, melhora o rastreamento e  reduz  despesas  (Welsh  et  all,  2003).  Neste  sentido,  este  artigo  dedica‐se  a  discutir  a  questão complexa e, talvez mais importante, da avaliação da qualidade em e‐learning.  Esta  última  tem  sido  tratada  por  via  do  recurso  a  uma  análise  das  vantagens  e  limitações  das  principais  abordagens  introduzidas  para  avaliar  a  qualidade  do  e‐ learning.  Antes  de  mais,  o  que  significa  "qualidade  do  e‐learning"?  A  visão  predominante  (de  acordo com os resultados de um levantamento realizado por Ehlers et al., 2005) é que  a qualidade é a obtenção de melhores resultados na aprendizagem (50%), juntamente  com  algo  que  é  excelente  no  desempenho  (19%).  Esta  compreensão  essencialmente  pedagógica  foi  mais  difundida  do  que  opções  relacionadas  com  a  melhor  relação  custo‐benefício  ou  de  marketing.  Além  disso,  devemos  ter  em  consideração  que  "  qualidade em e‐learning" tem uma dupla importância na Europa. Em primeiro lugar, e‐ learning  está  associado  em  vários  documentos  de  reflexão  e  de  planos  com  um  aumento na qualidade das oportunidades educacionais, garantindo uma bem‐sucedida  adaptação à sociedade da informação. Esse contexto é chamado de 'qualidade através  do e‐learning'. Em segundo lugar, há um debate separado, mas associado, sobre como  melhorar  a  qualidade  do  e‐learning  em  si  e,  neste  caso,  o  contexto  é  chamado  de  "qualidade para o e‐learning" (Ehlers et al., 2005).         2. A qualidade para o e‐learning     De  acordo  com  Pawlowski  (2003),  a  qualidade  no campo  do  e‐learning  não  está  associada  a  uma  medida  bem  definida.  É  variável  no  que  diz  respeito  ao  âmbito,  à  perspetiva,  à  dimensão.  Apesar  deste  problema,  a  avaliação  da  qualidade  está  a  tornar‐se  uma  questão  de  importância  crescente,  como  mostrou  o  interesse  da  ISO/IEC19796‐1:  2005  e  do  Observatório  Europeu  da  Qualidade  (OEQ).  A  ISO/IEC19796‐1:2005  é  um  enquadramento  para  descrever,  comparar,  analisar  e  implementar  uma  gestão  da  qualidade  e  abordagens  de  garantia  de  qualidade.  Vai 
  • 3. servir  para  comparar  as  diferentes  abordagens  existentes  e  para  as  harmonizar  de  forma  a  convergirem  para  um  modelo  comum  de  qualidade.  A  sua  principal  componente é o Quadro de Referência para a Descrição de Abordagens de Qualidade  (QRDAQ).  Consiste  nos  seguintes  itens:  um  esquema  de  descrição  para  a  gestão  da  qualidade;  um  modelo  do  processo  definindo  os  processos  básicos  a  serem  considerados  na  gestão  da  qualidade  no  domínio  da  aprendizagem,  educação  e  formação  suportadas  pelas  TIC,  e  uma  declaração  de  conformidade  para  o  formato  da  descrição.  A  ISO/IEC19796‐1  descreve  os  processos  como  um  ciclo  de  vida  do  e‐learning.  É  um  modelo  referenciado  com  um  alto  nível  de  abstração,  que  deve  ser  adaptado  a  uma  dada organização. O modelo será utilizado como um enquadramento para a descrição,  comparação  e  análise  das  abordagens  de  processos  orientados  para  a  qualidade  (Hirata, 2006). Consiste essencialmente em duas partes:        • Um esquema de descrição para abordagens da qualidade.      • Um modelo de processo como classificação de referência.     O  Modelo  de  Descrição  é  um  esquema  para  descrever  interoperativamente  abordagens de qualidade (tais como linhas orientadoras, guias de design, requisitos) e  documenta  todos  os  conceitos  de  qualidade  de  forma  transparente.  O  Modelo  do  Processo  é  um  guia  dos  diferentes  processos  de  desenvolvimento  de  cenários  de  aprendizagem e inclui os processos relevantes dentro do ciclo de vida dos sistemas de  informação e comunicação para a aprendizagem, educação e formação. O Modelo do  Processo  é  dividido  em  sete  partes.  