1. Curso: Gestão de Marketing
Trabalho elaborado para a Unidade
Curricular: Gestão de Canais de
Distribuição
Data: Ano Lectivo 2009 / 2010
Docente: Mestre Luís Valentim
“ENTRAVES À UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS
DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NAS PME’S
OU AS EMPRESAS NA SOCIEDADE DA
INFORMAÇÃO”
TURMA G3NA - NUNO FIGUEIREDO Nº 207056
2. QUADROS:
Quadro I – Ericsson's cool Get Ready video! – Digital .................................……...............4
Quadro II – Ranking World Economic Forum………………………………………...…….6
Quadro III – % de Acesso à Internet (2001 versus 2008).................................................................9
Quadro IV – FERRAMENTAS DE SEO..........................................................................................9
ÍNDICE:
1. ABSTRACT.............................................................................................................…...............3
1.1. Palavras Chave…………………………………………………………………...3
1.2. Resumo………........………………………………………………………….......3
2. Intrudução...................................................................................................................................3
3. O Comércio Electrónico...........................................................................................................5
4. Evolução das Tecnologias de Informação Continua Lenta.................................................6
5. Considerações Finais..................................................................................................................8
6. Bibliografia ...............................................................................................................................11
7. Anexos.......................................................................................................................................12
8. ANEXO I- Governo Apresenta Novos Dados Sobre a Utilização das TICS pelos
Portugueses...............................................................................................................................12
Nuno Figueiredo nº 207056
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3. 1. ABSTRACT
This paper aims to give a brief description of the influence, or the growing
importance, of information technology in the business world as well an attempt to describe
some of the barriers, whether, costs, cultural or educational, to a quicker introduction of these
media in the world of Portuguese PME’s.
1.1. Palavras Chave
PME’s (Pequenas e Médias Empresas), Tecnologias de Informação e Comunicação
(TIC’s), barreiras culturais, barreiras educacionais, custos de investimento.
1.2. Resumo
Este trabalho pretende fazer uma breve descrição acerca da influência, ou da
importância crescente, das Tecnologias de Informação e Comunicação no mundo dos
negócios contemporâneo assim como abordar, ou tentar descrever, alguns dos entraves, sejam
eles culturais, educacionais ou de custos de investimento, face à introdução mais rápida destes
meios no mundo das PME’s Portuguesas.
2. 1INTRODUÇÃO
Vive-se actualmente na nossa sociedade uma mudança significativa do paradigma
no mundo dos negócios. Os meios digitais assumem, cada vez mais, um protagonismo que
não pode, ou não deve, passar ao lado das empresas. Esses meios assumem-se como
ferramentas fundamentais como instrumentos de gestão, factores de inovação, criatividade e
diferenciação.
As novas tecnologias de informação têm tido impactos profundos no domínio da
actividade económica e do bem estar social. Os sucessivos governos Portugueses têm tido
uma preocupação extrema no sentido da sociedade em geral, e das empresas em particular,
poderem aproveitar as inúmeras potencialidades da “Sociedade da Informação” apontando
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AS EMPRESAS NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO - CARLOS MANUEL FREITAS LÁZARO - Equip. a
Assistente do 1º Triénio da ESTV http://www.ipv.pt/millenium/ect12_inf.htm
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4. caminhos para a adaptação do nosso país às transformações em curso, que decorrem à escala
global, no acesso à informação e ao conhecimento.