Os  subprocessos  estão  incluídos  fazendo  referência a uma classificação de processos. Em relação ao grupo de trabalho sobre a  qualidade, está atualmente baseado em três subtarefas subsequentes, desenvolvendo  mais ferramentas e suporte:     Parte 2: O "Modelo de Qualidade" harmonizará os aspetos dos sistemas de qualidade  e as suas relações, e fornecerá orientação para todos os intervenientes. Não vai impor  uma  implementação  particular  mas,  ao  invés,  focar‐se‐á  nos  seus  efeitos.  O  modelo  será extensível aos requisitos de determinadas comunidades.     Parte  3:  As  "  Referências  de  Métodos  e  Métricas"  harmonizarão  os  formatos  para  descrever os métodos e as medidas para a gestão e garantia da qualidade. Fornecerá  uma  coleção  de  métodos  de  referência  que  poderá  ser  usada  para  gerir  e  garantir  a  qualidade em diferentes contextos. Além disso, essa parte fornecerá uma coleção de  medidas e indicadores de referência que poderá ser usada para medir a qualidade em  processos, produtos, componentes e serviços.     Parte  4:  As  "Boas  Práticas  e  o  Guia  de  Implementação"  fornecerão  critérios  harmonizados  para  a  identificação  das  melhores  práticas,  linhas  orientadoras  para  a  adaptação,  implementação  e  uso  deste  padrão,  e  conterá  um  rico  conjunto  de  exemplos de boas práticas.     Em relação ao OEQ, tem que ser definido e aplicado um enquadramento comparável e  adaptável  visando  estruturar  abordagens  da  qualidade  para  um  mercado  comum 
  • 4. Europeu  e  global  para  produtos  e  serviços  educacionais.  O  repositório  do  OEQ  é  baseado nesta abordagem e conceito. O objetivo principal é fornecer uma plataforma  detalhada  para  que  desenvolvedores,  gestores,  administradores,  decisores  e  alunos  encontrem  uma  abordagem  de  qualidade  adequada  às  suas  necessidades.  O  OEQ  fornece  um  enquadramento  conceptual  para  a  descrição  e  a  harmonização  das  abordagens de qualidade. Ou seja, sugere um enquadramento de referência como um  padrão  de  qualidade  Europeu.  O  projeto  está  diretamente  ligado  aos  grupos  de  padronização do CEN/ISSS (Workshop de Tecnologias de Aprendizagem) e ISO/IEC JTC1  SC36, com o objetivo de transferir resultados das comissões de padronização para os  utilizadores e vice‐versa. Assim, disponibiliza um repositório baseado na Internet para  a gestão da qualidade, garantia de qualidade e abordagens da avaliação da qualidade  no  campo  do  e‐learning.  Além  disso,  fornece  recomendações  para  a  utilização  da  gestão  da  qualidade,  garantia  de  qualidade  e  abordagens  de  avaliação  da  qualidade  para  diferentes  grupos‐alvo  (p.  ex.  utilizadores  finais,  administradores  de  HE,  desenvolvedores) e para fins específicos (p. ex. melhoria de processos, transparência  de  produtos,  objetivos  de  domínio  específico,  necessidades  nacionais  /  regionais  /  locais).  O  projeto  do  OEQ  espera  que  as  seguintes  linhas  orientadoras  possam  dar  forma à qualidade do e‐learning em 2010:    (a)  os  alunos  devem  desempenhar  um  papel  na  determinação  da  qualidade  dos  serviços de e‐learning;    (b) a Europa deve desenvolver uma cultura de qualidade na educação e na formação;     (c)  a  qualidade  deve  desempenhar  um  papel  central  na  política  de  educação  e  formação;     (d) a qualidade não deve ser do domínio exclusivo das grandes organizações;     (e)  devem  ser  estabelecidas  estruturas  de  suporte  para  fornecer  assistência  competente e orientada para o desenvolvimento da qualidade das organizações;     (f)  os  padrões  de  qualidade  abertos  devem  ser  mais  desenvolvidos  e  amplamente  implementados;     (g)  a  investigação  interdisciplinar  da  qualidade  deve  estabelecer‐se  no  futuro  como  uma disciplina académica independente;     (h) a investigação e a prática devem desenvolver novos métodos de intercâmbio;     (i)  o  desenvolvimento  da  qualidade  deve  ser  concebido  em  conjunto  por  todos  os  envolvidos;     (j)  devem  ser  desenvolvidos  modelos  de  negócio  adequados  para  os  serviços  no  domínio da qualidade.    
  • 5. Como  é  possível  verificar  a  partir  das  breves  descrições  das  duas  abordagens  acima  apresentadas,  ambas  tentam  incluir  todos  os  aspetos  a  ter  em  consideração  na  avaliação  da  qualidade  do  e‐learning.  O  problema  destes  enquadramentos,  no  entanto,  decorre  da  sua  generalidade.  Ou  seja,  eles  pressupõem  a  ocorrência  de  processos  onde  faltam  indicações  concretas.  Por  outro  lado,  cada  uma  delas  requer,  para estar corretamente concebida ou controlada, um profundo conhecimento teórico  e experimental em domínios como a psicologia, ciência da informação, engenharia de  software e sociologia. Não apenas esse conhecimento não está atualmente disponível,  como  também  será  difícil  torná‐lo  acessível  mesmo  num  futuro  próximo.  Portanto,  essas  abordagens  soam  como  listas  de  recomendações  genéricas,  cuja  aplicação  concreta é deixada apenas à fantasia (e não à ciência) de alguns designers.        3. Fatores de qualidade do e‐learning     Outras  abordagens  estão  a  tentar  desenvolver  os  seus  próprios  critérios,  mas  eles  estão a ser usados a nível nacional, regional, local (Wirth, 2005) ou consistem apenas  em modelos como os descritos a seguir.  O Modelo de Sucesso do E‐learning (Holsapple e Lee‐Post, 2006) é uma descrição de  um  processo  dedicado  a  medir  e  avaliar  o  sucesso.  Sucesso  em  e‐learning  é  definido como uma construção multifacetada a ser avaliada em três fases sucessivas: a  conceção do sistema, o sistema de entrega e os resultados do sistema.  Conforme se pode ver na Figura 1, na primeira etapa, o objetivo é alcançar o sucesso  da conceção do sistema, maximizando as três dimensões da qualidade: qualidade do  sistema, qualidade da informação e qualidade de serviço. A segunda etapa é atingir o  sucesso do sistema de entrega, maximizando a utilização e as dimensões de satisfação  do usuário. A meta final visa o alcançar do resultado do sistema com sucesso através  da  maximização  da  dimensão  dos  benefícios  líquidos. Cada  dimensão  de  sucesso  é  medida como uma única medida numérica, agregando as avaliações de seu conjunto  de fatores de atribuição obtidos através de instrumentos de pesquisa.  O  sucesso  global  de  e‐learning  pode  então  ser  avaliado para  cada  dimensão.  Uma  baixa pontuação para qualquer dimensão de sucesso indica uma deficiência nessa área  e os esforços podem ser gastos em concordância a fim de remediar a dita deficiência.  O  modelo  acima  descrito  sugere  que  um  fator  crítico  de  sucesso  no  e‐learning  é  a  disponibilidade on‐line dos alunos. A seleção de alunos para cursos on‐line é baseada  na  avaliação  das  respostas  com  referência  a  quatro  medidas  de  preparação:  preparação  académica,  competência  técnica,  estilo  de  vida  adequado  e  com  preferência  para  uma  aprendizagem  para  o  e‐learning.  O  aluno  capacitado  para  estudar online é caraterizado por um elevado nível em todas as quatro competências.  A capacidade dos alunos de estudarem online tem um impacto decisivo no sucesso do  desempenho no curso e satisfação em e‐learning.       