QUADRO I – ERICSSON'S COOL GET READY VIDEO! – DIGITAL
Em cada 3 segundos 1 pessoa compra um dispositivo para aceder à internet
" começam 2 Blogs
" 4 pessoas aderem ao Facebook
" 500 palavras são adicionadas
" 3 videos são colocados no YouTube
Uma pessoa de 21 anos a entrar no 250.000 Mensagens enviadas e recebidas (E-Mails;
mercado de trabalho hoje tem SMS)
" passou 10.000 horas a falar ao seu Telemóvel
" Jogou mais de 5.000 horas de Video Jogos
Passou mais de 3.500 horas "On Line" fazendo "Social
" Networking"
20 Milhões de pessoas visitam pelo menos
uma vez serviços de "On Line Dating" 120.000 casamentos por ano
Entre 25 e 31 de Janeiro de 2009 18 Mil Milhões de SMS foram enviados na China
O nº de Transistores por m2 dobra cada 18 meses
O nº de conversações e informação dobra em cada 2,5
anos
Largura de banda cresce 3 vezes mais rápida do que a
capacidade dos computadores
210 Milhões de chamadas são feitas em cada segundo
Estima-se que em 2020 50 Mil Milhões de dispositivos
estejam em Network
O Mercado de pagamentos móveis estima-se crescer
até aos 600 Mil Milhões de USD até 2013
O táfego da Internet na Europa e na América do Norte
excederá o tráfego global em 2001
Em Dezembro de 2008 o nº de utilizadores da Internet
excedeu os 1.000.000.000
20% de todos os utilizadores da Internet são Chineses
1.400.000 novos videos são colocados no YouTube por
semana
350 Milhões de utilizadores activos no FaceBook
A Publicidade na Internet chegará aos 50 Mil Milhões
de USD em 2011
Fonte: Ericsson's cool Get Ready video! -
[em linha], 2009,
http://www.youtube.com/watch?
v=TQQKW_GKvWc&feature=player_embed
ded [consultado em 24-10-09]
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5. Na sociedade moderna em que nos encontramos o conhecimento é um bem de valor
inestimável, pelo que é necessário promover a criação de mecanismos que contribuam para a
sua consolidação e difusão. Aceder à informação disponível constituirá uma necessidade
básica para os cidadãos, e à actividade económica em geral, compete às diversas entidades
garantir que esse acesso se efectue de forma rápida e eficaz e numa base equitativa.. A Escola,
ou o ensino em geral, tem um papel fundamental em todo o processo de formação de
cidadãos de modo a torná-los aptos para a sociedade da informação, devendo ser um dos
principais focos de intervenção para se garantir um caminho seguro e sólido para o futuro.
A globalização de todo o tipo de actividades realizadas pelo Homem, incluindo
obviamente a actividade económica é, seguramente, um dos aspectos mais importantes que
conduz o destino das nações, das empresas, dos negócios, das comunidades e das pessoas.
Numa economia cada vez mais aberta à escala global as empresas e as economias nacionais,
entendidas como um todo, têm de continuamente procurar novos meios para melhorar a
produtividade e aumentar a competitividade. Nesse sentido, por exemplo o "Comércio
Electrónico" e o "Teletrabalho" apresentam enormes prespectivas de crescimento com o
desenvolvimento e consolidação do que se convencionou chamar a "Sociedade da
Informação", constituindo os temas mais debatidos e talvez com maior impacto na empresa
dos nossos dias.
3. O COMÉRCIO ELECTRÓNICO
O "Comércio Electrónico" tem a ver com todas as formas de transacção
relacionadas com a actividade comercial entre as organizações e entre estas e o público em
geral sendo baseadas no processo de transmissão de dados digitalizados, quer seja som, texto
ou imagem.
As redes globais de informação desempenham um papel progressivamente mais
importante no suporte aos fluxos de informação para fins comerciais verificando-se um
número crescente de operações entre empresas realizadas por transferência electrónica de
documentos. Uma parcela cada vez mais significativa de bens e serviços são transaccionados
através de computadores pessoais ligados à Internet, utilizados para colocar e processar
encomendas.
O cenário de globalização da economia, no qual qualquer mercado tem acesso a
bens e serviços produzidos em qualquer país, tende a colocar a esmagadora maioria das
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6. empresas portuguesas em competição aberta com empresas estrangeiras de qualquer ponto do
globo. A globalização dos mercados obriga as empresas a repensar e a modificar os seus
processos empresariais por forma a adaptá-los à nova realidade envolvente.
Neste contexto, o Comércio Electrónico surge como uma ferramenta estratégica
para esta redefinição dos processos de negócio. O Comércio Electrónico, entendido como o
uso de tecnologia electrónica nas várias componentes da actividade comercial, faz sentir os
seus efeitos no estabelecimento de contactos entre o comprador e o vendedor (encomenda,
venda, pagamento, distribuição e entrega), bem como na publicidade e promoção e no apoio
ao cliente.