  • 6.     Conceção do sistema    Sistema de entrega Qualidade do sistema   Utilização 1. Fácil utilização    2. Amigável  1. PowerPoints  Resultados do sistema  3. Estável  2. Áudio    4. Seguro   3. Script  Benefícios líquidos   5. Rápido  4. Fóruns de discussão   Aspectos Positivos  6. Recetivo  5. Estudos de caso  1. Melhorar a    6. Problemas de  aprendizagem  prática  2. Poderes    Qualidade da  7. Tutoriais de  3. Economia do tempo  informação  qualidade  4. Sucesso académico    8. Tarefas    1. Bem organizada    2. Bem apresentada  9. Exame de prática  Aspectos Negativos  1. Falta de Contato  3. Do tamanho certo    2. Isolamento  4. Escrita de forma  3. Problema de    clara  Qualidade  5. Útil  Satisfação do  4. Dependência de    6. Atualizada  Utilizador  tecnologia    1. Satisfação Global  2. Experiência    Qualidade do serviço agradável    1.Imediato  3. Sucesso Total  2. Recetivo  4. Recomenda a outros    3. Justo  4. Conhecedor    5. Disponível      Fig. 1. Modelo de sucesso do E‐learning     Ao  contrário  do  modelo  apresentado  na  Figura  2  que  assume  que  os  resultados  do  curso  são  um  resultado  direto  da  motivação  para  aprender  (Klein  et  al.,  2006). A  motivação  para  aprender  é  um  fator  determinante  das  escolhas  que  os  indivíduos  fazem  para  interagir,  participar  e  persistir  em  atividades  de  aprendizagem.  Ela  é  influenciada  por  caraterísticas  do  aluno,  características  de  instrução  e  barreiras  percebidas e que possibilitam (barreiras percebidas e que possibilitam são eventos ou  condições  ambientais  que  se  acreditam  existir  ou  ser  encontradas  e  pensadas  para  impedir ou facilitar o progresso). As perceções das barreiras e de incapacitadores são  por si  influenciadas pelo aprendente e pelas características instrucionais. 
  • 7.      Fig. 2. O modelo conceitual de Klein et al. (2006)    Este  modelo  destaca  o  papel  central  da  motivação  do  aluno  para  aprender  e  da  perceção de características quer sejam barreiras ou facilitadores: melhorar a perceção  dos  facilitadores  dos  estagiários  e  dar  resposta  às  preocupações  sobre  potenciais  barreiras são estratégias importantes para aumentar a motivação para aprender que,  por  sua  vez,  facilita  o  caminho  para  resultados  positivos.  Segundo  Klein  et  al.  (2006)  uma  melhor  compreensão  do  impacto  que  o  uso  da  tecnologia  tem  na  eficácia  do  ensino  requer  a  análise  dos  mecanismos  que  podem  dar  conta  das  diferenças  na  aprendizagem,  tais  como  a  motivação  para  aprender,  bem  como  efeitos  diretos  da  tecnologia na aprendizagem.  Uma perspetiva um pouco diferente foi adotada por Lim et al. (2007), que identificam  cinco  dimensões  que  afetam a  eficácia  da  formação  on‐line:  a  motivação  e  a  auto  eficácia do formando, o conteúdo do ensino, o nível de comunicação entre formador e  formando,  o  ambiente  organizacional  e  a  facilidade  de  uso  dos  recursos  on‐line  do  Website.  Quanto  a  esta  última  dimensão,  uma  estratégia  específica  pode  garantir  a  facilidade de uso: Aprendizagem centrada no aluno (LCD).  Uma  abordagem  LCD  baseia‐se  no  conhecimento  dos  utilizadores  e  suas  diferentes  características:  como  é  que  os  alunos  preferem  aprender,  como  é  que  eles  estão  a  aprender a informação, a que pressões estão os alunos sujeitos no seu dia‐a‐dia, qual a  sua  motivação  ou  incentivo  para  se  empenharem  na  aprendizagem  on‐line,  quais  os  constrangimentos  que  enfrentam,  que  necessidades  especiais  têm,  em  que  medidas  eles  se  sentem  confortáveis  com  as  aplicações  on‐line  usadas,  que  experiência  têm  eles com e‐learning (Miller 2005).  Conhecer o perfil dos alunos é a melhor maneira de criar projetos úteis, estilos e tons,  mas,  quando  se  ensina  on‐line,  existem  algumas  preocupações  de  design,  que  representam  outros  potenciais  benefícios  da  planificação.  Estas  preocupações  começam a partir de uma etapa comum: a seleção de uma técnica de entrega ou da  combinação de técnicas a fim de definir, a priori, um design de interface de utilizador.  A  conceção  da interface  do  curso  é  extremamente  importante  (Jones,  1994),  porque 