4. EVOLUÇÃO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO NAS
EMPRESAS NACIONAIS CONTINUA LENTA
Quanto às principais dificuldades os custos de adopção das TIC, as constantes
actualizações dos programas e o baixo nível de conhecimento da parte dos quadros são as
mais apontadas por parte dos empresários. Isto de acordo com os dados com dados
facultados pelo Ministro Mariano Gago (Anexo I) . Por outro lado, e comparativamente aos
outros países da UE, Portugal está no meio da tabela no Ranking do World Economic Forum
2008 (Quadro I).
De salientar que os países do norte da Europa obtêm na generalidade melhores
resultados que o resto dos Estados Membros.
De acordo com o World Economic Forum na revisão de 2008 (Lisboa – Portugal) ,
relativamente por exemplo aos países da UE, Portugal ainda tem um logo caminho a percorrer
nestas áreas. Encontra-se em 16º lugar no ranking de 27 Países (Sociedade de Informação
assim como na Inovação e I+D)
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7. QUADRO II – RANKING WORLD ECONOMIC FORUM
Fonte: WORLD ECONOMIC FORUM http://www.weforum.org/en/initiatives/gcp/Lisbon Review/index.htm
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As empresas portuguesas, dada a concorrência global, necessitam de consolidar uma
maior presença internacional, uma presença mais constante nos mercados mais dinâmicos e
uma maior proximidade dos centros de decisão, ultrapassando insuficiências logísticas e
maximizando as oportunidades abertas pelas novas tecnologias e serviços.
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8. Deverão dinamizar o Comércio Electrónico e o Teletrabalho, de modo a retirar os
benefícios que estes podem oferecer para o desenvolvimento acelerado da economia
portuguesa, não deixando que se crie um fosso entre o nosso país e os principais parceiros
económicos na utilização das tecnologias digitais.
As Tecnologias de Informação e Comunicação têm hoje potencialidades para
constituírem instrumentos importantes, senão mesmo fundamentais, ao serviço do
funcionamento actual e do desenvolvimento futuro das organizações. Deverão estar presentes
e influenciar a definição de estratégias e suportar a concretização dos objectivos prioritários.
A Internet é actualmente uma rede cujas taxas de crescimento e potencial continuam
imparáveis. Esta evolução, o baixo custo, a simplicidade e as vantagens indiscutíveis de
utilização, não será suficiente para revolucionar as vendas da empresa.
Uma presença na Internet poderá trazer benefícios imediatos e proporcionar a
aquisição de know-how indispensável à obtenção de vantagens competitivas relativamente à
concorrência. No entanto não se pode descurar um bom planeamento de marketing, uma
óptima execução e promoção do "site", fundamentais para possibilitar a criação de uma
audiência que torne bem sucedida a presença neste canal. Esta estratégia deverá ainda respeitar
e integrar a estratégia global da empresa e apresentar-se em conformidade com os outros
meios e/ou recursos utilizados.
O futuro, ou o presente, passará precisamente pela adaptação interna e externa das
empresas de forma a criarem soluções que lhes permitam responder com sucesso a este
desafio. As empresas nacionais precisam de dispor de uma permanente capacidade de
inovação, investimento e de competências que lhes permitam a sua constante adaptação à
economia digital.
Para finalizar e no sentido de verificar a evolução em Portugal neste últimos anos,
desde 2001 e de acordo como Ministro Mariano Gago (AnexoI) 30% da população acedia
regularmente á Internet e em 2008, de acordo com o quadro abaixo, já representa cerca de
42% da população (aumento de 39%). O aumento é significativo no entanto representa
menos de 50% da população, embora o constante investimento na educação por parte dos
vários Governos, constata-se que a população é uma população envelhecida e esse facto
também se revela uma barreira a uma evolução mais rápida.