  • 8. tem um impacto positivo ou negativo sobre o desempenho do utilizador (Tselios et all ,  2001).  Então, é desejável usar fontes de visualização amigáveis e cores seguras para a web, a  fim  de  criar  um  padrão  consistente  e  proporcionar  tempos  rápidos  de  download  e  ajudar  os  utilizadores,  fornecendo  páginas  para  impressão.  Segundo  Norman  (1998)  a interface deve ser interativa e fornecer também feedback, ter objetivos específicos,  motivar, dar uma sensação contínua de desafio, oferecer as ferramentas apropriadas,  evitar  qualquer  fator  de  irritação  que  possa  interromper  o  fluxo  de  aprendizagem.  LCD deve ter em conta que os alunos são sensíveis à legibilidade do texto no ecrã. Por  isso a formatação e espaçamento do texto, bem como as cores, são importantes. Além  disso,  um  aspeto  comum  ajuda  os  utilizadores  a  distinguir  as  páginas  do  curso  de  páginas externas hiperligadas. As pessoas não gostam de estudar os textos no ecrã e  também não querem ir mais longe do que três cliques a partir da página principal, por  isso  é  necessário  ter  uma  barra  de  navegação  sempre  disponível.  Os  alunos  estão  sempre  em  busca  de  algo  novo  dentro  da  web.  Por  isso,  é  importante  atualizar  com  frequência,  conteúdo  e  notícias  e  também  dar  uma  indicação  direta  do  que  é  novo,  logo que possível (Van Rennes et al., 1998).        Conclusão     O  e‐learning  tem  vindo  a  progredir  desde  a  utilização  básica  das  Tecnologias  da  Informação  e  da  Comunicação  no  domínio  da  aprendizagem  para  novas  formas  de  educação e formação que enfatizam a criatividade e a colaboração, bem como novas  habilidades  para  a  sociedade  do  conhecimento. Esta,  por  sua  vez,  requer  uma  mudança  significativa  de  perspetiva,  longe  de  um  enfoque  na  tecnologia,  conectividade e Internet, para uma maior consideração do contexto da aprendizagem  e da necessidade de colaboração, comunicação e inovação. No entanto, esta mudança  requer uma quantidade de conhecimentos até então não totalmente disponíveis. Este  é o motivo para a dificuldade na avaliação da qualidade do e‐learning. Ou seja, por um  lado, temos quadros muito interessantes, tais como os de ISO/IEC19796‐1: 2005, e do  EQO,  mas  que  consistem  essencialmente  numa  lista  de  sugestões  e  prescrições  sem  indicações para uma implementação em termos práticos. Por outro lado, temos uma  série  de  modelos,  como  os  esboçados  na  secção  anterior,  cada  um  associado  a  indicações concretas, mas diferentes uns dos outros no que diz respeito às hipóteses  de  base  e  aos  contextos  de  aplicação. Neste  sentido,  a  qualidade  do  e‐learning  permanece uma questão em aberto, e ainda precisamos de um e‐learning que garanta  as melhores práticas que justifiquem que um curso seja eficiente para o aluno e para  os demais atores envolvidos.  Mas tal garantia, contudo, não se pode somente basear  na  prática.  Precisamos,  nesta  perspectiva,  de  novas  investigações  científicas  e  de  pesquisas ad hoc que envolvam especialistas em educação, equipas e designers de e‐ learning.            
  • 9. Bibliografia     Ehlers  U.D.,  Goertz  L.,  Hildebrandt  B.,  Pawlowski  J.M.  (2005).  Quality  in  e‐learning.  Cedefop  Panorama series;  116.  Luxembourg:  Office  for  Official  Publications  of  the  European Communities, 2005.   URL: http://www2.trainingvillage.gr/etv/publication/download/panorama/5162_en.pd f .      Galagan,  P.A.  (2000).  The  e‐learning  revolution.  Training  &  Development,  v54  n12  p24‐30 Dec 2000.      Hirata K. (2006).  Information model for quality management methods in e‐learning.  Proceedings  of  the Sixth  International  Conference  on  Advanced  Learning  Technologies  (ICALT'06). URL: http://csdl2.computer.org/comp/proceedings/icalt/2006/2632/00/26 3201147.pdf       Holsapple  C.W.,  Lee‐Post  A.  (2006).   Defining,  Assessing,  and  Promoting  E‐learning  Success: An Information Systems Perspective. Decision Sciences Journal of Innovative  Education Vol. 4 Number 1 January 2006.      Jones  M.G.  (1994).   Visuals  information  access:  a  new  philosophy  for  screen  and  interface  design.  In Imagery  and  visual  literacy:  selected  readings  from  annual  conference  of  the  international  visual  literacy association,  Tempe,  October  12‐16,  264‐272.      Klein  H.J.,  Noe  R.A.,  Wang  C.  (2006).  Motivation  to  learn  and  course  outcomes:  the  impact  of  delivery mode,  learning  goal  orientation  and  perceived  barriers  and  enables. Personnel Psychology 59, 665–702.      Koper  E.R.J.  (2001).  Modelling  Units  of  Study  from  a  Pedagogical  Perspective:  the  pedagogical  meta  model behind  EML.  URL:  http://eml.ou.nl/introduction/docs/ped‐ metamodel.pdf .      Lim  H.,  Lee  S.G.,_,  Nam  K.  (2007).   Validating  E‐learning  factors  affecting  training  effectiveness. International Journal of Information Management 27 (2007) 22–35.      Miller M.J. (2005). Usability in E‐learning.   URL:http://www.learningcircuits.org/2005/jan2005/miller.htm.      Norman D. (1998). The invisibile computer. Cambridge MA, MIT Press.      Pawlowski J.M. (2003).  The European quality observatory (EQO): structuring quality  approaches for e‐learning. Proceedings of the 3rdIEEE International Conference mon  Advances Learning Technologies (ICALT’03).      
  • 10. Tselios  N.  K.,  Avouris  N.  M.,  Dimitracopoulou  A.,  Daskalaki  S.  (2001).  “Evaluation  of  Distance‐learning Environments:  Impact  of  Usability  on  Student  Performance”.  International Journal of Educational Telecommunications, Vol. 7, No. 4, pp.355–378.      Van  Rennes  L.,  Collis  B.  (1998).  User  interface  design  for  WWW‐based   courses:  Building upon student evaluations. ED428731.      Waits,  T.,&Lewis,  L.  (2003).  Distance  education  at  degree‐granting  postsecondary  institutions:  2000–2001, NCES  2003‐017.Washington,  DC:  National  Center  for  Education Statistics, U.S. Department of Education.      Welsh  E.T.,  Wanberg  C.R.,  Brown  K.G.,  Simmering  M.J.  (2003).   E‐learning:  emerging  uses,  empirical results  and  future  direction.  International  Journal  of  Training  and  Development 7:4.       Wentling T.L., Waight C., Gallaher J., La Fleur J., Wang C., Kanfer A. (2000). E‐learning ‐  A Review of Literature. URL: http://learning.ncsa.uiuc.edu/papers/elearnlit.pd.      Wirth  M.A.  (2005).  Quality  Management  in  E‐learning:  Different  Paths,  Similar  Pursuits.  2nd  International SCIL  Congress.  URL:  http://www.scil.ch/congress‐ 2005/programme‐10‐11/docs/workshop‐1‐wirth‐text.pdf .