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9. QUADRO II – % DE ACESSO À INTERNET (2001 VERSUS 2008)
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Ano Utilizadores Internet %
2001 3.212.377
2008 4.476.000 39,34%
Fonte: Elaboração própria a partir de dados da CIA https://www.cia.gov/library/publications/the-world-
factbook/geos/po.html e do Anexo I
QUADRO IV – FERRAMENTAS DE SEO - SEARCH ENGINE
OPTIMIZATION
Ferramentas de SEO
Backlink Checker
Cloaking Checker
Google Banned Checker
Google Datacenter Search
Google PageRank Prediction
Index Checker
Keyword Density Checker
Keyword Suggestion
Link Popularity
Multi-Rank Checker
PageRank Checker
Rank Checker
Search Engine Position
Page Size Lookup Tool
Fonte: Portal Web Marketing [em linha], 2009,http://www.portalwebmarketing.com/ [consultado em 24-10-09]
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Construção própria a partir de dados da CIA https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/po.html
e do Anexo I
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10. Por outro lado e de acordo com a Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos
Assuntos Internos do Parlamento Europeu, ainda existem alguns perigos ligados à segurança e
inerentes à utilização massiva das TIC’s. Nomeadamente, e especialmente, relativamente às
crianças, e nas práticas de utilização abusiva das tecnologias. Nesse sentido desenvolveram um
programa “Safer Internet Plus” que tem em vista, entre outras coisas, o seguinte:
• Combater os conteúdos Ilegais
• Fazer frente aos conteúdos não desejados e nocivos
• Promover um ambiente mais seguro
• Sensibilização
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11. 6. BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA
• Livro Verde para a Sociedade da Informação em Portugal [1997] - Ministério da
Ciência e Tecnologia, Missão para a Sociedade da Informação
• Iniciativa Nacional para o Comércio Electrónico [1997] - Versão 0 - Ministério da
Ciência e Tecnologia, Missão para a Sociedade da Informação
• Livro Verde sobre a Inovação [1996] - Ministério da Ciência e Tecnologia
• Livro Branco do Comércio Electrónico [1997] - Associação Portuguesa para o
Desenvolvimento do Comércio Electrónico
NETGRAFIA:
• Revista de Administração Contemporânea – Problemas e Acções na Adopção de
Novas Tecnologias de Informação - [em linha], 2009,
http://www.scielo.br/scielo.php?
pid=S1415-65552003000100007&script=sci_arttext [consultado em 24-10-09]
• PARLAMENTO EUROPEU – 2004 / 2009 - Comissão das Liberdades Cívicas, da
Justiça e dos Assuntos Internos - [em linha], 2009, http://www.europarl.europa.eu/
meetdocs/2004_2009/documents/dt/543/543034/543034pt.pdf [consultado em
24-10-09]
• World Economic forum [em linha], 2009,
http://www.weforum.org/en/initiatives/gcp/Lisbon Review/index.htm [consultado
em 24-10-09]
• Ericsson's cool Get Ready video! - [em linha], 2009,
http://www.youtube.com/watch?v=TQQKW_GKvWc&feature=player_embedded,
[consultado em 24-10-09]
• Portal Web Marketing [em linha], 2009,http://www.portalwebmarketing.com/
[consultado em 24-10-09]
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12. ANEXO I- GOVERNO APRESENTA NOVOS DADOS SOBRE A
UTILIZAÇÃO DAS TICS PELOS PORTUGUESES - Publicado por Casa dos
Bits às 20.07h no dia 02 de Outubro de 2001 -
http://tek.sapo.pt/Arquivo/governo_apresenta_novos_dados_sobre_a_utiliza_284401.html#
Realizou-se hoje no Centro Cultural de Belém a quarta reunião da Comissão
Interministerial para a Sociedade da Informação. De seguida, foi divulgado aos jornalistas o
terceiro Relatório de Acompanhamento das Acções Executadas, em Curso e Programadas no
Âmbito da Iniciativa Internet, que enumera as medidas efectuadas por todas as pastas do
governo.
O Ministro da Ciência e da Tecnologia Mariano Gago - que também coordena esta
estrutura governamental criada no ano passado para desenvolver um conjunto de actividades
conjuntas entre os membros do Governo em matéria de Sociedade da Informação -
apresentou os principais resultados provisórios do segundo inquérito à utilização das
Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) pela população portuguesa realizado pelo
Observatório das Ciências e das Tecnologias.
De acordo com este documento, metade (49%) dos portugueses utilizam computador,
um crescimento de 10 por cento em relação ao primeiro documento divulgado em Dezembro
do ano passado. No que toca aos agregados familiares, 39 por cento possuem um PC, contra
27 por cento dos apurados na anterior edição do estudo.
Entre os homens, constata-se que pouco mais de metade (52 por cento) são adeptos
da informática, sendo quase metade (47 por cento) as mulheres que utilizam PCs. Por outro
lado, os cidadãos mais jovens e com um maior nível de qualificações são os maiores
utilizadores do computador. Um dado interessante é que a maior percentagem de utilizadores
a nível nacional se encontra no Alentejo (57%), ficando a região de Lisboa e Vale do Tejo na
segunda posição (52%) e o Algarve em terceiro (com 50%).
Quanto à Internet, quase um terço (30%) dos portugueses já navegaram no
ciberespaço. O inquérito anterior apontava apenas para 22 por cento de utilizadores. Por
outro lado, 18 por cento dos lares nacionais possuem acesso à Internet, contra os 8 por cento
indicados no ano passado. As principais actividades realizadas online pelos cibernautas
portugueses são as que se relacionam com o estudo e a aprendizagem (77 por cento), o envio
e recepção de emails (73%) e a procura de notícias e de informação generalista (71 por cento).
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13. Salienta-se, porém, que o número de horas de ligação à Rede por semana continua
ainda baixo, uma vez que 59 por cento dos internautas nacionais passam apenas cinco ou
menos horas online por semana. É durante as horas de trabalho que os portugueses navegam
mais na Net (40%), sendo o local mais utilizado a casa de amigos ou familiares (50%), seguido
de perto pela habitação própria (48%) e pelo local de emprego.
Em relação à percentagem dos elementos de cada um dos sexos que já estiveram
online, a proporção é equilibrada, com uma ligeira desvantagem de sete por cento para as
mulheres. A grande faixa de internautas encontra-se, tal como sucede nos utilizadores de
computadores, nos portugueses mais jovens e com um maior nível educacional. Por região, o
uso da Internet é maior em Lisboa e Vale do Tejo (42%), encontrando-se o Algarve (38%) e o
Alentejo (31%) nos segundos e terceiros lugares.
O comércio electrónico, contudo, é que ainda não atraiu muitos portugueses, sendo
que só três por cento já recorreram a este novo método de fazer compras, constituindo os que
pretendem vir a utilizá-lo a mesma percentagem. O método de pagamento preferido é o cartão
de crédito (38 por cento), muito distanciado do reembolso postal (28%). A falta de confiança é
a razão mais apontada para não utilizar o ecommerce. Este inquérito foi realizado entre 11 de
Julho e 6 de Agosto deste ano, com base numa amostra de três mil indivíduos, mediante um
questionário por entrevista directa realizada a partir de casa.
Mariano Gago divulgou ainda um outro estudo também efectuado pelo Observatório
das Ciências e das Tecnologias. Denominado de NETCENSUS *.PT, consiste, segundo o
ministro, "numa iniciativa para medir os conteúdos portugueses na Web", baseando-se nos
sites publicamente acessíveis cujos endereços têm um domínio de topo .PT, para o qual foi
utilizado um robot de software. O principal resultado deste estudo é que nos últimos cinco
anos se registou uma multiplicação por 50 dos conteúdos portugueses na Web, em termos de
volume de dados medidos em gigabytes.
Segundo Mariano Gago, os dados foram obtidos por defeito, uma vez que o robot não
faz correr as aplicações inseridas nas páginas como vídeos. Este governante assinalou ainda
que "existe uma fortíssima presença do texto", que é constante ao longo dos anos, "uma
crescente presença da imagem nos anos mais recentes, apesar de ainda não ser muita". Outro
dado é que se nota uma utilização muito reduzida dos recursos áudio e vídeo, apesar deste
aumento exponencial dos conteúdos nacionais. Mariano Gago afirmou ainda que acredita que
nos próximos anos se vai verificar uma grande aposta no aúdio e vídeo nos sites portugueses.
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14. Foram também revelados dados sobre um estudo intitulado Oferta e procura de
formação em Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) no Ensino Superior,
também da autoria do Observatório, em que se refere que o número de diplomados em
engenharia e tecnologia cresceu em média 7,3 por cento ao ano nos últimos cinco anos, uma
percentagem ligeiramente inferior à média total de formados em todos os cursos (8,5%).
Comentando um estudo comparativo divulgado ontem pela Comissão Europeia sobre
a evolução da inovação tecnológica nos Estados-membros em que Portugal é classificado em
último lugar, Mariano Gago referiu que se tratava de um relatório preliminar em que "quase
um quarto dos indicadores - 17 no total - estão ultrapassadíssimos", referindo-se cada uma
anos diferentes.
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